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Esboço Jo.

15:1-7

Princípios para Uma Vida Frutífera

Pr. Cassius Ribeiro (05-10-2014)

Título da Mensagem: Princípios para uma Vida Frutífera

Texto Base: João 13:34-35 ; 15:1-8

Introdução

Para falar de união que nos faz unidos devemos ter em conta os ensinos de Cristo.

Quando lemos João 15 divide-se em 2 grandes secções: Primeira de 1-8 e a segunda de 9-


16. Ambas as secções repetem a expressão permanecer, sendo que na primeira
permanecer na videira (Jesus e nos seus ensinos) e a segunda permanecer no amor de Jesus.
(v. 4-7, 9-10)

V.5, 16 – Apresentam o objectivo do seguidor de Jesus: ser frutífero.

V. 7, 16 – Ambas as secções relacionam esta frutificação à oração.

Ambas as secções são constituídas ao redor de uma mudança de perspectivas histórico-


salvífica, isto é, dependem de uma mudança consciente da antiga aliança para a nova
aliança.

A figura da videira em vários textos do AT refere-se a Israel (o povo de Deus).


Neste texto Israel dá lugar para Jesus (que constitui o novo povo de Deus), e sob o
impacto de uma nova relação, “servos” dão lugar a “amigos” (v.15).

A metáfora está cheia de ligações com o AT, principalmente na relação da videira com o
agricultor (Israel e Deus). Este relacionamento é descrito por obediência, amor, revelação,
perseverança, união vital, frutificação e julgamento.

Ideia Central do Texto: Jesus é apresentado como o substituto, o verdadeiro Israel de Deus,
cumprindo a promessa de restauração do seu povo e quem permanecer ligado à Ele dará frutos que
glorificam a Deus Pai.

Quero apresentar princípios para que a nossa vida seja frutífera. Creio que esse é um dos
grandes ensinos deste texto.

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Esboço Jo. 15:1-7

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João está a revelar a união dos crentes com Cristo para serem frutíferos, e de que separados
dele não podem fazer nada. Sem Cristo é impossível haver união; com Cristo é impossível
não haver união. Se não há união – não há Cristo.

Esta união (relacional) tem a origem na iniciativa divina em morrer em favor dos
homens, porém este relacionamento está repleto de amor recíproco e de obediência
dos crentes a Deus.

[Transição: Nos demais evangelhos vemos Jesus utilizando várias parábolas que
relacionam a videira com o povo de Israel. A mais conhecida é Mt. 21:33-46. Nessa
parábola havia um homem que plantou uma vinha e a arrendou a uns lavradores, e
ausentou-se. Quando chegou a altura de recolherem os frutos, ele envia seus servos até aos
lavradores. Os lavradores matam os servos. Ele volta a enviar um número maior de servos,
mas eles também os matam (Mt. 21:35-36). Por último envia seu filho dizendo: Terão
respeito por ele. Mas os lavradores também matam o filho.

O dono da vinha acabaria por entregar a vinha a outros lavradores para que esses lhe
dessem os frutos. Jesus acusa os seus ouvintes judeus e diz: “Nunca lestes nas
Escrituras… v.43 – Portanto, vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será
dado a outra nação que dê os seus frutos.” E mais. O texto diz que os sacerdotes
entenderam que Jesus estava a falar deles (v.45).

A videira no AT é um símbolo comum para Israel:

Jr. 2:21 “Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como,
pois, te tornaste para mim uma planta degenerada como vide estranha?”
Jr. 12:10 “Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu campo; tornaram em
desolado deserto o meu campo desejado.”
Os.10:1-2 “Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do
seu fruto, multiplicou também os altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram
boas as estátuas. O seu coração está dividido, por isso serão culpados; o Senhor demolirá
os seus altares, e destruirá as suas estátuas.”
O mais notável dos textos é que no contexto existe a ênfase do fracasso da videira
em produzir bom fruto, juntamente com a ameaça de julgamento de Deus sobre a
nação.

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V.1- Nesse momento, em contraste com tal fracasso, Jesus declara: “Eu Sou a videira
verdadeira”, isto é, aquela para quem Israel apontava, aquela videira que produziria bom
fruto.

Quem quiser desfrutar e ser parte da videira escolhida por Deus, deve estar correctamente
e intimamente relacionado com Jesus.

1º. Princípio para uma Vida Frutífera

Estar intimamente ligado à Jesus (videira). Ler Jo. 14:20 “Naquele dia conhecereis que estou
em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.”
Jesus falou da habitação mútua entre o crente e Ele “vós em mim e eu em vós”. Ele é a
videira; nós os ramos. A vida dos ramos provém da videira; a videira produz seus
frutos por meio dos ramos. O agricultor (Deus) não poupa nenhum dos ramos da
videira, pelo contrário Ele age em todos os ramos. Nenhuns dos ramos produtivos são
poupados. Sem dúvida o propósito do Pai é amoroso. Sua intenção é que o ramo torne-se
mais produtivo ainda – porém o procedimento pode ser doloroso.
Em Hb 12:6 “Porque o Senhor corrige o que ama”, vemos que o Senhor disciplina os seus
filhos da mesma maneira que um pai disciplina seus filhos. Tudo isso é para o bem, para
que participemos da sua santidade, Hb. 12:10 “Porque aqueles, na verdade, por um pouco
de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para
sermos participantes da sua santidade.”
A mesma poda de Deus tem como objectivo deixar na videira somente os ramos frutíferos,
pois esse é o objectivo dos ramos – dar frutos. Para que eles cresçam e dêem frutos, Deus
age na videira limpando-a, retirando todo o ramo morto para que os vivos produzam e
cresçam. Os ramos são limpos (podados) e dão frutos. A purificação dos ramos
passa-se através das Palavras de Jesus. Seus ensinamentos.

Estar intimamente ligado à videira significa estar intimamente ligado aos ensinos
de Jesus Cristo. Ele é a verdade de Deus que devemos conhecer para sermos libertos (e
conhecereis a verdade e ela vos libertará).

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Nenhum ramo tem vida em si mesmo; ele é completamente dependente, para a vida e
frutificação da videira à qual ele está ligado. Assim o ramo vivo está verdadeiramente na
videira; a vida da videira está verdadeiramente no ramo. Somente dessa maneira é que
poderemos ser ramos frutíferos “porque sem mim nada podereis fazer”. (v. 5b).

Para que a nossa união nos faça de facto unidos precisamos estar intimamente
ligados à videira.

2º Princípio para uma Vida Frutífera

Permanecer intimamente ligado à Jesus (videira). Para a produção do fruto o ramo


deve permanecer ligado à videira. É crescimento orgânico, crescimento interno, que é
dirigido pela vida pulsante da videira no ramo, e somente esse tipo de crescimento produz
o fruto.

Com a metáfora da videira atribuímos aos ramos a responsabilidade de permanecerem na


videira, porém a ideia torna-se mais clara: dependência contínua da videira, constante
confiança nela, persistência em estar na videira. A ideia é de perseverar.

Virão intempéries na vida dos ramos - sol, chuva, ventos, etc., o facto de estarem firmados
na videira, recebendo dela a seiva necessária para o seu sustento, ela resistirá e ainda dará
frutos. Assim é na vida espiritual. O crente deve estar em Jesus e permanecer firme nele,
porque virão intempéries que tentaram a todo custo arrancá-lo da videira ou fazer com que
ele deixe de produzir, contudo, se ele perseverar, irá receber o que necessita para a sua
sobrevivência e cumprir sua missão: ser produtivo.

Mas nesse momento duas perguntas devem ser respondida: Porque é importante
permanecer na videira? E como permanecer na videira?

V. 6 – Jesus diz que aqueles que não estiverem nele serão lançados fora, no fogo. Isso é a
consequência dos que não produzem os frutos (não glorificam o Pai). É uma alusão ao
julgamento divino que está reservado a todos os homens que não glorificam o Pai.

Creio que se quisermos glorificar o Pai e produzir frutos devemos permanecer em Jesus,
pois longe da videira o destino é o fogo consumidor = apartado de Jesus.

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Ou a pessoa permanece na videira e é um ramo frutífero ou é arremessado para fora e


queimado.

Mas se nosso desejo é estar com Jesus devemos saber como podemos permanecer
Nele. (ramos na videira)

A promessa de um novo coração e uma mente correcta contidas nas promessas da Nova
Aliança revelam a presença do Espírito Santo no povo da Nova Aliança, de tal maneira que
eles obedecerão o que Deus diz. Assim Deus permanece entre o seu povo com seu Espírito
e faz a sua presença conhecida neles e entre eles; eles permanecem nele por obedecer a
seus mandamentos.

V.7 – Estar em Jesus significa que suas palavras (ensinamentos) devem estar em
mim.

Segredo para permanecer em Jesus está em permanecer em seus ensinos, isso revela
obediência. Toda a próxima secção revelará que os verdadeiros discípulos obedecem as
palavras de Jesus (v. 10 – guardar os mandamentos; v. 14 – fizerdes o que vos mando).

“Se permanecerdes em mim” equivale a fazer tudo o que Jesus ordena “minhas palavras em vós”.
Essas palavras devem fixar na mente e no coração dos seguidores de Jesus de tal maneira
que a conformidade com Cristo, a obediência a Ele, torna-se a coisa mais natural do
mundo.

3º Principio para uma Vida Frutífera

Todas as nossas atitudes devem glorificar a Deus. Permanecer nos ensinos de Jesus
revela obediência, mas também requer perseverança. É interessante que o relacionamento
entre os verdadeiros seguidores de Jesus é tão intenso que as orações estão em sintonia
com a vontade do Pai. Por isso Jesus disse: “o que pedirem vos será feito”. O ramo produtivo,
isto é, o crente que está em Cristo e permanece Nele, obedecendo seus ensinos, suas
orações serão respondidas porque elas são da vontade de Deus. Através dessa vida de
oração – O Pai é Glorificado.

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Conclusão

Enfim Jesus quer que sejamos crentes produtivos. Ele está a nos limpar e moldar segundo
os padrões de seus ensinos. Esse processo pode ser doloroso, porém com perseverança e
obediência os frutos aparecerão. Eles serão o resultado da nossa relação com o Senhor
(pelos frutos os conhecereis), e o Pai é Glorificado.

Em resumo os cristãos devem lembrar que o fruto que vem da sua união obediente
a Cristo tem como objectivo – declará-los como discípulos (ramos produtivos) e
trazer a glória de Deus. A ausência do fruto é um pré-anuncio do fogo (v. 6), como
também não dá glória a Deus.

Se o nosso desejo é sermos unidos devemos fazer uma auto-análise e perguntar:

1. De que maneira estou intimamente ligado à videira?


2. Até que ponto considero-me íntimo de Cristo?
3. Como as minhas atitudes têm glorificado a Deus?

Você pode responder hoje a essas perguntas da seguinte maneira:

1. Considero-me intimamente ligado a Cristo, visto que estou comprometido


com a sua igreja.
2. Considero-me íntimo de Jesus porque procuro sempre participar nas
atividades da minha igreja.
3. As minhas decisões procuram agradar a Deus.

Mas se você não consegue amar o seu irmão que vê, como poderá dizer que és
íntimo de Cristo, que permanece Nele e que tens procurado glorificar o Seu nome,
mas se não cumpre o ensino de Jesus:

1 João 4:19-21

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