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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS APLICADA EM SISTEMAS

FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA

Rodrigo Leandro Mariano 


Victor Barbosa Felix 

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a aplicação da técnica de Análise Preliminar de Riscos
em um projeto de sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica de energia. Sabe-se que
nas últimas décadas, a energia solar tem se mostrado como uma alternativa promissora
na solução dos problemas energéticos. No Brasil, a partir de 2012, a ANEEL permitiu
que unidades consumidoras pudessem gerar sua própria energia e devolvê-la à rede de
energia elétrica em um sistema de compensação de energia. Com isso, projetos de micro
e mini usinas fotovoltaicas começaram a ser instaladas em todo Brasil. Esses projetos
ainda são carentes de análises qualitativas dos riscos que se impõem aos trabalhadores e
usuários desse tipo de tecnologia. É nesse sentido que se faz extremamente importante a
aplicação de uma técnica de análise de riscos de forma preliminar, como forma de
reduzir e controlar os riscos e seus efeitos.

Palavras-chave: Energia fotovoltaica, APR, programa de gerenciamento de riscos,


análise de riscos, Análise Preliminar de Riscos (APR).

ABSTRACT

This work aims to implement the preliminary risk analysis technique in a photovoltaic
system project connected to the power grid. It is known that in recent decades solar
energy has been shown as a promising alternative to solving energy problems. In Brazil
from 2012 ANEEL allowed consumer units to generate their own energy and return it to

 Engenheiro Eletricista, orientando



Engenheiro de Segurança do Trabalho, Professor Orientador
2

the network in an energy compensation system. With this micro and mini photovoltaic
plants have begun to be installed in all Brazil. These projects are still lacking in
qualitative analyses of the risks that are imposed on workers and users of that kind of
technology. It is in this sense that it is extremely important to implement a preliminary
risk analysis technique as a way to reduce and control risks and its effects.

Keywords: Photovoltaic energy, APR, Risk management Program, risk analysis,


Preliminary risk analysis (APR).

1. INTRODUÇÃO

A energia solar é inesgotável na escala terrestre de tempo (CEPEL,2014), podendo ser


aproveitada tanto para produção de calor como energia elétrica. Atualmente é uma das
alternativas para solução do problema energético mais promissoras, capaz de garantir a
energia necessária ao desenvolvimento humano (CEPEL,2014).
É nesse sentido, que o aproveitamento da energia solar vem sendo aplicado em
incentivado em diversas partes do mundo. No Brasil, desde o ano de 2012, já existe
legislação especifica que incentiva a utilização de energia solar fotovoltaica conectada à
rede elétrica como fonte de energia na modalidade de compensação elétrica
(ANEEL,2016).
De acordo com estudo sobre principais falhas e suas causas no Projeto de 1.000
sistemas fotovoltaicos conectados à rede, instalados na Alemanha entre 1991 e 1995,
constatou-se que 40% das falhas ocorridas eram provenientes de problemas na
instalação e outros 30% por erros de projeto (CEPEL,2014). Esse período é equivalente
em desenvolvimento, ao período em que o Brasil se encontra com relação a energia
fotovoltaica, ou seja, é um período de muito aprendizado e desenvolvimento. Esses
números ressaltam que para um bom resultado é necessário que exista um bom
gerenciamento da qualidade do projeto e da instalação como um todo, por isso é
fundamental que existam critérios e especificações bem definidos para toas as etapas do
processo (CEPEL,2014).
Desta forma, é extremamente importante que se apliquem técnicas de avaliação dos
riscos, suas consequências e quais medidas mitigadoras do risco devem ser adotadas,
garantindo aos trabalhadores do setor e aos usuários do sistema maior segurança. Uma
das ferramentas que podem ser aplicadas é Análise Preliminar de Riscos (APR).
3

APR é definida como o estudo realizado ainda na idealização do projeto, sistema ou


processo que se pretende desenvolver, com o objetivo de avaliar e determinar os riscos
presentes na fase desenvolvimento e/ou operacional do processo, podendo se estender
até mesmo após a finalização (MAIRLA,2014).
Segundo MAIA(2014) a APR tem sido utilizada nas mais variadas áreas e situações,
com um maior destaque e contribuição na gestão de riscos.
A APR não fica restrita apenas na fase de concepção, como dito anteriormente, podendo
ser utilizada na avaliação geral da segurança em sistemas mais já operacionais,
mostrando aspectos que eventualmente não foram considerados na primeira etapa do
projeto (concepção) (MAIA,2014).
Como se observa a APR é uma ferramenta essencial quando se fala na prevenção de
riscos, justamente por atuar em uma fase preliminar podendo se estender até fases
operacionais.
Este trabalho apresenta a aplicação e avaliação preliminar dos riscos envolvidos na
instalação de mini e micro usinas fotovoltaicas conectadas às redes elétricas conforme
preconiza a normativa 482/12 publicada pela ANEEL e que define diretrizes para o
sistema de compensação de energia elétrica, que se encontra carente de estudos neste
campo.

2. ENERGIA SOLAR

No Brasil uma das maiores e principais fontes de energia elétrica são as de origem
hidráulica. No entanto fontes alternativas de energia têm ganhado destaque nos últimos
anos, principalmente as de cunho renovável como energia solar, eólica, biogás, etc.
Todas essas fontes tiveram um impulso devido ao PROINFRA do governo federal, que
destinou parte de recursos para serem aplicados nestes setores além de incentivos como
compra garantida de energia proveniente de fontes alternativas (CEPEL,2014). A
energia solar entra nesse rol de energias renováveis como sendo uma das mais
promissoras, dada sua portabilidade frente a outras fontes.
Aspecto relevante a ser considerado é que a energia solar é fonte inesgotável de energia
em escala terrestre, tanto como fonte de calor quanto de luz, e atualmente como uma
promissora fonte de energia elétrica (CEPEL,2014). Segundo o Relatório Especial sobre
Fontes Renováveis de Energia e Mitigação da Mudança Climática, a energia solar direta
é classificada em cinco blocos, sendo eles:
4

 Solar Passiva – onde se insere a arquitetura bioclimática;


 Solar Ativa – onde se inserem o aquecimento e a refrigeração solares;
 Solar Fotovoltaica – para a produção de energia elétrica com e sem
concentradores;
 Solar Hipotérmica – para geração de energia elétrica a partir de concentradores
de calor para altas temperaturas e;
 Um processo inspirado na fotossíntese, onde este processo ainda não obteve
resultados expressivos e continua em desenvolvimento.
Em um contexto mais geral, e para fins de estudo e aplicação, pode-se resumir energia
solar térmica e energia solar fotovoltaica.

A. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.

A energia solar fotovoltaica é a energia obtida a partir da conversão direta da luz em


eletricidade (Efeito Fotovoltaico) (CEPEL,2014). Existem classificadas três gerações de
tecnologias para produção de energia fotovoltaica, sendo elas:
Primeira Geração – dividida em duas cadeias produtivas: Silício mono-cristalino (m-Si)
e Silício poli-cristalino (p-Si), com mais de 85% do mercado (CEPEL,2014);
Segunda Geração – composta por filmes finos, dividida em três cadeias produtivas:
silício amorfo (a-Si), disseleneto de cobre e índio (CIS) ou disseleneto de cobre, índio e
gálio (CIGS) e telureto de cádmio (CdTe). Com participação modesta no mercado e
ainda com baixo rendimento se comparado com a primeira geração. Possuem baixo
rendimento, matéria prima de difícil acessibilidade, vida útil curta e em alguns casos
toxicidade (CEPEL,2014);
Terceira Geração – ainda em fase de pesquisa e desenvolvimento (P&D), com testes e
produção em pequena escala, assim como a segunda dividida em três cadeias
produtivas: células fotovoltaicas multijunção e célula fotovoltaica para concentração
(CPV – Concentred Photovoltaics), células sensibilizadas por corante (DSSC – Dye-
Sensitized Solar Cell) e célular orgânicas ou poliméricas (OPV – Organic
Photovoltaics) (CEPEL,2014).

B. HISTÓRICO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

O efeito Fotovoltaico foi descoberto por Edmond Becquerel, em 1839, onde foi
observado uma diferença de potencial nos terminais de uma célula eletroquímica devido
a presença de luz (CEPEL,2014). Entretanto sua aplicação industrial se deu apenas em
1956, acompanhando o crescimento da eletrônica, que apresentava uma grande
evolução por conta das descobertas e aplicações provenientes do Silício.
5

Com a crise do petróleo, fontes alternativas de energia passaram a ter especial interesse
e, nesse contexto, a energia solar acompanhou esse crescimento e interesse
principalmente em aplicações terrestres (CEPEL,2014).
Em 1978, a produção da indústria fotovoltaica já ultrapassava a marca de 1 MWp/ano.
No final da década de 90 Japão e Alemanha investiram no crescimento e
desenvolvimento dessas tecnologias. Em 1998, a produção mundial chega a marca de
150 MWp/ano, com o Si ocupando 85% de todo o mercado (CEPEL,2014).
Apesar de abundante e de haver um crescimento considerável nos últimos anos, a
energia solar fotovoltaica ainda é pouco utilizada. Para mudar esse cenário e ampliar
ainda mais o crescimento nesse setor, incentivos foram sendo concedidos para
instalação de novos sistemas fotovoltaicos.

C. ENERGIA FOTOVOLTAICA NO BRASIL

O território brasileiro é rico em irradiação solar, se comparado com países como


Alemanha e Espanha, cujo o aproveitamento da energia solar recebe grandes
investimentos. Mesmo sendo rico neste recurso, observa-se grande dificuldade no seu
aproveitamento, ficando a energia solar com uma fatia muito pequena se comparado
com outras fontes renováveis como a hidráulica e eólica.
Os primeiros estudos com energia solar no Brasil datam da década de 50, com o início
do desenvolvimento de módulos fotovoltaicos no Instituto Nacional de Tecnologia
(INT) e no Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA), com a realização do Primeiro
Simpósio Brasileiro de Energia Solar (CEPEL,2014). Seguido do desenvolvimento de
tecnologias de filmes finos na década de 70 desenvolvido pelo Instituto Militar de
Engenharia (IME). Nesse período o Brasil se equiparava aos países de vanguarda no
desenvolvimento desta tecnologia, entretanto, por falta de incentivos o programa e o
desenvolvimento reduziu-se a apenas uma fábrica para o encapsulamento de módulos
fotovoltaicos (CEPEL,2014).
Apesar de rico em recursos solares, o Brasil ficou estagnado tecnologicamente até final
da década de 90. Em 2001 o Governo Federal cria o Fundo Setorial de Energia (CT-
ENERG), onde houve um aumento nas pesquisas P&D, em especial na formação de
grupos de pesquisa em energia fotovoltaica (CEPEL,2014).
De lá para cá, iniciativas como a Resolução 493/12, e 482/12 da ANEEL foram
iniciativas que motivaram a utilização de energia solar no Brasil, principalmente energia
solar através de micro e mini geração.
6

É nesse contexto de crescimento do setor que se faz necessário o estudo e aplicação de


técnicas de prevenção e análise preliminar de riscos. Isso porque com o crescimento o
setor, novas frentes de trabalho estarão operacionais e em contato constante com o
perigo, necessitando de maior atenção controle e prevenção dos riscos envolvidos na
expansão deste setor.

D. RECOMENDAÇÕES E NORMAS APLICÁVEIS

A instalação de sistemas fotovoltaicos necessita de cuidado e atenção. Aconselha-se que


as normas de segurança e as recomendações técnicas relacionadas sejam seguidas
durante o processo de instalação.
A Tabela 1 apresenta algumas normas nacionais para serem seguidas na execução de
trabalhos com células fotovoltaicas.

Tabela 1 - Normas nacionais recomendadas para consulta – Fonte: (CEPEL,2014)


Org. Código Título Descrição Aplicação
Estabelece as
condições que
devem satisfazer
as instalações
elétricas de baixa
tensão, a fim de Sistema isolado,
Instalações garantir a bombeamento
ABNT NBR 5410:2004 Elétricas de segurança de de água, hibrido
Baixa Tensão pessoas e e conectado à
animais, o rede.
funcionamento
adequado da
instalação e a
conservação dos
bens.
Fixa as
condições de
instalação e Sistema isolado,
Proteção de
manutenção de bombeamento
Estruturas contra
ABNT NBR 5419:2015 sistemas de de água, híbrido
descargas
proteção contra e conectado à
atmosféricas
descargas rede.
atmosféricas
(SPDA)
Fixa os
Bateria Chumbo- requisitos para
Ácido projeto de
estacionária instalação e
NBR Sistema isolado
ABNT regulada por procedimentos
15.389:2006 e hibrido
válvula – para
Instalação e armazenamento,
Montagem montagem e
ativação e
7

aceitação de
baterias de
chumbo-ácido.
Fornece um
procedimento de
ensaio para
Procedimento de avaliar
ensaio anti- inversores
ilhamento para utilizados em
Sistema
NBR IEC inversores de Sistemas
ABNT conectado a
62.116:2012 sistemas Fotovoltaicos
rede.
fotovoltaicos Conectados a
conectados à rede Rede quanto ao
elétrica. desempenho das
medidas de
prevenção de
ilhamento.
Estabelece as
Sistemas recomendações
fotovoltaicos – específicas para
características da a interface de Sistema
NBR
ABNT interface de conexão entre os conectado à
16.149:2013
conexão com a sistemas Rede Elétrica
rede elétrica de fotovoltaicos e a
distribuição rede de
distribuição
Especifica os
procedimentos
de ensaio para
verificar se os
Sistemas
equipamentos
fotovoltaicos –
utilizados na
características da
interface de
interface de
conexão entre o Sistema
NBR conexão com a
ABNT sistema conectado à rede
16.150:2013 rede elétrica de
fotovoltaico e a elétrica.
distribuição –
rede de
Procedimento de
distribuição de
ensaio e
energia estão em
conformidade.
conformidade
com os requisitos
da ABNT NBR
16.149.
Sistemas Estabelece as
conectados à rede informações e a
elétrica – documentação Sistema
requisitos mínimas que conectado à rede
mínimos para devem ser elétrica (pode
NBR
ABNT documentação, compiladas após ser utilizada
16.274:2014
ensaios de a instalação de parcialmente
comissionamento, um sistema para sistemas
inspeção e fotovoltaico isolados).
avaliação de conectado à rede.
desempenho Também
8

descreve a
documentação,
os ensaios de
comissionamento
e os critérios de
inspeção
necessários para
avaliar a
segurança da
instalação e a
correta operação
do sistema.
Estabelece às
condições de
acesso,
compreendendo
a conexão e o
uso do sistema
de distribuição,
não abrangendo
as demais
instalações de
Módulo 3 – transmissão, e
Sistemas
Acesso ao define os
ANEEL PRODIST conectados à
sistema de critérios técnicos
rede
distribuição e operacionais,
os requisitos de
projeto, as
informações, os
dados e a
implementação
da conexão
aplicando-se aos
novos acessos
bem como aos
existentes
Estabelece os
requisitos e
condições
mínimas,
objetivando a
implementação
de medidas de
Sistema isolado,
controle e
Segurança em para
sistemas
instalações e bombeamento
MTE NR 10 preventivos, de
serviços em de água, híbrido
forma a garantir
eletricidade e conectado à
a segurança e a
rede elétrica
saúde dos
trabalhadores
que, direta ou
indiretamente,
interajam com
instalações
elétrica e
9

serviços de
eletricidade.
Estabelece os
requisitos
mínimos e as
medidas de
proteção para o Sistema isolado,
trabalho em para
altura, bombeamento
envolvendo o de água, híbrido
planejamento, a e conectado à
Trabalho em
MTE NR 35 organização e a rede elétrica,
altura
execução, de dependendo da
forma a garantir forma de
a segurança e a instalação do
saúde dos gerador
trabalhadores fotovoltaico.
envolvidos direta
ou indiretamente
com esta
atividade.

Em (CEPEL,2014), são apresentadas algumas sugestões gerais de segurança para serem


aplicadas na instalação de Sistemas Fotovoltaicos (SFV) conforme segue:
 Estabelecer e fazer cumprir os procedimentos de segurança de pessoas e dos
equipamentos, conforme as normas técnicas vigentes;
 Seguir os códigos locais para instalações elétricas, caso existam;
 Para os Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR), seguir as normas de
conexão dos sistemas à rede elétrica elaboradas pelas concessionárias locais e de
distribuição;
 Restringir o acesso à área de trabalho;
 Nos ambientes onde os equipamentos forem instalados, afixar placas de
advertência quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por
pessoas não autorizadas. Para sistemas fotovoltaicos conectados à rede,
recomenda-se, ainda, instalar próximo ao padrão de entrada de energia uma
placa de advertência quanto ao risco de choque elétrico devido à geração
própria;
 Manter permanentemente fechada a porta de acesso aos ambientes onde forem
instalados os controles, equipamentos de condicionamento de potência,
instrumentos de medição e baterias. Esta medida busca controlar o acesso de
pessoal ao ambiente e protegê-lo da umidade, poeira, insetos etc.;
10

 Realizar o aterramento elétrico das instalações, dos equipamentos e das


estruturas metálicas;
 Instalar dispositivos de proteção elétrica adequados para equipamentos e para o
ser humano;
 Proteger os terminais das baterias, a fim de prevenir contato acidental e/ou
curto-circuito;
 Cobrir o gerador fotovoltaico com uma manta ou uma cobertura opaca, quando
possível ao se trabalhar no sistema, para reduzir o risco de um choque elétrico
ou curto-circuito;
 Disponibilizar manuais básicos de segurança, operação e manutenção aos
usuários do sistema;
 Fixar, em local visível, instruções para desconectar a energia do equipamento
antes da realização de serviços de manutenção, e para sua reconexão após o
término desses serviços;
 Em microssistemas, disponibilizar na edificação onde ficam os equipamentos de
condicionamento de potência e de controle e baterias, equipamento de proteção
individual (EPI) para manipulação de baterias e extintor de incêndio adequado;
 Retirar todos os objetos pessoais metálicos antes dos trabalhos em instalações
elétricas;
Essas normas e procedimentos são base para prevenção e Análise Preliminar de Riscos
(APR) na instalação de sistemas fotovoltaicos.

3. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS

A análise preliminar de riscos (APR), surgiu na área militar para ser aplicado como
ferramenta de revisão nos novos sistemas de mísseis projetados para uso de
combustíveis líquidos (CICCO;FANTAZZINI,2003). As análises realizadas tinham o
objetivo de evitar o uso desnecessário de materiais, projetos e procedimentos de alto
risco, ou, caso fossem necessários, para assegurar a inclusão de medidas preventivas
(SELLA,2014).
Conceitualmente, segundo SELLA (2014), APR é uma análise onde se identificam
eventos indesejáveis, suas causas, consequências, modos de detecção e salvaguardas.
Trata-se de uma análise centrada na identificação dos riscos existentes para as pessoas,
o meio ambiente, o patrimônio, a continuidade operacional e a imagem da empresa.
11

Espera-se com a aplicação do APR que os riscos de processo durante a operação ou


mesmo antes da operação, sejam eliminados. De acordo com SOUZA (1995), essa
medida de controle deve ser a primeira técnica aplicada durante a análise de riscos de
projetos ainda na fase de concepção. Algumas etapas são necessárias ao se elaborar um
APR. Essas etapas são:
 Identificação dos perigos;
 Identificação das possíveis causas;
 Detecção dos eventos ou a previsão dos mesmos;
 Quais os efeitos danosos de cada evento;
 Recomendações de segurança, no sentido de minimizar os danos ou evita-los.
Pode-se definir a APR como sendo o estudo realizado na fase de concepção ou
desenvolvimento de um novo sistema ou processo, com o objetivo de determinar os
riscos que podem estar presentes na fase operacional do processo
(CICCO;FANTAZZINI,2003).
Deve ser aplicado ainda na fase inicial de projeto e de processo, produto ou sistema,
com especial atenção e importância para novos sistemas, os quais são pouco conhecidos
ou possuem documentação incipiente necessitando de maior nível de investigação dos
riscos associados.
De acordo com esse conceito, um conjunto mais completo de etapas pode ser
desenvolvidos levando-se em conta os aspectos já mencionados e alguns outros aspectos
que serão mencionados a seguir (MAIRLA et al,2014):
 Revisão de problemas conhecidos: A busca por analogias ou similaridades com
outros sistemas;
 Revisão da missão a que se destina: estar atento aos objetivos, exigências de
desempenho, principais funções e procedimentos, estabelecer os limites de
atuação e delimitar o sistema;
 Determinação dos riscos principais: Apontar os riscos com potencialidade para
causar lesões diretas imediatas, perda de função, danos a equipamentos e perda
de materiais;
 Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: Investigação dos meios
possíveis de eliminação e controle de riscos, para estabelecer as melhores opções
compatíveis com as exigências do sistema;
12

 Analisar os métodos de restrição de danos: Encontrar métodos possíveis e


eficientes para a limitação dos danos gerados pela perda de controle sobre riscos;
 Indicação dos responsáveis pelas ações corretivas e/ou preventivas.
Além das etapas, a APR ainda atribui categorias, onde são avaliados a frequência de
cada evento danoso, a severidade do evento e o tipo de risco envolvido no processo ou
etapa de processo.

A. CONCEITOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DE APR

Para um bom entendimento e uma boa elaboração de uma APR, é necessário que se
tenha em mente alguns conceitos fundamentais que são:
Perigo: uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às
pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses (CETESB,2011);
Causas: eventos simples ou combinados, que levam à ocorrência dos perigos
previamente identificados. Podem envolver falhar intrínsecas quanto erros de operação
e manutenção (Eletronuclear, 2014);
Efeitos: severidade das consequências provocadas por um determinado perigo
(AIChe,2008);
Modos de detecção: maneira pela qual pode-se identificar a ocorrência de um
determinado evento acidental. Geralmente realizada através de sistemas supervisórios
capazes de detectar eventos danosos (ex. detectores de incêndio, manômetros de
pressão, etc.);
Frequência: dão ideia qualitativa da quantidade de eventos por um dado período de
acordo com um cenário previamente conhecido.
Basicamente a aplicação da APR está associada ao preenchimento de uma tabela onde
esses elementos são inseridos e servirão como base de direcionamento de ações com a
finalidade de reduzir os danos causados. O modelo de tabela mais comum encontrado na
literatura é apresentado na Tabela 2.

Tabela 2– Planilha de APR. Fonte: Analise Preliminar Acabamento.


Análise Preliminar de Riscos (APR)
Etapa do Modos de Categorias Num.
Perigo Causa Efeitos Recomendações/Obs.
Processo Detecção Frequência Severidade Risco Cenário
13

Cada um desses elementos se subdivide em categorias de modo a formar uma


classificação para cada uma das etapas do processo de instalação. Segundo Carvalho
(2016), os cenários de acidentes devem ser classificados em categorias qualitativas de
frequência. Essa avaliação é determinada pela experiência dos componentes do grupo
ou por um banco de dados de ocorrências.
De acordo com CARVALHO (2016) as categorias de frequência não são padronizadas,
entretanto, o seu número não deverá ser menor que 4 (quatro). A Tabela 3 apresenta
essa subdivisão de categorias.

Tabela 3- Classes de Frequência


Frequência
Categoria Denominação Descrição
Conceitualmente possível,
A Extremamente remota
mas não esperado ocorrer.
Não esperado de ocorrer,
apesar de já haver relatos de
B Remota
ocorrência em unidades
similares.
Possível de ocorrer
eventualmente durante toda
C Possível
vida útil de um conjunto de
unidades similares.
Possível de ocorrer uma
eventualmente durante toda a
D Provável
vida útil da instalação ou
unidade instalada
Possível de ocorrer muitas
E Frequente vezes durante a vida útil de
uma instalação.

A severidade também deve ser categorizada de forma a facilitar as análises de risco.


Essa divisão é apresentada na Tabela 4.

Tabela 4- Classes de severidade


Severidade
Categoria Denominação Descrição Impacto
Sem lesões ou
I Desprezível primeiros socorros; Insignificante
Sem danos
Danos insignificantes
II Marginal às pessoas, à Impacto local
propriedade e/ou ao
14

meio ambiente. Danos


leves a equipamentos
sem comprometimento
da operacionalidade.
Lesões severas no
perímetro e lesões
leves fora do
Impacto local e
perímetro;
III Médio externo.
Danos significantes
Requer atenção.
aos sistemas,
comprometimento da
operacionalidade.
Risco de morte com
lesões severas dentro e
Local e externo
fora do perímetro;
em grandes
IV Critico Danos severos aos
proporções.
sistemas;
Requer atenção.
Danos com efeito
localizado
Risco de múltiplas
fatalidades dentro e
fora do perímetro de
operacionalidade;
Danos catastróficos
V Catastrófico com possibilidade de
perdas consideráveis
de patrimônio;
Possibilidade de danos
severos às áreas
próximas

O risco é a probabilidade de um evento e seus danos ocorrerem. É obtido através da


combinação das categorias de frequência e de severidade indicando a necessidade da
adoção de medidas, controles ou supervisão adicionais. Os riscos podem ser divididos
em:

Tabela 5 – Categoria dos Riscos envolvidos


Categorias de Risco Descrição do nível de controle necessário
Sem necessidade de medidas adicionais. A
Tolerável (T) monitoração é necessária para assegurar que
os controles sejam mantidos.
Controles adicionais devem ser avaliados com
Moderado (M) o objetivo de reduzir riscos.
Aqueles considerados praticáveis devem ser
implementados
15

Controles insuficientes.
Métodos alternativos devem ser considerados
Não tolerável (NT) a fim de reduzir a probabilidade de ocorrência
ou a severidade das consequências, de forma a
trazer os riscos para regiões de menor
magnitude.

A correlação entre todos os conceitos apresentados constrói uma matriz de riscos que
auxiliam no entendimento e na tomada de decisões referente aos riscos do processo ou
projeto a ser instituído.

Tabela 6 – Matriz de Riscos


Frequência
Categorias de Severidade A
B C D E
das Consequências Extremamente
Remota Possível Provável Frequente
remota
V
M M NT NT NT
Catastrófica
IV
T M M NT NT
Critica
III
T T M M NT
Média
II
T T T M M
Marginal
I
T T T T M
Desprezível

B. APLICAÇÃO DE APR EM INSTALAÇÃO DE SFCR

Conforme apresentado anteriormente, os sistemas SFCR requerem cuidados especiais


relacionados a sua instalação. Esse conceito está presente desde a sua fase de projeto até
a sua concepção e uso final. O APR é uma metodologia estruturada para identificar a
priori os perigos potenciais decorrentes da instalação ou da operação de unidades
existentes que lidam com materiais perigosos ou situações perigosas
(CARVALHO,2016). Nesse contexto é extremamente recomendável que se faça uso
desta técnica como complemento no momento de se projetar, instalar e/ou operar um
SFCR.
16

C. OS RISCOS ENVOLVIDOS

As instalações com energia solar podem dar origem a vários ricos conjugados ao longo
do seu ciclo de vida (EU-OSHA). Os principais riscos podem ser:
Riscos químicos e metais tóxicos;
Riscos elétricos/queimaduras;
Trabalho em altura;
Lesões musculoesqueléticas (LME).
Além desses riscos psicossociais e os problemas de organização do trabalho têm relativa
relevância uma vez que, no trabalho com são envolvidas diversas pessoas como mão de
obra, com diferentes competências, habilidades de funções, além da possibilidade de
conter funcionários de outras empresas, subcontratados, e trabalhadores por vezes
inexperientes.

D. APR-SFCR

Neste trabalho, alguns risos mais comuns foram considerados para a construção de um
modelo de APR a ser aplicado em um projeto de instalação de SFCR, em um micro
gerador conforme a legislação.
Os riscos mais comuns considerados foram:
Queda – o trabalho de montagem e instalação dos módulos fotovoltaicos é realizado na
cobertura de modo geral nas coberturas das residências e com isso eleva-se o rico de
queda;
Choque elétrico – os sistemas fotovoltaicos são ativos sob a presença de luz e com isso
o trabalho ocorre sob presença de eletricidade proveniente das próprias placas;
Insolação - o trabalho é feito em campo e a céu aberto, não havendo proteção ou
cobertura para os trabalhadores.
LME – os trabalhadores executam o transporte dos módulos até o local onde serão
instalados. Esses locais estão localizados na cobertura em alturas onde o esforço para
levar cada módulo é elevado necessitando da participação de mais de um trabalhador. É
comum em trabalhos dessa natureza queixas relacionadas as articulações e musculatura.
Curto-circuito – como as atividades são executadas com elementos energizados é
necessária muita atenção para se evitar o contato dessas partes energizadas umas com as
outras ou mesmo com a estrutura.
17

O conhecimento desses riscos e a aplicação da APR dá ao projetista e ao executor do


projeto uma noção dos riscos encontrado e onde medidas de controle deverão ser
aplicadas.

4. RESULTADOS DA APLICAÇÃO DA APR

O anexo 1 deste trabalho apresenta uma APR aplicada ao projeto e execução de um


SFCR, para ser utilizado na modalidade de micro geração. A aplicação da APR agregou
ao projeto valores e condições de trabalho que ainda não haviam sido apresentadas,
facilitando o trabalho e colocando os trabalhadores em uma condição de segurança
maior, reduzindo o risco de acidentes e danos às pessoas, ao sistema e à estrutura onde
os módulos foram montados.
Esses aspectos trouxeram ao proprietário da obra maior segurança e satisfação com
relação à montagem realizada. Em uma análise subjetiva é possível dizer que a
aplicação da APR traz tranquilidade ao contratante dos serviços e segurança aos
operários envolvidos no projeto.

5. CONLUSÃO

Com os incentivos à energia fotovoltaica e com o aumento na sua utilização, técnicas de


análise de risco são necessárias como ferramenta para elaboração de projetos, onde
desde a sua concepção aspectos relacionados a instalação, uso e manutenção sejam
contemplados, entre estes quais os riscos presentes.
Com o estudo realizado é possível perceber que a APR é uma ferramenta de
gerenciamento de risco que pode contribuir para a elaboração de projetos mais
conscientes e com menos falhas em sua execução, dando aos trabalhadores maior
segurança em sua montagem, operação e manutenção e ao usuário maior tranquilidade e
confiabilidade em sua instalação.
A utilização de uma lista de identificação de perigos, é um trabalho futuro que poderá
agregar riscos que não foram contemplados neste trabalho. Esta lista pode ser feita sob
forma de questionário aplicado a trabalhadores e empresas que utilizem essa tecnologia.
Um exemplo de lista de identificação de perigos pode ser encontrada European Agency
for Safety and Health at Work, entidade responsável por tornar ols locais de trabalho
europeus mais seguros e saudáveis, através da publicação 69 onde será possível
encontrar uma lista de identificação de perigos.
18

6. REFERÊNCIAS

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Hazard Evaluation Procedure. Center for Chemical Process Safety. Third Edition,
2008.

ANEEL, Cadernos Temáticos ANEEL – Micro e Minigeração Distribuida: Sistema


de Compensação de Energia Elétrica, 2nd ed., CEDOC, Brasilia 2016.

CARVALHO, L. A. de, Aplicação De Uma Análise Preliminar De Riscos Em


Receptores Críticos Localizados Ao Redor Dos Aeroportos Brasileiros Com O
Auxílio De Uma Métrica Complementar, Tese (Doutorado), Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, UFRJ, Rio de Janeiro, Março
2016.

CEPEL – CRESESB, Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, Rio de


Janeiro: ed. Revisada e Atualizada, março 2014.

CETESB - Norma P4.261- Risco de Acidente de Origem Tecnológica - Método para


decisão e termos de referência. São Paulo, 2011. Disponível em:
Http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/normas/11/2013/11/P4261.pdf. Acessado em 20 de
Outubro de 2017.

CICCO, F. De; FANTAZZINI, M. L., Tecnologias Consagradas de Gestão de Riscos,


Maio 2003.

ELETRONUCLEAR. Estudo de Impacto Ambiental – EIA da Unidade 3 da Central


Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Volume 6 – Análise e Gerenciamento de Risco e
de Emergência, cap. 12.2.7.2, 2014. Disponível em:
http://www.eletronuclear.gov.br/hotsites/eia/v06_12_analise.html#12272 Acessado em
20 de Outubro de 2017.
19

EU-OSHA - Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, Lista de


identificação de perigos: Riscos de SST associados às aplicações de energia solar de
pequena dimensão, E-FACTS 69, disponível em
https://osha.europa.eu/en/publications/e-facts/e-fact-69-oshand-small-scale-solar-
energy-applications, acessado em 30 de Outubro de 2017.

FIGUEIREDO, M. A.; Utilização da técnica de análise preliminar de riscos para


elaboração de programas de gerenciamento de riscos associados a instalações,
Monografia, Centro Universitário FEI, São Paulo 2015.

MAIA, A. L. M., Análise preliminar de riscos em uma obra de construção civil,


Tese (Mestrado), Revista Tecnologia & Informação, ano 1, n. 3, p.55-69, jul/out 2014,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, jul. 2014.

MAIRLA, G. P. V.; ALVES, C. S.; JERÔNIMO, C. E. de M., Análise preliminar de


riscos na atividade de acabamento e revestimento externo de um edifício, Revista
Monografias Ambientais – REMOA, n.3, maio-agosto,2014 p. 3.289-3.298, UFSM,
Santa Maria, 2014.

SELLA, B. C., Comparativo entre as técnicas de análise de riscos APR e HAZOP,


Monografia, UTFPR, Curitiba, 2014.

SOUZA, E. de, O Treinamento Industrial e a Gerência de Riscos - Uma Proposta


de Instrução Programada. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção).
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1995.
ANEXO I – PLANILHA COM APR – SFCR.

Tabela 7 - APR-SFCR

Análise Preliminar de Riscos (APR)

Empreendimento: SFCR 1 – micro usina residencial Pagina 1

Endereço:
Data: __/___/____
Descritivo do empreendimento, análise circunstancial e vistoria de campo
Categorias
Modos de NC
Etapa Risco Causa Efeitos Recomendações/Obs.
Detecção F S R
Trabalho Utilização dos EPIs adequados
Lesões graves;
Queda realizado em Observação local; C IV M Trabalho supervisionado
Possibilidade de morte.
altura Aplicação da NR 35
Placas
solares Utilização dos EPIs adequados;
Choque permanecem Observação local; Lesões graves; Trabalho supervisionado;
C IV M
elétrico ativas sob Instrumentação e leitura das tensões. Risco de morte Aplicação da NR10.
presença de Utilizar aterramento funcional.
luz
Lesões graves a
Montagem Trabalho Observação local; Utilização de EPIs adequados;
médias;
das Placas realizado sob Análise das condições dos Protetor solar;
Insolação Perda de consciência; C III M
Solares irradiação trabalhadores de campo; Reduzir o tempo de exposição;
Queimaduras;
solar direta Divisão das equipes de trabalho
Câncer de pele.
Trabalhos
manuais com Observação local;
Lesões leves a graves; Orientar sobre o uso das ferramentas;
esforço Check list de ferramentas;
Traumas Oferecer treinamentos;
LME repetitivo; Utilização de ferramentas adequadas; B II T
musculoesqueléticos; Realizar a vistoria dos equipamentos
Transporte Orientação sobre o uso das
e as condições de uso.
de cargas e ferramentas
objetos com
21
peso
considerável;
Manuseio de
ferramentas
manuais
Utilização dos EPIs adequados;
Aplicação da NR 10;
Trabalho Possibilidade de morte;
Orientação sobre os riscos;
manual com Lesões graves;
Instalação Observação local; Trabalho supervisionado;
Choque circuitos Danos significativos
dos Instrumentação e medidas de tensão C IV M Desligar a energia elétrica da rede,
elétrico possivelment aos sistemas;
módulos no local. sinalizar sobre a manutenção, colocar
e Possibilidade de curto-
inversores barreira para impedir o religamento
energizados circuito.
intencional, utilizar aterramento
funcional.
Utilização de EPIs adequados;
Aplicação da NR 10;
Trabalho Possibilidade de morte;
Orientação sobre os riscos;
manual com Lesões graves;
Observação local e verificação da Trabalho supervisionado;
Montagem circuitos Danos significativos
Choque presença de energia elétrica nos Cobrir as placas com manta opaca;
dos elétricos aos equipamentos e C IV M
elétrico condutores, proveniente das placas Desligar os circuitos de alimentação
quadros de possivelment circuitos;
solares ou da rede de distribuição. provenientes da rede elétrica, travar o
energia e Possibilidade de curto-
religamento, sinalizar sobre o
energizados circuito
trabalho realizado na rede elétrica.
Utilizar aterramento funcional.
Trabalho Medidas de segurança devem ser
manual com Lesões graves, aplicas;
Observação local e verificação da
Passagem Choque circuitos Possibilidade de morte, Aplicação da NR 10;
presença de corrente elétrica C III M
dos elétrico possivelment curto-circuito, danos Utilização de EPIs adequados;
proveniente das placas solares.
circuitos e aos sistemas elétricos. Trabalho supervisionado;
energizados Utilização de Aterramento Funcional;
Conexão dos
Lesões graves, risco de
circuitos aos
morte; Aplicação da NR 35;
módulos
Queda Observação local Danos consideráveis C III M Utilização dos EPIs;
fotovoltaicos
aos sistemas e à Trabalho supervisionado.
localizados
estrutura
no telhado

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