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15/01/2019 Conheça o decreto de armas de fogo na íntegra – Terça Livre TV

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Conheça o decreto de armas de fogo na


íntegra
 5 horas atrás  Ricardo Roveran  5.305 Visualizações

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DECRETO DE 2019

Altera o Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, que regulamenta a Lei nº 10.826, de 22


de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e
munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM e de ne crimes.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de
2003, DECRETA:

Art. 1º O Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 12.

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VIII – na hipótese de residência habitada também por criança, adolescente ou pessoa com
de ciência mental, apresentar declaração de que a sua residência possui cofre ou local seguro
com tranca para armazenamento.
       

§ 1º Presume-se a veracidade dos fatos e das circunstâncias a rmadas na declaração de efetiva


necessidade a que se refere o inciso I do caput, a qual será examinada pela Polícia Federal nos
termos deste artigo.

§ 7º Para a aquisição de armas de fogo de uso permitido, considera-se presente a efetiva


necessidade nas seguintes hipóteses:

I – agentes públicos, inclusive os inativos:

a) da área de segurança pública;


b) integrantes das carreiras da Agência Brasileira de Inteligência;
c) da administração penitenciária;
d) do sistema socioeducativo, desde que lotados nas unidades de internação a que se refere o
inciso VI do caput do art. 112 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; e
e) envolvidos no exercício de atividades de poder de polícia administrativa ou de correição em
caráter permanente;

II – militares ativos e inativos;

III – residentes em área rural;

IV – residentes em áreas urbanas com elevados índices de violência, assim consideradas aquelas
localizadas em unidades federativas com índices anuais de mais de dez homicídios por cem mil
habitantes, no ano de 2016, conforme os dados do Atlas da Violência 2018, produzido pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública;

V – titulares ou responsáveis legais de estabelecimentos comerciais ou industriais; e

VI – colecionadores, atiradores e caçadores, devidamente registrados no Comando do Exército.

§ 8º O disposto no § 7º se aplica para a aquisição de até quatro armas de fogo de uso permitido
e não exclui a caracterização da efetiva necessidade se presentes outros fatos e circunstâncias
que a justi quem, inclusive para a aquisição de armas de fogo de uso permitido em quantidade
superior a esse limite, conforme legislação vigente.

§ 9º Constituem razões para o indeferimento do pedido ou para o cancelamento do registro:

I – a ausência dos requisitos a que se referem os incisos I a VII do caput; e

II – quando houver comprovação de que o requerente:

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a) prestou a declaração de efetiva necessidade com a rmações falsas;


b) mantém vínculo com grupos criminosos; e
c) age como pessoa interposta de quem não preenche os requisitos a que se referem os incisos I
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a VII do caput.

§ 10. A inobservância do disposto no inciso VIII do caput sujeitará o interessado à pena prevista
no art. 13 da Lei nº 10.826, de 2003.” (NR)

“Art. 15

Parágrafo único. Os dados de que tratam o inciso I e a alínea “b” do inciso II do caput serão
substituídos pelo número de matrícula funcional, na hipótese em que o cadastro no SIGMA ou no
SINARM estiver relacionado com armas de fogo pertencentes a integrantes da Agência Brasileira
de Inteligência.” (NR)

“Art. 16.

§ 2º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do caput do art. 12 deverão ser


comprovados, periodicamente, a cada dez anos, junto à Polícia Federal, para ns de renovação
do Certi cado de Registro.

” (NR)

“Art. 18

§ 3º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do caput do art. 12 deverão ser


comprovados, periodicamente, a cada dez anos, junto ao Comando do Exército, para  ns de
renovação do Certi cado de Registro.

§ 5º Os dados de que tratam o inciso I e a alínea “b” do inciso II do § 2º serão substituídos pelo


número de matrícula funcional, na hipótese em que o cadastro no SIGMA ou no SINARM estiver
relacionado com armas de fogo pertencentes a integrantes da Agência Brasileira de Inteligência.”
(NR)

“Art. 30.

§ 4o As entidades de tiro desportivo e as empresas de instrução de tiro poderão fornecer a seus


associados e clientes, desde que obtida autorização especí ca e obedecidas as condições e
requisitos estabelecidos em ato do Comando do Exército, munição recarregada para uso
exclusivo nas dependências da instituição em provas, cursos e treinamento.” (NR)

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“Art. 67-C. Quaisquer cadastros constantes do SIGMA ou do SINARM, na hipótese em que


estiverem relacionados com integrantes da Agência Brasileira de Inteligência, deverão possuir
exclusivamente o número de matrícula funcional como dado de quali cação pessoal, incluídos os
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relativos à aquisição e à venda de armamento e à comunicação de extravio, furto ou roubo de
arma de fogo ou seus documentos.” (NR)

Art. 2º Os Certi cados de Registro de Arma de Fogo expedidos antes da data de publicação deste
Decreto cam automaticamente renovados pelo prazo a que se refere o § 2º do art. 16 do
Decreto nº 5.123, de 2004.

Art. 3º Para ns do disposto no inciso V do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro


de 2003, consideram-se agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência os servidores
e os empregados públicos vinculados àquela Agência.

Art. 4º Fica revogado o § 2º-A do art. 16 do Decreto nº 5.123, de 2004.

Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, de de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

VERSÃO 5 D- ALT DEC Nº 5.123-04, SOBRE DESARMAMENTO (L3)

Sobre o Autor

Ricardo Roveran
Estudante de artes, loso a e ciências. Jornalista, crítico de arte e escritor.
Escrevo por amor e nas horas vagas salvo o mundo.

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Júlio César
15 de janeiro de 2019 às 14:41

Sugestão: A equipe poderia publicar por escrito as análises sobre as notícias do dia. Um exemplo
seria uma análise desse decreto.

Francisco Almeida

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15 de janeiro de 2019 às 14:59

É um avanço mas ainda estamos muito


 longe
 da
 liberdade
  que
 precisamos. 

Rafael Souza
15 de janeiro de 2019 às 15:36

Infelizmente, ainda com restrição de calibre!!!!!

George Freire Branco


15 de janeiro de 2019 às 15:56

É menos pior do que antes, mas está longe de ser razoável, o que dirá ser ideal. Cofre? Até abrir o
cofre o ladrão já entrou e foi embora, além do mais qualquer ladrão que ver um cofre achará que
tem jóias e dinheiro. Caso a pessoa que seja vítima não saiba a combinação ou será torturada para
dizer ou cará refém até que outro morador chegue em casa.

José Dias
15 de janeiro de 2019 às 15:57

Não cou nem como era antes do ESTATUTO DO DESARMAMENTO,melhorou mas esta muito longe
do prometido e ideal.

Adriano
15 de janeiro de 2019 às 15:59

Bolsonaro devia ter conversado com Bené Barbosa sobre o assunto…

Alisson
15 de janeiro de 2019 às 16:06

Já foi um começo, e isso é o que importa. Na política, faz-se o que é possível, e não o que é ideal.

Ismael Silva
15 de janeiro de 2019 às 16:08

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Esperava
 mais sobre este decreto, cou
 um
 pouco
 mais 
 fácil de adquirir armas, mas esta longe do

que eu pensei que fosse.

Jeiel França
15 de janeiro de 2019 às 16:27

Para começo de mandato está ótimo. Fizeram algo que era impensado nos governos socialistas.
Quanto ao cofre, treine um procedimento de abertura rápida. Mas lembre-se que é somente para
quem tem incapazes (juridicamente falando) em casa.

Paulo Sérgio
15 de janeiro de 2019 às 16:29

Poderia ter feito muito mais. Por exemplo:


1) Se a lei fala em avaliação psicológica então deixe qualquer psicólogo fazer a avaliação, mas no
decreto tem que ser psicólogo credenciado na PF, consequentemente ca mais caro e mais
demorado.
2) Se a lei fala em comprovar capacidade técnica e o decreto fala que além de comprovar tem que
ser periódico, logicamente aumentou a di culdade.
3) Sobre cofre, a lei nem fala nada, mas colocaram no decreto.
E quem mora no interior? Porque não protocolar o processo via internet? Eta Brasil difícil.

Jeiel França
15 de janeiro de 2019 às 17:28

Alguém sabe como cará o Art. 21, § 2o do decreto?

“Os acessórios e a quantidade de munição que cada proprietário de arma de fogo poderá adquirir
serão xados em Portaria do Ministério da Defesa, ouvido o Ministério da Justiça.”

Atualmente, são 50 cartuchos por ano, apenas…

Leonardo
15 de janeiro de 2019 às 17:30

A título de curiosidade: existiu alguma unidade federativa com índice anual de menos de dez
homicídios por cem mil habitantes no ano de 2016? MG fechou 2018, se não estou enganado, com
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o menor índice em 7 anos: 18,1!

       

Leonardo
15 de janeiro de 2019 às 18:02

1) O texto é claro: você não precisa de cofre! Antes do decreto, muitos a rmaram que isso seria
requerido (o que obviamente, sob certo aspecto, soaria incoerente com o argumento “defesa
pessoal”). Entretanto o texto não impõe nada; ele apenas ALERTA para “local seguro com tranca”,
fazendo uso de uma declaração para isso, o que eu acho até bastante razoável. 2) O decreto é
tecnicamente bastante limitado ainda, mas politicamente sob medida, penso eu. Se formos car
querendo o ideal ou mesmo o muito bom logo no 15º dia de governo, correremos um sério risco de
darmos um tiro no pé. E às vezes, um tiro no pé faz mais estrago que um tiro no peito (o PT que o
diga!). Cobrar sim, mas consciente do aparelhamento que ainda temos, inclusive desse judiciário
maluco. 3) Creio que questões técnicas ainda serão muito melhoradas em curto prazo, sem falar
nos custos e acesso aos exames que tenderão a car mais acessíveis com o tempo, além do preço
das próprias armas, acredito muito.

Gian
15 de janeiro de 2019 às 19:20

Ainda extremamente restrito!…………talvez seja dedo do Moro!………..

De qualquer forma esperava muuuuito mais desse decreto mas fazer o quê?.!……já é um avanço,
mesmo que ainda muito mitigado!……..

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