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TEMPOS
Resumo
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1. Introdução
• Rapidez de processamento;
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trajectória rápida e lenta para produzir hesitação e perturbação do escoamento de
combustível para simular a má distribuição.
Moskwa (1988) desenvolveu um modelo completo da dinâmica de um motor de
automóvel com injeçãoo de combustível. O objetivo deste modelo era ser usado para
simulação, validação ou controlo e toma uma forma diferente conforme a tarefa a
desempenhar.
Weeks e Moskwa (1995) converteram em Matlab/Simulink um modelo não-linear de
previsão do desempenho de um motor, de modo a ilustrar os benefícios de um ambiente
de simulação gráfica. Este modelo de motor que pode ser usado em cinco modos:
Um modelo de motor em tempo não real para testar algoritmos de controlo de
motor de testes;
Como um modelo de motor em tempo real para o teste da malha de hardware;
Como um modelo incorporado num algoritmo de controlo ou observador;
Como um modelo de sistema de avaliação de sensores e atuadores do motor;
Como um subsistema num modelo da dinâmica de um veículo.
Scattoloni et al. (2006) apresentaram e validaram com dados reais um modelo de um
motor a gasolina orientado para o controlo. Este modelo e o simulador da dinâmica
correspondente são então usados na síntese da estratégia de controlo incluindo tanto
mapas estáticos, como na maior parte das aplicações industriais hoje em dia, ou como
um compensador dinâmico projetado com um modelo de controlo preditivo.
Castelo Branco, Moreira e Guedes Soares (2004) desenvolveram um programa que
permitiu simular o funcionamento de um motor diesel a quatro tempos. Os resultados
apresentados mostraram a validade do modelo desenvolvido relativamente a valores
teóricos.
Claro que estes são apenas alguns exemplos de estudos sobre este tema. Existem muitos
mais e cada vez se tenta melhorar a precisão dos resultados.
Um simulador de propulsão pode ser ligado futuramente, por exemplo, a um simulador
de manobras de um veículo. Um sistema completo deste tipo poderá ser usado, por
exemplo, para avaliar situações de manobras extremas ou para prever a influência de
perturbações externas na propulsão do veículo e respetivas manobras.
No desenvolvimento do modelo de simulação de motor aqui apresentado foi tido em
conta a possibilidade de se poderem alterar facilmente vários parâmetros de
funcionamento do mesmo, tais como a cilindrada, relação de mistura Ar-Combustível,
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coeficiente de injeção, etc. O simulador permite obter valores do motor em toda a sua
gama de funcionamento, permitindo obter dados relativos às suas prestaçõeses para
diferentes condições. Este facto é bastante importante no que se refere a estudos
preliminares e capacidade de validação do respetivo modelo. Por outro lado é possível
comparar diferentes soluções técnicas ou otimizar determinada solução adotada.
Este trabalho baseia-se numa modelação que tenta estabelecer um compromisso entre a
simplicidade e realismo do desempenho de um motor a gasolina de 4 tempos.
O modelo destina-se a simular o desempenho do motor em qualquer condição,
possibilitando obter resultados do funcionamento do mesmo para diferentes condições
de operação.
2. Modelo de Simulação
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Rendimentos;
Potência e Binário;
Dinâmica do motor;
Esta divisão permite visualizar os diferentes processos por que passa um motor a
gasolina de 4 tempos.
3. Descrição do Motor
O motor a ser usado nos testes é um motor a gasolina de 4 cilindros a quatro tempos
marca Ford, modelo 12345, usado na indústria automóvel. Uma foto da vista lateral
deste motor pode ser observada na Figura 2.
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Figura 2: Vista lateral do motor usado nos testes
O motor é montado numa estrutura móvel com rodas e é especificamente projetado para
estar ligado e controlado pela bancada de teste.
O motor está fechado numa estrutura feita de secçõeses de alumínio e placas perfuradas
para prevenir as pessoas de inadvertidamente alcançarem áreas móveis, com altas
temperaturas.
Os sinais dos sensores requeridos para a bancada de teste são recolhidos num armário
de distribuição e transferidos usando um cabo com tomada de ligação.
Um armário de distribuição lateral contém a eletrónica do motor, assim como os
mostradores e controladores para o motor.
O motor pode ser usado para executar medições básicas no motor. Podem ser gravadas
as seguintes variáveis:
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Temperaturas do circuito de refrigeração;
Temperatura do óleo;
Temperatura do gás de evacuação;
Temperatura do combustível;
Caudal mássico no circuito de refrigeração;
Consumo de ar;
Velocidade;
Binário;
Consumo de combustível;
O motor destina-se só a ser usado para fins de instrução e experimentais. Ele não serve
para instrução de operação de cargas contínuas de motores industriais.
4. Modelo Teórico
O modelo de simulação baseia-se nos processos termodinâmicos dos 4 tempos efectuados pelos
cilindros (Heywood 1988, Martins 2013):
- Admissão
O pistão desce desde o PMS até ao PMI criando uma pressão inferior a pressão atmosférica.
Esta depressão provoca a entrada para dentro do cilindro da mistura ar/combustível,
previamente preparado pelo carburador, para o interior do cilindro. Nesta fase, as válvulas de
admissão se encontram totalmente abertas e em contrapartida, as válvulas de escape se
encontram fechadas.
- Compressão
A mistura aspirada é comprimida pelo pistão aquando do seu movimento ascendente desde o
PMI até ao PMS. Durante este período, todas as válvulas se encontram fechadas.
- Combustão
A mistura se inflama quando uma centelha é solta pelo elétrodo da vela de igniçãõo. A
combustão da mistura deve ser imediata e violenta. Com a combustão da mistura, a pressão no
interior da câmara de combustão eleva-se para valores até 15 vezes a pressão atmosférica. Com
o aumento de pressão surge uma força que tende a empurrar o pistão. Este é forçado a deslocar-
se do PMS até ao PMI. Nesta fase as válvulas de admissão e de escape permanecem fechadas.
- Escape
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Os gases produzidos pela combustão da mistura saem do cilindro empurrados pelo pistão para
o coletor de escape. Nesta fase as válvulas de admissão permanecem fechas ao contrário das
válvulas de escape que estão totalmente abertas.
Curvas de Potência
60
50
Potência Mecânica em kW
40
30
20
Simulação
10 Experimental
Fabricante
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
RPM
8
Curvas de Binário
140
120
100
Binário em N.m
80
Simulação
60 Experimental
40 Fabricante
20
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000
RPM
Os valores do binário apresentam um crescimento regular até cerca das 2500 RPM.
Após ultrapassado este valor de rotações, o binário tende a estabilizar, seguido de um
período de decréscimo até serem atingidas as rotações máximas permitidas pelo
fabricante.
A curva de potência apresenta comportamento semelhante à do binário, porém o período
de estabilização acontece às 2550 RPM. Em comparação com o binário, o período de
estabilização da curva de potência é significativamente mais curto.
Binário e potência apresentam um ajustamento satisfatório relativamente aos resultados
apresentados pelo fabricante (GUNT 2012). Os dados de temperatura estão coerentes
com os apresentados no catálogo do fabricante (GUNT 2012).
6. Conclusões
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7. Referências Bibliográficas
HEYWOOD, J. B., 1988. Internal Combustion Engine Fundamentals, 1st ed. London:
McGraw-Hill.
MOSKWA, J. J., 1988. Automotive Engine modeling for Real time Control. (PhD thesis)
Massachusetts Institute of Technology.
TEMPLIN, P., 2004. Simulation and Transient Control of Diesel Engine Compression
Brake. (PhD thesis) Chalmers University of Technology, Gothenburg, Sweden.
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