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Síndromes Mielodisplásicos (SMD) ou Neoplasias Mieloproliferativas

•Doenças clonais de células estaminais hematopoéticas, nas quais há a proliferação aumentada de uma ou mais das séries mielóides (granulocítica, eritrocítica, megacariocítica ou
mastocítica) com maturação eficaz.
• Associadas a hiperactividade de cinases
Características Patologias Causas Terapêutica
• Hematopoiese ineficaz, com apoptose Geralmente idiopática Terapêuticas dirigidas:
de precursores mielóides - leucemia mieloide crónica (LMC) • Baixo risco
• Proliferação de linhagens - policitemia vera (PV) Factores de risco – Transfusões (GV, plaquetas)
hematopoieticas - mielofibrose idiopática crónica (MF) • Quimioterapia – EPO pode ajudar a  o nº de
• Acumulação de mutações - trombocitemia essencial (TE) – Agentes alquilantes - Ch 7 transfusões
• Bloqueio de diferenciação - leucemia neutrofílica crónica (LNC) – Inibidores topoisomerase II – 11q23 – Factores crescimento
• pancitopénia/ macrocitose - leucemia eosinofílica crónica não especificada (LEC) • Benzeno – Imunomodulação
• MO normal ou hipercelular - mastocitose (M) – Tabaco – suplementos vitamínicos
• Incidência: - neoplasia mieloproliferativa inclassificável (NMI) – Ocupacional (B6, B12) e folatos – pq há
- 4 – 10 em 105 população • Radiação elevado turnover celular
- 30 em 105 >70 anos • Tinta cabelo
• Mais comum nos homens • Risco familiar • Alto risco
• Geralmente assintomático na fase inicial – Transplante
• Progressão para fibrose medular ou LMA – Terapêutica epigenética
• Risco:
• Blastos
• Citopenias
• Citogenética

1.Policitemia vera
Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
- Proliferação clonal de células - sintomas devido a hiperviscosidade: - DD com patologia em que há policitémia
estaminais que conduz à produção cefaleias, tonturas, fraqueza, prurido, secundária (ex: hipoxémia, exposição ao CO) - Flebotomias para  o hematócrito
excessiva de GV (eritrocitose) alt. visuais, dispneia -  GV,  Hb,  Hct (geralmente > 50)
- Mielossupressão com hidroxiureia ou com
- trombocitose, leucocitose
- O aumento de GV ocorre - fenómenos trombóticos (ex: EAM) interferão alfa recombinante (rIFN-a)
- EPO indoseável (ou reduzida)
independentemente da EPO
- hemorragias (GI, genitourinárias, -  dos níveis de vitamina B12
- sobrevivência normal Hct<45% equimoses, epistáxis) - hiperuricémia
- presença da mutação JAK2 V617F (ou outra
- 99% mutação JAK2 - espelnomegália, hepatomegália
funcionalmente similar)
- insuficiência cardíaca
Confirmação do diagnóstico – biópsia MO
- gota (devido à hiperuricémia)
2.Trombocitose essencial
Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
- esplenomegália
• Plaquetas > 450x109/L - pseudo-hipercaliémia Excluir trombocitose reactiva (devido a - Anti-agregantes plaquetários (ex: anagrelido)
• 50% mutações JAK2 -  tempo de hemorragia (devido ao infecção, inflamação, hemorragia, etc.) e
• Factores risco défice de função das plaquetas) outras alterações mieloproliferativas - AAS em baixa dose
– Idade >40 ano - eritema das extremidades devido a
– plq >1000,000 oclusões microvasculares Esfregaço de sangue periférico – plaquetas - Quando há trombocitose grave - hidroxiureia
– Antecedentes doença trombótica hipogranulares, de forma anormal
• Elevada morbilidade, mas baixa • Complicações trombóticas e
mortalidade hemorrágicas (TVP, embolia pulmonar) Biópsia MO -  nº de megacariócitos
• Sobrevivência normal
– Hidroxiureia •trombose de veia hepática ou porta
– Anagrelido (síndrome de Budd-Chiari) ocorre em
doentes mais jovens

3.Mielofibrose
Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
• Fibrose da MO que leva a • Pancitopénia
pancitopénia e hematopoiese • Anemia normocítica, normocrómica Esfregaço de sangue periférico:
• Transfusões
extramedular • Hemorragia - células em lágrima
• Infecção - plaquetas anormais • Citoredução
• Mutação JAK2 em 50%
• Esplenomegalia - células mielóides imaturas
• Analgesia
• Progressão para LMA • Sintomas debilitantes:
– Fadiga Mielograma – fibrose da MO
• Mau prognóstico
– Cansaço
SINTOMÁTICA
– Dores ósseas
– Caquexia

Doenças linfoproliferativas
LEUCEMIA - atingimento primário da medula óssea e do sangue
LINFOMA - tumores sólidos do sistema imune. Podem evoluir com atingimento da MO e sangue periférico.
Algumas neoplasias linfóides podem manifestar-se como leucemia ou linfoma; o padrão clínico pode alterar-se ao longo da evolução da doença
LEUCEMIAS
São caracterizadas pela proliferação anormal de GB. Estes GB anormais acumulam-se e interferem com a produção de outros GB, bem como com a produção de GV e
plaquetas - anemia e trombocitopénia
LEUCEMIAS AGUDAS LEUCEMIAS CRÓNICAS
Invasão medular e sanguínea por células indiferenciadas – blastos com bloqueio
maturativo Invasão medular e sanguínea por células maduras – células sem
bloqueio maturativo e com alguma capacidade funcional
Curso clínico rápido, com insuficiência medular grave
Curso clínico indolente, por vezes evolui durante anos
Linhagem Mielóide – Leucemia Mieloblástica Aguda – LMA (+ comum nos adultos)
Linhagem Linfóide – Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) LLA – T, LLA - B Linhagem Mielóide – Leucemia Mielóide Crónica – LMC
LLA (+ comum nas crianças) – indicadores de mau prognóstico Linhagem Linfóide – Leucemia Linfática Crónica (LLC) LLC – B, LLC – T;
- idade < 2anos ou > 9 anos Tricoleucemia – HCL
- GB > l05/mm3
- envolvimento do SNC

Insuficiência medular (porque há acumulação de blastos na MO):


- Anemia, palidez
- Neutropénia - infecções Diagnóstico de Leucemias:
- Trombocitopénia – Diátese hemorrágica - hemograma + esfregaço de sangue periférico
Infiltração de orgãos: - mielograma
- Linfadenopatias, hepatoesplenomegália - citoquímica/ imunofenotipagem
- Hipertrofia gengival, Úlceras necróticas bucais ou ano-rectais - cariótipo
- Infiltração neuro-meníngea
- Dor óssea, quadros compressivos (mediastino, abdominais)

Outras manifestações:
Coagulação intravascular disseminada
Perturbações metabólicas – Síndrome de lise tumoral
Leucostase (devido ao nº elevado de bastos em circulação) pulmonar, da retina, do SNC

Leucemia mieloblastica aguda


Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
- ocorre geralmente em adultos •Falência medular (anemia, hemorragias, Mielograma Resposta à terapêutica menos favorável que na
infecções) • Morfologia LLA
Factores de risco •Infiltração extra-medular (orgãos: SNC, testículo, • Fenotipo 1.indução da remissão
- exposição a radiação fígado, baço, gânglios...) • Citogenética 2.pós-remissão:
- SMD • Úlceras necróticas e hemorrágicas • Exame molecular - consolidação
- Quimioterapia (agentes alquilantes) • Discrasia hemorrágica por trombocitopénia – - intensificação
petéquias e equimoses - manutenção
Leucemia mielóide crónica – sem tratamento evolui para LMA
Características gerais Clínica Diagnóstico
Leucocitose com formas imaturas da granulopoiese em Hemograma:
circulação Evolui em 2 ou 3 fases: - Leucocitose com desvio à esquerda
- Neutrofilia acentuada na ausência de febre
- Presença do cromossoma Philadelphia (translocação 1. Fase crónica (dura 5 a 6 anos) - Hepato-esplenomegália
t(9;22)(q34;q11)) ou rearranjo molecular dos genes BCR e Eosinofilia, basofilia, poucos - Poliadenopatias de evolução lenta
ABL1. blastos no sangue periférico - Insuficiência medular – formas avançadas
O gene da fusão BCR/ABL1 transcreve RNAm que codifica uma
proteína com atividade tirosino-quinase. 2. Fase acelerada Mielograma
A proteína de fusão BCR/ABL1 leva ao crescimento e
transformação celular independentes de citocinas, perda da 3. Fase aguda ou crise blástica (CB) Cariótipo: é o exame de escolha para identificar o cromossomo Ph
apoptose, alteração na adesão da célula hematopoética à matriz Nesta fase avançada as células não se (presente em 90%-95% dos doentes)
extracelular por aumento da actividade de integrina e diferenciam e há predomínio de blastos
instabilidade genómica. A atividade constitutiva da tirosino- (mieloides, linfoides ou indiferenciados). FISH (hibridação in situ por fluorescência): para detectar o rearranjo
quinase no citoplasma causa a fosforilação de substratos de CB - doentes sintomáticos, com febre, BCR/ABL
diversas cascatas de transdução de sinais que afectam o dor óssea, sangramento e sudorese.
crescimento e diferenciação celulares. Biópsia de medula óssea (BMO): apresenta-se hipercelular à custa
de aumento de neutrófilos e seus precursores.

Leucemia Linfática Crónica


Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
• A leucemia mais frequente no mundo Curso indolente, geralmente Leucocitose - GB 50,000 a 200,000 Sobrevivência prolongada (subtipos biológicos
ocidental assintomática definidos geneticamente)
• Tipo de leucemia menos agressiva Biópsia de medula óssea – MO infiltrada
• Origem em linfócitos B Linfocitose (linfócitos “banais”) por células leucémicas Sem terapêutica curativa
• Mais frequente sexo masculino e Poliadenopatias
idades avançadas (>50 anos) Hepato-esplenomegália
• Proliferação monoclonal de linfócitos Anemia, trombocitopénia
que são morfologicamente maduros, Neutropénia
mas funcionalmente defeituosos (não
se diferenciam em células produtoras
de Ac)
Linfomas
Características gerais Instrumentos diagnosticos SISTEMAS DE ESTADIAMENTO Terapêutica
– Definem a extensão da doença (estádio)
Formas de apresentação clínica – Permitem a definição de subgrupos de – Histologia (LH vs LNH; subtipo de LNH)
• Citologia aspirativa
ganglionar (70-80% LNH; 95% LH) doentes com diferentes prognósticos
• BIÓPSIA GANGLIONAR – Podem ser decisivos na eleição do – Doença localizada (I, II) vs disseminada (III, IV)
(outras)  Estadiamento (incluindo tratamento mais adequado
Alguns linfomas manifestam-se através SP/MO) – Doença indolente vs agressiva
de um quadro clínico leucémico no EXAMES DE ESTADIAMENTO Radioterapia
® ANÁLISE MORFOLÓGICA
sangue periférico (com • História clínica e Exame Objectivo Quimioterapia
comprometimento da MO) ® Análise fenotípica • Avaliação laboratorial (LDH e b2 Imunoterapia
Microglobulina) Novos fármacos
® Análise citogenética convencional
• TAC C-T-A-P Transplantação autóloga, alogénica
® Hibridização fluorescente in situ (FISH) • PET ?
• Biópsia óssea
® Análise molecular
Sistemas de estadiamento - Linfoma
Hodgkin/ LNH
Sistema de estadiamento de Ann Arbor

IPI (Índice prognóstico internacional para


LNH)
5 factores de risco clínico  score de risco -
define subgrupos de doentes com um
prognóstico semelhante, consoante o tipo
de linfoma
• Idade > 60 anos
• B DHL sérica
• Performance status ECOG > 2 ou
Karnofsky < 70
• Estadio III ou IV de Ann Arbor
• >1 localização extranodal envolvida
Linfomas não Hodgkin (LNH)
Neoplasia maligna com proliferação de células B ou T, ou dos seus precursores no sistema linfático
O tipo de linfócito envolvido e o seu grau de diferenciação determina o curso da doença e o prognóstico
A doença geralmente inicia-se nos gânglios linfáticos e pode disseminar-se para o sangue e MO
Características gerais Etiologia/ Factores de Risco Clínica Diagnóstico
Existem + de 20 subtipos diferentes • Infecções virais Linfadenopatia – gânglios linfáticos (GL) Diagnóstico definitivo - Biópsia dos GL
Classificação LNH (OMS) de acordo – EBV, HIV, VHC, HHV8, HTLV-1 indolores, firmes e móveis (qualquer GL >1cm presente por mais de 4
com: Aumento dos GL é rápido semanas, que não seja de origem infecciosa,
• Infecções bacterianas
- Morfologia Localização mais comum: GL axilares, deve ser biopsado)
- Genética • Exposição a toxinas, radiação e supraclaviculares, cervicais
- Fenótipo quimioterapia Rx torax – pode demonstrar adenopatia
- Clínica - Sintomas B menos comuns que no linfoma mediastínica ou hilar
• Doenças autoimunes, inflamação
de Hodgkin
crónica
Neoplasias de células precursoras - Hepatoesplenomegália TAC
L. Linfoblastico T/LLA-T; • História familiar - Dor abdominal ou sensação de
L. Linfoblastico B/LLA-B enfartamento Biópsia MO
• Alterações cromossómicas
Linfoma blastico NK - Infecções recorrentes, anemia,
constituicionais
trombocitopénia (devido ao envolvimento
Neoplasias de células maduras da MO)
- LNH B (90%);
- LNH T (10%)

LNH mais comum – Linfoma folicular


(indolente)

Linfoma Hodgkin (LH)


Características gerais Subtipos Prognóstico Clínica
• ±25% de todos os linfomas LH predomínio linfocitário nodular: • Cura em >90% formas localizadas de bom
- poucas céls Reed Sternberg (RS) e prognóstico
• Origem em Linfocitos B - sintomas B: febre, perda de peso, sudorese
muitas céls B • Cura em >70% formas disseminadas
• 40% provavelmente causados pelo nocturna (a presence de sintomas
• Toxicidade tardia da terapêutica
EBV constitucionais piora o prognóstico)
Esclerose nodular (40-60%):
• Dois picos de incidência (mulheres
- céls RS CD15+ e CD30+ Estadiamento de Ann Arbor: - linfadenopatia indolor (sintoma mais
20-30 anos, homens >50)
Estadio I – confinado a um único GL comum)
• 90% casos - adenopatias (superficiais
Celularidade mista (20-40%): Estadio II – envolvimento de 2 ou mais GL,
e/ ou profundas); 30% sintomas B; - GL supraclaviculares, axilares, cervicais,
- muitas células RS num fundo mas do mesmo lado do diafragma
prurido mediastínicos (localização mais frequente é
pleomórfico Estadio III – ambos os lados do diafragma
• Diagnóstico histológico supradiafragmática)
afectados
• Grande variedade celular
Rico em linfócitos Estadio IV – disseminação da doença para - disseminação para GL adjacentes
• Terapêutica específica; >80% curas;
locais extra-linfáticos
toxicidade a longo prazo Deplecção de linfócitos (1-10%): - outros sintomas podem estar presentes:
• Envolvimento extra-ganglionar é raro - pior prognóstico Estadiamento/ Diagnóstico mprurido, tosse (secundária ao envolvimento
• Disseminação (quando acontece) é - falta de céls reactivas - Serologias virais de GL mediastínicos)
por conguidade anatómica - Rx tórax
- TAC toraco-abdomino-pélvica
Classificação (de acordo com a - Cintigrafia/ PET
histologia do GL) - Mielograma + Biópsia óssea
• D. Hodgkin, predomínio linfocitário - Biópsia do GL – presença de céls RS
nodular Presença de infiltrados de céls inflamatórias
• D. Hodgkin clássica: distingue LH de LNH.
– Esclerose nodular As céls inflamatórias (eosinófilos,
– Celularidade mista fibroblastos, linfócitos B e T) estão presentes
– Rico em linfocitos porque reagem à presença das céls RS
– Depleccao de linfocitos

Terapêutica
Quimioterapia
Radioterapia

DOENÇAS CLONAIS DE PLASMÓCITOS


Produção de um único idiotipo de Ig Quadros Clínicos
. Gamapatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)
- Presença de proteína M na electroforese . Gamapatia monoclonal secundária (D. Auto-imune, SIDA, carcinoma, infecção crónica, linfoma)
- IgG, IgM, IgA, IgE, IgD monoclonais no soro (K ou l) . Amiloidose
- Cadeias leves em excesso (proteinúria de Bence-Jones) . Doença de cadeias pesadas (cadeias a, g, μ)
. Macroglobulinémia de Waldenstrom (IgM)
. Mieloma Múltiplo

Gamapatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS)


• Comum em doentes mais idosos (> 75 anos)
• geralmente assintomáticos
• Diagnósticos: pico IgG < 3.5 g; < 10% de plasmócitos na MO; proteinúria Bence Jones < 1 g/24h
• Não é necessário tratamento específico, apenas vigilância
MIELOMA MÚLTIPLO (MM) – GAMAPATIAS MONOCLONAIS
Características gerais Clínica Diagnóstico Terapêutica
Plasmocitose medular com dismorfias Dores ósseas - Electroforese de proteínas Suporte:
Lesões osteolíticas disseminadas (pico monoclonal devido ao clone maligno – Anemia
Proliferação neoplásica de uma única
Fracturas chamada proteína monoclonal (proteína M) – Hipercalcémia, doença óssea
linha celular que produz Ig monoclonal
Hipercalcémia (devido à destruição principal critério de diagnóstico) Infecções
 inúmeras cópias de uma Ig
óssea)
específica (geralmente IgG ou IgA) - Hiperglobulinémia   proteínas totais no
Nefrocalcinose Observação vs Quimioterapia (estadio e
sangue
À medida que a doença evolui, os prognóstico)
elementos da MO são substituídos por Insuficiência medular - Proteínas Bence Jones na urina
células malignas  pancitopénia Anemia (normocítica, normocrómica) Quimioterapia
- Pancitopénia
Infecções Convencional (alquilantes,
3 tipos diferentes:
Hipogamaglobulinémia - Radiografias – lesões ósseas líticas antraciclinas, corticóides)
– proteina M no sangue
Hemorragias Alta dose (transplante autólogo)
– proteina M na urina - Biópsia da MO
Novos agentes
– não secretor
Gamapatia monoclonal IgG, IgA, cadeias Anti-angiogénicos
leves Inibidores proteosoma
Incidência > após 50 anos
Síndrome de hiperviscosidade
Classificação: Imunodeficiência
- MGUS Insuficiência renal (devido à
- MM latente precipitação das Ig nos túbulos renais
- MM Indolente – proteinúria Bence Jones)
- MM sintomático

DISCRASIAS HEMORRÁGICAS - DEFEITOS DA HEMOSTASE PRIMÁRIA


VASCULOPATIAS OU PÚRPURAS VASCULARES
HEREDITÁRIAS ADQUIRIDAS
Telangiectasia hereditária ou Síndrome de Ehler-Danlos Síndrome de Marfan Alérgicas Outras
Doença de Rendu-Olser
- Autossómica dominante, recessiva ou Schonlein-Henoch Infecções: Vírus,
ligada ao X - Autossómica dominante Rickettsias
- Autossómica dominante
- hiperlaxitude ligamentosa e articular e - Anomalias esqueléticas (crescimento LES
- Telangiectasias na pele e mucosas púrpura equimótica excessivo) Senil
que aumentam com a idade - Pouco frequente hemorragia das - alt. Cardiovasculares (mitral, aorta) Fármacos/ drogas
mucosas - alt. Oculares (luxação cristalino, Idiopática
- Epistaxis e hemorragias digestivas
- Má cicatrização descolamento da retina)
- anemia ferropénica - Facilidade para formar aneurismas - Mutação 15q21
- Prolapso mitral - Hematomas e hemorragias pós-cirurgia
- Tratamento tópico - Alteração do colagénio ou fibronectina

PÚRPURAS PLAQUETÁRIAS
PERTURBAÇÕES QUANTITATIVAS - TROMBOCITOPENIA PERTURBAÇÕES QUALITATIVAS – TROMBOCITOPATIA
Hereditários
Defeitos de produção Defeitos de adesão plaquetária
Defeitos de distribuição Defeitos de agregação
Destruição exagerada Defeitos de libertação de grânulos
Adquiridos
TROMBOCITOPÉNIA (plaquetas <150000)
Causas PÚRPURA TROMBOCITOPÉNICA IMUNE PURPURA TROMBOCITOPÉNICA PURPURA TROMBOCITOPÉNICA ASSOCIADA
IDIOPÁTICA (PTI) A PTT E SHU - MICROANGIOPATIAS
1.Produção insuficiente Ac anti-plaquetários circulantes: Forma aguda PTT – Púrpura Trombocitopénica Trombótica
- Induficiência medular (aplasia, Formação auto-imune de Ac contra Frequente em crianças com Consumo de plaquetas: formação de
carência de vitamina B12 ou folatos, plaquetas. Os Ac anti-plaquetários (igG) antecedentes de infecção viral microtrombos  obstrução de pequenos
síndrome de Fanconi, neoplasias) cobrem e danificam as plaquetas, sendo Plaquetas < 20.000/ mm3 vasos (pode afectar qualquer orgão)
- Infiltração medular estas depois removidas pelo baço Resolução espontânea frequente Mais frequente no sexo F (20 – 30 anos)
- Mielofibrose Trombocitopénia periférica (semanas a meses) Começo súbito
- Insuficiência renal Medula óssea com hiperplasia Trombocitopénia com hiperplasia Pentade clínica:
2.Distribuição anormal megacariocítica megacariocítica e Ac anti-plaquetários, Alt. SNC, febre, trombopénia, anemia
- Esplenomegália sem esplenomegália hemolítica por microangiopatia, insuficiência
3.Destruição aumentada Forma primária – PTI (idiopática)) renal
- De causa imune (alo-Ac, auto-Ac) Formas secundárias Forma crónica
- Induzida por drogas LED Frequente em adultos (sexo F) , sem SHU – Síndrome Hemolítico Urémico
- CID LLC ou outros Síndromes antecendentes conhecidos frequente em crianças
- Micro-angiopatias linfoproliferativos Plaquetas - 20.000 a 80.000/ mm3 Início súbito com pródromos (infecções,
- Hemangiomas gigantes Pós-infecciosa Evolução por surtos, com remissões diarreia)
4.Por diluição Iinfecção por HIV espontâneas raras Tríade clínica:
- Doentes submetidos a transfusões Associada a GVHD Terapêutica imunossupressora Insuficiência renal aguda, trombopénia,
- hemorragias necessária em muitos casos anemia hemolítica por microangiopatia

PERTURBAÇÕES QUALITATIVAS DAS PLAQUETAS – DOENÇA DE von WILLEBRAND


Características Clínica Diagnóstico Tratamento
Autossómica dominante
Deficiência no factor von Willebrand [vWF] - História clínica
- epistáxis - Desmopressina induz as células
vWF:
endoteliais a produzir vWF
- sintetizado pelas células endoteliais e pelos - hemorragia fácil
megacariócitos - Tempo de hemorragia prolongado, com
- gengivorragias
- promove a agregação e a adesão plaquetária ao contagem de plaquetas normal
- Concentrados de factor VIII
endotélio mediante a união das glicoproteínas da - menorragia
- Diminuição de vWF
membrana plaquetária (GPIb)
- hemorragia GI
- proteína transportadora do factor VIII (factor anti- - Diminuição da actividade do factor VIII
- Evitar AAS e AINEs
hemofílico), protegendo-o da degradação – uma
- Defeito na agregação plaquetária com
diminuição do vWF induz diminuição do factor VIII
ristocetina
Doença vWB: 3 subtipos
- tipo 1 (+ comum) – níveis de vWF baixos
- tipo 2 – anomalias qualitativas do vWF
- tipo 3 (+ severo) – ausência de vWF

HEMOSTASE - ANOMALIAS HEREDITÁRIAS DA COAGULAÇÃO


Patologia Hereditariedade Prevalência
Hemofilia A Ligada ao sexo 60 – 100 / 106
Hemofilia B Ligada ao sexo 10 – 20
Factor V Recessiva < 0.5
Factor VII Recessiva < 0.5
Disfibrinogenémia Autoss. dominante 1
Protrombina (F II) Recessiva incompleta < 0.5
Doença vW Dominante/recessiva 10.000 – 30.000

DEFEITOS DA HEMOSTASE SECUNDÁRIA


Formas Hereditárias Formas Adquiridas
Hemofilia A Defeitos do metabolismo da vitamina K (factores II, VII, IX, X)
Hemofilia B Ingestão inadequada, má-absorção, inibição metabólica
Deficiência de factor XI Doença hepática
Doença de von Willebrand tipo I CID
Deficiências de factores VII, II, V, X Anticoagulantes circulantes

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL – DISCRASIAS HEMORRÁGICAS


Angiopatias Anomalias plaquetárias Coagulopatias
Patogenia Alt parede do vaso ou tecido conjuntivo - disfunção plaquetária - défice/ alt factores
- trombocitopénia - excesso de consumo
- anticoagulantes
Origem da hemorragia Capilares Arteríolas
Clínica - Petéquias e equimoses Hematomas musculares e articulares
- Hemorragia da pele e mucosas
Desencadeantes Espontâneas ou traumáticas Pós-traumática
Início Imediato Retardado
Controlo da hemorragia Medidas locais Tratamento sistémico
Defeitos + frequentes Idiopática, imune, senil Aquirida – PTI Adquirida – DHC
Hereditária - vW Hereditária - Hemofilia
Angiopatias Anomalias plaquetárias Coagulopatias CID
Tempo de hemorragia   N 
Plaquetas N  ou N N 
APTT N N, excepto em vW  
TP N N N na hemofilia; 
 na DHC
Fibrinogénio N N N 
PDF N N N 

Tipos de trombose
Arterial: relacionadas com plaquetas – trombo branco Venosa: Dependente de Fibrina - trombo vermelho

Interacções criticas - Plaquetas-VWF Factores da coagulação críticos

Associadas com aterosclerose “endstage” Estase venosa

Trombose
Factores herdados Factores Adquidos
- Factor VIII - Imobilidade
- Factor XI - Obesidade
- Deficiência em antitrombina - Consumo de tabaco
- Deficiência em proteína C - Cancro
- Deficiência em proteína S - Gravidez
- Resistência APC - Terapêutica c/ estrogénios
- Hiperfibrinogenémia - Cirurgia
- Anomalias fibrinolíticas - Síndrome Ac anti-fosfolípido
- Variante protrombina
- Hiperhomocisteinémia
ANEMIAS
Classificação

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