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CURSO DE PONTES

Ponte sobre Rio Barra Grande – Ortigueira / PR – Dez./2012

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CURSO DE PONTES
PAUTA:
• Apresentação
• Plano de Ensino
• Avaliação
• Curso de Pontes

PROF. MARCELO AUGUSTO QUINTANILHA


Email: marcelo@arcosengenharia.com.br
Fone comercial: (43) 3348-0652

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CURSO DE PONTES
• Engº Civil Graduado em 1988 pela Universidade Estadual de Londrina;
• Com 25 anos de experiência em Projeto e Construção de Pontes.
• Pós Graduação:
• Projeto de Estruturas Especiais de Madeira;
• Projeto de Estruturas Especiais de Aço;
• Projeto de Alvenaria Estrutural;
• Projeto e Construção de Pontes;
• Análise Estrutural por Computadores;
• Metodologia da Pesquisa em Engenharia de Estruturas;
• Gestão de Qualidade de Projetos de Estruturas;
• Projeto de Estruturas Especiais de Concreto Armado;
• Patologia e Recuperação de Estruturas;
• Projeto de Estruturas Protendidas;
• Projeto de Formas e Escoramentos;
• Tópicos Especiais em Engenharia de Estruturas;

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CURSO DE PONTES

Plano de Ensino

OBRAS DE ARTE ESPECIAIS


PONTES

Avaliação
PROF. MARCELO AUGUSTO QUINTANILHA
Email: marcelo@arcosengenharia.com.br
Fone comercial: (43) 3348-0652

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CURSO DE PONTES

Ponte sobre Rio Barra Grande – Trecho Ortigueira – Cornélio Procópio – Dez./2012 – Acervo Pessoal.
Ponte com 60 metros de altura, 370m de comprimento, 2 vãos das cabeceiras com 25m e 9 vãos
intermediários com 36m.
Eng.Civil Marcelo Augusto Quintanilha: Autor projeto de Modelagem estrutural 3D, análise estrutural, cálculo das
solicitações nas infra, meso e superestrutura, dimensionamento e detalhamento da superestrutura em concreto protendido
com cabos em parábola reversa.

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OBRA EM NÚMEROS:
•CONCRETO – 5.226,95 M³
•FORMAS – 21.194 M²
•AÇO CA 50/60 – 401.387,0 Kg
•AÇO CP 190 RB – 59.453,0 Kg

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PONTE EM PÓRTICO [1]

PONTE EM PÓRTICO – Willemstad - Curaçao

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SEÇÃO LONGITUDINAL - PONTE MISTA SOBRE CÓRREGO DOS BAGRES - FRANCA / SP
CURSO DE PONTES ARCOS ENGENHARIA LTDA.

DEFINIÇÕES: Projeto Engº Civil Marcelo Augusto Quintanilha

As pontes são estruturas construídas para dar continuidade a uma via de qualquer natureza,
seja ela uma rua, rodovia ou ferrovia.
Em função do trecho ou obstáculo a serem transpostos as Obras de Arte Especiais (OAE) podem
ser associadas às seguintes denominações:

•VIADUTO: Quando o obstáculo é um vale ou uma via sem existência de superfície de água.

•PONTE (Propriamente dita): Quando o obstáculo possui uma superfície qualquer de água, seja
um córrego, rio, lago ou braço de mar.

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“Existe ainda um tipo de construção que, em determinadas situações, pode ser enquadrado na
categoria de pontes que são as galerias.
As galerias, também denominadas de bueiros, são obras complementares ou parcialmente
enterradas que fazem parte do sistema de drenagem, permanente ou não, das vias ou são obras
destinadas a passagens inferiores.” USP – SÃO CARLOS /2009 - Mounir Khalil El Debs e Toshiaki Takeya

FIGURA: Segundo Mounir Khalil El Debs e Toshiaki Takeya

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CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DAS O.A.E.

•AÇÕES: Em função do tipo das cargas de utilização das pontes é necessário se considerar,
diferentemente das obras de edifícios, os efeitos dinâmicos das cargas devido a estas serem
móveis. Necessário portanto determinar a “Envoltória dos Esforços Solicitantes” bem como a
possibilidade da fadiga dos materiais principalmente decorrente de inversões destas solicitações
bem como das suas variações.

•ANÁLISE ESTRUTURAL: Possui uma sistemática própria com análise da grelha, determinação da
Linha de Distribuição Transversal de Cargas (LDTC) e que em função da Classe do Veículo
determina o Trem Tipo Longitudinal específico para a viga que está sendo considerada.

•ESTRUTURA: Em função das cargas de utilização, dos vãos a serem transpostos e do processo de
execução, as peças estruturais diferem das construções civis (convencionais) (p.ex. Longarinas,
transversinas, alas, etc...).

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NOTA: Em alguns casos a ponte não
CURSO DE PONTES apresenta separação nítida e
COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DAS PONTES: definida entre os elementos,
podendo não ser muito clara a
As OAE podem ser divididas em 3 partes distintas: aplicação das divisões.

1. INFRAESTRUTURA: É a fundação propriamente dita.


2. MESOESTRUTURA: São os pilares, encontros e aparelho de apoio.
3. SUPERESTRUTURA: É a estrutura destinada a vencer o vão livre composta das Longarinas,
transversinas e lajes.

SEÇÃO LONGITUDINAL -
PONTE MISTA SOBRE
CÓRREGO DOS BAGRES
- FRANCA / SP

Projeto: Engº Civil Marcelo


Augusto Quintanilha –
ACERVO PARTICULAR

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SEÇÃO LONGITUDINAL - PONTE MISTA SOBRE CÓRREGO DOS BAGRES - FRANCA / SP


Projeto: Engº Civil Marcelo Augusto Quintanilha – ACERVO PARTICULAR

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PONTE MISTA SOBRE CÓRREGO DOS BAGRES - FRANCA / SP – ARCOS ENGENHARIA LTDA.
Projeto: Engº Civil Marcelo Augusto Quintanilha – ACERVO PARTICULAR

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Projeto Engº Civil Marcelo Augusto Quintanilha

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COMPOSIÇÃO - ELEMENTOS DAS PONTES:

1. LAJES: Da pista de rolamento. Peça em contato direto com as cargas móveis, transmitindo essas às
tranversinas e longarinas.
2. LONGARINAS: Vigas principais, longitudinais, destinadas a vencer o vão.
3. TRANSVERSINAS: Vigas secundárias, tranversais, destinadas à restringir o “giro” das longarinas (de
apoio) e reduzir torção das longarinas (intermediárias), também contribui para boa distribuição das
cargas à todas as longarinas (efeito grelha).
4. APARELHO DE APOIO: Dispositivo intermediário que recebe a carga da superestrutura e transfere para a
mesoesetrutura.
5. *VIGA TRAVESSA DE APOIO: Viga transversal, no topo dos pilares, onde são colocados os aparelhos de
apoio, em geral transforma os pilares em um pórtico.
6. *VIGA TRAVESSA DA INFRA: Viga transversal aplicada na infraestrutura podendo ser utilizada como
equilíbrio ou travamento, formando com pilares e travessa de apoio, um quadro.
7. PILARES: Peças verticais que recebem as cargas e transferem para a infraestrutura.
8. CORTINAS: Peças destinadas à contenção do aterro no sentido transversal da ponte.
9. ALAS LATERAIS: Peças destinadas à contenção do aterro no sentido longitudinal da ponte, formando com
as cortinas uma “caixa” de contenção.

*Nomenclatura de usual em obra.

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COMPOSIÇÃO - ELEMENTOS DAS PONTES:

10. LAJE DE APROXIMAÇÃO: Laje sobre o aterro do encontro


11. GUARDA-RODAS: Barreira rígida de baixa altura (25 a 30cm) para impedir invasão dos passeios pelos
veículos.
12. DEFENSA OU BARREIRA RÍGIDA: Barreira de concreto tipo “New Jersey” ou similar para impedir invasão
dos passeios pelos veículos (mais eficiente e seguro).
13. PASSEIO: Passagem exclusiva para pedestres.
14. PISTA DE ROLAMENTO: Largura disponível, que pode ser dividido em faixas para tráfego dos veículos.
15. GUARDA-CORPO: Proteção lateral no passeio para pedestres.
16. CONSOLO: Consolo curto com finalidade de apoio para macaco hidráulico na substituição dos aparelhos
de apoio.
17. *BARBACÃ: Dreno pluvial na pista de rolamento e no passeio.
18. COMPRIMENTO DA PONTE: Comprimento total da ponte medida entre as extremidades da ponte.
19. VÃO: Entre eixos de dois suportes consecutivos, também chamado de vão teórico ou de tramo.
20. VÃO LIVRE: Distância medida entre as faces de dois suportes consecutivos.
21. ALTURA DE CONSTRUÇÃO: Medida entre ponto mais baixo e o mais alto da superestrutura.
22. ALTURA LIVRE: Medida entre o ponto mais baixo da superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo

*Nomenclatura de uso em obra.

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FIGURA: USP SÃO CARLOS: Mounir Khalil El Debs e Toshiaki Takeya

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AÇÕES NAS PONTES:


Em função das estruturas de pontes serem casos particulares, deve-se
considerar ações e segurança conforme NBR 8681/2003 – AÇÕES E SEGURANÇA
NAS ESTRUTURAS a qual classifica as ações em:

AÇÕES PERMANENTES:
•Diretas
Diretas
•Indiretas

AÇÕES VARIÁVEIS:
•Normais
•Especiais

AÇÕES EXCEPCIONAIS

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AÇÕES NAS PONTES:

Na NBR 7187/2003 – PROJETO DE PONTES DE CONCRETO ARMADO E


DE CONCRETO PROTENDIDO – PROCEDIMENTO, as ações podem ser organizadas
em:

AÇÕES PERMANENTES (As principais):

Peso Próprio dos elementos estruturais.


Peso da pavimentação, trilhos, dormentes, lastros,
revestimentos, defensas, guarda-rodas, guarda-corpos,
sinalizações, etc...
Empuxos de terra e de líquidos.
Retração e fluência do concreto (deformações impostas).
Forças de protensão.
Deslocamentos de apoios.

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AÇÕES NAS PONTES:

AÇÕES VARIÁVEIS (As principais):

CARGAS MÓVEIS:
•Ação gravitacional,
•Força centrífuga.
•Choques laterais.
•Frenagem e Aceleração.
Cargas de construção.
Ação do vento.
Empuxo de terra devido cargas móveis.
Empuxo, pressão e efeitos dinâmicos da água em movimento.
Variação de temperatura.

AÇÕES EXCEPCIONAIS:
Choques de veículos.
Outras ações excepcionais.

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AÇÕES NAS PONTES:

PESO PRÓPRIO: Proveniente das peças de sua estrutura própria


com levantamento inicial pelo pré-dimensionamento e checagem final
com o dimensionamento realizado:
VALORES USUAIS DE PESO ESPECÍFICO:
Concreto simples – 24 kN/m³.
Concreto armado – 25 kN/m³.

PESO DE ELEMENTOS NÃO ESTRUTURAIS (ACESSÓRIOS):


Deve-se prever além da pavimentação, um possível recapeamento.
VALORES USUAIS DE PESO ESPECÍFICO:
Concreto asfáltico – 24 kN/m³.
Recapeamento – 2 kN/m².
Lastro ferroviário – 18 kN/m³.
TRILHOS E DORMENTES: Na ausência de indicações
precisas deve ser considerado no mínimo 8 kN/m por via.

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BIBLIOGRAFIA:
NBR 8681/2003 – AÇÕES E SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS

NBR 7187/2003 – PROJETO DE PONTES DE CONCRETO ARMADO E DE CONCRETO


PROTENDIDO - PROCEDIMENTO
NBR 7188/82 – CARGA MÓVEL EM PONTE RODOVIÁRIA E PASSARELA DE
PEDESTRES
NBR 7189/85 - CARGAS MÓVEIS PARA PROJETO ESTRUTURAL DE OBRAS
FERROVIÁRIAS.
[1] Khalil El Debs, Mounir e Takeya Toshiaki – Introdução às pontes de concreto –
USP, São Carlos – 2009.

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