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Questão 2:
No presente caso, o grupo entende que deve ser solicitada a falência da
Empresa atuante no ramo da oficina mecânica e funilaria, bem como propor que
seja desfeito de forma judicial a transferência indevida dos bens para o ex-
empregado aposentado e sem condições financeiras para se custear, pois os
sócios Paulo Petronizildo e Pedro Paulinizildio, incorreram em Fraude Contra
Credores.
O grupo utilizou como estudo, o dispositivo legal Art. 94, inciso III, alínea “a” da
LEI 11.101/2005 e o entendimento do STJ de 24 de Agosto de 2010.
A fraude contra credores é considerada prática de ato de falência, e está prevista
no artigo 168 da lei 11.101/2005, pois indica intenção do devedor em obter
vantagem para si mesmo, neste caso transferindo o estabelecimento a terceiro,
sem a prévia autorização e concordância dos credores e sem ficar com bens que
sejam suficientes para liquidar suas dividas. Conforme o previsto no artigo 1142
C.C, o estabelecimento comercial é peça fundamental que possui garantia
máxima do cumprimento da obrigação do devedor para com seus credores, de
modo que a lei explícita a obrigatoriedade do consentimento de todos os
credores, e a existência de bens suficientes para sanar o passivo. Desta forma,
e de acordo com o estabelecido em lei, "qualquer ação do devedor que, por meio
de simulação, tenha por finalidade burlar a legislação ou a fiscalização ou causar
prejuízo a credor, deverá ser repelida pela lei, justificando a decretação de
falência." (Gomes, Fábio Bellote. Manual de Direito Empresarial. 7. ed. Pg. 372.
Bahia: Editora JusPodivm, 2018.)