. .

C O N V E R G E N C I A S Y D I V E R G E N C I A S i "

E N T R E L O S A A ^ L E ^ D E 1 9 2 9A 1 9 6 8 íi"¡c^
_ . Y E L M A R X I S M O ,

í E N S A Y O D E B A L A N C E G L O B A D '

^ Carlos Antonio Aguirre Rojas

«El m a r x i s m o . . . e s , p a r a n o s o t r o s , u n ^ problemática q u e h o y f o r m a p a n e n e c e s a r i a m e n t e d e t o d o análisis

histórico s e r i o . . . ( e n t o n c e s ) a p a r t i r d e l m o n f e n t o e n q u e s e e s t a b l e c e e l diálogo, e s d e c i r , e l d e s e o d e c o m p r e n -
d e r s e recíprocamente, n i n g u n a d i v e r g e n c i a r e s u l t a m o l e s t a . ? o r e l c o n t r a r i o , e l l a e s c o n f r e c u e n c i a u n a i n c i t a -
ción a p e n s a r , u n a m a n e r a d e r e c o n o c e r l a s d i s t a n c i a s y l a s p r o x i m i d a d e s , d e p e r c i b i r u n a conciliación p o s i b l e .
P o r q u e n o s o t r o s s o s t e n e m o s s i e m p r e q u e n o p u e d e h a b e r d o s f o r m a s d e c i e n c i a histórica. L a s problemáticas
p u e d e n d i f e r i r y e f e c t i v a m e n t e , d i f i e r e n , p e r o l o s r e s u l t a d o s , e n t r e h i s t o r i a d o r e s d e b u e n a f e , d e b e n reencontrarse».

F e m a n d B r a u d e l , «Presentación»* a l artículo «Les Annales v u e s d e Moscou», Annales, ene-feb 1963.

1 9 8 9 h a r e p r e s e n t a d o , s i n discusión a l g u n a , e l m o m e n t o simbólico d e c l i m a x d e u n
viraje importante y profundo dentro de lahistoria europea, y m u y probablemente mundial.
Después d e l a caída d e l M u r o d e Berlín y l o q u e e l l a h a i m p l i c a d o e implicará, s e h a t e r m i -
n a d o e s e «pequeño s i g l o xx» q u e había c o m e n z a d o c o n l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l . Así,
l a c o y u n t u r a s o c i a l g e n e r a l d e l «pequeño c a b o asiático» q u e e s E u r o p a , h a c o m e n z a d o a
m o d i f i c a r s e s u s t a n c i a l m e n t e h a c e u n o s c u a n t o s años, r e d e f m i e n d o i g u a l m e n t e l a s d i s t i n t a s
atmósferas o p a i s a j e s i n t e l e c t u a l e s d e l a s d i v e r s a s n a c i o n e s e u r o p e a s . Y a t o n o c o n e s t e
c a m b i o d e las d i s t i n t a s c o y u n t u r a s i n t e l e c t u a l e s d e l o s d i f e r e n t e s espacios e u r o p e o s es q u e
h a n c o m e n z a d o a p l a n t e a r s e nuevos p r o b l e m a s , n u e v a s o r i e n t a c i o n e s d e n t r o d e l a i n v e s t i -
gación e n c i e n c i a s s o c i a l e s , y también n u e v o s m o d o s d e a p r o x i m a r s e a v i e j a s temáticas
anteriormente discutidas.
E s d e n t r o d e este c o n t e x t o g l o b a l , de grandes t r a n s f o r m a c i o n e s sociales y c u l t u r a l e s ,
q u e d e b e n u b i c a r s e t a n t o l a a c t u a l discusión e n ' t o r n o a l f u t u r o m e d i a t o e i n m e d i a t o y a
l o s n u e v o s p o s i b l e s r u m b o s d e l a c o r r i e n t e d e los-Annales, c o m o l a situación d e r e p l a n t e a -
m i e n t o r a d i c a l y renovación a l a q u e s e e n c u e n t r a h o y s o m e t i d a l a concepción m a r x i s t a
de l a h i s t o r i a . P o r q u e a r r a s t r a n d o e n s u m o v i m i e n t o d e c a m b i o a las dos p e r s p e c t i v a s h i s t o -
riográficas q u e más p r e s e n c i a y d e s a r r o l l o t u v i e r o n d u r a n t e l o s últimos d i e z l u s t r o s , e l v i r a j e
d e c i s i v o d e l o s últimos años h a o b l i g a d o a l o s d i s t i n t o s e s t u d i o s o s y científicos s o c i a l e s
c o m p r o m e t i d o s e n e l c u l t i v o d e l o s o f i c i o s d e CÍio a r e e x a m i n a r a f o n d o l a s p r e m i s a s , e l
caráctex y s o b r e t o d o l a s p e r s p e c t i v a s d e e s t a m i - s m a c i e n c i a d e l a h i s t o r i a . V e a m o s e s t e
d o b l e c u e s t i o n a m i e n t o miás d e c e r c a . '^í
P o r u n l a d o , y a p a r t i r d e l a situación e u r o p e a p a r t i c u l a r a r r i b a m e n c i o n a d a , y c o m o
u n a d e s u s t a n t a s e x p r e s i o n e s i n t e l e c t u a l e s p o s i b l e s , e s q u e l o s p r o p i o s Annales h a n d e c i -

Investigador de T i e m p o C o m p l e t o e n e l Instituto de Investigaciones Sociales de la U n i v e r s i d a d Nacional

Autónoma d e México.
* E s t e t e x t o h a s i d o e l a b o r a d o a p a n i r de las notas de d o s c o n f e r e n c i a s que, sobre este m i s m o t e m a , h e
i m p a r t i d o e n l a U n i v e r s i d a d de Santiago de Compostela y e n la U n i v e r s i d a d de V a l l a d o l i d e n abril de 1992.
E n él h e t r a t a d o d e i n c o r p o r a r l o s c o m e n t a r i o s d e l o s c o l e g a s españoles q u e p a r t i c i p a r o n e n d i c h a s c o n f e r e n c i a s ,
p a r t i c u l a r m e n t e l o s d e l p r o f e s o r C a r i o s B a r r o s G i m e r a n s y i o s d e l p r o f e s o r J u l i o Valdeón B a r u q u e , a q u i e n e s
agradezco especialmente. ;;•

Historia Social, n ? 1 6 , p r i m a v e r a - v e r a n o 1 9 9 3 , p p . 115-14J. 115

d i d o abrir u n debate^ sobre l o q u e pueden ser l o s derroteros futuros previsibles de l a cien-
c i a histórica contemporánea. I n t e n t a n d o r e u b i c a r a l a r e v i s t a , e n p o s i c i o n e s d e v a n g u a r d i a
d e n t r o d e l d e b a t e contemporáneo e n t o r n o a l a s f o r m a s d e c o n c e b i r y h a c e r l a h i s t o r i a ,
e s q u e h a c o m e n z a d o a m a d u r a r e l p r o y e c t o d e l o q u e n o s o t r o s llamaríamos u n o s p o s i b l e s
«cuartos Annales»-, u n o s Annales r e n o v a d o s y d i s t i n t o s d e l o s q u e t u v i e r o n v i g e n c i a e n t r e
1969 y 1989.
Separándose r a d i c a l m e n t e d e l o s t e r c e r o s Annales, q u e a l m i s m o t i e m p o q u e p r o m o -
vían l a antropología histórica y l a h i s t o r i a d e l a s m e n t a l i d a d e s , a b a n d o n a b a n e n g r a n m e d i d a
e l d e b a t e metodológico y l a h i s t o r i a g l o b a P , él p r o y e c t o d e e s t o s «cuartos Annales» aún
e n c i e r n e s , h a v u e l t o a i n c o r p o r a r d e m a n e r a c e n t r a l l a temática d e l a h i s t o r i a económica,
r e i n a u g u r a n d o l a discusión epistemológica y teórica, y r e i v i n d i c a n d o , d e n u e v a c u e n t a J a
h i s t o r i a g l o b a l y l a l a r g a duración, t a n c a r a s a F e r n a n d B r a u d e l .
Así, s i b i e n n o s e t r a t a e n e s t o s tuíntos Annales d e u n r e t o m o h a c i a e l p a s a d o d e l a
c o r r i e n t e — l o q u e l o s p r o m o t o r e s iniciales d e este c a m b i o a f i r m a n vigorosamente'*—, s i
r e s u l t a n n o o b s t a n t e s i g n i f i c a t i v a s l a s s i m i l i t u d e s , p o r l o m e n o s generales, c o n a l g u n o s d e
l o s t r a z o s más característicos d e l o s Annales b r a u d e l i a n o s , d e l o s Annales q u e a n t e c e d i e r o n
a l v i r a j e p r o f u n d o d e 1 9 6 8 / 6 9 q u e f u n d a j u s t a m e n t e a l o s «terceros Annales».
L o s Annales a c t u a l e s s e e n c u e n t r a n e n e l m o m e n t o d e u n a e n c n i c i j a d a f u n d a m e n t a l
d e s u h i s t o r i a . I n t e n t a n d o a l m i s m o t i e m p o superar c r e a t i v a m e n t e s u t e r c e r a e t a p a d e v i d a ,
y r e c u p e r a r , p e r o d e m a n e r a crítica y también s u p e r a d o r a — l o q u e n o e s n i m u c h o m e n o s
u n a t a r e a fácil n i pequeña— l a h e r e n c i a braudeliana q u e l o s t e r c e r o s Annales d e j a r o n prác-
t i c a m e n t e a l m a r g e n , e s t o s p o s i b l e s Annales d e l a c u a r t a generación s e v e n e n t o n c e s c o n -
frontados a l a necesidad d e llevar a cabo u nriguroso balance d e toda s u historia previa,
u n análisis d e t e n i d o q u e i n v e n t a r i a n d o l o s a v a n c e s y l a s l a g u n a s p r e s e n t e s a l o l a r g o d e
s u s s e i s décadas d e v i d a y a c u m p l i d a s , s e a c a p a z d e p r o p o r c i o n a r r e f e r e n t e s , e l e m e n t o s
y a p o y o s p a r a l a v e r d a d e r a generación d e l o nuevo. " r
E m p l a z a d o s a d e s a r r o l l a r , p a r a a f i a n z a r s e , n u e v a s p e r s p e c t i v a s d e análisis histórico,
n u e v o s p a r a d i g m a s metodológicos y n u e v a s teorías y c o n c e p t o s , e s t o s e m b r i o n a r i o s c u a r -
t o s Annales s e v e n f o r z a d o s , d e m a n e r a sólo a p a r e n t e m e n t e paradójica, a v o l v e r d e m o m e n t o

^ D e b a t e q u e , e n t r e o t r a s c o s a s , i n t e n t a b a d a r r e s p u e s t a a l a s críticas h e c h a s a l a c o r r i e n t e d u r a n t e l o s
años o c h e n t a , c o m o l a d e F r a n ? o i s D o s s e , QÜ L'hisroire en miettes. Des Annales á la "nouvelle histoire", l a
d e Hervé Coutau-Bégarie e n Le phénoméne nouvelle histoire, o l a d e G e o r g e s D u b y e n s u t e x t o " L e p l a i s i r
d e l ' h i s t o r i e n " , e n \os Essais d'ego-histore. S o b r e e l l a n z a m i e n t o d e l a discusión e n l o s A n n a l e s , c f r . a l r e s p e c t o
e l e d i t o r i a l «Histoire e t s c i e n c e s s o c i a l e s : u n t o u r n a n t critique?» tn Annales E.S.C. n i ' 2 , m a r - a b r . d e 1 9 8 8 y
«Tentons Texperience» QX\ E.S.C, n? 6 , n o v - d i c . d e 1 9 8 9 (número e s t e q u e r e c o g e l o s r e s u l t a d o s d e
l a c o n v o c a t o r i a c o n t e n i d a e n e l artículo d e 1 9 8 8 c i t a d o ) ; E n t o r n o a e s t e d e b a t e s o b r e l o s p o s i b l e s ' ^ n u e v o s "
o " c u a n o s " A n n a l e s y s o b r e l a s m u y d i s t i n t a s p o s i c i o n e s q u e h a s u s c i t a d o h a s t a a h o r a , v a l e l a p e n a v e r también,
l o s artículos d e G a d o s B a r r o s «La n o u v e l l e h i s t o i r e y s u s críticos» y «El " t o u r n a n t c r i t i q u e " d e Annales», e l
artículo d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n «Beyond t h e Annales?», e l l i b r o d e P e t e r B u r k e , The French historical revohi-
lion. V^e Annales school 1929-89, e l t e x t o d e Y o u i B e s s m e n n y «Les A n n a l e s v u e s d e Moscou» y l a r e s p u e s t a
a l m i s m o d e B e r n a r d L e p e t i t y J a c q u e s R e v e l «L'expérimentation c o n t i * & l'arbitraire», e l artículo d e B e r n a r d
L e p e t i t «Los A n n a l e s , hoy», o n u e s t r o e n s a y o «De l o s A n n a l e s " r e v o l u c i o n a r i o s " a l o s A n n a l e s "marxistas"».
P a r a o b s e r v a r cómo e l d e b a t e s e h a e x t e n d i d o i n c l u s o a círculos más a m p l i o s , v a l e l a p e n a c o n s u l t a r también
l o s artículos d e André B u r g u i e r e , F r a n ? o i s D o s s e y B e n i a r d L e p e t h , p u b l i c a d o s r e s p e c t i v a m e n t e e n l o s núme-
r o s 1 1 9 , 1 2 1 y 1 2 8 d e l a r e v i s t a m e n s u a l L'Histoire, de los meses de febrero, abril y diciembre de 1 9 8 9 .
^ S o b r e e s t e p u n t o véase e l artículo c i t a d o d e B e r n a r d L e p e t i t , «Los A n n a l e s , hoy», y n u e s t r o e n s a y o «La
c o r r i e n t e d e l o s A n n a l e s y s u contribución a i d e s a r r o l l o d e l a h i s t o r i a económica e n Francia».
^ C o m o h a señalado e l p r o p i o F e m a n d B r a u d e l , p o r e j e m p l o e n s u artículo «A m a n e r a d e conclusión»
o e n l a «Entrevista a F e r n a n d B r a u d e l e n s u s 8 0 años d e vida». Véase también e l r e c o n o c i m i e n t o explícito d e
e s t e v i r a j e , p o r p a r t e d e l o s m i s m o s " t e r c e r o s A n n a l e s " e n l a n o t a necrológica t i t u l a d a «Fernand B r a u d e l
(1902-1985)».
^ C f r . e l artículo y a c i t a d o d e B e r n a r d L e p e t i t , e f i L'Histoire n ? 1 2 8 , d e d i c i e m b r e d e 1 9 8 9 .
l o s o j o s h a c i a atrás, a r e c o n s i d e r a r d e m a n e r a crítica a s u s p r e d e c e s o r e s , ; p a r a p o d e r e n t o n c e s
a s u m i r c o n c i e n t e m e n t e e l p u n t o específico eíí e l q u e e l l o s están s i t u a j d o s , p a r a u b i c a r c o n
claridad las coordenadas desde las cuales intentan construir ellos m i a m o s algo diferente.
P o r s u p a r t e e l m a r x i s m o , s a c u d i d o también h a s t a s u s más p r o f u n d o s c i m i e n t o s p o r l a
d e b a c l e d e l o q u e s e denominó e l p r o y e c t o d e & s o c i a l i s m o r e a l m e n t e existente», h a s i d o l l e -
v a d o a preguntarse, d e m a n e r a f r o n t a l y r a d i c a l , acerca d e l a verdadera n a t u r a l e z a d e esas
b i z a r r a s s o c i e d a d e s q u e , b a j o l a p r e t e n d i d a insfilración y b a n d e r a d e e s e i ' n i s m o n o m b r e s o c i a -
l i s t a , i n t e n t a r o n i r más allá d e l c a p i t a l i s m o , c o n s t r u y e n d o b a j o c o n d i c i o n e s t o t a l m e n t e s i n g u -
l a r e s , m u n d o s y u n i v e r s o s «socialistas» e n u n a c e r c e r a p a r t e d e l t e r r i t o r i o d e t o d o e l p l a n e t a .
T r a t a n d o d e e d i f i c a r e n s o c i e d a d e s e s e n c i a l m e n t e escasas y precapitalistas, u n o s p r o -
y e c t o s d e transición q u e e n l a p r o p i a i d e a d e M a r x presuponía s o c i e d a d e s ricas y a l t a m e n t e
d e s a r r o l l a d a s e n términos c a p i t a l i s t a s ^ e l «socialismo r e a l m e n t e desarrollado» d u r a n t e e s t e
pequeño s i g l o x x adquirió r o s t r o s y f i g u r a s q u e s e a s e m e j a b a n m u c h o más a u n a v a r i a n t e
s i m p l e m e n t e d e f o r m a d a d e l a y a c o n o c i d a m o d e r n i d a d c a p i t a l i s t a n o r d e u r o p e a , asumienáo
además c o m o s u s t a r e a s c a s i l a s m i s m a s q u e e n E u r o p a habían s i d o c u m p l i d a s p o r e l
c a p i t a l i s m o ^ , y n o e n c a m b i o l a s q u e h u b i e s e n c o r r e s p o n d i d o a l a r e a l superación d e e s t e
ultimo.
D e e s t e m o d o , m i e n t r a s l a E u r o p a o c c i d e n t a l c a p i t a l i s t a — l a únióa r e a l m e n t e madura
p a r a i r más allá d e s u s p r o p i a s e s t r u c t u r a s c a p i t a l i s t a s — f a l l a b a a s u c i t a a c o m i e n z o s d e e s t e
s i g l o c o n e l s o c i a l i s m o , e s t e último s e t e r m i n a b a f u s i o n a n d o c o n s o c i e d a d e s todavía p o c o
d e s a r r o l l a d a s e n l o s p l a n o s econónúco, s o c i a l , político y c u l t u r a l .
Y es j u s t a m e n t e e s t a «extraña confluencia>}'^ l a q u e h a h e c h o c r i s i s e n 1 9 8 9 . L o q u e o b l i g a
a los marxistas a revisar toda l a historia de los diversos m a r x i s m o s posteriores a M a r x , y
d e s u s d i s t i n t a s a p l i c a c i o n e s y c o n c r e c i o n e s , v o l v i e n d o además a l r e s c a t e d e l a c o m p l e j a y
aún p o c o c o m p r e n d i d a cosmovisión o r i g i n a l d e l a u t o r d e El Capital. A v a n z a n d o así a través
d e e s t a s l a m e n t a b l e s «citas fallidas» y d e e s t a s «extrañas confluencias» n o p r e v i s t a s , e l m a r -
x i s m o d e l s i g l o X X , a l i g u a l q u e l o s Annales, a u n q u e p o r m u y d i v e r s o s c a m i n o s , h a l l e g a d o
también a h o r a a u n a d e l a s e n c r u c i j a d a s p r i n c i p a l e s d e s u c o m p l i c a d o i t i n e r a r i o .
H e m o s e n t r a d o a u n a f a s e e n l a q u e s e i m p o n e n l o s d i s t i n t o s b a l a i i c e s parciales s o b r e
e l c a m i n o r e c o r r i d o . U n o d e l o s c u a l e s , y n o d e l o s m e n o s i m p o r t a n t e s , según l o a t e s t i g u a
d o b l e m e n t e t a n t o l a h i s t o r i a p r e v i a d e l a c o r r i e n t e c o m o l a evolución p a r t i c u l a r d e l m a r x i s m o ,
es j u s t a m e n t e e l d e l a r i c a y c o m p l e j a relación q u e e s o s s u c e s i v o s «Annales» q u e h a n e x i s t i d o
h a s t a a h o r a , h a n d e s a r r o l l a d o y m a n t e n i d o c o n e s t a concepción m a r x i s t a , c o n e s t a también
l a r g a y d i v e r s a tradición historiográfica q u e r e m o n t a s u s orígenes a l p r o y e c t o crítico d e C a r -
los M a r x . ,, '
P o r q u e s i l o s «terceros Annales» s e haníproclamado c o m o «ajeijios a t o d a o r t o d o x i a
ideológica» y «abiertos a l a s más d i v e r s a s a p r o x i m a c i o n e s teóricas»'' retrayéndose a l m i s m o
t i e m p o d e l diálogo d i r e c t o c o n e l m a r x i s m o j l o s m a r x i s t a s d e s u época, l o s Annales d e
1 9 2 9 - 1 9 6 8 e n c a m b i o , h a n t e n i d o c o m o unojíie s u s e j e s f u n d a m e n t a l e s l a a p e r t u r a h a c i a
M a r x y l o s m a r x i s t a s , e i n c l u s o e l diálogo y colaboración d-irectas c o n - c i e r t o s r e p r e s e n t a n -
t e s d e l a s también d i s t i r i t a s c o r r i e n t e s d e l o s r r i a r x i s m o s q u e l e s h a n s i d o contemporáneos^.

5 Q u e n o s s e a p e r m i t i d o r e m i t i r a l l e c t o r a l a s e r i e d e n u e s t r o s t r e s artículos t i t u l a d o s «Marxismo, l i b e -
r a l i s m o y expansión d e l a economía-mundo e u r o p e a . A l g u n a s hipótesis d e s d e l a p e r s p e c t i v a d e l a l a r g a d u r a -
ción» c i t a d o s e n l a bibliografía.
^ Véase e l artículo d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n «Marx, m a r x i s r a - l e n i n i s m , a n d s o c j ^ l i s t e x p e r i e n c e s i n t h e
m o d e m world-system» y e l d e Bolívar Echeverría «Modernidad y c a p i t a l i s m o . Q u i n c e tesis».
^ A l r e s p e c t o p u e d e n v e r s e t a n t o e l «Preface a l a n o u v e l l e edition» c o m o e l artículo «L'histoire n o u v e -
lle» d e J a c q u e s L e G o f f , e n e l l i b r o La nouvelle histoire.
^ S o b r e e s t e p u n t o c f r . e l artículo d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n «Braudel, l o s A n n a l e s y l a historiografía c o n -
temporánea» y también n u e s t r o artículo y a c i t a d o «De l o s A n n a l e s " r e v o l u c i o n a r i o s " a l e s A n n a l e s "marxistas"».
 E n e l ánimo d e c o n t r i b u i r e n a l g u n a m e d i d a a e s o s b a l a n c e s p a r c i a l e s h o y n e c e s a r i o s ,
b a l a n c e s q u e a b o n e n l a p o s i b i l i d a d t a n t o d e l a renovación r a d i c a l d e l a c o r r i e n t e d e l o s Annales
c o m o e l p r o c e s o d e a u t o e s c l a r e c i m i e n t o y a p r e n d i z a j e d e l a s l e c c i o n e s d e l pequeño s i g l o
X X histórico p o r p a r t e d e l o s m a r x i s t a s r e a l m e n t e críticos, e s q u e i n t e n t a m o s a n a l i z a r más
de cerca e l c o n j u n t o d e las divergencias y c o n v e r g e n c i a s f u n d a m e n t a l e s que n o s o t r o s h e m o s
p o d i d o e s t a b l e c e r e n t r e l o s Annales d e 1 9 2 9 - 1 9 6 8 y l a p r o p u e s t a crítica d e M a r x d e s a r r o -
l l a d a e n t o m o a l a histíria. r _ -
H a c i e n d o n u e s t r a l a i d e a b r a u d e l i a n a q u e eri'cabeza este e n s a y o , y a s u m i e n d o q u e n o
e x i s t e n dos sino sólo una c i e n c i a d e l a h i s t o r i a , l o q u e p e r s e g u i m o s e n t o n c e s e s c o n s t r u i r
e l p o s i b l e «espacio común», d e n t r o d e l c u a l p u e d a n d i a l o g a r e i n t e r c a m b i a r p u n t o s d e v i s t a
l a s d o s c o r r i e n t e s historiográficas q u e d e n t r o d e l p a n o r a m a i n t e r n a c i o n a l d e l o s e s t u d i o s
históricos contemporáneos s e p r e s e n t a n h o y c o m o l a s más i m p o r t a n t e s , l a s más a m p l i a -
m e n t e d i f u n d i d a s y l a s más r e l e v a n t e , s a l o l a r g o d e l último m e d i o s i g l o r e c o r r i d o . S e t r a t a ,
e n b u e n ánimo y espírim b r a u d e l i a n t ) S y fieles a, l a p o s t u r a a b i e r t a y crítica d e M a r x , d e
incitar a pensar p o rsi m i s m o s y a debatir, tanto a l o s marxistas c o m o a l o s seguidores
d e Annales, e n t o r n o a e s a c i e n c i a histórica aún e n construcción, j u g a n d o d e s d e l a s s i m i l i -
t u d e s p e r o también d e s d e l a s c l a r a s d i f e r e n c i a s , e n t r e l a visión a n n a l i s t a s y e l p u n t o d e v i s t a
marxista., . ... •

«Es a l a v e z u n c u a d r o d e l s i s t e m a y l a crítica d e e s e s i s t e m a a través d e s u p r o p i a exposición».

Carlos M a r x . Carta a Ferdznand Lasalle, 2 2 de febrero de 1858.

L a p r i m e r a c o n v e r g e n c i a i m p o r t a n t e q u e es^ p o s i b l e e s t a b l e c e r e n t r e l a c o r r i e n t e d e
l o s Annales y e l m a r x i s m o , h a c e r e f e r e n c i a a l h e c h o d e q u e e n a m b o s c a s o s s e t r a t a d e
d i s c u r s o s q u e p u e d e n m u y b i e n s e r d e f i n i d o s , a t e n d i e n d o a s u s c a r a c t e r e s más f u n d a m e n t a -
l e s , c o m o d i s c u r s o s e s e n c i a l y p r o f u n d a m e n t e críticos. E s d e c i r , n o s i m p l e s d i s c u r s o s p o s i t i v o s
o p r o p o s i t i v o s , q u e coexistirí'an s i n c o n f l i c t o a l . l a d o d e o t r a s i n t e r p r e t a c i o n e s o v i s i o n e s
históricas, s i n o d i s c u r s o s q u e s e constítuyen e n t a n t o t a l e s s o b r e l a b a s e d e l a des-estructuración
y d e l d e s m o n t a j e , polémicos y a c o n t r a c o r r i e n t e , d e l o s d i s c u r s o s dominantes o f i c i a l e s q u e
l e s p r e e x i s t e n y a l o s q u e d e m a n e r a explícita y r a d i c a l , e l l o s t r a t a n d e s u s t i t u i r ^ .
D i s c u r s o s p u e s , d e s a r r o l l a d o s a l c a l o r d e d i s t i n t o s «combates p o r l a historia» cientí-
fica, q u e n o sólo s e o p o n e n d e f r e n t e a l a historiografía e i n c l u s o a l a s c i e n c i a s s o c i a l e s
reconocidas y establecidas de sus respectivos m o m e n t o s y espacios de emergencia, sino
q u e s i r v e n también d e f o r m a d e expresión e n e l p l a n o d e l a s i d e a s , a también i m p o r t a n t e s
m o v i m i e n t o s o p r o c e s o s d e r u p t u r a s o c i a l q u e l e s s o n contemporáneos.
P o r q u e v i s t o más d e c e r c a , r e s u l t a c l a r o q u e e l carácter crítico d e l o s d i s c u r s o s orígi-
naríos, t a n t o d e l m a r x i s m o c o m o d e los Annales, d e r i v a c l a r a m e n t e d e l h e c h o d e q u e a m b o s
s o n e x p r e s i o n e s i n t e l e c t u a l e s , e n e l p l a n o d e l a h i s t o r i a c u l t u r a l , d e p r o f u n d a s crísis globa-
les a c o n t e c i d a s d e n t r o d e l a c u r v a p a r t i c u l a r d e l d e s a r r o l l o ¿e l a h i s t o r i a m o d e r n a d e E u r o p a .

' E s j u s t a m e n t e e s t e carácter crítico, l o q u e e x p l i c a a n u e s t r o m o d o d e v e r e l a r d o r polémico y l a a u t o -

concepción d e l p r o p i o p r o y e c t o c o m o u n " c o m b a t e " , r a s g o q u e e n a l g u n a s i n t e r p r e t a c i o n e s r e c i e n t e s s o b r e l a
c o r r i e n t e d e A n n a l e s h a s i d o c o n c e b i d o c o m o u n m e r o r e c u r s o circunstancial, o c o m o u n m e c a n i s m o p a r a h a c e r s e
p r o p a g a n d a a s i m i s m o s (véase p o r e j e m p l o e l a r t i c u l o d e André B u r g u i e r e «Les A n n a l e s : h i s t o i r e d ' u n h i s -
toire»). E n n u e s t r a opinión e s t e t r a z o d e l a c o r r i e n t e e s más b i e n u n a expresión d e e s e carácter crítico, p r o f u n d o
y e s e n c i a l , q u e l a e m p a r e n t a c o n e l m a r x i s m o . E n e s t a m i s m a línea d e explicación p u e d e n v e r s e l o s e n s a y o s
d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n «Annales a s resistence» y «The A n n a l e s s c h o o l : t h e w a r o n t w o fronts».
Así, y v i s t o e n u n a p e r s p e c t i v a histórica más a m p l i a , p a r e c e e v i d e n t e l a conexión q u e h a
e x i s t i d o e n t r e e l específico m o m e n t o d e n a c i m i e n t o d e n u e s t r a s d o s c o r r i e n t e s historiográ-
ficas c o n s i d e r a d a s , y l a ubicación cronológica d e d o s d e l o s g r a n d e s p u n t o s d e r u p t u r a h i s -
tórica d e l a línea e v o l u t i v a d e l m u n d o e u r o p e o .
Y a q u e s i e l m a r x i s m o e s h i j o legítimo y c l a r a m e n t e r e c o n o c i b l e d e l a s r e v o l u c i o n e s
e u r o p e a s d e 1 8 4 8 , l o s Annales s o n también u n o d e l o s f r u t o s n e c e s a r i o s d e l a d o b l e f r a c -
t u r a e u r o p e a c o n s u m a d a c o n las dos g r a n d e s g u e r r a s m u n d i a l e s d e este s i g l o . L o que d e f i n e
t a n t o e l p a r e n t e s c o y a señalado d e a m b a s c o m e n t e s e n t a n t o d i s c u r s o s críticos, c o m o l a
separación q u e n o o b s t a n t e l o s c a r a c t e r i z a r e s p e c t o a l a p r o f u n d i d a d y a n c l a j e d e e s a m i s m a
n a t u r a l e z a crítica.
1 8 4 8 n o es s o l a m e n t e e l m o m e n t o d e crisis i n t e l e c t u a l d e l o s grandes sistemas d e p e n -
samiento que l a m o d e r n i d a d h a ido elaborando y decantando durante varios siglos, l a crisis
simultánea y c o m p l e j a d e l s i s t e m a d e l a filosofía h e g e l i a n a , úUima g r a n síntesis d e l p e n s a -
m i e n t o filosófico burgués e i l u s t r a d o , d e l a economía ricardiana q u e condensó l o más a v a n z a d o
d e l p e n s a m i e n t o económico a n t e r i o r , y d e l o s d i s t i n t o s s i s t e m a s d e l s o c i a l i s m o utópico e u r o p e o
q u e r e c u p e r a n y s u p e r a n , s i b i e n d e m o d o aún l i m i t a d o , t o d o e l c o n j u n t o d e l o s d e s a r r o l l o s
d e l a teoría política m o d e r n a d e s d e M a q u i a v e l o y h a c i a a d e l a n t e , s i n o también e l r e f l e j o
d e u n a crisis social general e n l a c u a l l l e g a a s u punto de climax l a l a r g a c u r v a s e c u l a r
d e l d e v e n i r e u r o p e o i n i c i a d a e n e l s i g l o x v i . P u n t o d e inversión d e u n a l a r g a r a m a a s c e n -
d e n t e d e l p r o y e c t o e x p a n s i v o p l a n e t a r i o d e la'civilización e u c o p e a , e i n i c i o d e s u m o v i -
m i e n t o d e s c e n d e n t e , e s t e m o m e n t o excepcional d e m e d i a d o s d e l s i g l o x i x r e p r e s e n t a e l p u n t o
d e culminación t e r m i n a l d e l o s g r a n d e s a p o r t e s c i v i l i z a t o r i o s q u e l l e v a a p a r e j a d o s e l d e s a -
r r o l l o d e l a m o d e r n i d a d c a p i t a l i s t a a c t u a l m e n t e v i g e n t e y , p o r t a n t o , e l lógico n a c i m i e n t o
d e l m a r x i s m o , d e e s a visión d e l m u n d o q u e h u n d e s u s raíces e n e l lado negativo d e l a c i v i -
lización b u r g u e s a y q u e está d e s t i n a d o a m o s t r a r f r e n t e a s u carácter p r o g r e s i v o - c i v i i i z a t o r i o
s u también p r o f t a n d a n a t u r a l e z a e s c a s a y d e s t r u c t i v a , s u lógica l i m i t a d a y a b s t r a c t a q u e s a c r i f i c a
a los h o m b r e s y a los virtuales desarrollos h u m a n o s abiertos p o rsus propias conquistas
p r o d u c t i v a s a l o s m e z q u i n o s c r i t e r i o s d e l a valorización y l a acumulación d e l c a p i t a l .
P u n t o crítico s i n g u l a r e n t o n c e s d e l a más p r o f u n d a c u r v a d e l d e v e n i r e u r o p e o , 1 8 4 8
e s e n v e r d a d e l m o m e n t o culminante, p a r a E u r o p a , e n c u a n t o a l d e s p l i e g u e y c o n q u i s t a
de los l o g r o s fundamentales d e l a m o d e r n i d a d , e n e l r e d o n d e a m i e n t o c o m p l e t o de l a r e d
d e l m e r c a d o m u n d i a l c a p i t a l i s t a y d e l a universalización histórica q u e éste c o n l l e v a , e n e l
d o m i n i o d e l a n a t u r a l e z a p o r e l h o m b r e , y e n e l d e s e n v o l v i m i e n t o más a c a b a d o d e l a s figu-
r a s económicas, s o c i a l e s , políficas y c u l t u r a l e s d e l a civilización e u r o p e a ; p e r o e s también
y simultáneamente e l i n i c i o d e la.crítica y contestación radicales a e s o s l o g r o s , a l a l u z
d e s u s efectos-también n e g a t i v o s , a p a r t i r d e l a c l a r a percepción d e l s o m e t i m i e n t o y d o m i -
n i o d e l a m a y o r p a r t e d e l o s p u e b l o s y c i v i l i z a c i o n e s d e l p l a n e t a , d e l a explotación c r e -
c i e n t e y s o f i s f i c a d a d e l t r a b a j o a través d e l a s máquinas y d e l carácter sólo efímero y l i m i -
t a d o d e l a s r e l a c i o n e s económicas, s o c i a l e s , políticas y c u l t u r a l e s m o d e r n a s . T o m a p u e s
d e c o n c i e n c i a crítica d e e s e «lado malo» d e l a m o d e r n i d a d , q u e e s j u s t a m e n t e e l d i s c u r s o
crítico d e M a r x . ,;
P e r o c o m o h a d i c h o H e g e l e n a l g u n a ocasión, t o d o s l o s g r a n d e s a c o n t e c i m i e n t o s d e
l a h i s t o r i a n e c e s i t a n r e p e t i r s e dos v e c e s p a r a l o g r a r e n t r a r d e m o d o d e f i n i t i v o e n l a c o n -
c i e n c i a d e l a s g e n t e s . Y así E u r o p a q u e h a c u l m i n a d o s u m o v i m i e n t o a s c e n d e n t e - p r o g r e s i v o
en la p r i m e r a m i t a d del siglo x i x con la crisis r e v o lu c io n a ria de 1848 h atenido que autofla-
g e l a r s e n u e v a m e n t e e n 1 9 1 4 - 1 9 3 9 p a r a h a c e r l e patenté a t o d o e l m u n d o q u e después d e
1 8 4 8 p r o g r e s o y civilización e u r o p e a no s o n y a términos idéndcos, y g a e l a ecuación d e
m o d e r n i d a d c a p i t a l i s t a c o n e q u i v a l e n t e d e d e s a r r o l l o histórico s e h a r o t o d e f i n i f i v a m e n t e .
L o q u e e x p l i c a e l h e c h o d e q u e l o s Annales, a l i g u a l q u e e l m a r x i s m o , p e r o e n u n c o n -
t e x t o y m o m e n t o d i v e r s o s , s e a n también u n o d e l o s r e s u l t a d o s c o m p l e j o s q u e , e n l a e s f e r a
i n t e l e c t u a l , d a n expresión a e s a s e g u n d a c o y u n t u r a crítica d e l a evolución e u r o p e a q u e e s
e l período d e s a r r o l l a d o e n t r e l a s d o s g u e r r a s m u n d i a l e s . E n e s t a época, E u r o p a p i e r d e s u
d o m i n i o y hegemonía s o b r e e l p l a n e t a , e l c u a l p a s a a l o s E s t a d o s U n i d o s , e i n c a p a z d e
l l e v a r a c a b o u n a revolución s o c i a l i s t a t r i u n f a n t e , s e h u n d e e n l a d o b l e autodestrucción m e n -
c i o n a d a d e 1 9 1 8 - 1 9 4 5 , l o q u e e n g e n d r a u n a atmósfera i n t e l e c t u a l m a r c a d a u n a v e z más
p o r l a c r i s i s d e l a s d i s t i f a t a s c i e n c i a s s o c i a l e s y p o r e l s e n t i d o crítico g e n e r a l h a c i a l o s a v a n -
ces d e esas m i s m a s c i e n c i a s h u m a n a s .
D e e s t e m o d o , r e s u l t a c l a r o q u e e l carácter también crítico d e l d i s c u r s o f u n d a d o r d e
l a c o r r i e n t e áe Annales e n c u e n t r a u n o d e sus p u n t o s d e a p o y o básicos e n esa p e c u l i a r c o y u n t u r a
intelectual q u e entre las dos grandes guerras europeas cubre a toda E u r o p a con toda una
f a m i l i a d e m o v i m i e n t o s c o n t r a - c u l m r a l e s d e signo i m p u g n a d o r , entre los cuales se encuen-
t r a n l o m i s m o e l psicoanálisis d e F r e u d y d e s u e s c u e l a , q u e e l g r u p o i t a l i a n o d e G r a m s c i
L'Ordine Nuovo, e i g u a l m e n t e l a E s c u e l a d e l p e n s a m i e n t o crítico d e F r a n k f u r t , q u e l o s
círculos lingüísticos d e Moscú, P r a g a y C o p e n h a g u e , e n t r e o t r o s .
D a n d o c u r s o y expresión d e n t r o d e l a historiografía d e l hexágono francés a e s t a o l a
d e m o v i m i e n t o s y r e s p u e s t a s i n t e l e c t u a l e s q u e e n l a E u r o p a d e l o s años v e i n t e y t r e i n t a
t r a t a n d e d a r u n a s a l i d a a l a c r i s i s y a m e n c i o n a d a d e l a identidad s o c i a l y c i v i l i z a t o r i a d e l
p r o y e c t o e u r o p e o , l o s Annales d ' H i s t o i r e E c o n o m i q u e e t S o c i a l e habrán d e c o n s t i m i r t a m -
bién u n d i s c u r s o p r o f u n d a m e n t e crítico, q u e será a n d a n d o e l t i e m p o , u n c l a r o p a r t e a g u a s
r a d i c a l d e n t r o d e l a historiografía f r a n c e s a , y l u e g o mediterránea''^ d e n u e s t r o s i g l o .
P e r o s i t a n t o e l m a r x i s m o c o m o l o s Annales s o n , c o m o h e m o s v i s t o , d i s c u r s o s e s e n -
c i a l m e n t e críticos, n a c i d o s a m b o s d e c r i s i s económicas, s o c i a l e s e i n t e l e c t u a l e s p r o f u n d a s ,
l o s o n s i n e m b a r g o d e maneras diferentes, e n m o d a l i d a d e s q u e s e d i s t i n g u e n j u s t a m e n t e
a p a r t i r d e l a d i f e r e n c i a e n t r e las crisis respectivas que les s i r v e n d e f u n d a m e n t o y d e c o n -
t e x t o . Así, e l m a r x i s m o e s , c o m o y a h e m o s a p u n t a d o , f r u t o c o m p l e j o d e l p u n t o d e v i r a j e
p r i n c i p a l d e l a c u r v a c i v i l i z a t o r i a e u r o p e a , y e n c o n s e c u e n c i a , f o r m a d e expresión n e c e s a -
ria, c o n s p i c u a y estructural d e l n a c i m i e n t o m i s m o d e l d i s c u r s o crítico m o d e r n o . L o q u e
q u i e r e d e c i r q u e e l m a r x i s m o es crítico o no es, p u e s s e h a l l a i n s c r i t a e n s u n a t u r a l e z a más
c o n s u s t a n c i a l e s a función d e s e r v i r c o m o expresión d e l «lado malo» d e l a m o d e r n a c i v i l i z a -
ción b u r g u e s a ^ ' .
P o r s u p a r t e , los Annales h a n n a c i d o también c o m o u n d i s c u r s o crítico, p e r o d i s c u r s o
q u e e s crítico d e m a n e r a sólo coyuntural, e n l a m e d i d a e n q u e f o r m a p a r t e d e e s a c o y u n m r a
d e c r i s i s e u r o p e a q u e «reeditando» e n c i e r t a f o r m a e l v i r a j e s i m b o l i z a d o e n 1 8 4 8 , h a t e r m i -
n a d o p o r h a c e r e v i d e n t e s l o s límites d i v e r s o s d e l p r o y e c t o c i v i l i z a t o r i o e u r o p e o . D i s c u r s o
crítico d e m o d o c o y u n m r a l q u e parecería e n t o n c e s h a b e r a n i m a d o c o n e s e espíritu c o n t e s -
t a t a r i o a l o s p r i m e r o s y s e g u n d o s Annales, e n t r e 1 9 2 9 - 1 9 6 8 , p a r a a p a g a r s e e n c a m b i o e n
t a n t o t a l d i s c u r s o crítico e n e l período d e l o s Annales 1 9 6 9 - 1 9 8 9 , u n o s Annales q u e e l p r o -
p i o F e m a n d B r a u d e l h a c l a s i f i c a d o d e «oficiales», «institucionales» y c o n s t i t u f i v o s d e l sta-
blishment académico francés
A tono c o n l a diferencia entre l a crisis estructural del desarrollo europeo d e mediados
d e l s i g l o X I X y l a c r i s i s c o y u n t u r a l d e e n t r e l a s d o s g u e r r a s m u n d i a l e s , s e e s t a b l e c e también

'° H e m o s i n t e n t a d o d e s a r r o l l a r c o n más p r o f u n d i d a d e s t e p u n t o e n n u e s t r o artículo a n t e s c i t a d o «De l o s

A n n a I e s " r e v o l u c i o n a r i o s " a l o s A n n a l e s "marxistas"».
E s e n e s t e s e n t i d o q u e , e n n u e s t r a opinión, J e a n P a u l S a r t r e h a deñnido a l m a r x i s m o c o m o e l " h o r i -
z o n t e i n t e l e c t u a l i n s u p e r a b l e " d e t o d a l a época contemporánea. A l r e s p e c t o c f r . s u Crítica de la razón dialéctica.
Esta es u n a idea sobre l a que F e m a n d B r a u d e l insiste e nv a r i o s d e sus textos y entrevistas posteriores
a 1 9 6 9 . Además d e l o s t e x t o s c i t a d o s e n l a n o t a 3 , p u e d e v e r s e p o r e j e m p l o s u «Foreword» a l l i b r o d e T . S t o i a -
n o v i c h , The Annales Paradigm, l a e n t r e v i s t a c o n c e d i d a a M a s s i m o B o f f a y p u b l i c a d a e n e l d i a r i o Rinascita e n
1 9 8 3 , o «La última e n t r e v i s t a a F e m a n d Braudel», p o r c i t a r sólo a l g u n o s e j e m p l o s .
l a d i f e r e n c i a e n t r e e l d i s c u r s o m a r x i s t a , e s t r u c t u r a l m e n t e crítico, y e l d i s c u r s o ÚQ Annales,
crítico i g u a l m e n t e , p e r o sólo d e m a n e r a c o y u n t u r a l . L o q u e s i n e m b a r g o n o h a i m p e d i d o
q u e e n e s t e c o m p l i c a d o y pequeño s i g l o x x , t a n l l e n o d e p a r a d o j a s y d e s o r p r e s a s , y d e n t r o
d e l a s d i s t i n t a s t r a y e c t o r i a s r e s p e c t i v a s d e los Annales y e l m a r x i s m o , h a y a m o s v i s t o a p a -
r e c e r l o m i s m o a l g u n a s v e r s i o n e s d e m a r x i s m o s institucionales, o f i c i a l e s o v u l g a r e s m u y
a l e j a d o s d e l carácter crítico y r a d i c a l d e l d i s c u r s o m a r x i s t a o r i g i n a l , q u e u n c o n j u n t o d e
a u t o r e s y d e pequeños g r u p o s d e h i s t o r i a d o r e s — c u r i o s a m e n t e , e n m u c h o s c a s o s m a r x i s t a s
o p r o v e n i e n t e s d e l m a r x i s m o — q u e e n c o n t r a también d e l a s c i r c u n s t a n c i a s d o m i n a n t e s y
más allá d e l o s g i r o s e s e n c i a l e s p o s t e r i o r e s a 1 9 6 9 e i m p u l s a d o s d e s d e e l núcleo d o m i n a n t e
d e l a c o r r i e n t e de Annales, h a n t r a t a d o d e p e r p e t u a r y m a n t e n e r e l carácter crítico d e l d i s -
c u r s o y p r o y e c t o a n n a l i s t a s , i n t e n t a n d o s u p e r a r y t r a s c e n d e r s u carácter s o l o c o y u n t u r a l
y q u e h a sido claramente vigente entre 1929 y 1968^^. f
R e c o n o c i e n d o e s t a p r i m e r a c o n v e r g e n c i a e n e l carácter crítico d e l o s d i s c u r s o s f u n d a -
dores, y esta divergencia derivada de l a naturaleza c o y u n t u r a l o estructural d e ese m i s m o
d i s c u r s o , p a r e c e p e r t i n e n t e p r e g u n t a r s e s i e s q u e i o s Annales d e l f u t u r o i n m e d i a t o habrán
d e r e t o m a r e s e i m p u l s o y carácter críticos q u e l o s c a r a c t e r i z a r o n d e s d e s u o r i g e n y h a s t a
1968, y que fue e n c a m b i o abandonado entre 1969 y 1989, a l m i s m o t i e m p o que nos cues-
t i o n a m o s s i e s q u e e l m a r x i s m o será c a p a z d e r e c u p e r a r también y d e r e u b i c a r e n e l c e n t r o
d e s u p e r s p e c t i v a e s a n a t u r a l e z a crítica s i n l a c u a l él s e c o n v i e r t e e n s i m p l e v a r i a n t e d i f e -
r e n t e , pero no alternativa, d e l d i s c u r s o d o m i n a n t e e s t a b l e c i d o . •.v>,,i,......

«... e l título q u e h e e s c o g i d o (Combares por la Historia), recordará aquéllo q u e h a h a b i d o s i e m p r e d e

m i l i t a n t e d e n t r o d e m i vida». ^ j . - , •

L u c i e n F e b v r e , «Avant-propos» d e l l i b r o Combates por la Historia, 1953. | ' -• .

'Una. s e g u n d a c o n v e r g e n c i a i m p o r t a n t e , e n t r e e l p r o y e c t o crítico d e M a r x y l o s r e s u l t a -
d o s d e l o s Annales 2 9 / 6 8 s e r e f i e r e a l a d o b l e negación crítica específica, s o b r e l a c u a l
i n t e n t a n f u n d a r s e los n u e v o s discursos que s o n c o n s t r u i d o s p o r estas dos c o r r i e n t e s d e p e n -
s a m i e n t o . P o r q u e s i e n g e n e r a l s e t r a t a d e d i s c u r s o s críticos q u e r e p r o d u c e n i n t e l e c t u a l -
m e n t e l a s c o y u n t u r a s d e c r i s i s d e n t r o d e l a s c u a l e s h a n n a c i d o , s o n también y d e m o d o
más p a r t i c u l a r , d i s c u r s o s q u e intentarán i n s c r i b i r s e y l e v a n t a r s e , j u s t a m e n t e e n c o n t r a p o s i -
ción a l o s d i s c u r s o s d o m i n a n t e s q u e e n e l m i s m o c a m p o i n t e l e c t u a l o c u p a n e l e s p a c i o q u e
ellos intentan conquistar.
Y así, r e s u l t a i n t e r e s a n t e c o m p r o b a r q u e t ^ n t o e l m a r x i s m o c o m o l o s p r i m e r o s a u t o r e s
d e Annales v a n a c o n c e b i r s u p r o y e c t o d e u n a n u e v a c i e n c i a histórica c o m o u n p r o y e c t o
d e d o b l e des-construcción y superación, t a n t o d e a l g u n a s v a r i a n t e s d e l a filosofía d e l a h i s -
t o r i a e n t o n c e s e n b o g a , c o m o d e l a h i s t o r i a e m p i r i i S t a y e r u d i t a también a m p l i a m e n t e d i f u n d i d a .
P r o c e s o q u e v a a r e a l i z a r M a r x y a d e s d e s u t e m p r a n o t e x t o d e La Ideología Alemana,
a l c r i t i c a r t a n t o a l a filosofía h e g e l i a n a d e l a h i s t o r i a y a l a s d e f o r m a c i o n e s y v u l g a r i z a c i o -
n e s l l e v a d a s a c a b o p o r l o s «epígonos» d e l a «izquierda hegeliana», c o m o e n s u d i s t a n c i a -
m i e n t o d e l a h i s t o r i a f a c t u a l y e m p i r i s t a , d e e s a m e r a «colección d e h e c h o s muertos» q u e
s e i n t e n t a h a c e r p a s a r p o r «historia objetiva» y q u e s e h a l l a t a n l e j o s d e l a v e r d a d e r a c i e n c i a

A d e m á s , d e l o s artículos y a c i t a d o s e n l a n o t a 8 , p u e d e v e r s e también e l e n s a y o d e Fran?oÍs D o s s e

«Des A r m a l e s m i l i t a n t e s a u x A n n a l e s iriomphantes»», e l artículo d e J o s e p F o n t a n a «Ascens i d e c a d e n c i a d e l ' e s c o l a
d e i s Annales» o e l l i b r o d e A l a i n G u e r r e a u El feudalismo. Un horizonte teórico.
materialista d e l a historia, c o m o los sistemas construidos e nt o r n o a los distintos principios
«a priori» q u e c o n s t i t u y e n e l núcleo d e t o d a filosofía d e l a h i s t o r i a p o s i b l e , d e s d e M a q u i a -
v e l o y hasta H e g e l , pasando p o r V i c o o p o r V o l t a i r e .
Crítica d e e s a filosofía d e l a h i s t o r i a , q u e p a r t i e n d o d e u n e s q u e m a p r e c o n c e b i d o i n t e n t a
i r a l o s h e c h o s históricos sólo p a r a e n c o n t r a r e n e l l o s e l «material empírico» d e s u v a l i d a -
ción, q u e e s también i t c o g i d a y d e s a r r o l l a d a r e i t e r a d a m e n t e p o r l o s d i s t i n t o s h i s t o r i a d o r e s
d e l a c o r r i e n t e de Annales. L o m i s m o e n s u s d e c l a r a c i o n e s explícitas d e q u e e l l o s no s o n
«filósofos» y p o r t a n t o s o n i n c a p a c e s d e p r o p o n e r o d e s a r r o l l a r u n a n u e v a filosofía d e l a
h i s t o r i a c u a l q u i e r a , c o m o i n c l u s o e n s u reticencia hacia las discusiones de l o que ellos con-j
c i b e n c o m o «teoría pura», v u e l v e c o n s t a n t e m e n t e e s t a definición n e g a t i v a y p o r oposición
a l o s d i s t i n t o s «a priori» de l a h i s t o r i a D i s t a n c i a crítica c a s i i n s t i n t i v a f r e n t e a l «filoso-^
fismo» e n h i s t o r i a , q u e a l m i s m o t i e m p o , y a l i g u a l q u e e n e l c a s o d e l m a r x i s m o , s e veráj
c o m p l e m e n t a d a también p o r l a críVica r a d i c a l d e l a síntesis e r u d i t a y d e l a h i s t o r i a - r e l a t o , !
d e e s a h i s t o r i a q u e s i g u i e n d o l a máxima r a n k e a n a q u e desearía sólo «narrar l a s c o s a s t a l :
y c o m o h a n acontecido» t e r m i n a más b i e n s i e n d o u n a m e r a descripción a c u m u l a t i v a d e h e c h o s
y d a t o s , o u n a introducción b a j o c u e r d a d e l a p r o p i a concepción implícita o explícita d e l
h i s t o r i a d o r , descripción s i n jerarquía e i n c l u s o s i n u n c l a r o s e n t i d o d e l a incorporación d e
c i e r t o s h e c h o s d e n t r o d e l r e l a t o o narración r e s p e c t i v o s , q u e será también u n o d e l o s m o t i -
v o s polémicos p e r m a n e n t e s d e l p r o y e c t o d e l o s Annales aquí c o n s i d e r a d o s .
D o b l e o r i f i c a d e l «empirismo» y d e l «filosofismo» e n h i s t o r i a q u e s i e n d o común a l o s
Annales y a l m a r x i s m o , e s s i n e m b a r g o asimétrica e n e s t a s d o s c o r r i e n t e s , r e s p e c t o d e l
énfasis marcado h a c i a c a d a u n o d e s u s d o s e l e m e n t o s c o n s f i t u t i v o s . L o q u e n o s r e m i t e ,
p a r a s u a d e c u a d a explicación, a l a problemática d e l o s d i s t i n t o s universos culturales de
larga duración a l o s q u e h a n p e r t e n e c i d o l o s Annales y e l m a r x i s m o — p u n t o q u e v e r e m o s
más a d e l a n t e — , p e r o q u e y a e n e s t e m o m e n t o n o s e x p l i c a e n p a r t e e l d i v e r s o estatuto de
la teoría y la metodología d e n t r o d e l a s d o s c o r r i e n t e s i n t e l e c t u a l e s q u e aquí e s t a m o s c o m -
parando.
P o r q u e s i n o s a p r o x i m a m o s c o n más d e t a l l e a l o s t e x t o s d e M a r x , p o d r e m o s v e r q u e
e n e l l o s l a crítica y superación d e l a filosofía d e l a h i s t o r i a h e g e l i a n a s e c u m p l e a l m i s m o
fiempo c o m o m o v i m i e n t o q u e transforma e s t a fúosofía e n teoría d e l a h i s t o r i a , e s d e c i r
e n t o d o u n c u e r p o a r t i c u l a d o d e c o n c e p t o s y e n u n c o n j u n t o c o h e r e n t e d e hipótesis genera-
les s o b r e e l d e s a r r o l l o histórico h u m a n o . Teoría p u e s e n e l s e n t i d o f u e r t e d e l término q u e
n o s p r o p o r c i o n a r e s p u e s t a s explícitas s o b r e e l p i ; o b l e m a d e l a dinámica histórica y s u s l e y e s
d e evolución f u n d a m e n t a l e s , s o b r e l a c a u s a l i d a d histórica, s o b r e l a s p e r i o d i z a c i o n e s d i v e r -
sas d e s u s d i s t i n t o s e l e m e n t o s , l o m i s m o q u e s o b r e l a s jerarquías y r e l a c i o n e s i n t e r n a s e n t r e
los diferentes niveles de l a totalidad social.
M o v i m i e n t o d e r e a l superación — e n e l s e n t i d o j u s t a m e n t e h e g e l i a n o — d e l a filosofía
h e g e l i a n a d e l a h i s t o r i a , q u e a l d e s c o n s t r u i r l a y e v i d e n c i a r s u s límites específicos, g e n e r a
u n a nueva y realmente fundada teoría d e l a h i s t o r i a , l a teoría m a t e r i a l i s t a d e l a h i s t o r i a ,
q u e s e explícita c l a r a m e n t e e n t a n t o t a l teoría y q u e distinguiéndose n e t a m e n t e d e l a meto-
•' ^'^ . •

A l r e s p e c t o b a s t a c o n s u l t a r p o r e j e m p l o l a "Introducción" d e L u c i e n F e b v r e a s u l i b r o El problema
de la incredulidad religiosa en el siglo xvi. La religión de Rabelais o l a s d e c l a r a c i o n e s d e M a r c B l o c h e n s u
l i b r o Apologie pcnir l 'histoire Qu Mérier d 'historien — c u y o t i ' c u l o i n t e n t a j u s t a m e n t e s u b r a y a r e s t a d i s t a n c i a f r e n t e
a l a filosofía y l a teoría g e n e r a l d e l a h i s t o r i a — , o también l a s a f i r m a c i o n e s d e F e r n a n d B r a u d e l s o b r e e s t e p u n t o
e n e l t e x t o c i t a d o «A m a n e r a d e conclusión».
^5 M o n u m e n t a l construcción, d e u n a r i q u e z a y c o m p l e j i d a d e n o r m e , e s t a filosofía h e g e l i a n a d e l a h i s t o -
r i a — p l a s m a d a e n s u s Lecciones sobre la filosofía de la historia universal— l e h a s e r v i d o también a M a r x c o m o
r e f e r e n t e c o n s t a n t e d e múltiples " p i s t a s " d e comprensión y explicación, q u e d e b i d a m e n t e " i n v e r t i d a s " o " r e t r a -
b a j a d a s " d e m a n e r a m a t e r i a l i s t a , l e h a n p r o p o r c i o n a d o e l e m e n t o s i m p o r t a n t e s p a r a l a más a g u d a aprehensión
d e l o s p r o c e s o s históricos r e a l e s . ¿
dología histórica, s e r e i v i n d i c a f r o n t a l m e n t e c o m o alternativa de explicación f r e n t e a l a s
anteriores interpretaciones de l ahistoria, frente a los m o d e l o s justamente superados de las
d i v e r s a s filosofías históricas p r e c e d e n t e s .
L o q u e además n o s p e r m i t e e n t e n d e r también e l h e c h o d e q u e p a r a M a r x e s t a s u p e r a -
ción d e l s i s t e m a h e g e l i a n o o c u p e e l r o l c e n t r a l d e s u p r o y e c t o teórico e n l o q u e s e r e f i e r e
a l c a m p o d e l a h i s t o r i a , m i e n t r a s q u e l a c o m p l e m e n t a r i a y también p r e s e n t e o r i f i c a d e l a
h i s t o r i a e m p i r i s t a s e ' e n c u e n t r e e n c a m b i o sólo e n u n c i a d a d e u n a m a n e r a g e n e r a l y m u c h o
menos desarrollada que l a primera.
E s q u e m a p u e s asimétrico d e l a d o b l e crítica c o m p a r t i d a ^^ox Annales y " m a r x i s m o , c a r -
g a d o e n e l c a s o d e M a r x h a c i a l a crítica y superación d e l a h i s t o r i a «filosófica» q u e e n c o n t r a -
r e m o s invertido d e m a n e r a c a s i e x a c t a e n e l c a s o d e los Annales. P a r a e s t o s últimos, e l m o t i v o
polémico central y l a crítica más d e s a r r o l l a d a y r e i t e r a t i v a e s e n c a m b i o l a o r i f i c a d e e s t a
h i s t o r i a e m p i r i s t a y f a c t u a l , d e e s t a h i s t o r i a n a r r a f i v a y e r u d i t a q u e d o m i n a e n l a Sorbonne
y e n e l m e d i o académico o f i c i a l francés e n e l m o m e n t o d e l n a c i m i e n t o d ^ l o s Annales.
P o r q u e c o m o r e s u l t a d o h a s t a c i e r t o p u n t o lógico d e e s e a r d u o e i n t e n s i v o t r a b a j o q u e
l a E u r o p a d e l s i g l o x i x h a l l e v a d o a c a b o e n l a l a b o r d e r e s c a t e , clasificación y compilación
d e l o s d o c u m e n t o s históricos e s q u e h a c o b r a d o f u e r z a e s t a interpretación e m p i r i s t a d e
l a h i s t o r i a , e s t e «culto d e l documento» y d e l t e x t o e s c r i t o q u e c o n s f i t u y e l a p i e d r a d e t o q u e
d e l a reivindicación y explicación d e l a h i s t o r i a e r u d i t a y événementielhe.
Y e s c o n t r a e s t a última q u e será l l e v a d o a c a b o e l a t a q u e f r o n t a l d e d o s Annales. A
p a r t i r d e l a demostración d e q u e l o s d o c u m e n t o s «no h a b l a n más q u e a aquél q u e s a b e i n t e -
rrogarlos» y e n función d e e s e i n t e r r o g a t o r i o , s i e n d o además e s t o s m i s m o s d o c u m e n t o s sólo
una e n t r e l a s múltiples f u e n t e s y t e s t i m o n i o s p o s i b l e s d e u t i l i z a r p o r p a r t e d e l h i s t o r i a d o r
Superación p u n t u a l y f u n d a d a d e l a hisxoúa .«événementielle» o «historizante», q u e c o n -
s u m e l o f u n d a m e n t a l d e l a s energías o r i f i c a s d e l o s Annales 2 9 - 6 8 y que/también r e l e g a
a u n s e g u n d o p l a n o a l a crífica d e l a filosofía d e l a h i s t o r i a , l a q u e e n e l . p r o y e c t o a n n a l i s t a
s e e n c u e n t r a más b i e n denegada de principio, r e c h a z a d a y o m i f i d a e n términos explícitos
y , e n c o n s e c u e n c i a , "más q u e e s t r i c t a m e n t e s u p e r a d a , desplazada, c o n t o d o y l a s problemá-
t i c a s legítimas q u e e l l a i m p l i c a , y a l a s q u e e s a filosofía r e s p o n d e d e m o d o e q u i v o c a d o
C o n l o c u a l , r e s u l t a lógico q u e , h a b l a n d o e n términos generales, n o e n c o n t r e m o s e n
l o s Annales u n a v e r d a d e r a y sistemática teoría de la historia, e n e l s e n t i d o a r r i b a d e f i n i d o ,
s i n o más b i e n u n c o n s t a n t e r e c h a z o — e n m u c h o s c a s o s más retórico q u e r e a l , p e r o i g u a l -
m e n t e p r e s e n t e — r e s p e c t o d e l a s d i s c u s i o n e s teóricas y l a teoría p u r a e n g e n e r a l . P r e v e n -
ción sistemática y c o n s t a n t e f r e n t e a l a filosofía, e i n c l u s o l a teoría d e l a h i s t o r i a , q u e p r o -
v o c a u n a c l a r a reducción d e l a dimensión más teórica; d e l a p o r t e c o n t e n i d o - e n l a s o b r a s
y e l d i s c u r s o a n n a l i s t a , dimensión q u e e n m u c h o s casos'está más b i e n implícita — d e b i e n d o
entonces s e r rastreada, explicitada y hasta reconstruida p o r e l lector interesado de los tex-
t o s a n n a l i s t a s — o sólo f r a g m e n t a r i a m e n t e e x p l i c i t a d a d e n t r o d e l a s a r g u m e n t a c i o n e s b l o -
chianas o febvrianas correspondientes.

C o m o señala c l a r a m e n t e H e n r i P i r e n n e , e n s u s t e x t o «What a r e h i s t o r i a n s t r y i n g t o do?».

H e m o s i n t e n t a d o d e s a r r o l l a r c o n más d e t a l l e e s t e p u n t o e n n u e s t r o artículo «Between M a r x a n d B r a u -
d e l . M a k i n g h i s t o r y , ícnowing history».
18 V a l e l a p e n a s i n e m b a r g o , señalar q u e H e n r i B e r r , q u e h a s i d o u n o d e l o s a n t e c e d e n t e s i n t e l e c m a l e s
p r i n c i p a l e s d e l o s A n n a l e s , e s j u s t a m e n t e l a e.xcepción a e s t a r e g l a . E n B e r r h a y u n a discusión explícita y u n
i n t e n t o d e superación r e a l d e l a filosofía d e l a h i s t o r i a , superación q u e e s t e a u t o r c o n c i b e c o m o a l g o q u e s e
l l e v a j u s t a m e n t e a c a b o e n s u p r o y e c t o d e "síntesis histórica" ( c f r . s u l i b r o La síntesis.historia, y también
l a recopilación d e m a t e r i a l e s L'histoire traditionnelle et la synthése historique). S i n e m b a r g o l l a m a l a atención
e l h e c h o d e q u e p r e c i s a m e n t e l o s A n n a l e s e n c u e n t r e n e l p r o y e c t o d e H . B e r r c o m o "aún d e m a s i a d o filosófico",
l o q u e h a s i d o señalado c l a r a m e n t e p o r F e r n a n d B r a u d e l , t a n t o e n s u artículo «Hommage á H e n r i Berr» c o m o
e n s u e n s a y o t i t u l a d o «Personal Testimony». ^
 Contrapunteándose así d e m o d o c l a r a m e n t e d i v e r g e n t e c o n e l m a r x i s m o , e s t o s Anna-
les e s t u d i a d o s d e l período 2 9 / 6 8 h a n r e d u c i d o l a discusión y e l t r a b a j o teórico a l a s o l a
dimensión d e l a metodología histórica, s o b r e l a q u e e n c a m b i o s i s e h a n c o n c e n t r a d o d e
m a n e r a explícita y a b i e r t a , y e n l a c u a l a v a n z a n d e m a n e r a también c o m b a t i v a y polémica
a l i n t e n t a r e s t a b l e c e r cómo s e p r a c t i c a l a h i s t o r i a , cuáles s o n l a s condiciones d e l t r a b a j o
histórico e historiográf^o, cuáles l a s h e r r a m i e n t a s y p r o c e d i m i e n t o s d e l oficio de historia-
dor, cuáles finalmente l o s modos de aproximación y tratamiento d e l o s d i v e r s o s m a t e r i a l e s
historiográñcos. ' , ..;
L o q u e n o s e x p l i c a e s a c o n s t a n t e percepción, r e p e t i d a p o r l o s d i s t i n t o s i n v e s t i g a d o r e s
d e l fenómeno Annales, d e l a d i f i c u l t a d e i n c l u s o e n c i e r t o s c a s o s i m p o s i b i l i d a d d e e n c o n -
trar e n los textos annalistas una postura clara y bien estructurada sobre e l p r o b l e m a deTa
c a u s a l i d a d histórica, s o b r e l a s l e y e s d e l d e v e n i r histórico, s o b r e l a periodización d e l a h i s -
t o r i a , e t c . 19 *^
U b i c a d o s d e esta m a n e r a f r e n t e a esta segunda c o n v e r g e n c i a / d i v e r g e n c i a e n t r e m a r -
x i s m o y Annales, q u e l o s u n e e n l a d o b l e crítica c o n c r e t a q u e f u n d a l a n o v e d a d d e s u s d i s -
c u r s o s p e r o l o s s e p a r a e n c u a n t o a l énfasis o t o r g a d o a l d e s a r r o l l o d e c a d a u n o d e l o s e l e -
m e n t o s d e e s a d o b l e contestación, p o d e m o s n u e v a m e n t e , y a l a l u z d e l c a m i n o r e c o r r i d o
p o r a m b a s c o r r i e n t e s , v o l v e r a p l a n t e a r l a p r e g u n t a a b i e r t a d e s i a c a s o l o s m a r x i s t a s , más
v e r s a d o s y e j e r c i t a d o s e n l a discusión y e l análisis teóricos, serán c a p a c e s a h o r a d e concre-
tar d e m a n e r a más p a r t i c u l a r y específica e s e análisis teórico p a r a c o n v e r t i r l o e n u n i n s t r u -
m e n t o d e r e a l explicación y reproducción i n t e l e c t u a l d e l a s r e a l i d a d e s histórico-concretas,
s i e m p r e más c o m p l e j a s y v a r i a d a s q u e u n s i m p l e e s q u e m a a b s t r a c t o o u n a hipótesis teórica
g e n e r a l . P o r s u l a d o , y e n e s t a p e r s p e c t i v a c o m p a r a t i v a y d e diálogo q u e i n t e n t a m o s e s t a -
b l e c e r , p o d e m o s también p r e g u n t a r n o s s i l o s Annales a c t u a l e s serán c a p a c e s d e a c c e d e r
d e m a n e r a más orgánica a l p l a n o d e l a teoría d e l a h i s t o r i a , e x p l i c i t a n d o d e m a n e r a c o n c e p -
t u a l r i g u r o s a l o s a p o r t e s generales d e s u s i n v e s t i g a c i o n e s empíricas d i v e r s a s y a b o r d a n d o
d e f r e n t e c o n r e s p u e s t a s también sistemáticas l a s c r u c i a l e s y s i e m p r e r e n o v a d a s c u e s t i o n e s
d e l a teoría y l a metodología históricas, a c e r c a d e l s e n t i d o y dinámica d e l p r o g r e s o d e l o s
h o m b r e s e n l a h i s t o r i a , sobre las causas y l e y e s d e ese m i s m o d e v e n i r , sobre las d i m e n s i o -
n e s y jerarquías d e l o b j e t o p r o p i o d e l a c i e n c i a histórica.

m I . . . . . . . ' r-":t''\i./''";'^

.,_•* , - . ^ E n l a fundación-de n u e s t r a e m p r e s a . s e _ h a U a . c o j U e n i d a - . u n a e s p e c i e eje xey.plución intelectual,..,»..,.

M a r o Bloch. Carta a L u c i e n Febvre d e l2 0 de septiembre de 1929.

U n a t e r c e r a c o n v e r g e n c i a r e c o n o c i b l e e n t r e l o s Annales d e B l o c h , F e b v r e y B r a u d e l
d e u n l a d o , y e l m a r x i s m o o r i g i n a l o d e l o s f u n d a d o r e s d e l o t r o , s e r e f i e r e a l a intención

P a r a l a s m u y d i v e r s a s e x p l i c a c i o n e s r e s p e c t o a e s t a e s p e c i e d e " s e m i - v a c i o " e n e l c a m p o d e l a teoría

d e l a h i s t o r i a , c f r . e l l i b r o d e M a s s i m o M a s t r o g r e g o n , // genio dello storico, e l d e G . M a i r e t le discours et
l'historique, o e l d e J o s e p F o n t a n a , Historia, Análisis del pasado y proyecto social. N o o b s t a n t e , v a l e l a p e n a
i n s i s t i r e n q u e , v i s t o e l p r o b l e m a e n s u c o n j u n t o , l a o b r a d e F e r n a n d B r a u d e l destacaría j u s t a m e n t e c o m o excep-
cional r e s p e c t o d e e s t a " a l e r g i a " a l a teoría y a l a s c o n s t r u c c i o n e s teóricas, típica e n g e n e r a l d e t o d o s l o s a u t o r e s
d e Annales. P u e s a u n q u e d e p a l a b r a B r a u d e l r e c h a z a también l a teoría y l a discusión teórica, e s v e r d a d q u e
e n s u o b r a s e e n c u e n t r a n explícitas y m u y s i s t e m a t i z a d a s u n a teoría d e l a s c i v i l i z a c i o n e s , u n a teoría d e l a s o c i e -
d a d , u n a teoría d e l a v i d a m a t e r i a l , d e l a s economías-mundo o d e l c a p i t a l i s m o e n g e n e r a l . D e ahí l a m a y o r
r i q u e z a y f a c i l i d a d , e n t r e o t r a s r a z o n e s , d e l diálogo q u e B r a u d e l h a e s t a b l e c i d o c o n l o s m a r x i s t a s f r a n c e s e s ,
e u r o p e o s y d e l m u n d o , q u e h a n s i d o s u s contemporáneos (véase a l r e s p e c t o d e e s t e último p u n t o , p o r m e n c i o n a r
sólo u n c a s o , e l c l a r o t e s t i m o n i o d e E r i c H o b s b a w m e n su-artículo «Comments»).
 determinada q u e a m b o s p r o y e c t o s i n t e l e c t u a l e s e x p r e s a n , d e l l e v a r a c a b o u n a radical reno-
vación del discurso historio gráfico a n t e r i o r . P o r q u e más allá d e s u carácter crítico e n g e n e r a l
y d e l a d o b l e desestructuración y superación e s p e c i f i c a e n q u e s e f u n d a n a m b o s p r o y e c t o s ,
. . e x i s t e también u n a e v i d e n t e vocación d e c l a r a d a d e h a c e r l a s c o s a s d e otra manera, d e c o n s t r u i r
a p a r t i r d e l a crítica s e n d o s d i s c u r s o s a l t e r n a t i v o s a l o s d i s c u r s o s d o m i n a n t e s . D i s c u r s o s
n u e v o s y p r o f u n d a m e n t e diferentes que sean capaces d e dar u n a respuesta p o s i t i v a al estado
de crisis intelectual y social dentro d e l cual ellos m i s m o s h a n sido gestados.
Se trata de l aconfluencia de ambas corrientes e n torno de u n m i s m o objetivo, e l obje-
t i v o d e construcción de un discurso nuevo y verdaderamente científico sobre la historia.
L o q u e n o s e x p l i c a t a n t o l a s enfáticas d e c l a r a c i o n e s d e M a r x r e s p e c t o a l a n e c e s i d a d d e
i d e n t i f i c a r y e s t a b l e c e r c o n r i g o r l a s «premisas reales» d e l a concepción m a t e r i a l i s t a d e l a
h i s t o r i a , así c o m o e l m o d o científico a d e c u a d o d e s u t r a t a m i e n t o y análisis, c o m o d e o t r a
p a r t e , l a s b a t a l l a s d e M a r c B l o c h p o r c o n s t i t u i r a l a h i s t o r i a e n u n a v e r d a d e r a «empresa
r a z o n a d a d e análisis» o l a s a f i r m a c i o n e s r e p e t i d a s d e F e m a n d B r a u d e l s o b r e l a h i s t o r i a c o m o
«encuesta científicamente conducida», d i s t i n t a c u a l i t a t i v a m e n t e d e l a s i m p l e crónica d e los^
a c o n t e c i m i e n t o s i g u a l q u e d e l a s r e c o n s t r u c c i o n e s todavía p a r c i a l e s y e m b r i o n a r i a s q u e e n t r e -
m e z c l a n a u n e l m i t o y l a l e y e n d a c o n l o s h e c h o s históricos r e a l e s .
F i n a l i d a d c o m p a r t i d a y e x p r e s a m e n t e asuíiiida t a n t o p o r e l m a r x i s m o c o m o p o r l o s
Annales, d e a c c e d e r a l e s p a c i o d e construcción d e u n a v e r d a d e r a c i e n c i a d e l a h i s t o r i a ,
q u e s i n e m b a r g o s e intentará a l c a n z a r p o r p a r t e d e e s t a s d o s c o r r i e n t e s a n a l i z a d a s t r a n s i -
t a n d o h a c i a s u consecución p o r c a m i n o s e s e n c i a l m e n t e diferentes. I g u a l o b j e t i v o p e r o e x p l o -
r a d o d o s v e c e s p o r d i s t i n t a s vías y e n s u c e s i v o s r n o m e n t o s , q u e sólo e x p l i c a e s t a repetición
o d o b l e aparición d e n t r o d e l a m o d e r n a h i s t o r i a e u r o p e a p o r e l h e c h o d e q u e e n l o s r e s p e c -
t i v o s c a s o s q u e aquí c o n s i d e r a m o s e s t a m e t a d e e d i f i c a r u n d i s c u r s o finalmente científico
e n t o r n o a l o s h e c h o s históricos s e h a g e n e r a d o , d e s a r r o l l a d o y l u e g o d i f u n d i d o , d e n t r o
d e dos espacios claramente diferenciados del universo europeo.
R e p r o d u c i e n d o también e n l a e s f e r a d e l a h i s t o r i a d e l a s i d e a s esd^ fractura de larga
duración q u e F e m a n d B r a u d e l h a r e g i s t r a d o - ^ y q u e d i v i d e a l c o n t i n e n t e e u r o p e o e n dos
Europas diversas — l a de l a G e r m a n i a y l a del I m p e r i o R o m a n o , l a de i a R e f o r m a y l ade
l a C o n t r a r r e f o r m a , l a d e l m a r x i s m o y l a d e l a n a r q u i s m o , l a r e c e p t i v a a l d i s c u r s o d e Anna-
les y l a i n d i f e r e n t e a él—, r e p r o d u c i e n d o p u e s e s a v i e j a división d e l o s dos grandes univer-
sos culturales europeos de larga duración, e l i n t e n t o d e a r r i b o a l p r o y e c t o d e construcción
d e u n a c i e n c i a histórica m o d e r n a s e p r e s e n t a también duplicado y r e f e r i d o e n c a d a c a s o
a esos distintos espacios m e n c i o n a d o s - ^
Así, e s s a b i d o q u e . e l m a r x i s m o h a n a c i d o e n l o s a m b i e n t e s i n t e l e c t u a l e s d e A l e m a n i a ,
" " y'Há s i d o d e s a r r o l l a d o p o r M a r x y E h g e l s e n líg^^ hábTéndósé l u e g o ífi'fun'Sidb y exté
dido entre 1 8 7 0 y 1 9 3 0 e n l a m a y o r parte del espacio nordeuropeo occidental, e n A l e m a -
n i a , e n A u s t r i a y e n P o l o n i a , países e n l o s q u e l o s a u t o r e s y l o s d e b a t e s m a r x i s t a s más
i n t e r e s a n t e s d e a q u e l l o s t i e m p o s florecen y p r o s p e r a n d e m a n e r a c o n t i n u a y c a s i e x u b e -
r a n t e . A l m i s m o t i e m p o , r e s u l t a c u r i o s o c o m p r o b a r q u e l a E u r o p a mediterránea l a t i n a d e
e s t a s s e i s décadas p a r t i d a s p o r e l i n i c i o cronológico d e l s i g l ( 3 x x , h a s i d o e n c a m b i o r e a c i a
y escasa — c o n sus honrosas pero puntuales excepciones— e n e l desarrollo y hasta e n l a
aceptación d e l m a r x i s m o , a s u m i e n d o más b i e n l o s d e s a r r o l l o s y l a p r e s e n c i a d e l a n a r q u i s m o

E s t a t e s i s b r a u d e l i a n a d e l a s dos Europas " d e n t r o d e E u r o p a " , s u m a m e n t e i n t e r e s a n t e , a u n q u e aún

p o c o e x p l o t a d a p o r l o s h i s t o r i a d o r e s , s e e n c u e n t r a p l a n t e a d a t a n t o e n e l l i b r o Las civilizaciones actuales, c o m o
e n l o s capítulos r e d a c t a d o s p o r B r a u d e l p a r a e l l i b r o L Europe, i g u a l q u e e n s u artícuío^<The r e j e c t i o n o f t h e
r e f o r m a t i o n i n France».
^' H e m o s d e s a r r o l l a d o c o n más a m p l i t u d e s t a i d e a , e n n u e s t r o anículo «De A n n a l e s , m a r x i s m o y o t r a s
126 historias», c i t a d o e n l a bibliografía.
y e l anarcosindicalismo europeos y desplegando u n cuadro intelectual deuna E u r o p a m e d i -
terránea c a r e n t e d e v e r d a d e r o a r r a i g o y tradición m a r x i s t a s i m p o r t a n t e s .
L o q u e c o m o c l a r a c o n s e c u e n c i a lógica v a a e x p l i c a r también e l h e c h o d e q u e s e a j u s -
t a m e n t e e n este espacio l a t i n o y m e r i d i o n a l d e l a E u r o p a occidental e n donde e n s u m o m e n t o ,
c r e z c a y p r o g r e s e e l p r o y e c t o d e los Annales, P r o y e c t o q u e l u e g o d e h a b e r n a c i d o e n F r a n -
c i a ( y e n u n e s q u e m a p a m l e l o q u e r e p i t e d e m o d o i n v e r t i d o e l e s q u e m a d e proyección d e l
m a r x i s m o a r r i b a m e n c i o n a d o ) s e h a p r o p a g a d o después, c o n b a s t a n t e f u e r z a y a r r a i g o , p r i -
m e r o e n I t a l i a y más t a r d e e n España e n d o n d e v a n a d i f u n d i r s e y s e r a m p l i a m e n t e a c l i m a -
t a d o s l o s Annales, incorporándolos c o m o p a r t e orgánica d e l e s p e c t r o historiográfíco d e e s t a s
m i s m a s n a c i o n e s mediterráneas e u r o p e a s - - .
A r r a i g a n d o d e e s t e m o d o e n l a s d i s t i n t a s z o n a s d e l m u n d o mediterráneo e u r o p e o o c c i -
d e n t a l , l a tradición a n n a l i s t a será e n c a m b i o prácticamente d e s c o n o c i d a , h a s t a a n t e s d e 1 9 7 0 ,
e n l o s países d e l n o r t e d e E u r o p a , deíVtro d e l o s . c u a l e s P o l o n i a será l a c l a r a excepción q u e
confirme l a regla.
P e r t e n e c i e n d o a l o s d o s u n i v e r s o s c u l t u r a l e s d e l a r g a duración q u e c o e x i s t e n e n
E u r o p a - ^ , l o s Annales y e l m a r x i s m o e n c u e n t r a n e n e s t a d i v e r s a filiación u n a d e l a s r a z o -
n e s i m p o r t a n t e s d e s u heterogénea n a t u r a l e z a d i s c u r s i v a . P o r q u e e s e l h e c h o d e f o r m a r p a r t e ,
en e lorigen, del m u n d o germano parlante lo que consfituye a lm a r x i s m o c o m o u n discurso
más d e n s o , analífico y c a p a z d e m o v e r s e c o n l i b e r t a d y c o n s o l t u r a d e n t r o d e l ámbito d e
l a teoría d e l a h i s t o r i a , c o n s t r u y e n d o e n s u i n t e r i o r l a s hipótesis, l o s c o n c e p t o s y l a sólida
e s t r u c t u r a teórica q u e habíamos u b i c a d o a n t e r i o r m e n t e . E i g u a l m e n t e , e s l a m a r c a d e o r i -
g e n d e l d i s c u r s o r a c i o n a l i s t a e m p i r i s t a c a r t e s i a n o , ' l o q u e e x p l i c a l a r e t i c e n c i a y prevención
d e l o s Annales f r e n t e a l a teoría y l a s e l a b o r a c i o n e s a b s t r a c t a s , así c o m o s u g u s t o p o r u n a
h i s t o r i a m u c h o más empírica y e x p e r i m e n t a l , más h g e r a e n e l p l a n o teórico y más fiorida
y l i t e r a r i a e n l a argumentación y exposición d e s u s d e s c u b r i m i e n t o s e i n v e s t i g a c i o n e s .
U n i d o s Annales y m a r x i s m o e n e l común o b j e t i v o d e d a r l e a l o s e s t u d i o s históricos
el estatuto de v e r d a d e r a ciencia, se distinguen e n c a m b i o p o r los espacios europeos dentro
d e l o s c u a l e s h a n l o g r a d o r e a l i z a r y p r o y e c t a r inicialmente e s t a intención a c t i v a , d i f e r e n -
ciándose también e n l a m o d a l i d a d d i s c u r s i v a a través d e l a c u a l e n s a y a n e l p r o c e s o d e a p r o -
ximación a e s a m i s m a finalidad a l a q u e a p u n t a n . L o q u e , c o m o e s s a b i d o , n o h a i m p e d i d o
n i e l d e s a r r o l l o tardío d e u n m a r x i s m o d e l o s países mediterráneos, d i f u n d i d o p o c o a n t e s ,
d u r a n t e y después d e e s o s a g i t a d o s y c r u c i a l e s años s e s e n t a d e n u e s t r o s i g l o , c o m o l a t a m -
bién tardía y sólo r e c i e n t e penetración e n m a y o r e s c a l a d e l e n f o q u e a n n a l i s t a d e n t r o d e l o s
u n i v e r s o s anglo-sajón y g e r m a n o p a r i a n t e d e l a E u r o p a contemporánea, d e s p l e g a d a c o n f u e r z a
sóla.eo4osúltimo«.J¿einte años v i v i d o s . / . ... . — • . —
E m p l a z a d o s d e e s t e m o d o simultáneamente p o r l o s p r o c e s o s a c t u a l m e n t e e n m a r c h a
d e l a unificación e u r o p e a y d e l a globalización p l a n e t a r i a , podríamos p r e g u n t a r n o s s i e s

L o q u e además, y d e m o d o también n a t u r a l , s e proyectará i n c l u s o h a s t a e l p r o p i o m u n d o l a t i n o a m e r i -

c a n o , e n e s t a América L a t i n a q u e p o s e e , después d e t o d o , h o n d a s raíces europeo-mediterráneas. Así, valdría
l a p e n a r a s t r e a r más d e c e r c a cómo s e d i f u n d e e l e n f o q u e y l a s o b r a s a n n a l i s t a s , e n B r a s i l , e n A r g e n t i n a , e n
Centroamérica, e n México y e n l o s r e s t a n t e s países l a t i n o a m e r i c a n o s , a l r i t m o m i s m o d e s u s c o y u n t u r a s s o c i o -
políticas e i n t e l e c t u a l e s específicas. S o b r e l a difusión d e l o s A n n a l e s e n España c f r . e l l i b r o Once ensayos sobre
la historia; p a r a e l c a s o i t a l i a n o habría q u e c o n s u l t a r l a s r e f e r e n c i a s i n c l u i d a s e n e l l i b r o d e M a s s i m o M a s t r o g r e -
g o r i , // genio dello storico, y e n e l d e G i u l i a n a G e m e l l i Fernand Braudel e l'Europa universale.
E s t a d i f e r e n c i a d e l a s d o s E u r o p a s c u l t u r a l e s , q u e es u n t e m a f u n d a m e n t a l p a r a l a a d e c u a d a c o m p r e n -
sión d e l a h i s t o r i a e u r o p e a e n g e n e r a l , n o h a s i d o aún s u f i c i e n t e m e n t e e x p l o r a d o p o r l o s i n v e s t i g a d o r e s . A l r e s -
p e c t o , además d e l o s t e x t o s d e B r a u d e l c i t a d o s e n l a n o t a 2 0 , p u e d e v e r s e e l l i b r o d e N o r b e r t E l i a s El proceso
de la civilización y l o s artículos d e G e o r g e s S i m m e l «L'individualisme» y «L'individu e t l a liberté» i n c l u i d o s
e n e l l i b r o Philosophie de la modemité. También e l e n s a y o d e L u c i e n F e b v r e «Civilisation. E v o l u t i o n d ' u n m o t o
e t d ' u n g r o u p e d'idées».
t
 q u e l o s d i s c u r s o s n o r d e u r o p e o y mediterráneo serán c a p a c e s d e «trabajarse» e i n f l u i r s e m u t u a -
m e n t e , y s i p o r t a n t o , c o m o y a h e m o s p l a n t e a d o más atrás, t a n t o l o s Annales a c t u a l e s c o m o
e l m a r x i s m o contemporáneo serán c a p a c e s d e r e c u p e r a r l o s a s p e c t o s p o s i t i v o s más d e s a -
r r o l l a d o s y e l a b o r a d o s p o r cada u n a d e estas d o s v a r i a n t e s d e l discurso^ e u r o p e o m o d e r n o .

«No n i e g o n i p o r u n i n s t a n t e e l v a l o r q u e p o s e e n en.sí m i s m o s l o s métodos, y n o - c o m p a r t o e n t o n c e s más

q u e a medías l o s e n o j o s d e L u c i e n F e b v r e c o n t r a l a s i n t e n n i n a b l e s q u e r e l l a s q u e esos.métodos s u s c i t a n h a b i -
tualmente». i

F e m a n d B r a u d e l . ccrits sur l'histoire. 1969. ¿- ^ ''• ' '

U n a c u a r t a c o n v e r g e n c i a q u e e s p o s i b l e i d e n t i f i c a r e n t r e l a concepción m a r x i s t a d e
l a h i s t o r i a y l a p e r s p e c t i v a a n n a l i s t a s e r e f i e r e a a l g u n o s d e l o s p a r a d i g m a s metodológicos
c e n t r a l e s q u e a m b o s p r o y e c t o s d i s c u r s i v o s h a n , r e i v i n d i c a d o y d e s a r r o l l a d o c o m o p a r t e dé
s u s b a n d e r a s e s e n c i a l e s , y f r e n t e a l a h i s t o r i a e historiografía q u e l e s antecedía.
Así, r e s u l t a i n t e r e s a n t e c o m p r o b a r l a s i m i l i t u d d e l a s a r g u m e n t a c i o n e s q u e t a n t o l o s
autores annalistas c o m o e l m a r x i s m o originario v a n a desplegar e n l a defensa radical d e
u n a h i s t o r i a c o n c e b i d a e n s u s más v a s t a s d i m e n s i o n e s , u n a h i s t o r i a g l o b a l i z a n t e o c o n s -
t r u i d a d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a t o t a l i d a d , q \ i e a l m i s m o t i e m p o q u e les c a p a z d e a b a r c a r
t o d o e l v a s t o t e r r i t o r i o d e l o h u m a n o e n e l más a m p l i o a r c o t e m p o r a l : p o s i b l e , s e p l a n t e e
también c o m o u n a h i s t o r i a c o n s c i e n t e d e l o s s e s g o s y límites d e l a interpretación histórica
o b j e f i v a , c o m o h i s t o r i a - p r o b l e m a o h i s t o r i a c a p a z d e t r a s c e n d e r t a n t o «las i l u s i o n e s q u e
u n a época y s u s p r o t a g o n i s t a s s e h a c e n d e - s i mismos» c o m o l a ideología d e c l a s e y d e s i t u a -
ción d e l p r o p i o h i s t o r i a d o r q u e i n v e s f i g a . E h i s t o r i a q u e finalmente e s a s u m i d a i g u a l m e n t e
p o r e l m a r x i s m o c o m o p o r l o s Annales, c o m o u n p r o y e c t o aún e n m a r c h a , c o m o «historia
e n construcción» o «suma d e t o d a s l a s h i s t o r i a s p o s i b l e s q u e todavía s e están elaborando»,
c o m o i n t e n t o d e edificación, a u n e n s u s c o m i e n z o s , d e u n a c i e n c i a j o v e n y a b i e r t a .
U n i d o s e n l a d e f e n s a d e e s t o s t r e s p a r a d i g m ^ ^ metódicos, e n d o n d e l a c e r c a m a de Annales
y m a r x i s m o l l e g a t a l v e z a s u p u n t o más alto-"^, n u e s t r a s d o s c o r r i e n t e s s e s e p a r a n s i n
e m b a r g o e n e l modo de la reivindicación d e d i c h o s p a r a d i g m a s a p a n i r s o b r e t o d o d e l o s
d i f e r e n t e s momentos o épocas e n q u e c a d a u n o d e e s t o s c o m b a t e s s e l l e v a n a c a b o . V e a m o s
e s t e p r o b l e m a c o n más d e t a l l e .
M a r x h a insisfido e n l a importancia de concebir a l ahistoria deuna manera absoluta-
^.ment-e:amplia-y'-gkíbal-al.añrmar-quen& reeénoce^^l^^^ de--«na s o l a c i e n -
c i a , d e l a c i e n c i a d e l a h i s t o r i a - ^ ' . I n c l u y e n d o e n l a «historia d e l o s hombres» todas l a s
dimensiones de l aacfividad h u m a n a desplegadas a l olargo de todo el itinerario v i v i d o por
n u e s t r a e s p e c i e , M a r x s e a n t i c i p a c l a r a m e n t e a l a m u y s i m i l a r definición d e M a r c B l o c h ,
q u e h a d e f i n i d o a l a h i s t o r i a c o m o t o d o e l c o n j u n t o d e «la o b r a d e l o s h o m b r e s e n e l fiempo».
Y a l m i s m o fiempo q u e l a h i s t o r i a e s c o n c e b i d a t a n t o ^ p o r e l m a r x i s m o c o m o p o r l o s
Annales e n e s t a globalidad d e s u o b j e t o o c a m p o d e e s t u d i e n , e s también r e i v i n d i c a d a c o m o
h i s t o r i a t o t a l o g l o b a l i z a n t e p o r e l modo de su acercamiento o análisis h a c i a l o s d i s t i n t o s
p r o b l e m a s y e s p a c i o s q u e a b o r d a . P o r q u e u n a v e z más, t a n t o p a r a B r a u d e l c o m o p a r a M a r x ,
la h i s t o r i a es g l o b a l e n l a m e d i d a e n q u e es capaz d e a s u m i r y d e recrear c o n s t a n t e m e n t e

^* H e m o s d e s a i T o U a d o e x t e n s a m e n t e e s t a temática e n n u e s t r o a r t i c u l o a n t e r i o r m e n t e c i t a d o «Between M a r x
a n d B r a u d e l . M a k i n g h i s t o r y , ícnowing history».
I d e a q u e e n c o n t r a m o s e n e l t e x t o m a r x i a n o d e L'a ideología alemana, y q u e aíiora c o b r a u n n u e v o s e n -
tido, frente a las interminables discusiones sobre l a interdisciplinariedad.
 Emmanuel Le Roy Laduríe

l a totalidad d e l a q u e e l fenómeno o p r o b l e m a histórico p a r t i c u l a r e s t u d i a d o f o r m a p a r t e .

Así, c o m o a f i r m a B r a u d e l , l a h i s t o r i a p o r e j e m p l o económica e s la misma historia general,
p e r o v i s t a d e s d e l a economía, y t o d a categoría histórica, c o m o h a enseñado M a r x , sólo
es c a p a z d e s e r i n s t r u m e n t o e x p l i c a t i v o d e l o r e a l e n l a m e d i d a e n q u e s e resitüa d e n t r o
d e e s a «iluminación general» d e n t r o d e e s e c o n t e x t o g l o b a l d e l a t o t a l i d a d , q u e e n l o s d i s -
tintos m o m e n t o s l e otorga su verdadero sentido.
H i s t o r i a p u e s g l o b a l , t a n t o p o r s u o b j e t o d e e s t u d i o c o m o p o r s u método d e a p r o x i m a -
ción a s u s c a m p o s p a r t i c u l a r e s , q u e e s t a n d o e n e l c e n t r o d e l a p r o p u e s t a metodológica d e
l o s Annales y d e l m a r x i s m o , s e d i f e r e n c i a s i n e m b a r g o p o r l o s también d e s i g u a l e s c o n t e x -
tos q u e c o n s t i t u y e n e l estado de d e s a r r o l l o d e l a s ciencias sociales hacia 1 8 5 0 / 7 0 y hacia
1930/60, respecfivamente.
P o r q u e c u a n d o M a r x d e f i e n d e a l a h i s t o r i a c o m o única c i e n c i a d e l o s o c i a l - h u m a n o
e n e l t i e m p o , l o h a c e s i m p l e m e n t e p r o l o n g a n d o u n a l a r g a tradición c a r a c t e r i z a d a p o r u n a
visión j u s t a m e n t e unitaria y h a s t a «enciclopedista» d e l o s p r o c e s o s h u m a n o s . M a r x e s e n
 • • • ¿i • i • • ' ; . .

e s t e s e n t i d o , e l último «enciclopedista» d e l s i g l o x i x , q u e v i v i e n d o e n u n m o m e n t o e n e l
c u a l l a s «ciencias m o r a l e s y políticas» c o m i e n z a n a s a l i r d e s u l a r g a p r e h i s t o r i a , n o c o n o c e
las m o d e r n a s y m u y acentuadas parcelaciones y divisiones q u ecuadriculan y aislan a las
d i s t i n t a s c i e n c i a s «sociales» d e l a a c t u a l i d a d ^ ^ . M a r x e s u n científico s o c i a l , y e n t a n t o t a l ,
simultáneamente y a l a v e z , l o q u e d e s d e n u e s t r a p a r c e l a d a ópfica d e l s i g l o x x c o n s i d e r a -
ríamos u n sociólogo, filósofo, e c o n o m i s t a , antropólogo, geógrafo, politólogo, e t c .
P o r s u p a r t e l o s Annales t r a b a j a n e n c a m b i o e n u n a época e n l a c u a l s e h a c o n s u m a d o
y a l a parcelación y autonomización p o s i t i v i s t a d e l s a b e r s o b r e l o s o c i a l , a c o t a n d o e n p a r c e -
l a s d i s f i n t a s y d e s c o n e c t a d a s e n t r e sí a l a s d i s f i n t a s «ciencias humanas» o «sociales» q u e
h o y c o n o c e m o s . Y s i b i e n l o s Annales, e n s u d e f e n s a d e l a h i s t o r i a g l o b a l , v a n a o r i f i c a r
y a c o m b a t i r e s t a «especialización» e independízación d e l a s d i v e r s a s c i e n c i a s s o c i a l e s , p u g -
n a n d o s i n d e s c a n s o p o r s u diálogo, a p e r t u r a e interconexión p e r m a n e n t e s , l o v a n a h a c e r
s i n e m b a r g o d e s d e u n a situación q u e p a r t e d e d i c h a fragmentación y separación d e l o s d i s -
tintos campos d e lsaber sobre l o social.
I n m e r s o s e n e s a r e i t e r a d a y n u n c a r e s u e l t a polémica s o b r e l a «Inter», «multi» o «trans-
disciplinariedad», y a f i r m a n d o d e d i s t i n t o s m o d o s e l i n d i s p e n s a b l e diálogo c o n l a s «otras»
c i e n c i a s s o c i a l e s , l o s h i s t o r i a d o r e s de Annales s e m u e v e n d u r a n t e t o d o e l s i g l o x x a c o n t r a -
c o r r i e n t e d e l sentido dominante d e l a evolución d e e s a s c i e n c i a s s o c i a l e s , s i n l o g r a r i m p o -
n e r d e m a s i a d o e s t e p a r a d i g m a o e x i g e n c i a metódica d e l a h i s t o r i a g l o b a P " ^ .
L u c h a c o m p a r t i d a por Annales y m a r x i s m o , e n p o s d e u n a h i s t o r i a g l o b a l , q u e s e m a t i z a
y d i f e r e n c i a a p a r t i r d e l a d e s i g u a l situación d e l e s t a d o d e d e s a r r o l l o d e l a s c i e n c i a s h u m a -
n a s e n 1 8 5 0 y 1 9 5 0 , y q u e n o s r e m i t e a l a p r e g u n t a contemporánea d e c u a l será l a a c t i t u d
de estas dos c o r r i e n t e s h a c i a el f u t u r o respecto d e este u n i v e r s o f r a g m e n t a d o d e l saber sobre
l o s o c i a l a c t u a l m e n t e v i g e n t e . Y q u e e n n u e s t r a opinión n o s e resolverá p o r l a vía d e d e f e n -
d e r u n a i n t e r d i s c i p l i n a r i e d a d «dura» f r e n t e a u n a «blanda», n i p r o p o n i e n d o u n a «transdisci-
plinariedad» e n v e z d e u n a «multidisciplinariedad», s i n o revolucionando de raíz los térmi-
nos mismos del problema y v o l v i e n d o a l a visión e s e n c i a l m e n t e unitaria d e l o s p r o c e s o s
y l o s fenómenos típicos d e l s i g l o x i x , p e r o e n r i q u e c i d a y c o m p l e j i z a d a c o n l o s a p o r t e s d e
l o s d i s f i n t o s i t i n e r a r i o s parcelados r e c o r r i d o s p o r t o d a s l a s d i s c i p l i n a s s o c i a l e s e n e l s i g l o x x .
U n s e g u n d o p a r a d i g m a c o i n c i d e n t e d e /.nnales y m a r x i s m o s e r e f i e r e a l a asunción
d e l o s límites y s e s g o s d e l c o n o c i m i e n t o histórico y d e l a s c o n d i c i o n e s p a r t i c u l a r e s d e l p r o -
c e s o d e l a interpretación histórica. E n a m b a s c o r r i e n t e s , l a crítica d i r e c t a a l a p r e t e n d i d a
h i s t o r i a «neutral» y «objetivista» d e f e n d i d a p o r l o s e m p i r i s t a s l l e v a a l r e c o n o c i m i e n t o d e
l o s s e s g o s y l a s c a r g a s ideológicas necesariamente presentes e n l a relación e n t r e e l h i s t o -
riador y s u objeto o material de trabajo.
P o r q u e - l o • m i s m o -én l a ' e x i g e n c i a mátérialista'dé " M a r x dé'disfinguii:'entre^ló'qúe l o s '
h o m b r e s d i c e n y p i e n s a n d e sí m i s m o s , y l o q u e r e a l m e n t e h a c e n y s o n , y e n l a explicación

2^ L o q u e s e r e f l e j a d e m o d o m u y plástico e n l a dificultad q u e e ; i p e r i m e n t a n l o s i n v e s t i g a d o r e s a c t u a l e s
p a r a r e s p o n d e r a l a p r e g u n t a ¿qué h a s i d o M a r x ? ¿era sociólogo? ¿o f i f e s o f o ? ¿o h i s t o r i a d o r ? ¿o e c o n o m i s t a ?
¿o politólogo?. L a p r e g u n t a c a r e c e d e s e n t i d o d e s d e l a p v r r s p e c t i v a u n i v e r s a l i s t a d e l s i g l o x i x , y c o n s t i t u y e sólo
u n a retroproyección d e l a situación a c t u a l d e l a s c i e n c i a s s o c i a l e s a u n c o n t e x t o t o t a l m e n t e d i f e r e n t e . P u e s M a r x ,
a l i g u a l q u e H e g e l , e r a s o l a m e n t e —¡solamente!— u n i n t e l e c t u a l d e l s i g l o x i x , u n científico s o c i a l . S i b i e n u n
científico o i n t e l e c t u a l q u e fundó e l m o d e r n o p r o y e c t o dé c i e n c i a d e l a h i s t o r i a y q u e f u e e l más g r a n d e p e n s a d o r
de todo s u s i g l o .
-"^ A l r e s p e c t o , e s i n t e r e s a n t e l a crítica d e M i c h e l F o u c a u l t ( l u e g o r e t o m a d a p o r m u c h o s y m u y d i v e r s o s
a u t o r e s ) a e s t e p a r a d i g m a d e l a h i s t o r i a g l o b a l , e n s u Arqueología del saber, t e x t o e n d o n d e s e p r o p o n e más
q u e u n a h i s t o r i a g l o b a l , u n a h i s t o r i a general S o b r e l a polémica r e s p e c t o a l a interdisáplinariedad y a l f u t u r o
p o s i b l e d e l e s t a t u t o d e l a s c i e n c i a s s o c i a l e s c f r . e l t e x t o d e L n m a n u e l W a l l e r s t e i n «Ths C h a l l e n g e o f M a t u r i t y .
W h i t h e r S o c i a l Science?», e l artículo d e B e r n a r d L e p e t i t ^ - P r o p o s i c i o n e s p a r a u n a práctica r e s t r i n g i d a d e l a i n t e r -
discipUna», y e l d e B o a v e n t u r a d e S o u s a S a n t o s «A d i s c o u r s e o n t h e sciences». '

a: . , i
d e l carácter p a r c i a l p e r o f o r z o s a m e n t e inconsciente d e l q u e h a c e r h u m a n o d e e s a s «relacio-
n e s n e c e s a r i a s e i n d e p e n d i e n t e s d e l a voluntad» q u e l o s h o m b r e s c o n t r a e n y q u e l o s l l e v a n
a l a situación d e q u e «lo h a c e n , p e r o n o l o saben», c o m o e n l a postulación a n n a l i s t a d e
l a «historia-problema», q u e a f i r m a q u e e l h i s t o r i a d o r sólo «encuentra l o q u e está buscando»
y q u e l o s h e c h o s y l o s d o c u m e n t o s históricos sólo «hablan a l q u e s a b e i n t e r r o g a r l o s y según
s e l e s interroga» concíiyendo q u e e s «el h i s t o r i a d o r e l q u e d a a l u z l o s h e c h o s , i n c l u s o
l o s más humildes», e x i s t e e n a m b a s p o s i c i o n e s l a c o n c i e n c i a específica d e l a s d e s v i a c i o n e s ,
límites y c o n s e c u e n c i a s q u e i m p l i c a lapreconcepción ideológica del historiador e n e l m o m e n t o
m i s m o d e e n f r e n t a r s u s m a t e r i a l e s historiográficos, y e n e l p r o c e s o g e n e r a l e n e l q u e e l a -
b o r a y c o n s t r u y e , l e n t a m e n t e y c o n g r a n e s f u e r z o , l a interpretación histórica c o n c r e t a d e
l o s fenómenos q u e a n a l i z a .
R e c o n o c i m i e n t o explícito d e l o s límites q u e a c o t a n l a p o s i b i l i d a d d e c o n o c e r o b j e t i v a -
m e n t e l a r e a l i d a d histórica, q u e U e / a a M a r x a s u b r a y a r e l s e s g o d e c l a s e y e l s e s g o e p o c a l
— e l límite i m p u e s t o p o r e l m o m e n t o histórico m i s m o q u e s e v i v e — p r e s e n t e s t a n t o e n l a
visión d e l o s p r o t a g o n i s t a s e s t u d i a d o s , c o m o d e l p r o p i o i n v e s t i g a d o r q u e l o s e s t u d i a . Y
q u e e n l o s Annales d e r i v a más b i e n h a c i a l a evidenciación d e l o s «intereses» q u e t a n t o l o s
p e r s o n a j e s y t e s t i m o n i o s históricos c o m o e i m i s m o h i s t o r i a d o r p r o y e c t a n e n e l m o m e n t o
d e s u c o m p l e j a relación.
P e r o q u e e n a m b o s casos conduce solamente a l a clara conciencia del hecho de q u e
no e x i s t e u n a v e r d a d histórica absoluta, s i n o sólo v e r d a d e s históricas relativas, l a s q u e
d e c u a l q u i e r m a n e r a y e n s u interconexión continua y progresiva n o s a c e r c a n c a d a v e z más
h a c i a e l r e a l y a d e c u a d o c o n o c i m i e n t o d e l o s d i s t i n t o s fenómenos históricos e s t u d i a d o s
P e r o s i a m b a s c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o c o i n c i d e n e n e s t a e x i g e n c i a metodológica d e
l a h i s t o r i a - p r o b l e m a , e n e s t a n e c e s i d a d d e h a c e r explícito e l c u e s t i o n a r i o o e n c u e s t a q u e
e l h i s t o r i a d o r fiene e n l a c a b e z a y d e s d e e l c u a l a c o m e t e e l t r a t a m i e n t o d e s u p r o b l e m a
histórico, s e s e p a r a n también, y u n a v e z más p o r r a z o n e s j u s t a m e n t e d e l d i s t i n t o c o n t e x t o
epocal e n e l q u e v i v e n , e n c u a n t o a l énfasis p a r t i c u l a r q u e c a d a u n a d e e l l a s p o n e r e s p e c t o
a l o s e l e m e n t o s d e l a y a m e n c i o n a d a relación h i s t o r i a d o r / o b j e t o o m a t e r i a l historiográfico.
D e e s t e m o d o , s i M a r x v i v e e n u n período e n e l q u e e s a s f u e n t e s históricas p r i m a r i a s
q u e s o n l o s d o c u m e n t o s s o n todavía r e l a f i v a m e n t e escasas, y están j u s t a m e n t e v i v i e n d o
e n E u r o p a e l p r o c e s o dé s u recuperación, ordenación y p u e s t a a p u n t o , l o s Annales s o n
e n c a m b i o h e r e d e r o s d e e s e s i g l o x i x q u e f u e b a u t i z a d o c o m o «el s i g l o d e l a historia»-^
p r e c i s a m e n t e p o r e l e n o r m e salto adelante q u e e n esta c e n t u r i a fue realizado e n e l c a m p o
d e l o s d i s f i n t o s a r c h i v o s históricos r e g i o n a l e s , n a c i o n a l e s y m u n i c i p a l e s d e l más d i v e r s o
o r d e n . L o q u e nos* e x p l i c a e l h e c h o d e q u e , n i i e n t r a s M a r x v a á'concentrárse, s o b r e t o d o
e n l a explicación d e l o s s e s g o s subjetivos presentes e n l a l a b o r d e interpretación histórica,
e n l o s s e s g o s p r o v e n i e n t e s d e l a situación d e c l a s e , d e l a posición e i n t e r e s e s s o c i a l e s d e l
h i s t o r i a d o r y e n l o s límites d e r i v a d o s d e s u p e r t e n e n c i a a u n a c i e r t a época histórica d e t e r -
m i n a d a , l o s Annales e n c a m b i o v a n a s u b r a y a r , j u n t o a e s t o s límites s u b j e f i v o s q u e e l l o s
c o n c i b e n d e m o d o más genérico e i n d e t e r m i n a d o , l a s o b l i c u i d a d e s o límites también objeti-
vos i n m e r s o s e n e l n e x o ' h i s t o r i a d o r / m a t e r i a histórica, y q u e r e m i t e n l o m i s m o a l o s a z a r e s

Posición p u e s d i a m e l r a l m e n t e d i f e r e n t e d e l a posición " p o s m o d e r n a " , q u e acentúa d e s m e s u r a d a m e n t e

e s t e p r o b l e m a d e l o s s e s g o s d e l h i s t o r i a d o r y d e s u s m a t e r i a l e s históricos y p r o l o n g a h a s t a e l a b s u r d o e s t a r e l a t i -
vización d e l c o n o c i m i e n t o histórico, t e r m i n a n d o p o r negar de plano la posibilidad d e u n c o n o c i m i e n t o v e r d a -
d e r o y científico d e l a h i s t o r i a (véase p o r e j e m p l o P a u l V e y n e , Comment on écric l'histoire, y M i c h e l d e C e r t a u ,
La escritura de la historia). U n a b u e n a crítica d e e s t a posición p o s m o d e r n a e n l a h i s t o r i a , q u e m u e s t r a además
s u s vínculos teóricos c o n a l g u n o s e l e m e n t o s d e l e s t r u c t u r a l i s m o francés, p u e d e v e r s e e n e l artículo d e F r a n ^ o i s
D o s s e «Clio e n e l exilio».
2 9 Véase l a n o t a 1 6 . ¿ 4,
 d e l o s r e s t o s y h u e l l a s históricos c o n s e r v a d o s , q u e a l a s d e f o r m a c i o n e s c o n s c i e n t e s e i n t e -
r e s a d a s d e l o s p r o p i o s p r o t a g o n i s t a s , p l a s m a d a s e n l o s t e s t i m o n i o s his.tóricos l e g a d o s a l a
posteridad.
U n i d a d d e m a r x i s m o y Annales e n t o r n o a e s t e s e g u n d o p a r a d i g m a metódico, m a t i -
z a d a sólo r e l a t i v a m e n t e p o r e s t a d i v e r g e n c i a señalada, q u e estaría a h o r a s i e n d o c o n f r o n -
t a d a e i m p u g n a d a c o y u n t u r a l m e n t e t a n t o p a r a l o s Annales c o m o p a r a l o s m a r x i s t a s p o r l a
d e s e n c a n t a d a y p e s i m i s t a visión p o s m o d e r n a d e n t r o d e l a h i s t o r i a , visión q u e p r o s p e r a y
s e d i f u n d e c o n l o s v i e n t o s d e l a c r i s i s y d e l r e f l u j o momentáneo d e l o s m o v i m i e n t o s c o n t e s -
tatarios h o y vigentes.
E l t e r c e r p a r a d i g m a d e l a h i s t o r i a e n e l q u e c o n v e r g e n l o s Annales y e l m a r x i s m o ,
es e l p a r a d i g m a d e l a h i s t o r i a c o n c e b i d a c o m o p r o y e c t o a b i e r t o , c o m o p r o c e s o d e c o n s t r u c -
ción q u e r e c o r r e a p e n a s s u s e t a p a s i n i c i a l e s y q u e está aún e n l a búsqueda d e s u definición
r i g u r o s a r e s p e c t o d e l o s t e m a s , métodos, técnicas, c o n c e p t o s y teoría p e r t i n e n t e s .
P o r e s o , c u a n d o M a r x t r a t a d e d e f i n i r e n s u s t r a z o s f u n d a m e n t a l e s e s a s «premisas r e a -
les» d e l a concepción científica d e l a h i s t o r i a h u m a n a q u e a n t e s h e m o s m e n c i o n a d o , d e s e n -
trañando a l a . v e z l a s r e g u l a r i d a d e s c a u s a l e s y l a s l e y e s p r i n c i p a l e s d e l a dinámica histórica,
fiene s i e m p r e p r e s e n t e e l carácter novedoso y pionero d e s u p r o p i o p r o y e c t o . Y así, e s
él m i s m o e l q u e a l o l a r g o d e s u v i d a precisa, desarrolla y redefine l o s c o n c e p t o s y t e o r e -
m a s p r i n c i p a l e s d e l a concepción m a t e r i a l i s t a d e l a h i s t o r i a , p a s a n d o p o r e j e m p l o d e l o s
c o n c e p t o s d e «formas d e trato», d e «Estado» y d e «ideología» a l o s c o n c e p t o s m u c h o más
a c a b a d o s y t r a b a j a d o s d e «relaciones d e producción», d e «formas d e E s t a d o y c o n f i g u r a c i o -
n e s políticas» o d e «formas d e l a c o n c i e n c i a social». I n c o r p o r a n d o además, l o s n u e v o s y
más r e c i e n t e s d e s c u b r i m i e n t o s d e l o s a u t o r e s q u S l e s o n contemporáneos — c o m o e n e l c a s o
d e l a s teorías y t r a b a j o s d e L e w i s H . M o r g a n , o d e l o s a p o r t e s d e M . K o v a l e v s k y , o d e
los resultados de G . M a u r e r , etc., etc.— M a r x recorre s u entero itinerario intelectual ree-
dificando y reelaborando l o s dinfintos c i m i e n t o s de este p r o y e c t o emergente d e ciencia
moderna de l a historia.
A l i g u a l q u e l o s Annales, q u e p o s t u l a n d o l a n o v e d a d d e l p r o y e c t o d e l a h i s t o r i a c o m o
«empresa r a z o n a d a d e análisis» e i n s i s t i e n d o e n l a n e c e s i d a d d e r e c u p e r a r p a r a l o s e s t u d i o s
históricos l o s a p o r t e s también contemporáneos a e l l o s d e l a geografía, l a sociología, l a e c o -
nomía y l a antropología, v a n a r e i t e r a r e s t a n a t u r a l e z a a u n i n a c a b a d a y e n s u s p e n s o d e t o d a
o b r a d e h i s t o r i a , d e t o d a explicación c o n q u i s t a d a y d e t o d a e n c u e s t a e indagación l a b o r i o -
samente conducidas.
C o i n c i d e n c i a e n l a p e r s p e c t i v a d e asunción d e l a h i s t o r i a c o m o v i v i e n d o s u período
; f o r m a t i v o i n f a n t i l , q u e s i n e m h a r g o . s e d i f e r e n c i a n u e v a m e n t e e n función d e l o q u e e n c a d a
m o m e n t o histórico r e p r e s e n t a n e l m a r x i s m o y I p s Annales, c o n s i d e r a d o s d e m a n e r a c o m -
p a r a t i v a y e n u n a p e r s p e c t i v a más g l o b a l . , . |. . .
P u e s m i e n t r a s e l m a r x i s m o r e p r e s e n t a Id^ fundación o nacimiento, del moderno pro-
yecto d e construcción d e u n a v e r d a d e r a c i e n c i a . d e l a h i s t o r i a , p r o y e c t o q u e n a c e p r e c i s a -
m e n t e e n e s e punto crítico p r i v i l e g i a d o d e l d e c u r s o e u r o p e o ^ q u e e s l a n i i t a d d e l s i g l o x i x ,
los Annales s o n e n c a m b i o u n a e s p e c i e d e reedición o intento de refimdación d e e s e m i s m o
p r o y e c t o , l l e v a d o a c a b o d e n t r o d e l a s m o d a l i d a d e s y c o n t e x t o d e l m u n d o francés ( y l u e g o ,
p a r c i a l m e n t e y p o r extensión, mediterráneo), y e n u n m o m e n t o q u e e s 7 0 / 9 0 años p o s t e r i o r
a s u antecedente originario. \
L o cual crea u n a clara divergencia entre los dos proyectos q u e ahora estamos anali-
z a n d o . P u e s a p a r t i r d e e s t a d i f e r e n c i a e n t r e ei,carácter c o m o p r o y e c t o f u n d a d o r , o más
a d e l a n t e c o m o p r o y e c t o d e refundación, y también e n función d e l o s 8 0 a j i o s t r a n s c u r r i d o s
e n t r e a m b a s e m p r e s a s , q u e h a n s i d o a p e s a r d e t o d o o c h e n t a años d e d e s a r r o l l o y p r o g r e s o
d e l a s d i s t i n t a s y p a r c e l a d a s c i e n c i a s s o c i a l e s , e s q u e s e m a t i z a e s t a reivindicación m e t o d o -
lógica d e l a h i s t o r i a c o m o «historia e n construcción».
 P o r q u e v i s t o más d e c e r c a e l p r o b l e m a , r e s u l t a c l a r o q u e e l m a r x i s m o p o s e e t o d a s l a s
v e n t a j a s , p e r o también l a s d e s v e n t a j a s , d e s u condición e n t a n t o q u e proyecto pionero. L o
q u e l o c o n s t i t u y e c o m o u n i n t e n t o más radical, más innovador y más libre e n e l e s f u e r z o
d e p r o p o n e r n u e v a s e inéditas teorías, c o n c e p t o s y e x p l i c a c i o n e s s o b r e l o s p r o c e s o s histó-
r i c o s h u m a n o s . P e r o a l m i s m o t i e m p o , y d a d o s u carácter d e r u p t u r a i n i c i a l o f u n d a d o r a
c o m o p r o y e c t o más hipotético y m e n o s a p o y a d o e n i n v e s t i g a c i o n e s p r e v i a s , c o m o e s b o z o
q u e s e v e f o r z a d o a d e j a r sólo b o s q u e j a d o s e i n s i n u a d o s g r a n p a r t e d e s u s d e s c u b r i m i e n t o s ,
y quemantiene gran parte de su riqueza innovativa y revolucionaria dentro de l a historia
sólo c o m o c a p a c i d a d v i r t u a l d e u l t e r i o r e s y más específicos d e s a r r o l l o s .
Visión p u e s más u n i v e r s a l i s t a y g l o b a l i z a n t e d e l o s p r o c e s o s , e s también más p r o f u n d a
y a u d a z e n l a construcción m i s m a d e l n u e v o p r o y e c t o d e c i e n c i a d e l a h i s t o r i a .
Y c o n t r a s t a e n e s t o s m i s m o s s e n t i d o s c o n e i p r o y e c t o d e l o s Annales. P o r q u e s i b i e n
los Annales, e n t a n t o «segunda edición» d e u n a r u p t u r a y a v i v i d a — c o n l a c u a l n o o b s t a n t e
no poseen c o n e x i o n e s orgánicas, p e r o c u y o s e f e c t o s i n d i r e c t o s y f u n d a m e n t a l e s n o d e j a n
s i n e m b a r g o d e v i v i r y d e p e r c i b i r d e m u y d i s t i n t a s m a n e r a s — serán u n p o c o m e n o s r a d i c a -
l e s , i n n o v a d o r e s y l i b r e s q u e e l m a r x i s m o , tendrán e n c a m b i o detrás d e s i o c h o décadas
d e a v a n c e d e l a s d i s t i n t a s d i s c i p l i n a s s o c i a l e s , l o q u e l e s permitirá c o n s t i t u i r s e c o m o u n
p r o y e c t o más madurado y más apoyado e n múlfiples i n v e s f i g a c i o n e s c o n c r e t a s , p r o y e c t o
q u e c a m i n a i l u m i n a d o c o n m u c h o s más «faros» d e r i t r o d e l o s d i s f i n t o s t e r r i t o r i o s q u e a b o r d a ,
a p a r t i r j u s t a m e n t e d e l d e s b r o z e y colonización q u e d i c h a s c i e n c i a s s o c i a l e s f r a g m e n t a d a s
y a u t o n o m i z a d a s h a n l l e v a d o a cabo durante estos decenios q u e las separan del m o m e n t o
d e n a c i m i e n t o d e l m a r x i s m o c o m o p r o y e c t o histórico-crítico.
L o s Annales t r a b a j a n d e n t r o d e u n u n i v e r s o q u e a f u e r z a d e h a b e r s i d o c u a d r i c u l a d o
y p a r c e l a d o d u r a n t e l u s t r o s r e s u l t a u n u n i v e r s o más c o n o c i d o y más d i v e r s a m e n t e d e s g l o -
s a d o , y p o r t a n t o c o n más d i m e n s i o n e s y a r i s t a s q u e l e s s i r v e n d e r e f e r e n t e y d e p l a t a f o r m a
a aquéllos q u e s e i n t r o d u c e n d e n t r o d e s u s mühiples y c o m p l e j o s d o m i n i o s .
Aproximándose y separándose d e e s t e m o d o e n t o m o a l p o s t u l a d o d e l a h i s t o r i a a b i e r t a
o e n m a r c h a , l o s Annales s e e n f r e n t a n a h o r a a l r e t o y a m e n c i o n a d o más atrás d e s u p e r a r
y t r a s c e n d e r d e m a n e r a real e s a visión p a r c e l a d a d e l a s c i e n c i a s s o c i a l e s d e n t r o d e l a c u a l
h a n nacido y e n l a q u e se h a n visto obligados a m o v e r s e durante toda s u existencia. P o r
s u l a d o , e l m a r x i s m o fiene f r e n t e a sí l a e x i g e n c i a d e i n c o r p o r a r d e s d e s u p e r s p e c t i v a crí-
t i c a y u n i t a r i a l o s d i s t i n t o s a v a n c e s y d e s a r r o l l o s q u e l o s ülfimos 1 2 0 años h a n p r o d u c i d o ,
dentro de ese c a m p o fragmentado q u e consfituye h o y e l espectro de las diversas ciencias
h u m a n a s contemporáneas. :í

«Por p r i m e r a v e z s e erigía l a h i s t o r i a s o b r e s u v e r d a d e r a b a s e ; e l h e c h o p a l p a b l e , p e r o t o t a l m e n t e d e s a p e r -
c i b i d o h a s t a e n t o n c e s , d e q u e e l h o m b r e n e c e s i t a e n p r i m e r término c o m e r , b e b e r , t e n e r u n t e c h o y v e s t i r s e ,
y p o rtanto, trabajar...».

F e d e r i c o E n g e l s . Artículo «Carlos Marx», 1 8 7 7 . I , i - • • .

U n a q u i n t a c o n v e r g e n c i a e n t r e l o s Annales 1 9 2 9 - 1 9 6 8 y e l m a r x i s m o o r i g i n a l s e e n c u e n -
t r a e n e l p l a n o d e u n a d e l a s problemáticas o temáticas q u e a m b o s p r o y e c t o s i n t e l e c t u a l e s
h a n p r i v i l e g i a d o y puesto e n e l centro de sus preocupaciones y desarrollos esenciales, l a
problemática d e l a historia económica. P o r q u e a m b a s c o r r i e n t e s históricas p u e d e n s e r v i s -
tas d e s d e u n a c i e r t a p e r s p e c f i v a c o m o d o s s u c e s i v o s i n t e n t o s d e d e s a r r o l l a r y p r o m o v e r
d e m a n e r a i m p o r t a n t e l a r a m a d e l o s e s t u d i o s histórico-económicos. H a b i d a c u e n t a d e l a
d i f e r e n c i a d e u n i v e r s o s c u l t u r a l e s y d e m o m e n t o s históricos e n q u e d i c h o s p r o y e c t o s t i e n e n

l
l u g a r , e s s i n e m b a r g o e v i d e n t e e l r a s g o común q u e l o s c a r a c t e r i z a e n . t a n t o q u e d i v e r s o s
e n s a y o s d e l a n z a m i e n t o o r e l a n z a m i e n t o d e u n a h i s t o r i a económica y s o c i a l r e n o v a d a , c u a l i -
tativamente diferente.
P u e s t o q u e c o m o e s b i e n s a b i d o , h a s i d o M a r x e l primero e n d e s c u b r i r y p o n e r e n
e v i d e n c i a e l r o l fundamental d e l o s h e c h o s económicos d e n t r o d e l o s p r o c e s o s históricos
hasta a h o r a v i v i d o s p o r los h o m b r e s . M o s t r a n d o l a e n o r m e i n f l u e n c i a q u e l a esfera d e l a
«producción d e l a v i d a material» t i e n e s o b r e l a s o t r a s r e l a c i o n e s y a c t i v i d a d e s s o c i a l e s h u m a n a s ,
e i n t e n t a n d o e s t a b l e c e r s u c o m p l e j a y d i v e r s a Interconexión, M a r x h a - e l a b o r a d o s u riquí-
s i m a teoría d e l sesgo productivista d e l a s a c t i v i d a d e s h u m a n a s d e s p l e g a d a s d u r a n t e e l l a r g o
período d e l a p r e h i s t o r i a d e l h o m b r e y d e l a s s o c i e d a d e s e n l a c u a l aún s e g u i m o s i n m e r s o s ,
r e s a l t a n d o a l a v e z l a s d i s t i n t a s f o r m a s d e h a c e r s e p r e s e n t e l a marca originaria de la esca-
sez q u e s i n g u l a r i z a a l a s s o c i e d a d e s características d e e s t a e t a p a d e p r e d o m i n i o d e l «reino •
d e l a necesidad»
Teoría p u e s , e l a b o r a d a y c o m p l e j a e n e l p l a n t e a m i e n t o d e M a r x , y l u e g o s i m p l i f i c a d a
y v u l g a r i z a d a h a s t a e l g r a d o d e l a c a r i c a t u r a p o r a l g u n o s s u p u e s t o s «marxistas», q u e h a p e r -
m i t i d o e n t o n c e s a l g r a n a u t o r d e El Capital, f u n d a r también o d a r n a c i m i e n t o a l a m o d e r n a
r a m a d e l a h i s t o r i a económica científica.
P r o c e s o s i m i l a r a l q u e v a r i a s décadas más t a r d e llevarán a c a b o l o s Annales d e n t r o
d e l e s p a c i o i n t e l e c t u a l f r a n c o p a r l a n t e . P o r q u e levantándose d e m a n e r a crítica c o n t r a l a h i s -
t o r i a p r e d o m i n a n t e e n l a v i e j a Sorbonne, h i s t o r i a q u e e s d e o r d e n s o b r e t o d o político, b i o -
gráfico y diplomáfico, l o s Annales v a n a r e i v i n d i c a r e n c a m b i o l a l e g i t i m i d a d y h a s t a l a
m a y o r jerarquía d e l a historia económica, dándole e n t o n c e s c a r t a d e ciudadanía e n e l s e n o
d e l o s e s t u d i o s históricos f r a n c o p a r l a n t e s a e s t a n u e v a r a m a d e l a investigación historiográ-
fica. E n t r o n c a n d o d e m a n e r a c a s i espontánea c o n l a p i o n e r a l a b o r d e H e n r i P i r e n n e r e a l i -
zada e n este c a m p o desde p r i n c i p i o s de siglo, y superando a l a m a r g i n a l h i s t o r i a francesa
tradicional d e l o s h e c h o s económicos — h i s t o r i a e r u d i t a y sólo d e s c r i p t i v a d e d a t o s y a c o n -
t e c i m i e n t o s económicos—, los Annales p u e d e n s e r c o n s i d e r a d o s c o m o l o s v e r d a d e r o s i n t r o -
d u c t o r e s orgánicos d e l a h i s t o r i a económica d e n t r o d e l hexágono francés ( y más a d e l a n t e ,
p r o m o t o r e s también i m p o r t a n t e s d e e s t e área d e e s t u d i o s histórico-económicos e n l a z o n a
mediterránea e u r o p e o - o c c i d e n t a l ) .
Acercándose c l a r a m e n t e e n e s t e m o v i m i e n t o q u e r e u b i c a e n e l c e n t r o d e l o s e s t u d i o s
históricos a l a r a m a d e l a h i s t o r i a económica, l o s Annales y e l m a r x i s m o s e s e p a r a n e n
c a m b i o e n l o q u e r e s p e c t a a l a jerarquía a s i g n a d a a e s a m i s m a dimensión d e l o s h e c h o s
histórico-económicos r e s p e c t o d e l conjunto global d e l o s p r o c e s o s d e l a h i s t o r i a h u m a n a ,
y e n c o n s e c u e n c i a también e n l a m a n e r a d e c o n c e b i r l a relación e n t r e h i s t o r i a económica
e h i s t o r i a general. ' ' ' ;
P o r q u e c o m o h e m o s a p u n t a d o antes, M a r x h a p r i v i l e g i a d o e n s u proyecto orifico g l o -
b a l e l e s t u d i o d e e s t a e s f e r a económica, p r e c i s a m e n t e p o r q u e c o n s i d e r a q u e l a m i s m a j u e g a
e l r o l determinante d e n t r o d e l c o n j u n t o d e l o s p r o c e s o s históricos y s o c i a l e s . Y s i b i e n e s
c i e r t o q u e n o s e t r a t a d e u n a determinación n i s i m p l i s t a n i mecánica, s i n o m e d i a d a y c o m -
p l e j a , también e s c i e r t o q u e l a m i s m a e x i s t e y o p e r a , provocáido j u s t a m e n t e l a r e f u n c i o n a l i -
zación p r o d u c t i v i s t a y e l s e s g o p r e s e n t e d e l a m . a r c a d e l a e s c a s e z , q u e i n f l u y e y s e e x p r e s a
de m u y distintas y complicadas f o r m a s a lo largo y ancho del tejido diverso de u n a sociedad
q u e s e a característica o p e r t e n e c i e n t e a e s t a p r e h i s t o r i a d e l a r g a duración d e n t r o d e l a q u e
aún c o n f i n u a m o s v i v i e n d o .

S o b r e e s t a t e s i s m a r x i s t a d e l a e s c a s e z y d e l s e s g o p r o d u c t i v i s t a c f r . i a Crítica ele la Razón Dialéctica

d e J e a n - P a u l S a r t r e . Véase también e l artículo d e Bolívar Echeverría «La " f o r m a N a t u r a l " d e l a reproducción
social» y n u e s t r o artículo «Economía, e s c a s e z y s e s g o p r o d u c t i v i s t a d e l o s e p i g r a m a s d e M a r x a l o s a p o t e g m a s
 i-
tí

Économies Société¿ Civilisations

46« ANNÉE - mi MARS-AVRIL 1991

F. LESTRINGANT, La crise de !a cosmographie á la fin de la Renaissance.

— A. MUSSET, L'eau et l'organisation de Tespace dans ie bassin de México,
XV1«-XV1II« siécle

J . BASCHET, J.-C. BONNE, J.-C. SCHMITT, Pour une analyse des images
medievales (quatre notes critiques) ]

C. KAFADAR, Les troubles monétalres du X V h siécle et la prise de conscience

ottomane du d^clin. — J . BATOU, L'Égypte de Muhammad-'Ali : pouvoír
politique et développement economique.-— S. TOPIK, L'État sur le marché :
café brésilien et henneauen mexicain

La Révolution franca/se
Politique et société

Revue bimestríelle publiée avec ie concours du C.N. R. S.

et de l'École des Hautes Études en Sciences Sociales

ARMAND COLIN
 S u b r a y a n d o l a i d e a d e q u e l a economía e s u n a t o t a l i d a d a u t o s u f i c i e n t e , i n m e r s a e n l a
t o t a l i d a d m a y o r q u e e s l a s o c i e d a d , y e n f a t i z a n d o también e l vínculo privilegiado q u e s e
e s t a b l e c e e n t r e a m b a s , e l m a r x i s m o o t o r g a a l a h i s t o r i a d e l o s p r o c e s o s económicos u n p a p e l
e s p e c i a l d e n t r o d e l e s t u d i o d e l a s dinámicas g l o b a l e s d e l a s s o c i e d a d e s i n v e s t i g a d a s .
P o r e l c o n t r a r i o , los Annales, s i b i e n r e i v i n d i c a n y d e f i e n d e n c o n f u e r z a e l n u e v o c a m p o
d e l a historiografía e h i s t o r i a económicas, l o h a c e n más b i e n e n l a m e d i d a e n q u e l o c o n s i -
d e r a n u n campo nuevo y t o t a l m e n t e legítimo d e : e j e r c i c i o d e l o f i c i o d e l h i s t o r i a d o r —
consagrándole i n c l u s o , c o m o e n e l c a s o d e M a r c B l o c h y d e F e m a n d B r a u d e l l a m a y o r
parte d e sus esfuerzos y a c t i v i d a d c o m o h i s t o r i a d o r e s — , p e r o s i n c o n c e d e r l e n i m u c h o m e n o s
u n a función p a r t i c u l a r o p r e d o m i n a n t e r e s p e c t o a o t r o s órdenes d e fenómenos históricos.
Y a q u e u b i c a d o s d e n t r o d e l hexágono francés, d o n d e l a a u s e n c i a d e u n a r i c a y v e r d a d e r a
tradición d e p e n s a d o r e s m a r x i s t a s c r e a t i v o s e s u n h e c h o c l a r o , y f r e n t e a v e r s i o n e s más
bien empobrecidas y vulgares del m a r x i s m o q u epostulan efectivamente u n d e t e r m i n i s m o
económico d i r e c t o y mecánico.,—muy a l e j a d o d e i a p e r s p e c t i v a g e n u i n a d e M a r x — , l o s
Annales h a n d e f e n d i d o más b i e n u n a p o s t u r a a n t i d e t e r m i n i s t a a priori o m u l t i d e t e r m i n i s t a
c a m b i a n t e y r e l a t i v a , r e s p e c t o d e l o s p r o c e s o s históricos a n a l i z a d o s .
Así, a f i r m a n d o q u e n o e s p o s i b l e p o s t u l a r a priori, u n c i e r t o o r d e n d e fenómenos o
d e e l e m e n t o s c o m o determinante constante d e l o s h e c h o s d e l a h i s t o r i a , l o s Annales a s u -
m e n q u e e s sólo e l p r o p i o análisis histórico d e c a d a fenómeno o p r o c e s o p a r t i c u l a r e l q u e
e n c a d a c a s o habrá d e m o s t r a r sus respectivos elementos determinantes, s i e m p r e c a m b i a n -
t e s y s i e m p r e d i f e r e n t e s , según l a s épocas, l o s p r o b l e m a s y l a s r e a l i d a d e s históricas especí-
ficas i n v e s t i g a d a s ^ ' .
Q u i n t a c o n v e r g e n c i a / d i v e r g e n c i a entre Annales y m a r x i s m o , q u e n o s sitúa f r e n t e a l a
d o b l e p r e g u n t a , d e s i e l m a r x i s m o será c a p a z d e r e s t i t u i r e n e l análisis histórico-concreto
la riqueza de l a propuesta o r i g i n a l d e M a r x para poder m o s t r a r dentro de explicaciones
realmente convincentes y globales de los procesos de l a historia de los hombres l a precisa
o p e r a t i v i d a d y p r e s e n c i a d e e s o s «fundamentos económicos d e l a v i d a s o c i a l e n general».
Y a l m i s m o fiempo, s i e s q u e l o s Annales a c t u a l e s p o s t - 8 9 , serán c a p a c e s d e r e c u p e r a r e l
r o l d e v a n g u a r d i a q u e e n o t r a s épocas t u v i e r o n d e n t r o d e e s t e c a m p o d e l a h i s t o r i a econó-
m i c a , y q u e a b a n d o n a r o n c l a r a m e n t e e n t r e 1 9 6 9 y 1 9 8 9 . R o l d e v a n g u a r d i a q u e sólo será
p o s i b l e r e c u p e r a r , e n n u e s t r a opinión, s i además d e r e c o n q u i s t a r e l c a m p o c o n nuevas inves-
tigaciones d e h i s t o r i a e historiografía económica, s e redimensiona el concepto mismo de
economía m a n e j a d o t r a d i c i o n a l m e n t e p a r a h a c e r e n t r a r d e n t r o d e él a l a s n u e v a s temáficas
q u e y a F e r n a n d B r a u d e l h a e s b o z a d o , r e a b o r d a n d o también d e n u e v a c u e n t a y c o n c r e a f i -
v a s a p r o x i m a c i o n e s , e s a c o m p l e j a relación q u e s e e s t a b l e c e entre la historia económica
y la historia general, ' ." .

VI

«Oponet e t h a e r e s e s esse». ^* | •

L u c i e n F e b v r e , r e t o m a n d o l a clásica s e n t e n c i a d e S a n P a b l o . , . 4

U n a última c o n v e r g e n c i a i m p o r t a n t e e n t r e e l m a r x i s m o y l o s Annales ,nos r e m i t e a l o

q u e a m b a s c o r r i e n t e s , más allá d e s u s i n t e n c i o n e s y p b j e f i v o s d e c l a r a d o s , h a n representado

^' U n a excepción i m p o r t a n t e a e s t a p o s t u r a m u l t i o a - d i ; t e r m i n i s t a , e s l a posición d e í e r n a n d B r a u d e l ,

q u i e n más b i e n , y a l o l a r g o d e s u p e r i p l o i n t e l e c t u a l , h a i d o itiadurando una nueva hipótesis determinista, l a
d e l d e t e r m i n i s m o d e l a l a r g a duración histórica. S o b r e l a n o v e d a d y c o m p l e j i d a d d e e s t a hipótesis b r a u d e l i a n a ,
q u e n o p o d e m o s d e s a r r o l l a r aquí, c f r . n u e s t r o e n s a y o «Las d i m e n s i o n e s y a l c a n c e s d e l a o b r a d e F e m a n d Braudel».
efectivamente d e n t r o d e l o s u n i v e r s o s c u l t u r a l e s y d e n t r o d e l a s coyunturas,.hisíóricas efí""
l a s q u e s e h a n d e s a r r o l l a d o . M i d i e n d o e n t o n c e s , e l i m p a c t o y l a significación d e t e s t e m a r -
x i s m o y d e e s t o s Annales e n e l r e g i s t r o d e u n a p e r s p e c t i v a histórica más a m p l i a , r e s u l t a
c l a r o q u e a m b o s m o v i m i e n t o s i n t e l e c t u a l e s s o n s e n d a s revoluciones en la teoría de la his-
toria, l l e v a d a s a c a b o s u c e s i v a m e n t e e n l a s d o s c o y u n t u r a s o r i f i c a s d e l a h i s t o r i a e u r o p e a
q u e a n t e s h e m o s m e n c i o n a d o , y e n e l s e n o d e l a s d o s g r a n d e s «Europas culmrales» d e l a r g a
duración q u e h e m o s p o d i d o d e t e c t a r .
P o r q u e l o q u e n o d e j a d u d a a l g u n a es e l h e c h o d e q u e e n a m b o s casos n o s e n f r e n t a m o s
a u n a ruptura radical, cumplida y completa e n l a s t r a d i c i o n e s y m o d e l o s historiográficos
a n t e r i o r m e n t e v i g e n t e s : l o m i s m o e n . e l c a s o d e l m a r x i s m o , q u e e n e l d e l o s Annales^ l a
h i s t o r i a se hace de otro modo, n u e v o y c u a l i t a f i v a m e n t e d i f e r e n t e , después d e l a irrupción
de estas d o s c o r r i e n t e s d e p e n s a m i e n t o .
P u e s t o q u e , c o m o h e m o s i d o ^ ' i e n d o e n l o s p u n t o s a n t e r i o r e s , l a aparición d e l p r o -
y e c t o m a r x i s t a y , o c h o décadas más t a r d e , d e l a e m p r e s a a n n a l i s t a h a n s i g n i f i c a d o a m b o s
l a gestación d e u n m o v i m i e n t o d e desplazamiento profimdo y total, t a n t o d e l o s u n i v e r s o s
problemáticos c o m o d e l a s p e r s p e c t i v a s metodológicas, p a s a n d o también p o r m o d i f i c a c i o -
nes esenciales e n l o s m o d o s y l a n a t u r a l e z a del discurso vigentes d e n t r o d e l a h i s t o r i a y
l a historiografía q u e a n t e c e d e n a e s t a s m i s m a s r u p t u r a s .
Pero s i los dos m o v i m i e n t o s q u e estamos comparando representan, e n s u m o m e n t o
y e s p a c i o i n t e l e c t u a l r e s p e c t i v o s , d o s p r o f u n d a s r e v o l u c i o n e s e n l a teoría d e l a h i s t o r i a ,
s e d i s t i n g u e n e n c a m b i o , c o m o y a h e m o s señalado atrás, e n e l h e c h o dé.que u n o d e e l l o s ,
e l m a r x i s m o , e s u n a revolución f u n d a d o r a e n l a teoría d e l a h i s t o r i a q u e abre o inaugura
el moderno discurso científico s o b r e l o s h e c h o s y l o s p r o c e s o s históricos h u m a n o s , m i e n -
t r a s q u e l o s Annales, p o r s u p a r t e , s o n e n c a m b i o u n a e s p e c i e d e «segunda edición» d e e s a
revolución teórica e n e l c a m p o d e l a h i s t o r i a , s u e i t e d e repefición r e t a r d a d a d e l r o m p i m i e n t o
r e a l i z a d o p o r e l m a r x i s m o , p e r o e n l a s p e c u l i a r e s c o n d i c i o n e s y atmósferas d e l a E u r o p a
mediterránea d e l s i g l o x x .
L o q u e además, c r e a u n a n u e v a d i v e r g e n c i a c o m p l e m e n t a r i a d e l a a n t e r i o r . P u e s m i e n t r a s
M a r x h a d e s a r r o l l a d o u n a revolución teórico-histórica q u e e s a l m i s m o t i e m p o , y e n a n a
conexión orgánica p r o f u n d a , u n a teoría de la revolución, l o s Annales e n c a m b i o s e h a n -
l i m i t a d o a revolucionar,también l a . teoría d e l a h i s t o r i a d o m i n a n t e e n s u época, p e r o s i n
o b t e n e r d e e l l a n i n g u n a derivación práctico-política.
P o r q u e e n M a r x e l c u m p l i m i e n t o d e l a r u p t u r a teórica a l u d i d a sólo fiene s e n t i d o e n
l a m e d i d a e n q u e e s c o n c e b i d a c o m o «momento teórico» d e l a revolución c o m u n i s t a e n
ascenso, es d e c i r c o m o p r o y e c t o i n t e l e c t u a l q u e r e v o l u c i o n a y rehace el'saber d o m i n a n t e ,
para establecer con claridad las condiciones, los r u m b o s posibles y e l decurso tendencial
d e u n m o v i m i e n t o s o c i a l y político i g u a l m e n t e revolucionario. D e t a l m o d o q u e p r o y e c t o
i n t e l e c t u a l y p r o y e c t o político r e s u l t a n i n s e p a r a b l e s d e n t r o d e l m a r x i s m o , alimentándose
m u t u a m e n t e e n l a m e d i d a e n q u e l a teoría f u n c i o n a c o m o p r o c e s o d e clarificación y a u t o -
comprensión d e l a s u r g e n c i a s y p r o b l e m a s q u e e n f r e n t a e l m o v i m i e n t o prácfico, y e n l a
m e d i d a e n q u e e s t e último l l e v a a c a b o l a crítica y superación r e a l e s , prácticas, p o s t u l a d a s
y e v i d e n c i a d a s p o r e s a m i s m a teoría^-.
F r e n t e a e s t a p o s t u r a m a r x i s t a q u e h a c e d e l d i s c u r s o crítico s o b r e l a h i s t o r i a u n d i s -
c u r s o d e l a revolución, los Annales v a n a a p a r e c e r e n c a m b i o c o m o u n m e r o discurso cien-
tífico, s e p a r a d o d e l m o m e n t o polífico y d e l a a c t i v i d a d prácfica d e s u s p r o t a g o n i s t a s y s i n
derivación n e c e s a r i a e n e s t o s m i s m o s p l a n o s . P a r a e l l o s , t a l c o m o l o p l a n t e a p o r e j e m p l o

^2 C f r . s o b r e e s t e p u n t o , e l a m ' c u l o d e Bolívar Echeverría «Discurso d e l a revolución, d i s c u r s o crítico»,

e n El discurso crítico de Marx.
 : ,.: ...^ . i , : ..

? - I • • •

M a r c B l o c h , e l s a b e r qué e s y cómo s e e j e r c e e l «oñcio d e historiador» e s u n p r o b l e m a

independiente d e l o s d i v e r s o s «usos» q u e p u e d a t e n e r e l c o n o c i m i e n t o histórico, y p o r l o
t a n t o e l d e s a r r o l l o d e l a c i e n c i a histórica e s a l g o autónomo d e l a s c o n s e c u e n c i a s prácticas
que e l c i u d a d a n o e x t r a e d e estas m i s m a s lecciones brindadas p o r l a h i s t o r i a I n s i s t i e n d o
así e n l a d i s t a n c i a , p a r a e l l o s e x i s t e n t e , e n t r e l a h i s t o r i a c o m o a c t i v i d a d científica y s u s
«consecuencias prácticas», los Annales p e r m a n e c e n sólo c o m o u n a revolución en la teoría
d e l a h i s t o r i a , s i n pretensión d e c o r r e l a t o práctico a l g u n o .
L o q u e p o r l o demás, y más allá d e l a s d i s t i n t a s e l e c c i o n e s i n d i v i d u a l e s d e l o s a u t o r e s
y p r o t a g o n i s t a s de Annales, s e e x p l i c a e n m u c h o p o r l a d i f e r e n c i a a n t e s a l u d i d a d e l a s c o y u n -
t u r a s t e m p o r a l e s o e p o c a l e s e n l a s q u e p r o s p e r a n r e s p e c t i v a m e n t e l o s Annales y e l m a r -
x i s m o . P u e s m i e n t r a s q u e e s t e último e s h i j o d e l a E u r o p a r e v o l u c i o n a r i a d e l s i g l o x i x ,
E u r o p a que h a v i s t o a f i r m a r s e y consolidarse a los grandes m o v i m i e n t o s obreros y sociales
e u r o p e o s , e n u n c l i m a e n e l q u e l a revolución s o c i a l i s t a e s t a b a c a d a v e z más a l a o r d e n
d e l día, l o s Annales s o n e n c a m b i o u n o d e l o s v a s t a g o s d e e s a E u r o p a q u e h a f a l l a d o a
s u c i t a , e n 1 9 1 4 - 1 9 1 8 , c o n e l s o c i a l i s m o y q u e s o b r e l a s d e r r o t a s d e l a C o m u n a d e Berlín
y d e l a s r e v o l u c i o n e s a l e m a n a y húngara, v a a p e r d e r e n 1 9 2 9 s u hegemonía p l a n e t a r i a ,
hundiéndose e n l a b a r b a r i e d e l a s d o s g u e r r a s m u n d i a l e s y e n u n d e s a r r o l l o q u e e n p e r s p e c -
t i v a histórica a p a r e c e c o m o «demasiado capitalista».
U n i d a s e n t o n c e s e n s u carácter d e r e v o l u c i o n e s teóricas, p e r o s e p a r a d a s e n c u a n t o a
l a vinculación o n o c o n m o v i m i e n t o s y p r o y e c t o s ' d e o r d e n prácfico-polífico, l o s Annales
y el m a r x i s m o se encuentran ahora frente a l a n u e v a c o y u n t u r a abierta desde el 9 d e n o v i e m b r e
d e 1 9 8 9 . E s t a simbólica f e c h a h a v u e l t o a p o n e r a l a o r d e n d e l día l a discusión s o b r e e l
rol efectivo de Europa dentro del mundo, s o b r e t o d o f r e n t e a l a c a d a v e z más a g u d a y e v i -
d e n t e c r i s i s d e l a hegemonía n o r t e a m e r i c a n a e n e l p l a n e t a , y d e n t r o d e u n e s c e n a r i o q u e
e s t o t a l m e n t e d i f e r e n t e d e l q u e s e construyó a l o l a r g o d e l «pequeño s i g l o xx» histórico,
c u y a v i d a s e e x f i e n d e e n t r e 1 9 1 4 / 1 8 y 1989^"^. L a p r e g u n t a q u e flota e n e l a i r e e s s i E u r o p a
estará a l a a l t u r a d e e s t a n u e v a situación, y s i c o n e l l a , e l m a r x i s m o d e u n l a d o , y l o s Anna-
les d e l o t r o , serán c a p a c e s d e r e s p o n d e r d e s d e l a h i s t o r i a y d e s d e l a a c t u a f i d a d a l o s c o m -
p l e j o s r e t o s q u e c a d a día s e m a n i f i e s t a n d e m o d o más u r g e n t e y r a d i c a l . •^' '

L a s c o n v e r g e n c i a s y d i v e r g e n c i a s h a s t a aquí señaladas s o n l a s q u e e n p a r t e e x p l i c a n
l a i n t e r e s a n t e y p a r a n a d a fineal relación q u e l o s s u c e s i v o s Annales h a n m a n t e n i d o r e s p e c t o

" P o s t u r a p u e s d e separación n e t a d e l a a c t i v i d a d científica y d e l q u e h a c e r práctico y práctico-político, q u e

n o i m p l i c a b a n e c e s a r i a m e n t e l a r e n u n c i a a p a n i c i p a r e n e s t o s últimos, c o m o l o d e m u e s t r a n l a s p r o p i a s r e f l e x i o n e s , '
a g u d a s y b a s t a n t e críticas, d e M a r c B l o c h e n t o m o a l a r e s p u e s t a f r a n c e s a a l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l ( C f r . s u
Vibro L'Etrange defaite, n o s i e m p r e b i e n a q u i l a t a d o y v a l o r a d o ) , y s u p r o p i a e x p e r i e n c i a práctica e n l a r e s i s t e n c i a
f r a n c e s a a n t i - n a z i (Véase e l l i b r o d e C a r o l e F i n k , Marc Bloch: a Ufe in history). También a e s t a l u z p u e d e s e r e x a m i -
n a d a l a i m p o r t a n t e d i s c r e p a n c i a B l o c h / F e b v r e d e l a p r i m a v e r a d e 1 9 4 1 . Polémica q u e d u r a n t e m u c h o t i e m p o f u e
dejada e n s e g u n d o p l a n o , y q u e a h o r a v u e l v e a estar e n e l c e n t r o d e las discusiones sobre-la h i s t o r i a y sobre l a
t r a y e c t o r i a d e l o s A n n a l e s . R e s p e c t o a e s t a polémica p u e d e v e r s e , l a p r o p i a j i o t i c i a d e L u c i e n F e b v r e e n «Marc
B l o c h . Témoignages s u r l a p e r i o d e 1 9 3 9 - 1 9 4 4 . E x t r a i t s d'unecorrespondance'intime», J o s e p F o n t a n a , Historia.
Análisis del pasado y proyecto social, A l a i n G u e r r e a u , El feudalismo: un horizonte teórico, M a s s i m o M a s t r o g r e -
g o r i , «Le m a n u s c r i t i n t e r r o m p u : M e t i e r d ' H i s t o r i e n d e M a r c Bloch» y «La s o r t e d e l l e ' A n n a l e s " n e l 1941», C a r o l e
F i n k , Marc Bloch: a Ufe in history, y P e t e r S c h o e t t l e r , Lucie Varga. Les autorités invisibles. L a polémica v a a a u m e n t a r
s e g u r a m e n t e m u y p r o n t o , c o n l a publicación d e l a C o r r e s p o n d e n c i a c o m p l e t a M a r c B l o c h / L u c i e n F e b v r e , c u y o
p r i m e r v o l u m e n está a n u n c i a d o p a r a s e r p u b l i c a d o e n 1 9 9 3 . P a r a u n i n t e n t o d e r e s i t u a r e s t a d i s c r e p a n c i a B l o c h / F e b v r e
e n u n a p e r s p e c t i v a más g l o b a l , a p a r t i r d e l a s líneas d i v e r g e n t e s d e l o s i t i n e r a r i o s i n t e l e c t u a l e s s e g u i d o s p o r e s t o s
d o s a u t o r e s , c f r . n u e s t r o artículo «De l o s A n n a l e s " r e v o l u c i o n a r i o s " a l o s A n n a l e s "marxistas"».
C f r . a l r e s p e c t o e l artículo «The c o U a p s e o f l i b e r a l i s n i " d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n . Más e n g e n e r a l , r e s u l -
t a n i n t e r e s a n t e s , e n e s t a m i s m a línea d e l análisis d e l a c o y u n t u r a a c t u a l y d e l o s p o s i b l e s e s c e n a r i o s f u t u r o s
del s i s t e m a capitalista m u n d i a l , los p r o y e c t o s y trabajos d e l F e m a n d B r a u d e l C e n t e r d e la State U n i v e r s i t y o f
138 N e w Y o r k e n B i n g h a m t o n , centro dirigido precisamente p o rI m m a n u e l Wallerstein.
de M a r x , d e l o s m a r x i s t a s franceses y de l o s m a r x i s t a s europeos y d e l m u n d o entero, e n
l o s d i f e r e n t e s m o m e n t o s v i t a l e s d e s u l a r g a t r a y e c t o r i a R e l a c i ó n c o m p l e j a y aún a b i e r t a
a l a investigación y a l a polémica q u e f u n d a e n p a r t e l a intención d e e s t e m i s m o t r a b a j o ,
y q u epermanece a l m i s m o tiempo c o m o interrogante abierto para los historiadores con-
temporáneos. P o r q u e aún n o s a b e m o s q u e será d e l o s «cuartos ^ n ^ z - a t e actuales», l l e g a d o s
a l m u n d o j u n t o c o n l a A u e v a c o y u n t u r a p o s t - 8 9 , n i t a m p o c o l o q u e habrá d e a c o n t e c e r c o n
e l m a r x i s m o , también e m p l a z a d o , y d e m a n e r a r a d i c a l , p o r l o s c a m b i o s r e c i e n t e s d e l a e x -
Unión Soviética, d e E u r o p a o r i e n t a l y d e l m u n d o e n g e n e r a l . N i s a b e m o s p o r t a n t o , t a m -
p o c o , c u a l será e l f u t u r o p o s i b l e d e l diálogo A finales¡mmismo, t a n r i c o y fructífero e n
algún t i e m p o , y d i s t a n t e y a p a g a d o e n o t r a e t a p a más r e c i e n t e , p e r o s i e m p r e p r e s e n t e c o m o
u n o d e l o s e l e m e n t o s f u n d a m e n t a l e s d e l p a n o r a m a d e l o s e s t u d i o s históricos d e l último m e d i o
siglo vivido. -i-.-.' ^
P a r a i n t e n t a r a b o r d a r a d e c u a d a i r f e n t e estas c u e s t i o n e s , n o b a s t a c o n i n t e r e s a r s e e n g e n e r a l
e n l a h i s t o r i a o e n l a s c i e n c i a s s o c i a l e s contemporáneas. T a m p o c o e s s u f i c i e n t e s e r u n metódico
y r u t i n a r i o escudriñador d e d o c u m e n t o s o d e h e c h o s históricos d i v e r s o s . P a r a e l l o e n c a m -
b i o , e s n e c e s a r i o y h a s t a i m p e r a t i v o , v o l v e r a l espíritu crítico y herético q u e e s e l único
que p e r m a n e n t e m e n t e , y a l o largo de l a h i s t o r i a intelectual d e las generaciones, h a sabido
r e v o l u c i o n a r y h a c e r a v a n z a r a l a s d i s t i n t a s c i e n c i a s h u m a n a s . «Es n e c e s a r i o s e r herético»
nos dice L u c i e n F e b v r e , recordando l a sentencia de S a n Pablo. M a r x p o r s u parte, afir-
m a b a q u e l a crítica debía s e r r a d i c a l , l l e g a n d o h a s t a l a raíz o e l f o n d o d e l a s c o s a s , s i n
t e m e r n i e l conflicto c o n los poderes estatuidos n i las consecuencias de sus propios resulta-
d o s . S e a m o s e n t o n c e s , c o n a u d a c i a y c r e a t i v i d a d , científicos s o c i a l e s críticos, heréticos
y radicales, e s d e c i r , s i m p l e m e n t e fíeles a l espíritu p r o f u n d o d e los Annales d e 1 9 2 9 - 1 9 6 8 ,
s e n c i l l a m e n t e p e r s e v e r a n t e s e n e l ánimo e s e n c i a l d e l m a r x i s m o .

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abr. 1 9 8 8 . • -rr^^t .J,,;,-.^-;-. • i . . ..;

P u n t o q u e h e m o s t r a t a d o d e r e c o n s t r u i r e n n u e s t r o artículo, y a c i t a d o «De l o s A n n a l e s " r e v o l u c i o n a -

r i o s " a l o s A n n a l e s " m a r x i s t a s " » . Véase también e l anículo d e I m m a n u e l W a l l e r s t e i n «Braudel, l o s A n n a l e s
y l a historiograña contemporánea».

• l