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Cancerologia
Câncer: nome geral dado ao conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento
desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos.
Displasia: resposta proliferativa atípica e irregulares às irritações crônicas. Pode ser por reversível perda de
diferenciação (anaplasia), atipia celular (pleomorfismo e hipercromasia), e atipia estrutural.
Carcinoma in situ: é o primeiro estágio em que o câncer não hematopoiético pode ser classificado. A
maioria dos canceres in situ é curável através da cirurgia.
Neoplasias benignas: crescimento organizado, geralmente lento, expansivo e com limites bem definidos.
Podem comprimir órgãos e tecidos adjacentes. Apresentam camada circunscrita com cápsula homogênea.
Lipoma – origem no tecido gorduroso, são os mais comuns. Cirurgia recomendada no caso de
problemas estéticos ou compressão de estruturas adjacentes.
Mioma – origem no tecido muscular liso.
Adenoma – tumor benigno das glândulas.
Neoplasias malignas: manifestam um maior grau de autonomia sendo capazes de invadir tecidos vizinhos e
provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro.
NEOPLASIA BENIGNA NEOPLASIA MALIGNA
Formado por células bem diferenciadas, estrutura Formado por células anaplásicas, atípico, falta de
típica do tecido de origem diferenciação.
Crescimento progressivo Crescimento rápido, mitoses anormais e
numerosas
Massa bem delimitada não expansiva Massa expansiva
Não realiza metástase Realiza metástase
Quimioterapia:
Escala analgésica
Degrau 1 – AAS / AINES e paracetamol.
Degrau 2 – Codeína / Tramadol.
Degrau 3 – Morfina / Metadona, Fentanil e Oxicodona.
Princípios do controle da dor de WHO
Pela boca; pelo relógio; pela escala; para o indivíduo; uso de adjuvantes; atenção aos detalhes.
Carcinogênese
Conceitos
Câncer – crescimento novo anormal de tecido, sendo que as neoplasias malignas apresentam
capacidade de invasão e metástase.
Carcinógenos – substâncias que aumentam o risco para apresentação de neoplasia.
Mutagênese – processo de mutação genética que pode ocorrer espontaneamente ou ser induzido por
mutágenos. Acúmulo de danos do RNA não reparado ou com reparo incompleto levando a mutagênese
e ao desenvolvimento do escape da apoptose e câncer.
Prevenção – evitar carcinógenos para não apresentar câncer.
Detecção – diagnóstico do câncer existente, preferencialmente de modo precoce.
Epidemiologia
A partir de 1990, com a detecção precoce do câncer, houve uma redução da mortalidade por câncer
apesar do aumento crescente de sua incidência.
Pureza e contaminação da água, do ar, e dos alimentos.
Carcinógenos
Arsênio e benzeno, além de outros presentes no cigarro – câncer de pulmão e leucemia.
Benzeno presente no ar, originário da queima de combustíveis e outros.
Aditivos em alimentos e contaminantes.
Gorduras, conservantes, defumantes, corantes, praguicidas, edulcorantes, plásticos, emulsificantes,
derivados de petróleo, plantas cancerígenas (via www.toxnet.com).
Formação da acroleína em óleos e gorduras a altas temperaturas (>100°C).
Alcatrão presente em carnes de churrasco.
Presença de acroleína no óleo de linhaça e nos grãos de linhaça.
Relação de bisfenol A em câncer de próstata e de mama.
Derivados de nitrogênio presentes em nitritos e nitratos (carnes embutidas, solo), ou produzidos pela
biodegradação e presente na água.
Plásticos e isopores utilizados em embalagens de alimentos.
Fatores protetores
Ingestão de frutas e verduras sem presença de contaminantes.
Cozimento de alimentos no vapor, não ultrapassando os 100°C.
Reações químicas prejudiciais à saúde
Estresse oxidativo provocado por substâncias eletrofílicas ou nucleofílicas, levando a produção de
radicais livres que atuam sobre proteínas alvo e desencadeiam mutações gênicas.
Os adutos são produzidos com essa reação sobre as proteínas, e podem ser um meio de avaliação do
grau de exposição a essas reações prejudiciais, logo sendo um biomarcador.
Espécies reativas intermediárias de oxigênio são produzidas por reações a partir de proteínas, gorduras
e carboidratos. Essa produção endógena de substâncias eletrofílicas podem atuar na mutação genética.
Teorias
Ação de oxidante e antioxidantes no organismo e no desenvolvimento do câncer.
pH mais ácido no núcleo de células tumorais, promovendo sua melhor sobrevivência em meios mais
ácidos.
Vias de sinalização no câncer
Produtos do carcinógeno metabolizados são internalizados e entram em contato com o núcleo, para
então promover a mutação.
Alteração dos processos celulares (transporte, catabolismo, motilidade, crescimento, morte e
comunicação).
Mutação: processo obrigatório para a carcinogênese.
Instalação da mutação.
Processo de neutralização da mutação, ineficiente na mutagênese. Ação dos antioxidantes sobre as
substâncias eletrofílicas, impedindo a ação sobre o núcleo e as mutações genéticas.
Prevenção através da menor exposição a substâncias que promovam a mutação.
Mecanismo da carcinogênese
Pré-mutação – exposição aos carcinógenos (poluentes voláteis e permanentes do ar, contaminantes da
água, sanitizantes da água como o cloro, N86 presente na água, contaminantes dos alimentos,
herbicidas e fungicidas nos alimentos, metais como ferro iônico), sendo o alvo da prevenção primária.
Mutação – estresse oxidativo associado a epidemiologia molecular promovem a mutação.
Pós-mutação – reparo ineficiente do DNA e a epidemiologia do câncer adquirido.
Exposição exógena ou produção endógena – estresse oxidativo – danos ao DNA, RNA e proteínas –
instabilidade cromossômica – alteração da expressão gênica – carcinogênese.
Carcinógeno – alteração da homeostase – tentativa de reparo da mutação – carcinogênese –
desenvolvimento de imunidade non self – câncer.
Atuação
1. Prevenção.
2. Tratamento.
3. Bases genéticas.
Fases da carcinogênese: com tempo de instalação dependente do tempo de mitose das células afetadas.
Iniciação – exposição ao carcinógeno e estresse oxidativo.
Promoção – alterações genéticas (bases moleculares do câncer – patologia).
Progressão – metástase e resistência a quimioterapia através de novas mutações anormais.
Crescimento tumoral
109 células ainda é subclínico.
10¹0 células permitem o diagnóstico – a quimioterapia é realizada em ciclos pois a cada ciclo promove a
destruição de apenas 99% das células, formando uma curva característica de crescimento desse 1% e
sua interrupção pelos ciclos de quimioterapia.
1012 células levam ao óbito.
Estadiamento geral
Linfonodos.
Metástase.
Tipo celular.
Grau.
Diagnóstico
Cromatógrafo – exposição aos carcinógenos tanto em humanos, quanto nas substâncias a que estamos
em contato diariamente.
Câncer de próstata
Epidemiologia: alta incidência, sendo o mais prevalente no homem. Mortalidade relacionada ao
diagnóstico tardio.
Fatores de risco identificados: idade avançada, sendo geralmente diagnosticado após os 65 anos de idade.
Sintomas: inicialmente o paciente é assintomático, sendo o aparecimento dos sintomas relacionado ao
desenvolvimento do tumor. É comum a vontade frequente de urinar principalmente à noite, dificuldade de
urinar, fluxo urinário fraco ou interrompido, dor ou sensação de queimação ao urinar ou ejacular, sangue
na urina ou no sêmen.
Diagnóstico: biópsia.
Exame proctológico (toque retal): a idade ideal para realização do exame é a partir dos 50 anos para
pacientes sem riscos adicionais. Recomendado aos 45 anos para pacientes com risco adicional (negros,
parentes de 1º grau com diagnóstico de câncer antes dos 65 anos) e aos 40 anos com alto risco (mais de
um familiar com diagnóstico de câncer de próstata). Deve ser avaliado tamanho, consistência e presença
de nodulações na próstata. O PSA é uma glicoproteína encontrada no sêmen e, em pequena quantidade,
no sangue, sendo produzida pela próstata e podendo estar aumentado em casos de hiperplasia prostática,
idade avançada, prostatites (aumento do PSA livre); pode estar diminuído em obesidade, uso de
esteroides, AAS e algumas ervas medicinais.
Escala de Gleason para avaliação histopatológica: 1-2 alterações benignas glandulares, 3-5 alterações
celulares e glandulares com diferenciação marcante em relação à célula original.
Classificação quanto ao risco de progressão:
Novembro azul: mês mundial de combate ao câncer de próstata. Objetiva o diagnóstico precoce e a
desestruturação do preconceito em relação ao toque retal.
Tratamento:
Observação – paciente idoso, baixo risco, assintomático.
Cirurgia – casos localizados. Remoção do tumor confinado à próstata, sendo que após a cirurgia
ocorrem alterações da função urinária e erétil em decorrência do procedimento.
Radioterapia – casos localizados associada a terapia hormonal. Tumores iniciais podem ser abordados
pela braquiterapia de alta taxa de dose, um procedimento desconfortável ao paciente e com pouca
adesão. Essas agulhar podem ser substituídas por seeds radioativas que apresentam melhor adesão.
Além da radioterapia comum. Pode ser um tratamento de primeira escolha ou de associação, para
controle de dores ósseas em decorrência da disseminação do câncer.
Terapia hormonal – bloqueio hormonal central (Zoladex, análogo de RHLH reduzindo a produção de
testosterona glandular), periférico ou completo. Contém o processo de crescimento do câncer, mas
isoladamente não consegue eliminar o tumor.
Quimioterapia – final do tratamento, para cuidados paliativos e casos hormônio-resistentes.
Novos medicamentos: Abiraterona e Enzalutamida (inibidor da proliferação celular guiada por
testorterona), sepileucel-T (não liberado, arriscado para idosos), Radium 223 (radiofármaco que se liga às
células cancerígenas e libera radiação gradualmente e de forma contínua).
Estadiamento