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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-
ÁRIDO

Departamento Ciências Ambientais e Tecnológica

Disciplina – Mecânica dos Solos.


Professor: Francisco Alves da Silva Júnior

Classificação dos solos


Mossoró, 11 de Abril de 2011
Classificação dos solos

Introdução:
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS:

1. Sistemas de classificação;

2. Classificação granulométrica;

3. Sistema unificado de classificação;

4. Sistema rodoviário de classificação - HRB.


Classificação dos solos

 1 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Os sistemas de classificação que se baseiam nas características

dos grãos dos solos têm como objetivo a identificação de grupos que

apresentem comportamentos semelhantes. Nestes sistemas, os índices

mais empregados são geralmente a composição granulométrica e os

índices de consistência. Os principais sistemas comumente utilizados no

Brasil são o Sistema Unificado e o Sistema rodoviário de classificação

(HRB). Devendo-se considerar o sistema triangular de classificação.


Classificação dos solos

 2 Classificação Granulométrica
Classificação dos solos

 2 Classificação Granulométrica – Triângulo


americano
Classificação dos solos

 2 Classificação Granulométrica – Triângulo


americano Silte
Argila

Areia
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Elaborado originalmente por Casagrande, para obras de aeroportos.
Atualmente é utilizado principalmente pela comunidade geotécnica que
trabalham com barragens de terra.

Neste sistema os solos são identificados pelo conjunto de duas


letras, baseadas nas seguintes indicações:
As cinco primeiras letras
G – gravel (pedregulho) W – well graded (bem graduado)
indicam o tipo principal do
S – sand (areia) P – poorly graded (mal graduado)
solo e as quatro seguintes
M – mo (silte) L – low (baixa compressibilidade)
correspondem a dados
C – clay (argila) H – high (alta compressibilidade)

O – organic (orgânico) Pt – peat (turfa)


complementares. Por
exemplo, SW – areia bem
graduada.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Para a classificação, por este sistema:
Primeiro passo – determinação da cracterística primária - porcentagem de
finos presentes, considerando que os finos são o material que passa na
peneira de abertura 0,075mm (N 200). Se esta porcentagem for inferior a
50%, o solo é dito como grosso (G ou S). Se for superior a 50%, é dito
como fino (M, C ou O).

Sendo o solo de granulação grosseira, pode ser classificado como


pedregulho (G) ou areia (S), dependendo da porcentagem predominante.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos granulares (G ou S) – determinação da característica
secundária: Identificado que o solo é pedregulho (G) ou areia (S), importa
conhecer sua característica secundária:

Se o material tiver poucos finos com %< 5%, passando na # 200,


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deve-se verificar a sua composição granulométrica por meio do CNU e CC.
Os solos são considerados bem graduados quando o CC está entre o
intervalo de 1 e 3, e:
CNU > 4 para pedregulhos (GW - – pedregulho bem graduado);
CNU > 6 para areias (SW – areia bem graduada).
Situações em que o G ou a S não obedecerem estes dois parâmetros são
considerados como mal graduados.
Areias com CNU < 2 são consideradas uniformes (SP).
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos granulares (G ou S) – determinação da característica
secundária:
Se o material tiver finos com %> 12%, passando na # 200, a
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uniformidade da granulometria já não aparece como característica
secundária, pois imporá mais em saber das propriedades destes finos.
Então os pedregulhos ou areias serão identificados secundariamente como
argilosos (GC ou SC) ou como siltosos (GM ou SM). Conforme a carta de
plasticidade.

Se o material finos com 5% < % < 12%, passando na # 200, o


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sistema recomenda que se represente as duas características secundárias,
uniformidade da granulometria e propriedades dos finos. Assim, ter-se-ão
classificações intermediárias, como SP-SC (areia mal graduada, argilosa).
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:

Quando a fração fina do solo é predominante, ele é classificado


como silte (M), argila (C) ou solo orgânico (O), não em função das
porcentagens das frações granulométricas siltes ou argila, pois o que
determina um comportamento argiloso, não é somente o teor de argila,
mais também, sua atividade.
São os índices de consistência (Atterberg) que melhor indicam o
comportamento argiloso do solo.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:

Analisando o comportamento dos índices do solo, Casagrande


notou que colocando o IP do solo em função do LL num gráfico, com LL no
eixo das abscissas e IP no eixo das ordenadas, os solos com
comportamento argiloso se faziam representar por um ponto acima de uma
reta inclinada, denominada de linha A.
Solos orgânicos, ainda que argilosos, e os siltes ficam representados
abaixo da linha A. A linha A tem como equação a reta: IP = 0,73 (LL-20)

Que o seu trecho inicial, é substituída por uma faixa horizontal


correspondendo a IP de 4 a 7. Esta representação é conhecida como
CARTA DE PLASTICIDADE OU CASAGRANDE.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:
Para a classificação destes solos, basta ter o par de valores de LL e IP. Os
solos orgânicos se distinguem dos solos siltosos pelo seu aspecto visual
(odor e cor escura).

A compressibilidade é indicação secundária dos solos finos. Os solos


costumam ser tanto mais compressíveis quanto maior o seu LL. A linha B,
com LL = 50%, divide a carta de plasticidade em solos com baixa (L) e de
alta compressibilidade (H), respectivamente antes depois desta. Para se
obter as características secundárias referentes aos solos finos, para os
solos grossos, este aspecto de compressibilidade (linha B) é
desconsiderada.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:

Linha A
Linha B
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos


Solos finos (M, C ou O) – determinação da característica
secundária:

Caso os índices indiquem posições muito próximas das linhas A ou B, é


considerado como um caso intermediário e as duas classificações são
apresentadas. Por exemplo, SC-SM, CL-CH, etc.

O sistema considera ainda a classificação de turfa (Pt), que são solos


muito orgânicos onde a presença de fibras vegetais em decomposição
parcial é predominante.
Classificação dos solos

 3 Sistema Unificado de classificação dos solos

%P # 200 < 50

%P # 200 > 50
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB


Muito empregado em engenharia rodoviária em todo o mundo,
proposto nos EUA. Também se baseia na granulometria e nos limites de
Atterberg. Utiliza letras e números.

Se inicia a classificação pela constatação da porcentagem de finos


que passam na peneira 200 (0,075mm).

%P # 200 < 35 Solo grosso %P # 200 > 35 Solo Fino

Solos grossos – grupos A-1, A-2 e A-3;


Solos finos – grupos A-4, A-5, A-6 e A-7.
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB


Os solos grossos são subdivididos em:

A-1a Solos grossos com menos de 50% passando na #10 (2,0 mm),
menos de 30% passando na #40 (0,42mm) e menos de 15% passando #200.
O IP<6. Correspondendo aos GW;

A-1b Solos grossos com menos de 50% passando #40 (0,42mm) e


menos de 25% passando #200. O IP<6. Correspondendo aos SW;

A-3 Areias finas com mais de 50% passando #40 (0,42mm) e menos
de 10% passando #200. O IP=0 (NP). Correspondendo aos SP;
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB


Os solos grossos são subdivididos em:

A-2 Areias com finos presentes apresentam características


secundárias. São subdivididos em:

A-2-4 Em função dos índices de consistência, conforme o gráfico:

A-2-5
LL = 40%
A-2-6

A-2-7 IP = 10%
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB


Os solos finos são subdivididos em: A-4 A-5 A-6 A-7-5 A-7-6

Os solos finos são classificados em função das suas


características de consistência conforme o gráfico.

α = 45°°

A-7-6
A-7-5

A-7-5 ou
A-7-6
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB

A-2-7
ou
A-2-6
A-7-6
ou
A6
A-2-7
ou
A-7-5

A-2-4 ou A-4 A-2-5 ou A-5

O que distingue a subdivisão de um solo A-2, dos solos finos A-4, A-5, A-6
ou A-7, é a porcentagem de finos.
Classificação dos solos

 4 Sistema Rodoviário de classificação dos solos - HRB


Plasticidade e consistência dos solos

 REFERÊNCIAS
A classificação granulométrica. ... Acesso em 04 de Junho de 2007.
Disponível em www.geotecnia.ufjf.br/MECSOL/t10_granulometria .

CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 5 ed.


Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1985. v. 1, 2 e 3.

C. SOUZA PINTO – Curso Básico de Mecânica dos Solos. Oficina de


Textos – 2000.

M. VARGAS – Introdução à Mecânica dos Solos. Makron – 1977.

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