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Divisões da Filosofia
Metafísica
Do grego (metà), que quer dizer 'depois de além, ou além de'; e physis = física ou natureza. Ou
seja, metafísica significa: além do físico ou além da natureza. A metafísica tem como objetivo
principal buscar a essência, a natureza específica de todas as coisas, fornecendo uma visão
ampliada e dinâmica do mundo, que reúna os diversos aspectos da realidade, estudando além do
que a experiência sensorial possa descrever, transcendendo o que o podemos ver ou tocar. Ou
seja, estuda coisas interiores e exteriores ao ser, coisas que possam ser da existência dependente
ou derivada, coisas que existam por si próprias ou que dependam de outras para existir.
Epistemologia
Do grego (episteme), que quer dizer conhecimento ou ciência e logia/logos = estudo, ou discurso,
ou seja, estudo do conhecimento.É também chamada de teoria do conhecimento. A epistemologia
estuda as origens, causas e métodos utilizados e limites dos mais variados tipos e definições que se
tenha para conhecimento. Tem uma ligação direta com a relação de crença: uma vez que ela
também gera conhecimento, deve ser alvo e objeto de estudo da epistemologia. Resumindo: é a
investigação prática do conhecimento enquanto conhecimento, o estudo do saber, como aprendê-
lo e onde aplicá-lo.
Lógica
Derivada do grego (logos), quer dizer pensamento / estudo. É a ciência que estuda a
funcionalidade dos métodos de pensamento, que tem uma origem matemática, visando uma
exatidão no que seja um método, buscando, assim, diferenciar um pensamento ou método relativo
de um pensamento exato e lógico.
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Ética
Do grego = ethos; que quer dizer caráter, modo de ser ou comportamento.
A ética é o estudo da moral e visa encontrar a melhor forma de se viver em sociedade e
individualmente para com a sociedade.
Embora analise a moral enquanto marco para um dos pontos de partida de seus estudos, a
Filosofia Política
É o campo de investigação filosófica que tem por objetivo o estudo das relações humanas em seu
mais amplo sentido, englobando, também, por ser uma das mais notórias formas de relações
humanas, entendendo-se política como qualquer forma de organização humana (no modo geral da
palavra, que quer dizer a arte da organização, seja de um estado, ou mesmo de pessoas entre si).
Os Pré-socráticos
Os pré-socráticos, como o próprio nome alude, antecederam a Sócrates, de quem falaremos
adiante; porém, essa alusão de nomes se dá mais em função da sequência e ao objeto do
pensamento desses filósofos que Sócrates passa a aprimorar. Eles eram naturalistas, buscavam a
essência, o princípio das coisas, o que chamavam de arché.
A seguir, os principais deles e suas linhas gerais de pensamento:
Tales de Mileto (624-548 a.C)
Tales tem uma vasta colaboração para o pensamento filosófico ocidental: era matemático e entre
suas várias viagens, uma delas ao Egito, elaborou uma teoria de como se davam as cheias do rio
Nilo. Também observou as pirâmides, através de um cálculo elaborado pela proporção entre
cumprimento da sombra projetada pela pirâmide e sua altura, o que ainda hoje é um importante
método geométrico para se medir áreas, o teorema de Tales. Mas como monista/naturalista, Tales
também criou que todas as coisas derivariam de um único elemento. Para ele, a origem, o 'arché'
das coisas, estava na água.
Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C)
Também era monista, e acreditava que todas as coisas derivavam do vapor ou o próprio ar em si.
Contestando a teoria da água de Tales, Anaxímenes buscou a origem da água e chegou ao vapor e,
através dessa linha de raciocínio identificou no ar a origem do universo. O arché, para
Anaxímenes, era o “pneuma” (ou ar).
Anaximandro de Mileto (611-547 a.C)
Discípulo e sucessor de Tales, Anaximandro era matemático, filósofo, político e também monista.
Ele criou que a origem de todas as coisas estaria no “áperion” (ou infinito), ou seja, uma
substância indeterminada e infindável que gerava todos os outros elementos e coisas do universo.
Heráclito de Éfeso
Tinha uma característica altiva e melancólica, reconhecido por ser um pensador genial; porém,
arrogante, que desprezava a plebe. Não se têm dados exatos sobre nascimento e morte, mas sabe-
se que o florescimento de seu pensamento se deu em 504 -500 a.C. Heráclito cria que a origem das
coisas não estava num único elemento, mas sim, em uma cadeia de fenômenos que gerava a
mutabilidade constante das formas naturais e dos elementos. Era tido, por essa linha de
pensamento, como um dos mais evidentes e geniais pensadores pré-socráticos.
Pitágoras de Samos
Um dos maiores matemáticos da história, por suas teorias de cálculo como o teorema de Pitágoras,
era também um filósofo exímio que buscava a origem de todas as coisas, como bom matemático,
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no número, ou melhor dizendo, nas relações matemáticas. Pouco se sabe a fundo sobre a doutrina
e a vida de Pitágoras, além das fundações que ele instituiu, o êxodo para Itália e a Escola
Pitagórica fazem parte disso. Além de influenciar numa reforma educacional e política na Itália.
Zenão de Eléia
Diferentemente de Heráclito, Zenão via na política e no envolvimento do povo nessas questões
uma importante chave para o avanço de uma sociedade e do conhecimento. Escrevia suas obras
em prosa, mesmo quando elas se tratavam de assuntos extremamente acadêmicos. Seguia uma
linha diferente dos pitagóricos. A característica principal de Zelão foi a dialética, método que
consistia em se questionar pessoas até se chegar a uma resposta satisfatória, porém, não
definitiva.