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º 4
3º ciclo do Ensino Básico – 8ºano de escolaridade
Atenção: Guardar o documento nas primeiras páginas do caderno, pois ao longo do ano vai ser necessário consultá-lo. Aqui apresenta-
se o resumo dos conteúdos do 7.º ano.
I. Noções
1. Percentagem
Percentagem é uma razão cujo consequente é sempre 100
Exemplo:
20% 0,20 0,25 25%
2. Regras de Arredondamentos
Quando se procede a arredondamentos de números com casas decimais:
Mantém‐se inalterado o algarismo que escolhido, se a casa decimal seguinte for 0, 1, 2, 3
ou 4;
Aumenta‐se uma unidade ao algarismo escolhido, se a casa decimal seguinte for 5, 6, 7, 8
ou 9.
3. Estatística: Termos e conceitos
Na estatística consideram‐se dois ramos:
Estatística Descritiva, estuda a população, recolhe, organiza, apresenta e analisa os dados,
extraindo conclusões para o Universo considerado.
Estatística Indutiva pretende estabelecer conclusões relativas à população global, a partir de
conclusões obtidas numa amostra dessa população.
Universo ou população Estatística é um conjunto de elementos a observar com alguma característica
comum.
Unidade Estatística ou indivíduo é cada um dos elementos da população.
Dado estatístico é o resultado da observação de uma variável estatística.
Variável estatística é o valor que assume determinada característica de interesse dentro de uma dada
pesquisa e podem ser valores numéricos (variável quantitativa) ou não numéricos (variável
qualitativa).
Amostra é um subconjunto finito da população, quando não se pode envolver toda a população. A
Amostra precisa de ser:
Representativa: deve conter indivíduos de todos os extratos da população;
Não viciada: o número de elementos de cada extrato deve ser proporcional à população
desse extrato;
Aleatória: em cada extrato os indivíduos devem ser escolhidos aleatoriamente;
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Ampla: deve ser bastante alargada, para poder apresentar características semelhantes às da
população total que pretende representar.
Natureza das variáveis estatísticas:
Variáveis qualitativas, são aquelas que estão relacionadas com uma qualidade,
apresentando‐se de várias formas, que não se pode medir.
Variáveis quantitativas, são aquelas que é possível medir, ou pelo menos, referenciar
numericamente. Podem ainda ser discretas ou contínuas:
Variáveis quantitativas discretas quando só se pode tomar um número finito ou
infinito numerável de valores (exemplo: vitórias num jogo, número de alunos, …).
Variáveis quantitativa contínuas quando se puder tomar qualquer valor num
determinado intervalo (exemplo: peso, temperaturas do ar, altura, …).
II. Representação de dados
1. Dados não organizados:
Exemplo: Foram registados os níveis obtidos pelos alunos de uma determinada turma do 8.º ano,
à disciplina de Matemática:
3 2 2 5 5 4 2 2
2 2 3 3 4 4 3 3
1 1 5 3 3 3 4 3
3
2. Organização Tabelas e Gráficos
2.1. Frequências
Num estudo estatístico, depois da recolha de dados, procede‐se à organização e apresentação dos
mesmos, para o que se utilizam tabelas de frequências.
Começa‐se por colocar em coluna (ou linha) os diversos valores que a variável estatística, xi, toma.
A frequência absoluta, fi, de uma categoria de determinado conjunto de dados corresponde ao
número de dados que pertencem a essa categoria.
A frequência relativa, fri, de uma categoria de determinado conjunto de dados corresponde ao
quociente entre a frequência absoluta dessa categoria e o número total de dados (n).
𝑓𝑖
𝑓𝑟𝑖
𝑛
fi é sempre um valor compreendido entre 0 e 1, podendo também ser expresso em percentagem.
A soma das frequências relativas é igual a 1 ou 100%, dependendo da forma como está expressa.
Exemplo:
Níveis Frequência Frequência
absoluta relativa
%
1 2 2/25 8
2 7 7/25 28
3 9 9/25 36
4 4 4/25 16
5 3 3/25 12
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2.2. Diagramas e Gráficos
Diagrama de caule e folhas
Consiste em escrever, do lado esquerdo de uma linha vertical, o digito(s) – caule‐ da classe de
maior grandeza, seguido dos restantes (folhas), por ordem crescente.
Exemplo: Considera as seguintes idades, da família Castro:
6, 3, 12, 10, 20, 15, 12, 12, 8, 31, 26, 26, 26, 17, 16
0 3 6 8
1 0 2 2 2 5 6 7 Chave: 0|3 representa idade de 3 anos
2 0 6 6 6
3 1
Gráfico de pontos
É um gráfico muito simples; os pontos apresentam‐se com abcissas consecutivas de um número
finito de pontos, em que cada ponto representa uma unidade, cujo eixo das abcissas representa a
variável em estudo.
x
x
x x
x x
x x
x x x
x x x x
x x x x x
x x x x x
1 2 3 4 5
Gráfico de linhas
É habitualmente utilizado para analisar evoluções de uma determinada variável estatística ao
longo do tempo. É de fácil interpretação, permite visualizar mudanças ao longo do tempo;
permite fazer previsões; é indicado para representar dados de natureza quantitativa contínua.
Exemplo:
Custo do livro “RATINHO”
3,5
3
Valor do livro (€)
2,5
2
1,5
1
0,5
0
2011 2012 2013 2014 2015
Ano de compra
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Gráfico de barras
Num sistema de eixos cartesiano, começa‐se
por colocar num dos eixos os dados
estatísticos, e no outro a frequência absoluta
ou relativa dos diversos dados. Se a variável for
quantitativa, os dados devem estar ordenados.
As barras devem estar igualmente distanciadas
umas das outras. Usualmente, utiliza‐se para os
espaços uma largura inferior à das barras. A
altura das barras é proporcional à frequência.
O gráfico deve ter um título, que sugere a
informação que pretende transmitir; as barras têm todas a mesma largura e o seu comprimento
varia de acordo com a frequência que representa; as barras relativas às diferentes categorias
encontram‐se uniformemente distanciadas; é indicado para representar dados de natureza
qualitativa e quantitativa discreta.
Gráfico Circular
Um gráfico circular é representado por um
círculo, que está dividido em sectores circulares,
em que a amplitude dos seus ângulos ao centro
é proporcional à frequência dos dados
estatísticos. Deve utilizar‐se cores distintas para
cada um dos sectores e deve ser acompanhado
de uma legenda que pode ser inscrita no interior
de cada um dos sectores. É normalmente
utilizado quando o número de dados é
relativamente pequeno. O gráfico visualmente
atrativo e de fácil interpretação; encontra‐se
dividido em tantas partes (denominados setores
circulares) quantas as categorias consideradas, sendo os ângulos de cada um dos setores
proporcional à frequência absoluta da categoria que representam; é indicado para representar
dados de natureza qualitativa.
Para obter a amplitude do ângulo de cada um dos sectores circulares, utiliza‐se a regra de três
simples:
100% ---------------- 360º
16% ------------------- xº
Pictograma
O pictograma é um gráfico em que se utilizam figuras ou símbolos alusivos
ao fenómeno em estudo, tornando a leitura mais sugestiva. No gráfico deve
constar a indicação do significado do símbolo, que deve ser sempre o
mesmo e as frequências são visíveis pela repetição dos símbolos.
Os símbolos devem estar alinhados e igualmente espaçados. As frequências
são visíveis pela repetição do símbolo, em maior ou menor número, e não
através de um aumento ou diminuição do tamanho do símbolo escolhido.
Apesar de bastante sugestivo, é um gráfico pouco preciso.
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3. Medidas de Tendência Central: moda, média e mediana
Moda
Moda de um conjunto de dados é a categoria com maior frequência absoluta. Representa‐se por Mo.
Exemplo:
O conjunto de dados 2, 5, 14, 20, 17, 11, 8, é amodal, pois não existe um dado com maior
frequência.
No conjunto de dados 3, 7, 12, 7, 15, 7, 8, 8, Mo = 7
O conjunto de dados 7, 5, 11, 9, 5, 11, 8, é bimodal. A moda é 5 e 11.
No caso de os dados se apresentarem agrupados em classes, indica‐se não a moda, mas a classe que
tem maior frequência, que se chama classe modal.
Média
Média de um conjunto de dados numéricos é o quociente entre a soma dos respetivos valores e o número
total de dados. Representa‐se usualmente por 𝑋
𝑋1 𝑋2 ⋯ 𝑋𝑛
𝑋
𝑛
Se os dados forem agrupados em tabelas não agrupados em classes, a média é
𝑓1𝑋1 𝑓2𝑋2 ⋯ 𝑓𝑛𝑋𝑛
𝑋
𝑛
Exemplo: Os pontos obtidos num jogo de cartas
Pontuação obtida
Média = 63:12 = 5,
xi 1 2 10
fi 1 6 5
Média das pontuações dos alunos
fixi 1 12 50
participantes num torneio de jogos de
matemática.
Mediana
Mediana de um conjunto n de dados numéricos ordenados é o valor central no caso de n ser impar
𝒏 𝟏
(valor do elemento de ordem da sequência ordenada dos dados), ou a média aritmética dos dois
𝟐
𝒏 𝒏
valores centrais (valores dos elementos de ordem e 1 da sequência ordenada dos dados) no
𝟐 𝟐
caso de n ser par.
n – ímpar n‐ par
A ordem (posição) do valor central: A ordem (posição) do valor central:
𝑛 1 𝑛
𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜1 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜2 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜1 1
2 2
E a mediana é o valor que ocupa esse lugar E a mediana é a média dos dois valores que
ocupam esses lugares
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Exemplo:
No conjunto de dados 12, 12, 13, 13, 13, 14, 15, 20, 20, a mediana é o elemento que ocupa a
posição (9+1):2= 5, que é o valor 13
No conjunto de dados 8, 10, 12, 15, 18, 19 a mediana é a média dos dois valores que ocupam
as posições 3 e 4, logo é (12 + 15): 2 = 13,5.
No caso dos dados agrupados em classes, indicamos a classe mediana, considerando o termo de
ordem n/2, não fazendo a distinção entre se n é par ou ímpar.
4. Medidas de Dispersão
Amplitude
A amplitude de um conjunto de dados numéricos é a diferença entre o máximo e o mínimo desse
conjunto de dados. O máximo e mínimo de um conjunto de dados numéricos são, respetivamente, o
maior e o menor desses valores.
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