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MATERIAL COMPLETO

PROVA NEURO
HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA

Profº.Reysi Jhayne Pegorini


O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas apenas
do encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pesar
e o luto, o desalento e a lamentação. E por meio dele, de uma
maneira especial, nós adquirimos sabedoria e conhecimento,
enxergamos e ouvimos, sabemos o que é justo e injusto, o que é
bom e o que é ruim, o que é doce e o que é insípido... E pelo
mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e medos e
terrores nos assombram... Todas essas coisas nós temos de
suportar quando o encéfalo não está sadio... Nesse sentido,
opino que é o encéfalo quem exerce o maior poder no homem.
– Hipócrates, Da Doença Sagrada (Século IV a.C.)
COMO SURGIU????

A palavra “neurociência” é jovem. A Society for


Neuroscience*, uma associação que congrega
neurocientistas profissionais, foi fundada há
pouco tempo, em 1970. O estudo do encéfalo
entretanto é tão antigo quanto a própria ciência.
AS ORIGENS DAS NEUROCIÊNCIAS

• Você provavelmente já sabe que o sistema


nervoso – o encéfalo, a medula espinhal e os
nervos do corpo – é crucial para a vida e
permite que você sinta, se mova e pense.

• Como surgiu essa concepção?


Este crânio, de um homem
datando de mais de 7 mil
anos atrás, foi aberto para
cirurgia enquanto ele
ainda estava vivo. As
setas indicam dois locais
da trepanação.
A Visão do Encéfalo na Grécia Antiga

Diferenças na aparência predizem diferenças


na função.
A Visão do Encéfalo durante o Império
Romano
Do mesmo modo pelo qual
podemos deduzir a função a
partir da estrutura das mãos e
dos pés, Galeno tentou deduzir
a função a partir da estrutura do
cérebro e do cerebelo.

Cérebro de uma
ovelha, estudo de
Galeno (médico dos
gladiadores)
Tocando o encéfalo
recém-dissecado com o
dedo, observa-se que o
cerebelo é bastante duro,
ao passo que o cérebro é
bastante suave. A partir
dessa observação, Galeno
sugeriu que o cérebro
deve receber sensações,
enquanto o cerebelo deve
comandar os músculos.
A Visão do Encéfalo da Renascença ao
Século XIX

A visão de Galeno a respeito do encéfalo


prevaleceu por quase 1.500 anos. Durante a
Renascença, o grande anatomista Andreas
Vesalius (1514-1564) adicionou mais detalhes à
estrutura do encéfalo.
MAS PARA QUE SERVIA O LÍQUIDO
DENTRO DOS VENTRÍCULOS???
• Teoria ventricular da função encefálica

o encéfalo poderia ser semelhante a uma máquina em


sua função: o fluido bombeado para fora dos ventrículos
através dos nervos poderia literalmente “bombear” e
causar o movimento dos membros. Afinal de contas, os
músculos não “incham” quando se contraem?

René Descartes***
Séculos XVII e XVIII
Dois tipos de tecido encefálico: a
substância cinzenta e a substância
branca.
Qual relação estrutura-função foi, então,
proposta?

A substância branca, que tinha


continuidade com os nervos do corpo, foi
corretamente indicada como contendo
as fibras que levam e trazem a
informação para a substância cinzenta.
Final do século XVIII

Cérebro
Cerebelo Encéfalo
Tronco
encefálico

Medula
espinhal

Sistema
Nervoso central
Observe a profunda fissura de
Sylvius, dividindo o lobo frontal
do lobo temporal, e o sulco
central, dividindo o lobo frontal
do lobo parietal. O lobo occipital
situa-se na parte posterior do
cérebro. Essas marcas podem
ser encontradas em todos os
cérebros de seres humanos.
A Visão do Sistema Nervoso no Século
XIX
Revisaremos como o sistema nervoso era compreendido no final do
século XVIII:
•• Lesão no encéfalo pode causar desorganização das sensações, dos
movimentos e dos pensamentos, podendo levar à morte.
•• O encéfalo se comunica com o corpo através dos nervos.
•• O encéfalo apresenta diferentes partes identificáveis e que
provavelmente
executam diferentes funções.
•• O encéfalo opera como uma máquina e segue as leis da natureza.
Durante os cem anos que se seguiram, aprendemos mais sobre as
funções do
encéfalo do que foi aprendido em todos os períodos anteriores da
história. Esse trabalho propiciou a sólida fundamentação sobre a qual
se baseiam as neurociências atuais. Agora, veremos quatro ideias-
chave que surgiram durante o século XIX.
Nervos como Fios
Um mapa frenológico. De acordo
com Gall e seus seguidores,
diferentes traços do comportamento
humano estariam relacionados com o
tamanho de diferentes partes do
crânio. (Fonte: Clarke e O’Malley,
1968, Fig. 118.)
A Evolução do Sistema Nervoso

• Darwin

• Evolução

• Sistema neural dos animais

• Experimentos
AS NEUROCIÊNCIAS HOJE

• Neurociências Moleculares

• Neurociências Celulares

• Neurociências de Sistemas

• Neurociências Comportamentais

• Neurociências Cognitivas
O Uso de Animais na Pesquisa em
Neurociências
Hoje, os neurocientistas aceitam certas responsabilidades
morais pelos animais experimentais:
• 1. Animais são utilizados somente para experimentos
necessários, que possibilitem avanços no conhecimento
do sistema nervoso.
• 2. Todos os procedimentos necessários para minimizar a
dor e o estresse experimentados pelo animal (uso de
anestésicos, analgésicos, etc.) são realizados.
• 3. Todas as possíveis alternativas ao uso de animais são
consideradas.
O Custo da Ignorância: Distúrbios do
Sistema Nervoso
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

• As três camadas germinativas primordiais são:


endoderma, mesoderma e ectoderma.
• A partir do espessamento da ectoderma será formada a
placa neural, e depois será transformado em sulco neural,
goteira neural, pregais neurais, e por último, será formado
então o tubo neural.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

• A partir da 3ª semana do desenvolvimento embrionário


inicia-se um período que é caracterizado por um rápido
desenvolvimento. Três camadas germinativas primárias são
estabelecidas, o que acaba determinando a base para o
desenvolvimento dos órgãos nas semanas seguintes, da 4ª
à 8ª semana.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Sistema Nervoso
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
1) Introdução

O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua


função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as
condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas
condições.

2) Organização do sistema nervoso humano


Cérebro
Cerebelo
Encéfalo
Sistema Nervoso Central Mesencéfalo
Tronco Encefálico Ponte
(SNC)
Bulbo
Medula

Sistema Nervoso Nervos cranianos (12 pares)


Periférico Nervos raquidianos (31 pares)
(SNP) Terminações nervosas
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

a) Encéfalo
 Possui cerca de 1,4 kg nos adultos
 Está localizado na caixa craniana
 Dividido em 3 partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico

Encéfalo

cérebro

cerebelo

Tronco encefálico
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

a) Encéfalo
I) Cérebro
 Constitui cerca de 90% da massa encefálica
 Sua superfície é bastante pregueada (aumento da superfície)
 Dividido em dois hemisférios (esquerdo e direito)
 Dividido em duas partes:
o Córtex (externo) – substância cinzenta (corpos neuronais)
o Região interna – substância branca (dendritos e axônios)
Córtex cerebral  massa cinzenta
 presença de corpos de neurônios

Medula cerebral
 massa branca
 presença de
axônios
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

a) Encéfalo
I) Cérebro
 Funções:
o Sensações
o Atos conscientes e voluntários (movimentos)
o Pensamento
o Memória
o Inteligência
o Aprendizagem
o Sentidos
o Equilíbrio
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

a) Encéfalo
I) Cérebro
 Tálamo e Hipotálamo (presentes na região inferior do cérebro)
 Tálamo
o Reorganização dos estímulos nervosos
o Percepção sensorial (consciência)

 Hipotálamo
o Regulador da homeostase corporal
o Temperatura
o Apetite
o Balanço hídrico
o Controle da hipófise e outras glândulas
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

I) Cérebro

Tálamo e Hipotálamo

Tálamo
Hipotálamo
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

II) Cerebelo
 Responsável pelo equilíbrio do corpo
 Tônus e vigor muscular
 Orientação espacial
 Coordenação dos movimentos

Cerebelo
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

III) Tronco encefálico


3 divisões:
 Mesencéfalo
 Ponte
 Bulbo

Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

III) Tronco encefálico


 Mesencéfalo
o Recepção e coordenação da contração muscular
o Postura corporal

Mesencéfalo
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

III) Tronco encefálico


 Ponte
o Manutenção da postura corporal, equilíbrio do corpo e tônus muscular.

Ponte
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

III) Tronco encefálico


 Bulbo
o Controle dos batimentos cardíacos
o Controle dos movimentos respiratórios
o Controle da deglutição (engolir)

Bulbo
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

b) Medula Espinhal (raque)


 Cordão cilíndrico que parte da base do encéfalo e percorre toda a coluna
vertebral.
 Aloja-se dentro das perfurações das vértebras.
 Da medula espinhal partem 31 pares de nervos raquidianos
Medula espinhal
• Liga o encéfalo aos nervos
espinhais
• Fio de aproximadamente 40 cm
de comprimento.
• Protegido pelas vértebras,
meninges e líquido raquidiano.
• Relacionada com os atos reflexos
– respostas rápidas sem
participação do encéfalo.
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

b) Medula Espinhal (raque)

 Funções da medula
o Recebe as informações de diversas partes do corpo e as enviam para o encéfalo
e vice-versa.
o Responsável pelos atos reflexos (reflexo medular).
Sistema Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

b) Medula Espinhal (raque) A medula espinhal é capaz de elaborar respostas rápidas em


situações de emergência, sem a interferência do encéfalo.
 Reflexo Medular
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
3) Sistema nervoso central (SNC)

c) Meninges
 São três delicadas membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central
(SNC).
o Dura-máter
o Aracnóide
o Pia-máter

Medula espinhal
Encéfalo
MENINGES
As meninges são três membranas concêntricas sobrepostas, que
revestem o encéfalo e a medula espinal com o intuito de os protegerem.
As três membranas, cada uma de diferente consistência, denominam-se
dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Dura-máter: é a membrana mais externa, espessa e resistente, estando
diretamente ligada a superfície interior do crânio e a face interior das
paredes do canal vertebral onde se encontra a medula espinhal.
Aracnóide: é a membrana média, fina e elástica, cuja estrutura forma
uma rede semelhante a de uma "teia de aranha".
Pia-máter: é a membrana interna, muito fina e delicada, firmemente
fixada a superfície do encéfalo e da medula espinal, de tal forma que
penetra em todas as dobras e sulcos cerebrais e espinais.
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

 Constituído por:
a) Nervos
b) Gânglios nervosos
c) Terminações nervosas (receptores para dor, tato, frio,
pressão, calor, paladar, etc.).

Nervos
São fios finos formados por vários axônios de
neurônios envolvidos por tecido conjuntivo.

Transmitem mensagens de várias partes do corpo


para o sistema nervoso central ou destes para as
regiões corporais.
Sistema Nervoso Periférico
SNP é formado pelas vias que conduzem os estímulos ao SNC
ou que levam até aos órgãos efetuadores as ordens emanadas
da porção central. SNP compreende os nervos cranianos e
espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.

- Nervos: feixes de fibras nervosas


envoltas por tecido conjuntivo

- Gânglios: aglomerados de corpos


de neurônios fora do SNC
Sistema Nervoso Periférico
• Nervos sensitivos são os que contêm somente fibras
sensitivas, que conduzem impulsos dos órgãos sensitivos para
o sistema nervoso central.
• Nervos motores são os que contêm somente fibras motoras,
que conduzem impulsos do sistema nervoso central até os
órgãos efetuadores (músculos ou glândulas).
• Nervos mistos contêm tanto fibras sensitivas quanto motoras.
SNP: Voluntário e Autônomo
• SNP Voluntário : tem como função reagir a estímulos
provenientes do ambiente externo. Ele é constituído por fibras
motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central
aos músculos esqueléticos

• SNP Autônomo: tem por função regular o ambiente interno do


corpo, controlando a atividade dos sistemas digestivos,
cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras
nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central
aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração
Sistema Nervoso Periférico Autônomo (SNPA)
O SNP autônomo (SNPA) é dividido em dois ramos: simpático e
parassimpático, que se distinguem tanto pela estrutura quanto pela
função.

• SNPA simpático: os gânglios localizam-se ao lado da medula espinhal,


distantes do órgão efetuador. Estimula ações que mobilizam energia,
permitindo ao organismo responder a situações de estresse.

• SNPA parassimpático: os gânglios das vias parassimpáticas estão longe


do sistema nervoso central e próximos ou mesmo dentro do órgão
efetuador. Estimula principalmente atividades relaxantes, como a
redução do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, entre outras.
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

Classificação dos nervos

I) Quanto ao tipo de neurônio

 Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos)


 Motores ou eferentes (contém apenas neurônios motores)
 Mistos (contém neurônios sensitivos e motores)

II) Quanto à posição anatômica

 Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares


 Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

Gânglios nervosos

o Aglomerado de corpos celulares de neurônios encontrados fora do sistema


nervo central.

Corpos celulares
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

Terminações Nervosas Captam estímulos do meio interno ou externo e os levam


para o sistema nervoso central.
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

Divisão do sistema nervoso periférico

Sistema Nervoso Voluntário Ações conscientes: andar, falar,


(somático) pensar, movimentar um braço, etc.

Sistema Nervoso Autônomo Ações inconscientes: controle da Simpático


(visceral) digestão, batimentos cardíacos, Parassimpátic
movimento das vísceras, etc. o
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

a) Sistema Nervoso Voluntário (Somático)

Formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central
(SNC) à musculatura estriada esquelética.

Determina ações conscientes: Andar, falar, abraçar, correr, etc.

SNC

Corpos celulares
dentro do SNC
Axônios controlando a
musculatura esquelética
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

b) Sistema Nervoso Autônomo (vegetativo ou visceral)

Constituído por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central
à musculatura lisa de órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas.

Realiza o controle da digestão, sistema cardiovascular, excretor e endócrino.

Os nervos do SNP autônomo possuem dois tipos de neurônios:

I. Pré-ganglionares (corpo celular dentro do SNC)


II. Pós-ganglionares (Corpo celular dentro do gânglio)

gânglio órgão
SNC

Neurônio Neurônio
Pré-ganglionar Pós-ganglionar
Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

b) Sistema Nervoso Autônomo


É dividido em duas partes:
I. Simpático
II. Parassimpático

 Sistema Nervoso Simpático: Prepara o organismo para o estresse (instinto de fuga ou luta)
 Sistema Nervos Parassimpático: Estimula atividades relaxantes (repouso)

Ações antagônicas no organismo!


Sistema
SistemaNervoso
Nervoso
4) Sistema nervoso periférico (SNP)

Diferenças entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático:

Sistema Nervoso Autônomo


Simpático Parassimpático
Fibra pré-ganglionar curta longa
Fibra pós-ganglionar longa curta
Origem dos nervos Região torácica e lombar da Região cervical (nervos
medula (somente nervos cranianos) e região sacral da
raquidianos) medula (nervos raquidianos)
Mediador químico Fibras pré-ganglionares: Fibras pré-ganglionares:
Acetilcolina Acetilcolina
Fibras pós-ganglionares: Fibras pós-ganglionares:
Adrenalina Acetilcolina
Sistema Límbico
Neurobiologia das Emoções
Emoções

Emoções como prazer, euforia, tristeza, depressão, medo, ansiedade e


raiva, contribuem para a riqueza da nossa vida pessoal.

Emoções cunham todas as nossa


experiências com um caráter especial.
Essas emoções assim como as alterações
corporais que as acompanham são
veiculadas por sistemas neurais distintos
no cérebro.
O que é Ter uma emoção?
Ter a Emoção é a execução de um programa complexo de ações
(movimento, ações viscerais etc); está engajada quando você se confronta
com algo intenso e repentino. (altamente + ou -).
E automático e inconsciente.

Como as emoções afetam a maneira que


respondemos ao mundo?
Ex: Medo frente a uma ameaça incluem respostas como mudanças de
expressão facial,
taquicardia, sudorese, piloereção, etc
Emoção é um complexo conjunto de alterações, no corpo,
que tem um propósito geral de fazer a vida mais
sobrevivível por cuidar de um perigo ou mesmo de uma
oportunidade
Sentimento da Emoção
Sentir a Emoção é um processo subsequente de perceber o que está
acontecendo no seu organismo quando você está tendo a emoção. É
tomar consciência da emoção e conecta-la com o que voce percebe e se
dá conta do que está acontecendo.
Engloba a participação de estruturas neurais além das utilizadas no
processamento da emoção, tais como tronco encefálico e córtex insular.
De certa forma o sentimento da emoção fica na memória em termos das
elaborações que foram feitas sobre sentimento emocional e nos permite
o uso de certos sentimentos e emoções em planejamentos futuros. Faz
uma enorme diferença na vida do indivíduo. Permite contruir uma
visão do mundo e ter certeza que essa visão está sendo levada em
consideração quando planejamos o futuro.
O que acontece no nosso cérebro quando
sentimos uma emoção?
Sistema Límbico • /V • 1

surgiu com a emergencia dos


mamíferos inferiores. É ele que comanda certos
comportamentos necessários à sobrevivência de todos os
mamíferos.
Cria e modula funções mais específicas, as
quais permitem ao animal distinguir entre o
que lhe agrada ou desagrada.

Desenvolvem funções afetivas, como a que


induz as fêmeas a cuidarem atentamente de

rr~r
suas crias, ou a que promove a tendência
desses animais a desenvolverem
comportamentos lúdicos (gostar de brincar)
Lobo Límbico (1878), Paul Broca
Convolução arqueada grande formada pelo Giro
do Cíngulo e Giro Parahipocampal Ao redor do
tronco e comissuras interhemisféricas
No final do século XVIII, William James propôs que um indivíduo,
após perceber um estímulo que, de alguma forma o afeta, sofre
alterações fisiológicas perturbadoras, como palpitações, falta de ar,
angústia, etc. Reconhecimento desses sintomas (pelo cérebro) que gera
a emoção.
"sensações físicas são a emoção"
Emotional
experience (fear)

Emoções

sensory Stimulus
perceived
stimulus

Emotion a! expression (somatic,


visceral response)

Em 1929, a teoria Cannon-Bard: diante de acontecimento que afeta, o


impulso nervoso atinge inicialmente o tálamo (centro inicial) e a
mensagem se divide:
para a córtex cerebral (experiências subjetivas de medo, raiva, tristeza,
alegria, etc); outra para o hipotálamo (determina alterações
neurovegetativas periféricas-sintomas).

as reações fisioLogicas e a expenencia emocional sao simultaneas //


Circuito de Papez
Cingulate gyms

Nature Reviews | Neuroscience

cortex

1937 Papez sugeriu que estruturas límbicas formam uma rede


neural complexa envolvida no comportamento emocional.

Acreditava que a experiência da emoção era determinada pelo


cortex cingulado; expressão emocional era
governada pelo hipotálamo.
1939 Klüver e Bucy: lesões no lobo temporal envolvendo amígdala e hipocampo
influenciavam profundamente as respostas afetivas em primatas (docilidade, hipersexualidade
indiscriminativa e traziam qualquer tipo de objetos 'a boca inclusive serpentes venenosas,
descaracterizando situações de risco).

1952 Paul MacLean: acrescentou novas estruturas ao sistema: as córtices


órbitofrontal e médiofrontal (área pré-frontal), o giro parahipocampal, e importantes
grupamentos subcorticais : amígdala, núcleo mediano do tálamo, área septal, núcleos
basais do prosencéfalo, e formações do tronco cerebral.
"As Estruturas do Sistema Límbico"; envolvidos na experiência emocional" (observações
clínicas)
Sistema Límbico inclui
todo o lobo límbico assim
como os núcleos subcorticais
associados como complexo
amigdalóide, núcleos
septais, hipotálamo, núcleos
talâmicos e parte dos
gânglios da base; área
tegumentar medial do
mesencéfalo

Sistema Límbico
Nauta (1958) coloca o hipotálamo numa posição central, fornecendo um elo
de ligação entre as estruturas límbicas telencefálicas e sítios límbicos
mesencefálicos, em especial a substância cinzenta periaqueductal (PAG).

Hipocampo
Corpo caloso área septal
Cortex ciL*ulado
Estruturas límbicas telencefálicas modulam os sítio
C MtH
pie frontal
shipotalâmicos e mesencefálicos límbicos.

Bulbo oliatorio Hipotálamo: fundamental para orquestrar ajustes


AllknUl
homeostáticos e comportamentais motivados;
Corpo mamuar Estruturas límbicas mesencefálicas: relacionadas
Hpoctnpo

Area teameutar ventral com a execução das respostas


autonômicas e comportamentais.

O hipotálamo conjuntamente ao polo límbico mesencefálico, pode ter acesso


'as estruturas límbicas telencefálicas, podendo dessa forma, influenciar o
processamento neural nestas regiões (cognitiva de diversas emoções).

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