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Giulia Baptistella
Juliana Alves
Maria Carolina
Rhael Barreto
Giulia Baptistella
Juliana Alves
Maria Carolina
Rhael Barreto
A arte é estruturalmente homogeneizada com tudo sob os moldes do capitalismo artista; arte e
comércio, arte e entretenimento, arte e lazer, arte e moda, arte e comunicação
(LIPOVETSKY, 2015). A fim de oferecer uma grande diversidade de produtos de consumo
para entretenimento, as indústrias de criação, aliadas ao comércio, ao consumo e a abranger
sempre o maior número de pessoas, são cada vez mais aproveitadas por esse modelo
socioeconômico.
Essa necessidade de atingir um público tão vasto e diverso faz com que essa arte, que segue as
regras do capitalismo artista¹, desenvolva uma linguagem acessível sem traços de cultura
erudita. As grandes mudanças que o mundo moderno trouxe transformaram a técnica das artes
e até a noção de arte. O cinema e os cartazes publicitários foram os principais protótipos da
arte de consumo de massa. Após vários anos lançando pôsteres com orientação vertical, os
filmes finalmente estão adaptando também seu conteúdo audiovisual promocional para
conquistar mais espaços para divulgação; alguns lançamentos de filmes são acompanhados de
trailers verticais, bem como a adaptação de trailers em serviços de streaming recentemente.
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O capitalismo artista se apresenta como o sistema em que a inovação criativa tende a se
generalizar, infiltrando-se num número crescente de outras esferas.
Figura 1 - ilustração de diferentes razões de aspecto projetadas em telas de diferentes dimensões.
A normalização do uso de celulares durante todos os momentos do dia traz, entre outras
coisas, o grande alcance da comunicação pela internet, que, diferente da dinâmica linear,
possibilita uma comunicação em rede com múltiplos interlocutores. Com isso, tornou-se
comum a possibilidade de qualquer usuário de um celular smart com câmera ser produtor de
conteúdo tanto para acervo pessoal, quanto para imprensa, ou até plataformas de
compartilhamento de vídeos. A praticidade e o costume de usar o celular no modo retrato
impactam na maneira como esse conteúdo é produzido e consumido, marcando assim a
tendência dos vídeos planejados e concebidos na vertical.
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Dados fornecidos pela agência We Are Social USA.
Viver com hábitos viciosos de navegação em redes sociais compartilhando, buscando e
consumindo conteúdos diversos que exaltam o desejo, a satisfação e o hedonismo, “o nosso
mundo se apresenta como um vasto teatro, um cenário hiper-real destinado a divertir os
consumidores” (LIPOVETSKY,2015) conduzindo o interesse do público para novas
plataformas criadas com a mesma finalidade de oferecer produtos da arte de consumo de
massa.
Com o mesmo objetivo de inovação constante, produtos como vídeo clipes e até filmes se
adaptam como podem à tendência do conteúdo vertical. Desde 2014 o Vertical Film Festival,
na Austrália promove a produção de curtas-metragens em modo retrato e premia uma
categoria com filmes do mundo todo. No Brasil, uma produção vertical de destaque é o vídeo
clipe do artista Baco Exu do Blues, de sua música “Paris”, lançado em 2019.