O corante usado até para tingir cabelos possui promissor uso na área médica em doenças cognitivas e tem sido alvo de estudos científicos interessantes. Azul de metileno é um corante comum, hoje muito usado em shampoos e condicionadores “azuis” para retirar o tom “verde” dos cabelos adquirido após nadar em piscinas com cloro, e que também tem uso em aquários para tratar de micoses (pontos brancos) em peixe s, além de micoses em humanos, como a onicomicose na unha. Devido a suas propriedades de agente redutor, o azul de metileno é empregado como um medicamento para o tratamento de metemoglobinemia, que pode se originar da ingestão de determinados medicamentos ou feijões de fava. Basicamente, o azul de metileno age por reduzir o grupo heme da metemoglobina a hemoglobina. Descobriu-se que o azul de metileno (metiltionínio), uma substância extremamente barata, utilizado sob a forma de cloreto, é um fármaco com forte potencial terapêutico no tratamendo do Alzheimer. Esta substância reduz os malefícios da proteína tau, que é produzida dentro das células nervosas cerebrais e demonstrou ser capaz de reduzir em mais de 80% a deteriorização mental em pacientes testados: **** Alzheimer: Novo medicamento pode travar desenvolvimento da deterioração Os doentes com Alzheimer tratados com um novo medicamento registaram menos 81 por cento de deterioração mental, segundo um estudo da Universidade escocesa de Aberdeen, apresentado na conferência internacional sobre Alzheimer, a decorrer em Chicago (Estados Unidos). Em causa está a substância ativa cloreto de metiltioninium, que visa neutralizar as consequências da proteína denominada tau, formada dentro das células nervosas do cér ebro e que debilita a concentração e a memória. No próximo ano deverão ser realizados ensaios mais alargados, também para perceber se o medicamento poderá prevenir a doença. Nos ensaios clínicos agora divulgados foram administradas várias doses do medicame nto a pacientes com ligeiro a moderado grau de Alzheimer, enquanto um outro grupo tomava um placebo. A dose de 60 miligramas foi a que registou melhores resultados: após 50 semanas houve uma diferença de sete pontos na escala para medir a gravidade da demência. O Alzheimer afecta 24 milhões de pessoas em todo o mundo e, segundo a Organização Mundial de Saúde, vai duplicar a cada 20 anos. Depressão e distúrbio bipolar Além disso, foi observado excelente efeito do uso de azul de metileno em pessoas com ansiedade e depressão no distúrbio bipolar. Obs.: O uso deste produto somente deve ser feito sob supervisão de um médico, pois indevidamente empregado pode ser tóxico. Fabian Laszlo Fontes das pesquisas: Alzheimer http://expresso.sapo.pt/alzheimer-novo-medicamento-pode-travar-desenvolvimento-da-deterioracao-estudo=f381915 http://pt.wikipedia.org/wiki/Azul_de_metileno http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=methylene+blue+in+Alzheimer