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DIREITO PENAL
RESUMO GERAL
2ª FASE
1
Sumário
PEÇAS
1. Peças ............................................................................................................................. 6
2. Como identificar peça? .............................................................................................. 7
3. Preliminares aplicáveis: .............................................................................................. 7
4. Resumos das peças dos últimos exames: ............................................................... 8
DIREITO PENAL
1. Teoria do Delito ....................................................................................................... 23
2. Iter Criminis ................................................................................................................ 27
3. Erro............................................................................................................................... 30
4. Prescrição ................................................................................................................... 33
5. Crimes contra a pessoa ............................................................................................ 37
6. Crimes o patrimônio ................................................................................................. 40
7. Teoria da pena ........................................................................................................... 48
2
MARCAÇÃO DO CÓDIGO
Nessa etapa final é preciso ter atenção e deixar o seu código mais esquematizado
o possível. Atente-se as vedações previstas no edital. Para adiantar o seu estudo
irei apresentar algumas dicas:
Indico que utilize os índices dos códigos, pois podem facilitar e muito para
encontrar os artigos na hora da prova. Como está proibida a marcação por clipes
de forma aleatória indico que vá no índice do código penal e código de processo
penal e marque os artigos importantes com uma caneta ou lápis.
1. Marque as preliminares:
3
• Lei nº 8.072/90 - Lei de Crimes Hediondos
• Lei nº 7.960/89 - Prisão Temporária
• Lei nº 9.296/96 - Lei de Interceptação Telefônica
• Lei nº 3.688/41 - Contravenções Penais
SUMULAS DO STF:
SUMULAS DO STJ:
4
Dica importante:
Como você julga uma boa resposta? Entendo que para ser bem pontuado no
exame de ordem o candidato deve responder os seguintes quesitos: Resposta ao
comando da questão + explicação do assunto + base legal pertinentes (todas as
repostas devem estar bem fundamentadas, então coloque todos os artigos que
tenham relação para não perder nenhum ponto).
5
PEÇAS
1. Dicas infalíveis
Meu caro aluno, no dia da sua prova tenha em mente que a Ordem não cobra o
conhecimento pleno da matéria.
Recomendamos começar a prova pela questão prática, pois ela tem o maior peso.
Muitos ao lerem pela primeira vez a questão, já querem saber qual é a peça, o que
argumentar que está difícil, entre outras coisas.
6
2. Como identificar peça?
Divida seu material em fases processuais e marque cada fase com uma cor
diferente. Identifique o momento processual de acordo com o que é narrado na peça. Se,
por exemplo, a questão disser que está havendo a instrução processual e ainda não foi
dada sentença, só poderá ser resposta à acusação ou memoriais.
3. Preliminares aplicáveis:
Obs.: é aconselhável que todas sejam marcadas no código com a mesma cor.
São elas:
Art. 23, CP
Art. 107, CP: Outro defeito
Art. 109, CP Art. 564, CPP Causas de
Causas extintivas que levaria à
Prescrição Nulidades exclusão de rejeição.
de Punibilidade
ilicitude
7
4. Resumos das peças dos últimos exames:
APELAÇÃO (30%)
Fundamento legal Artigos 416 do Código Penal e 593 do Código de Processo Penal
Prazo 5 dias (art. 593); 5 dias por termo + 8 para razões (art. 600) + 10 dias
(art. 82 da Lei 9099/95)
Endereçamento:
Modelo EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE _______________________ (Regra Geral)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________ (Crimes da
Competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE _________________ (Crimes da
Competência do Tribunal do Júri)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO
TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________ (Crimes da
Competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL
DA COMARCA DE ___________________ (Crimes de Competência de
Juizado Especial Estadual)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____________________ (Crimes de
Competência de Juizado Especial Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____________________
(Endereçamento do Juizado Especial Criminal)
Processo número:
(Nome do Recorrente), já qualificado nos autos do processo que lhe move o
Ministério Público/Querelante, às fls. ____, por seu advogado formalmente
constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, inconformado com a respeitável sentença de _________,
conforme fls. ____, interpor tempestivamente a presente
APELAÇÃO
ou
8
CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO
com fundamento no art. 593, (indicar inciso) ______ ou art. 416 (no caso de
absolvição sumária ou impronúncia), ambos do Código de Processo Penal,
art. 82 da Lei 9.099/95 – Lei dos Juizados Especiais Criminais (no caso de
Apelação nos crimes de pequeno potencial ofensivo), art. 105 da Lei
8.666/93 (no caso de crimes previstos na Lei de Licitação), art. 600 (no caso
de contrarrazões de Apelação), do Código de Processo Penal ou ainda art.
82, § 2º da Lei 9.099/95 (no caso de Contrarrazões de Apelação no Juizado
Especial Criminal).
Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas (na
prova elas serão feitas juntas), ouvida a parte contrária, sejam os autos
encaminhados ao Egrégio Tribunal (Ou Turma Recursal no caso do Juizado
Especial Criminal), onde serão processados e provido o presente recurso.
ou
Requer que, após o recebimento destas, com as contrarrazões
inclusas (na prova elas serão feitas juntas), sejam os autos encaminhados ao
Egrégio Tribunal (Ou Turma Recursal no caso do Juizado Especial Criminal),
onde serão processados e não provido o presente recurso (Requerimento
no caso de contrarrazões).
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
Prazo 5 dias (art. 403, §3º, c/c art. 404, parágrafo único do CPP)
Endereçamento
9
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO
TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _________________ (Crimes
da Competência da Justiça Federal)
Porém, se a comarca for a CAPITAL do Estado coloque:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE ____ CAPITAL DO ESTADO DE __
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___
JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE __________ (Juizado Especial Criminal
– excepcional)
Processo número:
Coloque 4 dedos ou 3 dedos de espaçamento
Qualificação:
(Fazer parágrafo) Nome, já qualificado nos autos do processo às
folhas ( ), por seu advogado e bastante procurador que a esta subscreve,
conforme procuração em anexo, vem, muito respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 403, parágrafo 3º do Código
de Processo Penal (não colocar abreviatura) apresentar (sem saltar linhas)
MEMORIAIS
Pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
(Pula-se uma linha)
1. Dos Fatos
O candidato deve externar os fatos de forma sucinta. Não
copie igual aos fatos, se a questão deu 20 linhas para os fatos
devem-se usar menos linhas, umas 10, por exemplo. Deve-se fazer
uma síntese, trazer os fatos de forma resumida. Os períodos devem
ser sempre curtos, 5 ou 6 linhas. Recomenda-se primeiro narrar os
fatos e depois arguir as preliminares no próximo ponto, tendo em
vista que é melhor primeiro mencionar os fatos para depois se
arguir eventuais defeitos decorrentes dos fatos.
2. Das Preliminares
Buscam-se falhas/defeitos que possam inviabilizar a defesa.
Não se deve entrar no mérito. Nas alegações das preliminares, basta
fazer um parágrafo apontando a preliminar, esta é uma indicação
inicial de um erro existente no processo. Ela é uma indicação de
ordem técnica, devendo mencionar o fundamento legal. Como já foi
explicado, existe uma sequência a ser seguida. Abra os artigos na
seguinte sequência:
1º) Art. 107 CP – Causas extintivas de punibilidade.
2º) Art. 109 CP – Prescrição
3º) Art. 564 CPP – Nulidades
4º) Art. 23 CP – Causas de exclusão de ilicitude.
5º) Deve-se buscar todo e qualquer outro defeito que
levaria a ocorrência rejeição liminar da peça acusatória.
Obs.: Com já foi dito, as preliminares são apenas
mencionadas, no mérito e que se poderá aprofundar alguma tese
das preliminares, como no caso da preliminar de exclusão da
ilicitude.
3. Do Mérito
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Deve-se alegar o que mais salta aos olhos, devendo
demonstrar conhecimento. Se nas preliminares citou-se o instituto
jurídico, por exemplo, da legitima defesa, deve discorrer sobre os
requisitos da legitima defesa.
- Pedidos Secundários:
Deve-se atentar para a possibilidade de alegação
dos pedidos secundários, lembrando que também é
necessário discuti-los no mérito. Podendo haver, por
exemplo, os seguintes pedidos subsidiários:
• Desclassificação do Crime;
• Afastamento de qualificadora;
• Reconhecimento da atenuação da pena;
• Reconhecimento de causa de diminuição de pena
no momento;
• Se o juiz entender pela condenação que seja
aplicada a pena mínima ou que seja aplicada pena
restritiva de direito.
11
Obs.: Não há a apresentação de rol de testemunhas nos memoriais
tendo em vista que elas já foram devidamente arroladas no
momento oportuno, qual seja, em resposta à acusação.
Prazo 10 dias.
DO MÉRITO
(...)
Termos em que,
Pede Deferimento.
__________, __ de __________ de ____.
p. P. __________
OAB/UF _____
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. __________, RG nº __________, CPF nº __________;
2. __________, RG nº __________, CPF nº __________.
Serve para Serve para impugnar as decisões interlocutórias do art. 581 do CPP.
13
serão processados e não provido o presente recurso
(Requerimento acerca das contrarrazões).
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
QUEIXA-CRIME (7%)
DOS FATOS
Narrar os fatos de forma detalhada e objetiva, sem discutir teses.
DO DIREITO
▪ Demonstrar a autoria/participação;
▪ Demonstrar a materialidade delitiva:
▪ Indicar que a conduta do(a) querelado(a) configura o crime de
ação penal privada;
▪ Mostrar o tipo penal imputado (mencionar o artigo de lei)
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▪ Demonstrar que a conduta do(a) Querelado(a) se adequa
inequivocamente a tipificação feita;
▪ Mostrar dolo/culpa do(a) querelado(a);
▪ Demostrar eventuais agravantes, qualificadoras ou demais
causas de aumento de pena, incidência de concurso
formal/material (se houver).
DO PEDIDO
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Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Nome do(a) advogado(a)
OAB XXXXXX
ROL DE TESTEMUNHAS:
Prazo _
DOS FATOS
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encontrado, logo depois da prática do crime, em seu poder quaisquer
instrumentos, armas ou objetos que o ligassem a tal prática delitiva.
DO DIREITO
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Por fim, em caráter subsidiário e apenas por cautela, vale ressaltar
que no caso em comento não existe a possibilidade de ser decretada
a prisão preventiva do requerente, inexistindo quaisquer das
hipóteses que autorizariam a prisão preventiva, configurando-se
evidente a impossibilidade de manutenção do requerente, no
cárcere, a qualquer título.
DO PEDIDO
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Prazo 5 dias (Súmula 700 do STF: É de cinco dias o prazo para interposição
de agravo contra decisão do juiz da execução penal.
(linhas)
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_______________, já qualificado nos autos do processo-crime nº
_________ (se fornecido), às folhas ( ), por meio de seu advogado e
procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem
respeitosamente a presença de Vossa Excelência, inconformado com a
respeitável decisão de folhas ( ), que ___________ (conteúdo da decisão)
interpor tempestivamente, com fundamento no art. 66, inciso ____ c/c
art. 197 da Lei 7210/84, recurso de
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Pelos fatos e fundamentos jurídicos que se seguem nas razões anexas:
Termos em que,
Pede-se deferimento.
Cidade, ___/___/___
__________________________
Advogado
OAB/___, nº___
19
Origem: ____
Processo nº:______
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Doutos Julgadores
I- DOS FATOS
(...)
II - DO MÉRITO
(...)
III - PEDIDO
_____________________________
Advogado
OAB/__, nº___.__.
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REVISÃO CRIMINAL (4%)
Endereçamento:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
Modelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE__________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ____ REGIÃO (Crimes da Competência da
Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Identificação
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil,
profissão, portador da Cédula de Identidade número _______________,
expedida pela ________________inscrito no Cadastro de Pessoa Física do
Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a
este instrumento, vem oferecer
REVISÃO CRIMINAL
com fundamento no art. 621 (indicar inciso correspondente), do Código de
Processo Penal, não se conformando com a sentença ________________
(indicar o tipo da sentença), já transitada em julgado, conforme certidão em
anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas.
1. Dos Fatos.
Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição da revisão
criminal.
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o
seguinte teor:
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“A respeitável decisão proferida merece ser rescindida pelos motivos de
fato e direito a seguir aduzidos.”
2. Do Direito.
Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz para depois
mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento da
Revisão Criminal.
3. Do Pedido.
Deve-se fazer o pedido pleiteando o deferimento do pedido revisional e
a reforma da decisão (indicando qual é o tipo de reforma que se quer nos
termos do art. 626 do CPP – absolvição; desclassificação; diminuição da
pena; anulação da sentença).
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data
Advogado, OAB
22
DIREITO PENAL
Estamos nessa etapa final do estudo. Nessa semana se faz mais que
necessário uma revisão aos pontos essenciais para a sua aprovação. Dessa forma,
preparei, em conjunto com a equipe de conteúdo, um resumo direcionado no que
penso que é primordial para que um aluno de segunda fase leve para a prova a
segunda fase da OAB.
1. TEORIA DO DELITO
CULPABILIDADE
(26/28, CP)
•Capacidade de
ANTIJURIDICIDADE compreender o
(24/25, CP) ilícito
•Estado de •Possibilidade de
Necessidade conhecer a
•Legitimidade Defesa proibição (art.21,
•Estrito cumprimento CP)
TIPICIDADE
do dever legal •Exigibilidade de
•Ação + Resultado •Exercício Regular do fidelidade do
•Nexo Causal Direito direito (art.22, CP)
•Conditio sine qua •Consentimento do
non Ofendido
•Omissivos (dever)
•Objetiva
•Formal =
Adequação típica
•Material =
Resultado
naturalístico
•Subjetiva
•Dolo
•Direto
•Indireto
•Culpa
•Consciente
•Inconsciente
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1.1. Conceito Analítico de Crime
Ao revisar o estudo da teoria do delito devemos lembrar tecnicamente,
segundo o conceito analítico de crime, a fórmula:
1.2. Tipicidade:
O estudo da tipicidade deve ser analisado desde o momento que o agente
pratica uma ação provocando um resultado, na verdade, sendo mais técnico, a
partir de uma conduta racional dirigida a uma finalidade. Excluem-se, dessa forma,
os atos reflexos, a coação física irresistível e a hipnose ou sonambulismo.
Caso reste clara a relação entre a ação e o resultado o candidato terá base
para responder que o agente seria responsável por aquela conduta, quanto a esse
assunto cabe a revisão do artigo 13 do código penal.
24
inobservância do dever de cuidado pode caracterizar uma imprudência,
negligência ou imperícia.
Consumação e Tentativa
Crime consumado Art.14, I, CP.
Crime tentado Art.14, II, CP.
Desistência Voluntária Art.15, primeira parte, do código penal.
Arrependimento eficaz Art.15, segunda parte, do código penal.
Arrependimento posterior Art.16, do código penal.
Crime impossível Art.17, do código penal.
1.3. Antijuridicidade:
a) Estado de Necessidade:
Art.24, CP – Estado de necessidade que pratica o fato
▪ Para salvar
▪ De perigo atual
▪ Que não provocou por sua vontade
▪ Nem poderia de outro modo evitar
▪ Direito próprio ou alheio
▪ Cujo Sacrifício
▪ Não era razoável de exigir
Art.25, CP – Age em legítima defesa:
▪ Usando moderadamente
▪ Dos meios necessários
▪ Repele
▪ Injusta agressão
▪ Atual ou iminente
▪ A direito seu ou de outrem
Existem pessoas que ao cometer o que a lei manda comete fatos típicos.
EX: carcereiro que priva alguém da sua liberdade, sequestro, comete todos os
elementos só que não só a lei autoriza, a lei manda esse é o trabalho dele; oficial
que pega bens do sujeito que pega bens para penhora, ela não furta porque ele
está agindo em estrito cumprimento do dever legal.
25
Caso na hora de executar o carcereiro privar o preso da liberdade ele está
em estrito cumprimento do dever legal agora caso ele realizar uma lesão corporal
o carcereiro responderá por este ato.
Então estrito cumprimento dever legal são hipóteses que ao cumprir o seu
dever você realizar um ato típico.
Aquele que está autorizado a praticar um ato, reputado pela ordem jurídica
como o exercício de um direito, age licitamente.
Exemplo: sujeito que pula no muro da minha casa que estava com cacos de
vidro estou protegendo meu patrimônio.
1.4. Culpabilidade
Elementos da a) Imputabilidade
culpabilidade b) Potencial consciência da ilicitude
c) Exigibilidade de conduta diversa
Causa supralegal de
exclusão de Inexigibilidade de conduta diversa
culpabilidade
26
2. ITER CRIMINIS
É o “caminho do crime”. É todo o processo pelo qual o agente passa quando decide
cometer um crime. A doutrina entende que 5 (cinco) são as fases do iter criminis:
27
resultado naturalístico, e não basta praticar a conduta, é necessário que o
resultado ocorra.
Crime Tentado
Tentativa
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Tentativa Perfeita
• A tentativa perfeita está próxima do resultado. O sujeito
esgotou o plano delitivo, mas o crime não se consumou.
Tentativa Imperfeita
• O agente não consegue consumar o plano por motivos
alheios à sua vontade (ex.: é interrompido pela polícia)
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Alguns crimes não podem ser tentados por uma questão lógica
Desistência do Crime
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Crime Impossível
É uma forma sui generis da tentativa. O código menciona que não se pune a tentativa
quando por ineficácia absoluta do meio (o meio que você resolveu matar o sujeito é
absolutamente ineficaz) ou por absoluta impropriedade do objeto (dar um tiro no
morto).
Exemplo: Não dá para uma senhorinha ameaçar o Anderson Silva dizendo que “vou ter
uma porrada”, o meio seria totalmente ineficaz para ameaçar o Anderson Silva.
A opção política criminal nesses casos foi de punir zero porque não há bem jurídico a
ser lesionado porque o objetivo é improprio, o meio era ineficaz.
3. ERRO
Em Direito Penal, o erro pode ser entendido como uma falsa percepção da
realidade. Duas são as modalidades de erro: erro de tipo e erro de proibição.
No erro de tipo essencial (art. 20, caput, CP), o agente, por uma má compreensão
dos eventos que o circundam, acaba por praticar os atos previstos em um
determinado tipo penal, sem entender que está incorrendo em crime. Exemplo
clássico é o do indivíduo que subtrai coisa alheia pensando estar pegando seu
próprio bem.
Esta modalidade de erro afasta o dolo, posto que o indivíduo não pode querer ou
assumir o risco sem consciência real de sua conduta. Porém, caso o erro decorra
de falta de cuidado, o erro será evitável e o agente deverá responder pelo crime a
título de culpa, caso haja previsão legal.
30
3.2. Erro de proibição
O art. 21, CP traz a figura do erro de proibição, que se dá quando o agente comete
um crime sem saber que se trata de um ato ilícito. Neste caso, o agente tem o
intuito de realizar sua conduta, porém não sabe que é uma conduta proibida
penalmente.
O art. 20, § 1º, traz a figura das descriminantes putativas, que se dão quando o
indivíduo, acreditando estar amparado por uma das hipóteses excludentes de
ilicitude (art. 23, CP), pratica a conduta tida como crime com dolo.
31
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO DESCRIMINANTES
PUTATIVAS
Art. 20, CP Art. 21, CP Art. 20, § 1º, CP
Exclui a tipicidade Incide na culpabilidade. Podem ocorrer por erro
formal. Atua no tipo Atua na potencial de tipo permissivo ou de
subjetivo, excluindo o consciência de ilicitude proibição indireto.
dolo
- Inevitável: exclui o dolo
- Inevitável: isento de - Inevitável: isenta o
e a culpa pena. Não tinha agente de pena.
consciência da ilicitude, e
- Evitável: Há culpa, nem poderia ter. - Evitável: responderá
derivada de um por culpa se houver
descuido. Não há dolo - Evitável: diminui a pena previsão de modalidade
em 1/6 a 1/3. O agente dolosa na lei.
pratica o fato sem saber
que é crime, mas poderia
saber.
1) Erro quanto ao objeto material: O agente pretende atingir um bem e acaba por
atingir outro. Se a coisa tiver as características necessárias para o crime, o agente
responderá pelo ilícito praticado.
2) Erro quanto à pessoa (art. 20, § 3º, CP): Pode ocorrer nos crimes cujo objeto
material seja a pessoa. O agente, visando atingir uma pessoa, acaba atingindo
outra por confusão. Neste caso, o agente responderá como se tivesse cometido o
crime contra quem visava atingir (ex: mãe de recém-nascido que, sob efeito do
estado puerperal, tenta matar o próprio filho, mas mata outra criança por engano.
Responderá a mãe por infanticídio.)
3) Erro na Execução (aberratio ictus – art. 73, CP): Trata-se de erro ou acidente no
emprego dos meios executórios. O agente, pretendendo atingir uma pessoa, por
acidente acaba atingindo pessoa diferente. O agente, neste caso, responderá
como se tivesse praticado o crime contra quem queria. Caso atinja a pessoa
pretendida e um terceiro, responderá por ambos os crimes (um crime doloso e um
culposo) em concurso formal próprio.
4) Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis – art. 74, CP): Por erro ou
acidente no emprego dos meios executórios, o agente atinge bem jurídico diverso
do pretendido. O agente, neste caso, responderá culposamente pelo resultado
diverso. Se o agente atingir também o bem que pretendia, responderá por ambos
os crimes em concurso formal próprio.
32
5) Erro sobre o nexo causal (aberratio causae): Temos aqui duas hipóteses
possíveis: (i) o agente pratica uma conduta visando um resultado, mas obtém o
resultado pretendido por meio de uma causa diversa da esperada, mas por ele
também desencadeada. Responderá o agente pelo crime consumado,
independentemente do motivo do resultado; e
3.6. Síntese
Incriminador
Essencial
Permissivo
Sobre a pessoa
Erro de tipo
(art. 20, CP)
Sobre o objeto
Sobre o objeto
material
Erro
Acidental Aberratio ictus
Sobre a Execução
4. PRESCRIÇÃO
33
É contada a partir do máximo de pena em abstrato cominada ao crime, observados
os parâmetros do art. 109 do CP. Esses prazos são observados tanto nas penas
privativas de liberdade quanto nas restritivas de direitos.
A doutrina majoritária entende que as causas de aumento de pena devem ser
consideradas para definir a pena máxima em abstrato e, consequentemente, o
prazo prescricional, exceto nos casos de concursos de crimes, onde a extinção de
punibilidade e prescrição são analisadas separadamente para cada crime.
Importante lembrar ainda os dizeres do art. 110, § 1º, CP: “A prescrição, depois da
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de
improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma
hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa”.
Para esta modalidade de prescrição, regulada pelo artigo 110, § 1º, CP, a
prescrição somente retroage nos períodos entre os marcos de interrupção de
prescrição (p. ex,: entre o recebimento da denúncia e a publicação de sentença
penal recorrível).
34
4.4. Prescrição da pretensão executória (PPE)
35
4.6. Causas interruptivas e suspensivas da prescrição
As causas suspensivas da prescrição são aquelas que suspendem o curso dos prazos
processuais por um período determinado e, quando findas, retoma-se a contagem
do prazo de onde havia parado. No Código Penal, estão previstas no artigo 116
do CP (muito embora a redação do artigo diga “causas impeditivas”).
4.7. Observações
4) a pena de multa prescreve em: I – dois anos, quando for a única cominada ou
aplicada; e II – no mesmo prazo para prescrição da pena privativa de liberdade,
36
quando a multa foi alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente
aplicada (v. art. 114, CP).
Sujeitos do delito:
a) Sujeito ativo: A morte extingue a personalidade jurídica
O corpo pode ser doado ou até vendido para faculdades
de medicina, pois houve o término da vida humana
biológica.
b) Sujeito passivo: Sujeito passivo vem identificado pelo
elementar “alguém”, que é qualquer pessoa (ser vivo
nascido de mulher).
Tipo Objetivo
- O núcleo do tipo é indicado pelo verbo “matar”, que
significa eliminar, ceifar, tirar a vida de pessoa humana.
- Se há fato típico, antijuridicidade e culpabilidade, há
crime.
37
Homicídio Qualificado
= § 2º - Pena de reclusão de 12 a 30 anos. Temos formas
subjetivas e objetivas ligadas aos motivos e meios de
execução.
Possibilidade de Cumulação de qualificadoras
Não se cumulam qualificadoras subjetivas. É possível, no
entanto, a cumulação de objetivas ou de uma subjetiva e
uma ou mais objetivas.
38
Art. 124 - 2ª parte
Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento
Art. 129 do CP
Lesão corporal
Conceito de Lesão corporal
É crime de dano, ataque, enfrentamento do bem jurídico.
Objetividade jurídica
Incolumidade física e saúde, física e mental.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa pode praticar lesão corporal. É crime
comum, unisubjetivo, admite concurso de pessoa em
todas as modalidades.
Sujeito passivo
Qualquer pessoa pode ser vítima (ser humano vivo).
Tipo objetivo
O verbo é o ofender, empregado como lesar, causar mal,
macular a integridade física. Vide tipo objetivo do art. 121
(tudo o que vimos no homicídio cabe aqui – crime livre,
instantâneo, material, etc.).
Tipo subjetivo
Admite forma: doloso, culposa e preterdolosa.
39
6. CRIMES O PATRIMÔNIO
Classificação Doutrinária
Crime comum, material, doloso, de dano, de forma livre,
comissivo em regra, instantâneo ou permanente,
unissubjetivo, plurrisubsistente, não transeunte e admite
tentativa. Entendemos exequível o cometimento de furto
por omissão.
Tipo objetivo
Subtrair significa retirar, pegar coisa alheia móvel, ou seja,
qualquer objeto ou substância corpórea que tenha valor
econômico e que possa ser removida, destacada ou
deslocada de um lugar para o outro.
Tipo Subjetivo
O tipo requer dois elementos subjetivos: o primeiro dolo
do agente é genérico, a vontade livre e consciente de
subtrair coisa alheia móvel. O segundo exige uma
finalidade especial, o dolo específico, o fim de assenhorar-
se da coisa em definitivo, contido na expressão "para si ou
para outrem" (animus furandi).
Consumação
Ocorre no momento em que o agente tem a posse
tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo. Consuma-
se quando a coisa sai da esfera de disponibilidade e de
proteção da vítima e ingressa na disponibilidade do sujeito
ativo.
Tentativa
Crime material, exigindo assim o resultado naturalístico, a
tentativa é perfeitamente admissível na hipótese de o
agente não conseguir subtrair a coisa por circunstâncias
alheias à sua vontade. Também caracteriza a tentativa na
hipótese de ser perseguido pela polícia e preso logo após
a subtração
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Art. 156, CP.
Cassificação Doutrinária
Crime próprio, de dano, material, não transeunte,
instantâneo, comissivo ou omissão impróprio,
unissubjetivo, plurissubsistente, de forma livre e admite
tentativa.
Sujeito Ativo
É somente o condômino, coerdeiro ou sócio. Trata-se de
crime próprio que se comunica em caso de concurso de
pessoas.
Sujeito Passivo
Furto de coisa Pode ser o condômino, o coerdeiro, o sócio, ou ainda um
comum terceiro quem detém legitimamente a coisa
Objeto Material:
A conduta recai sobre a coisa subtraída. É o que incide,
por exemplo, o proprietário de um apartamento que
subtrai da área comum de um prédio um relógio de
parede.
Objeto Jurídico:
Tutela-se a propriedade ou a posse legítima.
Tipo Objetivo
A conduta consiste em subtrair, que tem o significado de
retirar, pegar coisa comum de quem legitimamente a
detém, isto é, a coisa que pertence não apenas ao agente,
mas também a outras pessoas.
Tipo Subjetivo
É o elemento específico do tipo, dolo específico dos
clássicos, consubstanciado na expressão para si ou para
outrem, qual seja, a finalidade de assenhoraremos da coisa
comum.
Consumação
Ocorre quando a coisa comum sai da esfera de proteção
do sujeito passivo. Passa o agente a ter posse tranquila da
coisa comum, ainda que por pouco tempo.
Tentativa
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Quando a coisa comum não sai da esfera de
disponibilidade do ofendido por circunstâncias alheias à
vontade do condômino, herdeiro ou sócio.
Ação Penal
O crime é de ação pública condicionada. Somente se
procede mediante representação do ofendido. Infração de
menor potencial ofensivo sujeita as normas da Lei nº
9.099/1995.
Classificação Doutrinária
Crime comum, material, instantâneo, de forma livre, de
dano, unissubjetivo, comissivo ou omissivo impróprio,
plurissubsistente, complexo e admite tentativa.
Sujeito Ativo:
Qualquer pessoa.
Objeto Material:
A conduta criminosa recai sobre a pessoa e coisa alheia
móvel.
Objeto Jurídico
A lei tutela o patrimônio (posse e propriedade), a vida, a
integridade física, a saúde e a liberdade pessoal, daí ser
considerado crime complexo em que são conjugados
emprego de violência ou ameaça e a subtração
patrimonial.
Tipo Objetivo
O tipo refere-se à subtração de coisa móvel alheia, mas é
acrescido pelo emprego de violência, grave ameaça ou
qualquer outro meio que reduza a possibilidade de
resistência da vítima.
Tentativa
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No roubo próprio o entendimento é pacífico no sentido de
sua admissibilidade. Ocorre quando o agente após o
emprego de violência ou grave ameaça não consegue
efetivar a subtração da coisa por circunstâncias alheias à
sua vontade nem tem a posse tranquila da coisa, ainda que
por breve tempo.
Roubo impróprio
É aquele em que o agente logo depois de subtraída a coisa
emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça a fim
de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da
coisa para si ou para terceiro.
Qualificadoras do roubo
Se a violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
reclusão, de 7 a 15 anos, além de multa; se resulta morte,
a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo de multa. Trata-
se de crime considerado qualificado pelo resultado em que
as lesões graves ou morte podem advir de dolo ou culpa.
Classificação doutrinária
Crime comum, formal ou material, de forma livre,
instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente, comissivo,
doloso, de dano, complexo e admite tentativa.
Sujeito ativo:
Qualquer pessoa
Extorsão Sujeito passivo
Qualquer pessoa. É possível a existência de dois sujeitos
passivos ao mesmo tempo; o que sofre a lesão patrimonial
e o que sofre o constrangimento. A pessoa jurídica
tambem pode ser sujeito passivo do crime.
Objeto material:
A condita delitiva recai sobre a pessoa humana e a coisa
móvel ou imóvel.
Objeto jurídico
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Tutela-se não apenas a inviolabilidade do patrimônio, mas
também a vida, a liberdade pessoal e a integridade física e
psíquica da pessoa humana.
Tipo objetivo
A conduta consiste em constranger (obrigar, forcar,
coagir), mediante violência (física: vias de fato ou lesão
corporal) ou grave ameaça (moral: intimidação idônea
explicita ou explicita que incute medo no ofendido) com o
objetivo de obter para si ou para outrem indevida (injusta,
ilícita) vantagem econômica (qualquer vantagem seja de
coisa móvel ou imóvel).
Tipo subjetivo
O tipo é composto de dolo duplo: o primeiro constituído
pela vontade livre e consciente de constranger alguém
mediante violência ou grave ameaça, dolo genérico; o
segundo exige o elemento subjetivo do tipo específico na
expressão "com intuito de".
Consumação
Discute-se na doutrina se o crime de extorsão é formal ou
material. Para os que o consideram formal, a consumação
ocorre independentemente do resultado. Basta ser idôneo
ao constrangimento imposto à vítima, sendo irrelevante a
enfeitava obtenção da vantagem econômica indevida.
Tentativa
Admite-se quer considerando o crime formal ou material.
Surge quando a vítima mesmo constrangida, mediante
violência ou grave ameaça, não realiza a condita por
circunstâncias alheias à vontade do agente. A vítima,
então não se intimida, vence o medo e denuncia o fato a
polícia.
Classificação doutrinaria
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Crime comum, doloso, formal, permanente, de dano,
plurisubsistente, de forma livre, comissivo, não
transeunte, unissubjetivo, hediondo e admite tentativa.
Sujeito ativo
Extorsão mediante Qualquer pessoa. Sujeito ativo do crime é todo aquele que
sequestro pratica qualquer conduta necessária para a obtenção do
resultado almejado durante o período consumativo do
(sequestro crime, exemplo, o vigia do cativeiro, o mensageiro, o
relâmpago) seqüestrador, o mentor do plano.
Sujeito passivo
Qualquer pessoa, consignando que, na maioria das vezes,
figuram no polo passivo o sequestrado e quem sofre a
lesão patrimônios, geralmente membro da família. A
pessoa jurídica pode ser sujeito passivo quando compelida
a pagar o valor do resgate.
Objeto material
A conduta criminosa recai sobre a pessoa humana privada
de liberdade bem como aquele que tem diminuído o seu
patrimônio.
Objeto jurídico
Tutela-se, pelo rigor falena cominada, não apenas o
patrimônio e a liberdade de locomoção do ofendido, mas
também a sua vida e a integridade física.
Tipo objetivo
A conduta gira em torno de sequestrar pessoa, isto é,
privá-la de liberdade de locomoção, arrebatá-la, com o fim
de obter vantagem de natureza econômica ou patrimonial.
A posição dominante da doutrina crê a vantagem
econômica deve ser indevida, pois do contrário haveria
sequestro em concurso formal com exercício arbitrário
das próprias razoes.
Tipo subjetivo
O tipo requer além do dolo genérico, definido como a
vontade livre e consciente de seqüestrar pessoa, o
elemento específico do tipo, o denominado dolo
específico, contido na expressão "com o fim de obter para
si ou para outrem", qualquer vantagem como condição ou
preço do resgate.
Consumação
Por tratar-se de crime formal, consuma-se com o
sequestro independentemente da vantagem patrimonial,
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isto é, a consumação opera-se no momento em que ocorre
a privação da liberdade da vítima independentemente do
efetivo recebimento do resgate. Suprimida a liberdade de
locomoção da vítima por um período relevante, além do
intuito de obter, por esse meio, qualquer vantagem
econômica, o crime está consumado.
Classificação doutrinária
Crime comum, doloso, de dano, formal (exigir) e material
(receber), instantâneo, comissivo, de forma vinculada,
Extorsão indireta unissubjetivo, unissubsistente (exigir) ou plurissubsistente
(receber) e admite tentativa.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo
Qualquer pessoa. Em regra é o devedor que entrega o
documento ao extorcionário e que pode lhe dar causa a
um procedimento criminal. Nada impede, todavia, o
surgimento de dois sujeitos passivos: o que entrega o
documento e aquele contra quem pode ser iniciado o
processo.
Objeto material
A conduta recai sobre o documento que pode dar causa a
um procedimento criminal contra o devedor, como a
confissão de um crime, a falsificação de um título de
crédito, uma duplicata fria etc.
Objeto jurídico
Tutela-se o patrimônio e a liberdade individual do
ofendido.
Tipo objetivo
A conduta consiste em exigir (obrigar, ordenar) ou receber
(aceitar) um documento que pode dar causa a
procedimento criminal contra a vítima ou terceiro. É
abusar da situação daquele que necessita urgentemente
de auxílio financeiro. Necessário para a configuração do
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delito que o documento exigido ou recebido pelo agente,
que pode ser público ou particular, se preste a instauração
de inquérito policial contra o ofendido. Não se exige a
instauração do procedimento criminal, basta que o
documento em poder do credor seja potencialmente apto
a iniciar o processo.
Tipo subjetivo
Consumação
Tentativa
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7. TEORIA DA PENA
Para aplicar a pena, utiliza-se o critério trifásico previsto no art. 68, do Código Penal.
Vejamos:
Art. 68, CP - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas
de diminuição e de aumento.
Súmula 231, STJ - A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução
da pena abaixo do mínimo legal.
Súmula 444, STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso
para agravar a pena-base.
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2ª) Fixação da Pena provisória:
Nesta fase, considerar-se-ão as circunstâncias agravantes e atenuantes (art. 61 a 67, CP),
conhecidas como circunstâncias legais. Cabe recordar, ainda, que não podem ser
consideradas duas vezes em nenhuma hipótese para não se incorrer em “bis in idem”.
1Em caso de reincidência específica em crime hediondo, o condenado não faz jus ao livramento
condicional.
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Uma questão essencial é a falta grave cometida no curso da execução da pena. Trata-se
de uma sanção administrativa aplicada na unidade carcerária. Vejamos a jurisprudência:
Súmula nº 441, STJ - A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento
condicional.
Progressão de Regime
Está pautada no art. 112, da Lei nº 7.210/84 (LEP) e art. 2º, da Lei nº 8072/90 (Lei de
Crimes Hediondos). A progressão está condicionada ao preenchimento de dois requisitos:
o subjetivo que é aferido através do mérito do apenado e o critério objetivo, que é
temporal. Quanto ao último, vejamos o esqueminha:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a 4 anos e o crime não for cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime
for culposo.
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Para efeito de reincidência não prevalece a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do
livramento condicional, se não ocorrer revogação.
Na hora da prova pense como advogado, aja como advogado e responda como
advogado! Estou na torcida! Contem comigo!
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