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DEMOCRACIA EM ATENAS

● Baseava-se em dois princípios: participação direta e o de sua restrição aos cidadãos.


● Embora representasse um avanço naquele tempo histórico, a democracia ateniense
era contraditória.
● Somente era considerados cidadãos os homens nascidos em Atenas, maiores de 21
anos e livres. Sendo assim, mulheres e escravos não tinham direito a participação.

DEMOCRACIA DIRETA

● É qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar


diretamente no processo de tomadas de decisões.
● As primeiras democracias na antiguidade foram democracias diretas.
● Os cidadãos não delegam o seu poder de decisões. As decisões são tomadas através
de assembleias gerais.
● Caso precisem de um representante, este só recebe os poderes que a assembleia
quiser dar-lhes, os quais podem ser revogados a qualquer momento.
● A própria forma de democracia direta a ser implementada em um país deve ser
escolhida com ampla participação popular, seja através de plebiscitos e/ou referendos,
assembleias populares e congresso geral do povo.
● Democracia direta pura, como tal, não existe em nenhum país moderno a nível
nacional.

DEMOCRACIA REPRESENTATIVA OU INDIRETA

● Eleito pelos cidadãos "representantes" que irão dar seu voto na assembleia
representando uma parte da comunidade.
● Votados através do voto popular esses representantes eles recebem um determinado
período de tempo para representar uma comunidade.
● Ao término deste período podem ou não ser reeleitos, mas isso dependera da
legislação de cada país.
● Na democracia indireta o povo é ''Soberano'' e o poder emana do povo.
● Ela cria uma distância entre aqueles que elegem os eleitores e os eleitos, além disso
ela não proporciona ação direta de um popular no âmbito democrático. Isso ocorre por
um determinado período de tempo de 4 em 4 anos para eleições de alguns
representantes de alguns cargos políticos.
● Está delegação é muito questionada pois faz com que os cidadãos pouco interfiram
nas ações dos representantes eleitos e muitas vezes esses representantes não dão a
devida satisfação ao seu eleitor.

DEMOCRACIA SEMIDIRETA

● Na Democracia Semidireta é possível encontrar tanto representantes eleitos pelo povo


quanto a manifestação direta das opiniões dos populares.
● Essa forma de regime pode ser encontrada em países como a Suíça em que
determinadas localidades o povo se reúne para traçar os objetivos da comunidade.
● A democracia semidireta é a união da democracia direta e da democracia indireta.
● Também é muito bem vista como uma saída para enfrentar os desafios que a
democracia indireta possui.
DEMOCRACIA NOS PAÍSES:

I. ITÁLIA
Na Itália, o projeto Lista partecipata cujo slogan é "O controle do governo nas mãos do Povo (e
não só no dia das eleições)" é uma experiência de democracia direta que vem sendo posta em
prática, e é similar ao projeto sueco, chamado Demoex - democracia experimental. O Projeto
Lista Partecipata permite que um grupo de pessoas se reúna e participe de discussões
utilizando internet, telefone ou os correios para eleger um membro como candidato às eleições
regionais. Em caso de vitória, o membro da lista eleito é obrigado a seguir as decisões tomadas
por todos os membros dentro desse sistema de decisão multicanal, e arriscando-se a ser
automaticamente demitido do cargo se não o fizer. Esse sistema de decisões, chamado
Deciadiamo foi criado pela Fundação Telemática Livre, com sede em Roma.
O Movimento per la Democrazia Diretta, cujo lema é Ogni cittadino um membro del Parlamento
(Cada cidadão um membro do Parlamento) promove a democracia direta na Itália, e coordena
várias iniciativas similares.
II. SUÉCIA
Na Suécia um partido político local desenvolveu um projeto, denominado Demoex - democracia
experimental, que criou a tecnologia de computação e o software para votações através da
internet, estando em operação experimental na cidade de Vallentuna, um subúrbio de
Estocolmo.
III. VENEZUELA
A constituição venezuelana é a única na América Latina que prevê a possibilidade da
revogação do mandato presidencial, o chamado "recall", e é uma das poucas que inclui a
obrigatoriedade de submeter a referendo cada emenda ou reforma constitucional, sendo a
menos restritiva para fixar o número de votos necessários para introduzir mudanças.
Os venezuelanos podem convocar um referendo consultivo em matérias de especial
transcendência nacional, mediante abaixo-assinado por 10% dos eleitores. O referendo contra
leis e decretos propostas pelo presidente pode também ser solicitado por 10% dos eleitores.
Para que os resultados de um referendo sejam válidos devem nele votar pelos menos 40% dos
eleitores inscritos (quórum). Não podem ser submetidas a referendo matérias relativas ao
orçamento, aos impostos, ao crédito público e à anistia; bem como as leis que protejam,
garantam, ou ampliem os direitos humanos. A constituição venezuelana permite a revogação
de mandato em todos os cargos e magistraturas eleitas, inclusive do presidente da república,
pela solicitação de um número não inferior a 20% dos eleitores inscritos na circunscrição
correspondente. A revogação de mandato se dará se o número dos que votarem pela
revogação for superior aos votos obtidos pelo eleito na sua eleição original, sendo necessário
um quórum mínimo de 25% de participação.
IV. PERU

Os instrumentos de democracia direta previstos na Constituição do Peru prestam-se mais à


contenção do poder, seja dos partidos políticos seja do Legislativo, que à promoção de
participação popular. Os mecanismos de democracia direta incluídos na constituição do Peru
são bem mais limitados que os da constituição venezuelana, e não podem ser vistos como
instrumentos que promovam a participação dos cidadãos nas decisões políticas, mas apenas
como instrumentos criados para conter o poder dos partidos políticos e, em especial, do
parlamento.
V. VENEZUELA

Os venezuelanos podem convocar um referendo consultivo em matérias de especial


transcendência nacional, mediante abaixo-assinado por 10% dos eleitores. O referendo contra
leis e decretos propostas pelo presidente pode também ser solicitado por 10% dos eleitores.
Para que os resultados de um referendo sejam válidos devem nele votar pelos menos 40% dos
eleitores inscritos (quorum). Não podem ser submetidas a referendo matérias relativas ao
orçamento, aos impostos, ao crédito público e à anistia; bem como as leis que protejam,
garantam, ou ampliem os direitos humanos.

VI. BOLÍVIA

Desde 2004, na Bolívia, os cidadãos têm o direito de iniciativa para convocar um referendo de
caráter nacional e vinculante, mediante um abaixo-assinado por 6% dos eleitores. Para
referendos regionais esse número sobe para 8% dos eleitores, e para referendos municipais,
10%. São excluídos assuntos fiscais, de segurança interna e externa, e da divisão política da
república. As resoluções do referendos se aprovam por maioria simples do eleitorado, e exigem
um quórum de no mínimo 50% de participação. Não podem ser realizados no período entre os
120 dias anteriores e os 120 dias posteriores à realização de eleições (quarentena).

VII. BRASIL

A constituição brasileira (1988) prevê, em seu artigo 14, que "a soberania popular será
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos
termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular". A constituição, e a
lei que a regulamentou, estabelecem que a iniciativa popular consiste na apresentação de um
projeto de lei, subscrita por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuídos por pelo menos
cinco estados, com não menos do que 0,3% dos eleitores de cada um deles. Cabe à Câmara
dos Deputados aceitá-lo ou rejeitá-lo, e o projeto deve versar sobre um único tema. * Equador:
A constituição de 1967 do Equador já previa a realização de plebiscitos em várias
circunstâncias, tais como reformas constitucionais proposta pelo Poder Executivo que fosse
derrotada no Poder Legislativo, reformas aprovadas pelo Poder Legislativo com as quais o
Poder Executivo estivesse em desacordo, total ou parcial, projetos de lei de importância
fundamental para o progresso do país, decisões de transcendental importância para os
interesses da nação, e outros. As constituições subsequentes ampliaram as possibilidades de
consulta popular e a atual constituição (1998) prevê a figura revogatória de mandato ("recall").
VIII. CHILE
O Chile não possui nenhum tipo de iniciativa popular a nível nacional. Várias organizações e
políticos advogam a incorporação de mecanismos de democracia direta à constituição chilena.
IX. PORTUGAL

Em Portugal o referendo é um instrumento de democracia semidireta, pelo qual os eleitores são


chamados a pronunciarem-se, por sufrágio direto e secreto, em questões que o poder político
pretenda resolver mediante ato normativo.A sua convocação é feita pelo Presidente da
República sob proposta da Assembleia da República ou do Governo.O referendo pode partir de
uma iniciativa popular, que apresenta a sua proposta à Assembleia da República, e dependo
da sua aceitação é enviada para o Presidente da República que decidirá favoravelmente ou
contra a convocação do referendo.

X. FRANÇA

Na França é presente a democracia representativa que é quando o poder politico é exercido


pela população eleitora diretamente, mas através de seus representantes, por si designados,
com mandato para atuar em seu nome e por sua autoridade.
Também é presente a democracia direta onde todos os cidadãos tem direito de participar
diretamente da politica. Além do sistema representativo tradicional.
XI. ARGENTINA

Em 1996 a Argentina regulamentou a ​"iniciativa cidadã"​, pela qual o Povo pode apresentar
projetos de lei de seu interesse ao Congresso, que deverá submetê-los à votação em no
máximo doze meses.
mas a constituição argentina não contempla a iniciativa popular, nem o veto popular (quer dizer
os cidadãos não podem convocar um plebiscito ou referendo para propor uma reforma, ou para
derrubar uma lei).

XII. CANADÁ
•O Canadá tem feito experiências com uso da democracia direta.
•Com a criação de um grupo da Colúmbia Britânica para investigar e propor alterações no
sistema de eleições provinciais.
•Para ser considerada aprovada e tornada lei pelo referendo a proposta teria que passar pela
regra da "maioria dupla", ou seja obter a aprovação de 60% do total votos válidos na província
e simultaneamente obter mais de 50% dos votos em pelo menos 48 dos 79 distritos eleitorais;
ou seja, vencer por maioria simples em 60% dos distritos.
•A proposta obteve maioria simples em 77 dos 79 distritos eleitorais. Porém o total de votos
"sim" válidos, (57.69%) não atingiu o requisito mínimo de 60% para que a proposta se tornasse
lei.
Em Ontário:
•''Nós, a Assembleia dos Cidadãos Sobre a Reforma Eleitoral, recomendamos uma nova
maneira de votar que acreditamos ser apoiada pelas tradições da província e refletir os valores
que são importantes para os ontarianos. A Assembleia recomenda que Ontário adote o sistema
'Mixed Member Proportional', especificamente concebido para atender as necessidades de
Ontário.” A proposta foi submetida a referendo obrigatório, tendo sido derrotada por larga
margem; a manutenção do atual sistema de votação First Past the Post (FPTP) recebeu 63.1%
do total de votos válidos em Ontário, obtendo maioria simples em 102 dos 107 distritos
eleitorais.15 .

XIII. SUÍÇA

•Na Suíça, maioria simples é suficiente nas cidades e estados denominados ''cantões''. Já em
nível nacional, é necessários maiorias duplas que seria confirmação de qualquer lei criada por
um cidadão.
•Maioria dupla são a aprovação pela maioria dos votantes, depois, a maioria dos estados em
que a votação teria sido aprovada. Uma lei criada por um cidadão não pode ser aprovada se a
maioria das pessoas a aprova mas não a maioria dos estados. Foi constituída em 1890
copiando-se o modelo americano, onde deputados voam representando as pessoas e os
senadores, os estados.
•Na democracia semidireta da Suíça não compete ao Governo nem ao parlamento a decisão
de submeter qualquer matéria à decisão popular.Em consequência os instrumentos de
democracia direta da Suíça são meios de que o Povo dispõe para se opor.
•Além do Parlamento, os cidadãos comuns podem participar da elaboração da Constituição e
das leis.
•Pelo menos quatro vezes por ano cidadãos suíços recebem um envelope da Confederação de
seu cantão e são convocados a opinar. Os eleitos suíços podem se manifestar amiúde e não
apenas episódica.
Landsgemeinde- É uma das mais antigas e pura formas de democracia direta, pela qual os
eleitores se reúnem ao ar livre, e votam erguendo suas mãos. Introduzida no cantão suíço de
Uri em 1231, no semicantão Appenzell Innerrhoden e no cantão Glarus. A Landsgemeinde
normalmente ocorre uma vez por ano, na primavera. É nessa ocasião que se elegem os
governantes, os juízes e os representantes na câmara alta do parlamento federal.
ARGUMENTOS A FAVOR DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA:

Além do crescente desencanto com os políticos profissionais, na democracia representativa a


opinião do Povo só é consultada uma vez a cada quatro anos. E após serem eleitos, os
políticos podem agir praticamente como bem entenderem, até a próxima eleição. Essa
separação em castas de governantes e governados faz com que os políticos estejam mais
atentos às suas próprias vontades e vontades de outros poderes do que não àquele que
emana da eleição popular, como por exemplo, as questões econômicas. O político ocupa uma
posição que foi criada pela delegação de um poder que não lhe pertence de facto, mas apenas
de direito. Entretanto, ele age como se o poder delegado fosse dele, e não do eleitor. O fim da
casta de políticos tornaria o jogo político-social mais intenso, com discussões verdadeiramente
produtivas mobilizando a sociedade, pois atribuiria ao voto um valor inestimável, uma vez que
pela vontade do povo questões de interesse próprio seriam decididas (imaginem o fervor que
surgiria nas semanas que antecederiam uma votação a favor ou contra o aumento do salário
mínimo).

ARGUMENTOS CONTRA A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA:

Argumento: O poder é para os especialistas: a maior objeção contra a democracia direta é de


que o público em geral teria posições fracas demais para julgar ações apropriadas para o
governo. O público não seria tão interessado ou informado como os representantes eleitos A
maioria da população teria apenas um conhecimento superficial dos acontecimentos políticos.
Num referendo, em questões que costumam ser complexas e tem como alternativas de voto
apenas um “sim” ou “não”, os votantes poderiam escolher políticas incoerentes: por exemplo, a
maioria poderia votar a favor de uma severa redução de impostos, e depois essa mesma
votaria a favor de um grande aumento de orçamento para a educação pública, sem a
consciência dos problemas econômicos que isso acarretaria. Na Suíça, que tem mais de um
século de experiência no uso de plebiscitos e referendos, esse problema foi resolvido fazendo
consultas que permitem múltiplas respostas, e não apenas "sim" ou "não".

Argumento do complicado e caro: outro argumento muito utilizado pelos opositores da


democracia direta seria o de que as decisões por referendo seriam lentas e muito caras; por
quase um século isso serviu para justificar por que esse sistema possa funcionar bem na Suíça
que é pequena, mas não poderia funcionar num país de maiores dimensões. Com as modernas
tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação esse argumento perdeu muito do seu
peso.

Argumento do o poder é para poucos: também se acredita que a democracia direta funcione
bem apenas em pequenas populações. Comunidades maiores seriam complexas demais para
a democracia direta funcionar com eficiência. Argumento do a maioria é ignorante: também se
alega que a democracia direta pode causar a "tirania da maioria", ou seja, a maior parte da
população poderia suprimir os direitos de uma minoria. Por exemplo: num povo em que a
maioria das pessoas são racistas poderia decidir pelo extermínio de uma minoria racial. Para
reduzir a probabilidade disto acontecer alguns defendem a “democracia semi - direta”, tal como
a que vigora na Suíça desde o final do século XIX, em que algumas leis fundamentais
(cláusulas pétreas) jamais poderão ser mudadas, o que protege as minorias de uma eventual
decisão tirana imposta pela maioria. Argumento do perigo totalitário: alega-se que há o risco
dos plebiscitos e referendos serem usados de maneira perversa (como ocorreu em Portugal em
1933), prestando-se a sancionar um regime totalitário (Salazarismo). A adoção de modernas
salvaguardas constitucionais adequadas impede que isso possa ocorrer.

DEMOCRACIA NA ERA DIGITAL


A internet pocibilitou que uma cidade inteira se envolva diretamente na politica por meio da
internet.o que aconteceu na Suecia na cidade de ​Vallentuna,foi criado o Demoex.E na Italia
esta em operaçao o projeto Listapartecipata.

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