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Fruto da Amazônia pode ser alternativa para

geração de energia
Qua, 25 de Abril de 2012 00:00 Redação Sustentabilidade

No Amazonas a energia elétrica é precária. No entanto, a solução para este problema


pode estar na própria Amazônia, uma vez que possui, em abundância, um fruto que pode
ser usado como alternativa para a produção de energia.
O projeto é de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que
descobriram o fruto tucumã, encontrado na palmeira de mesmo nome. O tucumã tornou-
se matéria-prima na produção de biodiesel, tendo a capacidade de movimentar geradores
empregados no fornecimento de luz elétrica para comunidades rurais.
O pesquisador do instituto, Sérgio Nunomura, afirma que os testes com este fruto
começam devido à necessidade de criar maneiras alternativas de geração de energia na
região.
A partir da semente do tucumã foi possível extrair um óleo vegetal que pode ser
transformado em “combustível natural” após
um processo químico.
“Testes laboratoriais mostraram que é possível
movimentar um gerador com o biodiesel de
tucumã. Isto poderia contribuir com
comunidades isoladas da Amazônia, onde
ainda não existe energia elétrica”, explica
Nunomura.
O pesquisador afirma que há cerca de 500
comunidades do Amazonas que passam por
dificuldades por falta de luz elétrica, o que
compromete o desenvolvimento local.
“É um dos principais empecilhos para melhorar o índice de desenvolvimento humano na
população do estado. Sem energia, não tem como preservar o alimento, fica difícil o
acesso à educação e à comunicação. [O óleo de tucumã] seria uma alternativa natural ao
problema”, explica.
Um das vantagens é que, de acordo com o Inpa, a palmeira tucumã dá fruto o ano inteiro,
sendo que cada unidade produz até três cachos com cerca de 130 frutos cada.
A produção do biodiesel resolveria ainda um problema ambiental detectado em Manaus: o
manejo dos resíduos do tucumã. “Hoje, as sementes, principal matéria-prima do biodiesel,
vão para o lixo. A produção em massa desse combustível alternativo poderia reutilizar os
restos deste fruto, evitando o desperdício”, diz Nunomura.
Como o biodiesel está em fase de testes, ainda não há previsão de quando será
produzido em larga escala. O pesquisador ressalta que será preciso muito investimento
em maquinário e do emprenho da própria comunidade. A formação de cooperativas, para
Nunomura, é essencial.
* Fonte: CicloVivo

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