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APRESENTAÇÃO DE PMEC

14.CONDIÇÕES ECONÔMICAS

Consequências econômicas de uma boa escolha de velocidade de corte:

Produção Horária: Número de peças idênticas fabricadas em uma hora de trabalho

Para calcular a produção horária, primeiro deve-se calcular o tempo gasto na fabricação de uma
peça, em seguida dividir os minutos efetivamente trabalhados pelo tempo de confecção de um
produto
𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
Produção Horária= 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑒𝑐çã𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒ç𝑎 = 𝑋 𝑝𝑒ç𝑎𝑠/ℎ𝑜𝑟𝑎

Os minutos não trabalhados podem ser por conta de falta de energia, quebra ou manutenção
de máquinas, ausência do operador, entre outros fatores.

Produtividade: a produtividade é o conjunto de fatores relacionados a produção e indica o


percentual de tempo destinado a produção efetiva
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠 ∗ 100
𝜀=
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠
Uma boa produtividade é de cerca de 90%

pode-se aumentar a produtividade de varias maneiras:

 reduzindo o tempo não disponível para produção


 esforço coletivo de buscar o aperfeiçoamento “fazer hoje melhor que ontem”
 modernização dos equipamento (diminuir o tempo de fabricação) e da organização do
trabalho (simplificar e agilizar os procedimentos)

e é por isso que é importante buscar sempre uma boa velocidade de corte

É fundamental falar DURABILIDADE: é o tempo de vida, isto é o tempo no qual a ferramenta


pode ser utilizada até atingir o desgaste máximo e ter de ser substituída

A durabilidade é intimamente ligada com a dureza do material (da peça e da ferramenta) e com
a velocidade de corte, pois quanto maior a Vc, maior as forças de usinagem (de corte, avanço e
penetração) e menor o tempo de vida da ferramenta

tipo de Desgaste:

 Lateral- atrito entre a peça e ferramenta- aumento


de força de corte, vibrações e temperatura de corte
 Crateração- ocorre na superfície de saída devido ao
atrito entre a ferramenta e o cavaco (relacionado a altas velocidades de corte e baixo
avanço)- tem a forma de uma depressão e ocorre junto do desgaste lateral – aumenta
o esforço de corte e a temperatura
A ferramenta deve ser substituída quando estes desgastes geram: forças de corte
excessivas, dimensões fora do intervalo de tolerância ou risco de quebra da pastilha de
metal duro

Outros danos na ferramenta provocados por condições imprevistas são:

 Quebra ou lascamento – corte interrompido geralmente por queda de energia


 Trincas perpendiculares ao fio de corte – Resfriamento Brusco ou solda da pastilha
no suporte da ferramenta
 Deformação da aresta de corte – ocorre por altas temp, tensões mecânicas ou
materiais inadequados na sua fabricação
 Oxidação do material da ferramenta – menos comum, provocada por resfriamento
inadequado no processo de afiação da ferramenta

TEMPOS DE FABRICAÇÃO

O tempo total de fabricação é dado pela soma dos seguintes tempo

𝑇𝑡 = 𝑇𝑠 + 𝑇𝑞 + 𝑇𝑎 + 𝑇𝑝 + 𝑇𝑐 + 𝑇2

Ts= tempo de soltar e fixar a peça

Tq= tempo de controle e medição da peça

Ta= Tempo de aproximar e afastar a ferramenta durante as operações

Tp= Tempo de preparação (separar e montar ferramentas e instrumentos, leitura de desenhos


e folhas de, ajustar os parâmetros de corte, limpeza e lubrificação da máquina)

Tc= Tempo de corte ou remoção do material

T2= Tempo de troca de afiação da ferramenta por peça

Os tempos independentes são calculados em relação a cada peça fabricada para z= quantidade
de peças

𝑇𝑝
𝑇1 = 𝑇𝑠 + 𝑇𝑎 + + 𝑇𝑞
𝑧

Logo 𝑇𝑡 = 𝑇1 + 𝑇𝑐 + 𝑇2
Sendo assim diminuir qualquer um desses tempo significa diminuir o temzpo de fabricação e
aumentar a produção

Para isso é essencial:

 Planejar devidamente o trabalho


 Equipar o posto de trabalho com boas ferramentas e instrumentos
 Selecionar os equipamentos adequados
 Consultar os parâmetros de corte e exigências técnicas
 Sugerir alterações nos dados de corte com base no bom senso e experiência

Velocidade de Corte de Máxima Produção


É a que gera o maior número de peças no menor tempo de fabricação

Levando em conta o tempo de troca e afiação de ferramenta a Velocidade de corte de máxima


produção não é a maior velocidade de corte possível, pois a ferramenta desgastaria muito rápido
exigindo a troca e afiação, o que gastaria um tempo de produção maior no total

Custo do Produto
O custo de um produto é determinado pelos seguintes gastos:

 Custo de matéria prima – depende de fatores externos á empresa sobretudo á


oferta e disponibilidade no mercado
 Custo de mão de obra – corresponde ao valor de salário/hora e encargos pagos
ao operador (quanto menor o tempo de corte menor o custo de mão de obra)
 Custo de meios de fabricação – valor das máquinas e ferramentas, custos de
manutenção, energia consumida e instalações ocupadas (Atuando em
capacidade máxima o tempo de corte é diminuído e o custo-máquina também)
 Custo gerais ou indiretos – o “resto” dos gastos, salario dos funcionários não
ligados diretamente a produção ( mensalistas, chefias, pessoal da adm etc);
material de escritório limpeza e embalagem; veículos para transporte das
mercadorias
Aqui é novamente visível a importância de uma boa velocidade de corte, pois
aumentar a Vc é um dos recursos mais utilizados para aumentar a produção
Isto pois nem sempre é possível comprar novas maquinas e equipamentos (muito
caro). O custo por peça é dado por

𝐶𝑝 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3
C1= CUSTO GERAIS
C2= CUSTO DE MÃO DE OBRA
C3=CUSTO DE FERRAMENTA
Assim como quando tratamos do tempo, a velocidade de corte de mínimo custo não é
a maior possível mas aquela onde o custo das ferramentas não ultrapassa o custo de
mão de obra e de máquina
(Gráfico)
O emprego das ferramentas também interfere nos custos de produção, sendo assim
para realizar o melhor uso dela é recomendado que :
A profundidade do corte deve utilizar 70% do comprimento da aresta de corte
Utilizar pastilhas menores quando a profundidade for menor do que os 70%
Usar pastilhas mais duras (mas que resistem menos a impactos, podem lascar)
Utilizar o maior avanço
Utilizar a pastilha até o limite do desgaste
Utilizar para desbaste uma pastilha imprópria para acabamento
Utilizar todas as arestas das pastilhas
Transportar as pastilhas em embalagens para não se danificarem
No Brasil cerca de 25% das pastilhas são desperdiçadas
INTERVALO DE MÁXIMO EFICIENCIA
Vimos sobre o custo de produção e o tempo de fabricação
Sendo assim, com base em tudo o que foi apresentado podemos dizer que o custo de
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑎/𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎
uma peça para a empresa é dado pelo Custo real = 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

Que depende diretamente da Velocidade de corte


Mas enfim, qual Vc nos trará a eficiência máxima?
Através de experiências e tabelas elaboradas, o que não convém explicar aqui, a
melhor Vc é dada no intervalo entre a Vc de custo mínimo e a Vc máxima produção
(Gráfico)
Acima ou abaixo da Vco – aumentam o custo de produção
Acima ou Abaixo da Vmxp – diminui o numero de peças produzidas
Então qualquer valor de Vc fora do intervalo, além de prejudicar nestes fatores afeta a
durabilidade das ferramentas

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