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Estácio de Sá

Curso de direito

História do direito brasileiro

A Emancipação

Turma:1031

Alunos:
Graciane;
Tatiana;
Douglas;
Fabiely.
Fonte: Times New Roman
Numero 16 e 12

Marco/2019
A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL COLONIAL

A Constituinte de 1823 limitava os poderes de D. Pedro I, realidade que não foi bem
aceita pelo imperador.

Em junho de 1822, antes mesmo da proclamação da independência, o ainda príncipe regente D.


Pedro I convocou uma Assembleia com o objetivo de criar a primeira Constituição do Brasil. Finalizado em
1823, o documento ficou conhecido como a “Constituição da Mandioca”, uma alusão ao fato de que, para
poder se eleger aos cargos do Legislativo, o indivíduo deveria possuir certa quantidade mínima de alqueires
de mandioca.

Essa foi justamente uma das principais características da Constituinte de 1823: o voto censitário e a
exclusão da participação popular no processo político. Outro aspecto muito importante da carta foi a
limitação dos poderes do imperador e a valorização da autonomia do Legislativo. No entanto, D. Pedro I
logo reagiu à ideia de limitação de seus poderes, iniciando um grande entrave entre imperador e Assembleia,
fato que fez com que o ano de 1823 fosse marcado por vários conflitos políticos.

D. Pedro I acabou se aproximando do partido português que defendia a recolonização brasileira, uma
vez que toda a elite rural do Brasil, havia se virado contra ele no processo de oposição à Constituinte de
1823. No fim das contas, a oposição da aristocracia brasileira de nada adiantou. D. Pedro I usou de força
militar para obrigar os deputados a assinarem um decreto no qual dissolvia o
Legislativo. Posteriormente, convocou um grupo de brasileiros natos para redigirem uma nova constituição.
Esta foi outorgada em 25 de março de 1824, tendo como principal característica a criação do Poder
Moderador, por meio do qual o imperador detinha o poder absoluto.

Revoltas emancipadora no Brasil Colonial


O que foram
As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo
forte anseio de conquistar a independência do Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos possuíam
certa organização política e militar, além de contar com forte sentimento contrário à dominação colonial.

Causas principais
- Cobrança elevada de impostos de Portugal sobre o Brasil.
- Pacto Colonial - Brasil só podia manter relações comerciais com Portugal, além de ser impedido de
desenvolver indústrias.
- Privilégios que os portugueses tinham na colônia em relação aos brasileiros.
- Leis injustas, criadas pela coroa portuguesa, que tinham que ser seguidas pelos brasileiros.
- Falta de autonomia política e jurídica, pois todas as ordens e leis vinham de Portugal.
- Punições violentas contra os colonos brasileiros que não seguiam as determinações de Portugal.
- Influência dos ideais do Iluminismo e dos movimentos separatistas ocorridos em outros países
(Independência dos Estados Unidos em 1776 e Revolução Francesa em 1789).

Principais revoltas emancipacionistas

Conjuração Mineira
Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como
principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da
criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes).
Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova
Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial.

Conjuração Baiana
Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas
do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve como
causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributos.
Defendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade
comercial.

Revolução Pernambucana
Foi um movimento separatista ocorrido em Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a exploração
metropolitana e a cobrança de impostos sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da classe média,
populares, padres, militares e membros da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e igualdade),
os revoltosos pretendiam libertar o Brasil do domínio português e instalar o sistema republicano no país.

A Constituição de 1891

A Constituição de 1891 foi a primeira Carta Magna adotada no Brasil depois da instauração da República.
Promulgada em 24 de fevereiro de 1891, esta estabelecia como forma de governo o regime representativo, no qual
o povo exerceria diretamente o poder ao escolher seus representantes por meio do voto, para um período de quatro
anos. Embora tal mudança tenha sido bastante positiva pelo fato de significar o fim do voto censitário (por renda).A
Administração Pública foi estruturada nos poderes Executivo (exercido pelo presidente e seus ministros), Legislativo
(Congresso Nacional) e Judiciário (representado pelo Supremo Tribunal Federal). Criado na época da Monarquia,
o poder Moderador logicamente foi extinto, já que este era totalmente incompatível com a ideia de república.

A Constituição reconheceu a divisão das províncias e o princípio da federação, ideia de que a União
daria maior autonomia aos Estados e só interviria nos mesmos para manter a ordem ou em casos de invasão
estrangeira. Inspirada na carta americana, tal concepção contou com o apoio massivo dos grandes
latifundiários, que buscavam justamente o fortalecimento das oligarquias regionais e o enfraquecimento do
poder central.

Antes de se tornar República, o Brasil era um Império. Em outras palavras, éramos independentes de
Portugal, no entanto todas as decisões políticas eram tomadas de forma unilateral pelo imperador, D. Pedro
II. De fato, a monarquia começou a se enfraquecer a partir do fim do século XIX, período em que o Brasil
passava por uma série de mudanças sociais e econômicas. Ainda com o fim da escravidão, o Império perdeu
o importante apoio dos escravocratas, uma vez que os republicanos compartilhavam os mesmos ideais dos
abolicionistas. D. Pedro II também perdeu o fundamental apoio da Igreja ao passar a interferir em assuntos
religiosos.

Ao mesmo tempo, os militares estavam descontentes pela autoritária atitude do imperador em proibi-
los de se expressarem publicamente. Por fim, a classe média (jornalistas, médicos, comerciantes), grupo
social em plena expansão na época, desejava conquistar um espaço maior nas decisões políticas do país.
Todos estes fatores foram fundamentais para o fim das bases de sustentação da monarquia no Brasil.

Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca declarou a proclamação da República


e o fim do período imperial e naquele mesmo dia um governo provisório foi formado. Desta forma, o
militar acabou se consagrando como o primeiro presidente da história do Brasil. Ciente de que não
conseguiria de forma alguma reverter tal situação, D. Pedro II apenas aceitou a vontade do povo e retornou
a Portugal.
Referencias bibliográficas:

https://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_emancipacionistas.htm

https://ajudajuridica.com/destaque/historia-do-direito-brasileiro

https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_do_Brasil

http://www.jf.jus.br/ojs2/index.php/mono/article/viewFile/1475/1436

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