You are on page 1of 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II
ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Proposta de Intervenção apresentada à Disciplina Estágio


Supervisionado III em Ciências Biológicas, Faculdade de Educação,
Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau
de Licenciado em C. Biológicas

“LIXO: DE ONDE VEM, PARA ONDE VAI?”


EXPERIMENTANDO UMA INTERVENÇÃO DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL

LIDIANE MONTEIRO CUNHA

Salvador
2018

1
“LIXO: DE ONDE VEM, PARA ONDE VAI?”
EXPERIMENTANDO UMA INTERVENÇÃO DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL

LIDIANE MONTEIRO CUNHA

Proposta de Intervenção apresentada à Disciplina Estágio Supervisionado III em Ciências


Biológicas, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a
obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas.

Salvador
2018

2
SUMÁRIO

1. RESUMO. 04

2. INTRODUÇÃO. 05

3. RELATO MEMORIALÍSTICO DE ITINERÂNCIA CURRICULAR FORMATIVA,


ARTICULADO AOS OBJETIVOS DA PESQUISA DE CO-PARTICIPAÇÃO. 06

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 07

5. CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA UNIDADE ESCOLAR 08

6. PROJETO DE INTERVENÇÃO/CO-PARTICIPAÇÃO. 09

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 13

8. REFERENCIAS.

9. APÊNDICE.

3
1. RESUMO:

Observações evidenciaram a necessidade de se revitalizar a escola, principalmente


no que se diz respeito a questões de descarte inadequado de lixo, entulho e más
condições sanitárias da mesma, as quais estão relacionadas a questões muito mais
profundas que a mera administração da escola, perpassando os âmbitos
socioculturais e ambientais. Assim, durante o mês de Julho, desenvolveu-se no
CEOT a intervenção “Lixo: de onde vem, para onde vai?” A intervenção foi dividida
em três momentos, sendo o primeiro: apresentação e discussão sobre o tema Lixo e
seu descarte, através do uso de slide e construção de mapas conceituais. O
segundo momento: a construção, juntamente com os alunos, de um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) fictício para a escola e por fim, a
implantação de Coleta Seletiva, mediante utilização do PGRS elaborado e parceria
com a Cooperativa, a qual se disponibilizou para recolher os resíduos recicláveis da
CEOT, que será realizada durante agosto. Com esta intervenção buscou-se
trabalhar a Educação Ambiental com o intuito de sensibilizar aqueles que fazem
parte do ambiente escolar, despertando nestes a vontade de cuidar do local que
freqüentam, de modo a torná-lo mais agradável. A intervenção foi acolhida pelos
responsáveis pela administração do Colégio e está em processo de mobilização de
alunos que queiram participar mais ativamente da implantação e monitoramento da
Coleta Seletiva. Muito ainda precisa ser feito para que o projeto se consolide, mas
os primeiros passos foram dados. Desta forma, espera-se, por fim, que esta
intervenção, cumpra o seu papel para com a escola, dando-lhe um pequeno retorno
quanto a uma de suas problemáticas, ajudando mesmo que minimamente, a
desenvolver cidadãos mais conscientes, capazes de se posicionar criticamente
perante as questões socioambientais e de compartilhar estes ideais para além dos
muros da escola, semeando-os para a sociedade.

Palavras-chave: Intervenção escolar. Biologia. Educação Ambiental. Lixo. Descarte


inadequado. Reciclagem. Coleta Seletiva. PGRS.

4
2. INTRODUÇÃO

A formação docente é um processo experimentativo e dialético, que não pode e nem deve ser
descontextualizado das mais diversas esferas, sociais, culturais e político-acadêmicas. Desta forma,
faz-se evidente a necessidade de momentos de contato direto com o ambiente escolar, alguns dos
quais são propiciados pelos estágios supervisionados. Estes momentos formativos permitem Ao
futuro licenciado, a vivência de diversas situações e convivência com os sujeitos inerentes ao espaço
escolar. Está experiência é capaz de enriquecer e dinamizar a idéia de docência por parte do
estagiário, que passa a utilizar destes saberes para a construção de sua auto identificação enquanto
professor (a) e para a tomada de consciência das necessidades da escola e seus sujeitos.
Uma vez que o estagiário é capaz de entender e se posicionar criticamente perante as
particularidades de uma escola, ele passa também a ser sujeito pertencente a ela. Neste sentido,
intervenções escolares desenvolvidas durante os estágios supervisionados significam um retorno
para a escola, uma contribuição baseada em necessidades próprias da mesma, como forma de
retribuir todo o aprendizado proporcionado e agir sob o ideal de “fazer a diferença”. Assim, neste
relatório de intervenção sucede-se o relato de uma graduanda de Licenciatura em Ciências Biológicas
– UFBA, que atuou como estagiária no Colégio Estadual Odorico Tavares - CEOT, localizado na Av.
Sete de Setembro, s/n - Vitória, Salvador – BA.
Assim, a intervenção e a reflexão sobre tais experiências são de grande importância não
apenas para os estagiários, mas também para todos os sujeitos envolvidos na dinâmica escolar,
sejam eles alunos, professores formados, funcionários, pais e responsáveis ou qualquer um a que
possa interessar o compartilhamento de nossas aproximações particulares e contemplações às
problemáticas escolares.
Pois as observações e intervenções nos estágios supervisionados permitem uma vivência no
ambiente escolar e uma aproximação com os estudantes, uma vez que propõem além da observação
a possibilidade de intervenções em atividades na sala de aula. Esta vivência favorece o crescimento
profissional, melhorando assim a atuação do futuro docente.
Esse crescimento baseia-se principalmente no caráter investigativo desse processo formativo
em que todo conhecimento adquirido e práticas aplicadas podem sempre ser aperfeiçoados. Sendo
assim o período do Estágio mesmo que transitório, pode tornar-se um exercício de participação, de
conquista sobre as aprendizagens profissionais que a escola pode proporcionar (Lima, 2008).
Para Borssoi, 2008, a formação docente deve ser continuada e pensada sobre a prática, onde
se adquire conhecimentos diversificados, sejam conhecimentos teóricos ou práticos, que se
modificam e confronta-se com as experiências dos profissionais e é por meio desses confrontos que a
troca de experiências acontece permitindo ao estagiário uma formação crítica sobre sua atuação
como educador. Nunes, 2001, configura esses conhecimentos adquiridos pelo professor como
saberes docentes, que vão sendo constituídos a partir de uma reflexão de sua própria prática e que
vão sendo construídos durante o processo formativo, formando a identidade do professor.

5
3. RELATO MEMORIALÍSTICO DE ITINERÂNCIA CURRICULAR
FORMATIVA, ARTICULADO AOS OBJETIVOS DA PESQUISA DE CO-
PARTICIPAÇÃO

Para que realizássemos de fato o último passo de nossa intervenção, mediante autorização
do Diretor e Professora Luciane partirmos para os termos práticos. Esta coleta será realizada
seguindo os procedimentos do PGRS construído para a escola e estabelecidos pela lei de descarte
de resíduos sólidos. Os resíduos recicláveis serão levados até um contêiner disponibilizado pelo
recicle já Bahia, e que deverá ser colocado na área externa da escola, logo em frente à entrada.
Durante as segundas-feiras a cooperativa COOPERLIX passará no colégio para recolher os resíduos
recicláveis. Estes resíduos serão coletados e separados durante a semana, e maneira que estejam
no contêiner na segunda-feira. Os responsáveis por essa coleta ainda estão sendo definidos e nós
estamos participando ativamente do processo.
A professora Luciane se comprometeu a acompanhar todo o processo da coleta seletiva e a
levá-lo adiante, juntamente com seus alunos da oficina de reciclagem e os demais interessados. Ela
se disponibilizou também a passar lista na sala de aula para que os alunos interessados na
implantação da coleta seletiva se candidatassem para monitores. Esses monitores seriam
responsáveis por participar de todo o processo da coleta, desde a separação dos materiais recicláveis
até a criação de intervenções próprias, ações de sensibilização dos diversos sujeitos da escola,
sejam eles outros alunos, professores e servidores. A professora se comprometeu também a
confeccionar cestos de jornal para a coleta dos resíduos recicláveis. A confecção desses cestos já
havia sido iniciada em um dos momentos da oficina, durante unidades passadas, mas não tinham
sido concluídos. Este projeto seria retomado e os cestos seriam colocados em todos os pontos da
escola, desde salas de aula, corredores até mesmo aos pátios.

6
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação Ambiental sustenta uma recente discussão sobre as questões ambientais,


valores, atitudes e os conhecimentos envolvidos no processo de construção de uma nova realidade
para o mundo. É um processo de educação que tenta sensibilizar as pessoas, de modo a propiciar
uma nova cultura comportamental sustentável, preocupada em criar e manter um compromisso com
meio ambiente, partindo do presente e perpetuando no futuro (Kondrat e Maciel, 2013). Como a
educação tradicional não prepara os indivíduos para lidar com todas as problemáticas relacionadas
às mudanças globais, aos impactos na natureza, a educação ambiental torna-se muito mais do que
uma ferramenta de sensibilização, torna-se uma necessidade (Guimarães, 1995).

Ao refletirmos sobre todas as problemáticas envolvidas: colégio público, alunos muitas vezes
oriundos de periferias e bairros mais carentes da cidade, moradores desconfortáveis com a escola e
seus alunos, a supervalorização do espaço ocupado pela escola num dos bairros mais caros da
cidade, a péssima estrutura do local apesar do potencial de aproveitamento do mesmo… não nos
acomete nenhum outro pensamento além de que, por trás de todas essas questões, a intenção é
sucatear ainda mais o local e de maneira geral, a educação pública, refletindo as marcas do descaso
público e as disputas de poder (Zan e Possato, 2014).
Dessa forma, uma das experiências vivenciadas bastante significante no campo de estágio,
são as relações dos estagiários com os alunos. De acordo com Vasconcelos, et al 2005, é na sala, o
lugar onde os aspectos são percebidos e o professor para tanto deve se atentar a cada
particularidade buscando conduzir melhor suas propostas avaliativas e a própria reformulação da
metodologia utilizada. Nesse sentido pretende-se com essa aproximação e intervenção em sala de
aula adquirir autonomia e experiências na aplicabilidade dos conteúdos proposto bem como na
melhor forma de conduzi-los, buscando e adequando-os a metodologias necessárias para a
compreensão por parte dos estudantes. Essa percepção do contexto do seu alunado e mudança na
forma de condução das atividades propostas devem ter como base a pesquisa, que deve ser contínua
e esse direcionamento parte da convicção da necessidade de superar a aula caracterizada pela
simples cópia e transmissão de conteúdo, e sendo assim o novo perfil de formação de professores se
constituirá em uso da pesquisa como atitude cotidiana na sala de aula Galiazzi & Morais, 2002.

Nesse Um dos grandes desafios no ensino de Biologia são: auxiliar os estudantes na


aquisição de conceitos e termos que muitas vezes são abstratos e longe da de sua realidade. A
aprendizagem desses termos exige, portanto que aluno saiba selecionar, organizar e integrar
informações para que se torne significativo o que se aprende (APARECIDA et al, 2013).

5. CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA UNIDADE ESCOLAR


7
O Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado na Av. Sete de Setembro, s/n - Vitória,
Salvador – BA. São mais de quatro andares com salas. Áreas de recreação, pátios espaçosos, áreas
externas cobertas por vegetação alta, capim crescendo sem o mínimo de manejo ou controle, se
espalhando dentro das quadras, em meio ao cimento. Outro aspecto referente à estrutura da escola e
que muito me chamou atenção desde o estágio supervisionado I, refere-se às expressões artísticas
que existiam nas paredes, as quais foram retiradas pouco antes de voltarmos às nossas atividades na
escola através do estagio supervisionado II. Antes, as paredes mesmo desgastadas, eram os
elementos que traziam vida à escola, pois estavam repletas de grafites, pinturas e frases de
empedramento com valores dos movimentos negros, LGBT, feminista, de religiões de matriz africana
e também de posicionamentos sócio-políticos. Tais manifestações eram expressões diretas das
diversas personalidades do colégio, trazendo um senso de pertencimento e representatividade para
os alunos, algo que foi, ao menos em parte, suprimido. Dessa forma, ao observar os aspectos
culturais que sobressaiam apesar dos problemas estruturais, que muito pesam no dia-a-dia de todos
os sujeitos escolares, percebemos que ainda há mecanismos pelos quais se constrói no Odorico, um
ambiente “familiar”, onde os sujeitos ainda conseguem se sentir à vontade, e fazer da escola uma
extensão de seus lares.

Assim, durante as observações, a profundidade das relações construídas dentro dos muros
da escola bem como os posicionamentos. Quanto ao Odorico Tavares, notamos que muitos alunos
apresentam posições políticas fortes e visões não deturpadas sobre a educação pública, tendo
consciência do constante sucateamento pelo qual a mesma vem passando no Brasil. Além da
perceptível não alienação política, podemos notar também que os alunos se unem por gostos
similares, locais onde moram, estilos de roupas que usam, ideais político-sociais, orientação sexual
dentre outros motivos, unindo-se muitas vezes também pelas diferenças que compartilham. Estes se
apresentaram a par dos movimentos sociais negros e LGBTs recentes. O empedramento negro e a
liberdade de orientação sexual e de expressão de gênero foram evidentes, inclusive, através de
expressões artísticas (poesias, ilustrações, etc.) nas paredes desgastadas da escola.

Alguns depoimentos de alunos nos levaram a iniciar uma reflexão sobre qual o papel da
escola e qual o papel deles mesmos para com ela. Vimos que a maioria dos alunos está perdendo a
esperança na melhora da qualidade do ensino público. Alguns afirmaram que “a escola é uma
extensão do Lar”, devendo, por isso, ser tratada com zelo. Outros ainda acreditam que as coisas
possam melhorar e que não é apenas papel de quem administra a escola instalar a mudança; estes,
por sua vez, falaram sobre respeito (para com os professores, funcionários e outros alunos) e sobre
mobilização.

8
6. PROJETO DE INTERVENÇÃO/CO-PARTICIPAÇÃO: “Lixo: de
onde vem, para onde vai?”

Diante das observações que temos feito no Odorico Tavares ao longo dos Estágios
supervisionados I e II que também foram realizados nesta unidade escolar, pode dizer com segurança
que a estrutura da escola e a relação dos sujeitos escolares com a mesma foram o que mais me
chamou a atenção. Quanto à estrutura do espaço, durante o período do Estágio supervisionado I e II,
me deparei com um prédio amplo, porém, com andares em desuso, higiene precária (levando em
consideração pátios sujos, paredes desgastadas, acúmulo de lixo e entulho em locais de uso
comum); escutei inúmeras reclamações por parte de alunos e professores, que citam o incômodo
com as circunstâncias do local e relatam não haver preocupação por parte dos gestores e de forma
mais ampla, do governo em resolver a problemática. Ao retornar para as atividades do Estágio
supervisionado III, notei uma pequena, porém significativa melhora nas condições sanitárias da
escola. Soube através de conversas com professores e alunos, que algumas mudanças foram feitas
apenas na intenção de abrir salas para outra escola que passaria a funcionar dentro do espaço do
Odorico enquanto seu prédio original estava passando por reformas. Essas mudanças incluíram a
limpeza de algumas salas dos andares superiores, culminando na retirada de lixo e entulho, contudo
propôs a coordenação: A intervenção “Lixo: de onde vem, para onde vai?”

Objetivos: Nessa proposta de intervenção tomou como base preceitos da educação


ambiental, com a abordagem, escolheu-se (em conversa com a coordenadora das oficinas, já que
não houve permissão dos professores da escola, para usar o horário de aula para a intervenção)
trabalhar no espaço e período da oficina de reciclagem que ocorre durante as tarde de quarta e sexta-
feira, ministradas pela professora de biologia, Luciane. Escolhemos como tema e título de nossa
intervenção a seguinte frase: “lixo: de onde vem, para onde vai?”. A intervenção foi dividida em três
momentos: contextualização sobre a temática do lixo e seu descarte; elaboração de um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) fictício para o Odorico Tavares, juntamente com os
alunos desta oficina; realização de mapa conceitual e implantação de coleta seletiva de resíduos
recicláveis na escola, a partir do PGRS.

O PGRS é um documento necessário legalmente para a atividade de qualquer instituição


produtora de resíduos. A solicitação deste segue as diretrizes da Lei Federal nº 12.305, de 02 de
agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Escolhemos construir um PGRS
fictício junto aos alunos, pois este se configura num exemplo prático de como funciona o
gerenciamento de resíduos e se por se aplicar perfeitamente como um protocolo a ser seguido e
capaz de direcionar a todos os responsáveis pela coleta. Por ser fictício, o PGRS aqui elaborado não
tem implicações legais para os alunos, funcionários ou estagiários da escola.

Sendo assim, o projeto de intervenção de Estágio Supervisionado III tem como finalidade
descrever a intervenção que será realizada no Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no
9
Corredor da Vitória, cidade de Salvador, Bahia, a fim de efetivar um processo mais participativo nesta
unidade escolar, que possuem muito lixo na unidade escolar e tem as paredes da escola sujas de
restos de alimentos (restos da merenda) jogados por alguns destes mesmos alunos desta escola,
alem de muito lixo espalhado pelo jardim e proximidades da escola.

Baseado na metodologia de observação, antes e depois da intervenção, esta intervenção tem


a intenção de refletir sobre educação ambiental e sustentabilidade, realizando um mapa conceitual,
após assistir trechos dos documentários, The Story of Stuff (A historia das coisas dublado em
português completo) e A Plastic Ocean (Um oceano de plástico legendado).

O proposto buscará favorecer uma maior atuação e aproximação com os estudantes e


juntamente com o professor supervisor, solucionando dúvidas e dificuldades que surgiram durante a
construção dos mapas conceituais. Para tanto o diálogo e os questionamentos se tornarão presentes
na sala de aula sendo componentes relevantes para uma aprendizagem significativa. O ato de
instigar a participação do aluno permitirá conhecer seu entendimento sobre o assunto e a atividades
proposta. Essa fase será realizada nas seguintes etapas:

 Apresentação aos estudantes do que consiste um mapa conceitual

 Elaboração dos conceitos a partir dos termos selecionados;

 Construção do mapa conceitual interligando os termos e conceitos;

 Apresentação, por parte dos estudantes, dos mapas conceituais construídos;

A construção do mapa será feita em grupo e é adaptada a metodologia proposta por Mateus
& Costa, 2009, na qual propõem ao docente que forme grupos com 3 a 5 alunos, forneça o tema, com
as palavras-chave, o tempo para confecção do Mapa Conceitual, além do tempo para a apresentação
aos demais grupos. A avaliação dos mapas conceituais segue o proposto por Moreira, 1983, e
caracteriza-se como uma técnica não tradicional de avaliação que busca informações sobre os
significados e relações significativas entre conceitos-chave da matéria de ensino segundo o ponto de
vista do aluno. Sendo, portanto, uma avaliação qualitativa, formativa, da aprendizagem.

ORIENTAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DO MAPA CONCEITUAL: O professor como


mediador do ensino, pode utilizar metodologias que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem
dos termos e conceitos em Biologia. No âmbito formativo, buscando através das experiências
vivenciadas em sala de aula, a possibilidade de uma intervenção, em ações oportunizadas pelo
estágio supervisionado, tais como a intervenção prática, saber se metodologias diferenciadas como a
construção de Mapas Conceituais favorece a aprendizagem de alguns conteúdos. (Adaptado,
Moreira,1988)

10
1. Identifique os conceitos-chave do conteúdo que vai mapear e ponha-os em uma lista.
Limite entre 6 e 10 o número de conceitos.

2. Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral (is), mais inclusivo(s), no topo do mapa e,
gradualmente, vá agregando os demais até completar o diagrama de acordo com o princípio da
diferenciação progressiva.

3. Se o mapa se refere, por exemplo, a um parágrafo de um texto, o número de conceitos fica


limitado pelo próprio parágrafo. Se o mapa incorpora também o seu conhecimento sobre o assunto,
além do contido no texto, conceitos mais específicos podem ser incluídos no mapa.

4. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave
que explicitem a relação entre os conceitos. Os conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma
proposição que expresse o significado da relação.

5. Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação. No entanto, o uso
de muitas setas acaba por transformar o mapa conceitual em um diagrama de fluxo.

6. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os conceitos. Busque relações
horizontais e cruzadas.

7. Exemplos podem ser agregados ao mapa, embaixo dos conceitos correspondentes. Em


geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa.

8. Geralmente, o primeiro intento de mapa tem simetria pobre e alguns conceitos ou grupos
de conceitos acabam mal situados em relação a outros que estão mais relacionados. Nesse caso, é
útil reconstruir o mapa.

9. Lembre-se que não há um único modo de traçar um mapa conceitual. À medida que muda
sua compreensão sobre as relações entre os conceitos, ou à medida que você aprende seu mapa
também muda. Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compreensão de quem o
faz no momento em que o faz.

10. Não se preocupe com “começo, meio e fim”, o mapa conceitual é estrutural, não
seqüencial. O mapa deve refletir a estrutura conceitual hierárquica do que está mapeado.

11. Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que
significam as relações, questione a localização de certos conceitos, a inclusão de alguns que não lhe
parecem importantes, a omissão de outros que você julga fundamentais.

12. Após a construção do projeto de intervenção, observar e avaliar se houve mudanças no


comportamento dos alunos.

11
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Elaboração do PGRS fictício do Odorico Tavares e construção de mapa conceitual sobre a


apresentação. Neste segundo momento, após a apresentação de slide, explicando como deve ser
feito a construção de um PGRS fictício. Mostrando para os alunos de que se trata este documento e
por que ele é requerido e importante para os mais diversos estabelecimentos. Enfatizando que a
construção de um PGRS da escola, mesmo que não tenha validade legal, direcionaria a implantação
da coleta seletiva e que eles poderiam ser monitores de todo o processo. Em seguida, elencamos no
quadro respostas dos alunos para cada um dos tópicos do PGRS.

Essas respostas foram obtidas com base no exercício de fazer a ligação com a apresentação
de slide, comparando tipos de resíduos descartados com a realidade do colégio, com o que eles
mesmos lidam no seu dia-a-dia. Desta forma, unificamos as respostas dos alunos, bem como
acrescentamos outras tantas que não foram abordadas em sala, mas que são necessárias a este
planejamento e construímos um documento final para que seja entregue posteriormente à escola.
Este documento irá guiar os procedimentos necessários durante a implantação e funcionamento da
coleta seletiva. Após a elaboração conjunta do PGRS, pedimos aos alunos que construíssem um
mapa conceitual, logicamente, perante breve explicação do que se trata a atividade. Este mapa
deveria conter informações que eles acharam importantes referentes à apresentação e ao PGRS.
Deixamos em aberto a entrega ou não deste mapa à nossa equipe, de maneira que os alunos
pudessem levar para casa como “lembrete” caso quisessem. O PGRS construído para o Odorico
Tavares se encontra no apêndice deste relatório.

Para a implantação desta coleta seletiva, conseguimos o apoio do Recicle já Bahia, que é um
programa de reciclagem em órgãos públicos em Salvador e regiões metropolitanas. O recicle já Bahia
trabalha na coleta seletiva, e destinação por meio de doação do material recolhido às cooperativas
credenciadas. Através do recicle, nós conseguimos que a cooperativa COOPERLIX, localizada na
Est. Velha Km 04 Parque, G A 3, SN, ESTRADA VELHA DE CAMPINAS GALPÃO I, Campinas de
Pirajá, Salvador - BA, CEP: 41270-460 , que a partir da implantação da coleta seletiva, irá fazer o
recolhimento do material produzido no CEOT às segundas feiras. Para que coleta seletiva pudesse
ser efetivada, primeiro buscamos informações com o diretor. Este disse que não havia nenhum tipo
de coleta na escola e, quando fizemos a proposta de parceria com a cooperativa, se mostrou
extremamente receptivo, aprovando a nossa intervenção. O próximo passo, após ter a permissão do
Diretor, foi conversar com a professora Luciane sobre a proposta. A mesma também se mostrou
solícita, aprovando nossa atuação e se comprometendo a fazer parte ativamente do processo de
implantação da coleta na escola.

12
7. REFERÊNCIAS

APARECIDA, C. M. S., Antonio, M. M., & Pacífico, F. S. A. D. R. O uso do de mapas


conceituais progressivos como recurso facilitador da aprendizagem significativa em ciências
naturais e Biologia. Enseñanza de las ciencias: revista de investigación y experiencias
didácticas, 2013.

BORSSOI, Berenice Lurdes. O Estágio na Formação Docente: da teoria a prática, ação-


reflexão. Artigo publicado no I simpósio Nacional de Educação e XX Semana de Pedagogia.
Cascavel-PR, 2008.

CACHAPUZ, A.; Praia, J. & Jorge, M. (2004). Da Educação em Ciência às Orientações para
o Ensino das Ciências: um repensar epistemológico. Ciência e Educação. v.10, n.3, p.363-
381.

GALIAZZI, M. C. & MORAES, R. Educação pela pesquisa como modo, tempo e espaço de
qualificação da formação de professores de ciências. Ciência e Educação, v. 8, n. 2, p. 237-
252, 2002.

LABURÚ, C.E.; Arruda, S.M.; Nardi, R. Pluralismo metodológico no ensino de Ciências. En


R.Gadelha (Ed.), Ciência & Educação. Programa de Pós Graduação em Educação para a
Ciência (pp. 247-260). Bauru: UNESP, 2003.

LIMA, M. Reflexões sobre o estágio/prática de ensino na formação de Professores. Revista


Diálogo Educacional, 8(23), 195-205, 2008.

MATEUS, W. D., & Costa, L.M. A utilização de mapas conceituais como recurso didático no
ensino de ciências naturais. Revista eletrônica de ciências da educação, 2009.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa em mapas conceituais. Textos de apoio ao


professor de física, v.24, n.6, p.1-49, 2013.

NASCIMENTO, F.; FERNANDES, H.L. e MENDONÇA, V.M. O ensino de ciências no Brasil:


história, formação de professores e desafios atuais. Revista História, Sociedade e Educação
no Brasil, 39, p. 225-249, 2010.

NUNES, C. Saberes docentes e formação de professores (as): panorama da pesquisa


brasileira. Educação e Sociedade, Campinas, n.74, 2001.

VASCONCELOS, A.A.; SILVA, A.C.G.; MARTINS, J.S.; SOARES, L.J. A presença do diálogo
na relação professor-aluno. In: V Colóquio Internacional Paulo Freire, Recife, 19-22 set.
2005. Anais. Recife, 2005.

The Story of Stuf disponível em 02.06.2018 https://www.youtube.com/watch?


v=xaglF9jhZLs

A Plastic Ocean disponível em 02.06.2018 https://www.youtube.com/watch?v=-


K6dGgSBhnU&t=631s

13
8. APÊNCIES

14

You might also like