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João Doria
Secretário da Educação
Rossieli Soares
Secretário Executivo
Chefe de Gabinete
Renata Hauenstein
Caetano Siqueira
Ciências da Natureza 3
Professoras e professores,
Caetano Siqueira
Coordenador da CGEB
Ciências da Natureza 4
Apresentação
Ciências da Natureza 5
Sumário
1. Fundamentos da Área de Ciências da Natureza .................................. 7
2. Unidades Temáticas do Componente Ciências ................................. 10
3. Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos ............................................. 14
4. 6º ano ............................................................................................................................ 16
5. 7º ano ............................................................................................................................ 35
6. 8º ano ............................................................................................................................ 44
7. 9º ano ............................................................................................................................ 60
8. Fundamentos do componente Biologia ................................................. 71
9. 1º série .......................................................................................................................... 72
10.Orientações pedagógicas e recursos didáticos .............................................. 76
11.2ª série ........................................................................................................................ 110
12.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 113
13.3ª série ........................................................................................................................ 148
14.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 151
15.Fundamentos do Componente Física .................................................... 187
16.1ª Série ....................................................................................................................... 189
17.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 192
18.2ª Série ....................................................................................................................... 200
19.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 204
20.3ª Série ....................................................................................................................... 214
21.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 218
22.Fundamentos do Componente Química .............................................. 229
23.1ª Série ....................................................................................................................... 231
24.Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 233
25.2ª Série ....................................................................................................................... 244
26.Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos ........................................... 246
27.3ª Série ....................................................................................................................... 262
28. Orientações pedagógicas e recursos didáticos ............................................ 264
Ciências da Natureza 6
Fundamentos da Área de Ciências da Natureza
A área de Ciências da Natureza tem como objetivo principal promover a educação científica,
cujo papel é propiciar subsídios teóricos e desenvolver competências para a participação cidadã e a
tomada de decisões fundamentadas, baseadas na aquisição de conhecimentos científicos
contextualizados (fatos, conceitos, teorias...) e também no desenvolvimento de habilidades por meio
de procedimentos científicos, resolução de problemas, e, sempre que possível, na aplicação em
situações reais do cotidiano.
O ensino da Área de Ciências da Natureza visa, ainda, instrumentalizar o(a)s estudantes para
o reconhecimento de que existem diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e
as transformações produzidas pelos seres humanos. Nesse sentido, entende-se que tais conhecimentos
devem ser expostos e comparados, pois contrapor e avaliar diferentes saberes favorece o
desenvolvimento de postura reflexiva, crítica, questionadora e investigativa, de não-aceitação a priori
de ideias e informações; contribui para o desenvolvimento da capacidade de diferenciar fato de
opinião e de crença, possibilitando a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos
científicos, e colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação.
Ciências da Natureza 7
o desenvolvimento de trabalhos em parceria, também por meio de projetos interdisciplinares,
necessita ser priorizado. Assim, utilizar como estratégia educativa as atividades investigativas, em
torno de situações de desafios ou na resolução de problemas, de modo que o estudante possa atuar e
se reconhecer como protagonista no processo de sua aprendizagem, inclusive para o desenvolvimento
de projetos colaborativos escolares e atuação cidadã, é um princípio desta área de conhecimento.
Nesse sentido, os estudos que envolvem a área de Ciências da Natureza devem primar para o
entendimento de que o conhecimento científico, como todo conhecimento, objetiva contribuir para
uma aprendizagem significativa, para promover o espírito crítico, a reflexão e a formação da
cidadania planetária.
Ciências da Natureza 8
Ciências da Natureza 9
Unidades Temáticas do Componente Ciências
Ciências da Natureza 10
Quadro 1 – Apresentação dos Objetos do Conhecimentos das Unidades Temáticas por ano
Unidade Temática
Matéria e Energia Vida e Evolução Terra e Universo
Objetos de Objetos de conhecimento: Objetos de
conhecimento: conhecimento:
Célula como unidade dos seres
Misturas homogêneas e vivos Forma, estrutura e
heterogêneas Célula como unidade da vida movimentos da Terra
6º Separação de materiais Níveis de organização dos seres
an Transformações químicas vivos
o Materiais sintéticos Interação entre os sistemas
locomotor e nervoso
Interação entre os sistemas
muscular e nervoso
Lentes corretivas
Sistema locomotor ou esquelético
Objetos de Objetos de conhecimento: Objetos de
conhecimento: conhecimento:
Diversidade de ecossistemas
Máquinas simples Fenômenos naturais e impactos Composição do ar
Formas de propagação do ambientais Efeito estufa
7º
calor Programas e indicadores de saúde Camada de ozônio
an
História dos pública Fenômenos naturais
o
combustíveis e das (vulcões, terremotos e
máquinas térmicas tsunamis)
Equilíbrio Placas tectônicas e deriva
termodinâmico e vida na continental
Terra
Objetos de Objetos de conhecimento: Objetos de
conhecimento: conhecimento:
Mecanismos reprodutivos
Fontes e tipos de energia Sexualidade Sistema Sol, Terra e Lua
8º Transformação de Clima
an energia
o Circuitos elétricos
Uso consciente de
energia elétrica
Cálculo de consumo de
energia elétrica
Objetos de Objetos de conhecimento: Objetos de
conhecimento: conhecimento:
9º Hereditariedade
an Estrutura da matéria Ideias evolucionistas Composição, estrutura e
o Radiações e suas Preservação da biodiversidade localização dos Sistema
aplicações na saúde Solar no Universo
Astronomia e cultura
Ciências da Natureza 11
Aspectos quantitativos Vida humana fora da
das transformações Terra
químicas Ordem de grandeza
astronômica
Evolução estelar
Dessa maneira, nessa unidade estão envolvidos estudos referentes à ocorrência, à utilização e
ao processamento de recursos naturais e energéticos empregados na geração de diferentes tipos de
energia e na produção e no uso responsável de materiais diversos. Discute-se, também, a perspectiva
histórica da apropriação humana desses recursos, com base, por exemplo, na identificação do uso de
materiais em diferentes ambientes e épocas e sua relação com a sociedade e a tecnologia.
Ciências da Natureza 12
para, por exemplo, avaliar vantagens e desvantagens da produção de produtos sintéticos a partir de
recursos naturais, da produção e do uso de determinados combustíveis, bem como da produção, da
transformação e da propagação de diferentes tipos de energia e do funcionamento de artefatos e
equipamentos que possibilitam novas formas de interação com o ambiente, estimulando tanto a
reflexão para hábitos mais sustentáveis no uso dos recursos naturais e científico-tecnológicos quanto
a produção de novas tecnologias e o desenvolvimento de ações coletivas de aproveitamento
responsável dos recursos.
Ciências da Natureza 13
Orientações Pedagógicas e Recursos Didáticos
Primeiro momento
Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes com a temática e as
aprendizagens que se pretende alcançar. Prevê apresentação das aprendizagens esperadas,
sensibilização à temática e socialização de conhecimentos. O intuito é propiciar processos
pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral dos educandos.
Segundo momento
Compreende um conjunto de atividades que objetivam o desenvolvimento de habilidades
relacionadas aos objetos de conhecimento e articuladas às competências específicas e gerais,
trazendo diferentes estratégias e possibilidades. Essas atividades também podem ser apresentadas
em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com foco na investigação,
argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação e etc.
Ciências da Natureza 14
Terceiro momento
Visa a sistematização do processo de aprendizagem, por meio do desenvolvimento de atividades,
que permitam aos estudantes estabelecer relações entre o seu conhecimento inicial com os
conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para
resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento
é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, onde o(a)s estudantes e
o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas.
Observação: As dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar estratégias de
recuperação.
Ciências da Natureza 15
6º ano
Apresentação
ATIVIDADE INTRODUTÓRIA
Apresentação da Atividade
Conhecer e confrontar as diferentes visões sobre Ciência, sobre o trabalho/método científico,
assim como construir coletivamente novas percepções sobre o tema “o que faz um cientista e o que
é Ciência” são os objetivos pretendidos por esta atividade introdutória proposta.
Mediação
Ciências da Natureza 16
A tarefa de mediar as atividades e as expectativas de aprendizagem, sugere provocar os
estudantes à análise de questões teóricas e práticas, bem como à construção de respostas a essas
perguntas. Além disso, o professor deve instigar os estudantes, no percurso de investigação e na
construção dos argumentos, para a análise crítica de sua realidade pessoal, sociocultural e ambiental,
a fim de que, estes, cheguem a uma resposta satisfatória e consistente para cada questão, desafio ou
situação-problema apresentada, estimulando-os a aprimorar seu convívio com as pessoas, sua
oralidade e, por meio de registros, desenvolver a sua comunicação e escrita.
O início do primeiro bimestre é um período apropriado para explicitar aos estudantes o seu
compromisso como professor(a), de trabalhar as questões das Ciências a partir das experiências,
percepções e concepções, em suas diferentes frentes. Esse momento também é oportuno para
provocá-los e desafiá-los sobre o papel da ciência no contexto da vida pessoal e da escolar.
Contextualizar exemplos pontuais é uma boa estratégia de significar esse conhecimento e atraí-los.
Ciências da Natureza 17
científico como uma experiência presente e importante na trajetória de vida de todo(a)s. Para
promover essa ação, reúna a turma num semicírculo de conversa e faça perguntas, como:
O que é ciência?
O que faz um cientista?
Como é a rotina de trabalho de um cientista?
Como é a vida de um cientista fora do ambiente de trabalho?
Qual a importância da ciência para nosso cotidiano, dê exemplos?
O que motiva um cientista a desenvolver seu trabalho?
Antes do início desta atividade, deixe clara a importância de darem opinião sobre o tema, sem
a preocupação com respostas certas ou erradas.
Mapa de Conhecimento
A partir do levantamento das hipóteses e dos entendimentos prévios dos estudantes sobre os
temas em discussão, organize as informações coletadas no quadro, para que possam visualizar. É
importante exercitar um acolhimento com a turma para que se estabeleça uma relação de confiança
com os estudantes e, dessa forma, todos se posicionarem durante as aulas, sem se sentirem temerosos
com as reações do professor ou dos colegas.
Ciências da Natureza 18
Professor(a), recomendamos o desenvolvimento desta atividade com atenção especial no que
se refira ao processo da comunicação oral e escrita, já que muitos estudantes podem apresentar
dificuldades em sistematizar e articular o pensamento na elaboração de frases e parágrafos. Ao final
da aula, recolha as produções dos alunos para planejamento de intervenções individuais e/ou coletivas
e oriente sobre quais serão as etapas seguintes.
As produções, em resposta à atividade, serão a base para a condução desta intervenção. Faz-
se necessária, então, uma análise crítica e a sistematização de padrões nas concepções dos estudantes
sobre ciência e o trabalho científico, a fim de facilitar a organização das respostas registradas e a
apropriação efetiva de quais são as concepções equivocadas mais comuns sobre esta questão.
Seguem algumas das referências que fundamentam as diversas visões do trabalho científico:
1
GIL-PÉRZ, Daniel, et.al. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação, v.7, n.2,
p.125-153, 2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v7n2/01.pdf >. Acesso em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 19
• Para facilitar o entendimento e a análise das produções dos estudantes, também
recomendamos a leitura da seguinte publicação “Visões de ciências e sobre cientistas entre
estudantes do ensino médio”2.
Nesse trabalho, os autores analisam as percepções sobre ciência e o trabalho científico a partir
da análise de produções de estudantes do Ensino Médio, feitas em um contexto semelhante ao
proposto nesta atividade. É importante destacar que, ainda que o foco desse trabalho publicado tenha
sido o Ensino Médio, as ideias centrais podem ser vinculadas aos objetivos do Ensino Fundamental.
Atividade em grupo
Organize a turma em grupos e peça aos estudantes que relatem e registrem as concepções
sobre Ciência que aprenderam. Cada grupo deverá apresentar suas conclusões sobre “o que faz um
cientista e o que é Ciência”, e quais proposições foram escolhidas como as mais significativas. Em
seguida, proponha a realização de um produto, de acordo com as indicações descritas a seguir:
Estipule o tempo para a produção dessa tarefa, e, se possível, oriente para o desenvolvimento
de um trabalho interdisciplinar. A parceria com os professores de Língua Portuguesa será
fundamental para que eles façam a transposição dos conhecimentos assimilados no desenvolvimento
do gênero textual solicitado, que podem se integrar num material Educomunicativo.
2
Kosminsky, Luis; Giordan, Marcelo. Visões de ciências e sobre cientistas entre estudantes do ensino médio. Química
Nova na Escola, n. 15, maio 2002. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a03.pdf >. Acesso em:
04fev2019.
Ciências da Natureza 20
Com base nas ideias dos estudantes, sistematize as principais visões apresentadas sobre ciência
e o trabalho científico.
Do mesmo modo, no momento das socializações dos trabalhos finais, será essencial que os
estudantes exerçam a escuta ativa das concepções e justificativas dos colegas e, principalmente, sejam
feitas perguntas que orientem o entendimento da turma sobre aspectos essenciais da ciência.
Se possível, organize uma exposição na escola com os trabalhos de cada turma, no intuito de
valorizar as produções dos alunos e socializar os conhecimentos construídos.
Finalize a discussão ressaltando que todos podemos “fazer ciência” em nosso dia a dia. Para
isso, precisamos estar motivados por um problema e estimulados a articular evidências empíricas e
teóricas no processo de construção de explicações.
Nota: Os resultados deste momento poderá ser o norteador para estimular os estudantes a
planejarem um Projeto de Pesquisa Investigativa mais aprofundado, inserindo-os no contexto da Pré-
Iniciação Científica, e, dessa forma, poderem participar de Feiras de Ciências, como a proposta pela
SEESP, a FeCEESP.
Verifique com os estudantes, também, sobre o que deverá ser alterado em virtude do que foi
aprendido. Essas perguntas contribuem para identificar se os conseguem visualizar e traçar o caminho
Ciências da Natureza 21
percorrido pela presente atividade e, dessa forma, articular o processo científico e as competências
socioemocionais e cognitivas inerentes ao desenvolvimento da ciência.
Pontue para os estudantes as respostas dadas por eles e indique que, nesse componente
curricular, poderão explorar as conexões entre Ciências, reflexão e os modos de ver o mundo. Com
isso, poderão se desenvolver integralmente e desenvolver competências. Destaque como cada um
poderá desenvolver a curiosidade intelectual e a argumentação. Nessa conversa, busque uma
linguagem simples e próxima do cotidiano deles.
Nesse sentido, se a atividade tiver sido bem compreendida, os estudantes conseguirão levantar
hipóteses, buscar informações, estabelecer relações, desenvolver autoconfiança e a competência de
comunicar-se, ouvir e ponderar a opinião dos colegas, além de ampliar a autonomia para pesquisar e
para dizer o que pensa, com clareza e respeito a opiniões contrárias.
Primeiro Momento
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a) professor(a)
construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta um bom diálogo
participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já possuam essas regras
estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do Grêmio Estudantil ou, ainda,
no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 23
(incluindo o imaginação e a
Misturas (EF06CI02) Observar,
digital), como criatividade para
homogêneas e identificar e reconhecer
também as investigar causas,
heterogêneas evidências de transformações
relações que se elaborar e testar
químicas, decorrentes da mistura
estabelecem entre hipóteses, formular
de diversos materiais, ocorridas
Separação de eles, exercitando e resolver
tanto na realização de
materiais a curiosidade problemas e criar
experimentos quanto em
para fazer soluções (inclusive
situações do cotidiano, como a
perguntas, buscar tecnológicas) com
mistura de ingredientes para
Transformações respostas e criar base nos
fazer um bolo, mistura de
químicas soluções conhecimentos nas
vinagre com bicarbonato de
(inclusive diferentes áreas.
sódio como também pelo
tecnológicas)
conhecimento, via publicação
com base nos
eletrônica ou impressa, de
situações relacionadas ao conhecimentos
das Ciências da
sistema de produção e elaborar
Natureza.
registros das observações
realizadas.
Ciências da Natureza 24
Apresentados os itens, verificar se os(as) alunos(as) compreenderam o que irão aprender e se
gostariam de acrescentar algo não descrito nesta Unidade Temática. A partir destes dados, será
oportuno dialogar sobre como a temática avançará ao longo do Ensino Fundamental.
Como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a utilização do vídeo “De onde vem
o sapato?”3, da TV Escola.
O vídeo produzido pela TV PinGuim para a TV Escola, possibilita uma reflexão com
os(as) alunos(as) sobre quantos conhecimentos (científicos ou não) são necessários para
a fabricação deste objeto de uso cotidiano, quantos materiais diferentes são utilizados e
quanta energia é empregada. Possibilita ainda a discussão sobre o importante papel da
curiosidade científica para novas descobertas.
Apresente o vídeo e solicite que, durante a exibição, o(a)s estudantes observem as seguintes
situações:
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as) sobre as
observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Não se preocupe com os erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser retomadas
durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo o conhecimento, e
ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu no decorrer do percurso.
Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas possam explicitar suas percepções e os oriente
para que registrem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo.
Socialização de conhecimentos
3
BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem o sapato? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-o-sapato >. Acesso em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 25
Durante a socialização, entende-se ser importante o olhar atento para os conhecimentos
prévios dos(as) estudantes, verificados, também, no momento da apresentação das habilidades
estabelecidas neste período de transição. Esse diagnóstico irá fornecer mais informações sobre a
aquisição de conhecimentos e de habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e
atividades a serem desenvolvidas no percurso.
Segundo Momento
Antes de iniciar a atividade, e para estabelecer uma relação com a anterior, esclareça que
iniciarão com o estudo dos materiais.
Ciências da Natureza 26
Atividade: “Solucionando soluções” 4
Recursos e Materiais de trabalho: palitos de picolé; copos transparentes com água (50 mL
providências ou 100 mL); sal de cozinha; açúcar; amido de milho; óleo; clipes de metal;
cortiça.
Depois de discutir essas e outras questões, inicie o experimento abaixo para construir
explicações, com base em dados observados, sobre misturas.
4
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo Parcial
para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 27
Procedimentos
1) Identifique todos os copos com números: use um número para cada copo;
2) Preencha com água, cerca de 50% do volume de todos os copos;
3) Em cada um dos copos será colocado um dos outros itens disponíveis, por exemplo:
Copo 1 - sal; Copo 4 - cortiça;
Copo 2 - açúcar; Copo 5 - óleo;
Copo 3 - amido de milho; Copo 6 - clipes de metal;
5) Observações importantes:
Dependendo da quantidade de açúcar e sal misturados à água, a solução pode saturar ou
não, mudando a percepção sobre mistura homogênea ou heterogênea. Explore estas diferenças
com os(as) estudantes.
c) Encerramento e encaminhamentos
Ciências da Natureza 28
As propriedades da água são diversas e, por isso, podem ser amplamente discutidas por
várias áreas de conhecimento. Como encerramento desta atividade, proponha pesquisas e
reflexões em que os(as) estudantes tenham de levantar hipóteses, coletivamente, sobre a
seguinte situação: “O que deve acontecer com essas substâncias após a água evaporar?”.
Uma vez que essa questão será o ponto de partida para a discussão da atividade seguinte,
em que serão tratados métodos de separação de misturas e tratamento da água, é importante que
esse tema seja abordado nesse momento. Solicite então que, em grupos de cinco integrantes,
escrevam pequenos resumos em seus cadernos sobre o que esperam que aconteça com as
substâncias das misturas estudadas após a água evaporar.
Nesse momento, essa metodologia é de extrema importância, uma vez que os(as)
estudantes que não tiveram a compreensão total dos objetivos das aulas terão uma nova
oportunidade de sistematizar esses conteúdos.
Ciências da Natureza 29
Atividade: Observando a formação da ferrugem5
Algodão (1 chumaço)
Recursos e
Óleo (1 colher)
providências
2 pregos novos (sem ferrugem)
3 copos (é necessário que um deles esteja seco) Água
Desenvolvimento da atividade:
Professor, antecipe a montagem do experimento para que os resultados fiquem mais
visíveis para os(as) alunos(as).
a) Procedimentos
1. Unte um dos pregos com óleo e coloque-o no copo seco;
2. Umedeça o algodão com água e deposite-o no fundo de um dos copos;
3. No terceiro copo, coloque um pouco de água e acrescente o último prego;
4. Guarde esse material e volte a observá-lo depois de três dias.
b) Resultados
5
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo
Parcial para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 30
Peça que comparem suas observações com as do(a)s colegas e, junto(a)s, tentem
explicar, em forma de debate, o que concluíram sobre a ferrugem e o que é possível fazer para
evitá-la.
c) Conclusão
Ao final do experimento, todos e todas devem compreender o seguinte resultado: “O
prego untado com óleo não apresenta ferrugem ao final do terceiro dia. O óleo funcionou como
um isolante, não deixando que o oxidante (ar) entrasse em contato com o material oxidável
(prego)”. Estimule os(as) estudantes a registrarem suas observações e conclusões.
d) Observações:
Após a atividade experimental, você pode apresentar o conceito de “oxidação” - uma
das transformações químicas mais visíveis a olho nu, que ocorre devido ao contato de alguns
materiais com o oxigênio. Lembre-se de que, neste ano de escolaridade, é importante considerar
a aproximação do conceito ao desenvolvimento da atividade.
Ao final, você pode enriquecer a atividade chamando a atenção dos(as) alunos(as) para
um grande laboratório que temos em casa: a nossa cozinha, onde há outros exemplos de
transformações químicas, como a oxidação da maçã, a fermentação do iogurte, o cozimento do
ovo, a fabricação de pães, bolos, entre outras.
A partir das reflexões a respeito dos procedimentos que ocorrem em nossa cozinha,
chame a atenção dos(as) alunos(as) sobre a preparação do café ou chá, onde ocorre um dos mais
simples processos de separação de misturas: a filtração.
Ciências da Natureza 31
Retome, então, com os(as) estudantes os conhecimentos construídos na atividade
“Solucionando soluções” e proponha uma nova atividade investigativa, que contemple os
diversos processos de separação de materiais.
Esta atividade pode ser iniciada com o levantamento de hipóteses sobre os meios mais
adequados de separação das misturas e, em seguida, com uma pesquisa orientada sobre como
métodos de separação são desenvolvidos e quais experimentos podem ser feitos na escola.
Para finalizar e sistematizar este estudo, você pode explorar o vídeo “De onde vem o
sal?”, da TV Escola6. O vídeo aborda o mar como fonte para a extração do sal e mostra o
processo que faz com que ele seja retirado da água salgada e o que é feito nas fábricas para
eliminar as impurezas e a secagem, fazendo com que ele possa chegar à mesa.
Relembre com os(as) alunos(as) o vídeo “De onde vem o sapato?” e, a partir daí, reflita
sobre a gama de possibilidades de materiais utilizados para fabricar calçados. Se possível, faça
uma pequena roda de conversa com a turma, estimulando-o(a)s a observarem os calçados do(a)s
6
[4] BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem o sal? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-o-sal >. Acesso em 04fev2019.
Ciências da Natureza 32
colegas, tentando identificar quantos materiais diferentes foram utilizados em sua fabricação,
sendo muitos deles sintéticos (como a borracha, o plástico, o nylon, o “couro ecológico”, entre
outros). Explore, também, os aspectos ambientais relacionados à geração de resíduos e descarte
de produtos utilizados como matéria-prima.
Para fechar esta atividade, poderão ser utilizados dois textos do site Ciência Hoje das
Crianças:
Para trabalhar com os textos, é fundamental lançar mão das estratégias de leitura 9,
procedimentos utilizados antes, durante e depois da leitura, tanto para motivar os(as) alunos(as)
quanto para garantir a compreensão do texto e dos conceitos envolvidos.
7
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Do lixo à energia. 2013. Disponível em: < http://chc.org.br/do-lixo-a-
energia/ >. Acesso em: 04fev2019.
8
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Coma com plástico e tudo. 2015. Disponível em: < http://chc.org.br/coma-
com-plastico-e-tudo/ >. Acesso em: 04fev2019.
9
GAGLIARDI, Eliana. Orientações sobre ensino de procedimentos de leitura. Disponível em: <
https://dialogosassessoria.files.wordpress.com/2015/09/quadros-leituraantesdurantedepoisrevlc3b4.pdf >. Acesso
em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 33
Terceiro Momento
Lembre-se de que os resultados dos avanços e das fragilidades detectadas devem servir
como subsídios para o planejamento das atividades de recuperação.
Ciências da Natureza 34
7º ano
Apresentação
Ciências da Natureza 35
Primeiro Momento
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como
propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a
aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma proposta.
Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui, também, para a
melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a) professor(a)
construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta um bom diálogo
participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já possuam essas regras
estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do Grêmio Estudantil ou,
ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 36
Unidade Temática: Matéria e Energia
Ciências da Natureza 37
Máquinas no debate de dados e
simples (EF07CI03) Aplicar, considerando a vida questões informações
prática, o conhecimento sobre formas de científicas, confiáveis, para
Formas de propagação de calor no uso de tecnológicas, formular, negociar
propagação determinados materiais condutores e socioambientais e e defender ideias,
do calor isolantes, explicitar o funcionamento de do mundo do pontos de vista e
alguns equipamentos como garrafa térmica trabalho, continuar decisões comuns
Equilíbrio e coletor solar, dentre outros, e/ou propor, aprendendo e que respeitem e
termodinâmi elaborar e construir soluções tecnológicas a colaborar para a promovam os
co e vida na partir desse conhecimento. construção de uma direitos humanos e
Terra sociedade justa, a consciência
democrática e socioambiental em
inclusiva. âmbito local,
História dos
regional e global,
combustívei (CE 3) Analisar,
s e das compreender e com
máquinas explicar posicionamento
ético em relação ao
térmicas características,
fenômenos e cuidado de si
processos relativos mesmo, dos outros
Máquinas (EF07CI04) Identificar, analisar e avaliar o e do planeta.
ao mundo natural,
simples papel do equilíbrio termodinâmico para a social e tecnológico
manutenção da vida na Terra, para o (incluindo o
Formas de funcionamento de máquinas térmicas e em digital), como
propagação outras situações cotidianas. também as relações
do calor que se estabelecem
entre eles,
Equilíbrio exercitando a
termodinâmi curiosidade para
co e vida na fazer perguntas,
Terra buscar respostas e
criar soluções
História dos (inclusive
combustívei tecnológicas) com
s e das base nos
máquinas conhecimentos das
térmicas
Ciências da Natureza 38
Máquinas (EF07CI05) Identificar e reconhecer o uso Ciências da
simples de diferentes tipos de combustível e Natureza.
máquinas térmicas ao longo do tempo,
Formas de comparar, analisar e avaliar avanços na
propagação perspectiva econômica e consequências
do calor socioambientais causadas pela produção e
uso desses materiais e máquinas.
Equilíbrio
termodinâmi
co e vida na
Terra
História dos
combustívei
s e das
máquinas
térmicas
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças
Equilíbrio econômicas, culturais e sociais, tanto na
termodinâmi vida cotidiana quanto no mundo do
co e vida na trabalho, decorrentes do desenvolvimento
Terra de novos materiais e tecnologias como
automação e informatização.
História dos
combustíveis
e das
máquinas
térmicas
10
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). EJA Mundo do
Trabalho. O surgimento das máquinas. 2014. Disponível em: <
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/ConteudoCEEJA.aspx?MateriaID=64&tipo=Videos >. Acesso em:
04fev2019.
Ciências da Natureza 39
Apresente o vídeo aos(às) estudantes e solicite que, durante a exibição, observem as
seguintes situações:
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Não se preocupe com os erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser
retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo o
conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu no
decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas possam explicitar
suas percepções e os oriente para que registrem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões
apresentadas na roda de diálogo.
Socialização de Conhecimentos
Entende-se ser importante realizar uma atividade complementar para diagnóstico dos
conhecimentos prévios do(a)s estudantes, parcialmente verificados no momento da
apresentação das aprendizagens esperadas, uma vez que grande parte do conteúdo previsto,
neste primeiro bimestre, pode já ter sido desenvolvido em etapas anteriores. Esse diagnóstico
irá fornecer mais informações sobre a aquisição de conteúdos específicos e de habilidades que
poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem realizadas no percurso.
Ciências da Natureza 40
Segundo Momento
(EF07CI01) Compreender o que são máquinas simples e como funcionam, tomando por base o seu
uso ao longo da história da humanidade, relacionando-as com as necessidades da vida contemporânea
e as possíveis alternativas para a realização de tarefas mecânicas.
Para iniciar a discussão com os(as) estudantes a respeito das máquinas simples,
indicamos o vídeo “Ciências: máquinas simples” 11, gravado no espaço Museu Catavento.
11
NOVA ESCOLA. Ciências: máquinas simples. 2010. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=G9XFWhlEZLs >. Acesso em: 21dez2018.
Ciências da Natureza 41
As máquinas simples evoluíram com o passar do tempo?
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo, destacando o funcionamento
das máquinas simples, seu desenvolvimento ao longo da história e o seu uso em atividades
diversas.
Terceiro Momento
12
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. Transferência de calor e equilíbrio térmico.
2009. Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=17646 >. Acesso em:
27dez2018.
Ciências da Natureza 42
Propõe-se que sejam retomadas as aprendizagens vivenciadas no bimestre, sendo
oportuno revisitar as expectativas levantadas no primeiro momento, onde foram apresentadas
as aprendizagens esperadas, que pode ser conduzido a partir de um diálogo com a turma, em
torno da seguinte questão: “O que aprendi neste bimestre?”
Lembre-se de que os resultados dos avanços e das fragilidades detectadas devem servir
como subsídios para o planejamento das atividades de recuperação.
Ciências da Natureza 43
8º ano
Apresentação:
Primeiro Momento
Ciências da Natureza 44
sobre a área de Ciências da Natureza e para criar um momento de reflexão sobre as novas
experiências e desafios, individuais e coletivos, diante desta nova etapa escolar.
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como
propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a
aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma proposta.
Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui, também, para a
melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a) professor(a)
construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta um bom diálogo
participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já possuam essas regras
estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do Grêmio Estudantil ou,
ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 45
Objetos de Habilidades de Ciências Competências Competências
Conhecimento Currículo Paulista Específicas de Gerais Base
versão 1 Ciências Nacional
(Transição – EF 8º ano) Currículo Paulista Curricular
(versão 1) Comum (BNCC)
correspondentes
Ciências da Natureza 46
Cálculo de (EF08CI04) Calcular o democrática e formular e
consumo de consumo de inclusiva. resolver
energia elétrica eletrodomésticos, a partir problemas e criar
(C.E.3) Analisar,
dos dados de potência soluções
compreender e
descritos no próprio (inclusive
explicar
Circuitos elétricos equipamento e tempo tecnológicas) com
características,
médio de uso, para base nos
fenômenos e
comparar e avaliar o conhecimentos
Uso processos relativos
impacto de cada das diferentes
consciente de ao mundo natural,
equipamento no consumo social e tecnológico áreas.
energia doméstico.
elétrica (incluindo o
digital), como CG nº 4: Utilizar
também as relações diferentes
Fontes e tipos de (EF08CI05) Selecionar, que se estabelecem linguagens –
energia planejar e propor ações entre eles, verbal (oral ou
coletivas para otimizar o exercitando a visual-motora,
Transformação de uso de energia elétrica na curiosidade para como Libras, e
energia escola e/ou comunidade, fazer perguntas, escrita), corporal,
com base na seleção de buscar respostas e visual, sonora e
Cálculo de
equipamentos segundo criar soluções digital –, bem
critérios de (inclusive como
consumo de
sustentabilidade, tais tecnológicas) com conhecimentos
energia elétrica
como consumo de base nos das linguagens
energia e eficiência conhecimentos das artística,
energética, e ainda Ciências da matemática e
hábitos de consumo Natureza. científica, para se
Uso responsável. expressar e
consciente de partilhar
(CE4) Avaliar
energia informações,
aplicações e
elétrica experiências,
implicações
ideias e
políticas,
(EF08CI06) Identificar e sentimentos em
socioambientais e
Fontes e tipos explicar o percurso da diferentes
culturais da ciência
de energia eletricidade desde as contextos, além de
e de suas
usinas geradoras produzir sentidos
tecnologias para
termelétricas, que levem ao
Transformação propor alternativas
hidrelétricas, eólicas e entendimento
de energia aos desafios do
outras, até sua cidade, mútuo.
mundo
comunidade, casa ou
contemporâneo,
escola, analisar
Uso incluindo aqueles CG nº 10: Agir
semelhanças e diferenças,
consciente de relativos ao mundo pessoal e
bem como os aspectos
energia do trabalho. coletivamente
favoráveis e
elétrica com autonomia,
desfavoráveis, relacionar (CE6)1 Utilizar
responsabilidade,
a produção de energia diferentes
flexibilidade,
com os impactos linguagens e
Ciências da Natureza 47
socioambientais desses tecnologias digitais resiliência e
processos e avaliar a de informação e determinação,
evolução da produção de comunicação para tomando decisões
energia com o se comunicar, com base em
desenvolvimento acessar e princípios éticos,
econômico e a qualidade disseminar democráticos,
de vida. informações, inclusivos,
produzir sustentáveis e
conhecimentos e solidários.
resolver problemas
das Ciências da
Natureza de forma
crítica,
significativa,
reflexiva e ética.
(CE8) Agir
pessoal e
coletivamente
com respeito,
autonomia,
responsabilidade,
flexibilidade,
resiliência e
determinação,
recorrendo aos
conhecimentos
das Ciências da
Natureza para
tomar decisões
frente a questões
científico-
tecnológicas e
socioambientais e
a respeito da
saúde individual e
coletiva, com base
em princípios
éticos,
democráticos,
sustentáveis e
solidários.
Ciências da Natureza 48
Apresentados os itens, verificar com os alunos se compreenderam o que irão aprender e
se gostariam de aprender algo não foi descrito na Unidade Temática Matéria e Energia. A partir
destes dados, será oportuno dialogar sobre como a temática avançará ao longo do Ensino
Fundamental.
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Não se preocupe com os erros e acertos dos(as) alunos(as), ideias equivocadas devem
ser retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo
o conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu
no decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas possam
explicitar suas percepções e oriente que registrem em seus cadernos as discussões e conclusões
realizadas na roda de diálogo.
13
QURIEN ANIMATION. No light. 2011. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?time_continue=437&v=2KLNiMXrYM0 >. Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 49
Socialização dos Conhecimentos
Nesse momento, entende-se ser importante realizar uma atividade complementar para
diagnóstico dos conhecimentos prévios dos(a)s estudantes, parcialmente verificados no
momento da apresentação das aprendizagens esperadas, uma vez que grande parte do conteúdo
previsto neste primeiro bimestre pode já ter sido desenvolvido em etapas anteriores. Esse
diagnóstico irá fornecer mais informações sobre aquisição de conteúdo específico e de
habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem aplicadas no
percurso.
Segundo Momento
Ciências da Natureza 50
Antes de iniciar a atividade, e para estabelecer uma relação com a anterior, esclareça aos
alunos que iniciarão com estudos sobre energia.
Comunicação
Transporte
Iluminação
Aquecimento
Manipulação e preparo
de materiais
Mesmo considerando suas diferenças, discuta com eles(as) que todos utilizam alguma
forma de energia para funcionar. Para isso, você pode lançar alguns questionamentos, como:
“O que é preciso para que o telefone toque, a lâmpada acenda e a bicicleta ande?”
É importante que esta investigação seja conduzida de modo a destacar o quanto esses
aparelhos e máquinas são úteis e necessários às atividades humanas.
14
Adaptada de: CENPEC – Centro de Pesquisa para Educação e Cultura. Ensinar e Aprender: Ciências. São
Paulo: CENPEC, 1998, Vol. 1, p.46.
Ciências da Natureza 51
Chame a atenção dos alunos para o fato de que “para que um equipamento qualquer
desempenhe a função para a qual foi projetado, é imprescindível alguma fonte de energia”.
Para concluir a atividade, poderá ser utilizado o vídeo “Fontes de energia renováveis e
não renováveis”15, ou um texto que contemple estes conceitos. O texto “Energia limpa”16,
disponível no site da revista “Ciência Hoje das Crianças”, também apresenta boas reflexões a
respeito do tema.
Ressaltamos que, para trabalhar com textos, é fundamental lançar mão das estratégias
de leitura17 – procedimentos utilizados antes, durante e depois da leitura, tanto para motivar
quanto para garantir a compreensão do texto e dos conceitos envolvidos.
15
LEITE, Leandro et.al. Fontes de energia renováveis e não renováveis. 2011. Disponível em: <
www.youtube.com/watch?v=nWj57Kf3sEo >. Acesso em: 27dez2018.
16
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Energia Limpa. 2011. Disponível em: < http://chc.org.br/energia-
limpa/ >. Acesso em: 27dez2018.
17
GAGLIARDI, Eliana. Orientações sobre ensino de procedimentos de leitura. Disponível em: <
https://dialogosassessoria.files.wordpress.com/2015/09/quadros-
leituraantesdurantedepoisrevlc3b4.pdf >. Acesso em: 17dez2018.
Ciências da Natureza 52
“Circuito Elétrico”18. O Portal do Professor19 também apresenta sugestões muito
interessantes. Recomendamos ainda a página Ciência Viva20 .
Ao final deste guia, no item Para saber mais, há uma série de referências para apoiar o
planejamento das aulas e atividades.
“Dos equipamentos que listamos nas atividades anteriores, de uso cotidiano, todos
utilizam a mesma fonte de energia?”
A partir das ideias que surgirem no grupo, procure encaminhar as discussões concluindo
que os equipamentos mencionados podem ser novamente classificados a partir das fontes de
energia que utilizam (energia elétrica, energia química dos combustíveis, energia solar, energia
eólica, energia do movimento dos animais ou do homem). E que, para cumprirem a função a
que se destinam, transformam a energia que utilizam em outros tipos de energia.
Reúna, então, os(as) alunos(as) em pequenos grupos e forneça o quadro abaixo para que
discutam estas ideias e o preencham.
18
PEPATO, Almir Rogério et.al. Instrumentação para o ensino de Ciências. Circuito Elétrico. Disponível em: <
http://www.ib.usp.br/iec/conteudo/fisica/circuito-eletrico/ >. Acesso em: 27dez2018.
19
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html >. Acesso em: 27dez2018.
20
CIÊNCIA VIVA. Circuitos Elétricos. Disponível em: <
http://www.cienciaviva.pt/projectos/fibonacci/eletricidade/index.asp >. Acesso em: 27dez2018.
21
Adaptada de: CENPEC – Centro de Pesquisa para Educação e Cultura. Ensinar e Aprender: Ciências. São
Paulo: CENPEC, 1998, Vol. 1, p.47-48.
Ciências da Natureza 53
Fonte de Energia Energia Energia Energia de
Equipamento,
energia que luminosa térmica sonora movimento
máquina, aparelho
utilizam
Rádio
Furadeira
Lanterna
Bicicleta
Trator
Moinho de vento
Roda d’água
Televisão
Barco à vela
E que, apesar de dizermos que alguns aparelhos “consomem” energia elétrica, essa
energia não desaparece: ela se transforma em outros tipos.
Ciências da Natureza 54
Habilidade EF08CI04: Calcular o consumo de eletrodomésticos, a partir dos dados de
potência descritos no próprio equipamento e tempo médio de uso, para comparar e avaliar
o impacto de cada equipamento no consumo doméstico.
Qual a principal fonte de energia utilizada pela maioria dos aparelhos que
utilizamos em nosso dia a dia?
Dos aparelhos eletrodomésticos que utilizamos, quais consomem mais energia
elétrica? E quais consomem menos?
Habilidade EF08CI05: Selecionar, planejar e propor ações coletivas para otimizar o uso de
energia elétrica na escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos
segundo critérios de sustentabilidade, tais como consumo de energia e eficiência
energética, e ainda hábitos de consumo responsável.
22
SEESP. Currículo +. Simulador de consumo de energia elétrica. 2013. Disponível em: <
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/simulador-de-consumo-de-energia-eletrica/ >. Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 55
Todas as discussões realizadas até aqui, foram encaminhadas para uma reflexão sobre a
importância da energia elétrica em nosso cotidiano. Nesta atividade os alunos irão discutir e
propor ações alicerçadas em uma postura crítica, voltada a diminuir o desperdício nos principais
ambientes em que convivem: a casa e a escola.
23
DW BRASIL. A ideia de um brasileiro que iluminou o mundo. 2016. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=qF52dg8Jtpg >. Acesso em: 27dez2018.
24
WWF BRASIL. Hora do Planeta. Disponível em: < https://www.wwf.org.br/participe/horadoplaneta/ >.
Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 56
Ressaltamos que a organização dos grupos de alunos para a socialização das propostas,
bem como sua mediação, é muito importante neste momento. Seria interessante, também, a
confecção de cartazes para a montagem de um painel, a ser socializado com toda a comunidade
escolar. Desta forma, esta atividade pode significar a construção de um espaço coletivo de
reflexão em torno de temas relevantes para o exercício da cidadania plena e consciente. Como
alternativa, se não houver a possibilidade da confecção de um painel, pode ser elaborado um
texto coletivo.
Para tanto, você deve elaborar um roteiro onde constem, além dos questionamentos e/ou
aspectos a serem pesquisados, as fontes de consulta. Considere as diversas possibilidades para
o planejamento desta atividade, tanto em termos de organização dos(as) alunos(as) (individual,
em duplas, em pequenos grupos), quanto em termos de distribuição dos assuntos, em
conformidade com a habilidade a ser desenvolvida.
Ciências da Natureza 57
Como se trata da última atividade da Unidade Temática Matéria e Energia, você pode
lançar mão de um olhar mais atento às possíveis dificuldades dos(as) alunos(as) durante este
percurso, retomando alguns aspectos que achar importante e conveniente.
A série “De onde vem?, da TV Escola, possui um episódio que pode concluir esta
atividade de maneira muito satisfatória: “De onde vem a energia elétrica?”25.
Terceiro Momento
Sistematização das aprendizagens
Lembre-se de que os resultados dos avanços e das fragilidades detectadas devem servir
como subsídios para o planejamento das atividades de recuperação.
ELETROPAULO. Uma Viagem Eletrizante: kit de mídias paradidáticas. São Paulo, 2004.
MANUAL DO MUNDO. Mini gerador eólico: transforme vento em energia elétrica! Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=VKFpp1oljps. Acesso em: 20 dez. 2018.
REVISTA CIÊNCIA HOJE. A energia em nossas vidas. Disponível em:
http://cienciahoje.org.br/coluna/a-energia-em-nossas-vidas/. Acesso em: 20 dez. 2018.
REVISTA CIÊNCIA HOJE. Energia Essencial. Disponível em:
http://cienciahoje.org.br/coluna/energia-essencial/. Acesso em: 20 dez. 2018.
25
BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem a energia elétrica? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-a-energia-eletrica >. Acesso em:
26dez2018.
Ciências da Natureza 58
SBPC –Instituto Ciência Hoje. Ciência Hoje na Escola: Eletricidade. Rio de Janeiro: Ciência
Hoje, 3ª ed., vol. 12, 2006.
TV USP PIRACICABA. Casa eficiente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=eLKiMysoc7c&index=8&list=PLfXk38BbOIlpVccuYp
WYZnoYIdJv423WI. Acesso em: 20 dez. 2018.
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). EJA
Mundo do Trabalho. Energia. 2014. Disponível em
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=51&tipo=Videos.
Acesso em 26/12/2018.
Ciências da Natureza 59
9º ano
Apresentação:
Primeiro Momento
Ciências da Natureza 60
construíram. Aproveite para realizar uma sondagem dos conhecimentos que eles possuem
sobre a área de Ciências da Natureza e para criar um momento de reflexão sobre as novas
experiências e desafios, individuais e coletivos, diante desta nova etapa escolar.
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como
propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a
aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma proposta.
Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui, também, para a
melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a) professor(a)
construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta um bom diálogo
participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já possuam essas regras
estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do Grêmio Estudantil ou,
ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 61
Habilidades de Ciências Competências Competências
Objetos de
Currículo Paulista versão 1 Específicas de Ciências Gerais Base
Conhecimento
(Transição – EF 9º ano) Currículo Paulista Nacional Curricular
(versão 1) Comum (BNCC)
correspondentes
Ciências da Natureza 62
(EF09CI04) Planejar e executar fenômenos e processos e resolver
Estrutura da
experimentos para verificar o relativos ao mundo problemas e criar
matéria
fenômeno da decomposição da luz, natural, social e soluções (inclusive
Radiações e suas reconhecer e explicar a tecnológico (incluindo tecnológicas) com
aplicações na decomposição da luz em cores o digital), como base nos
saúde primárias, identificando que a cor também as relações conhecimentos das
de um objeto está relacionada que se estabelecem diferentes áreas.
também à cor da luz que o ilumina. entre eles, exercitando
a curiosidade para
fazer perguntas, buscar CG nº 10: Agir
respostas e criar pessoal e
soluções (inclusive coletivamente com
tecnológicas) com base autonomia,
nos conhecimentos das responsabilidade,
(EF09CI05) Identificar, analisar, Ciências da Natureza. flexibilidade,
Estrutura da
categorizar e explicar os processos resiliência e
matéria CE nº4: Avaliar
de transmissão e recepção de determinação,
Radiações e suas imagem e som que revolucionaram aplicações e
implicações políticas, tomando decisões
aplicações na os sistemas de comunicação
socioambientais e com base em
saúde humana.
culturais da ciência e princípios éticos,
de suas tecnologias democráticos,
para propor inclusivos,
alternativas aos sustentáveis e
desafios do mundo solidários.
contemporâneo,
incluindo aqueles
(EF09CI06) Reconhecer, relativos ao mundo do
Radiações e
compreender e categorizar as trabalho.
suas aplicações
radiações eletromagnéticas de
na saúde
acordo suas frequências, fontes e
aplicações, discutindo e avaliando
as implicações de seu uso em
aparelhos tais como controle
remoto, telefone celular, raio X,
forno de micro-ondas e fotocélulas.
(EF09CI07) Identificar,
Radiações e suas
compreender o avanço tecnológico
aplicações na
na aplicação das radiações na
saúde
medicina diagnóstica, tais como o
raio X, ultrassom dentre outras, e
discutir as relações entre as
necessidades sociais e a evolução
das tecnologias relacionadas à
radiação valorizando as condições
de saúde e qualidade de vida.
Ciências da Natureza 63
Sensibilização à temática: Matéria e Energia
Apresentados os itens, verificar com os(as) alunos(as) se compreenderam o que irão
aprender e se gostariam de aprender algo não foi descrito na Unidade Temática Matéria e
Energia. A partir destes dados, será oportuno dialogar sobre como a temática avançará ao longo
do Ensino Fundamental.
O que é átomo?
Como a agitação das partículas da matéria interfere nas mudanças de estado físico?
O vídeo “Quer que desenhe? - Átomo” é uma animação que possibilita uma reflexão sobre a
constituição do átomo e os modelos atômicos.
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais levantadas durante a apresentação.
Como o vídeo apresenta conceitos que, provavelmente, serão novos para os(as) estudantes,
estimule a turma a fazer perguntas e compartilhar com o grupo. É importante anotar as
principais dúvidas em um painel para retomá-las ao longo do bimestre.
Não se preocupe com os erros e acertos dos(as) alunos(as), as ideias equivocadas devem
ser retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo
o conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu
no decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas possam
explicitar suas percepções e oriente que registrem em seus cadernos as discussões e conclusões
realizadas na roda de diálogo.
26
RUAS, Carlos. Quer que desenhe? – Átomo. 2013. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=JvA4tKRDgzE >. Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 64
Nesse momento, entende-se ser importante realizar uma atividade complementar para
diagnóstico dos conhecimentos prévios dos(a)s estudantes, parcialmente verificados no
momento da apresentação das aprendizagens esperadas, uma vez que grande parte do conteúdo
previsto neste primeiro bimestre pode já ter sido desenvolvido em etapas anteriores. Esse
diagnóstico irá fornecer mais informações sobre aquisição de conteúdo específico e de
habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem aplicadas no
percurso.
Segundo Momento
Ciências da Natureza 65
Habilidade EF09CI01: Identificar os estados físicos da matéria e suas propriedades, investigar as
mudanças de estado físico e explicar essas transformações com base no modelo de constituição
da matéria por partículas.
Resumo Atividade teórica e prática para facilitar a compreensão dos estados físicos dos
materiais. Desenvolver a leitura de textos científicos relacionados com o assunto
e sua interpretação.
Objetivos Os alunos deverão ser capazes de compreender o que são materiais, e que os
materiais são formados por moléculas.
Professor(a), prepare para a turma uma atividade para compreensão dos estados físicos
dos materiais. Para tanto você precisará de:
Procedimentos:
27
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo
Parcial para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 66
Coloque as bolinhas na vasilha, de forma organizada, ficando uma sobre a outra. Mostre
a turma e solicite que observem que elas estão paradas e ocupando um pequeno espaço na
vasilha.
Agora movimente de forma mais acelerada e novamente pergunte sobre o que aconteceu,
qual a organização e qual o espaço ocupado pelas bolinhas nesta situação.
Pergunte aos(às) alunos(as) o que perceberam desta atividade e estimule que emitam
suas opiniões:
Ciências da Natureza 67
Professor(a), após as discussões sobre as moléculas e os estados físicos, peça que a turma
cite materiais do cotidiano que estão em diferentes estados físicos. De acordo com os exemplos
apresentados pela turma, discuta como é o processo de mudança de estado físico dos materiais,
nomeando estas transformações. Explique que quando um líquido muda para sólido, este
processo é chamado de solidificação. Mas quando o sólido passa para o estado líquido, este
processo é a fusão. Se o líquido passa a ser vapor, temos a vaporização, mas se o vapor volta
a ser líquido, é a condensação. Após esta conversa solicite aos(às) alunos(as) exemplos de
mudanças de estado físico.
Nota: É importante lembrar aos estudantes dos outros estados físicos da matéria,
especialmente o plasma.
Professor(a), para a organização do seu plano de aula ou atividade sobre radiações e suas
aplicações na saúde, recomendamos o acesso ao Portal do Professor, que traz uma série de
atividades interessantes e muito adequadas para a discussão do tema, como por exemplo a
atividade “A física e o cotidiano – Laboratório virtual: Espectro Eletromagnético”28.
Terceiro Momento
28
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. A física e o cotidiano – Laboratório virtual:
espectro eletromagnético. 2011. Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=33261 >. Acesso em 27dez2018.
29
SEESP. Currículo +. Espectro Eletromagnético. 2014. Disponível em: <
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/espectro-eletromagnetico/ >.Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 68
Propõe-se que sejam retomadas as aprendizagens vivenciadas no bimestre, sendo
oportuno revisitar as expectativas levantadas no primeiro momento, onde foram apresentadas
as aprendizagens esperadas, que pode ser conduzido a partir de um diálogo com a turma, em
torno da seguinte questão: “O que aprendi neste bimestre?”
Lembre-se de que os resultados dos avanços e das fragilidades detectadas devem servir
como subsídios para o planejamento das atividades de recuperação.
Ciências da Natureza 69
Ciências da Natureza 70
Fundamentos do componente Biologia
Ciências da Natureza 71
No ensino de Biologia pode-se utilizar estratégias educativas investigativas, em torno de
situações problema de interesse e tendo o estudante como protagonista, inclusive no
desenvolvimento de projetos. Os assuntos biológicos também são meios para promover o
desenvolvimento de competências, num processo que permita instrumentalizar os estudantes
para a vida em sociedade.
De qualquer modo, o processo de ensino e aprendizagem deve ser contextualizado e
primar pelo desenvolvimento de trabalhos em parceria, inclusive por meio de projetos
interdisciplinares. Ou seja, o conhecimento biológico, como todo conhecimento, pode
contribuir para uma aprendizagem significativa, para promover o espírito crítico, a reflexão e a
formação da cidadania planetária.
1º série
Ciências da Natureza 72
- Reconhecer todos os grupos de
- Níveis tróficos; seres vivos produtores de matéria 2. Exercitar a curiosidade
-Ciclos orgânica e os grupos consumidores intelectual e recorrer à
biogeoquímicos; - Identificar e explicar as abordagem própria das
condições e substâncias ciências, incluindo a
-Ecossistemas, necessárias à realização de investigação, a reflexão, a
populações e fotossíntese análise crítica, a imaginação e
comunidades: - Associar a fotossíntese a criatividade para investigar
Características básicas (transformação de energia causas, elaborar e testar
dos ecossistemas; luminosa em energia química) à hipóteses, formular e resolver
Ecossistemas produção de matéria orgânica das problemas e criar soluções
terrestres e aquáticos; teias alimentares (inclusive tecnológicas) com
- Identificar níveis tróficos em base nos conhecimentos nas
Densidade e equilíbrio cadeias e teias alimentares diferentes áreas.
dinâmico de representadas em esquemas ou
populações; textos 7. Argumentar, com base em
-- Identificar os representantes dos fatos, dados e informações
Relações de níveis tróficos em uma cadeia confiáveis, para formular,
competição e de alimentar negociar e defender ideias,
cooperação entre os - Reconhecer nos esquemas de pontos de vista e decisões
seres vivos. cadeias e teias o significado da seta comuns que respeitem e
- Descrever as relações alimentares promovam os direitos
estabelecidas nas cadeias e teias humanos, a consciência
alimentares socioambiental e o consumo
- Comparar os processos pelos responsável em âmbito local,
quais animais e vegetais utilizam a regional e global, com
energia da matéria orgânica posicionamento ético em
- Descrever a circulação de energia relação ao cuidado de si
ao longo das cadeias alimentares e mesmo, dos outros e do
identificar as perdas de energia planeta.
Ciências da Natureza 73
- Comparar os diferentes tipos de 10. Agir pessoal e
pirâmide alimentar, identificando coletivamente, com
o que cada uma representa autonomia, responsabilidade,
- Identificar as principais etapas flexibilidade, resiliência e
dos ciclos biogeoquímicos determinação, tomando
- Diferenciar, com base na decisões com base em
descrição de situações concretas, princípios éticos,
fatores bióticos e abióticos democráticos, inclusivos,
- Identificar, em situações sustentáveis e solidários.
concretas, habitat e nicho
ecológico
- Relacionar as principais
atividades econômicas no cenário
nacional às principais alterações
nos ecossistemas brasileiros
- Interpretar gráficos e tabelas que
contenham dados sobre
crescimento e densidade
populacional.
Ciências da Natureza 74
contemplados para uma formação integral de nosso(a)s estudantes. A seguir, tecemos alguns
comentários visando o reconhecimento de pontos contemplados pelas expectativas previstas no
Currículo do Estado de São Paulo para o primeiro bimestre de biologia e elementos presentes
nas Competências da BNCC a serem incorporados, conforme segue:
Apesar de termos a clareza de que o processo educativo é amplo e com certeza outros
aspectos presentes nessas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados,
optamos por apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma
avaliação por parte do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses
conhecimentos, que, juntamente com a avaliação da apropriação dos demais conteúdos
previstos, nortearão retomadas e (re)direcionamentos para a continuidade das aprendizagens.
Ciências da Natureza 75
Orientações pedagógicas e recursos didáticos
Ciências da Natureza 76
Considerando o exposto, recomendamos que a avaliação seja utilizada para detectar
dificuldades que podem aparecer durante a aprendizagem, a fim de buscar mecanismos para
sua correção (recuperação contínua), o mais rapidamente possível. Esse processo pode ser
compartilhado com o(a)s estudantes, por meio da autoavaliação (corresponsabilidade pelo
processo de aprendizagem e protagonismo estudantil). Desse modo, a avaliação formativa
revela elementos que permitem o planejamento e o replanejamento, o ajuste, o
redirecionamento de práticas pedagógicas no intuito de aprimorar as aprendizagens do(a)s
estudantes.
Como sugestão, o(a) professor(a) pode avaliar a participação e o envolvimento do(a)s
estudantes (com perguntas e comentários) ou, mais especificamente, o desempenho nas
questões escritas, no desenvolvimento de projetos, nas questões inspiradas em processos
seletivos de universidades, por exemplo. Contudo, o olhar deve ser de verificação das
aprendizagens para reorganização dos rumos, seja em atividades de recuperação, seja para dar
prosseguimento aos trabalhos.
Visando facilitar a compreensão e oferecer maior clareza dos objetivos que se pretende,
bem como contribuir para uma aprendizagem participativa e dinâmica, as proposições de ações
de aprendizagem apresentadas neste guia foram organizadas em três momentos, conforme
descrito no quadro a seguir.
Ciências da Natureza 77
prevê-se que todas sejam contextualizadas, permitam a investigação e/ou remetam a
questionamentos e reflexões, resultando em aprendizagens significativas. São apresentados
diferentes instrumentos avaliativos e a proposta de autoavaliação, que deverá permear todo o
processo.
PRIMEIRO MOMENTO
Envolvimento com a Temática
Ciências da Natureza 78
Para início de conversa...
Propomos que apresente aos estudantes, antes de iniciar as atividades específicas, durante,
ou logo após o acolhimento, os conteúdos/habilidades que se espera que aprendam neste
bimestre, sempre dialogando sobre a importância/relevância dos mesmos.
Combinados
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para que os
estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que
gostariam de esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a
corresponsabilidade pelo processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e adotar
temas relacionados que sejam do interesse dos estudantes ou mesmo negociar algumas
alterações, desde que comprometidas com a aprendizagem a que os educandos têm direito.
Registre todas as contribuições e questionamentos e justifique sempre que não for possível
incorporar uma proposta. Dessa forma, o(a)s estudantes se sentem respeitado(a)s, o que
contribui também para melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Ciências da Natureza 79
É importante salientar que essa estratégia faz parte do processo de aprendizagem
principalmente no que diz respeito às competências gerais da BNCC, como as citadas para esse
bimestre, principalmente a competência 10, conforme consta: “Agir pessoal e coletivamente,
com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.
Avaliação Diagnóstica
Nesse primeiro momento, entende-se ser importante realizar uma atividade
complementar para diagnóstico dos conhecimentos prévios do(a)s estudantes, parcialmente
verificados no momento da apresentação das expectativas de aprendizagem (conforme proposto
no quadro anterior), uma vez que grande parte do conteúdo previsto neste primeiro bimestre
pode já ter sido desenvolvido em etapas escolares anteriores. Esse diagnóstico irá fornecer mais
informações sobre aquisição de conhecimentos específicos e de habilidades que poderão nortear
a escolha de procedimentos e atividades a serem desenvolvidas no percurso.
É importante compreender que a avaliação aqui é entendida como parte do processo de
aprendizagem. Nesse sentido, sugere-se que você, professor(a), converse com o(a)s estudantes
sobre a importância de resgatarem o que sabem, preocupando-se tão somente com o próprio
aprendizado, ou seja, esse será também um momento de auto avaliação, em que poderão
perceber com maior clareza o quanto já sabem e o quanto ainda precisam aprender,
considerando as aprendizagens previstas, apresentadas na atividade anterior.
Ciências da Natureza 80
Sensibilização à temática – Interdependência da Vida
Para promover a sensibilização nada melhor do que apresentar e/ou propor algo que
possa ‘mexer’ com o emocional das pessoas. No caso da biologia, que tem como objeto de
estudo a vida, e, neste bimestre, em que a temática é a compreensão de fenômenos naturais que
ocorrem nos ecossistemas, nada mais propício do que iniciarmos o diálogo com imagens e/ou
reflexões que remetam ao encantamento pela vida. Sendo assim, indica-se o uso de um ou mais
vídeos da série “A Natureza está Falando”, produzida pela ONG Conservação internacional:
A campanha "A Natureza está Falando" quer inspirar a sociedade e promover o debate
sobre a importância da natureza para o bem-estar humano. Para tanto, foram produzidos
vídeos narrados por pessoas famosas, que dão voz à natureza e/ou aos diversos elementos
que a compõem, tais como: florestas, oceanos, flores, céu, solo, água, montanha, entre
outros. Esses vídeos comovem, encantam e nos chamam para a reflexão sobre a condição
humana.
Descrição da proposta:
Apresentar o vídeo – “A Mãe Natureza” (com Maria Bethânia na narração), da campanha
“A Natureza está Falando” (professor(a) assista o vídeo antes de apresentá-lo aos estudantes.)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=Uq6brcVVh6Y (acesso em 17.12.18)
Sugerimos propor reflexões a partir de do vídeo por meio de questionamentos, como, por
exemplo:
- Como se sentem em relação ao vídeo?
- No vídeo, a Natureza está dizendo que não precisa das pessoas, mas as pessoas é que
precisam da Natureza. Como analisam essa afirmação?
- Qual(is) relação(ões) fazem entre o vídeo e as expectativas de aprendizagem sobre as
quais dialogaram anteriormente?
Professor(a): recomenda-se registrar as contribuições, seja anotando no quadro, seja
solicitando que registrem numa folha para exposição em classe. Ao final da conversa é
importante olhar para esse “quadro” de sentimentos e/ou conhecimentos, uma vez que
poderão servir de subsídios para as próximas atividades, constituindo também material a ser
utilizado para avaliação. Lembre-se que a proposta dessa atividade é o diálogo, sendo
importante que o(a)s estudantes se sintam à vontade para expor suas ideias sem a “sombra”
Ciências da Natureza 81
do certo ou errado, mas que entendam que cabe a(o) professor(a) propor novos
questionamentos e reflexões a partir das falas (essa atitude faz parte da aprendizagem
investigativa).
Ao final, o(a)s estudantes são chamados a compreender melhor o que está acontecendo por
meio do desenvolvimento de atividades de aprofundamento dos temas envolvidos, bem como
de atividades integradoras, de reflexões mais amplas e/ou de intervenção na realidade,
conforme proposto no “Segundo Momento” deste material, a ser adaptado de acordo com o
seu planejamento, professor(a).
SEGUNDO MOMENTO
- Desenvolvimento de atividades -
Ciências da Natureza 82
“A aprendizagem significativa pressupõe a existência de um referencial que permita
aos alunos identificar e se identificar com as questões propostas” (BRASIL 2000, p. 22). Trazer
os contextos de vivência dos alunos para os contextos escolares, evocando dimensões da vida
pessoal, social e cultural, torna-se um importante fator de aprendizagem, pois dá sentido aos
conhecimentos aprendidos e mobiliza competências cognitivas já adquiridas (KATO &
KAWASAKI, 2011). É possível então, “generalizar a contextualização como recurso para
tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida cotidiana ou com
os conhecimentos adquiridos espontaneamente” (BRASIL, 2000, p. 81). Experiências em
Ensino de Ciências V.13, No.1. 2018
Ciências da Natureza 83
curriculares oficiais e oferece análises que apontam a relação entre contexto e aprendizagem
significativa.
Ressaltamos, conforme explicitado no artigo, que contextualizar os conteúdos não
significa trabalhar de forma superficial ou restrita ao cotidiano e/ou realidade imediata, mas
sim, partir desses pontos, associar conhecimentos prévios para que o(a)s estudantes possam ver
“um sentido” nesse conteúdo e assim, se envolverem no processo de modo a adquirirem
conhecimentos que os capacitem em suas escolhas e contribuam com a resolução de problemas
reais.
O ensino na área de Ciências da Natureza foi construído com base nos conhecimentos
que resultam dos processos de investigação/pesquisas científicas, sendo a ciência o resultado
de uma indagação que leva a uma busca de respostas para questionamentos realizados sobre:
fenômenos naturais, o ser humano, a origem e a diversificação da vida na Terra etc., numa
tentativa de entender e explicar os padrões e processos que ocorrem em nosso mundo e fora
dele.
Nesse sentido, pode-se inferir que pensar, perguntar, questionar são ações inerentes ao
ser humano e, cabe à escola estimular esse aspecto, bem como oferecer situações de
aprendizagem que promovam a investigação, pois são fundamentais para desenvolver
competências tais como levantamento de hipóteses, argumentação, formulação de conclusões e
também para permitir a compreensão da natureza da ciência e seu funcionamento.
Dessa forma, um sujeito alfabetizado cientificamente possui: 1. compreensão básica de
termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais e a importância deles; 2.
compreensão da natureza da ciência e dos fatores éticos e políticos que circundam sua prática;
3. entendimento das relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente
(SASSERON & CARVALHO, 2008).
Inserir pesquisa sobre matéria viva e bruta, por exemplo, com a construção de
experimentos com o viés investigativo, podendo ser iniciado por meio de uma situação
problema, seguida do levantamento de hipóteses pelos estudantes, bem como sugestões de
como testar essas hipóteses é uma forma de desenvolver habilidades investigativas.
Ciências da Natureza 84
Nessa abordagem também é importante inserir aspectos metodológicos presentes em
pesquisas científicas, tais como grupo controle e de acompanhamento, registros organizados,
prevendo tempo e dados a serem coletados, que permitam a verificação das hipóteses. É
importante que o(a) professor aproveite esses momentos para referendar a diferença entre
evidências observadas e opinião, bem como para contribuir para o desenvolvimento da
argumentação consistente.
Nesse sentido, e considerando o contexto, é importante promover uma aprendizagem
de forma que a ciência possa ser compreendida como uma construção humana e, como tal,
factível de erros, não neutra, ou seja, que influencia e é influenciada por aspectos históricos,
econômicos, sociais e culturais.
Para contribuir com o ensino investigativo, existem programas e projetos que poderão
ser incorporados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP.
Disponível em <http://www.educacao.sp.gov.br/feiradeciencias> Acesso em 31 de outubro de
2018.
Indicação de material sobre Método Científico para uso do(a) professor(a):
http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/metodologia/Apostila/CAP02PG.pdf
Ciências da Natureza 85
Proposição de Atividades
Investigando e experimentando...
EXPERIMENTO: Terrário como miniecossistema
Ciências da Natureza 86
Ao construir um terrário, alguns questionamentos podem ser feitos:
Colocar uma planta em um ambiente fechado não seria um contrassenso? Como ela vai
sobreviver? Ela não precisa de ar para fazer fotossíntese e respirar?
É justamente por isso que essa experiência, tão simples, pode ser utilizada para
trabalhar temas bastante complexos da biologia, e, para o que se pretende neste bimestre,
pode ser o norteador de novas proposições, bem como ponto a ser considerado nas
sistematizações.
Podemos entender que um terrário fechado funciona como um miniecossistema.
Não há entrada e nem saída de matéria, apenas a energia (sob a forma de luz) continua
movimentando o sistema. As plantas sobrevivem, pois, ao realizarem a fotossíntese,
liberam oxigênio e consomem gás carbônico, exatamente o contrário do que acontece
durante a respiração. Se houver um balanço entre fotossíntese e respiração, um terrário pode
manter plantas vivas por muitos meses, até mesmo anos. Sabemos que outros elementos
também precisam estar em equilíbrio, como a água e os nutrientes, por isso, manter um
ecossistema fechado por muito tempo pode ser um verdadeiro desafio e, quanto menor o
terrário, mais difícil será essa manutenção duradoura.
Professor(a), as informações acima não devem ser repassadas para o(a)s
estudantes num primeiro momento, pois um dos objetivos dessa atividade é que ele(a)s
possam construir esses conhecimentos por meio da observação e coleta de informações,
pesquisa em livros didáticos, internet etc. Cabe a você, portanto, mediar, orientar e levantar
questionamentos que permitam essas aprendizagens.
Construindo o terrário:
Materiais necessários: (propõe-se solicitar, já no dia da atividade “Para Início de
Conversa”, que os grupos de estudantes tragam os materiais necessários, indicando a data
em que o terrário será construído).
▪ - Recipiente transparente com tampa, de boca larga (de plástico ou vidro)
▪ - Planta de pequeno porte
▪ - Pedrinhas
▪ - Terra
Ciências da Natureza 87
▪ - Água
Observação: após algumas horas um pouco de água deve começar a condensar nas laterais
do terrário. Se isso não acontecer, oriente o(a)s estudantes a abrir e colocar um pouco mais
de água. Se, ao contrário, muita água ficar condensada, oriente para que deixem o terrário
destampado por algumas horas até este excesso de água secar. Recomende que observem
com atenção nos primeiros dias, pois acertar a quantidade de água é crucial para a
manutenção do terrário fechado.
Ciências da Natureza 88
pequenos animais no experimento, indica-se a realização de uma pesquisa sobre os seus
hábitos e necessidades.
Considerações sobre outros aspectos que poderão ser abordados a partir do Terrário:
Ciclos Biogeoquímicos – a partir do terrário também é possível trabalhar a noção dos ciclos
biogeoquímicos, como, por exemplo, o ciclo da água, muito fácil e simples de ser observado.
Para complementar e aprofundar o estudo, utilize o livro didático. Recomendamos que,
antes de “explicar o conceito”, oriente as observações para que o(a)s próprio(a)s estudantes
participem ativamente da construção dos conhecimentos.
Ciências da Natureza 89
Ciclo da Água no terrário?
Durante o período de observação do terrário, solicite que o(a)s estudantes registrem
suas hipóteses sobre como a planta sobrevive sem que a água seja inserida no ecossistema.
Caso tenham dificuldade, indique:
Observe a água condensada nas laterais do terrário. De onde vem essa água? Para
onde vai?
Professor(a) seria interessante verificar se conseguem chegar a explicações semelhantes à
exposta a seguir:
Esta é uma ótima demonstração do ciclo da água: a planta transpira vapor d’água, que se
condensa na parede do terrário e desliza de volta para a terra, onde será captada
novamente pelas raízes da planta.
A partir do terrário, mesmo com suas limitações, também é possível trabalhar com os
estudantes os conceitos de ecossistema, relações alimentares, fotossíntese e fluxo unidirecional
de energia, ciclagem de matéria e também níveis tróficos, nicho e habitat, de maneira geral, a
serem complementados com outras atividades, leituras, imagens etc. conforme sugestões deste
guia e outras, encontradas em diversos materiais pedagógicos. Os diferenciais propostos foram:
primeiro envolver os estudantes por meio da prática e na sequência promover o aprendizado de
conceitos a partir da observação.
Visitas a ecossistemas naturais ou mesmo a uma praça ou ao jardim ou horta da escola
também podem se constituir em ricos momentos de aprendizagem. Nesses casos, propomos a
utilização de questões problematizadoras e um roteiro de observação, para orientar o(a)s
estudantes em seus registros, que poderão ser feitos por meio da escrita e/ou de fotografias, as
quais podem ser complementadas com legendas.
Ressalta-se que, ao abordarem outras temáticas relacionadas às interações que ocorrem
nos ecossistemas, sempre poderão se reportar ao terrário e extrapolar para outros ecossistemas,
Ciências da Natureza 90
inclusive urbanos, questionando de modo que os estudantes percebam as inter-relações que
acontecem entre os seres vivos entre si e deles com o ambiente.
Ao finalizar a construção do terrário e o(a)s estudantes responderem a questionamentos
básicos, é importante avaliar o que compreenderam até o momento, se há clareza de que
diversos fenômenos em estudo ou que serão estudados acontecem nesse ambiente, mas também
que fazemos parte de um espaço macro onde tudo isso acontece em escala maior e mais
complexa, porém com a mesma base de produção, fluxo e reaproveitamento de matéria e
produção e fluxo unidirecional de energia.
Ciências da Natureza 91
esquemas, no caso, que representam as cadeias e teias alimentares, orientando que se trata de
uma representação, mas não é um retrato fiel de como acontece na natureza, apenas uma forma
para facilitar a compreensão das relações alimentares e do fluxo de energia e ciclagem de
matéria.
Para o estudo das cadeias e teias alimentares e sobre os tipos de pirâmides ecológicas
propõe-se a utilização do livro didático e/ou de outras atividades já bastante disseminadas sobre
esses assuntos. Contudo, sugere-se iniciar o processo com uma sensibilização/envolvimento
com o tema, que pode ser a partir do terrário, do uso de imagens e/ou a partir de
questionamentos sobre o assunto, como por exemplo:
“o que comemos?”, “de que se alimentam outras espécies?” (sempre registrar os
conhecimentos prévios e partir desse contexto para continuidade dos trabalhos).
Entendemos ser importante também garantir que o(a)s estudantes compreendam que as
relações alimentares ocorrem nos ecossistemas e que nós fazemos parte disso, bem como
entendam como as alterações provocadas nos ecossistemas podem desequilibrar essas relações.
Ciências da Natureza 92
o pensar, registrar, refletir, rever posicionamentos diante do observado e/ou da inclusão de
novas informações.
Recomendamos ajudá-lo(a)s também a organizar o registro dos dados e a comentar
sobre o processo de observação, o qual deve ser feito da forma mais objetiva possível, sem
inferir resultados esperados, mas não observados. Comentar com o(a)s estudantes que hipóteses
não confirmadas fazem parte do processo investigativo e podem levar a novos questionamentos
e descobertas. Não confundir com erros. Fazer perguntas do tipo: “por que isso acontece?”,
por exemplo, e sugerir pesquisas em livros didáticos, sites etc. para buscarem as respostas é
uma mediação interessantes.
No caso, lembramos que é importante orientar os estudantes para consultar apenas sites
confiáveis e que estejam no âmbito científico e didático, e nunca se basear em opiniões não
fundamentadas ou crenças, pois essas ideias devem ser respeitadas, mas não utilizadas como
fonte. Sempre indicar que utilizem livros específicos e, no caso da internet, sites confiáveis,
como de universidades, revistas científicas e de divulgação científica, além de outras
instituições de referência.
Ciências da Natureza 93
A atividade “O Jogo das Relações Ecológicas” constitui-se numa releitura para o “Jogo
da Sobrevivência”, de forma a abordar mais claramente o tema relações ecológicas e propiciar
a percepção da dinâmica das populações.
A atividade “Crescimento Vegetal e Experimentação” tem como objetivo principal que
o(a)s estudantes percebam os principais fatores envolvidos no crescimento vegetal a partir do
método científico. Considerando as aprendizagens que se almeja para esse bimestre não
propomos a realização dessa atividade nesse momento.
Para acessar as atividades, clique aqui.
Para responder a essas questões, seria interessante analisar caso a caso, no coletivo ou em
pequenos grupos, e registrar as observações em uma tabela, como, por exemplo, a representada
a seguir (dessa forma estão sendo trabalhadas as habilidades de coleta de informação pela
observação e construção de tabelas):
Ciências da Natureza 94
(intra ou interespecífica) (harmônica / desarmônica) (nome da relação
ecológica)
Indo a campo...
Contribuindo com a contextualização dos conteúdos abordados, e de acordo com a
possibilidade da escola e seu entorno, recomenda-se realizar uma aula de campo para
observação de algumas relações ecológicas in loco, possível de serem observadas até mesmo
no jardim da escola, numa praça ou um parque próximo.
Indica-se uma visita prévia pelo(a) professor(a) para verificação do que poderá ser
observado, como, por exemplo: inquilinismo (árvores com plantas epífitas); líquens
(interessante abordar, nesse caso, sua utilização como indicador de qualidade ambiental),
sociedades (formigueiros ou mesmo colmeias), entre outras. Se a atividade de campo for
realizada após as aulas em classe, os estudantes poderão ser desafiados a localizar as relações
ecológicas, fotografá-las e construírem legendas para as relações observadas. Nesse momento
é importante verificar se sabem para que servem as legendas e, se necessário, orientá-los nessa
construção.
Avaliação
Ciências da Natureza 95
As tabelas construídas e os registros da atividade de campo são produções ricas para
serem avaliadas, pois indicam os conhecimentos adquiridos no processo. Mais uma vez, é
importante chamar a atenção do(a)s estudantes para que percebam o que estão aprendendo, se
estão conseguindo relacionar os temas, bem como se ainda possuem dúvidas a respeito.
Uma sugestão para reforçar os tipos de interações é a utilização do clássico quadro
que usa os sinais + e - para indicar a influência (benéfica ou prejudicial) da relação ecológica
sobre as espécies envolvidas. Este quadro pode ser utilizado em forma de avaliação, de modo
que os alunos atribuam os valores ao quadro, deduzindo a partir do que foi abordado durante as
aulas.
Ciências da Natureza 96
Trecho retirado de: http://cienciahoje.org.br/coluna/e-tudo-comecou-assim/ (acesso em
17.12.18)
Recomendamos realizar a leitura integral do texto indicado, que pode ser feita no
coletivo, com a inserção de comentários e explicações a serem feitas por você, professor(a),
de modo a associar a relação ecológica estudada “simbiose” como uma característica
fundamental no processo de evolução das espécies.
Ciências da Natureza 97
Observação: Nesse link poderão visualizar também, por meio de esquemas com imagens, os
principais conceitos abordados no estudo da ecologia.
Sugestão de avaliação
Retomar com o(a)s estudante que a avaliação é processual e que ele(a)s devem se auto
avaliar, buscando perceber o quanto estão aprendendo. Ao propor a resolução de questões, que
podem aparecer em vestibulares, por exemplo, é importante adotar a postura de parceria,
estimulando-os a tentarem resolver as questões como parte do processo de aprendizagem. Nesse
sentido, cabe valorizar as tentativas e argumentos oferecidos ao defenderem as respostas
corretas e, ao transformar em “nota”, respeitar essa premissa.
Para avaliação da apropriação dos conceitos trabalhados, é possível utilizar questões,
que poderão ser respondidas individualmente ou em duplas para posterior conferência no
coletivo, com espaço aberto para esclarecimentos, se necessário. Mais uma vez, se perceber que
ainda há dúvidas, retomar os conceitos utilizando-se de estratégias diferenciadas, num processo
de recuperação de aprendizagem.
Ciências da Natureza 98
ecossistemas; logo, acontece no terrário, e que também estão diretamente relacionados às
cadeias e teias alimentares e que são fundamentais para o equilíbrio dinâmico das populações e
dos ecossistemas.
Para acessar a atividade, clique no link abaixo:
http://labtrop.ib.usp.br/lib/exe/fetch.php?media=projetos:restinga:restsul:divulga:apostila:ecol
ogia_na_restinga_atv5p102-115.pdf
Ciências da Natureza 99
A proposição da Feira de Ciências está alinhada ao Currículo do Estado de São Paulo,
bem como com a Base Nacional Comum Curricular e as habilidades de ambos corroboram para
a exploração de diferentes gêneros textuais, como por exemplo:
- projeto científico: onde constam título, resumo, introdução, justificativa, problema,
hipóteses, metodologia, resultados, contrapartida social, considerações finais e referências;
- banner: consiste na apresentação do trabalho na forma de painel explicativo, contendo
textos e figuras, sendo que a linguagem visual é priorizada;
- exposição oral: complementa o banner e a apresentação do(a) estudante, muitas vezes,
em inglês.
Entendendo que esses gêneros são de responsabilidade comum entre as áreas de
Linguagens e Ciências da Natureza, e visando o melhor preparo para comunicação,
principalmente oral, do(s) estudantes, propõe-se um trabalho conjunto, principalmente nas
situações que envolvam o desenvolvimento de projetos de iniciação científica.
A proposta é convidar o(a) professor(a) de inglês de suas turmas para verificar a
possibilidade de utilizar os gêneros textuais e trabalhar com os estudantes, em inglês, os
conteúdos abordados em biologia, principalmente em atividades que desenvolvam a pesquisa
científica, incluindo o apoio no desenvolvimento de apresentações de trabalhos, construídos de
acordo com o método científico, em linguagem estrangeira, ou seja, o(a) professor(a) de inglês
utilizaria esses trabalhos como objetos de estudo na linguagem, tanto gênero textual escrito
como na oralidade. Entendemos que um trabalho como esse favorecer a contextualização do
Ensino da Língua Estrangeira por meio de conteúdos biológicos. Para apoiar os trabalhos,
sugerimos acessar o regulamento da FeCEESP, bem como as Feiras de Ciências e Tecnologias
às quais é afiliada.
Outros programas, além das Feiras de Ciências, podem ser trabalhados, de forma
contextualizada, conjuntamente com a disciplina de inglês, como, por exemplo:
Prêmio Zhayed Future Energy.
Disponível em <https://anba.com.br/category/oriente-se/> Acesso em 31 de outubro de 2018.
Fundamento:
BRASIL, Resolução 02 – Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Curriculares Nacional
para a Educação Ambiental - http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes.pdf
TERCEIRO MOMENTO
Sistematizando os conhecimentos
Após os estudos realizados ofereça um desafio aos estudantes. Peça que localizem
notícias sobre destruição do ambiente e que indiquem como a ação descrita na notícia afetou
o(s) habitat(s) e, possivelmente, o nicho de determinada(s) espécie(s), bem como quais são as
possíveis relações que foram afetadas, seja entre as espécies, seja entre elas e o meio ambiente.
Para tanto, sugerimos o roteiro apresentado a seguir:
1. Solicite que o(a)s estudantes pesquisem e selecionem uma notícia que ofereça
informações sobre uma atividade humana que gerou danos sobre um ecossistema (pode
ser terrestre ou aquático) e levem para a classe, já informando que farão uma atividade a
partir dessa notícia.
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2015/11/e-oficial-o-rio-doce-
esta-completamente-morto.html
Site do Greenpeace:
https://www.greenpeace.org/brasil/?s=not%C3%ADcias&orderby=relevant
Recuperação
Referências Bibliográficas:
São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Biologia. In:
Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. São Paulo: SE,
2012. P.25-30, 60-95.
1) Animação em flash representando relações ecológicas entre seres vivos da Grande Barreira
de Corais australiana. A proposta é explorar os ambientes e descobrir as interações. Possível
trabalho conjunto com o(a) professor(a) de inglês.
http://www.pbs.org/wgbh/evolution/survival/coral/index.html
Recursos Complementares
Para professore(a)s:
Artigo: “Ecologia de População – Nicho Ecológico”, site Slide Share
Fonte: Disponível em http://pt.slideshare.net/popecologia/nicho-ecolgico
Apesar de termos a clareza que o processo educativo é amplo e com certeza outros
aspectos presentes nestas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados,
optamos por apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma
avaliação por parte do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses
Combinados
Registrar todas as incorporações possíveis que deverão fazer parte do planejamento e
apresentá-las à turma. Neste momento, converse com eles para que saibam e se sintam
corresponsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para
que os estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que
gostariam de esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a
corresponsabilidade pelo processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas
relacionados que sejam do interesse do(a)s estudantes ou mesmo negociar algumas alterações,
desde que comprometidas com a aprendizagem a que os educandos têm direito. Registre todas
as contribuições e questionamentos e justifique sempre que não for possível incorporar uma
proposta. Sendo assim, há possibilidade de exercitarmos o respeito mútuo e habilidades como
ouvir, falar e prezar o que o outro está dizendo. Momentos como estes contribuem para o
desenvolvimento destas habilidades fundamentais para a relação com o outro e mais
especificamente entre professor(a) e aluno(a).
Para promover a sensibilização nada melhor do que apresentar e/ou propor algo que
possa ‘mexer’ com o emocional das pessoas. No caso da Biologia, que tem como objeto de
estudo a vida e, neste bimestre, abordando o tema “Identidade dos seres vivos – Organização
celular e funções vitais básicas”, estamos propondo duas atividades para sensibilizar o(a)s
estudantes com a temática. Desse modo, indicamos que inicie com uma questão: o que você
conhece sobre seres vivos?
Posteriormente, propomos que escreva o termo ‘seres vivos’ na lousa e construa
coletivamente com o(a)s estudantes um mapa mental. “Os mapas mentais, em suma, podem ser
entendidos como produto das experiências do indivíduo em contato com o meio” (NETO;
DIAS, 2011, p. 02). Portanto, os mapas mentais são livres, ainda não evidenciam a preocupação
com as relações entre os conceitos (MOREIRA, 2012).
Por exemplo: Mapa Mental - Seres Vivos (imagem cedida por Paula Borges)
Professor (a), recomendamos que escute, registre as falas dos (as) estudantes e solicite
que também façam o registro em seus cadernos, pois essas considerações serão importantes
para que consigam identificar, ao final do bimestre, o quanto ampliaram seus conhecimentos
sobre o assunto. Em seguida, para ampliar o envolvimento com a temática, indicamos o uso de
Apresentar o vídeo e/ou realizar a leitura do texto (descrito abaixo) – “O Recife de Coral”
(com Max Fercondini). Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZeytbM65wLI
O Recife de Coral
Eu sou o recife de coral. As pessoas acham que eu sou só uma pedra. Quando na verdade
eu sou uma das maiores estruturas vivas deste planeta. Eu sou tão grande que eu posso ser visto
do espaço. Por quanto tempo mais? Eu venho crescendo por quase 250 milhões de anos. Daí
vieram os humanos e agora 1/5 de mim já se foi. Claro! Eu moro no fundo do mar e você não
costuma me ver com tanta frequência, mas você precisa de mim.
Você sabia que ¼ da vida marinha depende de mim?
Eu sou um berçário para o mar. Peixes pequenos dependem de mim para se alimentar e
para se esconderem dos peixes grandes. E adivinha quem come os peixes grandes? Acertou! Você.
Eu sou uma fábrica de proteína para todo mundo. E ainda assim você aumenta a temperatura dos
oceanos. E agora eu não posso mais viver aqui. E quando as grandes tempestades e tsunamis
varrem os oceanos, eu sou sua barreira de proteção, mas você me destrói com bombas e me
envenena com poluição. Bom aqui vai uma ideia meio maluca: Pare de me matar.
A Natureza não precisa das pessoas. As pessoas precisam da Natureza.
Fonte: ONG Conservação Internacional.
Sugerimos propor reflexões a partir do vídeo e/ou texto, por meio dos seguintes
questionamentos:
● O que sentiram após assistir ao vídeo e/ou ler o texto?
● Pensando nos seres vivos apresentados no vídeo/texto, o que mais chamou sua
atenção em relação às suas características?
Referências
CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL. Natureza está falando: O Recife de Coral. Disponível
em: https://www.conservation.org/global/brasil/Pages/recife-de-coral.aspx Acesso em: 11 de
dez. 2018.
O ensino na área de Ciências da Natureza foi construído com base nos conhecimentos que
resultam dos processos de investigação/pesquisas científicas, sendo a Ciência o resultado de
uma indagação, que leva a uma busca de respostas para questionamentos realizados perante:
fenômenos naturais, sobre o que acontece com o ser humano, sobre origens etc., numa tentativa
de entender seus processos.
Neste sentido, pode-se inferir que pensar, perguntar, questionar, são ações inerentes ao
ser humano e, cabe à escola, estimular esse aspecto bem como promover situações de
aprendizagem que promovam a investigação, pois são fundamentais para desenvolver
habilidades, tais como, levantamento de hipóteses, argumentação etc. bem como para permitir
a compreensão da Ciência e seus processos.
Inserir pesquisa sobre hábitos de vida e sua relação com o aparecimento de câncer, por
exemplo, com a construção de conhecimento com o viés investigativo, podendo ser iniciado
por meio de uma situação problema, seguida do levantamento de hipóteses pelos estudantes,
bem como sugestões de como testar essas hipóteses, é uma forma de desenvolver habilidades
investigativas.
Nesta abordagem também é importante inserir aspectos presentes numa pesquisa
científica, tais como grupo controle e acompanhamento e registros organizados, prevendo
tempo e dados a serem coletados, que permitam a verificação das hipóteses. É importante que
o professor aproveite esses momentos para referendar a diferença entre fato observado e
opinião, bem como para contribuir para o desenvolvimento da argumentação consistente.
Neste sentido, e considerando o contexto, é importante que se promova uma
aprendizagem de forma que a Ciência possa ser compreendida como uma construção humana
e, como tal, factível de erros, não neutra, ou seja, que influencia e é influenciada por aspectos
históricos, econômicos, sociais e culturais.
Para contribuir com o ensino investigativo, existem artigos e projetos que poderão ser
incorporados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP.
Disponível em <http://www.educacao.sp.gov.br/feiradeciencias> Acesso:31 de outubro de
2018.
Investigando e experimentando…
A organização celular como característica fundamental de todas as formas vivas
Professor(a), as atividades propostas neste bloco possibilitam o desenvolvimento de
habilidades específicas de Biologia e se relacionam com as competências gerais 1 e 2 da BNCC.
É importante frisar que é esperado que o(a) estudante seja capaz de correlacionar ideias
específicas e amplas, prévias e novas, a partir de diferentes caminhos que auxiliem na
elaboração de conceitos.
O que avaliar?
Para dar sequência ao estudo da célula, informamos que a articulação entre o conteúdo
do bimestre a ser estudado a seguir apresenta maior contribuição ao desenvolvimento da
competência geral 1 da BNCC. Nesse sentido, espera-se que o(a) estudante consiga
compreender e reconhecer o processo histórico da construção de conhecimentos, conquistando
autonomia para estudar e aprender em diversos contextos. Dessa forma, segue mais uma
proposta de atividade temática que, acreditamos, contribuirá para a construção de
aprendizagens significativas.
“Quem viu a célula primeiro e como isso foi possível?” (sugerimos registrar as
respostas, nesse caso, lembrando que são livres e servem para verificar se fazem ideia de como
foi construída a teoria celular).
Dando sequência à investigação, sugerimos que apresente mais questionamentos que
possam nortear uma pesquisa sobre o assunto, como, por exemplo:
● Como foi descoberta a existência da célula?
Atividade sobre célula I: Identificar como as células estão organizadas; diferenciar uma
célula procariótica de uma eucariótica; identificar as organelas citoplasmáticas presentes nos
diversos tipos de células e a função que cada uma desempenha dentro da célula. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=39918 Acesso em: 19 de
dez 2018.
Referências
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a
descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102.
GILBERT, J., BOULTER, C. & ELMER, R. (2000). Positioning Models in Science Education
and InDesign and Technology Education. Developing Models in Science Education, 3-17.
Investigando e experimentando…
Caso você, professor(a), tenha optado por essa sequência, agora que foram realizadas as
atividades anteriores propostas, espera-se que o(a) estudante já possua informações básicas
sobre o que é uma célula, tipos celulares, organelas e suas funções. Agora, portanto, seria o
momento de aprofundar o estudo sobre a importância da membrana celular.
Professor(a), para esse trabalho propomos a utilização da apostila “Biologia Celular”
disponível no link http://www.cienciamao.usp.br/dados/pru/biologiacelular.apostila.pdf. Na
unidade 1, são apresentados questionamentos, tais como:
“Por que é importante conhecer a membrana plasmática? Que relação ela pode ter
com as coisas que eu conheço ou que já ouvi falar?”
Apesar dessas questões estarem inseridas em outro contexto neste material, sugerimos
que sejam utilizadas para iniciar os estudos sobre membrana plasmática, pois entendemos que
ajudam a envolver os estudantes com a temática, oferecendo um contexto para as aprendizagens
almejadas.
Para realização de uma atividade sobre permeabilidade da membrana plasmática,
sugerimos:
Procedimentos:
Propomos que a atividade seja realizada em grupo, sendo que cada um deles deve seguir
os seguintes procedimentos:
1. Retirar a casca da batata e cortar três cubos de 2 cm cada.
2. Utilizando uma régua, anotar as medidas do cubo: altura, comprimento e largura.
2.1. Pesar um dos cubos como padrão e anotar.
3. Colocar o sal em um pires, açúcar em outro pires e cobrir bem todos os lados do cubo. Esperar
15 minutos e pesar. Registrar o peso, depois a altura e o comprimento.
4. Retirar o sal da batata lavando-a rapidamente, pesar e refazer as medidas anteriores,
comparando com os primeiros resultados.
5. Anotar todas as medidas em uma tabela para, posteriormente, construir um gráfico
comparando o peso e outro gráfico comparando as medidas.
Tabelas e gráficos:
Professor(a) os links a seguir poderão auxiliar no planejamento das aulas e contribuir para a
melhorar a aprendizagem dos (as) estudantes.
Investigando e experimentando…
Processos de Obtenção de Energia pelos seres vivos
Henrietta Lacks foi uma jovem americana afrodescendente que faleceu em 1951, vítima de um
câncer. Na época, pesquisadores coletaram uma amostra do tumor de Henrietta e, sem seu
consentimento, cultivaram as células cancerosas em laboratório. As características únicas
O filme A Vida Imortal de Henrietta Lacks, portanto, nos convida a refletir sobre
questões éticas na Ciência e sobre avanços científicos, bem como nos possibilita refletir sobre
aspectos sociológicos e filosóficos que envolvem as relações étnico-raciais. Levando em
A seguir, uma proposta de procedimentos para orientar o(a)s estudantes sobre pontos
relevantes a serem observados no filme (as questões podem ser apresentadas previamente ou
logo após a exibição):
- Apontar aspectos que consideraram relevantes no filme;
- Destacar questões da biologia celular apresentadas;
- Como o filme aborda a atitude do médico que utilizou as células sem o
consentimento da Henrietta Lacks?
- Indicar se acreditam que seria diferente caso não se tratasse de uma mulher
afrodescendente e apontar argumentos (articulação com o tema transversal “Relações
Étnicorraciais”);
- Solicite que pensem, considerando o filme, como enxergam a Ciência, o que é
Ciência para ele(a)s, como acreditam que ela é feita e se qualquer pessoa pode fazer
Ciência;
- Convide-os a refletir sobre a questão: vale tudo em nome da Ciência, e de possíveis
benefícios científicos? A ciência é neutra?
Sugerimos que, em parceria com o(a)s demais professore(a)s, se possível, realize com
o(a)s estudantes uma contextualização histórica sobre a época em que se passa o filme para
comparar com os dias atuais, ressaltando a importância de uma postura ética na Ciência.
Para dar sequência aos trabalhos, convidamos você, professor(a), a conhecer uma
atividade sobre Hábitos de vida e sua estreita relação com determinados tipos de cânceres, que
poderá contribuir para desenvolver habilidades específicas de Biologia, articulada às
Competências Gerais 1,2, 7, 8 e 10 da BNCC, e à Competência Leitora. Portanto, é uma
atividade que propõe o exercício de uma leitura cuidadosa.
Ler um texto não é apenas uma forma de alcançar informação, mas uma possibilidade
de nos tornarmos mais críticos e capazes de considerar diversos lados de uma situação (SOLÉ,
2018). Sendo assim, conforme destaca a autora, entendemos que há necessidade de uma
intervenção específica no processo de leitura escolar. Por isso, o papel do(a) professor(a) é
essencial.
Ao apresentar um texto ao(a) estudante, SOLÉ (2018) ressalta que é preciso planejar
estratégias específicas de leitura para ensinar aos estudantes a lidar com as atividades de leitura
de cada disciplina, além disso, destaca a importância de ter objetivos claros. Por isso,
enfatizamos a importância da Competência Leitora no ensino de Biologia, uma vez que poderá
contribuir para que, entre outras coisas, o(a)s estudantes sejam capazes de diferenciar fatos de
opinião, interpretar dados e informações, desenvolver um olhar crítico diante de um problema
e, desse modo, tomar decisões mais conscientes.
Segue uma sugestão de atividade que poderá contribuir para atender esta proposta.
Objetivo: Reconhecer que os hábitos de vida têm estreita relação com diversos tipos de câncer,
ressaltando a importância da prevenção e do tratamento da doença.
Etapa 1
Professor (a), neste momento, sugerimos que proponha a(o)s estudantes um jogo de
Mitos e Verdades sobre o câncer. Este jogo possibilitará o levantamento de conhecimentos
Mulheres que já tiveram muitos parceiros sexuais estão mais propensas ao câncer de colo
do útero.
Mito - O sexo sem proteção adequada é um fator de risco para contrair inúmeras doenças
sexualmente transmissíveis, entre elas o HPV, intimamente relacionado ao câncer de colo de
útero. Entretanto, existem pacientes que tiveram apenas um parceiro e desenvolveram tumores.
Não há relação com a quantidade de parceiros e propensão ao aparecimento de câncer, mas sim,
com o sexo sem proteção.
Procedimentos:
Etapa 1
● Apresente as afirmações aos estudantes sem as respostas, podendo utilizar os seguintes
recursos: lousa, slides, papel pardo etc., (acrescente outras afirmações, se considerar
necessário);
● Divida a turma em grupos;
● Dê a seguinte comanda: leiam as afirmações, dialoguem no grupo e preparem uma
apresentação para o coletivo, com o que consideram como mito ou verdade (combine um tempo
para execução da tarefa);
● Em seguida, peça que cada grupo socialize suas respostas para toda turma;
Referências
Para a sistematização dos conhecimentos deste bimestre, após a realização dos estudos,
sugerimos que ofereça aos estudantes um desafio: solicite que construam um mapa conceitual
para sistematizar os conhecimentos construídos no decorrer do bimestre.
Segundo Moreira (2005, p. 01), “Mapas conceituais são diagramas de significados, de
relações significativas; de hierarquias conceituais, se for o caso. Isso também os diferencia
das redes semânticas que não necessariamente se organizam por níveis hierárquicos e não
obrigatoriamente incluem apenas conceitos. Mapas conceituais também não devem ser
confundidos com mapas mentais que são livres, associacionistas, não se ocupam de relações
entre conceitos, incluem coisas que não são conceitos e não estão organizados
hierarquicamente”.
Moreira (2005), nos chama atenção para diferença entre mapas mentais, que são livres
e não tem preocupação com conceitos, e mapas conceituais, que buscam relações significativas,
por vezes, uma hierarquia conceitual. Portanto, segundo o autor, o mapa conceitual deve
evidenciar quais são os conceitos mais importantes no contexto e quais os secundários. Por isso,
oriente o(a)s estudantes na elaboração do mapa conceitual, apresente as diferenças entre o mapa
mental construído no início do bimestre e a proposta de fechamento para este momento.
Ressaltamos que não existe um modelo pronto e ideal de mapa conceitual para cada
termo. Cada estudante poderá construir o seu mapa conceitual e estabelecer as relações de
acordo com sua compreensão. Por isso, ao avaliar, reflita sobre alguns pontos, por exemplo: Os
conceitos mais importantes estão em destaque? É possível interpretar sem que o estudante
precise explicar? Há relação entre os conceitos apontados? Conseguiram apresentar
termos estudados em diferentes momentos do bimestre? Entre outras questões que
considerar importantes para este momento de avaliação.
Avaliação
Recuperação
Referência
MOREIRA, M. A. Mapas Conceituais e Aprendizagem Significativa. 2012. Disponível em:
http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/pe_Goulart/Material_de_Apoio/Referencial%20Teorico%20-
%20Artigos/Mapas%20Conceituais%20e%20Aprendizagem%20Significativa.pdf (acesso em
06 dez. 2018).
● Resolução SE 93, de 8-12-2009 :Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo
II do ensino fundamental e do ensino médio, das escolas da rede pública estadual.
Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/93_09.HTM Acesso em: 19 de dez 2018.
Competência 9. Exercitar a
empatia, o diálogo, a resolução de
conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e
Esta tabela foi construída com o propósito de explicitar as aprendizagens almejadas para
o primeiro bimestre no que se refere a conteúdos conceituais e habilidades a serem
desenvolvidas em Biologia, associando a competências gerais da Base Nacional Curricular
Comum (BNCC), que, entendemos, estão mais diretamente articuladas ao que está sendo
trabalhado e que indicam elementos a serem incorporados durante o desenvolvimento das
aprendizagens previstas.
Sendo assim, temos a primeira coluna apresentando a temática e os conteúdos
específicos da biologia e a segunda coluna com as habilidades a serem desenvolvidas a partir
desses temas, conforme previsto no Currículo do Estado de São Paulo. Na terceira coluna,
inserimos as competências gerais da BNCC correspondentes, no caso, entendemos que seriam
as competências 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 10.
Associar o currículo com as competências gerais tem como objetivos: 1. tratar da
transição para o Novo Ensino Médio; 2. incluir e avaliar aspectos importantes que precisam ser
contemplados para uma formação integral de nosso(a)s estudantes. A seguir, tecemos alguns
comentários visando o reconhecimento de pontos contemplados pelas expectativas previstas no
Currículo do Estado de São Paulo para o primeiro bimestre de biologia e elementos presentes
nas Competências da BNCC a serem incorporados, conforme segue:
Combinados
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para que o(a)s
estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que gostariam de
esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a corresponsabilidade pelo
processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas relacionados que sejam do
interesse do(a)s estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que comprometidas com
a aprendizagem a que o(a)s educandos têm direito. Registre todas as contribuições e
questionamentos e justifique sempre que não for possível incorporar uma proposta. Dessa forma,
o(a)s estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui também para melhoria da relação
professor(a)-aluno(a).
O que é o brainstorm?
É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto
e "storm", que significa tempestade.
O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias instituições como uma técnica para
resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e
para estimular o pensamento criativo.
A técnica de brainstorm propõe que um grupo de pessoas se reúnam e utilizem seus pensamentos e
ideias para que possam chegar a um denominador comum, a fim de gerar ideias inovadoras que
levem um determinado projeto adiante. Nenhuma ideia deve ser descartada ou julgada como errada
ou absurda, todas devem estar na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no processo,
para depois evoluir até a solução final.
Para uma sessão de brainstorm devem ser seguidas algumas regras básicas: é proibido debates e
críticas às ideias apresentadas, pois causam inibições, quanto mais ideias melhor; nenhuma ideia
deve ser desprezada, ou seja, as pessoas têm liberdade total para falarem sobre o que quiserem; para
o bom andamento, deve-se reapresentar uma ideia modificada ou combinação de ideias que já foram
apresentadas; por fim, igualdade de oportunidade - todos devem ter chance de expor suas ideias.
Neste caso, a proposta é realizar um levantamento das ideias prévias que o(a)s estudantes já trazem
sobre a temática que será estudada.
Para ampliar a compreensão sobre essa exuberância da vida na Terra permita ao(a)
estudante vivenciar/visualizá-la colocando-o(a) em contato com imagens, vídeos ou estudo de
campo na escola ou em seu entorno. No caso de estudo de campo, sugerimos que solicite aos
estudantes que tirem fotos das espécies que observaram, identificando o local. Por exemplo:
espécies observadas no jardim da escola (sequência de fotos, com legenda); espécies
Uma outra possibilidade para sensibilizar o(a)s estudantes sobre Biodiversidade seria
apresentar o vídeo “Bio é vida - A diversidade de seres vivos” (Vídeo UNICAMP). O vídeo
da série “Seres Vivos” apresenta a diversidade de organismos, fazendo relações entre as
características de várias espécies de animais e o meio em que vivem. Vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mr45_Yu2xos (acesso em 13/12/2018).
Dentre as competências gerais da BNCC, pode-se inferir que cabe ao(a) professor(a)
construir e/ou aplicar situações de aprendizagem (SA) de modo que o(a) estudante possa
exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (Competência 2).
Nesse sentido, entendemos que toda aprendizagem é o resultado de um processo
educativo, que pode ser desenvolvido sob diversas e diferentes abordagens e etapas, ou
momentos. Contudo, a forma como se propõe o desenvolvimento pedagógico determina a
qualidade das aprendizagens, bem como se serão aprimoradas habilidades e competências; se
o(a)s estudantes serão capazes de inferir opiniões fundamentadas, aplicar os conhecimentos
adquiridos para soluções de problemas do seu dia a dia, se serão capazes de reconhecer e/ou
elaborar proposições para outras formas de ser e viver nas sociedades, de ter olhar crítico sobre
a produção científica e suas implicações, entre outros aspectos fundamentais.
O ensino na área de Ciências da Natureza foi construído com base nos conhecimentos
que resultam dos processos de investigação/pesquisas científicas, sendo a ciência o resultado
de uma indagação, que leva a uma busca de respostas para questionamentos realizados: sobre
fenômenos naturais, sobre o que acontece com o ser humano, sobre a origem e a diversificação
da vida na Terra etc., numa tentativa de entender e explicar os padrões e processos que ocorrem
em nosso mundo e fora dele.
Nesse sentido, pode-se inferir que pensar, perguntar, questionar são ações inerentes ao
ser humano e, cabe à escola estimular esse aspecto, bem como promover situações de
aprendizagem que promovam a investigação, pois são fundamentais para desenvolver
competências tais como levantamento de hipóteses, argumentação, formulação de conclusões,
bem como para permitir a compreensão da natureza da ciência e seu funcionamento.
Dessa forma, um sujeito alfabetizado cientificamente possui: 1. compreensão básica de
termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais e a importância deles; 2.
compreensão da natureza da ciência e dos fatores éticos e políticos que circundam sua prática;
3. entendimento das relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente
(SASSERON & CARVALHO, 2008).
Nessa abordagem também é importante inserir aspectos metodológicos presentes em
pesquisas científicas, tais como grupo controle e acompanhamento e registros organizados,
prevendo tempo e dados a serem coletados, que permitam a verificação das hipóteses. É
importante que o(a) professor(a) aproveite esses momentos para referendar a diferença entre
Para contribuir com o ensino investigativo, existem programas e projetos que poderão
ser incorporados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP.
Disponível em <http://www.educacao.sp.gov.br/feiradeciencias> Acesso em 31 de outubro de
2018.
Indicação de material sobre Método Científico para uso do(a) professor(a):
http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/metodologia/Apostila/CAP02PG.pdf
Para buscar responder às questões que nortearam o diálogo inicial e resolver a situação
proposta, sugerimos que divida a turma em grupos (critério de escolha a definir com o(a)s
estudantes), sendo que cada grupo ficará responsável por esclarecer uma parte da situação em
investigação descrita no quadro, apresentando possíveis soluções a partir dos temas propostos
a seguir. E, como um produto, sugere-se a elaboração de um painel coletivo, que contará com
as contribuições de todos os grupos, num exercício de um trabalho em colaboração.
Grupo 2. Ao viajar por uma rodovia podemos pensar: Quantos animais morrem todos
os anos nas rodovias brasileiras? O grupo terá como objetivo sensibilizar o(a)s demais
estudantes para o problema do atropelamento e discutir os motivos.
Proponha para o grupo a elaboração de uma maquete (que comporá o painel coletivo)
representando a rodovia, cortando um trecho de mata de sua região (retratar o bioma) e
incorporar na maquete placas com silhuetas de animais (a placa segue um padrão internacional
e representa os animais que vivem nas diversas regiões do Brasil). Confira algumas placas
exclusivas que indicam a presença de animais silvestres no entorno da rodovia neste jogo.
Neste momento é importante orientar o(a)s estudantes para destacarem as regras básicas
de segurança que são definidas por meio de sinalização de pista: faixas no chão de proibido
ultrapassagem e placas de direção, indicação (placas verdes) e atenção (travessia de animais
silvestres). Um dos problemas comuns em estradas e rodovias que podem causar acidentes
graves é a presença de animais atravessando a pista em determinadas localidades.
Oriente o grupo para pesquisar e buscar informações sobre: presença de animais
silvestres na rodovia, atropelamento de animais na pista, áreas verdes ao lado das rodovias,
presença de monoculturas, corredores de fauna.
Na reportagem - “475 milhões de animais morrem todos os anos nas rodovias
brasileiras” é possível consultar gráficos, conhecer as placas de sinalização, conhecer o
atropelômetro - instrumento que utiliza dados atualizados em tempo real. Este programa estima
Grupo 5. Como é a convivência dos animais e as pessoas nas áreas urbanas e nas áreas
rurais? Quais animais encontramos no ambiente urbano? E no ambiente rural? Os
mesmos animais ocorrem nos dois ambientes? Quais animais são domésticos e quais são
silvestres?
Professor(a), sugerimos apresentar ao grupo diferenças entre o que consideramos
animais silvestres e animais domésticos. A proposta para este grupo será analisar porque
algumas pessoas possuem animais silvestres em casa, como jabuti, papagaio, periquito, iguana,
entre outros, bem como as possíveis implicações dessa atitude.
Grupo 6. E nós com isso? Nós, cidadãos comuns, possuímos alguma responsabilidade no
processo de preservação e conservação das áreas naturais?
Este grupo ficará com a responsabilidade de pesquisar e dialogar sobre as possibilidades
de se fazer preservação e conservação; e motivar o(a)s demais estudantes a tomadas de atitude
em prol do meio ambiente e, especificamente, da biodiversidade.
Para realizar esse trabalho, o grupo poderá pesquisar reportagens que relatam casos bem
sucedidos de preservação e conservação de espécies e/ou da biodiversidade, organizações
governamentais e não governamentais que atuam na área de preservação, movimentos
socioambientais, entre outros, sempre com o intuito de verificar possibilidades de ações que
possam ser feitas pelo(a)s próprios estudantes para contribuir.
Dicas:
Animais silvestres que foram extintos e reintroduzidos na região por instituições de
pesquisa e conservação. Quem realiza a conservação biológica são profissionais e instituições
específicas. A reportagem - Extintas por causa da caça predatória e do desmatamento,
espécies nativas da Floresta da Tijuca são reintroduzidas em seu habitat. Disponível em
Após todo esse envolvimento com a diversidade de espécies, entendemos que, para dar
sequência às aprendizagens que se pretende para este bimestre, é importante questionar o(a)s
No site a seguir, entre outras, você encontrará proposta de atividade sobre sistemas de
classificação dos seres vivos:
http://www.cdcc.usp.br/experimentoteca/medio_biologia.html
Para contribuir com os estudos sobre definição de espécie, sugerimos consultar:
http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/VADefiningSpecies.shtml
Investigando e experimentando...
Existem vários modelos de fichas de catalogação das plantas. Como sugestão segue um
modelo de uma ficha de coleta:
Modelo de ficha de coleta
Classificação do vegetal:
Nome
científico:________________________________________________________________________
__
Nome popular:
___________________________________________________________________________
Coletado
por:____________________________________________________________________________
Data da
coleta:__________________________________________________________________________
_
Local da
coleta:__________________________________________________________________________
_
Características do
local:____________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______
Herbário online: um espaço para pesquisar as espécies coletadas para o herbário da escola
O Brasil agora tem um herbário virtual com mais de 2 milhões de espécimes vegetais,
com acesso público. A coleção de plantas está online, depois de um trabalho de digitalização
iniciado em 2010 e desenvolvido por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. O objetivo é que,
em 2020, o acervo contemple toda a flora brasileira com espécies descritas, ilustradas e
identificadas. Explore com o(a)s estudantes essa inovação - atualmente todo material biológico
(exsicatas) são digitalizadas e arquivadas.
Para o trabalho de digitalização, as exsicatas são fotografadas em uma estação especial
criada para auxiliar no projeto. Depois, são acrescentados dados referentes à espécie em um
sistema padronizado. Participam desta tarefa pesquisadores e estudantes que estão em território
nacional e no exterior, permitindo, assim, a divulgação científica e a ampliação do
conhecimento. Nesse sentido, sugerimos que oportunize ao(a)s estudantes conhecerem e
explorarem o herbário online, disponível em:
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ConsultaPublicaUC.do
#CondicaoTaxonCP (acesso em 14.12.2018).
É comum, ainda nos dias de hoje, encontrarmos nos livros e outros materiais didáticos,
a classificação dos organismos vivos em cinco reinos: Reino Monera, Reino Protista, Reino
Fungi, Reino Plantae e Reino Animalia. Atualmente sabe-se que essa classificação apresenta
algumas falhas e que alguns reinos já não são mais considerados. Sendo assim, mantemos os
estudos considerando os cinco reinos, mas trazendo à tona também a classificação dos seres
vivos mais aceita atualmente.
A classificação bastante aceita nos dias atuais é aquela que compreende uma categoria
acima de reino: os domínios. Essa classificação foi proposta por Carl Woese, em 1977, e baseia-
se em dados de filogenia molecular. De acordo com Woese, os seres vivos podem ser agrupados
em três domínios: Domínio Archaea, Domínio Bactéria e o Domínio Eukarya.
● Objetivo do jogo:
- Classificar os seres vivos presentes em figuras de acordo com critérios de livre escolha e critérios
usualmente estabelecidos para a classificação, no caso, primeiramente, considerando os 5 reinos e,
a partir dessa classificação, orientá-los quanto à classificação de acordo com os três domínios.
● Material:
- Figuras de representantes dos 5 reinos (Monera, Protista, Fungo, Animal e Plantas) - podem ser
recortados de revistas/jornais, encartes ou impressos. Se preferir, solicite a pesquisa de seres vivos
encontrados na localidade/região, sempre de modo a garantir a inclusão de representantes dos cinco
reinos.
● Procedimentos:
1. Permitir que o(a)s estudantes formem pequenos grupos.
2. Distribuir figuras dos representantes dos 5 reinos para todos os grupos.
3. Solicitar que o(a)s estudantes elaborem critérios para agrupar as figuras. Ele(a)s deverão
nomear cada grupo formado e anotar quais foram os critérios utilizados para o agrupamento. Em
seguida deverão apresentar para o(a)s demais membros da turma.
Observação: É importante que, durante a apresentação, o debate seja aberto, permitindo assim
que o(a)s integrantes dos demais grupos possam questionar sobre o que está sendo apresentado,
sugerir alterações, fazer correções, etc. Esse tipo de ação propicia o desenvolvimento da
oralidade, da argumentação, da colaboração e da aprendizagem participativa.
REINO
REPRESENTANTE
CARACTERÍSTIC
AS
DOMÍNIOS
REPRESENTANTE
CARACTERÍSTIC
AS
No site “Império biológico”, indicamos o vídeo, conforme link abaixo, de pouco mais
de 4 minutos que contribui para a compreensão de como realizar a leitura de diferentes
representações de árvores filogenéticas. Importante para ampliar a competência leitora de
esquemas, bem como para preparação para o ENEM e vestibulares.
https://www.youtube.com/watch?v=lCat7e7zwcM
Ampliando o conhecimento…
Recomendamos uma atividade investigativa para ser feita em grupos de três a quatro
pessoas, idealmente, durante duas a quatro aulas ou como exercício complementar. Os
estudantes devem ser instigados, inclusive, a pesquisar maiores detalhes sobre os animais
estudados. Essa atividade pode ser acessada no link
http://lopespl.blogspot.com/2017/07/sistematica-de-dinosauria.html. (acesso em 12.12.2018).
Oriente os alunos a pesquisarem a visão mais antiga de evolução dos hominídeos e a
visão atualmente aceita com base na árvore filogenética, para comparação e compreensão do
processo de produção científica.
Avaliação em processo…
Recuperação
A recuperação em sala de aula necessita acontecer assim que o professor perceber e
constatar a dificuldade do(a) estudante, visto que nem todos(as) aprendem da mesma maneira
e ao mesmo tempo. Deve ser oferecida ao longo do processo ensino e aprendizagem, revendo
as práticas que foram oferecidas para adequá-las. Professor (a), se não sanar logo as
dificuldades que o(a)s estudantes apontam, elas se somam, acumulam e geram novas
dificuldades, danos na aprendizagem que poderão ser irreparáveis. As práticas de recuperação
estão atreladas, diretamente, a avaliação, pois é através desta ferramenta “avaliação” que se têm
a estimativa da concepção da aprendizagem do(a) estudante.
Professor(a), orientamos, portanto, que, quando for diagnosticado que alguns estudantes
apresentam dificuldades, você prime por retomar as habilidades, utilizando novas estratégias,
iniciando ou intensificando as que já foram utilizadas. O processo de recuperação poderá ser
realizado por meio de atendimento individual, em duplas, utilização de monitores, solicitação
de tarefas, agrupamentos produtivos, entre outros procedimentos pedagógicos que julgar
pertinentes.
Profissões envolvidas
Desta forma, sugerimos que você busque fortalecer as relações interdisciplinares com
os componentes curriculares da área e entre as outras áreas do conhecimento, porém sem perder
o enfoque próprio do componente Física. Busque contextualizar os conteúdos para torná-los
significativos aos estudantes, procure fomentar a participação ativa, cooperativa e responsável
e, também, instigue a autonomia e o pensamento crítico e criativo, utilizando, para alcançar
cada um desses propósitos, as práticas de ensino que sejam mais adequadas às características
de sua(s) escola(s).
CALOR, AMBIENTE • Identificar fenômenos, fontes e sistemas que envolvem calor para a 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
E USOS DE ENERGIA escolha de materiais apropriados a diferentes usos e situações. historicamente construídos sobre o mundo
• Identificar e caracterizar a participação do calor nos processos físico, social, cultural e digital para entender e
Calor, temperatura e naturais ou tecnológicos. explicar a realidade, continuar aprendendo e
fontes • Reconhecer as propriedades térmicas dos materiais e sua influência colaborar para a construção de uma sociedade
• Fenômenos e sistemas nos processos de troca de calor. justa, democrática e inclusiva.
cotidianos que envolvem • Reconhecer o calor como energia em trânsito. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e
trocas de calor. • Estimar a ordem de grandeza de temperatura de elementos do recorrer à abordagem própria das ciências,
• Controle de temperatura cotidiano. incluindo a investigação, a reflexão, a análise
em sistemas e processos • Propor procedimentos em que sejam realizadas medidas de crítica, a imaginação e a criatividade, para
práticos. temperatura. investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
• Procedimentos e • Identificar e caracterizar o funcionamento dos diferentes formular e resolver problemas e criar soluções
equipamentos para termômetros. (inclusive tecnológicas) com base nos
medidas térmicas. • Compreender e aplicar a situações reais o conceito de equilíbrio conhecimentos das diferentes áreas.
• Procedimentos para térmico. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
medidas de trocas de • Explicar as propriedades térmicas das substâncias, associando-as ao ou visual-motora, como Libras, e escrita),
energia envolvendo calor conceito de temperatura e à sua escala absoluta, utilizando o modelo corporal, visual, sonora e digital, bem como
e trabalho. cinético das moléculas. conhecimentos das linguagens artística,
• Identificar as propriedades térmicas dos materiais nas diferentes matemática e científica, para se expressar e
Propriedades térmicas formas de controle da temperatura. partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e
o CClima e Aquecimento:
EQUIPAMENTOS • Identificar a presença da eletricidade no dia a dia, tanto em 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
ELÉTRICOS equipamentos elétricos como em outras atividades. historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a
• Classificar equipamentos elétricos do cotidiano segundo a sua
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
função.
Circuitos elétricos construção de uma sociedade justa, democrática e
• Caracterizar os aparelhos elétricos a partir das especificações inclusiva.
• Aparelhos e
dos fabricantes sobre suas características (voltagem, potência,
dispositivos 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
frequência etc.), reconhecendo os símbolos relacionados a cada
domésticos e suas abordagem própria das ciências, incluindo a
grandeza.
especificações investigação, a reflexão, a análise crítica, a
elétricas, como • Relacionar informações fornecidas pelos fabricantes de imaginação e a criatividade, para investigar causas,
potência e tensão de aparelhos elétricos a propriedades e modelos físicos para elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
operação. explicar seu funcionamento. problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• Modelo clássico de • Identificar e caracterizar os principais elementos de um circuito
propagação de elétrico simples. 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
corrente em sistemas visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
• Relacionar as grandezas mensuráveis dos circuitos elétricos
resistivos. visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
com o modelo microscópico da eletricidade no interior da
das linguagens artística, matemática e científica, para
• Avaliação do matéria.
se expressar e partilhar informações, experiências,
consumo elétrico
residencial e em outras
Diante dos desafios enfrentados nos dias de hoje, a Química torna-se um instrumento
fundamental, da área das Ciências da Natureza, na consolidação da formação integral humana.
A apropriação da Química pelos estudantes, os qualifica para as mais variadas circunstâncias
da vida, inclusive no mundo do trabalho, amplia os horizontes culturais, promove valores
humanos ao fornecer condições para a interpretação da realidade e dos fenômenos físicos e
químicos, além de fortalecer a autonomia, a percepção crítica, a tomada de posição e a resolução
de problemas em contextos reais.
Desta forma, é necessário que a escola utilize recursos didáticos que priorizem a
alfabetização científico-tecnológica, como uma condição da educação integral e inclusiva, que
acolha as diversidades e que seja comprometida com o projeto de vida dos alunos, com vistas
ao exercício pleno da cidadania. Estes recursos didáticos precisam promover e fortalecer a
participação dos alunos como corresponsáveis pela sua aprendizagem. As temáticas devem
responder aos desafios que os alunos vivem, de forma significativa e contextualizada, para
ampliar a consciência socioemocional, a comunicação, a disseminação de ideias e informações
e, principalmente, promover nos educandos a produção de conhecimentos, a autoria.
Para tanto, faz-se necessário utilizar métodos de ensino compatíveis e adequados para
o alcance desses objetivos. Desenvolver práticas pedagógicas que não se limitem a experiências
demonstrativas ou laboratoriais, mas que envolvam percepções da realidade, onde a
participação dos alunos seja prioridade. Para atingir esses objetivos, este material de apoio foi
desenvolvido considerando os princípios do Ensino Investigativo, que pode ser um alicerce para
os desdobramentos nos estudos das ciências atuais.
Em linhas gerais, o ensino investigativo, toma como ponto de partida uma situação-
problema que irá instigar a curiosidade dos alunos. Para tanto, deve-se sugerir a observação de
um fenômeno que necessita de uma explicação, dentro de um contexto da realidade e que seja
socialmente importante. É necessário também levantamento de conhecimentos prévios
(diagnóstico), elaboração de hipóteses iniciais sobre os fenômenos em estudo e realização de
pesquisas e/ou experimentos para coleta de dados. Estas hipóteses então, poderão ser testadas
de diversas maneiras e discutidas para a elaboração de conclusões. Desta forma,
gradativamente, os alunos assumem um processo ativo de aprendizagem, pois serão
responsáveis pela elaboração das hipóteses e dos procedimentos, pela análise e reflexão, pela
reelaboração das hipóteses, pela conclusão/resolução da situação-problema e pela divulgação
dos resultados. O professor poderá dividi-los em grupos para o desenvolvimento das atividades
e/ou projetos, para incentivo do trabalho coletivo. Cada grupo poderá se dedicar em um dos
aspectos sugeridos, que serão definidos conjuntamente, entre o professor e os alunos.
Bom trabalho!
1ª Série
Quadro do Currículo do Estado de São Paulo e BNCC:
A - Orientações:
As etapas 1 e 2 poderão ser abordadas conjuntamente, iniciando-se os estudos com a
plantação e colheita da cana-de-açúcar, passando pelo processo de moagem, tratamento do
caldo e obtenção do melaço.
Nessas etapas, os professores poderão abordar e refletir com os alunos sobre as
condições de trabalho no campo, os cuidados com a terra, os processos de plantação e de
colheita da cana-de-açúcar. Na indústria, conhecer o processo da moagem, cujo objetivo é
separar o bagaço do caldo, que é tratado com aquecimento, a fim de eliminar possíveis
contaminantes e obter o melaço.
O professor também poderá trabalhar a importância da produção de etanol para a
economia do Brasil, a primazia em relação aos outros países e algumas informações e dados da
produção, como o rendimento e os custos envolvidos, que evidenciam essa vantagem mundial.
B - Estratégias:
A partir da apresentação do esquema do processo de obtenção do etanol, o professor
poderá apresentar os temas/conteúdos a serem desenvolvidos e as situações-problema, com o
intuito de explorar os conhecimentos prévios dos alunos, dando início ao processo investigativo.
Situação-problema:
1. Qual é a matéria-prima utilizada para a produção de etanol?
2. Qual a importância da produção de etanol para o Brasil?
3. O Brasil é um bom produtor de etanol? Por quê?
4. Quais vantagens o Brasil tem em relação aos outros países sobre o custo de produção
de etanol?
Observação: Nesse momento, é importante que os alunos iniciem o registro das hipóteses.
Após o levantamento inicial, recomenda-se a utilização de vídeos da série Etanol sem
Fronteira que abordarão o processo de produção de etanol, desde a plantação até o produto
final, para orientar aos alunos sobre o foco de suas pesquisas.
Vídeos:
1. Etanol Sem Fronteira - episódio 1. De onde vem o etanol? Como é o plantio da
cana? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-
WDYCDTHhI&list=PL6EA9B4FD5C83A0B9&index=1. Acesso em: 13 nov.2018.
2. Etanol Sem Fronteira - episódio 2. O que muda com a tecnologia no
campo? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=7EJ_TE5ER2U&list=PL6EA9B4FD5C8
3A0B9&index=2
Acesso em: 13 nov. 2018.
3. Etanol Sem Fronteira - episódio 3. Como a cana-de-açúcar vira
etanol? Disponível em:
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/como-a-cana-de-
acucar-vira-etanol/ Acesso em: 13 nov. 2018.
Durante ou após os vídeos o professor poderá fazer alguns questionamentos, ressaltando
alguns pontos importantes na plantação, colheita da cana-de-açúcar e produção do etanol, com
o foco nos conteúdos a serem desenvolvidos nessa etapa. Diante disso, poderá promover
momentos de discussão em que os alunos apresentarão as suas observações e considerações.
Para aprofundar o tema, o professor poderá solicitar aos alunos (em grupo) uma pesquisa
sobre a importância da produção de etanol para o Brasil, levando em consideração os aspectos
políticos, econômicos, sociais e ambientais, sendo que cada grupo abordará um deles. É
importante que o professor dê abertura para os alunos apresentarem suas ideias por meio de
diferentes estratégias como seminário, debate, roda de conversa, etc. Ainda, com a finalidade
de sistematizar a pesquisa, os alunos poderão construir um quadro, contemplando os aspectos
citados acima e destacando os pontos relevantes em relação às vantagens e desvantagens da
produção de etanol.
Ao final dessa etapa, é relevante que os alunos retomem as suas hipóteses e
concluam/resolvam as situações-problema.
C – Expectativas - Habilidades desenvolvidas:
Espera-se que os alunos compreendam o processo de produção de etanol e sua
importância para o país, avaliem os aspectos gerais que influenciam nos custos da produção do
etanol e os impactos ambientais e sociais do processo no Brasil.
A - Orientações:
Na terceira etapa, o professor poderá abordar o processo de fermentação alcoólica do
mosto: a enzima (invertase), encontrada nas leveduras (Saccharomyces cerevisiae), que são
adicionadas ao mosto, converte a sacarose (C 12H22O11) em glicose (C6H12O6) e em frutose
(C6H12O6), que por meio da ação da outra enzima (zimase), também presente na levedura, são
transformadas em etanol (C2H5OH) e gás carbônico (CO2), com a liberação de energia térmica.
Essas transformações são representadas pelas seguintes equações:
B - Estratégias:
Nessa etapa, o professor poderá apresentar os temas/conteúdos envolvidos, bem como,
as seguintes situações-problema:
1. O que é fermentação?
2. O que é necessário para que aconteça uma fermentação?
3. É possível produzir etanol utilizando diferentes matérias-primas?
C - Habilidades envolvidas:
Ao final da terceira etapa, espera-se que os alunos, por meio do processo de fermentação
alcoólica, identifiquem a ocorrência das transformações químicas a partir das evidências
macroscópicas (formação de gás carbônico, mudanças de temperatura etc.) e conheçam os
aspectos gerais (matérias-primas envolvidas, produtos obtidos), para a compreensão de todo o
processo. Espera-se ainda que os alunos verifiquem e classifiquem essas transformações como
endotérmicas e exotérmicas, revertíveis ou irrevertíveis, bem como, reconheçam a importância
da utilização desse processo no dia a dia e no sistema produtivo.
Etapa 4 - Destilação
A - Orientações:
Na quarta etapa da destilação, o professor poderá trabalhar os processos de separação
de substâncias contemplando os métodos utilizados na produção de etanol. Tais como, observar
o processo de ventilação usado para a separação da palha da cana-de-açúcar na colheita; a
separação magnética ocorrida após a lavagem da cana com o objetivo de retirar os materiais
ferrosos e componentes metálicos; a peneiração do caldo para retirar as impurezas; a decantação
do caldo com a formação do lodo; a destilação do vinho fermentado para aumentar o teor
alcoólico para 96%. Outros processos que envolvem o dia a dia do aluno também poderão ser
acrescentados, a fim de contextualizar o tema, como: filtração, catação, decantação,
cristalização, etc.
B - Estratégias:
Para o desenvolvimento da etapa quatro, o professor poderá começar a aula com a
apresentação do tema e da situação-problema proposta.
Situação-problema:
1. Como é possível obter etanol 96°GL (4% de água e 96% de etanol)?
2. Como é possível obter etanol puro (100%)?
É importante que o professor faça a retomada de conceitos como os processos de
separação de misturas que os alunos conhecem e que fazem parte do seu dia-a-dia. Os alunos
poderão registrar suas hipóteses e observações.
Depois, o professor poderá rever o processo de produção de etanol, com o apoio de
alguns vídeos e textos já trabalhados nas etapas anteriores, a fim de que os alunos verifiquem
os métodos de separação, aplicados durante a produção.
Para um aprofundamento e maior compreensão do processo de destilação, recomenda-
se a leitura do texto de Liebmann (1956), disponível no quadro 2, que traz uma abordagem
histórica do processo de destilação, a partir da evolução de montagens e utensílios. Nesse texto,
há também a sugestão de uma atividade prática para os alunos construírem o seu próprio
destilador, utilizando materiais do seu cotidiano. É fundamental que os alunos registrem as
suas observações e considerações.
Texto: Química Nova Escola. Destilação: uma sequência didática baseada na História da
Ciência. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_2/06-RSA-23-17.pdf. Acesso
em: 13 nov.2018.
Para complementar o estudo, o professor poderá solicitar uma pesquisa aos alunos sobre
a obtenção de etanol puro (100%) e outra sobre a produção de açúcar com o intuito de
reconhecerem os processos de separação envolvidos.
Ao final desta etapa, os alunos retomarão as situações-problema, as hipóteses
levantadas, suas observações e considerações e explanar as conclusões.
C - Habilidades envolvidas:
Espera-se que, ao final dessa etapa, os alunos reconheçam e compreendam os métodos
de separação de substâncias (filtração, catação, decantação, destilação, cristalização, etc.)
utilizados no seu dia a dia e no sistema produtivo. É importante ainda que os alunos avaliem e
escolham métodos de separação de substâncias, por meio das propriedades dos materiais.
B - Estratégias:
O professor poderá começar a aula com a apresentação das situações-problema de forma
dialogada, levando em consideração o conhecimento do aluno sobre o tema “Produção do
Etanol - Qualidade”. É importante que os alunos registrem suas hipóteses e façam suas
anotações durante todo o processo.
Situações-problema:
1. É possível reconhecer as substâncias por meio de suas propriedades?
2. Como verificar a qualidade do etanol?
3. Como são feitos os testes nos postos para a verificação da qualidade do etanol?”
C - Habilidades envolvidas
Espera-se que os alunos compreendam como determinar a qualidade do etanol, por meio
da utilização de densímetros; compreendam também o cálculo das densidades, estimem e
interpretem dados de gráficos e tabelas que envolvem as propriedades de solubilidade,
densidade, temperatura de fusão e de ebulição, com o intuito de identificar e diferenciar
substâncias.
Saiba Mais: Seria interessante que o professor ampliasse alguns temas, como por exemplo,
o Etanol de segunda geração. Sugere-se, portanto, o vídeo abaixo para inserir o assunto com
os alunos, podendo promover uma atividade de aprofundamento. O vídeo trata do seguinte:
Como será o etanol do futuro? Ele apresenta o processo do etanol de segunda geração no
laboratório do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), que aproveita o bagaço da cana-
de-açúcar, garantindo maior produtividade, eficiência e sustentabilidade no ciclo de
produção do biocombustível.
Vídeo: Etanol Sem Fronteira - episódio 5. Como é o etanol do futuro? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FXLgQP0Txp4&index=5&list=PL6EA9B4FD5C83A
0B9
Acesso em: 13 nov.2018.
Importante: O resultado obtido pelo desenvolvimento das cinco etapas sobre o processo
de produção do etanol poderá ser compartilhado com os alunos de outras séries e demais
professores da escola em uma Feira de Ciências ou em outro momento oportuno.
2ª Série
Importante: Na atividade, para apresentar cada uma das 9 etapas do tratamento de água,
sugere-se que o professor promova o desenvolvimento dos temas apontados, nos momentos
adequados, para potencializar, contextualizar e exemplificar ao mesmo tempo os
conhecimentos postos em pauta. Ou seja, em cada uma das 9 etapas, o professor poderá
utilizar-se dos conceitos que ele necessita trabalhar no 1º bimestre, para exemplificar cada
uma delas.
Etapa 1 - Captação: a água é bombeada das represas e passa por uma grade para reter resíduos
grandes.
A - Orientações:
Nesta etapa da captação de água, o professor poderá explorar os conhecimentos prévios
sobre a água de uma maneira geral, adquiridos anteriormente nos estudos e do senso comum
dos alunos. Sabemos que a água é um tema amplo e abrangente, abordado por várias áreas do
conhecimento e sob vários aspectos. Poderá relembrar sobre o ciclo da água, discutir qual água
pode ser consumida e porquê, quais os critérios de potabilidade, além de discutir qual a
importância da água para o ser humano, para a vida de um modo geral e para o planeta. Esse
diagnóstico com os alunos será fundamental para detectar o aprofundamento que será
necessário na abordagem inicial do tema.
B - Estratégias:
Inicialmente o professor poderá apresentar o esquema das etapas do tratamento de água
e realizar uma das duas propostas para diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos:
1. Um Brainstorm sobre quais informações os alunos já possuem sobre este tema, podendo
o professor introduzir algumas ideias iniciais à medida que os alunos façam uma
referência sobre os conceitos.
2. Ou então, para a apresentação das próximas etapas, o professor poderá utilizar o vídeo
a seguir para introduzir os procedimentos do tratamento de água. O vídeo funcionará
como um disparador de ideias e promoverá uma reflexão sobre o consumo e uso
consciente da água. Após o vídeo o professor poderá verificar oralmente qual a
compreensão dos alunos sobre o vídeo apresentado e quais as ideias principais.
Vídeo: Plataforma Currículo+. Sabesp - Tratamento de Água. Disponível em:
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/sabesp-tratamento-da-agua/ . Acesso em: 13
nov.2018.
Utilizando qualquer uma dessas duas sugestões acima, o professor poderá auxiliar os
alunos na elaboração das hipóteses que nortearão a resolução da situação-problema escolhida.
Etapa 2 - Coagulação: nesta etapa, haverá a adição de cal hidratada (hidróxido de cálcio) e
sulfato de alumínio. O objetivo é aglomerar partículas presentes na água, para aumentar o peso
e o volume, permitindo que se depositem no fundo do recipiente, facilitando a separação da
água.
Etapa 3 - Floculação: a água é agitada lentamente, para favorecer a união das partículas de
sujeira, formando os flocos.
Etapa 4 - Decantação: não há agitação da água, portanto os flocos depositam-se no fundo,
separando-se da água.
Etapa 5 - Filtração: a água decantada passa por um filtro de cascalho/areia/antracito (carvão
mineral), onde os flocos não decantados ficam retidos.
A - Orientações:
Os temas que poderão ser trabalhados nas etapas 2, 3, 4 e 5, além de serem importantes
para vários itens da Química, são também para a compreensão dos procedimentos do tratamento
de água. O professor poderá aproveitar estas etapas para demonstrar na teoria e na prática como
estes conceitos aparecem. Para tanto, será necessário propor aos alunos que iniciem suas
atividades investigativas para a resolução da situação-problema.
Nestas atividades investigativas os alunos precisarão compreender o porquê adiciona-
se o hidróxido de cálcio e o sulfato de alumínio nas devidas proporções estequiométricas, para
ocorrer a floculação, possibilitando a retenção das partículas de sujeira, separando-as da água,
por ação da gravidade (decantação). A filtração completa o processo de separação, pois retém
no cascalho/areia/antracito algumas partículas menores que porventura ainda permaneçam na
água e que não decantam. Será também uma oportunidade de rever os conceitos de métodos de
separação de substâncias estudadas no 1º bimestre da 1ª série em Química.
Neste momento da atividade, o professor poderá aprofundar as características e
propriedades da água, como solvente universal, falar sobre a diluição de soluto em solvente e
como calcular suas concentrações. Há a necessidade de fazê-los compreender que a qualidade
da água está diretamente ligada à quantidade de oxigênio dissolvido na água - DBO (Demanda
Bioquímica de Oxigênio). Isto torna-se extremamente útil para aplicar na prática do tratamento
de água.
B - Estratégias:
A partir deste ponto, o professor poderá desenvolver uma das seguintes estratégias:
1 - Em cada etapa, aproveitar a oportunidade para explicar os cálculos que serão
necessários para compreender essas etapas do Tratamento de Água (aula expositiva) e propor
atividades investigativas paralelas.
2 - Ou então, poderá definir com os alunos o que caberá a cada grupo trabalhar ou qual
projeto desenvolver, desde que estejam diretamente ligados ao tema central e complementem
os temas/conteúdos que serão estudados no 1º bimestre. Neste caso, distribuir uma etapa do
tratamento de água para cada grupo de alunos e solicitar a apresentação.
3 - Ou ainda, se o professor preferir, poderá sugerir temas a serem distribuídos entre os
grupos de alunos e trabalhados paralelamente, tais como:
● Experimento de tratamento de água;
● Como é o sistema de abastecimento de água da escola (qual represa, distribuidora, etc.);
● Projeto de construção de sistema de reutilização da água de chuva na escola;
● Rios e córregos da região da escola;
● Consumo sustentável de água na escola;
● etc.
Para o início das atividades investigativas dos grupos, o professor poderá sugerir que
eles realizem pesquisas prévias, utilizando ferramentas de busca da internet, livros e/ou revistas
científicas que tratem sobre o tema e da situação-problema em questão ou dos temas correlatos,
a fim de buscar respostas que indiquem soluções ou estratégias que sanem e/ou melhorem a
situação-problema, com relação ao tema água. Neste caso, pode-se valorizar a autonomia do
aluno em decidir quais os caminhos que ele pode tomar para chegar às suas conclusões auxiliado
pelo professor.
Além da pesquisa, os alunos poderão realizar um diagnóstico da escola e/ou do seu
entorno, para a coleta de dados e informações, com o intuito de construir um histórico que
mapeie a situação atual e real da localidade. As informações, dados, fotos, pesquisas poderão
ser registradas em Relatórios, Diários de Bordo ou Portfólios, que mostram a trajetória do
desenvolvimento dos trabalhos e como chegaram às conclusões apresentadas.
Observação: O Relatório, ou o Diário de Bordo ou o Portfólio poderá ser um dos
instrumentos avaliativos. O professor precisará explicar para os alunos como se constrói cada
um deles.
É importante que o professor distribua os tempos das aulas e das tarefas extraclasses,
juntamente com os alunos, para o desenvolvimento das atividades, bem como, dos
conteúdos/conceitos que serão imprescindíveis para a construção das hipóteses e da busca de
conclusões.
Importante: Trabalhando as etapas do tratamento de água e seguindo-as uma a uma, o
professor poderá tomar como referência as dúvidas que os alunos porventura tenham,
mediante a atividade que estarão realizando. Isto fará com que a atividade esteja
contextualizada com a realidade que os alunos estão vivenciando. As explicações realizadas
pelo professor sobre os conteúdos abordados precisam estar em consonância com as atividades
e vice-versa, em tempo real e concomitante. Sendo assim, considera-se que o interesse e a
atenção dos alunos sejam despertados no mesmo momento em que eles buscam subsídios para
a resolução de suas atividades.
A - Orientações:
Para desenvolver a Etapa 6, o professor poderá trabalhar o tema em parceria com o
professor de Biologia para aprofundamento dos conhecimentos quanto aos agravantes da
presença de microrganismos patogênicos na água e seus padrões apropriados para o consumo
humano.
Os indicadores de contaminação fecal pertencem a um grupo de bactérias denominadas
coliformes, como por exemplo a Escherichia coli. O Ministério da Saúde estabelece que sejam
determinadas a presença de coliformes totais e termotolerantes na água, para verificação de sua
potabilidade. A contagem padrão de bactérias é muito importante durante o processo de
tratamento da água, visto que permite avaliar a eficiência das várias etapas do tratamento.
B - Estratégias:
Um ou mais grupos de alunos da turma podem ser responsáveis por esta etapa e poderão
incluir discussões interdisciplinares, contando com o auxílio do professor de Biologia. Poderá
ser uma oportunidade dos professores de Química e Biologia trabalharem e avaliarem seus
alunos conjuntamente, no desenvolvimento de uma mesma atividade/projeto.
Sugerimos abaixo o Manual Prático de Análise de Água para consulta. Neste manual
são apresentados os testes realizados para quantificar os coliformes e heterótrofos na água, com
técnicas aceitas mundialmente, para verificar a qualidade da água de consumo. Os professores
poderão realizar alguns testes que podem servir para detectar a presença desses microrganismos
e que podem ser realizados com os alunos.
A - Orientações:
Nas etapas 7 e 8, o professor poderá desenvolver temas referentes às características da
água potável com relação à importância da presença do flúor em proporções adequadas para
auxiliar na saúde bucal e também com relação ao pH mais adequado para o consumo e que
favoreça a saúde.
A presença de flúor na água é um assunto que já foi trabalhado na 1ª série do Ensino
Médio em Biologia, principalmente no 3º e 4º bimestres. Portanto, será importante
utilizar/relembrar esses conhecimentos adquiridos, neste momento da atividade e fazer um
paralelo com a disciplina de Química.
Acidez e basicidade das soluções e pH são temas que serão abordados na 3ª série com
maior profundidade, porém, já foram vistos em outros momentos, no decorrer do Ensino
Fundamental e 1ª série do Ensino Médio, de forma superficial, na introdução de temas que
envolvem estas substâncias. O professor poderá falar do teste de pH comentando sobre o valor
adequado para consumo humano.
B - Estratégias:
Pesquisa
O professor poderá solicitar aos alunos que pesquisem sobre a escala de pH, substâncias
ácidas e básicas e também sobre o processo de fluoretação da água.
No caso da verificação da presença de flúor, os testes requerem equipamentos mais
sofisticados e não são disponíveis nas escolas. O professor de Química, juntamente com o
professor de Biologia, poderá sugerir que os alunos pesquisem sobre a fluoretação e discutam
sobre o excesso ou a falta de flúor na água, qual a quantidade ideal permitida para o consumo
humano e quais os benefícios/riscos para a saúde da população. Os alunos poderão debater
ideias mediante as informações que encontrarem sobre o tema.
Poderá solicitar também a pesquisa de objetos digitais de aprendizagem - ODA como
infográficos, vídeos, simuladores, animações, etc., que ilustrem estes temas sem a necessidade
de maiores desdobramentos, pois são conteúdos ainda não aprofundados na disciplina de
Química e nem de Biologia. Os ODA são úteis para a visualização prática e contextualizada
dos temas. O professor poderá sugerir, como complemento das atividades, que os próprios
alunos explanem as conclusões obtidas na observação destes ODA. Abaixo sugerimos cinco
objetos ilustrativos dos temas Ácidos, Bases e pH.
Prática:
O professor também poderá sugerir a seguinte prática: solicitar aos alunos que recolham
amostras de água de diversos pontos da escola para verificar os valores de pH das amostras, por
meio do papel de tornassol e/ou do papel indicador universal de pH.
A - Orientações:
Depois de tratada, a água é armazenada em reservatórios de distribuição em
reservatórios de bairros, estrategicamente localizados, seguindo por tubulações maiores
(adutoras) que entram nas redes até chegar ao consumidor. Estas etapas podem apresentar
oportunidades de ensino de vários conceitos, fomentando uma parceria entre o professor de
Química e o professor de Física, com o intuito de trabalhar com os alunos alguns temas como,
por exemplo, colunas de pressão, ação da gravidade, princípios de hidrostática, etc.
Além disso, na etapa 9, o professor poderá colocar em pauta assuntos que envolvam os
direitos e deveres do cidadão com relação à conscientização do uso racional e sustentável da
água, incentivar hábitos de reuso da água e economia de água de uma maneira geral. O
importante destas ações é a conscientização constante de todos, sobre a necessidade de cuidar
deste bem precioso, a água, com práticas constantes de preservação e economia.
B - Estratégias:
Para trabalhar a reserva e distribuição de água, salientamos a parceria dos professores
de Química e Física. Nessa parceria, os professores poderão sugerir aos alunos que façam
pesquisas utilizando as informações de empresas de saneamento básico, como a Sabesp, por
exemplo, que auxiliarão na compreensão da distribuição de água de uma determinada
localidade.
Além disso, na etapa 9, o professor poderá sugerir aos alunos a realização de debates
voltados para temas de cidadania, baseados na realidade de sua região ou até mesmo do mundo,
com relação à qualidade da água fornecida, valores, deveres e direitos do cidadão e práticas de
incentivo à conscientização do uso racional e sustentável da água.
Poderá solicitar aos alunos o desenvolvimento de projetos que tenham como objetivo
principal o incentivo de criar bons hábitos e estratégias para o reuso da água, para a captação
da água da chuva e para a economia de água de uma maneira geral: nas residências, nas escolas,
no comércio, etc. Estes projetos e suas estratégias poderão ser divulgadas por meio de banners,
cartazes, maquetes, nas mídias, etc., e até mesmo serem implementadas nas escolas ou para
demonstrações em Feiras de Ciências.
Finalizando a sequência de etapas do tratamento de água, o professor poderá utilizar
inúmeros recursos para realizar o fechamento das ideias gerais, para compreensão de todos os
temas envolvidos no 1º bimestre.
Os professores poderão verificar os vídeos 1 e 2 abaixo, que contém práticas de
tratamento de água no laboratório, e observar a viabilidade de reproduzi-las na escola, para os
alunos.
Vídeo 1: Grupo de Pesquisa em Educação Química - GEPEQ IQ-USP. Experimento de
Química - Tratamento de Água. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ba6skAs0f4w. Acesso em: 13 nov.2018.
Vídeo 2: Nova Escola. Exemplo de aula prática de tratamento de água. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_iLJQhxp2HY. Acesso em: 13 nov.2018.
O professor também poderá utilizar o vídeo 3 indicado abaixo para apresentar todas as
etapas do tratamento de água numa Estação de Tratamento de Água - ETA.
Vídeo 3: Plataforma Currículo+. Etapas de uma estação de tratamento de água ETA. Disponível
em: http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/etapas-de-uma-estacao-de-tratamento-de-agua-
eta/. Acesso em: 13 nov.2018.
Plano de Aula: Nova Escola. Química - Conteúdo: Misturas e soluções; Processo físico e
químico na análise de reações químicas. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/5449/agua-poluida-e-um-portfolio-periodico. Acesso em:
13 nov.2018.
A - Orientações
Para o contemplar este tema, sugere-se uma atividade que permeie todos os conceitos
que fundamentam o ar atmosférico e suas particularidades. Além disso, poderá ser trabalhada a
composição do ar e os gases poluentes que possivelmente estejam presentes (vide o item Saiba
Mais*). Será determinante compreender a importância do processo de destilação fracionada do
ar atmosférico para obtenção de matéria-prima para uso industrial. O professor poderá
introduzir essa temática com algumas situações-problema para verificar os conhecimentos
prévios dos alunos e instigá-los para a elaboração de hipóteses.
B - Estratégias:
O professor poderá iniciar a atividade partindo-se dos questionamentos abaixo e inserir
conceitos/ideias que nortearão o trabalho dos alunos, para o levantamento de hipóteses e no
direcionamento de pesquisas.
Situações-problema:
1. Como é o ar que respiramos?
2. Como o ar atmosférico pode ser utilizado, além da respiração dos seres vivos?
3. Como o ar pode ser usado na indústria?
A partir dos questionamentos, o professor fará um diagnóstico dos conhecimentos
prévios dos alunos, o que será importante para verificação da necessidade de alinhamento e
aprofundamento de ideias.
Neste momento, os alunos irão elaborar e registrar as hipóteses, mediante os conceitos
trabalhados e verificar a linha de pesquisa a ser seguida. Para subsidiá-los, o professor poderá
utilizar os seguintes textos, com o intuito de auxiliar na construção de ideias para
desenvolvimento da atividade.
Texto 1: Ministério do Meio Ambiente. Qualidade do ar. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar. Acesso em: 13 nov.2018.
Texto 2: Química Nova Escola. Ensino por Temas: A qualidade do ar auxiliando na construção
de significados em Química. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/08-
RSA-63-13.pdf. Acesso em: 13 nov.2018.
Após a leitura dos textos, para dar continuidade ao estudo do ar atmosférico como fonte
de matéria-prima, o professor poderá solicitar aos alunos que pesquisem sobre a composição
do ar (oxigênio, nitrogênio e gases nobres), as características desses componentes e os fatores
que influenciam em seu comportamento. É importante observar as temperaturas de ebulição e
liquefação dos gases, visto que será fundamental para a compreensão do processo de destilação
fracionada.
Feito isso, poderá ser sugerida a pesquisa sobre a utilização e aplicação dos gases que
compõem o ar atmosférico, enfatizando o uso industrial de cada um deles. Neste momento é
importante enfatizar que os gases são utilizados separadamente na indústria.
Poderá ser solicitado aos alunos que registrem as informações e os dados da pesquisa e
sistematizá-los em uma tabela.
Na sequência, o professor poderá apresentar o vídeo abaixo, que trata do funcionamento
de uma coluna de destilação.
C - Habilidades envolvidas:
Ao final do desenvolvimento do tema “Ar atmosférico como fonte de matéria-prima”
espera-se que os alunos reconheçam que o ar atmosférico é composto por uma mistura de gases,
que podem ser utilizados como matéria-prima para uso industrial. Compreender que para a
utilização dos gases é necessário que o ar atmosférico passe pelo processo de destilação
fracionada, que é baseada nas diferenças de temperaturas de ebulição dos componentes do ar.
Espera-se que os alunos expliquem o funcionamento de uma coluna de destilação.
Dentro deste contexto, a partir do momento que o aluno compreende sobre os
componentes do ar atmosférico e como pode-se realizar a separação dos mesmos, pode-se
incluir a discussão do impacto ambiental causado por esses gases poluentes, devido à ação do
ser humano. Assim, espera-se do aluno a sensibilização e a conscientização deste tema
pertinente para os dias de hoje.
A - Orientações
O estudo do equilíbrio químico requer a identificação de algumas reações químicas
consideradas incompletas e que existem fatores que influenciam neste fenômeno. Para o
desenvolvimento deste tema, sugere-se que o professor inicie a atividade com o estudo de
bebidas gaseificadas (refrigerantes, por exemplo), como modo de contextualizar a aplicação
dos conceitos, para que os alunos compreendam o processo de gaseificação e as transformações
químicas envolvidas.
B - Estratégias
Situações-problema:
1. Por que o refrigerante gelado tem mais gás que o refrigerante em temperatura ambiente?
2. Por que o refrigerante dá sensação de estufamento no estômago?
3. Por que quem tem gastrite não pode tomar refrigerante?
Para esta atividade, sugere-se que o professor inicie um debate com os alunos,
verificando os conhecimentos prévios sobre a fabricação dos refrigerantes, o histórico
industrial, o impacto na saúde e na economia. O objetivo é fazer com que os alunos percebam
o quanto a Química está presente no dia-a-dia e a sua influência nos processos industriais. Para
nortear essas discussões, o professor poderá utilizar as situações-problema apresentadas
anteriormente.
Após a discussão inicial, o professor poderá propor o texto abaixo para aprofundamento
das ideias.
Texto: Química Nova na Escola. A Química do Refrigerante. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_3/10-PEQ-0608.pdf Acesso em: 13 nov.2018.
Durante a leitura, o professor poderá esclarecer as dúvidas que os alunos porventura
tenham com relação aos conceitos apresentados. Depois da leitura, ele poderá propor aos alunos
a elaboração das hipóteses que irão direcionar as pesquisas a serem realizadas, para que possam
responder às situações-problema, descritas inicialmente.
Como atividade prática, concomitante à etapa das pesquisas, o professor poderá propor
um teste sensorial, utilizando refrigerantes de diversas marcas e sabores, com o intuito de
observar as diferenças de sabor, devido às diferentes concentrações dos gases nas bebidas. Os
alunos poderão registrar suas percepções sistematizando-as em uma tabela, para realizar um
comparativo e levantar hipóteses que possam explicar qual fator poderá estar influenciando as
diferenças observadas. A ideia é que os alunos associem como a adição do gás carbônico afeta
o sabor do refrigerante, pois com a dissolução do gás no líquido, haverá a formação do ácido
carbônico, que garante o sabor característico desse tipo de bebida.
Na sequência, o professor poderá apresentar os vídeos abaixo, para que os alunos
pesquisem sobre a dissolução dos gases nos líquidos e descrevam quais fatores influenciam
nesse processo.
C - Habilidades envolvidas:
Ao término dessas atividades, espera-se que os alunos reconheçam transformações
químicas incompletas, compreendam quando atingem o estado chamado de equilíbrio químico
e identifiquem quais são os fatores que influenciam diretamente no equilíbrio químico das
reações.
A - Orientações
No tema da rapidez das transformações químicas, o professor poderá explorar várias
reações químicas, observar a variação da velocidade e os fatores que podem influenciar nesse
processo.
Para trabalhar esse assunto, a proposta das atividades visa proporcionar a compreensão
deste fenômeno, bem como observar como ele está presente no nosso cotidiano, com exemplos
próximos da nossa vida, mesmo que não percebamos.
Para isso, será proposto que o professor utilize diversas ferramentas pedagógicas para
apresentar os conceitos envolvidos no tema e, paralelamente, exemplos que contextualizem as
atividades, como a conservação de alimentos para facilitar a compreensão dos alunos.
Sugere-se algumas situações-problema para que os alunos investiguem o tema e
elaborem hipóteses e conclusões.
B - Estratégias
Situações-problema:
1- O que acontece ao adicionarmos água oxigenada em um machucado?
2 - Por que precisamos da geladeira?
3- Por que precisamos guardar alguns alimentos na geladeira?
4- Por que carnes salgadas não necessitam de refrigeração?
Texto: Química Nova na Escola. A História sob o Olhar da Química: As Especiarias e sua
Importância na Alimentação Humana. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_2/05-HQ-5609.pdf Acesso em: 13 nov.2018.
Sugere-se, após a explanação dos alunos e para aprofundamento dos conceitos, a leitura
dos textos abaixo e a realização dos experimentos indicados. O texto 1 apresenta como certos
fatores alteram a cor de certos alimentos como legumes, frutas e tubérculos e como o simples
armazenamento na geladeira pode retardar ou acelerar o fenômeno. O texto 2 apresenta a
contextualização como forma de trazer o cotidiano para a sala de aula e exemplifica com a
conservação dos alimentos, o ensino de rapidez das transformações.
Objeto Digital interativo: Cinética Química. Editora Ática e Scipione. Disponível em:
http://sites.aticascipione.com.br/planetaquimica/simuladores/cinetica_quimica/cinetica_quimi
ca.htm Acesso em: 13 nov.2018.
C - Habilidades envolvidas:
Ao final desta atividade, espera-se que os alunos compreendam que as transformações
químicas podem ter sua velocidade alterada, ou seja, acelerada ou retardada. Para que isso
ocorra, existem alguns fatores que influenciam nesse fenômeno. O aluno deverá ser capaz de
explicar como esses fatores agem nas transformações.
Além disso, o aluno poderá compreender a aplicação de conceitos químicos no âmbito
industrial tornando o estudo da Química contextualizado e com vistas ao mundo do trabalho.
Avaliação e Recuperação - 1º bimestre da 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio na disciplina
de Química:
Todas as atividades sugeridas neste bimestre foram norteadas pelos preceitos do ensino
investigativo. E, portanto, tanto a avaliação como a recuperação precisam ser coerentes com as
principais premissas que o define, incluindo todo o seu processo de ensino e de aprendizagem.
Lembrando que o ensino investigativo tem como alicerce uma trajetória guiada por uma
situação-problema, seguido por um diagnóstico dos conhecimentos prévios, pelo levantamento
de hipóteses, pela realização de pesquisas, pelo desenvolvimento de conclusões acerca dos
dados e informações obtidas e refletidas, todo esse caminho precisa ser avaliado pelo professor,
que mediou todo esse processo. Não só no sentido de verificar o desenvolvimento do aluno,
mas também de identificar as necessidades e defasagens que ele possa ter durante as atividades.
Assim, avaliando e recuperando as necessidades dos alunos, de forma concomitante, durante o
desenvolvimento dos temas/conteúdos e das atividades, o professor obterá no final do 1º
bimestre, um panorama de aproveitamento e de aprendizagem bem mais satisfatórios e
favoráveis. O foco na contextualização, no ensino significativo, orientando uma postura
protagonista e corresponsável pela aprendizagem, favorece imensamente o aprendizado do
aluno.
Desta forma, sugerimos que a avaliação aconteça de forma individual e em grupos,
acompanhando a execução das atividades em cada etapa. Sugerimos que o professor observe a
participação do aluno individualmente durante todo o processo: suas contribuições orais sobre
os conhecimentos prévios, no momento do diagnóstico, na forma como ele pesquisa e formula
as hipóteses, como busca soluções para os problemas apontados, como desenvolve o seu
raciocínio, como realiza os cálculos e interpreta dados, informações e gráficos, sua desenvoltura
e responsabilidade na manipulação e realização das atividades práticas, como reflete sobre os
procedimentos e utiliza toda sua bagagem de conhecimentos para encontrar soluções, como
trabalha em grupo, se desenvolve a autonomia, a solidariedade e a criticidade.
Não são apenas o desenvolvimento dos aspectos cognitivos que necessitam ser
observados pelos professores, mas também os valores que são inerentes a todo o processo de
aprendizagem do aluno.
Tudo isso pode ser verificado no Diário de Bordo ou Portfólio, ferramentas eficientes
para o registro de toda atividade investigativa e que sugerimos ao professor que as utilize com
os alunos.
Sugerimos além das atividades práticas, avaliações escritas, orais, apresentações em
seminários e/ou feiras de ciências que podem complementar a avaliação global. Não há tempo
hábil para se utilizar todas essas ferramentas avaliativas. O professor precisará selecionar
aquela(s) que for(em) adequada(s) para o momento educacional e para seus alunos.
Na recuperação e na retomada de conteúdos em defasagem é interessante que o
instrumento avaliativo e as metodologias sejam diferentes, para favorecer a aprendizagem de
todos os alunos.
Solicite também aos alunos a elaboração de um texto contando a experiência que o
estudante teve ao desenvolver a atividade ou o projeto, acrescentando-o ao Diário de Bordo ou
mesmo a um Portfólio. Avalie todo o material produzido pelos alunos, incluindo sua
participação e envolvimento nas atividades.
Referências Bibliográficas:
Ciências
Eleuza Guazzelli; Gisele Nanini Mathias; Elizabeth Reymi Rodrigues; Marceline de
Lima; Rosimeire da Cunha
Biologia
Aparecida Kida Sanches; Ludmila Sadokoff; Marcelo da Silva Alcântara Duarte;
Marly Aparecida Giraldelli Marsulo; Paula Aparecida Borges de Oliveira
Física
Renata Cristina de Andrade Oliveira; Carolina dos Santos Batista Murauskas, Karina
Emy Kagohara
Química
Cristiane Marani Coppini ; Natalina de Fátima Mateus ; Xenia Aparecida Sabino
Revisores de Texto