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HABERMAS
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*Pós-graduado em Direito Processual pela UESPI. Advogado e Ex-Procurador Jurídico (Chefe)
da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí - ADAPI. Ex-Professor Substituto de
Direito da UESPI. Professor do Curso de Direito da FAETE.
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Insista-se em dizer que a filosofia habermasiana é tida pela crítica
como o momento mais alto do pensamento liberal depois do advento da
democracia de massas, em que ele desenvolve e aprofunda os diversos
conceitos como “esfera pública”, “mundo da vida”, “sociedade civil” e
“sistema”, que permanecem exercendo enorme influência nas ciências
sociais e no debate político presente. Tanto é verdade que, neste sentido, o
professor PhD José Eisenberg, evoca a importância da obra de Habermas
para o pensamento político contemporâneo afirmando que
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recíproco, articuladas nas tradições culturais e estabilizadas em
ordens legítimas e vice-versa. A prática comunicativa cotidiana, na
qual o mundo da vida certamente está centrado, resulta, com a
mesma originalidade, do jogo entre reprodução cultural,
integração social e socialização. (HABERMAS, 1997, vol. I, p.
111)
A esfera pública pode ser descrita como uma rede adequada para
comunicação de conteúdos, tomadas de posição e opiniões; nela
os fluxos comunicacionais são filtrados e sintetizados, a ponto de
se condensarem em opiniões públicas enfeixadas em temas
específicos. Do mesmo modo que o mundo da vida tomado
globalmente, a esfera pública se reproduz através do agir
comunicativo, implicando apenas o domínio de uma linguagem
natural; ela está em sintonia com a compreensibilidade geral da
prática comunicativa cotidiana. (HABERMAS, 1997, vol. II, p. 92)
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O direito constitui poder político e vice-versa; isso cria entre
ambos um nexo que abre e perpetua a possibilidade latente de
uma instrumentalização do direito para o emprego estratégico do
poder. A idéia do Estado de direito exige em contrapartida uma
organização do poder público que obriga o poder político,
constituído conforme o direito, a se legitimar, por seu turno, pelo
direito legitimamente instituído. (Ibidem, p.212)
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HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro. p. 286-287.
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Para Habermas, da “interligação conceitual entre direito e poder”,
que fundamenta as características do seu modelo institucional democrático
discursivo, extraem-se princípios necessários para a garantia da equidade
dialógica. Estes princípios são enumerados por ele:
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princípios que fundamentam a orientação de sua formação. Esse
princípio traduz-se pela: c) legalidade da administração, bem
como controle judicial e parlamentar da administração. Por fim,
faz-se necessário um controle dos processos argumentativos,
buscando lhes resguardar interferências sociais não constantes no
acordo comunicativo realizado entre os membros da sociedade de
direito. Isso é necessário para evitar que “o poder social se
transforme em poder administrativo antes de passar pelo filtro
comunicativo”. Segundo Habermas: “A sociedade precisa
amortecer e neutralizar a divisão desigual de posições sociais de
poder”(...). Este princípio traduz-se como: d) separação entre
Estado e sociedade. (AZEVEDO, 2007, Revista “Tempo da
Ciência”, p. 141-142)
Referências Bibliográficas
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AZEVEDO, Paulo Roberto. A democracia comunicativa: uma exposição da
idéia de democracia em Jürgen Habermas a partir da análise dos volumes
da obra “Direito Democracia, entre facticidade e a validade”. Tempo da
Ciência, Toledo, vol. 14, n. 27, 1º semestre de 2007. pp. 135-156.
Disponível em: <http://e-
revista.unioeste.br/index.php/tempodaciencia/article/view/1569>. Acesso em:
20 jan. 2010.
7
http://www.sinaldemenos.org/index.php?journal=revista&page=issue&op=vie
w&path[]=4&path[]=showToc>. Acesso em 22 jan. 2010.