You are on page 1of 34

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CURSOS DE ENGENHARIA

Última atualização: 19/05/2007


Índice

¾ Sistema de coordenadas polares. 2


¾ Conjunto abrangente. 6
¾ Coordenadas Cartesisnas x Coordenadas Polares. 8
¾ Simetrias de pontos. 10
¾ Equação da reta. 11
¾ Distância entre dois pontos. 16
¾ Equação polar da circunferência. 17
¾ Curvas clássicas em coordenadas polares. 19
¾ Traçado de curvas em coordenadas polares. 23
¾ Traçado rápido de curvas. 25
¾ Interseção em coordenadas polares. 29
¾ Fórmulas da trigonometria. 33

1
SISTEMA DE COORDENADAS POLARES

Fixados um ponto O do plano e uma semi-reta OA de origem O , podemos localizar


qualquer ponto P do plano. Para isso é suficiente conhecermos a distância r de P a O e o ângulo
θ (letra grega theta) formado pelas semi-retas OA e OP .

Elementos do sistema polar:

O = pólo (origem do sistema).


OA = eixo polar.
r = raio polar ou raio vetorial do ponto P.
θ = ângulo polar ou ângulo vetorial do ponto P.
(
r e θ = são as coordenadas polares do ponto P e indicados pelo par ordenado P r , θ .)
90º

(
P r, θ )
r
O θ
A

A reta que passa pelo pólo e é perpendicular ao eixo polar chama-se “ eixo a 90° ”. O
ângulo θ é o ângulo de rotação do eixo polar (semi-reta OA ) até a semi-reta OP . Se esse
movimento é feito no sentido anti-horário, consideramos θ positivo, se esse movimento é feito no
sentido horário, consideramos θ negativo (o ângulo θ é medido como em trigonometria).

O ângulo θ é medido em graus (°) ou em radianos (rad).

( ) (
Exemplos: P 2, 5° ; P 3, π 2 . )
Obs.: Quando o ângulo θ é dado em radianos, não indicamos a unidade de medida (rad) no par
ordenado.

( )
P 2, 3 (
= P 2, 3 rad )
Neste par, r = 2 e θ = 3 (3 radianos).

Para efeito de conversões, lembre-se que o ângulo de 360° é equivalente ao ângulo 2π rad.

Por exemplo, 3 rad é equivalente a quantos graus?

360 2π 1.080 1.080


= ⇒ x ⋅ 2π = 360 ⋅ 3 ⇒ x = ≅ ≅ 171,88° . Portanto, x ≅ 171,88°
x 3 2π 2 ( 3,14 )

2
Vamos marcar alguns pontos no plano polar:

A(3, 60º);

B(5, 3π/4);
90º
3π/4 60º ≡ 420º ≡ -5π/3
C(0, 330º); B
D(3, 420º); A≡D≡G

E(0, 180º); F
E≡C≡O 0°
F(2, 0º);
330º
G(3, -5π/3).

“≡” é o símbolo de coincidência. Os pontos E e C coincidem graficamente com o pólo O, mas têm
coordenadas polares distintas.

Observações:

1) Um par (r, θ) representa o pólo se, e somente se, r = 0 e θ é um ângulo qualquer.

2) Existe uma infinidade de pares de coordenadas polares associados ao mesmo ponto. É o caso dos
seguintes pontos coincidentes:

A(3, 60º) ≡ D(3, 420º) ≡ G(3, -5π/3).

Todos estes pontos coincidem com o par (3, π/3 + 2kπ) ou (3, 60º + k.360°), k ∈ Z.

Isto é, qualquer que seja o par P(r, θ), este irá coincidir com o par P’(r, θ + 2kπ), k ∈ Z.

3
Vamos considerar também o raio polar negativo:

Seja P(r, θ), com r < 0. Tomamos no plano um ponto P’ tal que AÔP’ = θ. Na semi-reta
oposta a OP' , localizamos o ponto P a uma distância –r de O.

Exemplo: P(-2, 30º)


90º
P’(2, 30º)

O 30º A

P(-2, 30º)

Obs.: Se tomarmos R’(2, 390º) e R(-2, 210º), observamos que tanto R’ como R são coincidentes
com P’ (R’ ≡ R ≡ P’). Perceba que 390º = 30º + (2)180° e que 210º = 30º + (1)180°.

P’(2, 30º) tem a mesma localização do ponto

R’(2, 30º + (2)180°). 90º


De uma forma geral, P’(2, 30º) coincide com qualquer R’ ≡ R ≡ P’(2, 30º)
ponto de coordenadas (2, 30º + n.180°), n par.
30º
O A
P’(2, 30º) tem a mesma localização do ponto

R(-2, 30º + (1)180°).

De uma forma geral, P’(2, 30º) coincide com qualquer


ponto de coordenadas (-2, 30º + n.180°), n ímpar.

Resumindo, P’(2, 30º) coincide com qualquer ponto de coordenadas ( (-1)n .2, 30º + n.180° ), n ∈ Z.

Definição: Dizemos que o conjunto C = { Q( (-1)n .r, θ + nπ ), n ∈ Z } é o conjunto de todos os


pontos que possuem a mesma localização gráfica de P(r, θ). Este conjunto é conhecido como
conjunto dos pontos coincidentes ao ponto P(r, θ).

Dados dois pontos P(r p , θ p ) e Q(rq , θ q ) , dizemos que P ≡ Q se, e somente se, existe n ∈ Z tal que:

 rq = (−1) n r p

θ q = θ p + nπ

4
Observações:

1) O par ordenado (r, θ) de um ponto P é dito par principal de P se, e somente se, r ≥ 0 e 0 ≤ θ < 2π.

2) Convencionamos que o par principal do pólo O é (r, θ) com r e θ nulos, isto é, O(0, 0).

Exercício:

a) Determine o conjunto dos pontos coincidentes ao ponto P(3, π 2 ) ;


b) O ponto Q(− 3, 11π 2 ) tem a mesma localização gráfica de P?

Solução:

π
a) O conjunto dos pontos coincidentes de P é: C = { Q( (-1)n .3, + nπ ), n ∈ Z }.
2

− 3 = ( −1 ) n ⋅ 3

b) Se existir algum n ∈ Z, tal que  11π π , então Q tem a mesma localização de P.
 2 = 2 + nπ
 
− 3 = (−1) n ⋅ 3 (−1) n = −1 n é ímpar
  
 ⇒ ⇒ ⇒ n = 5 . O ponto Q coincide com P para n = 5 .
11π π  10π 
 = + nπ nπ = n = 5
 2 2  2

5
CONJUNTO ABRANGENTE

Podemos estender o conceito de conjunto de pontos coincidentes para equações polares


(curvas) do tipo f (r , θ ) = 0 . Lembre-se que uma curva é constituída de infinitos pontos...

Definição: Um conjunto A de equações polares é chamado conjunto abrangente de uma curva C,


se todas as equações do conjunto possuem o mesmo lugar geométrico (gráfico) da curva C.

Proposição: Seja f (r , θ ) = 0 uma equação polar de uma curva C. O conjunto


{(
A = f (− 1) ⋅ r , θ + nπ = 0
n
) }
n ∈ Ζ é o conjunto abrangente de C.

Para encontrarmos o conjunto abrangente de uma curva C: f (r , θ ) = 0 , basta resolvermos a equação


f( (-1)n .r, θ + nπ ) = 0 para determinados valores de n.

Exemplo 1: Determine o conjunto abrangente da curva C: r − 3 − 2 sen(θ) = 0 .

Substituindo r por (-1)n .r e θ por θ + nπ, encontramos:

(− 1)n ⋅ r − 3 − 2sen(θ + nπ) = 0 .


Se n é par, então:

(− 1)n ⋅ r − 3 − 2sen(θ + nπ) = 0 ⇔ r − 3 − 2 sen(θ) = 0 . Encontramos a mesma equação da curva C.

Se n é ímpar, então:

(− 1)n ⋅ r − 3 − 2sen(θ + nπ) = 0


⇔ − r − 3 + 2 sen(θ) = 0 ⇔ r + 3 − 2 sen(θ) = 0 . Encontramos
uma equação diferente para a curva C.

Assim, o conjunto abrangente da curva C é A = {r − 3 − 2 sen(θ) = 0, r + 3 − 2sen(θ) = 0}.

Obs.: Usando um software matemático (por exemplo o Winplot), percebemos que as duas equações
encontradas possuem o mesmo gráfico:

r − 3 − 2 sen(θ) = 0 . r + 3 − 2 sen(θ) = 0 .
5 5

-3 3 -3 3

-1 -1

6
Exemplo 2: Determine o conjunto abrangente da curva C: r − 5 = 0 ou, de forma equivalente,
C: r = 5 .

Substituindo r por (-1)n .r, encontramos:

(-1)n .r = 5. Se n é par temos r = 5 e se n é ímpar temos r = −5 .

Daí, A = { r = 5 , r = −5 } é o conjunto abrangente da curva C: r = 5 .

Em detalhes...

Sabemos que uma circunferência de centro na origem e raio 5 tem equação cartesiana dada por:
x 2 + y 2 = 25 .

No sistema polar esta circunferência tem equação r = 5 ou r = −5 . De fato:

x 2 + y 2 = 25 ⇒ r 2 = 25 ⇒ r = 5 ou r = −5 . Daí, encontramos estas duas equações polares

no conjunto abrangente desta circunferência!

Observação:

O ponto P(− 5, θ ), ∀θ ∈ ℜ , pertence à curva C: r = 5 , apesar de não satisfazer esta equação


diretamente, pois este ponto satisfaz a equação r = −5 que encontra-se no conjunto abrangente de
C. Perceba que um ponto pode satisfazer um lugar geométrico sem necessariamente satisfazer
diretamente a equação deste lugar, basta que o ponto satisfaça uma equação do conjunto abrangente.

7
COORDENADAS CARTESIANAS X COORDENADAS POLARES

Vamos determinar equações que relacionam os dois sistemas coordenados...

Considere P(r, θ) e P’(x, y) dois pontos coincidentes dados em coordenadas polares e retangulares
(cartesianas), respectivamente.

y P(r, θ) ≡ P’(x, y)

θ
O x

x y
Usando razões trigonométricas neste triângulo retângulo, obtemos cos(θ) = e sen(θ) = .
r r

As equações que relacionam coordenadas polares para coordenadas retangulares são:

 y = rsen(θ)

 x = r cos(θ)

Considere x ≠ 0:

y rsen(θ) sen(θ) y
= = = tg (θ) ⇒ tg (θ) = ⇒ θ = arctg  y .
x r cos(θ) cos(θ) x  x

[ ]
x 2 + y 2 = [r cos(θ)] + [rsen(θ)] = r 2 ⋅ cos 2 (θ) + r 2 ⋅ sen 2 (θ) = r 2 cos 2 (θ) + sen 2 (θ) = r 2 ⋅ [1] = r 2 .
2 2

Daí, r 2 = x 2 + y 2 ⇒ r = ± x 2 + y 2 .

As equações que relacionam coordenadas polares para coordenadas retangulares são:

θ = arctg  y 
  x
  .
r = ± x 2 + y 2

P(y, 90º)
No caso em que x = 0, temos que θ = 90º e r = ± y.

P(-y, 90º)

8
Exemplos:

1) Determinar as coordenadas polares do ponto P(3, 3 ), dado em coordenadas retangulares.

 3
θ = arctg   = 30º e r = ± 9 + 3 = ±2 3 . Como P ∈ 1º quadrante, então r = 2 3 .

 3 
Logo, P( 2 3 , 30º) é a representação em coordenadas polares.

2) Determinar as coordenadas polares, par principal, de P(0, -5) dado em coordenadas retangulares.

Como P pertence ao semi-eixo y negativo então θ = 270º e r = 5. Assim, P(5, 270º) é o par
principal.

Observe também que Q(-5, 90º) ≡ P(5, 270º).

9
SIMETRIAS DE PONTOS

Vamos determinar simetrias de pontos em coordenadas polares.

1) Simetria em relação ao eixo polar.

O ponto P’(r, -θ) é simétrico ao ponto P(r, θ) em relação ao eixo polar.

90º

P(r, θ)
r
θ
180º 0º
O -θ
r
P’(r, -θ)
270º

2) Simetria em relação ao eixo a 90º.

O ponto P’(r, π - θ) é simétrico ao ponto P(r, θ) em relação ao eixo a 90º.

90º
P’(r, π - θ) P(r, θ)
r r
(π - θ) θ
180º 0º
O

270º

3) Simetria em relação ao pólo:

O ponto P’(r, π + θ) é simétrico ao ponto P(r, θ) em relação ao pólo.

90º
P(r, θ)
r
(π + θ)
180º θ
O 0º
r

P’(r, π + θ)
270º

10
EQUAÇÃO DA RETA

1° caso: Reta que passa pelo pólo.

A característica deste tipo de reta é que o ângulo polar θ, de qualquer ponto desta reta, será sempre
o mesmo, para todo raio polar r ∈ ℜ .

θ = α , onde α é constante.

No sistema cartesiano, uma reta que passa pela


90º origem (0, 0) tem equação do tipo y = ax , onde
π
a = tg (α ), α ≠ + kπ , é o coeficiente angular. Daí:
2
y  y
α y = tg (α )x ⇒ = tg (α ) ⇒ α = arctg   .
x x

Como sabemos que no sistema polar vale a relação
 y
θ = arctg   , concluímos que θ = α .
x

Exemplo: Determine a equação polar da reta s da figura.

90º

45°

A reta s é conhecida como 1ª bissetriz ou bissetriz dos quadrantes ímpares, ela tem uma equação
polar do tipo θ = π 4 .

Obs.: θ = π 4 + nπ, n ∈ Ζ , também serve como equação polar para esta reta. De fato, todos os
 π 
pontos P r , + nπ , ∀r ∈ ℜ , estão sobre esta reta. Verifique!
 4 

Segue então que θ = α + nπ, n ∈ Ζ , é também uma equação para reta que passa pelo pólo.

11
2° caso: Reta que não passa pelo pólo.

Vamos determinar uma equação para uma reta s, que não passa pelo pólo. Observe a figura abaixo:

90º

P(r, θ) n

θ-ϖ
r
p
. N(p, ϖ)

180º ϖ
O 0º

270º

Considere P(r, θ) um ponto sobre s. Seja n a reta normal (ou perpendicular) a reta s que passa
pelo pólo O. Seja N(p, ϖ) o ponto de intersecção entre s e n.

Usando razão trigonométrica (cosseno) no triângulo retângulo, chegamos na equação polar da reta s:

r ⋅ cos(θ − ϖ ) = p

Exemplo:

Considere a reta r.cos(θ - 30º) = 2. Assim, N(2, 30º):

90º

N(2, 30º)
O 30º

12
Outra forma para equação polar da reta

Aplicando o cosseno da diferença na equação r ⋅ cos(θ − ϖ ) = p , teremos:

r cos(θ) cos(ϖ) + r sen(θ) sen(ϖ) = p.

cos(ϖ) .rcos(θ) + sen(ϖ) .rsen(θ) = p.

Como p ≠ 0 (pois a reta s não passa na origem):

cos(ϖ ) sen(ϖ )
⋅ r cos(θ) + ⋅ rsen(θ) = 1 .
p p

cos(ϖ ) sen(ϖ ) 1
⋅ cos(θ) + ⋅ sen(θ) = . (1)
p p r

1 1 3
Exemplo 1: Esboce o gráfico da reta s: = ⋅ cos(θ) + ⋅ sen(θ) .
r 4 4

 cos(ϖ ) 1
 =
 p 4
Comparando a equação de s com a equação (1), temos que  .
 sen(ϖ ) = 3
 p 4

cos(ϖ ) 1
( )
Assim, tg (ϖ ) = 3 , ou seja, ϖ = arctg 3 = 60° . Substituindo ϖ = 60° em
p
= , tem-se:
4
1
cos(60°) 1 2 = 1 ∴ p = 2. Logo, N (2, 60°) .
= ⇒
p 4 p 4

90º

N(2, 60º)

60º s
O 0º

13
1 2 2
Exemplo 2: Esboce o gráfico da reta t: = ⋅ cos(θ) − ⋅ sen(θ) .
r 2 2

Comparando com a equação (1), temos:

 cos(ϖ ) 2
 =
 p 2
 . Assim, tg (ϖ ) = −1 , ou seja, ϖ = arctg (− 1) = −45° .
 sen (ϖ ) =−
2
 p 2
cos(ϖ ) 2
Substituindo ϖ = −45° em = , tem-se:
p 2

2
cos(ϖ ) 2 cos(− 45°) 2 2
= ⇒ = ⇒ 2 = ∴ p = 1 . Logo, N (1, - 45°) .
p 2 p 2 p 2

90º
t
O

- 45º

N(1, -45º)

1 2 2
Exemplo 3: Converta a equação da reta t: = ⋅ cos(θ) − ⋅ sen(θ) em coordenadas
r 2 2
cartesianas.

1 2 2 2 2 2 2
= ⋅ cos(θ) − ⋅ sen(θ) ⇔ 1 = ⋅ r cos(θ) − ⋅ rsen(θ) ⇔ 1 = ⋅x− ⋅y
r 2 2 2 2 2 2

Logo, t: 2 ⋅ x − 2 ⋅ y = 2.

14
Retas paralelas ao eixo a 90° e retas paralelas ao eixo polar

Reta paralela ao eixo a 90°.

Basta fazer N ( p , ϖ ) = N ( p , 0 ) na equação r ⋅ cos(θ − ϖ ) = p .

90º 90º

N ( p,0°), p > 0 .
N ( p,0°), p < 0 .
O p 0º 0º
p O

rcos(θ)= p, p > 0 . rcos(θ) = p, p < 0 .

Obs.: Lembre-se que no sistema retangular estas retas têm equações do tipo x = p, p ∈ ℜ , e em
coordenadas polares x = r cos(θ) .

Exercício 1: Esboce o gráfico das retas t: rcos(θ)= 4 e s: rcos(θ )= -2.

Reta paralela ao eixo polar.

Basta fazer N ( p , ϖ ) = N ( p , 90°) na equação r ⋅ cos(θ − ϖ ) = p e desenvolver o cosseno da


diferença.

90º 90º

N ( p,90°), p > 0 .
p O 0º
N ( p,90°), p < 0 .
O 0º p

rsen(θ)= p, p > 0 . rsen(θ) = p, p < 0 .

Obs.: Lembre-se que no sistema retangular estas retas têm equações do tipo y = p, p ∈ ℜ , e em
coordenadas polares y = rsen(θ) .

Exercício 2: Esboce o gráfico das retas t: rsen(θ) = 2 e s: rsen(θ) = -3.

Exercício 3: Esboce o gráfico de t: r = 3sec(θ) e s: -r = 4cossec(θ).

15
DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS

Vamos usar as lei dos cossenos para determinar a distância entre dois pontos.

b
c θ a 2 = b 2 + c 2 − 2bc ⋅ cos(θ)

Seja d a distância entre os pontos P (rp , θ p ) e Q (rq , θ q ) na figura abaixo.

90º

P (rP , θ P )
d
rP
Q (rQ ,θ Q )
θ P − θQ rQ
180º 0º
O

270º

Assim, usando a lei dos cossenos no triângulo POQ, encontramos:

d 2 = (rp ) + (rq ) − 2rp rq ⋅ cos(θ p − θ q ) ,


2 2

d= (r ) + (r )
p
2
q
2
− 2rp rq ⋅ cos (θ p − θ q )

Exercício 1: Calcule a distância entre os pontos P(2, 0º) e Q(4, 90º).

Exercício 2: Um quadrado com centro na origem tem como um dos vértices o pontos A 3, 60° . ( )
Determine:

a) As coordenadas polares (pares principais) dos outros três vértices;


b) A medida do lado deste quadrado.

16
EQUAÇÃO POLAR DA CIRCUNFERÊNCIA

Considere uma circunferência de centro T (c , ϖ ) com raio a > 0. Seja P (r , θ) um ponto qualquer
desta circunferência, como na figura:

90º

P
a
r
T
θ−ω c
180º 0º
O

270º

Usando a lei dos cossenos no triângulo POT, encontramos:

a 2 = r 2 + c 2 − 2rc ⋅ cos(θ − ϖ ) .

Podemos organizar esta equação de forma a obter

r 2 − 2rc ⋅ cos(θ − ϖ ) + c 2 − a 2 = 0 , (1)

que é a equação geral da circunferência.

 5π 
Exercício 1: Dada a circunferência de equação r 2 − 4r cos θ −  − 5 = 0 , determine o
 6 
comprimento do raio e as coordenadas do centro.

Outra forma da equação polar da circunferência:

Desenvolvendo o cosseno da diferença na equação (1), obtemos:

r 2 +  −2c ⋅ cos ( ϖ )  ⋅ r cos ( θ ) +  −2c ⋅ sen ( ϖ )  ⋅ rsen ( θ ) + c 2 − a 2 = 0 . (2)

Exercício 2: Dado a circunferência de equação r 2 − 2 ⋅ r cos(θ ) + 2 ⋅ rsen(θ ) − 3 = 0 , determine


o comprimento do raio e as coordenadas do centro.

17
Casos particulares de circunferências

( )
Circunferência com centro T c , ϖ no pólo e raio igual a a, a > 0 .

A equação desta circunferência é r = a .

90º

a
P(r, θ)

a 0º

Basta fazer T ( c, ϖ ) = T ( 0, 0 ) na equação r 2 − 2rc ⋅ cos(θ − ϖ ) + c 2 − a 2 = 0 .

(Observe que r = −a também é uma equação para esta circunferência).

Circunferência com centro T ( a, ϖ ) sobre o Circunferência com centro T ( a, ϖ ) sobre o


eixo polar, exceto o pólo. Observe que esta eixo a 90°, exceto o pólo. Observe que esta
circunferência tangencia o eixo a 90º, visto que circunferência tangencia o eixo polar, visto que
a distância do centro ao pólo (c) é igual ao raio a distância do centro ao pólo (c) é igual ao raio
(a), isto é, c = a . (a), isto é, c = a .

T(a, 0) T(a, 90º)


Raio: a Raio: a

Fazendo c = a e ϖ = 0 na equação geral, Fazendo c = a e ϖ = 90º na equação geral,


obtemos: obtemos:
r − 2ra ⋅ cos ( θ ) = 0 ,
2
r 2 − 2ra ⋅ cos ( θ − 90° ) = 0 ,

ou, simplificando, r = 2a ⋅ cos ( θ ) . ou, simplificando, r = 2a ⋅ sen ( θ ) .

Exercício: Esboce o gráfico da circunferência r = 6 sen ( θ ) . Determine a forma padrão desta


circunferência no sistema cartesiano.

18
CURVAS CLÁSSICAS EM COORDENADAS POLARES

Limaçon
Esta curva, também conhecida como Caracol, possui equação polar do tipo:

r = a + b cos(θ ) ou r = a + bsen(θ) ,

onde a e b são números reais distintos de zero.

r = a + b cos(θ) é uma curva simétrica em relação ao eixo polar (cos), pois cos(− θ) = cos(θ) .

r = a + bsen(θ ) é uma curva simétrica em relação ao eixo a 90º (sen), pois sen(π − θ) = sen(θ) .

As formas básicas da limaçon ( r = a + b cos(θ ) ):

a < b (limaçon com laço) a = b (cardióide) a > b (limaçon sem laço)

Exemplos:

r = −1 + 2sen(θ) r = −2 − 2 cos ( θ ) r = 3 − 2 sen ( θ )


1
3 -3 3
1

1 -4

-1
-1 1
-5

19
Rosácea
Possui equação polar do tipo:

r = a cos(nθ) ou r = asen(nθ) ,

onde a ≠ 0 e n ∈ Z * , com n ≠ 1 .

Se n é par a rosácea tem 2n pétalas e se n é ímpar a rosácea tem n pétalas.

O espaçamento entre os eixos das pétalas é dado por 360 0 p , onde p é o número de pétalas.

Exemplos:

r = 2 cos(2θ) r = 2 sen(2θ) r = 2 cos(3θ )

r = 2 sen(3θ) r = 2 sen(5θ) r = 2 cos(4θ)

20
Lemniscata
Possui equação polar do tipo:

r 2 = a cos(2θ) ou r 2 = asen(2θ) ,

onde a ≠ 0 .

Observe a variação de θ :

• Se a é positivo, então cos(2θ) ou sen(2θ) devem ser positivos.


• Se a é negativo, então cos(2θ) ou sen(2θ) devem ser negativos.

Exemplos:

r 2 = 9 cos(2θ) r 2 = 9sen(2θ)

r 2 = −4 cos(2θ) r 2 = −4sen(2θ)

21
Espiral de Arquimedes
Possui equação polar do tipo:

r = kθ ,

onde k ≠ 0 .

Se θ ≥ 0 a espiral se desenvolve no sentido anti-horário e se θ ≤ 0 a espiral se desenvolve no


sentido horário. Diferentemente das outras curvas clássicas, a espiral tem extensão ilimitada, isto é,
se θ → ∞ , então r → ∞ . Desta forma, o seu gráfico não se encontra contido numa circunferência
de raio finito.

Exemplos:

r = θ , 0 ≤ θ ≤ 2π r = θ , − 2π ≤ θ ≤ 0

r = θ , − 2π ≤ θ ≤ 2 π

22
TRAÇADO DE CURVAS EM COORDENADAS POLARES

Método analítico para traçado de curvas (roteiro):

I) Determine as interseções da curva com os eixos polar e a 90°;


II) Verifique a simetria da curva em relação aos eixos polar, a 90° e ao pólo;
III) Determine a extensão do lugar geométrico. Extensão é estudo do domínio de variação de θ e
do intervalo de variação de r;
IV) Construa uma tabela de pontos P(r, θ) da curva, atribuindo valores conhecidos e convenientes
de θ.
V) O esboço gráfico da curva.

Exemplo: Traçar o gráfico da curva r = -1 + cos(θ).

I) Interseções:
π π
θ = 0 ⇒ r = 0 ⇒ P(0, 0). θ= ⇒ r = -1 ⇒ P(-1, )
2 2

3π 3π
θ = π ⇒ r = -2 ⇒ P(-2, π). θ= ⇒ r = -1 ⇒ P(-1, )
2 2

II) Simetrias:

Eixo polar: Substitua θ por -θ e verifique se há alteração na equação da curva:

• Se a equação sofrer alteração então não há simetria em relação ao eixo polar;


• Se a equação não sofrer alteração então há simetria em relação ao eixo polar;

r = -1 + cos(-θ), como cos(-θ) = cos(θ), então r = -1 + cos(θ), não alterou!


Logo, há simetria em relação ao eixo polar.

Eixo a 90°: Substitua θ por (π - θ) e verifique se há alteração na equação da curva:

• Se a equação sofrer alteração então não há simetria em relação ao eixo a 90º;


• Se a equação não sofrer alteração então há simetria em relação ao eixo a 90º;

r = -1 + cos(π - θ), como cos(π - θ) = -cos(θ), então r = -1 – cos(θ), alterou!


Logo, não há simetria em relação ao eixo a 90º.

Pólo: Substitua θ por (π + θ) e verifique se há alteração na equação da curva:

• Se a equação sofrer alteração então não há simetria em relação ao pólo;


• Se a equação não sofrer alteração então há simetria em relação ao pólo;

r = -1 + cos(π + θ), como cos(π + θ) = -cos(θ), então r = -1 – cos(θ), alterou!


Logo, não há simetria em relação ao pólo.

Conclusão quanto a simetria: a curva é simétrica somente em relação ao eixo polar.

23
III) Extensão:

Sabendo-se que -1 ≤ cos(θ) ≤ 1 para qualquer θ ∈ ℜ , temos:

Para cos(θ) = -1 ⇒ r = -1 + cosθ ⇒ r = -1 + (-1) = -2


Para cos(θ) = 1 ⇒ r = -1 + cosθ ⇒ r = -1 + (1) = 0.

Logo, -2 ≤ r ≤ 0, ou seja, a curva é limitada.

IV) Tabela:

Como a curva é simétrica em relação ao eixo polar, basta atribuir valores conhecidos de θ entre 0º e
180º. Faça a reflexão desta parte da curva obtida em relação ao eixo polar.

θ= r = -1 + cosθ P(r, θ)

0º -1 + cos(0º) = 0 A(0, 0º)


30º -1 + cos(30º) ≅ -0,13 B(-0,13, 30º)
45º -1 + cos(45º) ≅ -0,29 C(-0,29, 45º)
60° -1 + cos(60º) = -0,5 D(-0,5, 60º)
90º -1 + cos(90º) = -1 E(-1, 90º)
120º -1 + cos(120º) = -1,5 F(-1,5, 120º)
135º -1 + cos(135º) ≅ -1,71 G(-1,71, 135º)
150º -1 + cos(150º) ≅ -1,87 G(-1,87, 150º)
180º -1 + cos(180º) = -2 I(-2, 180º)

V) Esboço gráfico:

120° 90°
60°
135° 45°
150° 30°

180° B A 0°
C I
D
E H
F G

24
TRAÇADO RÁPIDO DE CURVAS

Este procedimento somente é válido quando identificamos rapidamente a curva pela forma da sua
equação polar.

Limaçon

Equação polar: r = a + bcos(θ) ou r = a + bsen(θ) ; a ∈ ℜ * e b ∈ ℜ *.

A primeira equação é de uma curva simétrica em relação ao eixo polar (cos) e a segunda, uma curva
simétrica em relação ao eixo a 90º (sen).

Para o traçado rápido da Limaçon é suficiente o primeiro item do roteiro de traçado de curvas
(intersecção com os eixos e com o pólo).

1º caso – Limaçon com laço (|a| < |b|).

Exemplo: r = 1 – 2cos(θ).

2º caso – Cardióide (|a| = |b|).

Exemplo: r = 2 – 2cos(θ).

3º caso – Limaçon sem laço (|a| > |b|).

Exemplo: r = 4 + 3cos(θ).

25
Rosácea

Equação polar: r = acos(nθ) ou r = asen(nθ) ; a ≠ 0 e n ∈ Z*, com |n| ≠ 1.

Se n é par a rosácea tem 2n pétalas, se n é ímpar a rosácea tem n pétalas.

O espaçamento entre os eixos das pétalas é dado por 360º / p , onde p é o número de pétalas.

Para o traçado rápido da Rosácea é suficiente o terceiro item do roteiro de traçado de curvas
(extensão). É importante também determinar o espaçamento entre as pétalas e um ponto extremo de
uma pétala (os outros pontos extremos estão espaçados de acordo com 360º / p) .

Exemplo: r = 2cos(2θ).

26
Lemniscata

Equação polar: r2 = acos(2θ) ou r2 = asen(2θ) ; a ≠ 0.

Observar a extensão de θ, se a > 0, então cos(2θ) ou sen(2θ) devem ser positivos. Se a < 0 então
cos(2θ) ou sen(2θ) devem ser negativos. Estude a variação de θ.

Para o traçado rápido da Lemniscata é suficiente o terceiro item do roteiro de traçado de curvas
(extensão), além de determinar um ponto extremo do laço (o outro é oposto em relação ao pólo).

Exemplo: r2 = 9cos(2θ).

Neste caso, a = 9 > 0. Então: cos(2θ) > 0 ⇒ − 90° < 2θ < 90° ⇒ − 45° < θ < 45° .

27
Espiral de Arquimedes

Equação polar: r = kθ ; θ ≥ 0 (sentido anti-horário) ou θ ≤ 0 (sentido horário) e k ≠ 0.

Para o traçado rápido da Espiral de Arquimedes é suficiente variar o valor de θ, encontrar o valor
de r para cada θ e marcar estes pontos no gráfico. Ligue suavemente os pontos obtidos
aproximando-os por uma espiral.

Exemplo: r = θ (sentido anti-horário, θ ≥ 0)

28
INTERSEÇÃO EM COORDENADAS POLARES

Vamos recordar, inicialmente, como determinar interseções entre duas curvas em coordenadas
cartesianas.

Exemplo 1: Determine os pontos de interseção entre as curvas C1 : y − x − 1 = 0 e


C2 : y − x + 1 = 0 .
2

 y − x −1 = 0
Queremos encontrar a(s) solução(ões) do sistema S :  .
 y − x +1 = 0
2

Resolvendo este sistema por substituição...

 y − x −1 = 0  y = x +1
S : ⇔ S : 
 y − x +1 = 0  y = x −1
2 2

Substitua o valor de y = x + 1 na equação y = x 2 − 1 :

y = x2 −1 ⇒ ( x + 1) = x 2 − 1 ⇒ x + 1 − x2 + 1 = 0 ⇒ − x2 + x + 2 = 0 .

Resolvendo a equação do 2º grau − x 2 + x + 2 = 0 , obtemos ∆ = b 2 − 4ac = (1) − 4(−1)(2) = 9 . Daí:


2

 ′ −1 + 3
−b ± ∆ −1 ± 3  x = −2 = −1
x= = ∴  .
2a −2  x′′ = −1 − 3
=2
 −2

Substituindo o valor de x′ = −1 em qualquer das equações de S, obtemos: y′ = 0 .


Substituindo o valor de x′′ = 2 em qualquer das equações de S, obtemos: y′′ = 3 .

As soluções (interseções) encontradas são P′ = ( x′, y′ ) = ( −1, 0 ) e P′′ = ( x′′, y′′ ) = ( 2, 3) ,


conforme podemos visualizar no gráfico abaixo.

29
No sistema polar não podemos calcular interseções de forma semelhante ao cálculo
realizado em coordenadas cartesianas, pois sabemos que não existe relação de unicidade entre
gráfico e equação, isto é, podemos ter duas ou mais equações distintas que possuem o mesmo
gráfico (ver conjunto abrangente). Isto pode ocasionar uma falsa impressão na quantidade dos
pontos de interseção, como veremos neste próximo exemplo.
Exemplo 2: Determine os pontos de interseção, pares principais ( 0 ≤ θ < 360º e r ≥ 0 ), entre as
curvas C1 : r − 3 = 0 e C2 : r − 6sen ( 2θ ) = 0 .

r − 3 = 0
Queremos encontrar a(s) solução(ões) do sistema S :  .
r − 6sen ( 2θ ) = 0

Resolvendo este sistema por substituição (semelhante ao exemplo anterior)...

r − 3 = 0 r = 3
S : ⇔ S :
r − 6 sen ( 2θ ) = 0 r = 6sen ( 2θ )

Substitua o valor de r = 3 na equação r = 6sen ( 2θ ) :

3 1 2θ = 30º ⇒ θ = 15º ou


3 = 6sen ( 2θ ) ⇒ sen ( 2θ ) = ⇒ sen ( 2θ ) = ⇒  .
6 2 2θ = 150º ⇒ θ = 75º

Substituindo o valor de θ = 15º em qualquer das equações de S, obtemos: r = 3 . Assim, P1 ( 3, 15º ) .


Substituindo o valor de θ = 75º em qualquer das equações de S, obtemos: r = 3 . Assim, P2 ( 3, 75º ) .

Desta forma, as soluções encontradas (e únicas!) deste sistema são P1 ( 3, 15º ) e P2 ( 3, 75º ) .
Observando o gráfico das equações envolvidas C1 : r − 3 = 0 (circunferência com centro na origem e
raio 3) e C2 : r − 6sen ( 2θ ) = 0 (rosácea de 4 pétalas), percebemos a falsa impressão das duas
únicas interseções, pois na verdade são 8 pontos de interseção!

Para encontrarmos as interseções entre duas curvas quaisquer C1 e C2 em coordenadas


polares, precisamos trabalhar com o conjunto abrangente de ambas. Calculamos o conjunto
abrangente de cada curva e depois as interseções entre as equações, duas a duas, uma do conjunto
abrangente de C1 e a outra do conjunto abrangente de C2 . Desta forma, obtemos todas as
interseções. Vamos aplicar este procedimento e recalcular as interseções de C1 : r − 3 = 0 e
C2 : r − 6 sen ( 2θ ) = 0 :

30
Cálculo do conjunto abrangente de C1 : r − 3 = 0 :

Substituindo r por (-1)n .r e θ por θ + nπ, encontramos ( −1) ⋅ r − 3 = 0 .


n

Se n for par, encontramos a mesma curva r − 3 = 0 (ou r = 3 ).


Se n for ímpar, encontramos a curva − r − 3 = 0 (ou r = −3 ).

Assim, o conjunto abrangente de C1 é {C1A : r = 3, C1B : r = −3} .

Cálculo do conjunto abrangente de C2 : r − 6sen ( 2θ ) = 0 :

Substituindo r por (-1)n .r e θ por θ + nπ, encontramos ( −1) ⋅ r − 6 sen ( 2θ + 2nπ ) = 0 .


n

Se n for par, encontramos a mesma curva r − 6sen ( 2θ ) = 0 (ou r = 6sen ( 2θ ) ).


Se n for ímpar, encontramos a curva − r − 6 sen ( 2θ ) = 0 (ou r = −6sen ( 2θ ) ).

Assim, o conjunto abrangente de C2 é {C 2A : r = 6 sen ( 2θ ) , C2 B : r = −6sen ( 2θ )} .

Agora vamos calcular as interseções, duas a duas, entre as equações dos conjuntos abrangentes:

Interseções de C1 A : r = 3 com C2 A : r = 6 sen ( 2θ )

r = 3
 . Já calculamos esta interseção anteriormente e encontramos P1 ( 3, 15º ) e
r = 6sen ( 2θ )
P2 ( 3, 75º ) .

Interseções de C1 A : r = 3 com C2 B : r = −6sen ( 2θ )

r = 3
 .
r = −6sen ( 2θ )

3 1 2θ = 210º ⇒ θ = 105º


3 = −6sen ( 2θ ) ⇒ sen ( 2θ ) = − ⇒ sen ( 2θ ) = − ⇒  .
6 2 2θ = 330º ⇒ θ = 165º

Encontramos então P3 ( 3, 105º ) e P4 ( 3, 165º ) .

Interseções de C1B : r = −3 com C2 A : r = 6 sen ( 2θ )

r = −3
 .
r = 6sen ( 2θ )

31
3 1 2θ = 210º ⇒ θ = 105º
−3 = 6sen ( 2θ ) ⇒ sen ( 2θ ) = − ⇒ sen ( 2θ ) = − ⇒  .
6 2 2θ = 330º ⇒ θ = 165º

Encontramos então P7 ( −3, 105º ) e P8 ( −3, 165º ) , cujos pares principais são, respectivamente,
P7 ( 3, 285º ) e P8 ( 3, 345º ) .

Interseções de C1B : r = −3 com C2 B : r = −6 sen ( 2θ )

r = −3
 .
r = −6sen ( 2θ )

3 1 2θ = 30º ⇒ θ = 15º


−3 = −6sen ( 2θ ) ⇒ sen ( 2θ ) = ⇒ sen ( 2θ ) = ⇒  .
6 2 2θ = 150º ⇒ θ = 75º

Encontramos então P5 ( −3, 15º ) e P6 ( −3, 75º ) cujos pares principais são, respectivamente,
P5 ( 3, 195º ) e P6 ( 3, 255º ) .

Portanto, TODAS AS INTERSEÇÕES encontradas entre a circunferência C1 : r − 3 = 0 e a rosácea


C2 : r − 6 sen ( 2θ ) = 0 , pares principais, são:

P1 ( 3, 15º ) , P2 ( 3, 75º ) , P3 ( 3, 105º ) , P4 ( 3, 165º ) , P5 ( 3, 195º ) , P6 ( 3, 255º ) , P7 ( 3, 285º ) e


P8 ( 3, 345º ) .

32
FÓRMULAS DA TRIGONOMETRIA
Razões trigonométricas num triângulo retângulo:
1 a.
1) sen(B ) = b . ( )
4) cossec B = =
a sen B ( ) b
C
1 a.
2) cos(B ) = c . ( )
5) sec B = = a
a cos B( ) c b
.
3) tg ( B ) = ( ) =b.
sen B
( )
6) cotg B = 1 c
= . A c B
cos ( B ) c ( )
tg B b

Relação trigonométrica fundamental (R.T.F.): Conseqüências da (R.T.F.):

sen 2 ( x ) + cos 2 ( x ) = 1, ∀x ∈ ℜ . a) 1 + tg 2 ( x ) = sec 2 ( x ) .


b) 1 + cotg 2 ( x ) = cossec2 ( x ) .

Tabela de arcos (1º quadrante):


0º 30º 45º 60º 90º
seno 0 12 2 2 3 2 1
cosseno 1 3 2 2 2 12 0
tangente 0 3 3 1 3 ∃/
Fórmulas de adição/subtração. Fórmulas de multiplicação.
1) sen(a ± b ) = sen(a ) cos(b ) ± sen(b ) cos(a ) . 1) sen(2a ) = 2sen(a ) cos(a ) .
2) cos(a ± b ) = cos(a ) cos(b ) ∓ sen(a )sen(b ) . 2) cos(2a ) = cos 2 (a ) − sen (a ) = 1 − 2 sen 2 (a ) = 2 cos 2 (a ) − 1 .

3) tg (a ± b ) = tg (a ) ± tg (a ) . 3) tg (2a ) =
2tg (a ) .
1 ∓ tg (a )tg (b ) 1 − tg 2 (a )
Fórmulas de divisão. Transformação em produto.

1) sen a  = ± 1 − cos( x ) .
a −b a +b.
1) sen(a ) − sen(b ) = 2 sen  ⋅ cos 
2 2  2   2 
2) cos a  = ± 1 + cos( x ) . 2) cos (a ) − cos (b ) = −2 sen
a +b a +b.
 ⋅ sen 
2 2  2   2 
3) tg   = ±
a 1 − cos( x )
=
sen( x )
=
1 − cos( x ) . 3) tg (a ) − tg (b ) = sen(a − b ) .
2 1 + cos(x ) 1 + cos(x ) sen( x ) cos(a ) cos (b )

Redução de arcos ao 1º quadrante (considere 0 < x < π 2 ):


Do 2º para o 1º: Do 3º para o 1º: Do 4º para o 1º:

sen(π − x ) = sen( x ) . sen(π + x ) = − sen(x ) . sen(2π − x ) = − sen( x ) .


cos(π − x ) = − cos( x ) . cos(π + x ) = − cos( x ) . cos(2π − x ) = cos(x ) .
tg (π − x ) = −tg ( x ) . tg (π + x ) = tg ( x ) . tg (2π − x ) = −tg ( x ) .
Lei dos senos e lei dos cossenos num triângulo qualquer.
Lei dos senos: Lei dos cossenos:
C
b a
a b c
= = . θ
sen A( ) ( )
sen B ( )
sen C a 2 = b 2 + c 2 − 2bc ⋅ cos(θ) .
A c B

33

You might also like