You are on page 1of 91

Ficha Técnica

Coordenação e Edição:
UERN - União das Associações Empresariais da Região Norte

Execução Técnica:
INTUITO – Consultoria de Gestão, S.A.

Título:
Guias Práticos Regionais de Empreendedorismo e de Promoção de Competitividade - Lazer

Equipa Técnica:
José Carlos Pinho (Ph.D.) - é doutorado em “Industrial and Business Studies” na Universidade
de Warwick (WBS), Reino Unido. Professor Associado em Marketing e Gestão Estratégica na
Escola de Economia e Gestão, Universidade do Minho. Tem um vasto número de publicações
em revistas científicas, conferências internacionais e capítulos de livros de divulgação
internacional. Lecciona em vários níveis de ensino (doutoramento, mestrado e licenciatura),
sendo também actualmente director do centro de investigação em Marketing e Estratégia
(imarke) e director da Licenciatura de Marketing da Universidade do Minho.

Albertina Paula Monteiro - é docente no Instituto Superior de Contabilidade e Administração


e na Escola Superior de Tecnologias do Instituto de Estudos Superiores de Fafe. Tem vindo a
leccionar diversas Unidades Curriculares na área de contabilidade e Gestão. É Licenciada em
Contabilidade e Gestão de Empresas e mestre em Contabilidade e Auditoria e está a
frequentar o Programa Doutoral em Ciências Empresariais, sendo a sua área de pesquisa o
empreendedorismo.

Elisabete Sampaio de Sá - é docente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do


Minho, tendo vindo a leccionar diversas Unidades Curriculares nas áreas do
Empreendedorismo, Marketing e Estratégia. É Mestre em Gestão de Empresas, tem
formação superior em Empreendedorismo e Comercialização de Novas Tecnologias e está a
frequentar o Programa Doutoral em Marketing e Estratégia, sendo a sua área de pesquisa o
Marketing Empreendedor. Elisabete Sá é também empresária e realiza consultoria na área do
empreendedorismo, nomeadamente a empresas spin off.

Local de Edição:
Braga

Data de Edição:
Abril de 2011

Design Gráfico e Produção:


We Link – Comunicação e Multimédia, Lda.

Apoio:

3
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 6
2. Da ideia ao projecto....................................................................................................... 10
2.1. A ideia ............................................................................................................................. 10
2.2. Avaliar uma oportunidade de negócio ......................................................................... 12
2.3. Analisar o mercado e a concorrência ........................................................................... 14
2.4. Elaborar o plano de negócios ....................................................................................... 16
3. Oportunidades de negócio na área do Lazer .............................................................. 20
3.1. Animação ambiental...................................................................................................... 21
3.2. Animação desportiva..................................................................................................... 22
3.3. Animação cultural ......................................................................................................... 24
3.4. Animação lúdica.............................................................................................................25
4. Legislação relevante ..................................................................................................... 29
5. Criação da empresa ...................................................................................................... 34
5.1. Escolha da forma jurídica ............................................................................................. 34
5.2. Formalidades na constituição de uma sociedade ....................................................... 39
6. Apoios financeiros ........................................................................................................ 53
7. Entidades de apoio ao Empreendedorismo ................................................................ 79
7.1. União das Associações Empresariais da Região Norte (UERN) ................................. 79
7.2. Alguns Centros Tecnológicos e Centros de Produção do Conhecimento da Região
Norte ....................................................................................................................................... 82
7.3. Agências de Desenvolvimento Regional ..................................................................... 83
7.4. Associações e Entidades de Apoio ao Empreendedorismo ....................................... 83
7.5. Financiamento .............................................................................................................. 83
7.6. Ligações Úteis na Área do Lazer .................................................................................. 84
7.7. Outras ligações úteis .................................................................................................... 84
8. ANEXOS ......................................................................................................................... 86
8.1. Caracterização do empreendedor da região Norte.................................................... 86
8.2. Informação demográfica de referência ...................................................................... 88
8.3. Classificação das Actividades Económicas .................................................................. 90

4
Introdução

5
Introdução

Os momentos de lazer são, por norma, opostos aos momentos de trabalho. Nesse
período de tempo considerado ‘livre’, as pessoas podem envolver-se em actividades
das quais retiram prazer e bem-estar. Estas actividades podem ser muito
diversificadas, estando relacionadas com os interesses de cada um, podendo incluir
actividades artísticas e culturais, actividades intelectuais, actividades físicas ou
manuais ou, ainda, actividades sociais. O lazer e o turismo estão proximamente
ligados, uma vez que as actividades de lazer podem incluir o turismo, e este incluiu, a
maior parte das vezes, actividades de lazer.

O turismo é um sector transversal que envolve uma grande variedade de serviços e


áreas de actividade, nomeadamente os transportes, a construção, o comércio
retalhista e outros sectores prestadores de serviços ligados às viagens e ao lazer. O
turismo é uma das dinâmicas mais importantes no contexto do desenvolvimento
económico e cultural dos países europeus. A sua evolução está nitidamente ligada a
acontecimentos históricos ocorridos ao longo dos séculos e os seus impactos
resultam das mudanças de índole social, ambiental e cultural por ele suscitadas.

As estatísticas reconhecem e provam que o turismo é um sector de actividade com


grande capacidade para promover o crescimento e emprego na União Europeia,
gerando mais de 5% do PIB da União e empregando cerca de 5,2% da mão-de-obra
total, resultando em aproximadamente 9,7 milhões de empregos, dos quais uma
importante proporção é ocupada por jovens. Dado este seu impacto na economia
europeia, a estratégia Europa 2020 contempla o reforço da competitividade do
sector europeu do turismo, na iniciativa ‘Uma política industrial para a era da
globalização’.

6
No caso específico de Portugal, a grande importância para o país deste sector
reflecte-se nos objectivos do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), que
apontam para que em 2015 o Turismo represente mais de 15% do PIB e 15% do
emprego nacional. Actualmente o turismo tem um peso muito significativo nas
exportações, representando mais 40% das exportações de serviços.

O lazer é o principal motivador do turismo em Portugal, nomeadamente na região


norte. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Planeamento e
Desenvolvimento do Turismo (IPDT), em parceria com a Entidade Regional de
Turismo do Porto e Norte de Portugal (ERTPNP) e o Aeroporto Sá Carneiro, acerca do
perfil dos turistas que visitaram esta região no 4º Trimestre de 2010, o lazer foi o
motivo da visita de 66,1% dos turistas, enquanto os restantes 33,9% viajaram para
Portugal em negócios. O conceito de lazer no turismo é bastante abrangente,
incluindo férias, participação em eventos culturais ou desportivos, visita a familiares e
amigos, entre outras. Segundo o mesmo estudo, os cinco principais mercados
emissores deste segmento de lazer são a França, a Espanha, a Alemanha, o Reino
Unido e a Suíça, de onde têm origem ¾ (75%) dos turistas. Contudo, o mercado
doméstico é também muito relevante. De acordo com o PENT, em 2005, o mercado
nacional era responsável por 48,1% das receitas do turismo.

Para além das actividades turísticas, a indústria do lazer alarga-se a todas as


propostas que promovam a diversão, o entretenimento, o bem-estar e a ocupação de
tempos livres dos cidadãos. Deste modo, esta é uma área que apresenta inúmeras
oportunidades de negócio, dirigida a um mercado cada vez mais aberto a
experiências novas e significantes.

Neste guia, o potencial empreendedor na área do lazer poderá encontrar


informações práticas acerca do desenvolvimento de novos negócios nesta área. São
apresentados os principais aspectos a ter em conta antes de lançar o negócio e dadas
indicações de como formalizar a empresa. São ainda sugeridas algumas áreas

7
específicas onde o empreendedor poderá encontrar oportunidades de negócio. Por
último, são apresentadas algumas fontes de financiamento e apoios a que o
empreendedor pode recorrer e ainda alguma legislação relevante na área.

8
Capítulo 1
1. Da ideia ao projecto

As ideias são abundantes e infindáveis. No entanto, nem todas as ideias são boas
oportunidades de negócio. Para tal, é necessário avaliar o seu potencial, ou seja, a
dimensão da oportunidade.

1.1. A ideia

A intenção de criar uma empresa resulta, de um modo geral, de uma ideia. Esta pode
surgir espontaneamente, a partir da descoberta de algo novo, ou pode resultar de
um esforço deliberado de geração de ideias para fazer face a uma situação de
necessidade do promotor, quer em caso de desemprego, quer em caso de
insatisfação com o emprego actual, quer por vontade de realização pessoal.

As pessoas com quem o empreendedor tem contactos, tais como familiares, amigos,
colegas, parceiros de negócio, entre outros, poderão ser uma boa fonte de ideias
para novos negócios. A experiência profissional passada também pode dar origem a
novas oportunidades. Por vezes os empreendedores desenvolvem negócios a partir
de pequenos interesses como hobbies ou habilidades particulares.

Uma outra forma de identificar novas ideias de negócio é acompanhar as tendências.


O mundo está em constante mudança que gera novas necessidades e,
consequentemente, novas possibilidades de as resolver. Sempre que se identifica um
problema, surge, na verdade, uma oportunidade que pode ser explorada, caso se
tenha as ferramentas adequadas para tirar partido dela. Esta é uma fase da criação
do negócio que exige estar atento ao que se passa em redor, estar informado e
conseguir combinar de forma criativa todas as informações relevantes. A criatividade
é, efectivamente, um dos ingredientes fundamentais de uma boa ideia de negócio,
uma vez que abre caminho para a originalidade e diferenciação que tornam os

10
negócios competitivos. Para isso é preciso ter uma mente aberta e ser capaz de
pensar de forma diferente. Uma ideia criativa só tem potencial de negócio quando é
útil, ou seja, quando resolve uma necessidade, mesmo que esta não seja ainda
totalmente explícita, ou que os próprios clientes potenciais não tenham ainda
consciência dela. Não é fácil desenvolver um novo negócio e fazê-lo funcionar de
forma rentável. Por isso, antes de avançar para a implementação da ideia, o
empreendedor deve tentar responder a algumas questões, tais como:
- Acredita e é capaz de defender a sua ideia?
- Quais são as principais razões pelas quais acredita que a ideia irá funcionar?
- Que razões podem levar a que a ideia não funcione?
- Qual é a necessidade que o negócio vai resolver?
- Compreende bem essa necessidade?
- Conhece as formas existentes de resolver essa necessidade?

Proteger uma ideia original e inovadora

Uma invenção de produtos e processos quando originais e inovadores deve ser


protegida legalmente, ou seja, deve ser objecto de um direito de propriedade
industrial.
A propriedade e o uso exclusivo (produtos e processos) apenas se adquirem por via
da protecção junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O recurso à protecção não é obrigatório mas é aconselhável, dadas as suas


vantagens.

11
Vantagens na protecção legal de produtos e processos
Assegura um monopólio legal O monopólio permite impedir que alguém
utilize, sem consentimento, uma marca,
uma patente ou um desenho ou modelo
(ou outras modalidades).
Concede o direito de utilizar símbolos que O uso destes símbolos é apenas permitido
dissuadem a violação (®) (Pat. n.º) (D M n.º) para quem obtenha, efectivamente, o
registo ou a protecção, prevenindo ou
evitando eventuais condutas lesivas dos
direitos.
Proporciona maior segurança aos
investimentos que a empresa realiza
Atribui um direito de propriedade O direito de propriedade obtido através da
protecção ou do registo é livremente
disponível, podendo o titular transmitir ou
conceder licenças de exploração das suas
marcas, patentes ou desenhos ou modelos,
rentabilizando dessa forma os
investimentos realizados.
Fonte: INPI

1.2. Avaliar uma oportunidade de negócio

Uma oportunidade de negócio é aquela que se prevê que seja rentável, tendo, por
isso, que ser competitiva. Qualquer negócio novo está em desvantagem
relativamente àqueles que estão instalados a menos que apresente um, ou mais,
elementos inovadores, valorizados pelo mercado e que confiram superioridade
relativamente aos concorrentes. Uma ideia de negócio inovadora pode distinguir-se
por ser capaz de oferecer um novo produto ou serviço para resolver necessidades
existentes, por ser capaz de solucionar novas necessidades dos mercados, por
desenvolver novos métodos de produção ou de organização dos serviços, por

12
descobrir novas fontes de fornecimento ou formas de distribuição ou, ainda, por
propor novos modelos de negócio.

Assim, o empreendedor deve questionar-se:


- A ideia de negócio tem alguma componente de inovação?
- Em que é que a ideia de negócio se distingue dos negócios similares
existentes no mercado?
- Esses aspectos distintivos são valorizados pelo mercado?

Antes de responder a estas questões e para avaliar a oportunidade de negócio, o


empreendedor deve, em primeiro lugar, identificar o mercado ao qual se irá dirigir. A
dimensão e a taxa de crescimento do mercado são indicadores importantes de
atractividade da ideia. Porém, o empreendedor deve avaliar até que ponto o
mercado estará disposto a pagar para ver resolvida a necessidade identificada.

Além disso, mercados grandes e em crescimento poderão atrair muitos


concorrentes, que o empreendedor deve também avaliar, pois será com eles que irá
“medir forças” e dividir o mercado. Outros aspectos importantes são também a
avaliação das barreiras à entrada, como a necessidade de muito investimento,
capacidades específicas ou a própria configuração do sector; a avaliação da
capacidade para se ser e manter competitivo e ainda a avaliação das capacidades
necessárias para executar a ideia. A oportunidade de negócio deve ser avaliada para
o momento em que o empreendedor decide explorá-la, mas também devem ser
identificadas as tendências futuras, quer ao nível da evolução dos mercados e da
concorrência, quer ao nível da evolução da técnica usada para implementar a ideia,
quer ainda, ao nível da evolução de todos os outros aspectos que possam afectar o
negócio. Nunca será possível prever o futuro, mas é importante para o empreender
reflectir sobre os desenvolvimentos previsíveis que influenciarão o seu negócio. A
entrada no mercado é, na grande maioria dos casos, um processo lento pelo que o
empreendedor tem que ter uma perspectiva de longo prazo.

13
Desta forma, o empreendedor deve reflectir em questões como:
- A quem se destinam os produtos/serviços que irá oferecer?
- Como é que esse mercado está a evoluir?
- Quanto é que os futuros clientes estarão dispostos a pagar pelos
produtos/serviços a oferecer?
- Quem são os principais concorrentes instalados?
- Conseguirá o novo negócio competir com eles?
- Como se prevê que evolua a concorrência no sector?
- Que capacidades são necessárias para implementar a ideia?
- São necessários requisitos especiais?
- Necessitará de muito investimento?
- Onde poderá encontrar os recursos necessários para implementar o negócio?

1.3. Analisar o mercado e a concorrência

É fundamental que o futuro empreendedor tenha um conhecimento correcto do


negócio em que se pretende lançar para que possa centrar as suas energias nos
clientes e na sua concorrência. Para avaliar correctamente o seu negócio é
indispensável que conheça profundamente a(s) necessidade(s) do mercado a que
pretende dar resposta. Além disso, o empreendedor deve tentar quantificar o seu
mercado potencial, ainda que a margem de erro seja considerável.

É também fundamental compreender o processo de compra do futuro cliente. A forma


como ele identifica a sua necessidade, a importância que lhe atribui, como identifica as
soluções possíveis, como compara as alternativas existentes, os critérios que usa para fazer
as suas escolhas, como avalia os seus potenciais fornecedores, são aspectos que, entre
outros, o empreendedor deve ter em conta para conhecer o seu mercado. A informação
necessária para gerar este conhecimento nem sempre é fácil de obter, sobretudo se o

14
negócio é muito inovador e está a criar um novo mercado. Contudo, existem recursos cada
vez mais facilmente acessíveis que o podem auxiliar neste processo.

O empreendedor deve começar por procurar a informação existente que lhe possa ser
relevante. Estatísticas sobre o mercado, previsão de tendências, informação sobre a
satisfação com as soluções actuais com as quais o novo negócio possa vir a competir, podem
ser encontradas nos websites de entidades de referência como o Instituto Nacional de
Estatística (INE) e o Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), associações
sectoriais e empresas de pesquisa de mercado, mas também em fóruns da internet, nos quais
os consumidores deixam muita informação importante acerca das suas preferências. Alguma
desta informação tem um custo, nomeadamente os estudos de mercado realizados por
empresas especializadas, mas existe também informação de boa qualidade totalmente
gratuita.

Sempre que o empreendedor não consiga encontrar os dados de que necessita para
estabelecer os pressupostos de avaliação da viabilidade do seu negócio, torna-se necessário
fazer pesquisa directa junto dos potenciais clientes. Actualmente existem plataformas
gratuitas para desenvolvimento de inquéritos online que facilitam muito o trabalho de
pesquisa. No entanto, não são de negligenciar as fontes de informação próximas. Uma
excelente forma de fazer pesquisa de mercado é testar o conceito do negócio junto de
amigos e conhecidos que se enquadrem no perfil do cliente-tipo. As reacções à ideia podem
ajudar a compreender melhor a necessidade que se espera resolver e dar indicações
preciosas acerca da apelabilidade da solução proposta, a sensibilidade ao preço e sugerir
novas ideias para melhorar a adequação do conceito.

Há que ter em conta, porém, que entre uma demonstração de interesse num produto ou
serviço e a sua compra efectiva interpõe-se uma enorme distância. Um erro muito comum
cometido pelos empreendedores, sobretudo os mais inexperientes, é a sobrestimação do
mercado, quer por falta de uma pesquisa adequada do mesmo, quer por erros na
interpretação dos resultados da pesquisa realizada. É muito comum os participantes em
estudos de mercado afirmarem o seu interesse na solução apresentada, mas posteriormente
não se tornarem clientes efectivos, por várias razões. Por isso, a adopção de uma perspectiva

15
mais conservadora na avaliação do mercado é a mais adequada numa fase inicial do
planeamento do negócio.

Outro erro frequente dos empreendedores é a subestimação da concorrência. Sobretudo se


o negócio tem uma forte componente inovadora, existe a tentação de se supor que este não
terá concorrência. Este é um engano fatal. O empreendedor deve ter presente que a sua
concorrência não se circunscreve apenas a todos os negócios equivalentes em
funcionamento, mas estende-se a todas as soluções que o cliente tem disponíveis para
resolver a necessidade a que a nova empresa pretende dar resposta. A análise feita deste
ponto de vista do cliente, permite identificar muitos mais concorrentes, incluindo os directos,
os substitutos e os potenciais. O empreendedor deve fazer um estudo o mais completo
possível dos seus concorrentes de modo a definir o seu diferencial competitivo. O estudo da
concorrência é igualmente relevante para identificar potenciais parceiros de negócio, uma
vez que alguns concorrentes podem ter ofertas complementares com as quais é possível
estabelecer sinergias. Uma outra vantagem da análise da concorrência é identificar boas
práticas que possam ser adaptadas ao novo negócio, a partir das quais este poderá evoluir
posteriormente.

1.4. Elaborar o plano de negócios

A ideia de negócio, bem como a estratégia a adoptar para a implementar com sucesso,
podem e devem ser compiladas num documento escrito a que se dá o nome de Plano de
Negócios (PN). Embora seja cada vez mais difícil estabelecer planos, dada a acelerada
mudança que envolve os negócios actualmente, a elaboração deste documento tem várias
vantagens. Desde logo exige a recolha de informação relevante para a tomada de decisões e
a reflexão sobre a mesma. Além disso, o PN serve como instrumento de negociação
aquando do pedido de financiamento, se necessário. Além de apresentar os valores
envolvidos no negócio, é uma demonstração para o financiador de que o empreendedor
reflectiu sobre os mais relevantes aspectos do projecto. Desta forma, o PN deve ser simples,
objectivo e realista, de modo a ser compreendido por qualquer pessoa a quem venha a ser
apresentado. Este documento deve também ser específico, ou seja, deve evitar-se escrever

16
generalidades que se poderiam replicar para qualquer outro negócio. Alguns elementos
constantes no PN devem ser alterados em função do tipo de destinatário que poderá ter. O
PN é uma ferramenta estratégica para o empreendedor e é natural que nele constem
informações de tal forma importantes que devem ser divulgadas a terceiros apenas se forem
relevantes para o objectivo a atingir.
Não existe uma estrutura estandardizada para o PN, mas em geral, os seguintes elementos
são considerados:

Sumário Executivo Trata-se de uma síntese em poucas páginas das principais


informações contidas no PN. O sumário executivo deve estar
redigido de tal forma que seja possível ao leitor perceber todo o
negócio sem precisar de ler o documento completo.
Apresentação do(s) As pessoas são a base de qualquer projecto empreendedor. A
promotor(es) qualidade e capacidade do empreendedor e da sua equipa são
fundamentais para a credibilidade do projecto. Deverão ser
realçadas as características das pessoas que favoreçam o projecto,
nomeadamente, experiência anterior, conhecimento da área de
negócio, rede de relações e complementaridade de competências.
Empresa Deverão ser apresentados aspectos práticos como a forma jurídica
da empresa, designação, localização, regime fiscal, etc.
Ideia Apresentação sucinta da ideia de negócio de forma a evidenciar a
oportunidade subjacente.
Mercado O PN deve reflectir a pesquisa do mercado acima referida e deve,
sobretudo, demonstrar de que forma o conhecimento que se tem
do mercado se traduz numa garantia da qualidade do projecto.
Aqui deverão estar também identificados e caracterizados os
segmentos de mercado a atingir.
No PN devem igualmente estar definidos os objectivos da
empresa, nomeadamente, em termos de quota de mercado e
volume de vendas. Sobre estes e outros objectivos assentarão os
pressupostos da viabilidade da empresa.
Concorrência e O PN deve reflectir o necessário conhecimento acerca dos

17
estratégia competitiva concorrentes, mas mais importante, deve ter patente o
posicionamento estratégico da nova empresa, a forma como esta
se vai diferenciar para ganhar vantagem e as estratégias a usar
para proteger a sua posição competitiva.
Análises estratégicas Antes de lançar um negócio o empreendedor deve conhecer bem
as ‘regras do jogo’. O PN deve reflectir o conhecimento acerca do
funcionamento da área de negócio onde a nova empresa irá
actuar, nomeadamente, quem são os principais players, de que
forma está estruturado o sector e quais são os factores críticos
para o sucesso.
Além disso, todas as informações relevantes acerca das tendências
que podem afectar o negócio, quer positiva, quer negativamente,
devem ser analisadas e deverão ser propostas estratégias para
tirar proveito das mudanças previstas.
Operações Nesta secção, deve ser explicitada a forma de funcionamento da
empresa, incluindo as necessidades de recursos e as capacidades e
competências requeridas. Os processos de funcionamento e os
inputs necessários irão determinar a estrutura de custos da
empresa, pelo que são também informações essenciais para
estabelecer os pressupostos da sua viabilidade.
Após a análise da futura empresa, deverão ser identificadas as
estratégias para tirar partido das forças e para colmatar as
fraquezas.
Marketing e estratégia O empreendedor deve planear desde logo a forma como irá entrar
comercial no mercado. A nova empresa parte em desvantagem
relativamente aos concorrentes instalados, uma vez que é
completamente desconhecida. Aspectos importantes como a
estratégia de marca e de geração de notoriedade, e o
planeamento das especificações do produto/serviço; do modo
como o mesmo será dado a conhecer aos clientes potenciais; da
forma como irá ser levado até eles e do preço que será cobrado,
deverão ser detalhados no PN. Tanto os preços a praticar, como os

18
custos associados aos esforços comerciais deverão ser planeados
tendo em conta a forma como a viabilidade económico-financeira
é afectada por eles.
Análise da viabilidade Nesta secção, o empreendedor deve apresentar os cálculos que
económico-financeira demonstram a rentabilidade do projecto. As receitas e os custos
terão que ser confrontados para poder-se concluir se o negócio é
ou não viável. Aqui deverão também ser projectadas as
necessidades de investimento e as fontes de financiamento. Em
muitos negócios, sobretudo os mais inovadores, é muito difícil
fazer previsões para uma espaço temporal de 5, 4 anos ou até
menos. Contudo, este exercício permite ter uma noção do esforço
que tem que ser feito para suportar a estrutura de custos prevista.
Por outro lado, permite repensar os custos e ajustá-los a um
cenário mais pessimista.

Sugerimos a consulta do site www.portaldoempreendedor.pt para complementar a


informação que necessita sobre Planos de Negócios. Este site possui uma ferramenta em
Excel de apoio à criação do seu Plano de Negócios.

19
2. Oportunidades de negócio na área do Lazer

O conceito de lazer corresponde a um conjunto de ocupações que o indivíduo usa


para descansar, divertir-se, para desenvolver informação ou formação
desinteressada, em suma, para melhorar a sua qualidade de vida. O lazer está,
portanto, associado a um tipo de participação voluntária ou capacidade criadora,
quando livre de ocupações familiares, sociais e profissionais sendo, nessa medida,
uma actividade desinteressada, libertadora e de livre escolha. O lazer pode
consubstanciar-se no conjunto de actividades que se traduzem na ocupação dos
tempos livres de turistas e visitantes, bem como, dos cidadãos em geral. Numa
perspectiva de oferta turística a integração de actividades de lazer com os recursos
endógenos de uma região ou localidade conduz à divulgação da gastronomia, do
artesanato, dos produtos e tradições, contribuindo deste modo para o
desenvolvimento de uma região.

O turismo, como oportunidade de negócio, envolve uma multiplicidade de serviços


que vão desde o transporte, hospedagem, gastronomia, intérpretes e tradutores,
guia turístico, organização de eventos, entretenimento, para além de outros. As
actividades e serviços de lazer que visem o complemento da oferta primária podem
ter uma natureza lúdica, cultural, desportiva, ambiental e até científica.

Estas actividades, a maioria associada ao turismo, podem resultar em diferentes


oportunidades de negócio que permitem ao empreendedor proporcionar ao turista
uma experiência única. O turismo pode e deve ser encarado como uma forma de
produção, distribuição e consumo de produtos/serviços com o objectivo de satisfazer
as necessidades do consumidor final. É fundamental estimular a inovação e a criação
de novos serviços turísticos capazes de motivar o turista a regressar e a exigir
renovadas experiências. Nessa medida, a área do lazer começa a atrair cada vez
maior investimento, num contexto em que o lazer é vendido como prazer e diversão

20
ao alcance da maioria. Entre as várias áreas de negócio que procuram responder a
essa necessidade, destacam-se as seguintes:

2.1. Animação ambiental

A animação ambiental é uma actividade que proporciona o contacto directo com a natureza,
designadamente com a fauna e a flora, bem como, o contacto com espaços naturais ainda
em estádio selvagem. A animação ambiental compreende conjunto de actividades de lazer,
aprendizagem e conhecimento que permitem ao cidadão usufruir dos recursos naturais do
destino que visita, potenciando a sustentabilidade do ambiente. Inclui actividades que vão
desde a exploração de rotas temáticas, passeios pedestres, observação de fauna e flora e
actividades de educação ambiental.

A interpretação ambiental permite aos visitantes o conhecimento global do património que


caracteriza a Área Protegida, através da observação no local, das formações geológicas, da
flora, da fauna e respectivos habitats, bem como de aspectos ligados aos usos e costumes
das populações.

21
2.2. Animação desportiva

A animação desportiva engloba um conjunto de actividades de carácter desportivo realizadas


em espaços naturais, tendo como principal preocupação a salvaguarda das características
específicas do espaço. Esta compreende actividades como: terrestres, aquáticas e aéreas. De
acordo com a Deco Pro Teste (http://www.deco.proteste.pt/ desporto/guia-dos-desportos-
de-natureza-s515251.htm), a animação desportiva começa a ganhar cada vez mais
simpatizantes em Portugal, na medida em que:
 Promove estilos de vida mais saudáveis, para combater o stress e o
sedentarismo do quotidiano;
 É benéfica para a saúde e bem-estar pessoal.

No que diz respeito às diferentes actividades de animação desportiva referidas


anteriormente estas incluem:

Terrestres Aquáticos Aéreos


Desenvolvem-se em Desenvolvem-se em Desenvolvem-se no ar ou
contacto directo com o meio contacto directo com o meio no meio aéreo. Também
terrestre, tanto à superfície aquático, como o mar, os são designadas actividades
como subterraneamente, rios ou as lagoas. Incluem-se de “voo livre”, por não
por exemplo, em grutas e as actividades praticadas à requererem motores para
cavernas. superfície e em a propulsão.

22
Terrestres Aquáticos Aéreos
- Hipismo profundidade. - Parapente
- BTT - Surf - Asa Delta sem
- Pedestrianismo - Kyte surf motor
- Montanhismo - Windsurf - Queda Livre
- Manobras de Corda - Rafting - Balonismo
(slide e rapel) - Remo - Pára-quedismo
- Espeleologia - Canoagem
- Mergulho
- Canoying
- Bodyboard
- Kayak
- Hidrospeed
Fonte: Adaptado Deco Pro Teste (http://www.deco.proteste.pt/desporto)

23
2.3. Animação cultural

A animação cultural consiste no conjunto de actividades de animação que se desenvolvem


tendo por base recursos locais de carácter cultural. Assim, quem procura este tipo de
animação pode realizar rotas temáticas culturais, passeios pedestres culturais, visitas ao
património edificado ou construido, entre outros. O Observatório das Actividades Culturais
(OAC) dedica-se à produção e difusão de saberes que contribuem de forma sistemática e
regular para a transformação das actividades culturais, designadamente no estudo de
eventos culturais, respectivos impactos, políticas culturais, agentes (artistas, utentes de
equipamentos culturais, etc.) e estudos de levantamento de instituições culturais
(bibliotecas, museus, etc.).

24
2.4.Animação lúdica

A animação lúdica consiste em desenvolver actividades que têm por objectivo a diversão das
pessoas ou grupos, a ocupação de tempos livres, a promoção do convívio, a divulgação do
conhecimento, das artes e dos saberes. De uma forma genérica, podem-se incluir nas
actividades lúdicas: desporto e recreio, turismo sénior, internet, visitas culturais, jogos,
gastronomia e actividades relacionadas com a aprendizagem e o conhecimento, entre
outras.

As actividades lúdicas revelam-se importantes em todas as faixas etárias. Dada a sua


crescente importância, nos últimos tempos tem-se assistido a um aumento da procura por
este tipo de actividades. Deste modo, o seu desenvolvimento torna-se promissor para o
empreendedor que queira investir na área do lazer.

25
Alguns exemplos de actividades ligadas ao Lazer na Região Norte:
Vale de Mós – Casa de Terras de Bouro A Casa Vale das Mós disponibiliza diversas
Turismo actividades como: Hipismo; PaintBall; BTT;
www.valedasmos.com Slide; Escalada; Rapel; Arvorismo; Canoagem;
Pastorícia e Orientação.
Clube Celtas do Minho Vila Nova de O Clube promove, desde2001, projectos de
www.celtasdominho.org Cerveira valorização da Montanha, sendo exemplos: o
Centro de Interpretação da Serra d’ Arga, a
organização do Fórum Ibérico da Montanha e
mais recentemente, o Refúgio de Montanha
da Serra d’ Arga.

Gerês Equi-Desafios Gerês Empresa especializada em actividades e


http://www.turismoactiv eventos outdoor. Apresenta um conjunto
o.pt/ alargado de actividades.
Quinta do Adamastor Serra da Estrela Oferece:
http://www.quintadoada  Ténis (em construção)
mastor.com  Campo FutSal (em construção)
 BTT (simples, duplas e criança)
 Caminhadas Pedestres
 Passeios a Cavalo
 Passeios de Burro

26
 Parque infantil (em construção)
 Roteiro Botânico
 Piquenique dos Descobrimentos

27
Capítulo 3
3. Legislação relevante

Decreto-Lei nº 108/2009, de 15.05


Estabelece as condições de acesso e de exercício da actividade das empresas de
animação turística e dos operadores marítimo-turísticos

Portaria nº 651/2009, de 12.06


Define o Código de Conduta a adoptar pelas empresas de animação turística e dos
operadores marítimo-turísticos que exerçam actividades reconhecidas como turismo
de natureza e o logótipo que os identifica.

Declaração de Rectificação nº 12/05, de 16 de Março


De ter sido rectificado a Portaria nº 164/05, de 11 de Fevereiro

Portaria nº 59/05, de 21 Janeiro


(Revoga a Portaria nº 1214-B/00, de 27 de Dezembro) – Estabelece o regulamento
para implementação do Sistema de Incentivos a Produtos Turísticos de Vocação
Estratégica

Portaria nº 164/05, de 11 de Fevereiro


Estabelece as taxas a aplicar pelo ICN pela concessão e renovação de licenças para
realização de actividades de animação ambiental na Rede Nacional de Áreas
Protegidas.

Portaria nº 1465/04, de 17 de Dezembro


Aprova a Carta de Desporto de Natureza e respectivo regulamento do Parque Natural
das Serras de Aire e Candeeiros

29
Decreto-Lei n.º 269/2003, de 28.10
Altera o Regulamento da Actividade Marítimo-Turística, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 21/2002 de 31 de Janeiro

Decreto-Lei n.º 269/2003, de 28.10


Altera o Regulamento da Actividade Marítimo-Turística, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 21/2002 de 31 de Janeiro

Decreto-Regulamentar nº 17/03, de 10 de Outubro


Altera o Decreto Regulamentar nº 18/99, de 27/08.

Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11.03


Altera o Decreto-Lei n.º47/99 de 16.02, que regula o Turismo de Natureza

Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31.01


Regula a actividade marítimo-turística, revogando os Decretos-Leis nos 564/80, de 6
de Dezembro, e 200/88, de 31 de Maio, e a Portaria n.º 59/88 de 28 de Janeiro

Decreto-Lei nº 108/02, de 16 de Abril


Altera o Decreto-Lei nº 204/00, de 1 de Setembro

Decreto-Lei nº 21/2002 de 31 de Janeiro


Alterado pelo 269/2003 de 28Outubro (Actividade Marítimo- Turística)

Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11.03


Altera o Decreto-Lei n.º47/99 de 16.02, que regula o Turismo de Natureza

Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31.01


Regula a actividade marítimo-turística, revogando os Decretos-Leis nos 564/80, de 6
de Dezembro, e 200/88, de 31 de Maio, e a Portaria n.º 59/88 de 28 de Janeiro

30
Decreto-Regulamentar nº 54/02, de 11 de Março
Estabelece o novo regime jurídico da instalação e do funcionamento dos empreendimentos
de turismo no espaço rural.

Decreto-Regulamentar nº 13/02, de 12 de Março


Regula os requisitos mínimos das instalações e do funcionamento dos empreendimentos de
turismo no espaço rural.

Decreto-Lei nº 56/2002, de 11 de Março


Altera e republica o Decreto-Lei nº 47/99, de 16 de Fevereiro.

Portaria nº 138/01, de 1 de Março


Aprova as taxas devidas pela concessão de alvará relativo ao exercício da actividade
de animação turística.

Decreto-Lei nº 204/00, de 1 de Setembro


Regula o acesso e o exercício da actividade das empresas de animação turística.

Decreto-Lei n.º 47/99, de 16.02


Regula o Turismo de Natureza.

Decreto-Lei nº47/99 de 16 de Fevereiro


Alterado pelo 56/2002 de 11 de Março (Regime que regula o Turismo de Natureza).

Decreto Regulamentar nº 18/99 de 27 de Agosto


Regime que regulamenta a Animação Ambiental.

Decreto-Regulamentar nº 2/99, de 17 de Fevereiro


Regula os requisitos das instalações e do funcionamento das casas de natureza.

Decreto-Regulamentar nº 18/99, de 27 de Agosto

31
Regula a animação ambiental nas modalidades de animação, interpretação ambiental e
desporto de natureza nas Áreas Protegidas, bem como o respectivo processo de
licenciamento.

Decreto-Lei nº 47/99, de 16 de Fevereiro


Estabelece o regime jurídico do Turismo de Natureza.

Resolução do Conselho de Ministros nº 112/98, de 25 de Agosto


Estabelece a criação do Programa Nacional do Turismo de Natureza.

Decreto-Lei nº 192/82, de 19 de Maio


Cria os Parques de Campismo Rural.

32
Capítulo 4
4. Criação da empresa

4.1. Escolha da forma jurídica


Os negócios podem ser desenvolvidos por uma ou mais pessoas e a escolha da forma jurídica
depende do número de pessoas envolvidas no processo.

Os negócios desenvolvidos por uma pessoa poderão ter a forma jurídica de Empresário em
Nome Individual; Sociedade Unipessoal por Quotas e Estabelecimento Individual de
Responsabilidade Limitada (EIRL), sendo as duas primeiras as mais frequentes.

Características da forma jurídica empresário em nome individual

 É titulada por um único indivíduo ou pessoa singular;


 A firma, ou nome comercial deverá ser constituída pelo nome civil completo ou
abreviado do empresário individual e poderá incluir, ou não, uma expressão alusiva
ao seu negócio ou à forma como pretende divulgar a sua empresa no meio
empresarial;
 Os empresários individuais que não exerçam uma actividade comercial, mas que
tenham uma actividade económica lucrativa, podem ter uma denominação, ou
expressão que faça referência ao ramo de actividade, de acordo com as condições
previstas no art. 39.º do Decreto-Lei n.º 129/98, de 13 de Maio;
 Não tem um montante mínimo obrigatório para o capital social;
 Não existe separação entre o património pessoal e o património do negócio, pelo que
os bens próprios do empreendedor estão afectos à exploração da actividade
económica;
 A responsabilidade é ilimitada, sendo que o empreendedor responde pelas dívidas
contraídas no exercício da actividade com todos os bens que integram o seu
património.
Fonte: http://www.portaldaempresa.pt/

34
Características da forma jurídica sociedades unipessoais por quotas

 Sociedade constituída por um único sócio (pessoa singular ou colectiva) a quem


pertence o total do capital social.
 Cada pessoa singular só pode ser sócia de uma única sociedade unipessoal;
 Uma sociedade por quotas não pode ter como sócio único uma sociedade unipessoal
por quotas.
 Aplicam-se as normas das sociedades por quotas, salvo as que pressupõem a
pluralidade de sócios:
o Capital social mínimo: sem limite mínimo
o Responsabilidade limitada (apenas o património da sociedade responde pelas
suas dívidas).
o Pode ser transformada em sociedade por quotas;
o A firma da sociedade deve ser formada pela expressão “Sociedade
Unipessoal” ou “Unipessoal” antes da palavra “Limitada” ou “Lda.”.
 Sócio único exerce as competências das Assembleias-Gerais, podendo
designadamente, nomear gerentes.
 As decisões do sócio que tenham natureza igual às deliberações da assembleia-geral
devem ser registadas em actas por ele assinadas.

A sociedade Unipessoal por Quotas é a forma jurídica mais indicada para o empresário que
pretenda limitar ao património social a sua responsabilidade perante os credores pelas
dívidas contraídas.

Os negócios desenvolvidos por um conjunto de pessoas ou em sociedade podem ter as


seguintes formas jurídicas: Sociedade em nome colectivo; Sociedade em comandita (simples
e por acções); Sociedade por quotas e Sociedade anónima.

Os vários tipos de sociedade distinguem-se, juridicamente, principalmente pela


responsabilidade dos sócios, que pode ser: Ilimitada nas sociedades em nome colectivo;
Limitada nas sociedades anónimas e por quotas e Mista nas sociedades em comandita.

35
Em Portugal as sociedades em nome colectivo e em comandita caíram em desuso. Assim as
sociedades mais comuns são as Sociedade por Quotas (e unipessoais); as Sociedades
Unipessoais por Quotas e as Sociedades Anónimas

Na sociedade por quotas o capital está dividido em quotas e os sócios são solidariamente
responsáveis por todas as entradas convencionadas no contrato social. As sociedades por
quotas estão regulamentadas no Código das Sociedades Comerciais, do artigo 197º ao 270º.

Características da forma jurídica sociedades por quotas

 Número mínimo de dois sócios.


 Não são admitidas contribuição de indústria (atributos ou qualidades pessoais
postas pelo sócio ao serviço da sociedade).
 Cada sócio responde, salvo disposição em contrário:
o Individualmente pela sua quota;
o Solidariamente pelas quotas dos restantes sócios (que não foram
pagas).
 Pelas dívidas da sociedade responde apenas o património da
sociedade, isto é, apenas o património social responde para
com os credores pelas dívidas contraídas, donde o capital social
é o limite da responsabilidade dos sócios.
 A firma deve ser formada pelo nome ou firma de todos ou alguns dos sócios, por
denominação particular ou por ambos, acrescida obrigatoriamente pela expressão
“Limitada” ou “Lda.”
 O contrato de sociedade deve especialmente mencionar:
o O montante de cada quota de capital e a identificação do respectivo
titular;
o O montante das entradas efectuadas por cada sócio no contrato e o
montante das entradas diferidas.
 Capital social mínimo: € 2,00 (no caso de apenas duas quotas)

36
o O capital social de uma sociedade por quotas pode ser livremente definido
pelos sócios de acordo com os recursos financeiros que possuem e entendem
necessários para que a empresa desenvolva a sua actividade.
 A sociedade é administrada e representada por um ou mais gerentes, que podem ser
escolhidos de entre estranhos à sociedade e devem ser pessoas singulares com
capacidade jurídica plena.
 A sociedade pode ter um conselho fiscal, caso o contrato assim o defina. As
sociedades, que não tiverem conselho fiscal, devem designar um revisor oficial de
contas, desde que, durante dois anos consecutivos, sejam ultrapassados dois dos três
seguintes limites:
o Total do balanço: € 1.500.000;
o Total de vendas líquidas e outros proveitos: € 3.000.000;
o Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50.

Tendo em conta a recente redução do capital social mínimo exigido e o regime de


responsabilidade perante os credores pelas dívidas contraídas, este tipo de sociedade é
considerado o mais vantajoso para os pequenos e médios empresários.

As sociedades anónimas estão regulamentadas pelo Código das Sociedades Comerciais, do


artigo 271º ao 464.º.

Características da forma jurídica sociedades anónimas

 Número mínimo 5 accionistas (regra geral), excepto no caso de o Estado ser sócio
maioritário, podendo ser constituída apenas com dois accionistas.
 O Capital social é representado por títulos (acções) que se caracterizam,
normalmente, pela sua extrema negociabilidade.
o A acção é indivisível.
o Acções podem ser com valor nominal ou acções sem valor nominal (VN)
 O capital social mínimo é de € 50.000,00.
 A realização do capital do capital pode ser em dinheiro e/ou em espécie. Nas
sociedades anónimas, o pagamento das entradas pode ser diferido até 70 % do

37
capital nominal ou do valor nominal das acções até 5 anos. Mas o valor
nominal total das entradas em dinheiro e em espécie deve corresponder ao
valor mínimo do capital definido por lei para uma sociedade por quotas (€
50.000). A realização em espécie não pode ser diferida. A mensuração dos
bens é feita com base no justo valor, mediante relatório de um Revisor Oficial
de Contas que deve reporta-se a uma data não anterior a 90 dias e colocado à
disposição dos fundadores pelo menos 15 dias antes da celebração do
contrato.
 Na mesma sociedade não podem coexistir acções com valor nominal e acções
sem valor nominal.
 Nas acções com valor nominal:
o O Valor nominal não deve ser inferior a € 0,01 (1 cêntimo).
o Todas as acções devem ter o mesmo valor nominal.
o Não é permitida a emissão de acções abaixo do par (por um valor
inferior ao valor nominal).
 Acções sem valor nominal:
o Valor de emissão não deve ser inferior a € 0,01 (1 cêntimo).
o Todas as acções devem representar a mesma fracção no capital.
o Neste tipo de sociedades não é permitida a emissão de acções
abaixo do seu valor de emissão (valor de emissão de acções
anteriormente emitidas).
 A responsabilidade é limitada ao valor das acções subscritas pelos accionistas.
 Votos: cada acção (ordinária) dá direito a um voto.
 A firma deve ser formada pelo nome ou firma de um ou alguns sócios ou por
denominação particular ou ainda pela reunião de ambos, ao que acresce a
expressão “Sociedade Anónima” ou “S.A.”.
 A maioria dos sócios não tem interferência directa na condução dos negócios,
existindo separação entre a titularidade do capital e a gestão.
 A administração e a fiscalização da sociedade podem ser estruturadas
segundo uma de três modalidades:

38
o Conselho de Administração e Fiscal Único ou Conselho Fiscal.
o Conselho de Administração, compreendendo uma Comissão de
Auditoria e um Revisor Oficial de Contas.
o Conselho de Administração Executivo (Direcção), Conselho Geral e de
Supervisão e Revisor Oficial de Contas (ROC).

A limitação da responsabilidade e o pequeno valor das acções permite que estas sejam
adquiridas mesmo por pessoas que apenas dispõem de fracas poupanças, pelo que é a forma
jurídica indicada para as sociedades que se propõem realizar empreendimentos económicos
avultados.

4.2.Formalidades na constituição de uma sociedade

Após a escolha do tipo de sociedade e elaboração do contrato de sociedades, pode-se


constituir a sociedade.

Actualmente é possível criar a sociedade: online; ‘Na hora’ ou através do método tradicional

CRIAÇÃO DE EMPRESAS ONLINE

Via online, só se pode criar a sociedades unipessoais por quotas, por quotas e anónimas, com
recurso a um certificado digital, como o Cartão de Cidadão. No entanto, as sociedades cujo
capital seja realizado com recurso a entradas em espécie não podem ser constituídas por
este meio.

A criação da Empresa Online faz-se através do Portal da Empresa:


http://www.portaldaempresa.pt. e deve-se atender aos seguintes passos:

Passos para a criação de empresas via online


1º Passo: Reserva do Nome da Empresa

Existem duas opções para atribuir o Nome à Sociedade Comercial:

39
 Selecção e reserva do nome da sociedade a partir da Lista de Nomes Fantasia
disponível no serviço de criação da Empresa Online. Esta Lista consiste numa
selecção de nomes propostos pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC),
aos quais estão associados um Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) e
um número de Segurança Social, gerado no momento da constituição da sociedade.
O nome da sociedade comercial fica reservado até à selecção do modo de
pagamento, por um período máximo de 24 horas.
 Se o Apresentante não efectuar o preenchimento da Informação da Empresa (2.º
Passo) após 30 minutos do início do processo, o nome deixa de estar reservado.
 Utilização de Certificado de Admissibilidade válido emitido pelo RNPC, inserindo para
tal o NIPC. O Certificado de Admissibilidade tem validade de três meses a contar da
data da emissão ou da revalidação mais recente.

2º Passo: Informação da Empresa


Neste passo, o Apresentante opta pelo tipo de pacto social, que melhor se adequa à
empresa, de entre um modelo pré-aprovado ou modelo elaborado pelo interessado e a
informação relativa à Empresa a constituir, incluindo os seus Participantes. Deverá ser
definida a seguinte informação:
Empresa:
Tipo de pacto social: pré-aprovado ou elaborado pelo interessado:
Aditamento de expressão alusiva à actividade ao nome da sociedade, caso este tenha sido
seleccionado da Lista de Nomes de Fantasia, por exemplo: Construção Civil, Comércio de
Calçado ou Comércio Automóvel (opcional).
 Natureza jurídica;
 Morada da Sede;
 Objecto Social;
 CAE – Classificação da Actividade Económica;
 Valor do Capital Social;
 NIB (opcional) para efeitos de eventual reembolso por transferência bancária.
Adicionalmente à informação previamente inserida, se optou por um pacto social do tipo pré-
aprovado deverá inserir:
 Opção de realização do Capital Social;

40
 Se se tratar de uma S.A. deve ainda definir:
 Valor nominal das acções;

Se se tratar de uma Sociedade por Quotas ou Unipessoal por Quotas deve ainda definir:
Forma de obrigar:
Nos casos aplicáveis, será necessário apresentar a autorização administrativa devida para ser
possível dar continuidade à constituição da sociedade.
Relativamente ao aditamento legal, este é automaticamente assumido pela aplicação no
momento em que o utilizador define a natureza jurídica.

Participantes:
Caracterização do TOC: número de membro, nome, NIF, morada profissional, contacto
telefónico e e-mail.

Se optou por pacto social pré-aprovado:


Qualidade: sócio, gerente, fiscal, administrador, Técnico Oficial de Contas (TOC).
Caracterização da pessoa singular ou colectiva: nome, sexo, NIF, estado civil, naturalidade,
nacionalidade, morada, contacto telefónico e e-mail.
Se o Estado Civil de um dos sócios for casado, deve inserir adicionalmente: regime de bens e
nome do cônjuge.
Se um dos sócios for Pessoa Colectiva, deve inserir adicionalmente: morada da sede e
Número de identificação de pessoa colectiva (NIPC).
Valor da Quota ou Número de Acções, dependendo da natureza jurídica da Sociedade, se se
tratar de um sócio.

Se optou por pacto social elaborado pelo interessado:


Identificação do participante no Fórum (opcional): Nome, Número de Identificação Fiscal
(NIF) e e-mail. Esta identificação serve para disponibilizar, ao participante, o respectivo pacto
social para discussão.
De acordo com os modelos de pacto sociais disponíveis, para a constituição das sociedades,
além dos sócios e respectivos cônjuges, terá de inserir: um Fiscal Efectivo, um Fiscal Suplente
e um Administrador, no caso de ser Sociedade Anónima, e pelo menos um Gerente, no caso
das Sociedades por Quotas ou Unipessoais por Quotas.

41
O apresentante terá três opções:
1. Indicar um TOC introduzindo directamente os dados do mesmo.
2. Seleccionar um TOC da respectiva bolsa, disponibilizado pela Câmara dos TOC (CTOC).
3. Não indicar nenhum TOC e optar por se dirigir à Administração Fiscal no prazo de 15 dias
para apresentar a declaração de início de actividade.

3º Passo: Adesão ao Centro de Arbitragem


Depois de ter inserido a informação da empresa, o Apresentante deverá indicar se pretende
aderir a um Centro de Arbitragem. A adesão só é possível se para o CAE da Empresa e
concelho da morada da sede, existir um Centro de Arbitragem.
O processo de adesão é simples, voluntário e não implica qualquer custo, basta subscrever o
formulário “Adesão Plena e Imediata” no momento da constituição da empresa online.
Ao aderir a um Centro de Arbitragem, a empresa aceita a intervenção deste em eventuais
conflitos que possam surgir e que se insiram no âmbito da competência do centro.

4º Passo: Validação do Pacto Social


Após a introdução da informação relativa à Empresa e Participantes, o Apresentante procede
à validação do Pacto Social, sendo este disponibilizado ao(s) sócio(s).
Para o efeito de pactos pré-elaborados, a aplicação permite a visualização do documento
para que os sócios possam indicar erros ou inconformidades resultantes da inserção de
dados e notificar o Apresentante para os corrigir. Esta operação é totalmente efectuada num
Fórum privado, cujo acesso está condicionado aos sócios que tenham fornecido o seu
endereço de e-mail por altura da identificação só dos Participantes (ver 2.º Passo).
Nos casos em que o pacto social é elaborado pelo interessado, o Apresentante deve efectuar
o upload do pacto social finalizado de forma a disponibilizar o mesmo, aos sócios, no Fórum
privado.
Posteriormente, mediante a recepção de uma notificação por parte dos sócios, o
Apresentante pode proceder às alterações necessárias acedendo ao processo por meio do
Dossier Electrónico da Empresa.
Concluído o Pacto Social, o Número de Identificação na Segurança Social (NISS) da sociedade
a constituir é gerado automaticamente pela aplicação.

42
No sítio pode visualizar Modelos de Pacto Social.

5º Passo: Assinatura e Envio de Documentos


Depois de validada a informação contida no Pacto Social, o Apresentante deve efectuar os
seguintes procedimentos:
 Assinatura dos Documentos
 Imprimir os seguintes documentos:
o Pacto Social.
o Formulário de Adesão ao Centro de Arbitragem (caso seja aplicável);
Formulário para reconhecimento de assinaturas.
 Depois de impressos todos os documentos, estes devem ser assinados:
Pacto Social: assinaturas de todos os sócios.
 Formulário de Adesão ao Centro de Arbitragem: assinatura do representante legal.
 Formulário para reconhecimento de assinaturas: assinatura do representante legal.
 Envio dos Documentos.
 Depois do Apresentante proceder à digitalização dos documentos de suporte ao
processo de constituição da empresa deve efectuar o upload dos mesmos,
nomeadamente:
 Pacto Social e reconhecimento de assinaturas em anexo.
 Procuração.
 Certidão de Registo Comercial.
 Acta da Assembleia Geral.
 Acta do Conselho de Administração.
 Estatutos.
 Declaração de aceitação - Revisor Oficial de Contas Efectivo.
 Declaração de aceitação - Revisor Oficial de Contas Suplente.
 Autorizações Administrativas.
 Formulário de Adesão ao Centro de Arbitragem.
 Outros.
O envio dos documentos de confirmação do pedido de registo em formato digital substitui a
necessidade de enviar por correio documentos em formato papel.
Os documentos a apresentar são idênticos para os vários perfis de utilizadores.

43
6º Passo: Pagamentos
Os custos inerentes à constituição de uma sociedade são os que a seguir se apresentam:
 € 180 (pacto ou acto constitutivo de modelo aprovado) ou € 120, caso haja redução.
 € 380 (pacto social livre - elaborado pelos interessados) ou € 320, caso haja redução.
Acresce a estes valores, na constituição de sociedade com Marca associada com uma classe
de produtos ou serviços € 100. A este valor acresce € 44 por cada classe adicional.

Pagamento por Multibanco


Se optar pelo pagamento por Multibanco, a aplicação gera um aviso de pagamento com as
seguintes informações:
 Montante.
 Código de Entidade.
 Referência Multibanco.
O tempo máximo para a execução de um pagamento via Multibanco é de 48 horas úteis,
período durante o qual o nome da sociedade fica reservado. Após confirmação do
pagamento, o nome da firma fica definitivamente indisponível para outra utilização.

7º Passo: Detecção de Inconformidades


No caso de serem detectadas deficiências durante o processo de registo de constituição, o
Apresentante recebe um e-mail no qual constam as correcções a realizar.
Para proceder às referidas correcções é necessário retornar ao Portal da Empresa,
autenticar-se e efectuá-las através do Dossier Electrónico da Empresa. Depois de corrigidas
todas as inconformidades, o Apresentante deve submeter novamente o processo para que a
conservatória possa dar continuidade ao registo da sociedade.
O período para proceder à regularização das inconformidades é de cinco dias úteis. Caso não
as regularize dentro do prazo referido, o processo da sociedade passa a “Prazo para
correcção de irregularidades expirado”. Nestes casos, o registo fica provisório ou recusado e
o nome da empresa fica bloqueado.

44
8º Passo: Passos seguintes
Após submeter um pedido para constituição da Empresa Online, a informação será validada
pelos serviços competentes. Em seguida, serão realizados os seguintes passos:
 Envio de e-mail notificativo para o Apresentante e Sócio(s), após recepção do pedido
pelos serviços competentes.
 Envio de e-mail notificativo e SMS para o Apresentante e sócio(s) informando-os da
constituição da sociedade.
 Envio de Certidão do Registo Comercial, Cartão de Pessoa Colectiva e recibo do
pagamento de preparos e emolumentos, por correio, para a morada da sede da
sociedade.
 Publicação do registo do contrato da sociedade no site do Ministério da Justiça.
 Disponibilização de informação sobre a constituição da sociedade.

Administração Fiscal:
 A informação do TOC (se indicado ou atribuído) é disponibilizada à Administração
Fiscal para que o mesmo possa proceder à declaração de início de actividade.
 Disponibilização de informação sobre a constituição da sociedade à Segurança Social.

Envio de informação ao Gabinete de Política Legislativa e Planeamento (GPLP):


 Informação relativa à actividade registral das sociedades (por exemplo, constituição,
alteração da sede, alteração dos órgãos sociais) para o site do GPLP, destinada ao
Instituto Nacional de Estatística.
 Após a criação da sua empresa, a Fundação para a Computação Cientifica Nacional
(FCCN) comunica, via e-mail, o login e a password que permitem, através da Internet,
assumir a gestão do domínio entretanto criado. Este endereço de domínio pode ser
utilizado para o endereço de e-mail e para o site na Internet da sociedade que criou.
Fonte: http://www.portaldaempresa.pt/

45
PASSOS PARA A CRIAÇÃO DE EMPRESA NA HORA

1º Passo: Escolher uma Firma Pré-aprovada


Os interessados em constituir uma empresa devem em primeiro lugar consultar a lista de
firmas pré-aprovadas na Internet, no site “Empresa na Hora” ou directamente num dos
balcões de atendimento do projecto quando iniciar o processo de criação da sua sociedade
[consultar lista de balcões em: http://www.empresanahora.pt/ENH/sections/PT_contactos]

Porém, as firmas escolhidas só são atribuídas presencialmente num balcão de atendimento


no início do processo de criação da empresa.

Ao “nome” da firma pré-aprovada é possível aditar uma expressão relativa à actividade que a
sociedade desenvolverá. Se a empresa se denominar, por exemplo, “1234” e o empresário
decidir dedicar-se à construção civil, a firma poderia ser “1234 – Construção Civil”, acrescida
do aditamento legal Lda., S.A. ou Unipessoal, consoante o caso.

2º Passo: Optar por um Pacto Social


Antes de iniciar o processo de constituição de empresa é necessário escolher um pacto social
pré-aprovado. Na “Empresa na Hora” ou directamente nos balcões de atendimento é
possível conhecer os pactos.
Nestes sistemas é apenas possível constituir sociedades unipessoais por quotas, sociedades
por quotas e sociedades anónimas.

Para iniciar o processo de constituição de uma empresa os sócios devem dirigir-se a um


Balcão de Atendimento.

As pessoas que formarão a empresa devem levar consigo obrigatoriamente alguns


documentos. Aos sócios que forem pessoas singulares exige-se:
 Cartão de Contribuinte (substituído pelo Cartão de Cidadão);
 Documento de identificação (Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade,
Passaporte ou Carta de Condução*) ou autorização de residência*.

46
*Nota: A Carta de Condução e a autorização de residência só são aceites quando o capital da
entidade não for superior a € 15.000,00.

Já aos sócios que forem pessoas colectivas pede-se:


 Cartão da empresa ou de pessoa colectiva ou código de acesso aos referidos
cartões;
 Certidão de Registo Comercial actualizada;
 Acta da Assembleia-Geral que confere poderes para a constituição de sociedade.

Os sócios devem também estar preparados para pagar €360. Este valor, pago no momento
da constituição, pode ser liquidado em numerário, por cheque ou Multibanco. Apenas para as
sociedades que desenvolvem actividade no sector tecnológico ou da investigação o custo do
serviço é de €300. Estes custos abrangem o montante da taxa de publicação do registo na
Internet.

Antes de iniciar o processo de constituição de empresa é necessário escolher um pacto social


pré-aprovado. Na “Empresa na Hora” ou directamente nos balcões de atendimento é
possível conhecer os pactos.
Nestes sistemas é apenas possível constituir sociedades unipessoais por quotas, sociedades
por quotas e sociedades anónimas.

3º Passo: Ir ao balcão de atendimento


Para iniciar o processo de constituição de uma empresa os sócios devem dirigir-se a um
Balcão de Atendimento. Em “Empresa na Hora” está disponível para consulta uma lista com
os contactos de todos os balcões existentes em Portugal.
As pessoas que formarão a empresa devem levar consigo obrigatoriamente alguns
documentos. Aos sócios que forem pessoas singulares exige-se:
 Cartão de Contribuinte (substituído pelo Cartão de Cidadão);
 Documento de identificação (Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade,
Passaporte ou Carta de Condução*) ou autorização de residência*.
*Nota: A Carta de Condução e a autorização de residência só são aceites quando o capital da
entidade não for superior a € 15.000,00.

47
Já aos sócios que forem pessoas colectivas pede-se:
 Cartão da empresa ou de pessoa colectiva ou código de acesso aos referidos
cartões;
 Certidão de Registo Comercial actualizada;
 Acta da Assembleia-Geral que confere poderes para a constituição de sociedade.
Os sócios devem também estar preparados para pagar € 360. Este valor, pago no momento
da constituição, pode ser liquidado em numerário, por cheque ou Multibanco. Apenas para as
sociedades que desenvolvem actividade no sector tecnológico ou da investigação o custo do
serviço é de € 300. Estes custos abrangem o montante da taxa de publicação do registo na
Internet.

4º Passo: Elaborar o Pacto Social e o Registo Comercial


No balcão de atendimento serão executados o pacto de sociedade e o registo comercial.
Logo de seguida os sócios recebem uma certidão de registo comercial, o cartão de pessoa
colectiva, o número de segurança social, do pacto e uma certidão do registo comercial.

5º Passo: Entregar Declaração de Início de Actividade


Para efeitos fiscais, a Declaração de Início de Actividade pode ser logo entregue no balcão de
atendimento, sendo que tem que estar assinada pelo Técnico Oficial de Contas. Caso
contrário, os sócios têm 15 dias para o fazer.

6º Passo: Depositar o Capital Social


Depois de a empresa estar constituída, os sócios estão obrigados a depositar, numa
instituição bancária, o valor do capital social em nome da sociedade, num período de cinco
dias úteis.
Fonte: http://www.portaldaempresa.pt/

CRIAÇÃO DE EMPRESAS PELO MÉTODO TRADICIONAL

Com o desenvolvimento das novas tecnologias e a emergência do Governo Electrónico, o


método tradicional de criação de uma empresa tem vindo a sofrer algumas alterações, sendo

48
que parte das etapas que careciam de deslocação presencial a determinados balcões
passaram a poder ser feitas através da Internet (http://www.portaldaempresa.pt).

O empreendedor que optar pela criação de empresa pelo método tradicional deve seguir os
seguintes passos:

PASSOS PARA A CRIAÇÃO DE EMPRESAS PELO MÉTODO TRADICIONAL

1º Passo: Certificado de Admissibilidade


Com o Certificado de Admissibilidade poderá efectuar a constituição da sua empresa através
do serviço criação de empresa online, bastando para tal introduzir o Número de Identificação
de Pessoa Colectiva associado. Desta forma o nome da firma é automaticamente
identificado.
O pedido de Certificado de Admissibilidade pode ser feito pela Internet através do site
da Empresa Online ou no Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), presencialmente no
Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC), por forma verbal, pelo próprio ou por pessoa
com legitimidade para o efeito ou por escrito em formulário próprio (Modelo 1) ou ainda pelo
correio, em formulário próprio (Modelo 1) enviado para o Apartado 4064-1501-803 LISBOA.

2º Passo: Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva


O Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva, que substitui os cartões anteriormente
emitidos pelo RNPC e pelos Serviços de Finanças, é sempre disponibilizado em suporte
electrónico e também pode ser disponibilizado em suporte físico, a pedido dos interessados.

Trata-se de um documento de identificação múltipla de pessoas colectivas e entidades


equiparadas que contém o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) que, à
excepção dos comerciantes/empresários individuais e estabelecimentos individuais de
responsabilidade limitada, corresponde ao Número de Identificação Fiscal e o Número de
Inscrição na Segurança Social (NISS), no caso de entidades a ela sujeitas.

O cartão contém ainda o CAE principal e até 3 CAE’s secundárias, a natureza jurídica da
entidade e data da sua constituição. No verso do cartão físico é também mencionado o

49
código de acesso à certidão permanente disponibilizada com a submissão da IES. O Cartão da
Empresa ou de Pessoa Colectiva é disponibilizado gratuitamente às empresas que se
constituam no âmbito ENH, às SNH, às ANH e ainda às empresas online cujo registo seja
desde logo efectuado com carácter definitivo.

O Cartão da Empresa ou de Pessoa Colectiva pode ser pedido pela Internet, nos sites da
Empresa Online e do Instituto dos Registos e do Notariado, ou presencialmente no RNPC,
nas Conservatórias do Registo Comercial, nos Postos de Atendimento dos Registos e nos
Postos de Atendimento do registo Comercial da Loja da Empresa.

3º Passo: Depósito do Capital Social da Empresa


O capital da sociedade deve ser depositado em instituições de crédito numa conta aberta em
nome da futura sociedade.

4º Passo: Pacto ou Acto Constitutivo de Sociedade


Tendo cumprido todos os passos anteriores, é já possível efectuar o pacto ou
acto constitutivo de sociedade. De acordo com o Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março,
este passou a ser um passo facultativo. Mesmo nos casos em que se verifique a transmissão
de um bem imóvel, a escritura já não é obrigatória, segundo o Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4
de Julho.

A documentação a apresentar perante a entidade tituladora é a seguinte:


 Certificado de Admissibilidade;
 Documento comprovativo de que o depósito do capital social foi efectuado ou
declaração dos sócios de que procederam ao depósito;
 Documentos de identificação de todos os sócios;
 Outros documentos que se revelem necessários.

5º Passo: Declaração de Início de Actividade


No prazo de 15 dias após a apresentação do registo deve ser apresentada a declaração de
início de actividade num Serviço de Finanças. Com esta declaração pretende-se a

50
regularização da situação da empresa, a fim de dar cumprimento às suas obrigações de
natureza fiscal.

6º Passo: Declaração de Início de Actividade


Para efectuar o registo da empresa é necessário promover o registo junto de uma
Conservatória de Registo Comercial e levar consigo:
 Fotocópia autenticada da escritura;
 Certificado de Admissibilidade;
 Autorizações administrativas exigíveis para a constituição;
 Relatório de revisor oficial de contas, relativo à avaliação das entradas em
espécie, se as houver.
A conservatória promove oficiosamente a publicação do registo na Internet e comunica o
acto ao RNPC para efeitos de inscrição no Ficheiro Central de Pessoas Colectivas.

7º Passo: Declaração de Início de Actividade


A inscrição das entidades empregadoras na Segurança Social é um acto administrativo,
mediante o qual se efectiva a vinculação ao Sistema de Solidariedade e Segurança Social,
atribuindo-lhes a qualidade de contribuintes.
Fonte: http://www.portaldaempresa.pt/

51
Capítulo 5
5. Apoios financeiros

IEFP: PAECPE – PROGRAMA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO E À CRIAÇÃO DO PRÓPRIO


EMPREGO (PAECPE)

O PAECPE foi criado pela Portaria n.º 985/2009, de 4 de Setembro, e alterado pela Portaria n.º
58/2011, de 28 de Janeiro.

O PAECPE prevê as seguintes medidas:


A. Apoio à criação de empresas de pequena dimensão através de crédito com garantia e

bonificação da taxa de juro;


B. Programa Nacional de Microcrédito, no âmbito do Programa de Apoio ao

Desenvolvimento da Economia Social (PADES);


C. Apoio à criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de desemprego.

A) Apoio à criação de empresas de pequena dimensão através de crédito com garantia e


bonificação da taxa de juro

Objectivos
 Apoiar o empreendedorismo e a criação de empresas de pequena dimensão, com fins
lucrativos, independentemente da respectiva forma jurídica, incluindo entidades que
revistam a forma cooperativa, que originem a criação de emprego e contribuam para
a dinamização das economias locais.
 Os instrumentos de acesso ao crédito, nas tipologias MICROINVEST e INVEST+, são
instituídos por meio de protocolos a celebrar entre o IEFP, IP, a Sociedade
Portuguesa de Garantia Mutua (SPGM), as Sociedades de Garantia Mútua (SGM) e as
instituições bancárias aderentes.
MICROINVEST: Operações de crédito até 20.000,00€, para financiamento de
projectos de investimento até 20.000,00€;
INVEST+: Operações de crédito de montante até 100.000,00€ para financiamento de
projectos de investimento superior a 20.000,00€ e até 200.000,00€.

53
Destinatários
São destinatários desta medida os inscritos nos centros de emprego numa das seguintes
situações:
a) Desempregados inscritos há 9 meses ou menos, em situação de desemprego
involuntário ou inscritos há mais de 9 meses, independentemente do motivo da
inscrição;
b) Jovens à procura do primeiro emprego com idade entre os 18 e os 35 anos,
inclusive, com o mínimo do ensino secundário completo ou nível 3 de
qualificação ou a frequentar um processo de qualificação conducente à
obtenção desse nível de ensino ou qualificação, e que não tenham tido contrato
de trabalho sem termo;
c) Quem nunca tenha exercido actividade profissional por conta de outrem ou por
conta própria;
d) Trabalhador independente cujo rendimento médio mensal, aferido relativamente
aos meses em que teve actividade, no último ano de actividade, seja inferior à
retribuição mínima mensal garantida.

Requisitos gerais do projecto


 O projecto de criação de empresa não pode envolver na fase de investimento e
criação de postos de trabalho:
a) A criação de mais de10 postos de trabalho;
b) Um investimento superior a 200.000,00 €, considerando-se, para o efeito,
as despesas em capital fixo corpóreo e incorpóreo, juros durante a fase do
investimento e fundo de maneio.
 No projecto que inclua, no investimento a realizar, a compra de capital social ou a
cessão de estabelecimento, a empresa cujo capital é adquirido ou a empresa
trespassante do estabelecimento não pode ser detida em 25 % ou mais, por cônjuge,
unido de facto ou familiar do promotor até ao 2.º grau em linha recta ou colateral.
 A empresa referida no ponto anterior não pode, também, ser detida em 25 % ou mais
por outra empresa na qual os sujeitos referidos no mesmo ponto detenham 25 % ou
mais do respectivo capital.
 O projecto deve apresentar viabilidade económico-financeira.

54
 A realização do investimento e a criação dos postos de trabalho devem estar
concluídas no prazo de um ano a contar da data da disponibilização do crédito, sem
prejuízo de prorrogação mediante acordo da entidade bancária, da sociedade de
garantia mútua e do IEFP, IP.
 No projecto de criação de empresa não são consideradas elegíveis:
a) As despesas com a aquisição de imóveis;
b) As despesas cuja relevância para a realização do projecto não seja
fundamentada;
c) As operações que se destinem a reestruturação financeira, consolidação ou
substituição de créditos e saneamentos.

B) Programa Nacional de Microcrédito, no âmbito do Programa de Apoio ao


Desenvolvimento da Economia Social (PADES)

Objectivo
O PADES aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2010, de 4 de Março), visa
fomentar a criação de emprego e o empreendedorismo entre as populações com maiores
dificuldades de acesso ao mercado de trabalho.

As candidaturas ao Programa Nacional de Microcrédito beneficiam dos apoios previstos na


linha de crédito MICROINVEST.

As intenções de candidatura devem ser comunicadas pelo promotor à Cooperativa António


Sérgio para a Economia Social (CASES), que procederá a uma validação prévia ao seu
encaminhamento para as instituições bancárias que participam na linha de crédito
MICROINVEST, nos termos a definir em regulamento pela CASES e objecto de divulgação no
respectivo portal.

Destinatários
São destinatários do Programa Nacional de Microcrédito todos aqueles que tenham especiais
dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social,
possuam uma ideia de negócio e perfil de empreendedores, e formulem e apresentem
projectos viáveis de criação de postos de trabalho.

55
Apoio técnico à criação e consolidação dos projectos
Os projectos integrados no Programa Nacional de Microcrédito podem beneficiar de apoio
técnico à sua criação e consolidação, sendo este assegurado pelas entidades representativas
do sector cooperativo e da economia social que integram a CASES, ou por entidades
prestadoras de apoio técnico credenciadas pelo IEFP.

C) Medida de apoio à criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de


desemprego

Pagamento, por uma só vez, do montante global das prestações de desemprego

1. São destinatários desta medida os beneficiários das prestações de desemprego (do


subsídio de desemprego ou do subsídio social de desemprego inicial).
2. O procedimento aplicável ao pagamento, por uma só vez, de prestações de
desemprego está definido no Despacho n.º 20871/2009, de 17 de Setembro, publicado
no Diário da República, 2.ª Série
3. Sempre que o beneficiário de prestações de desemprego apresente um projecto que
origine, pelo menos, a criação do seu próprio emprego, a tempo inteiro, há lugar ao
pagamento, por uma só vez, do montante global das prestações de desemprego,
deduzido das importâncias eventualmente já recebidas, ao abrigo do previsto no
artigo 34.º do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro.
4. O montante das prestações de desemprego referido no ponto anterior pode ser
aplicado na aquisição de estabelecimento por cessão ou na aquisição de capital social
de empresa preexistente traduzida no aumento correspondente do respectivo
capital social, e que origine, pelo menos, a criação de emprego, a tempo inteiro, do
promotor destinatário.
5. O montante das prestações de desemprego deve ser investido, na sua totalidade, no
financiamento do projecto, podendo ser aplicado em operações associadas ao
projecto, designadamente na realização de capital social da empresa a constituir.
6. Os projectos que se viabilizem unicamente com acesso ao pagamento global de
prestações de desemprego serão objecto de contratualização com o Instituto da
Segurança Social, IP (adiante designado por ISS) nos moldes que este Instituto fixar.

56
7. O apoio previsto no ponto 3 pode ser cumulável com a modalidade de crédito com
garantia e bonificação da taxa de juro e com o apoio técnico à criação e consolidação
dos projectos.

Nesta medida, os projectos podem ser:

 Projectos de beneficiários de prestações de desemprego com recurso ao crédito com


garantia e bonificação da taxa de juro.
 Projectos de beneficiários de prestações de desemprego sem recurso ao crédito com
garantia e bonificação da taxa de juro.

Para mais informações consultar o Manual dos Procedimentos do PAECPE em


http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/PróprioEmpregoEm
presa.aspx

PRODER – DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES TURÍSTICAS E DE LAZER

Âmbito
Apoio a actividades turísticas e de lazer, nomeadamente na criação ou desenvolvimento de
produtos turísticos, alojamento turístico de pequena escala e infra-estruturas de pequena
escala, tais como, centros de observação da natureza/paisagem, rotas/percursos, animação
turística.

Objectivos
Desenvolver o turismo e outras actividades de lazer como forma de potenciar a valorização
dos recursos endógenos dos territórios rurais, nomeadamente ao nível da valorização dos
produtos locais e do património cultural e natural, contribuindo para o crescimento
económico e criação de emprego

Beneficiários
Pessoas singulares ou colectivas de direito privado

57
Área Geográfica de Aplicação
Territórios de intervenção dos Grupos de Acção Local (GAL) reconhecidos, sendo as
freguesias definidas nos avisos de abertura dos concursos para apresentação dos pedidos de
apoio.

Critérios de elegibilidade dos beneficiários


 Encontrarem-se legalmente constituídos, quando se trate de pessoas colectivas;
 Possuírem capacidade profissional adequada à actividade a desenvolver;
 Cumprirem as condições legais necessárias ao exercício da respectiva actividade,
nomeadamente possuírem a situação regularizada em matéria de licenciamentos;
 Não estarem abrangidos por quaisquer disposições de exclusão resultantes de
incumprimento de obrigações decorrentes de quaisquer operações co-
financiadas anteriores realizadas desde 2000;
 Possuírem uma situação económica e financeira equilibrada com uma autonomia
financeira pré–projecto de 15 %, devendo os indicadores pré-projecto ter por base
o exercício anterior ao do ano da apresentação do pedido de apoio.

Critérios de elegibilidade das operações


 Apresentem um custo total elegível dos investimentos propostos e apurados na
análise da respectiva candidatura igual ou superior a 5 000,00 € e igual ou inferior a
300 000 €;
 Enquadrarem-se nas CAE definidas pelos GAL reconhecidos, a publicitar em
orientação técnica do PRODER, bem como nas seguintes CAE:
o Unidades de alojamento turístico nas tipologias de turismo de habitação,
turismo no espaço rural (no grupo de casas de campo), parques de campismo
e caravanismo e de turismo da natureza - 55202; 55204; 553; 559;
o Serviços de recreação e lazer – centros de observação da natureza/paisagem,
rotas/percursos, animação turística, e criação ou desenvolvimento de
produtos turísticos, nomeadamente ecoturismo, enoturismo, turismo
associado a actividades de caça e pesca, turismo equestre, religioso, de
saúde, cultural – 91042; 93293; 93294 (desde que declaradas de interesse

58
para o turismo, nos termos do Decreto Regulamentar n.º 22/98, de 21 de
Setembro, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar n.º 1/2002, de 3 de
Janeiro).
 Assegurem, quando aplicável, as fontes de financiamento de capital alheio;
 Apresentem viabilidade económico-financeira, medida através do valor actualizado
líquido, tendo a actualização como referência a taxa de refinanciamento (REFI) do
Banco Central Europeu, em vigor à data da apresentação do pedido de apoio;
 Apresentem coerência técnica, económica e financeira;
 Fundamentem a existência de mercado para os bens e serviços resultantes do
investimento, quando aplicável;
 Cumpram as disposições legais aplicáveis aos investimentos propostos,
designadamente em matéria de licenciamento.

Investimentos Elegíveis
 Criação ou desenvolvimento de produtos turísticos, nomeadamente ecoturismo,
enoturismo, turismo associado a actividades de caça e pesca, turismo equestre,
religioso, de saúde e cultural;
 Alojamento turístico integrado nas seguintes tipologias de empreendimentos
turísticos: turismo de habitação, turismo no espaço rural (casas de campo), parques
de campismo e caravanismo e turismo da natureza;
 Infra-estruturas de pequena escala, tais como centros de observação da
natureza/paisagem, rotas/percursos, animação turística.

Forma e Nível do Apoio


 Os apoios são concedidos sob a forma de incentivo não reembolsável

Limite do Apoio

Sem criação de Com criação de pelo


Com criação de um
Investimento€ Posto de menos dois Posto de
Posto de Trabalho
Trabalho Trabalho
Igual ou superior a 5.000€ e
40% 50% 60%
igual ou inferior a 300.000€

59
Apresentação de Pedidos de Apoio
 Os pedidos de apoio processam-se por concurso, abertos por avisos previamente
divulgados;
 Os pedidos de apoio são apresentados através de formulário electrónico
disponibilizado preferencialmente por via electrónica, pelos Grupos de Acção Local
(GAL).

Informação complementar e Formulários de Candidatura


 Consulte a Zona GAL no site da PRODER

Legislação específica
 Portaria nº 520/2009
 Portaria nº 905/2009
 Portaria n.º 814/2010
 Declaração de Rectificação nº 32-A/2010

QREN – QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO NACIONAL

Tendo presente as características do tecido empresarial nacional e a necessidade de uma


actuação especializada face a diferenciados estádios de desenvolvimento e grau de inserção
no mercado global, foram criados três Sistemas de Incentivos.

SI Qualificação PME

Âmbito
Apoio a projectos de investimento promovidos por empresas, a título individual ou em
cooperação, bem como por entidades públicas, associações empresariais ou entidades do
Sistema Cientifico e Tecnológico (SCT) direccionados para a intervenção nas PME, tendo em
vista a inovação, modernização e internacionalização, através da utilização de factores
dinâmicos da competitividade.

60
Objectivos
Promoção de competitividade das empresas através do aumento da produtividade, da
flexibilidade e da capacidade de resposta e presença activa das PME no mercado global.

Sectores de Actividade
1. A definir nos Avisos de Abertura dos Concursos, sendo em termos genéricos elegíveis as
seguintes CAE do projecto:
 Indústria: Divisões 05 a 33 da CAE
 Comércio: Divisões 45 a 47 da CAE (só para PME)
 Serviços: Divisões 37 a 39,58, 59, 62, 63, 69, 70 a 74, 77, com exclusão do grupo 771 e
da subclasse 77210, 78, 80 a 82, 90, com exclusão da subclasse 90040, 91, com
exclusão das subclasses 91041, 91042,e 95, nos grupos 016, 022, 024 e 799 e na
subclasse 64202 da CAE;
 Turismo: Divisão 55 da CAE, nos grupos 561, 563, 771 e 791 da CAE; actividades
declaradas de interesse para o Turismo que se insiram nas subclasses 77210, 90040,
91041, 91042, 93110, 93192, 93210, 93292, 93293, 93294 e 96040 da CAE;
 Energia: Divisões da 35 da CAE (só produção)
 Transportes e Logística: Grupos 493 e 494 da CAE e divisão 52 da CAE
Construção: Grupo 412 da CAE; divisões 42 e 43 da CAE.

Modalidades do projecto
O projecto pode assumir as seguintes modalidades
 Projecto Individual, apresentado por uma PME.
 Projecto conjunto, apresentado por uma entidade pública ou associação
empresarial ou entidade do SCT.
 Projecto de cooperação, apresentado por uma PME ou consórcio liderado por
PME.
 Projecto simplificado de inovação – VALE INOVAÇÂO, apresentado por uma
 PME para aquisição de serviços de apoio à inovação, a entidades do SCT.

Tipologia de Investimentos
 Propriedade industrial;

61
 Criação, moda e design;
 Desenvolvimento e engenharia de produtos, serviços e processos;
 Organização e gestão e tecnologias de informação e comunicação (TIC);
 Qualidade;
 Ambiente;
 Inovação;
 Diversificação e eficiência energética;
 Economia digital;
 Comercialização e marketing;
 Internacionalização;
 Responsabilidade social e segurança e saúde no trabalho;
 Igualdade de oportunidades.

Natureza dos incentivos


 Trata-se de um incentivo não reembolsável, cuja taxa base máxima de
incentivo a conceder é de 40%, podendo ainda beneficiar de algumas
majorações.

Candidaturas
1. A apresentação de candidaturas processa-se através de concursos (à
excepção dos Projectos de Regime Especial e de Interesse Estratégico).
2. As candidaturas são enviadas pela Internet através de formulário electrónico
disponível no Portal “Incentivos QREN”- http://www.incentivos.qren.pt/.
3. Os Avisos de Abertura são divulgados através dos sítios na Internet dos
órgãos de gestão competentes e no Portal “Incentivos QREN” -
http://www.incentivos.qren.pt/.

Legislação
Portaria nº 1463/2007 de 15 de Novembro

62
Sistema de Incentivos à Inovação

Âmbito
Apoio a projectos de investimento de inovação produtiva promovidos por empresas, a título
individual ou em cooperação.

Objectivos
 Promover a inovação no tecido empresarial, pela via da produção de novos
bens, serviços e processos, que suportem a sua progressão na cadeia de valor.
 Reforçar a orientação das empresas para os mercados internacionais.
 Estimular o empreendedorismo qualificado e o investimento estruturante em
novas áreas com potencial crescimento.

Sectores de actividade
 Indústria – da CAE 05 à 33;
 Energia (só actividades de produção) – CAE 35;
 Comércio (só para PME) – CAE 45 a 47;
 Turismo – CAE 55, 561, 771 e 791 e, desde que declaradas de interesse para o
Turismo, as CAE 77210, 90040, 91041, 91042, 93110, 93192, 93210, 93292, 93293,
93294 e 96040.
 Transportes e logística – CAE 52, 493 e 494;
 Serviços – CAE 37 a 39, 58, 59, 62, 63, 69, 70 a 74, 77 com exclusão do grupo 771
e da subclasse 77210, 78, 80 a 82, 90 com exclusão da subclasse 90040, 91, com
exclusão das subclasses 91041, 91042 e 95, nos grupos 016, 022, 024 e 799 e na
subclasse 64202.

Tipologia de investimentos
 Inovação de produto, isto é, produção de novos ou significativamente
melhorados bens e serviços.

63
 Inovação de processo, isto é, opção de novos, ou significativamente
melhorados, processos e métodos de fabrico, de logística e distribuição,
organizacionais ou de marketing.
 Actividades de elevado valor acrescentado, isto é, expansão de capacidades
de produção em actividades de alto conteúdo tecnológico ou com procuras
internacionais dinâmicas.
 Empreendedorismo qualificado que se traduz na criação de empresas ou
actividades nos primeiros três anos de desenvolvimento, dotadas de recursos
qualificados ou que desenvolvam actividades em sectores com fortes
dinâmicas de crescimento.
 Criação de unidades de produção com impacto ao nível do produto,
exportações e emprego.
 Introdução de melhorias tecnológicas com repercussão ao nível da
produtividade, do produto, das exportações, do emprego, da segurança
industrial ou da eficiência energética e ambiental.

Natureza dos incentivos


 O incentivo assume a forma de incentivo reembolsável, excepto no que
concerne às despesas elegíveis com formação de recursos humanos no
âmbito do projecto, que tem a natureza de não reembolsável.
 O incentivo reembolsável é, parcialmente, convertível em não
reembolsável (máximo 75%) mediante avaliação do desempenho:
 O empréstimo não contempla juros e o seu prazo de pagamento é de 6
anos, com três anos de carência e é pago em semestralidades;
 A taxa base máxima de incentivo a conceder é de 45%, a qual pode
beneficiar de majorações.

Candidaturas
1. A apresentação de candidaturas processa-se através de concursos (à
excepção dos Projectos de Regime Especial e de Interesse Estratégico).

64
2. As candidaturas são enviadas pela Internet através de formulário electrónico
disponível no Portal “Incentivos QREN” - http://www.incentivos.qren.pt/.
3. Os Avisos de Abertura são divulgados através dos sítios na Internet dos
órgãos de gestão competentes e no Portal " Incentivos QREN” -
http://www.incentivos.qren.pt/.

Legislação
Portaria nº 1464/2007 de 15 de Novembro de 2007

Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Âmbito
Projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT) e de demonstração
tecnológica liderados por empresas ou, no caso de projectos de I&DT colectiva, promovidos
por associações empresariais

Objectivos
 Intensificar o esforço nacional de I&DT;
 Criar novos conhecimentos com visto ao aumento da competitividade das empresas,
promovendo a articulação entre estas e as entidades do SCT (Sistema Cientifico e
Tecnologia)

Sectores de actividade
Em termos genéricos, são elegíveis as seguintes CAE do projecto, identificadas segundo a
Classificação Portuguesa das Actividades Económicas (CAE), Revisão 3, aprovada pelo
Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de Novembro:
 Indústria: Divisões da CAE 05 a 33;
 Comércio: Divisões da CAE 45 a 47 (só para PME);
 Serviços: Divisões 37 a 39, 58, 59, 62, 63, 69, 70 a 74, 77, com exclusão do Grupo 771 e
da Subclasse 77210, 78, 80 a 82, 90, com exclusão da Subclasse 90040, 91, com
exclusão das Subclasses 91041, 91042, e 95; Grupos 016, 022, 024 e 799 da CAE;
Subclasse 64202 da CAE;

65
 Turismo: Divisão 55 da CAE; Grupos 561, 563, 771 e 791 da CAE; Actividades declaradas
de interesse para o Turismo que se insiram nas Subclasses 77210, 90040, 91041,
91042, 93110, 93192, 93210, 93292, 93293, 93294 e 96040 da CAE;
 Energia: Divisão 35 da CAE (só produção);
 Transportes e Logística: Grupos 493, 494 da CAE; Divisão 52 da CAE;
 Construção: Grupo 412 da CAE; Divisões 42 e 43 da CAE.

Tipologia de Projectos
 I&DT Empresas - Projectos que envolvam actividades de investigação industrial e/ou
de desenvolvimento experimental, conducentes à criação de novos produtos,
processos ou sistemas ou à introdução de melhorias significativas em produtos,
processos ou sistemas existentes, de acordo com as seguintes modalidades:
o Projectos Individuais - Projecto realizado por uma empresa;
o Projectos em Co-Promoção - Projectos realizados em parceria entre empresas
ou entre estas e entidades do SCT, as quais, em resultado da
complementaridade de competências ou de interesses comuns no
aproveitamento de resultados de actividades de I&DT, se associam para
potenciarem sinergias ou partilharem custos e riscos, sendo esta parceria
formalizada através de um contrato de consórcio e coordenada por uma
empresa;
o Projectos Mobilizadores - Projectos mobilizadores de capacidades e
competências científicas e tecnológicas, com elevado conteúdo tecnológico e
de inovação e com impactes significativos a nível multisectorial, regional,
cluster, pólo de competitividade e tecnologia ou da consolidação das cadeias
de valor de determinados sectores de actividade e da introdução de novas
competências em áreas estratégicas de conhecimento, visando uma efectiva
transferência do conhecimento e valorização dos resultados de I&DT junto
das empresas, realizados em co-promoção entre estas e entidades do SCT;
o Vale I&DT - Projectos promovidos exclusivamente por PME visando a
aquisição de serviços de I&DT a entidades do SCT qualificadas para o efeito.
o I&DT Colectiva - Projectos promovidos por associações empresariais que
resultam da identificação de problemas e necessidades de I&DT partilhados
por um conjunto significativo de empresas, designadamente ao nível de um

66
determinado sector, cluster, pólo de competitividade e tecnologia ou região,
sendo os resultados largamente disseminados pelas empresas dos agregados
em causa.

Capacitação e Reforço de Competências Internas de I&DT


 Núcleos de I&DT - Projectos promovidos por PME, visando desenvolver na empresa
de forma sustentada competências internas de I&DT e de gestão da inovação,
através da criação de unidades estruturadas com características de permanência e
dedicadas exclusivamente a actividades de I&DT;
 Centros de I&DT - Promovidos por empresas que já desenvolvem de forma contínua e
estruturada actividades de I&DT, visando o aumento do esforço de I&DT para além
das linhas de investigação quotidianas normais da empresa

Natureza dos incentivos


 No caso de projectos com incentivo inferior ou igual a 1.000.000,00 € o
incentivo é não reembolsável.
 No caso de projectos com incentivo superior a 1.000.000,00 €: o incentivo é
não reembolsável, até ao montante de 1.000.000,00 €, assumindo o montante
que exceder este limite a modalidade de incentivo não reembolsável numa
parcela de 75% e de Incentivo Reembolsável para os restantes 25%, sendo que
esta última parcela apenas será incorporada no incentivo não reembolsável
sempre que o seu valor for inferior a 50.000,00 €.

Candidaturas
1. A apresentação de candidaturas ao SI I&DT (à excepção dos projectos do regime
especial), processa-se através de concursos, cujos Avisos de Abertura são definidos e
divulgados pelos Órgãos de Gestão, através dos seus respectivos sítios na Internet e
no Portal “Incentivos QREN” - http://www.incentivos.qren.pt/.
2. A abertura dos concursos é objecto de programação anual a aprovar por Despacho
Conjunto do Ministro da Economia e da Inovação e do Ministro do Ambiente,
Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.

67
3. No caso de Projectos Mobilizadores e de I&DT Colectiva, a apresentação de
candidaturas pode ser precedida por uma fase de pré-qualificação, em termos a
definir nos Avisos para Apresentação de Candidaturas.
4. As candidaturas são enviadas pela Internet através de formulário electrónico
disponível no site “Incentivos QREN” - http://www.incentivos.qren.pt/.

Legislação
Portaria nº 1462/2007 de 15 de Novembro

Para mais informações sobre incentivos no âmbito do QREN consultar:


http://www.incentivos.qren.pt/

QREN INVEST

Os apoios financeiros disponibilizados através da linha de crédito QREN INVEST, têm como
objectivo possibilitar a realização imediata dos investimentos previstos nos projectos QREN
que tenham sido aprovados.

Empresas Beneficiárias:
 Com projectos com um investimento elegível inferior a 30 milhões de euros,
entrados até 30 de Junho e aprovados no âmbito do Sistema de Incentivos do
QREN;
 Com situação regularizada junto da Administração Fiscal e da Segurança
Social;
 Sem incidentes não justificados ou incumprimentos junto da Banca e sem
atribuição de classe de rejeição de risco de crédito.

Montante Global
 Até 800 milhões de euros.

68
Operações elegíveis
 Financiamento de projectos aprovados nos Sistemas de Incentivos do QREN,
incluindo o reforço do Fundo de Maneio relacionado com o incremento de
actividade gerado pelo projecto;
 Garantias autónomas, à primeira solicitação, a ser prestadas ao QREN para
efeitos de adiantamentos de incentivos dos projectos aprovados nos Sistemas
de Incentivos do QREN.

Tipologia das operações


 Empréstimos de médio e longo prazo, locação financeira imobiliária e locação
financeira de equipamentos.

Prazo de Vigência
 Até 6 meses após a abertura da Linha de Crédito, podendo este prazo ser
extensível por mais 6 meses, caso a mesma não se esgote no primeiro prazo.

Taxa de juro
 PME Líder: Euribor (3 meses) + spread (2,75% a 3%)
 Restantes PME´s
o Escalão A: Euribor (3 meses) + spread (2,875% a 3,25%)
o Escalão B: Euribor (3 meses) + spread (3% a 3,5%)
o Escalão C: Euribor (3 meses) + spread (3,375% a 4,25%)

Bonificações:
 Bonificação integral da comissão de garantia mútua.

Para mais informações consultar: http://www.pmeinvestimentos.pt/

69
PME INVESTE

As Linhas de Crédito PME INVESTE têm como objectivo possibilitar o acesso das PME ao
crédito bancário, nomeadamente através da bonificação de taxas de juro e da redução do
risco das operações bancárias através do recurso aos mecanismos de garantia do Sistema
Nacional de Garantia Mútua.

No âmbito entre o protocolo entre as Instituições de Crédito e a Linha de Crédito PME


INVESTE VI - ADITAMENTO, foram criadas duas Linhas Específicas destinadas a:
 Linha Específica “Micro e Pequenas Empresas”: 500 milhões de euros;
 Linha Específica “Geral”: 1.000 milhões de euros. Na Linha Específica “Geral” é
criada uma “Dotação Geral” no valor de 500 milhões de euros e uma
“Dotação Específica Empresas Exportadoras” no valor de 500 milhões de
euros.

Operações elegíveis
 Financiamento de investimentos novos em activos fixos corpóreos ou
incorpóreos (realizados no prazo máximo de 6 meses após a data da
contratação);
 Reforço do fundo de maneio ou dos capitais permanentes;
 Até 30% do empréstimo para liquidar dívidas contraídas junto do sistema
financeiro nos três meses anteriores à contratação da operação e destinadas,
exclusivamente, à regularização de dívidas à Administração Fiscal e Segurança
Social.

Tipos de operações:
 Empréstimos de médio e longo prazo, locação financeira imobiliária e locação
financeira de equipamentos.

70
Garantia mútua
 ADITAMENTO beneficiam de uma Garantia Mútua sobre 50% do valor de cada
financiamento, exceptuando no caso de empresas exportadoras que não
tenham tido operações no âmbito das anteriores Linhas PME Investe, que
beneficiam de uma majoração de Garantia Mútua de 60% do capital em dívida.

Bonificações
 Bonificação parcial do spread no caso da Linha Específica “Micro e Pequenas
Empresas”;
 Bonificação integral da comissão de garantia mútua.

Os valores a financiar ao abrigo desta Linha são acumuláveis com financiamentos prestados
ao abrigo das Linhas PME Investe anteriores, pese embora que no âmbito da Linha Específica
”Micro e Pequenas Empresas”, o montante máximo acumulado de operações, considerando
as operações propostas no âmbito da Linha PME Investe VI - ADITAMENTO e as operações
contratadas em Linhas idênticas dos anteriores Protocolos PME Investe, não possa exceder
os 100.000,00€ de financiamentos acumulados contratados.

Para mais informações consultar o documento de divulgação disponível em


http://www.pmeinvestimentos.pt/

CRÉDITO AO INVESTIMENTO NO TURISMO - PROTOCOLOS BANCÁRIOS

Linha de crédito destinada aos investidores, através de parceria estabelecida entre: Turismo
de Portugal, I.P. e o sector financeiro, como objectivo de apoiar financeiramente os projectos
turísticos, económica e financeiramente viáveis, que, em função das prioridades definidas no
Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), contribuam para o aumento da qualidade,
inovação e competitividade da oferta do sector turístico nacional.

71
Entidades Beneficiárias
Empresas de qualquer natureza e sob qualquer forma jurídica que se proponham
desenvolver os projectos de investimento enquadráveis no Protocolo.

Âmbito de aplicação
 Pólos Turísticos: Projectos integrados em pólos de desenvolvimento turístico
identificados no PENT (Douro, Serra da Estrela, Oeste, Leiria/Fátima, Alqueva, Litoral
Alentejano, Ilha de Porto Santo e Açores) e desde que localizados numa das áreas
geográficas expressamente identificadas no protocolo.
 Produtos Turísticos Estratégicos: Projectos que visem o desenvolvimento dos
produtos turísticos estratégicos definidos no PENT (Sol e Mar, Saúde e Bem-Estar,
City Break, Touring Cultural e Paisagístico, Gastronomia e Vinhos, Turismo de
Natureza, Turismo Náutico, Golfe, Turismo de Negócios e Resorts Integrados/Turismo
Residencial) e desde que localizados numa das áreas geográficas expressamente
identificadas no Protocolo.
 Outros projectos que, embora não expressamente previstos, demonstrem contribuir
para uma adequada estruturação de algum dos pólos de desenvolvimento turístico
ou dos produtos turísticos estratégicos, nomeadamente os que contribuam para a
efectiva requalificação de empreendimentos turísticos existentes, em particular nos
Destinos Turísticos Lisboa, Estoril, Algarve e Ilha da Madeira, bem como os que se
traduzam na requalificação de estabelecimentos de alojamento existentes para uma
das tipologias de empreendimentos turísticos prevista no Decreto-Lei n.º 39/2007, de
7 de Março.

Condições de acesso das empresas


As empresas candidatas à linha Crédito ao Investimento no Turismo devem cumprir as
condições legais necessárias ao exercício da respectiva actividade, possuir uma situação
económico-financeira equilibrada e uma situação regularizada perante a Administração
Fiscal, a Segurança Social e o Turismo de Portugal, I.P.

Condições gerais de acesso dos projectos


Os projectos de investimento devem, nomeadamente,

72
1. Encontrar-se devidamente autorizados ou aprovados pelas entidades
competentes para o efeito,
2. Possuir declaração de interesse para o turismo, quando aplicável,
3. Ter assegurado as fontes de financiamento, com a garantia de um mínimo de 25%
de capitais próprios,
4. Contribuir para a melhoria económico-financeira da empresa,
5. Envolver, regra geral, um montante de investimento mínimo elegível de
150.000,00 e
6. Não estarem os projectos iniciados à data da apresentação do pedido de
financiamento ou da notificação do enquadramento, definitivo ou prévio, da
operação, consoante se trate de projecto promovido por PME ou Grande Empresa

Condições do financiamento
 O Turismo de Portugal, I.P. disponibiliza o montante máximo de 60 milhões de euros
para esta linha de crédito, que se encontra aberta desde Junho de 2007.
 O financiamento dos projectos a apoiar será repartido na proporção de 40% pela
respectiva instituição de crédito e 60% pelo Turismo de Portugal, I.P., quando, de
acordo com a Recomendação 2003/361/CE da Comissão Europeia de 6 de Maio, se
trate de PME; ou de 60% pela instituição de crédito e 40% pelo Turismo de Portugal,
I.P. quando a empresa não revista a natureza de PME.
 A taxa de juro a aplicar pelo Turismo de Portugal, I.P., varia entre os 0% e 25% da
Euribor, enquanto a parcela de financiamento dos Bancos não pode ter uma taxa de
juro superior à Euribor, acrescida de um spread de 2,25%, ou, em alternativa, uma taxa
global máxima que não ultrapasse 4% para empresas PME Líder e 4,25% para as
restantes.

Para mais informações consultar: http://www.turismodeportugal.pt/

REGIME GERAL DOS FINANCIAMENTOS DO TURISMO DE PORTUGAL, I.P. – REGFIN

Os financiamentos a conceder pelo Turismo de Portugal, I.P. visam apoiar o investimento


privado e público de interesse turístico, bem como a realização de eventos de interesse
turístico de carácter cultural, desportivo ou de animação, iniciativas de formação escolar e

73
profissional e de investigação científica relevantes para o sector, processos de saneamento
financeiro desenvolvidos pelas entidades regionais de turismo, e projectos realizados por
associações empresariais do sector do Turismo.

A actividade de financiamento do sector do Turismo prosseguida pelo Turismo de Portugal,


I.P. prevê o apoio a projectos de natureza privada ou pública de interesse turístico

Promotores
- Entidades da Administração pública, incluindo as autarquias locais e as entidades regionais
de turismo, ou as entidades em que aquelas deleguem a realização dos projectos objecto de
apoio financeiro;
- Entidades privadas, incluindo as de natureza comercial, desde que sejam, em alternativa,
detentoras dos direitos de realização ou organização de eventos ou responsáveis pela
promoção de actividades, designadamente culturais ou desportivas, de interesse turístico, ou
responsáveis pela realização de trabalhos de infra-estruturas de interesse turístico

Projectos
Projectos relevantes para o sector do Turismo, nomeadamente:
 Realização de obras de valorização de recursos, qualificação de zonas históricas e de
espaços ambientalmente sensíveis, incluindo a adaptação de património a fins de
interesse turístico;
 Aquisição de equipamentos e de tecnologias e sistemas de informação;
 Desenvolvimento de acções ou projectos que contribuam para a criação de novos
produtos turísticos e para a revitalização de produtos turísticos existentes;
 Realização de eventos e outras acções com potencial para promover Portugal
enquanto destino turístico;
 Realização de estudos e estatísticas, bem como a concessão de bolsas de estudos e
estágios;
 Organização e divulgação de informação turística;
 Reforço das estruturas administrativas do sector do Turismo e da cooperação entre
estas e as entidades privadas do mesmo sector de actividade.

74
Condições de Acesso
 Promotores
Terem a sua situação regularizada junto da administração fiscal, da segurança social e do
Turismo de Portugal, I.P.
 Projectos
Terem relevância para o Turismo;
o Estarem aprovados pelas entidades competentes para o efeito sempre que
legalmente exigível;
o Reunirem as condições materiais e financeiras necessárias à respectiva
execução.

Natureza e intensidade dos financiamentos


- Reembolsáveis
- Não reembolsáveis
- Mistos, com ou sem remuneração na parte reembolsável

Condições de Financiamento
 Prazo máximo de reembolso: 10 anos.
 Prazo máximo de carência de capital: 3 anos.
 Taxa máxima de juro de capital: EURIBOR, acrescida de 2%.
 Taxa máxima de juro de mora: taxa máxima aplicada pelo Turismo de Portugal, I.P.
acrescida de 3%.
 A taxa de cobertura dos investimentos por capital próprio não pode ser inferior a 10%,
salvo, por razões devidamente justificadas e autorizadas, no caso de projectos
desenvolvidos pelas entidades da administração.
 O reembolso dos financiamentos e assegurado por garantia bancária.

Para mais informações consultar: http://www.turismodeportugal.pt/

75
LINHA DE CRÉDITO ANJE/CGD

Linha de Microcrédito criada através de um protocolo celebrado entre a ANJE e a Caixa Geral
de Depósitos.

Destinatários
A linha de microcrédito ANJE dirige-se a jovens até 40 anos e a empresas recentemente
constituídas, ou em fase de constituição, cujo capital social seja maioritariamente detido por
jovens até aos 40 anos.

Montante máximo
 Até 50.000,00€, com limite de 80% do valor do investimento total.

Modalidades do empréstimo
 Mútuo ou abertura de crédito simples: Nos empréstimos sob a forma de mútuo, o
capital será integralmente entregue ao proponente na data da assinatura do
contrato. Nos empréstimos sob a forma de abertura de crédito, o capital será
entregue ao proponente em tranches, em montante e período de utilização a acordar
casuisticamente entre a CGD e o proponente, por um período máximo de utilização
de 3 meses);
 Taxa de Juro: Indexada à taxa Euribor a 3 meses (base 360 dias) + 3%;
 O prazo de reembolso: Até 72 meses para novas empresas e até 60 meses
para situações de expansão e modernização da actividade da empresa.
Existem três meses de carência da amortização de capital e juros;
 Prestações: Mensais (juros no período de carência e capital e juros no restante
período).
 Amortizações: São admitidas amortizações antecipadas, sem encargos
adicionais.

Para mais informações consultar:


http://www.anje.pt/academia/media/promo_protocolo_anje_caixa.htm

76
Capítulo 6

78
6. Entidades de apoio ao Empreendedorismo

6.1. União das Associações Empresariais da Região Norte (UERN)

A União das Associações Empresariais da Região Norte (UERN) constitui uma plataforma de
cooperação associativa criada em 12 de Junho de 1991, com o objectivo de assumir o papel de
Conselho aglutinador das diferentes formas associativas empresariais regionais, no espaço
da Região Norte (Região Plano/NUT II).

É objectivo desta Associação identificar e analisar questões que se relacionem com o


desenvolvimento das suas Associadas e das empresas nelas filiadas, nos domínios
económico, organizativo, comercial, técnico, tecnológico, associativo e cultural, definindo
políticas estratégicas com vista à prossecução de um desenvolvimento regional integrado.

Tendo uma rede de 25 Associações, a UERN assume-se como um motor de cooperação activa
em todos os sectores da vida socioeconómica nacional e, em especial, no contexto do
desenvolvimento regional integrado do espaço intra-comunitário. Para uma melhor
compreensão das 25 associações que integram a UERN ver a figura.

Por sua vez todas as Associações na rede UERN constituem o suporte dos milhares de
empresários das respectivas regiões, quer através da representatividade inerente às próprias
estruturas e apoio técnico permanente, quer através da promoção de recepções, seminários,
conferencias e missões empresariais, nacionais e internacionais, participação em feiras e
exposições (http://www.uern.pt/portal).

79
UERN - União da Associações Empresariais da Região Norte

ACISAT AIMINHO ACIVIMIOSO


Associação Empresarial do Alto Associação Industrial do Minho Associação Comercial e Industrial
Tâmega de Vimioso

AIDA ACIFREIXO de ESPADA Á CINTA


Associação Industrial do Distrito Associação Comercial e Industrial
de Aveiro do Freixo de Espada à Cinta

AILOUSADA ACITORRE de MONCORVO


Associação Industrial de Lousada Associação Comercial e Industrial
de Torre de Moncorvo

NERVA – AE ACIMACEDO de CAVALEIROS


Associação Empresarial de Associação Comercial e Industrial
Bragança de Macedo de Cavaleiros

AIRV ACIFOZCÔA
Associação Industrial da Região de Associação Comercial e Industrial
Viseu UERN de Vila Nova de Foz Côa

NERVIR – AE ACIMOGADOURO
Associação Empresarial de Vila Associação Comercial e Industrial
Real de Mogadouro

ACIMIRANDELA ACIMIRANDA DO DOURO


Associação Comercial e Industrial Associação Comercial e Industrial
de Mirandela de Miranda do Douro

ACIPÓVOA ACI VILA do CONDE


Associação Comercial e Industrial Associação Comercial e Industrial
da Póvoa de Varzim de Vila do Conde

CASA DO DOURO UEP


União Empresarial do Distrito
do Porto

ACIALFÂNDEGA da FÉ ACIBRAGANÇA
Associação Comercial e Industrial Associação Comercial, Industrial e
de Alfândega da Fé Serviços de Bragança

ACIBAIÃO ACIR Assoc. Com. Industrial dos


Associação Comercial e Industrial Concelhos do Peso da Régua,
de Baião Santa Marta de Penaguião, Mesão
Frio

ACICASTELO de PAIVA ACI AMARANTE


Associação Comercial e Industrial Associação Comercial e Industrial
de Castelo de Paiva de Amarante

http://www.uern.pt/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=28&limit=1&limitstart=0

80
Capítulo 7
7. Alguns Centros Tecnológicos e Centros de Produção
do Conhecimento da Região Norte

Universidades e Institutos Politécnicos


Instituto Jean Piaget Arcozelo (Viseu) (www.ipiaget.org/)
Instituto Politécnico da Guarda (www.ipg.pt/)
Instituto Politécnico de Viana do Castelo (www.ipvc.pt)
Instituto Politécnico de Viseu (www.ipv.pt)
Instituto Politécnico do Porto (www.ipp.pt)
Instituto Politécnico do Vale do Cávado (www.ipca.pt)
Universidade Católica Portuguesa (www.ucp.pt)
Universidade de Trás dos Montes e Alto Douro (www.utad.pt)
Universidade do Minho (www.uminho.pt)
Universidade do Porto (www.up.pt/)
Universidade de Aveiro (www.ua.pt)

Parques de ciência e tecnologia e incubadoras de empresas


Associação do Parque de Ciência e Tecnologia – Porto (http://www.tecparques.pt)
AveParque – Taipas, Guimarães (www.avepark.pt)
Biocant Park – Catanhede (www.biocant.pt)
Brigantia EcoPark – Bragança (IPB)
FeiraPark – Santa Maria da Feira (www.feirapark.com)
IEM – Instituto Empresarial do Minho (www.ieminho.pt)
Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA) (http://www.ua.pt/ incubadora/)
Incubadora de Santo Tirso (www.tectirso.com)
Inovagaia – Vila Nova de Gaia (www.inovagaia.pt)
Oficina da Inovação – BIC Minho (www.oficinadainovacao.pt)
Portuspark – Porto (http://www.portuspark.org)
Regia – Douro Park (UTAD) (www.douroparkhotel.com)
Sanjotec - S. João da Madeira (www.sanjotec.com)
SpinPark – Taipas, Guimarães (www.spinpark.pt)

82
TecMaia – Porto (www.tecmaia.pt/)
UPTEC (Universidade do Porto) (http://uptec.up.pt/)

7.1. Agências de Desenvolvimento Regional

ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave (www.adrave.pt)


ADReDV – Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Vouga (www.adredv.pt)
ADRAT – Agência de desenvolvimento Regional do Alto Tâmega (www.adrat.pt)
ADREDT – Agência de Desenvolvimento Regional de Entre Douro e Tâmega (www.edt.pt)
ADRVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Cávado
AIMINHO – Associação Industrial do Minho (www.aiminho.pt)
AILOUSADA – Associação Industrial de Lousada (www.ailousada.pt)
ACISAT – Associação Empresarial do Alto Tâmega (www.acisat.pt)

7.2. Associações e Entidades de Apoio ao Empreendedorismo

Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) - Apoio ao empreendedorismo jovem


(http://www.anje.pt).
Associação Portuguesa de Certificação (APCER) – (http://www.apcer.pt)
Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI)
(http://www.iapmei.pt)
Instituto Nacional Propriedade Industrial (INPI) – (http://www.marcasepatentes.pt)
Instituto para o Fomento e Desenvolvimento do Empreendedorismo em Portugal
(http://www.ifdep.pt)
Sociedade Portuguesa de Empreendedorismo (http://www.spempreendedorismo.pt)

7.3. Financiamento

Associação Nacional de Direito ao Crédito (http://www.microcredito.com.pt/)


Associação Portuguesa de “Business Angels” (APBA) - (http://www.apba.pt/)
Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento (APCRI) –
(http://www.apcri.pt)

83
CiencInvest, S.A. –( http://www.ciencinvest.pt)
Inovcapital - Sociedade de Capital de Risco de referência do Ministério da Economia, da
Inovação e do Desenvolvimento: http://www.inovcapital.pt/
Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego do Instituto de
Emprego e Formação Profissional (IEFP) -
(http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/Paginas/Prog_apoio_Emp_
Cria_prop_emp.aspx).
Quadro de Referência Estratégico Nacional (http://www.qren.pt)

7.4. Ligações Úteis na Área do Lazer

Campos de Férias (ex. Diver Lanhoso) – (http://www.diver.com.pt/)


Portal Férias em Portugal (http://www.feriasemportugal.pt)
Turismo Activo (Actividades de lazer e de montanha, Lda - http://www.turismoactivo.pt/)
Clube Celtas do Minho (http://www.celtasdominho.org)
Vale da Mós (http://www.valedasmos.com)
Liga para a Protecção da Natureza (http://www.lpn.pt)
QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza (http://www.quercus.pt)
Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (http://www.socpvs.org)

7.5. Outras ligações úteis

Cidade das Profissões - (http://cdp.portodigital.pt)


Portal do Empreendedor - (http://www.portaldoempreendedor.pt/)
Franchising - (http://www.franchising.pt)
Portal da Empresa - (http://www.portaldaempresa.pt/cve/pt)
Empresa na hora - (http://www.empresanahora.pt)
Centros de formalidades de empresas - (http://www.cfe.iapmei.pt)

84
Capítulo 8
8. ANEXOS

8.1. Caracterização do empreendedor da região Norte

Contrariamente àquilo que se pensa, os portugueses sentem-se profundamente


atraídos pela criação da sua própria empresa. Vários estudos indicam que Portugal é
um país onde a opção por trabalhar por conta própria se apresenta atractiva quando
comparado com outros países da União Europeia. Esta realidade traduz-se no facto
de uma elevada percentagem de trabalhadores por conta de outrem pensar
seriamente em criar a sua própria empresa dentro de 5 anos (cerca de 48%), situando-
se entre os três principais países europeus relativamente a esta questão.

De acordo com o estudo “Empreendedorismo e Empregabilidade” desenvolvido pela


empresa Expoente, existe um meio propício para o cultivo da empresarialidade o
qual deve ser estimulado e melhorado. Entre os factores que mais inibem o processo
de empreendedorismo destacam-se o medo do fracasso que é típico da nossa
cultura. O mesmo estudo mostra que a maioria dos empreendedores que nele
participaram são essencialmente jovens, encontrando-se na faixa etária dos 26-35
anos, são maioritariamente do sexo masculino, casados e sem filhos a cargo. De
realçar que a maioria dos empreendedores auscultados (73.3%) criaram apenas uma
empresa até à data de realização do estudo. Em termos de habilitações literárias
constata-se que a maioria detém o ensino superior (61%) e, curiosamente, não
apresenta elevada formação nas áreas da gestão (67%). Contudo, uma percentagem
significativa dos empreendedores refere ter gerido um outro negócio,
nomeadamente da família (45,8%).

O estudo refere também que uma maioria significativa dos inquiridos (84%) criou a
sua própria empresa de raiz, embora haja antecedentes empresariais na família. Ou

86
seja, quase 77% dos inquiridos afirma existirem antecedentes empresariais,
assumindo os pais um papel relevante.

Um outro aspecto que merece alguma atenção prende-se com o facto de que a
maioria dos inquiridos já desenvolvia uma actividade profissional anterior à criação da
empresa, sendo que 40% dos mesmos provém de uma PME. A principal função que
desempenhava anteriormente era de carácter técnico (40,5%) seguindo-se a
actividade comercial (30%). Parte dos inquiridos refere também que não havia
qualquer relacionamento entre o negócio criado e a empresa onde trabalhava (46%).
Pelo que se pode constatar que uma PME constitui a melhor escola para
empreendedores quando comparado com o sistema educativo tradicional. Importa
sublinhar que a maioria dos empreendedores desenvolve novas empresas que, ou
competem com a sua empresa anterior, ou passam a ser fornecedores ou clientes da
mesma. Para além disso, constatou-se que muitos empreendedores são reincidentes, ou
seja, quem experimenta repete. Por norma quem empreende costuma desenvolver
novos projectos posteriormente. Depois de vencer o primeiro obstáculo, os projectos
posteriores costumam ser mais fáceis de iniciar.

O papel da personalidade e das características pessoais recebeu grande atenção por


parte da pesquisa de empreendedorismo ao longo das últimas quatro décadas.
Quando se coloca a questão de porquê que determinadas pessoas têm uma maior
propensão para o empreendedorismo vários aspectos da personalidade do
empreendedor ressaltam logo à primeira vista. Numa perspectiva prática, e tendo
por base inúmeros estudos realizados neste domínio, pode-se afirmar que as
características mais importantes a reconhecer num empreendedor e que
normalmente servem de base para avaliar a sua capacidade empresarial são:
 Focalização nos resultados a alcançar;
 Preferência por riscos controlados;
 Sentido de responsabilidade;
 Percepção das probabilidades de sucesso;

87
 Grande capacidade de trabalho;
 Visão de futuro;
 Facilidade de organização e comunicação;
 Forte predisposição para a inovação;
 Elevada capacidade de se adaptar a novas situações;
 Persistência e tenacidade;

8.2.Informação demográfica de referência

De acordo com as Estatísticas Demográficas 2009 do Instituto Nacional de Estatística


(INE) a população residente em Portugal em 31 de Dezembro de 2009 foi estimada
em 10 637 713 indivíduos, com um saldo migratório positivo de 15 408 indivíduos e
saldo natural negativo de 4 945 indivíduos.

No decorrer de 2009 registaram-se 99 491 nados vivos de mães residentes em


Portugal, 104 434 óbitos de indivíduos residentes em Portugal, 40 391 casamentos e
26 176 divórcios de casais residentes em território nacional. O número de
estrangeiros a residir ou permanecer de forma legal em Portugal estimou-se em 457
306 indivíduos.

Os indicadores demográficos relativos a 2009 caracterizam as principais tendências


demográficas observadas nos últimos anos em Portugal: reduzido crescimento
populacional, e envelhecimento demográfico.

A tendência de abrandamento do ritmo de crescimento populacional que se observa


desde 2003 resulta do enfraquecimento do crescimento natural e da tendência de
desaceleração do crescimento migratório.

Paralelamente, a população residente em Portugal tem vindo a denotar um


envelhecimento demográfico, em função do declínio da fecundidade e do aumento

88
da longevidade. A diminuição da fecundidade é responsável pelo envelhecimento ao
nível da base da pirâmide etária, com um índice sintético de fecundidade em 1,32
crianças por mulher, em 2009.

Por outro lado, verifica-se um aumento da longevidade, com reflexo no


envelhecimento ao nível do topo da pirâmide. Para o triénio 2007-2009, a esperança
média de vida à nascença situou-se nos 81,8 anos para as mulheres e 75,8 anos para
os homens.

Ainda de acordo com as Estatísticas Demográficas 2009 (INE 2010), a taxa de crescimento
efectivo situou-se em 0,10%, valor bastante inferior ao verificado em 2002 (0,75%), o valor
mais elevado dos últimos anos (INE 2010). O abrandamento do ritmo de crescimento da
população residente em Portugal encontra-se associado ao decréscimo da taxa de
crescimento migratório que, em 2009, se situou em 0,14% e também à redução da taxa de
crescimento natural, que apresentou em 2009 um valor negativo de -0,05%.

Com o reduzido aumento da população, manteve-se a tendência de envelhecimento


demográfico. A proporção de jovens decresceu de 15,6% para 15,2% da população residente
total e a proporção de indivíduos em idade activa também se reduziu de 67,3% para 66,9%,
verificando-se o aumento do peso dos idosos de 17,0% para 17,9%.

Em resultado destas alterações, o índice de envelhecimento aumentou de 109 para 118 idosos
por cada 100 jovens, entre 2004 e 2009, de acordo com dados do INE de 2010.

Tendo presente as Estatísticas do Emprego divulgadas pelo INE para o 4.º Trimestre de 2010,
a taxa de desemprego estimada para este período, em Portugal foi de 11,1%. Este valor é
superior em 1,0 pontos percentuais (p.p.) ao observado no período homólogo de 2009 e em
0,2 p.p. ao observado no trimestre anterior.

A população desempregada, em 2009, foi estimada em 619,0 mil indivíduos, verificando-se


um acréscimo de 9,9% face ao trimestre homólogo de 2009 e um acréscimo de 1,6% em
relação ao trimestre anterior.

89
A população desempregada, em 2010, foi estimada em 602,6 mil indivíduos, tendo
aumentado 14,0% em relação ao ano anterior. A população empregada registou um
decréscimo anual de 1,5%.

O número de empregados diminuiu 1,5% quando comparado com o do mesmo trimestre de


2009 e 0,3% relativamente ao trimestre anterior. Em média, em 2010, a taxa de desemprego
foi de 10,8%, o que se traduziu por um acréscimo de 1,3 p.p. face ao ano anterior.

Na região Norte, a taxa de desemprego foi de 11,9%, no 4º trimestre de 2009, e de 12,7%, no 4º


trimestre de 2010. O número de residentes na região Norte em situação de desemprego, no
4º trimestre de 2010, era de 250,9 mil indivíduos, representando 40,5% do total de
desempregados no país, e o de empregados era de 1 728,4 mil indivíduos, o que correspondia
a 34,9% da população empregada no país.

8.3.Classificação das Actividades Económicas

Indústria – CAE 05 à 33;


Energia (só actividades de produção) – CAE 35;
Comércio (só para PME) – CAE 45 a 47;
Turismo – CAE 55, 561, 771 e 791 e, desde que declaradas de interesse para o Turismo, as CAE
77210, 90040, 91041, 91042, 93110, 93192, 93210, 93292, 93293, 93294 e 96040.
Transportes e logística – CAE 52, 493 e 494;39
Serviços – CAE 37 a 39, 58, 59, 62, 63, 69, 70 a 74, 77 com exclusão do grupo 771 e da
subclasse 77210, 78, 80 a 82, 90 com exclusão da subclasse 90040, 91, com exclusão das
subclasses 91041, 91042 e 95, nos grupos 016, 022, 024 e 799 e na subclasse 64202.

A classificação detalhada em:


http://www.ine.pt/ine_novidades/semin/cae/CAE_REV_3.pdf

90

You might also like