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LISTOSFERA

TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DA TERRA


 Teoria da Projeção – Buffon – a Terra teria sido formada como
resultado da colisão de um cometa com o sol, que teve uma parte
sua desprendida com o impacto.

 Teoria da Condensação - é a que prevalece na Ciência: a Terra seria


originária da condensação da matéria cósmica, inicialmente
incandescente, formando após isso uma crosta sólida pelo
resfriamento. Fala também do aparecimento da vida orgânica, logo
que a temperatura da Terra a tornou possível.

 Teoria de Incrustação - Michel de Figagnères - sustentava a


formação da Terra pela fusão de diversos satélites de um planeta
desconhecido, que foi arrebatado. A alma da Terra reuniu esses
satélites para formar o planeta atual.
BIG BANG
 1º evento: Formação da Terra há aproximadamente 4,5 bilhões
de anos – nesse período o planeta era extremamente quente,
equivalendo a uma imensa bola de fogo, não abrigando
nenhuma forma de vida.
 3º evento: com as mudanças ocorridas na temperatura do planeta,
que foi se resfriando, foi expelida do interior da Terra uma imensa
quantidade de gases e vapor de água. Esse processo fez com que os
gases formassem a atmosfera e o vapor de água favoreceu o
surgimento das primeiras precipitações; assim, um longo tempo de
chuva ocasionou a formação dos oceanos primitivos.
 4º evento: A formação dos oceanos foi fundamental para o
surgimento da vida no planeta, pois a origem da vida veio do meio
aquático. Dessa forma, surgiram primeiramente as bactérias e algas,
além de microrganismos, isso há cerca de 3,5 bilhões de anos.
Após 1 bilhão de anos
Eras Geológicas Idades Períodos Anos Origem das Espécies
Geológicas Geológicos
Arqueozóico ou Arqueano 4.5-2 Bilhões Origem da Terra e vida unicelulares
Pré-cambriano Arcaico
4.5 BA- 570 MA
Algonquiano 2 BA-542 Milhões Protozoários, algas e invertebrados
Cambriano 542-488 Milhões Trilobitas, algas e invertebrados
Ordoviciano 488-443 Milhões Peixes, corais e plantas terrestres
Paleozóico
Siluriano 443-416 Milhões Peixes e animais aeróbicos
570 MA-225 MA Primário
Devoniano 416-359 Milhões Idade dos Peixes, Anfíbios e Florestas
Carbonífero 359-299 Milhões Idade dos Anfíbios, répteis e insetos
Permiano 299-251 Milhões Radiação adaptativa dos répteis
Triásico 251-190 Milhões Idade dos Repteis, origem dos
Mesozóico Secundário mamíferos
225 MA-65 MA Jurásico 190-136 Milhões Idade dos Dinossauros, origem das
aves
Cretácio 136-65 Milhões Origem mamíferos placentários e flores
Paleoceno 65-53 Milhões Origem dos Prosímios
Eoceno 53-35 Milhões Radiação adaptativa dos prosímios
Terciário
Oligoceno 35-25 Milhões Origem dos Antropóides
Cenozóico
65 MA-Hoje Mioceno 25-5 Milhões Origem dos Hominóides
Plioceno 5-1.75 Milhões Origem dos Hominidas
Quaternário Pleistoceno 1.7MA-10.000 AP Origem do Homo sapiens
Era Glacial Holoceno 10.000 AP - Hoje
unicelulares
Períodos Geológicos

 A história da formação da Terra


está escrita nas camadas
geológicas. A Estratigrafia é a
parte da Geologia que estuda
os estratos, isto é, as camadas
de rochas sedimentares
formadas na superfície
terrestre.
Litosfera
Processo de formação do solo
Horizontes do solo com o tempo
Perfil e Horizontes

O - O horizonte orgânico do solo e bastante escuro

A - Horizonte superficial, com bastante interferência do clima e da


biomassa. É o horizonte de maior mistura mineral com húmus.

B - Horizonte de maior concentração de argilas, carbonatos, minerais


oriundos de horizontes superiores (e, às vezes, de solos adjacentes). É o
solo com coloração mais forte, agregação e desenvolvimento.

C - Porção de mistura de solo pouco denso com rochas pouco alteradas


da rocha mãe. Equivale aproximadamente ao conceito de saprólito.

R ou D - Rocha matriz não alterada. De difícil acesso em campo.


Hidrogeologia do solo

Camadas do solo

Superfície do solo

Região do solo úmido ~3m

Zona de aeração
Zona insaturada de Zona intermediária
Vadose

Superfície Franja capilar


livre

Zona saturada Aquífero

Camada impermeável
MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO

Componentes orgânicos
Fase sólida do solo
Componentes minerais

Compostos não humidificados


Compostos humidificados
Argila: partícula com diâmetro inferior a 0,005 mm

Silte: partícula com diâmetro entre 0,005mm e 0,05mm

Areia fina: partícula com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm

Areia média: partícula com diâmetro entre 0,42mm e 2,0mm

Areia grossa: partícula com diâmetro entre 2,0mm e 4,8mm

Pedregulho: partícula com diâmetro entre 4,8 e 76 mm.


Compostos Não humidificados
São grupos de moléculas orgânicas que ocorrem naturalmente na
natureza, sendo primeiramente sintetizados pelas plantas via
fotossíntese.
Constituem as unidades estruturais para:
- Formação de tecidos;
- Reservatório de nutrientes e energia dos organismos.

-Carboidratos: simples (glicose, galactose)


polimerizados (lignina, celulose)
-Aminoácidos: são constituintes das proteínas  fonte de “N” no
solo.
-Glicina, alanina, ác. aspártico, ác. glutâmico, etc.

A velocidade de decomposição destes compostos depende da sua


composição e das condições ambiente, os quais participam na síntese de
outras substâncias
compostos humificados, através do processo de humificação.
Exemplos de biomoléculas encontradas no solo

GLICOSE ÁC. ACÉTICO GUANINA

ÁC. CÍTRICO
FRUTOSE CITOSINA

SUCROSE
ÁC. FÓRMICO
AMINOÁCIDO

Açúcares Ácidos orgânicos Outros


NOME FÓRMULA QUÍMICA pKa*

Ac. Fórmico HCOOH 3,8

Ac. Acético CH3COOH 4,8

A. Oxálico HOOC-COOH 1,3

Ac. Tartárico HOOC-C2H4O2-COOH 3,0

Ac. Cítrico HCOOH-CH2-COHCOOHCH2COOH 3,1

* pH em que 50% do grupo carboxílico se dissocia


Compostos Humidificados

• Compostos macromoleculares
• Cor escura
• Alto peso molecular – partículas < 2m
• Sem fórmula molecular definida
• Estrutura molecular complexa
• Alta área superficial específica
• Acumulam (reversivelmente) água e outros
íons e moléculas
Compostos Humidificados
Partículas coloidais de alta reatividade (< 2m);
Coloração variando do amarelo ao marrom escuro;
Bastante estáveis e resistentes à ação microbiana.

O fracionamento químico permite a separação dos componentes orgânicos


das partículas minerais do solo
- Ácido fúlvico: solúvel em base e ácido.
- Ácido húmico: solúvel em base e insolúvel em ácido.
- Humina: insolúvel em base e ácido.

Ácido fúlvico: C135H182O95N5S


Os grupos se dissociam:
maior decomponibilidade
contribui imediatamente para a CTC do solo

Ácido húmico: C187H186O89N9S


Possuem alto peso molecular
maior resistência da molécula à decomposição
Ø funciona como reserva
Mineralização e Humidificação

Os processos de degradação da matéria orgânica são de


natureza bioquímica e envolve uma série de microorganismos

[C.O.H...] + 2O2(g)  CO2(g) + 2H2O + Energia + (NO3-,


H2PO4-, K+)

A humidificação corresponde à polimerização dos compostos


orgânicos formando estruturas de até 50.000 u (u = unidade de
massa atômica). A polimerização se faz através de grupos
ligantes C-C.
Estrutura do ácido fúlvico

composição química média: C135H182O95N5S


Solo (10 g)
HÚMUS

Resíduo Extração Resíduo


Resíduo insolúvel solúvel
insolúvel Alcalina
HUMINA
HÚMINA

Extração Precipitado
Precipitado Tratamento
Alcoólica ÁCIDO HÚMICO
Ac. HÚMICO ácido

Ac. HIMA- Não


Nãoprecipitado
precipitado
TOMELÂNICO Redissolução Ac. FÚLVICO
ÁCIDO FÚLVICO
em base
e adição
de
Precipitado eletrólito Não precipitado
AH CINZENTO AH CASTANHO
Composição média dos ácidos húmicos e fúlvicos

Ácido C H N O S
g kg-1

Ácido 530-570 30-65 8-55 320-385 1-15


Húmico

Ácido. 407-506 38-70 9-33 390-500 1-36


Fúlvico
Composição média dos principais componentes

Componentes (%)
Ar O2 CO2 N2
Atmosférico 21 0,03 72
No solo 19 0,9 79
PROPRIEDADES FÍSICO-
FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO

Capacidade de troca catiônica (CTC) de solos

Definida como a quantidade de cátions adsorvidos reversivelmente por


unidade de massa de material seco e expressa a capacidade do solo de trocar
cátions.

A quantidade destes é fornecida pelo número de cargas positivas (centimol


ou milimol) e a massa de solo seca, geralmente 100g ou 1000g.

CTC de minerais argilosos variam de 1 a 150 centimol/kg;


CTC de matéria orgânica pode atingir 400 centimol/kg ( -COOH)
PROPRIEDADES FÍSICO-
FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO
PROPRIEDADES FÍSICO-
FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO

A capacidade de troca de cátions (CTC) corresponde à soma das


cargas negativas nas partículas microscópicas do solo (fração argila, e
matéria orgânica) retendo os cátions, tais como cálcio (Ca2+), magnésio
(Mg2+), potássio (K + ), sódio (Na+), alumínio (Al3+) e hidrogênio (H+).
CTC a pH do solo

-Corresponde a soma de bases (SB) incluindo o cálcio,


magnésio, potássio e sódio; mais o alumínio, ou seja CTC
efetiva = SB + Al

-Essa CTC efetiva é utilizada no cálculo da retenção de cátions


(RC) como um dos critérios para saber se o solo é ácrico (baixa
CTC efetiva) ou não ácrico (média ou alta CTC efetiva).

O caráter ácrico é uma característica de alguns tipos de solo em que este possui maior
quantidade de cargas positivas do que negativas, diminuindo a capacidade da troca de
cátions.
Capacidade de Troca Catiônica Efetiva
PROPRIEDADES FÍSICO-
FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO

Acidez do solo

Segundo conceito de Bronsted e Lowry, uma substância ácida é aquela que


tende a ceder prótons (H+) a uma outra e base é aquela que tende a aceitá-
los.
HA = H+ + A-
ácido próton ânion
(acidez potencial) (acidez ativa)

A acidez do solo é constituída de duas frações:


1) Fração trocável= corresponde principalmente ao Al3+ adsorvido no
complexo da troca;
2) Fração titulável = corresponde principalmente ao H+ ligado
covalentemente a compostos da MO
Reações dos Solo

Fontes de Acidez no Solo

1) Acidez advinda das Argilas

- Troca da acidez potencial (da superfície das argilas) com


a acidez da solução aquosa

micela H H+ (aq)
solo solução

Acidez potencial Acidez ativa


Reações dos Solo
Fontes de Acidez no Solo

2) Acidez advinda das Argilas

- Troca do Al3+

micela Al Al3+ (aq)


solo solução

Acidez potencial Acidez ativa


Reações dos Solo
Fontes de Acidez no Solo

3) Acidez advinda dos Grupos Ácidos da Matéria Orgânica

- Os grupos funcionais mais importantes no que se refere


à capacidade de provocar efeitos sobre o pH do meio, são
os grupos carboxílicos (R-COOH) e os fenólicos (R(aro)-
OH)

R-COOH + H2O (liq)  R-COO- (aq) + H3O+ (aq)

R(aro)-OH + H2O (liq)  R(aro)-O- (aq) + H3O+ (aq)


Reações dos Solo
Fontes de Acidez no Solo

4) Acidez advinda dos Ácidos Solúveis nos Solos

- é muito variada: alguns do próprio solo e do meio


ambiente; outros de fonte antrópica.

Aplicação de fertilizantes acidificantes, caso dos


nitrogenados e sulfatados, os quais formam ácido
sulfúrico e ácido nítrico, durante o processo de
solubilização e ação dos microorganismos.

2NH4+(aq) + 3O2 (g)  2NO2-(aq) + 4H+ (aq) + 2H2O + Energia


Nitrosomonas sp Nitrobacter sp

R(aro)-OH + H2O (liq)  R(aro)-O- (aq) + H3O+ (aq)


Reações dos Solo
Fontes de Acidez no Solo

5) Acidez advinda dos Ácidos Solúveis nos Solos

- aplicação de sulfato de amônio:

(NH4)2SO4(aq) + 4O2 (g)  H2SO4(aq) + 2HNO3 (aq) + 2H2O

-dissolução de gases na solução do solo:

CO2(g)+ H2O (liq)  H+(aq) + HCO3- (aq)

-oxidação de compostos que fornecem ácido forte no meio

2FeS2(s) + 7 H2O (liq) + 15/2 O2 (g)  SO42-(aq) + 2Fe(OH)3 + 8H+


FERTILIDADE DO SOLO
Ação bacteriana

3{CH2O} + 2N2 + 3H2O + 4H+  3CO2 + 4NH4+

Nitrificação

2O2 + NH4+  NO3- + 2H+ + H2O

Na ausência de O2

2NO3- + {CH2O}  2NO2- + CO2


2NO2- + 3{CH2O} + 4H+  2NH4+ + 3CO2 + H2O
PROPRIEDADES FÍSICO-
FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO
Adsorção de metais em solos

O mais importante processo químico a influenciar o comportamento e a


biodisponibilidade de metais em solos está associado à dessorção de metais
da fase líquida na fase sólida. Esses processos controlam a concentração de
íons metálicos e seus complexos na solução do solo e exercem grande
influência no seu acúmulo em plantas.

Brummer (1986), adsorção específica dos metais em função do pK:


Cd(pK=10,1) < Ni (pK=9,9) < Co (pK=9,7) < Zn (pK=9) << Cu (pK=7,7)
< Pb (pK= 7,7 < Hg )pK = 3,4)

Isotermas de Freundlich: X/M = KC1/n


Poros
Poros são os "vãos" dentro do solo. O maior fator de criação de tais
poros é o bioma compostos de insetos, minhocas, etc... Os poros
ajudam a penetração de água e sua permeabilidade, que, por sua
vez, transporta material para dentro do solo, dos horizonte mais
superficiais para os mais profundos.

São dois grupos de poros, com um intermediário:


macroporos - geralmente maiores de 0,075mm. Esses poros perdem
sua água após 48h de secagem natural e são os que mais determinam
a permeabilidade e aeração do solo.

mesoporos - intermediário entre macroporos e microporos (entre


0,030mm e 0,075mm).

microporos - menores que 0,030mm, responsáveis pela retenção de


água.
Hidrogeologia do solo

Camadas do solo

Superfície do solo

Região do solo úmido ~3m

Zona de aeração
Zona insaturada de Zona intermediária
Vadose

Superfície Franja capilar


livre

Zona saturada Aquífero

Camada impermeável
Retenção de água pelo solo
Situações limitantes
1) Capacidade máxima de retenção:
É a quantidade de água que está no solo (via irrigação ou precipitação
pluviométrica), onde o mesmo fica saturado, ocorrendo drenagem espontânea de
água.

2) Capacidade de campo:
É a quantidade de água que o solo possui no instante seguinte de 1. Após a chuva
ou irrigação, após ser alcançada a capacidade máxima, haverá um movimento
descendente da solução através do solo. Após 2 ou 3 dias, tempo que dependerá
do tipo de solo. Nessa fase, a solução do solo desocupa os macroporos e, em seu
lugar, retorna o ar. Os microporos cotinuam preenchidos por água.
Retenção de água pelo solo
Situações limitantes
3) Coeficiente de murchamento:
A medida em que os vegetais absorvem água do solo, ocorre a evapo-
transpiração. A medida que o solo seca, os vegetais começam a murchar no
período diurno, especialmente quando venta e a temperatura se eleva. No início
da noite, os vegetais se recuperam. Em dias subsequentes, o fluxo de reposição é
lento ou já não se refazem mais.

4) Coeficiente higroscópio:
Mede o teor de água em um solo exposto a uma atmosfera com vapor saturado a
98% de umidade relativa.

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