Professional Documents
Culture Documents
E ÓPERA
INTRODUÇÃO
1
(UNIVERSIDAD NACIONAL DE TUCUMÁN/ANHANGUERA/UNIOESTE)- cj_lopez2@hotmail.com
caracterizam-se pela mistura de diferentes estilos literários e musicais, considerados por muito
tempo como antagônicos. Para isso, torna-se necessário o estudo das obras, ou seja, Monte
Castelo (CD As quatro estações 1989), I can´t get no satisfaction (CD Edson Cordeiro 1992),
Inconsciente colectivo (CD Como um pájaro libre 1983).
Investigar sobre essa confluência significa buscar por raízes que remontam às origens
da fusão entre literatura e música e, assim, compreender a função social que essa sempre teve
ao longo da nossa história.
DESDE AS ORIGENS
Al promediar los años 50, la expresión rock and roll se impone en el ámbito
de la música popular norteamericana y en seguida se exporta a todo el
mundo. Una exportación lingüística revelaría escasa novedad en las voces
combinadas de rock y roll, pero el maridaje tiene una carga explosiva. A
poco de andar, salta a la vista que aquello está protagonizado por jóvenes
que cantan y tocan para jóvenes. […] Pero no se trata sólo de juventud. Si
nos atenemos a los informes sociológicos de aquellos años (Passerini:
1996), el joven norteamericano promedio es conservador y apático. […] El
rock and roll, en cambio, es rebelde. (PUJOL, 2007, p. 15).
O espírito contestador do Rock esteve presente desde sua concepção, abrangendo uma
faixa etária própria da juventude que, ainda hoje, prima por este estilo musical. Além disso, o
autor destaca que pouco depois do seu nascimento, este estilo musical se expandiria para o
mundo todo, chegando, assim, a formar a grande cultura desta música que é conhecida hoje.
O Rock chegou a se diversificar das mais variadas formas, incorporando elementos de
outras áreas e estilos de música. Nesse sentido Pujol menciona, como exemplo, o rock
“Sinfônico”. O autor comenta que
[…] los pastiches eruditos del rock abundan y los críticos se han dedicado a
descubrirlos, como en un juego: la ‘Suite en re mayor’ de Bach en ‘A whiter
shade of pale’ de Procol Harum; el ‘Boureé’ de la ‘Suite en mi menor’ –
otra vez Bach, un favorito – en el tema homónimo de Jethro Tull; el
completo Cuadros de una exposición de Mussorsky grabado por Emerson,
Lake & Palmer, una de las Gymnopedie de Satie en versión de Blood, Sweat
& Tears. (PUJOL, 2007, p. 106).
Percebe-se que a música erudita é acolhida por aquela que há duas décadas fazia-lhe
frente, desenvolvendo, desse modo, um novo conceito dentro do Rock. Contudo, a música do
rock que se estendeu ao longo do globo, foi assimilada pelas diferentes culturas que a sua vez
criaram produções com características próprias. Tal é o caso da canção “I Can't Get No
Satisfaction” da banda de rock inglês The Rolling Stones, lançada em 1965. Essa canção teve
uma versão interpretada pelo brasileiro Edson Cordeiro, em parceria com a cantora Cassia
Eller. Tal produção musical mistura em sua composição, partes da ária da Rainha da Noite da
ópera Die Zauberflöte (1791), em português A Flauta Mágica. Vejamos, abaixo, como nessa
nova versão, as duas obras formam um conjunto harmônico que, na interpretação dos artistas
brasileiros, adquire ainda uma tonalidade especial:
2
Esa banda lanzó su primer disco en 1985 y la canción “Monte Castelo” hace parte del trabajo “As quatro
estações”, de 1989, por la grabadora EMI Music.
tantas possibilidades de leitura do texto poético/artístico e musical demonstram como é
significativa essa conjunção entre as artes e os diferentes gêneros textuais na
contemporaneidade. E é nesse contexto atual de mutuas relações entre literatura e outras artes
que a afirmação de Julia Kristeva (1974,176) de que “todo texto se arma como um mosaico de
citações; todo texto é a absorção e transformação de outro texto” gana seu sentido, revelado
em produções como nessa canção “Monte Castelo”.
Para a seguinte análise valemo-nos da canção “Inconsciente colectivo”. Esta é uma
reconhecida música do rock argentino, composta pelo músico Charly García, que foi gravada
pela primeira vez no ano de 1982. Tal obra pertence ao álbum “Yendo de la cama al living”, e
destaca-se que esta produção foi considerada como um dos melhores disco do rock argentino,
pela revista “Rolling Stone”. A estreia da “Inconsciente colectivo” foi realizada em 1980. Esta
canção de García, adquire ainda mais importância pelo fato de ser cantada pela cantora
folclórica argentina Mercedes Sosa que, segundo a pesquisa, significou um fato histórico por
ter rompido com o preconceito entre a impossibilidade de misturar a música do rock com a
música folclórica argentina. A seguir mencionamos a letra da canção:
Mama la libertad,
siempre la llevarás
dentro del co - ra - zón,
te pueden corromper,
te puedes olvidar,
O fato de ter sido cantada por uma das figuras mais importante do folclore argentino
deu relevância à letra na qual o desejo de liberdade é claramente marcado, pois relembra que
o término da ditadura na Argentina estava chegando a seu final.
REFERÊNCIAS
BARTHES, R. O rumor da Língua. Trad. Mário Larangeira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
BERTI, E. Rockología:documentos de los ´80. Bs. As: Ed. Galerna. 2012.
COUTINHO, E. A reconfiguração de identidades na produção literária da América latina. IN:
CARVALHAL, T. F. Culturas, Contextos e Discursos – Limiares Críticos no Comparatismo.
Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999, p. 50-57.
GONZÁLEZ CANTOS, M. D.; SOLER FIÉRREZ, M. P.; RODRÍGUEZ MARÍN, R. Glosa
Lengua y Literatura 3. Barcelona: Ed. Vicens Vives. 1996.
HUTCHEON, L. Poética do pós-Modernismo. Trad. Ricardo Cruz; Rio de Janeiro: Imago,
1991.
MARQUES, R. Literatura Comparada e estudos culturais: diálogos interdisciplinares. IN:
CARVALHAL, T. F. Culturas, Contextos e Discursos – Limiares Críticos no Comparatismo.
Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999, p. 48-67.
NITRINI, S. Literatura Comparada, teoria e crítica. São Paulo: Edusp, 2000.
PUJOL, S. Las ideas del rock: genealogía de la música rebelde. Rosario: Ed. Homo Sapiens.
2007.