No primeiro momento não havia justiça, mas tipos de

vingança.
Dentre essas temos as:

Divina
Privada
Publica.

Privada
A privada consiste na vingança individual, típica dos
primórdios da humanidade, a famosa “lei de talião”. O
crime cometido contra você era vingado direitamente, e
pela própria pessoa que sofreu o dano. Se matassem o
filho de uma pessoa, ela pessoa mataria o filho de quem
o matou. Alem disso pode ser citado o uso de matadores
de aluguel, pistoleiros, tudo por uma viganca pessoal e
privada.

Divina
A divina corresponde aos julgamentos “feitos por Deus”,
mais correspondente aos tribunais da inquisição. Era uma
espécie de vingança na qual havia um objetivo “nobre”de
salvar almas.
Eram feitas “provas”de sobrevivência, como por
exemplo “se ele realmente não cometeu tal crime ou
pecado, conseguira se soltar desse tijolo no fundo do rio
e não morrerá afogado”

Tinha como principais “crimes”a heresia ( foge da reta de

ensinamento), apostasia ( aquilo que nega a fé) e bruxaria
( representantes do capiroto)
Havia todo um tribunal preparado para essa situação.
Era necessária a acusação, reunir provas ( como
testemunhas ) . um interrogatório, um advogado e
nomeado ( não defendia, ajudava o réu a confessar mais
rápido), usava-se a tortura até se obter a confissão, a
qual e a rainha das provas.
Então tem-se a pena.
Um grande detalhe é que a tortura não era por uma
“maldade pura”, mas como um meio nobre para
conseguir “salvar”a alma da pessoa em pecado.
Publica

A publica se divide em duas principais linhas, a direta e a

indireta.

A direta tem como um grande vetor comum a revolta

publica, ou seja, quando um crime indigna a sociedade,a
própria faz a “justiça”. Em suma, aplicam a pena que
acham correta para tal delito. Um grande exemplo
contemporâneo disso são os justiceiros. Um grande
detalhe sobre tal tipo de vingança é que a mídia o
catalisa.
Sintetizando, um crime ocorre com um determinado
individuo, e a sociedade “toma”suas dores, e o vinga da
maneira que acharem mais justa.

Já a indireta tem uma característica de delegação. As

vinganças são tomadas por uma única pessoa delegada
pelo próprio o Estado. Pois o grande problema dos
piratas, ladrões, entre outro que ameaçam as riquezas dos
grandes navegadores e banqueiros precisam ser
“eliminados”, logo o rei faz essa delegação, a proteção
da sociedade, o exercito e a marinha. Para isso, o rei
cobra impostos, já que não é um serviço barato. Também
acaba por determinar leis que determinam o que é a
segurança, como é garantida, e o que acontece quando
alguém infringe. O Rei para a concentrar demais esse
poder... Eis ai o futuro problema.

O rei passa a determinar a lei da maneira que ele quiser.

Passa a existir uma grande insegurança jurídica, devido
aos abusos cometidos.

Surge o movimento de contestação a essa abuso de

poder, o iluminismo , com os ideais de igualdade (
mesmas leis), liberdade ( respeito mutuo), e fraternidade
( necessário para o funcionamento das leis)

Nesse período ha uma pluralidade de tipos penais,

enquanto na franca temos o absolutismo e o iluminismo,
tendo como cume a rev. Francesa, Na italida temos o
direito penal humanista, que contrapõe também esse
absolutismo exacerbado e brutal, e o nascimento do
direito penal contemporâneo ( possui como expositor o
beccaria)
O positivismo.

Apos a teoria de Comte ( que a ciência, o conhecimento,

tem que ser de validade universal, com método universal
e apresentarem causas e efeitos) as ciências humanas
entraram em crise, pois eram vistas como inferiores
perante as ciências exatas e biológicas em geral.

Isso levou a uma necessidade de migração para ciência,

pois essa migração, segundo acreditavam, daria a ordem
necessária para seguir o processo.
Logo, isso tem conseqüências das ciências criminais e
antropológicas,

Entra a questão exata, de que se eliminar-se a causa, o

crime acaba.
Surgem Ferri, garofallo e lombroso.

Lombroso: acreditava que as características físicas e o

atavismo determinavam quem seria um criminoso. Dizia
que o criminoso era inferior biologicamente, alem de
utilizar preconceitos sociais para reforçar sua tese, como
dizer que normalmente criminosos são negros ou tem
traços mongóis. Cada tipo criminal teria uma
característica física correspondente. E era necessário ter
mais de uma característica em comum para estar dentro
desse grupo. Utilizou de presos vivos, cadáveres, crânios
e fotos para seu estudo.

Ferri: Usa de fatores sociológicos, não físicos. Entendia

a criminalidade como oriunda de fatores sociais. Dentre
os fatores que influenciam o crime estão os
antropológicos ( constituição orgânica, psíquica e
pessoais), sociais ( densidade populacional , opinião
publica, moral, religião) e físicos ( climas, solo,
estações, temperatura) . Mas dizia acima de tudo que um
criminoso possuía um erro congênito que se aliava a
conseqüências externas degradantes.
determina também a lei de saturação, a qual consiste em
dizer que , num determinado meio com condições
individuais e psíquicas dadas, comete-se um numero
determinado de delitos.
Teoria da periculosidade-= Em determinado meio social,
com determinadas condições, o individuo tendera a
cometer mais ou menos crimes.
Teoria da substituição das penas= medidas socio-
economicas que visam amenizar as consequencias
sociais, para que tal crime nao venha acontecer
novamente, ja que somente punir nao vai adiantar.
Ferri tambem determina os tipos de criminosos ( copiarei
da internet, mas com alguns comentarios)

• Criminosos natos: têm a moral atrofiada. Comete os

crimes por nao ter nocao social, justamente essa
falta de moral o inversao ( psicopatas )

• Criminosos loucos: aqueles alienados nos manicômios

ou prestes a irem para lá. Ou seja, doentes mentais
ou com disturbios

• Criminosos ocasionais: aqueles que eventualmente

cometem crimes, pois "o delito procura o
indivíduo". Ou seja, condicoes de pobreza, de
necessidade

• Criminosos habituais: aqueles reincidentes na ação

criminosa a ponto de considerá-lo sua profissão. São
a grande maioria dos criminosos. Na verdade, há
uma degeneração do criminoso ocasional em
habitual. Como matadores de alugueis ou batedores
de carteira

Criminosos passionais: aqueles que agem pelo ímpeto.

Em geral cometem um crime na crime na mocidade. São
próximoa do loucos pois dão dominados por tempestades
psíquicas.como o homem que mata o amante da mulher
ao se ver traido e vice-versa

Garofallo: foi o primeiro a usar o termo criminologia .

suas obras preocupava-se com a definição psicológica do
crime, eis que defendia a teoria do “crime natural”, para
definir os comportamentos que afrontam os sentimentos
básicos e universais de piedade e probidade em uma
sociedade. Para ele a ausência desses sentimentos no
delinquente o conduziriam ao crime. acreditava ainda,
que o criminoso tinha um déficit na esfera moral da
personalidade, de base endógena, e uma mutação
psíquica, transmissível hereditariamente e com
conotações atávicas e degenerativas.
Com relação à tipologia, definiu quatro categorias de
delinquentes: o assassino, o criminoso violento, o ladrão
e o lascivo. Entendia que as penas deveriam servir como
castigos e ter como referência as características
particulares de cada criminoso

Escola de Chicago

Cidade de Chicago, tinha a disposicao recursos minerais

( agua) e estrutura desenvolvida ( ferrovias, rodovias),
levaram a um bum demografico, uma concentracao de
empresas, principalmente pós- primeira Guerra.
Esse inchaco urbano leva a uma situacao de pobreza e
miséria .
Surgem regioes cocentricas, na quais nas areas mais
proximas ao centro industrial há o gueto, pois o
trabalhador pobre nao possui condicoes de deslocar
grandes distancias. E nesses guetos, os grupos etnicos e
de mesma origem cultural se aproximam ( italianos,
espanhois, portugueses, negros,franceses, chineses, etc)

Aumenta de maneira drastica o indice criminal. As

pessoas querem achar uma solucao pra isso.
Surge a escola de Chicago.
Utilizam de bases sociologicas e estatisticas. (
socioestatistica )
Com isso, eles determinaram que o crime está no proprio
gueto, é inerente a cultura de cada grupo, ou seja, a
violencia está no italiano, ou no negro, ou no frances.

Surge entao essa especie de ecologia criminal, na qual os

guetos eram um ambiente patologico, o proprio
criminoso em si era um patogenio, a “cidade pura” era o
norte Americano puro, já o forasteiro era a bacteria, sua
cultura era criminosa
Surge a maxima de que o crime é cultural, e nao está no
norte Americano puro, mas no outro, o de fora.

Entratanto, um membro da escola de Chicago contesta

isso, E. Sutherland.
Ele fala acerca dos crimes de colarinho branco, que
demonstrava que a criminalidade nao estava somente no
gueto, mas entre os ricos tambem. E que os crimes no
guetto eram um reflexo da falta de acoes estatais para
melhorar condicoes sociais, surge a questao do crime
efeito e crime causa, na qual se um individuo cresce no
luga, sem estrutura, sem educacao, sem o minimo de
lazer, ele tem grande probabilidade de entrar para o
crime ( nao é um fator totalmente determinante, mas
influenciador )

Escola socialista/comunista

Criada após a revolucao russa de 1917.

Culpava o capital pelos crimes. Se alguem rouba uma
propriedade e um bem, é pq esse existe, logo, se
acabarmos com o capital seja el equal for, nao havera
mais crimes relacionados a ele. Assim inclui-se ate o
roubo por fome, latrocinio, homicidio por divida, etc
Até mesmo o crime passional seria assim, pois nesse, há
um sentimento de posse para com uma pessoa. Um
exemplo é o namorado terminar com o outro, e esse , por
nao conseguir se conformar, vai mata-lo, pois acreditava
que pertencia a ele.

Tribunal Penal Internacional

Antes de falar propriamente deles, facamos uma

retrospectiva historica. Na primeira Guerra mundial, a
humanidade sofreu massacres e dores terriveis. Com
isso, intensifica a crenca na convencao de genebra ( que
ja exisitia) para amenizar essas crueldades de Guerra, e
paralelamente ( a convencao de genebra) surge a cruz e
crescente vermelho ( criada em 1864, mas realmente com
carater internacional e ampliatorio em 1919, devido ao
massacre da primeira Guerra mundial) . Uma entidade
internacional, nao vinculada com qualquer governo, com
sede na suica ( um pais sempre neutro) e que visa
salvaguardar o direito internacional humanitario, sempre
ajudando vitimas de guerras, genocidios, etc.

Anos apos isso, temos a segunda Guerra mundial a

bomba nuclear e o holocausto. Surge entao um novo
conceito de crime de Guerra, o crime contra a
humanidade, nao é mais o lado perdedor ou vencedor,
independente de quem tenha cometido o crime contra a
humanidade, esse devera responder por seus crimes.
Surge o tribunal de Guerra, direito penal internacional, e
o tribunal penal internacional. Baseado nisso veio a
ocorrer o tribunal de Nuremberg ( que é constantemente
criticado devido a ausencia de defesa dada aos reus).
O TPI tem como fundamento juridico o estatuto de roma
, o qual define os crimes de genocidio , crimes contra a
humanidade e crimes de Guerra.
Nao possui nenhum estado como representante, mas
todos os signatarios estao subjulgados a ele. É um
tribunal de ultima instancia. Se o individuo que tiver
cometido o crime nao estiver em um dos paises
signatarios, nao podera ser julgado. É uma instituicao
independente, a parte da própria onu.

Vitimologia

Surge na decada de 40
Leva em conta o papel da vitima no crime, nao é mais so
o criminoso e o crime, mas há um papel fundamental da
vitima. Nesse há varias classificacoes e diversos autores (
vou usar a que o prof falou)

Segundo Roque de brito alves, ha varios tipos de

vitimas, mas as principais sao

Vitima nata- vitima natural, feita para ser vitima.

Normalmente pessoas mais indefesas, senhoras idosas
sem muita condicao fisica.

Vitima inocente – nao esta envolvida com o criminoso,

nem com o acontecimento, mas sofre as consequencias (
bala perdida)

Vitima provocadora- aquela que provoca o crime, como

por exemplo, o cara que xinga, briga e ameaca alguem,
entao é morto por esse. Sua attitude gera o estopim para
o acontecimento.

Vitima ilusoria – aquela que se sente perseguida, mesmo

que nao exista um perigo real.

Vitima indeterminada – quando algo ocorre e varias

pessoas morrem, como envenenamento de rios,
terrorismo, genocidios.

Toda essa questao da vitimologia passa a influenciar

diretamente no proprio sistema penal, por meio da
normativizacao de condicoes, tendo como exemplo a
propria clausula de legitima defesa ( a vitima comete o
crime para se proteger)
Criminologia da decada de 60/70/80

Temos algo denominado criminologia critica , no qual

estao inseridas duas vertentes, a criminologia radical e a
do etiquetamento

A criminologia radical tem o cunho marxista, de que o

mundo é o problema, o capital dele é o que gera toda a
questao criminal. Contrapoe ferrenhamente a
criminologia positivista, visto que usa as bases
economicas e politicas para determinar o crime. Essa foi
extremamente produzida no Brasil.

E a criminologia do etiquetamento, a qual tenta achar um

sentido ontologico ( universal) do crime, mas nao o acha.
Logo , desenvolve a escola da rotulacao. Que o crime
nada mais é do que um rotulo, determinado por uma lei
em um determinado comportamento alocado em um
tempo e espaco. Assim tambem corresponde o crime. E
quando uma pessoa comete esse crime, esse rotulo fica
“grudado”nela, mesmo após “pagar”pelo que fez.
como por exemplo, alguem que roubou e isso chegou a
conhecimento publico, sempre sera reconhecido como
ladrao, e assim com um assassino, um estuprador.
Esse rotulo somente deixa de existir quando a lei que o
coibe tambem desaparece.

Modelos criminologicos gerais.

Modelo binomial = relacao crime e criminoso, tipica da

criminologia positivista.

Modelo triangular = relacao crime, criminoso e vitima,

que se inaugura com a vitimologia.

E o modelo atual = há uma relacao de crime, criminoso,

vitima e Estado ( sociedade) , no qual o próprio estado é
a sociedade, pois nós determinamos quem exerce o
poder.

De toda essa nocao, podemos constatar que a

criminologia em seu cerne, tem como objeto a propria
sociedade, o crime, o criminoso, a vitima, entre outros
fatores, com a finalidade da prevencao social, precaver o
crime, para que esse nao venha ocorrer. É uma ciencia
justamente por possuir um objeto, um metodo e uma
finalidade.

FIM