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COMPOSTOS ELASTOMÉRICOS
RESUMO
ABSTRACT
In this work, it was studied the physical-mechanical properties of elastomers base on the
copolymer of ethylene, propylene and diene monomer (EPDM) with tire residue addition,
using as comparison the same polymer with silica dust, wich is a loading that improves the
mechanical properties of the rubbers and it’s frequently used on industry. Among a lot of
types of solid wastes derived of the discard after the use are the tires, that many times have
the destiny the green areas, rivers, fountainheads, sanitary embankments, contributing
negatively for environment preservation.
To conclude if the obtained compounds, from conventional loadings to tire dust the products
were characterized by mechanical, rheological and chemical tests.
Key-words: Tire dust. Loading. Compound. Elastomers.
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1. INTRODUÇÃO
Desde 1999, o Conselho Nacional do Meio Ambiente criou a resolução 258 que regulariza o
descarte ambientalmente correto de pneus por parte dos fabricantes de pneu e das
empresas de recauchutagem. Estima-se que em 2006 eram descartados nos EUA cerca de
290 milhões de pneus usados. (O estado de S.Paulo, 2006). A borracha é um elastômero
composto de cadeias orgânicas unidas por ligações cruzadas através de agentes de
vulcanização. Os agentes de vulcanização podem ser peróxidos, enxofre, selênio ou telúrio.
Os cross-links, como também são conhecidas as ligações cruzadas, impedem que a
borracha tenha fluidez quando aquecida, como no caso dos termoplásticos. Ao contrário, as
borrachas tendem a ser degradadas quando submetidas a altas temperaturas.
A borracha EPDM é um copolímero largamente utilizado na indústria automobilística, porque
possui propriedades de resistência à altas temperaturas, resistência ao ozônio, além de ser
mais resistente às radiações ultravioleta comparando-se com outros elastômeros. Por este
motivo foi escolhida para este estudo, que tem como objetivo viabilizar uma destinação para
os pneus, que em razão de suas características químicas (polímero reticulado) não é
possível sua reciclagem. O único meio de aproveitamento deste material é através de
compósitos particulados, com granulometria bem fina a fim de obter-se um polímero de
massa homogênea e com boas características mecânicas. O SiO2 é uma carga que
aumenta as propriedades mecânicas da borracha e foi usado como parâmetro para
avaliação do desempenho do resíduo de pneu quanto as propriedades mecânicas e
químicas que podem apresentar.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Muitos polímeros naturais e sintéticos apresentam grande alongamento quando submetidos
ao estiramento, podendo chegar a mais de 200%, mas cessada a força exercida, o material
volta à sua dimensão original. Estes polímeros são chamados de elastômeros e apresentam
comportamento bem diferente dos termoplásticos nos ensaios de tração, porque grande
parte da deformação é elástica e não-linear (ASKELAND, 2008).
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Estiramento das ligações
Desenrolamento das
cadeias
Stress(M
Pa)
1.6
Y
F
1.4
1.2
1.0
0.8
[1]
0.6
0.4
M
0.2
0.0 B
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280
Strain(%)
A matriz para esta experiência é o EPDM, que é um copolímero de propileno, etileno e mais
um dieno, este último tem a função de deixar uma ligação dupla para que o agente de
vulcanização possa ligar duas cadeias.
Reação de polimerização do EPDM:
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melhoradas pelo negro-de-fumo são: resistência mecânica, rigidez, dureza, resistência ao
desgaste e degradação causada por raios ultravioleta.Também são adicionadas
nanopartículas de sílica aos penus para aumentar sua rigidez. Extensores como diversas
argilas, carbonato de cálcio, entre outros, são adicionados a fim de reduzir a quantidade de
polímero.Estes, geralmente diminuem o limite de resistência e a ductilidade. Entretanto,
podem aumentar a resistência ao desgaste, dureza, condutividade térmica, ou resistência a
fluência.(ASKELAND, 2008).
A tensão de escoamento para SBR 1502 com 50 phr de SiO2 é de aproximadamente 8 MPa,
para o Negro-de-fumo e SBR 1500, cerca de 14 MPa. A tensão máxima para estas duas
composições é respectivamente: 21 MPa e 26 MPa.(MARK, 1994).
3. METODOLOGIA
3.1 FORMULAÇÃO
Foram formulados compostos da borracha EPDM, com carga de reforço convencional Sio2,
nas proporções em partes por 100 partes da resina (phr), 10, 20, 30, 40 phr. Na proposta
inicial, seriam usadas duas borrachas: SBR e EPDM, em todas as composições abaixo,
porém teriam de ser confeccionadas muitas amostras e, optou-se pelo copolímero EPDM.
Para comparação de propriedades, com os compostos utilizando cargas convencionais,
foram formulados compostos das borracha EPDM, com cargas de resíduos de pneus, de
granulometria M40. As proporções foram as mesmas utilizadas para cargas de reforço
convencionais, ou seja, 10, 20 30, 40 phr.
Formulações básicas para processamento:
QUANTIDADE
COMPONENTE (PHR) FUNÇÃO FABRICANTE
EPDM-KELTAN 57C 100 RESINA DCM BRASIL LTDA.
ZnO 5 ATIVADOR DE
VULCANIZAÇÃO BRASÓXIDOS LTDA.
SiO2 10/20/30/40 CARGA REFORÇADORA PARABOR LTDA.
ÁCIDO ESTEÁRICO 2 AGENTE DE PROTEÇÃO BRASWEY AS
MBTS 1 ACELERADOR DE
VULCANIZAÇÃO BANN QUÍMICA LTDA.
TMTD 0,5 ACELERADOR DE
VULCANIZAÇÃO BANN QUÍMICA LTDA.
ENXOFRE 1,5 AGENTE DE
VULCANIZAÇÃO FRAGON LTDA.
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QUANTIDADE
COMPONENTE (PHR) FUNÇÃO FABRICANTE
EPDM-KELTAN 57C 100 RESINA DCM BRASIL LTDA.
ZnO 5 ATIVADOR DE
VULCANIZAÇÃO BRASÓXIDOS LTDA.
PÓ DE PNEU M40 10/20/30/40 SEMOG RESÍDUOS DE BORRACHA
Nº1010 CARGA REFORÇADORA LTDA.
ÁCIDO ESTEÁRICO 2 AGENTE DE PROTEÇÃO BRASWEY AS
MBTS 1 ACELERADOR DE
VULCANIZAÇÃO BANN QUÍMICA LTDA.
TMTD 0,5 ACELERADOR DE
VULCANIZAÇÃO BANN QUÍMICA LTDA.
ENXOFRE 1,5 AGENTE DE
VULCANIZAÇÃO FRAGON LTDA.
3.2 PROCESSAMENTO
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A resistência à tração será determinada pela norma ASTM D 412. O objetivo do ensaio é
descrever o comportamento de um material quando este é submetido a forças que tendem a
puxá-lo separadamente (opostamente), e determina a extensão em que um material estava
antes da ruptura. O módulo de elasticidade sob tração é uma indicação da rigidez relativa de
um material, sendo determinado pelo diagrama tensão versus deformação. Para a
caracterização mecânica por ensaio de tração, serão ensaiados cinco corpos de prova de
cada composição.
A resistência ao rasgamento foi obtida de acordo com a norma ASTM D 624 die B. Neste
ensaio a força aplicada não é distribuída por todo o corpo-de-prova, mas concentrada na
posição do corte.
Para a caracterização mecânica por teste de dureza, serão testados dureza em cinco pontos
distintos do corpo de prova, utilizando durômetro Shore A.
O ensaios de dureza Shore A, serão realizados conforme a norma ASTM D 1415. Os
corpos-de-prova serão acondicionados à temperatura de (23 + 2)°C e (50 + 5)% de umidade
relativa, pelo menos 72 horas anteriores ao ensaio.
Para os ensaios de deformação permanente por compressão, serão ensaiados dois corpos
de prova, de cada composição, de acordo com a norma ASTM D 395.
Será aplicado o método B, onde o aparelho de ensaio deve possuir um dispositivo capaz de
comprimir o corpo de prova sob deformação constante, entre duas placas de aço planas e
paralelas, tendo as superfícies de ensaio especularmente polidas. A deformação imposta é
mantida constante por meio de espaçadores convenientemente localizados.
Os testes de resistência aos fluidos serão efetuados, de acordo com a norma ASTM D 471.
Os períodos de imersão deverão ser escolhidos entre os seguintes: 22,27,166 e 670 horas,
dependendo da natureza do óleo de imersão e da temperatura do ensaio.
As principais determinações que serão efetuadas neste ensaio serão: variação em peso
sofrida pela composição(%), variação de dureza e variação de volume.
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3.7 MÉTODO DE ANÁLISE DOS RESULTADOS
O método a ser utilizado para análise dos resultados será o estatístico, com
obtenção da média e desvio padrão.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Fotografia 1 –. Mantas brancas com carga de sílica. Mantas cinzas com carga
de resíduos de pneu. Os números representam a porcentagem em massa,
em gramas, de carga em relação a 100 gramas de resina.
4.2 ANÁLISE DOS ENSAIOS DE TRAÇÃO E RASGAMENTO
Módulo de Elasticidade
(Mpa)
0,1 σ 0,2 σ 0,3 σ 0,4 σ
Resíd 0,12
uo 2,3780 50 2,618 0,063 2,436 0,065 2,858 0,639
0,09
Sílica 2,082 9 2,084 0,0995 2,728 0,214 2,57 0,214
Tabela 3 – Módulo de Elasticidade para as amostras de EPDM com sílica e
resíduo de pneu.
Resistência a Tração
(Mpa)
0,1 σ 0,2 σ 0,3 σ 0,4 σ
Resíd
uo 1,332 0,05 1,23 0,066 1,354 0,07 1,458 0,147
0,08 0,17
Sílica 1,486 1 1,43 0,184 1,13 6 1,608 0,151
Tabela 4 – Resistência à tração para as amostras de EPDM com sílica e resíduo
de pneu.
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de Sílica e de Resíduo de Pneu.
REFERÊNCIAS