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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA HÍDRICA

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

FUNCATE - Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais

PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DE
ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA
O NORDESTE SETENTRIONAL
PROJETO BÁSICO

TRECHO V – EIXO LESTE


R12 – MODELO HIDRODINÂMICO E
ESQUEMA OPERACIONAL

FUNCATE EN.B/V.RF.HI.0003
Março/2001 Revisão 0/C
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

FUNCATE - Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais

TRECHO V – EIXO LESTE


R12 – MODELO HIDRODINÂMICO E
ESQUEMA OPERACIONAL

FUNCATE EN.B/V.RF.HI.0003
PROJETO TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA O
NORDESTE SETENTRIONAL

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL


Secretaria de Infra-Estrutura Hídrica
Ministro de Estado da Integração Nacional: Fernando Luiz Gonçalves Bezerra
Secretário de Infra-Estrutura Hídrica: Rômulo de Macedo Vieira
Coordenador Geral: João Urbano Cagnin

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais


Diretor Interino: Volker W. J. H. Kirchhoff

FUNCATE – Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais


Gerente: José Armando Varão Monteiro
Coordenador Técnico: Antônio Carlos de Almeida Vidon
Coordenador Técnico Adjunto: Ricardo Antônio Abrahão

Brasília, março de 2001

Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais - FUNCATE

Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste


Setentrional; Trecho V – Eixo Leste – R12 – Modelo hidrodinâmico e esquema
operacional. – São José dos Campos: Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia
Espaciais – FUNCATE, 2000.
69 p

1. Transposição de Águas
I. Trecho V – Eixo Leste – R12 – Modelo hidrodinâmico e esquema operacional

CDU 556.5:62

FUNCATE:
Av. Dr. João Guilhermino, 429, 11º Andar – Centro
São José dos Campos – SP
CEP: 12210-131
Telefone: (0XX 12) 341 1399 Fax: (0XX 12) 341 2829
Fundação de Ciência,
Aplicações e Tecnologia
FUNCATE
Espaciais
Projeto Data

Verificação Data

Aprovação Data

Aprovação Data

Código FUNCATE Data


EN.B/V.RF.HI.0003

Rev. Data Folha Descrição Aprovação FUNCATE


Data Aprovação

PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS


DO RIO SÃO FRANCISCO PARA O
NORDESTE SETENTRIONAL
PROJETO BÁSICO

TRECHO V - EIXO LESTE


R12 - MODELO HIDRODINÂNICO E
ESQUEMA OPERACIONAL
PROJETO TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA O
NORDESTE SETENTRIONAL
Equipe
José Armando Varão Monteiro: Gerente

Antônio Carlos de Almeida Vidon: Coordenador Técnico

Ricardo Antônio Abrahão: Coordenador Técnico Adjunto

Akira Ussami: Chefe da Equipe de Geotecnia:


Geverson Luiz Machado – Engenheiro Civil
Gislaine Terezinha de Matos – Engenheira Civil
Newton Bitencourt Santos – Engenheiro Civil

Nobutugu Kaji: Chefe da Equipe de Geologia:


Aloysio Accioly de Senna Filho – Geólogo
Fábio Canzian – Geólogo
José Frederico Büll – Geólogo
Wilson Roberto Mori – Geólogo
Fernando Bispo de Jesus – Técnico de Campo
José Antonio Santos Subrinho – Técnico de Campo

José Carlos Mazzo: Chefe da Equipe de Hidráulica:


Anibal Young Eléspuru – Engenheiro Civil
Rafael Guedes Valença – Engenheiro Civil

José Carlos Degaspare: Chefe da Equipe de Estrutura

José Ricardo Junqueira do Val: Chefe da Equipe de Orçamento e Planejamento


Roberto Lira de Paula – Engenheiro Civil
José Luiz Barbosa Vianna – Tecnólogo em Obras Civis

Ricardo Carone: Chefe da Equipe de Engenharia Mecânica


Bernd Dieter Lukas – Engenheiro Mecânico

Sidnei Collange: Chefe da Equipe de Engenharia Elétrica


Coaraci Inajá Ribeiro – Engenheiro Eletricista

Sandra Schaaf Benfica: Chefe da Equipe de Produção


Aleksander Szulc – Projetista
Antonio Muniz Neto – Projetista
Carla Costa R. Pizzo Atvars – Projetista
Florencio Ortiz Martinez – Projetista
João Luiz Bosso – Projetista
Leandro Eboli – Projetista
Rubens Crepaldi – Projetista
Mônica de Lourdes Sampaio – Auxiliar Técnica

Infra Estrutura e Apoio


Ana Julia Cristofani Belli – Secretária
Maria Luiza Chiarello Miragaia – Secretária
Célia Regina Pandolphi Pereira – Assistente Adm. Especializada
Carlos Roberto Leite Marques – Assistente Administrativo
Laryssa Lillian Lopes – Técnica em Geoprocessamento
Henrique de Brito Farias – Técnico de Informática
Jacqueline Oliveira de Souza – Auxiliar Administrativo
Marcelo Pereira Almeida – Auxiliar Administrativo
Priscila Pastore M. dos Santos – Auxiliar Administrativo
Juliano Augusto do Rosário – Mensageiro
Maria Aparecida de Souza – Servente

Consultores
Francisco Gladston Holanda
Luiz Antonio Villaça de Garcia
Luiz Ferreira Vaz
Nick Barton
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

APRESENTAÇÃO
O presente documento se constitui no Relatório R12 – MODELO HIDRODINÂMICO E ESQUEMA
OPERACIONAL, parte integrante do Projeto Básico do Trecho V – Eixo Leste, referente ao
PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA O NORDESTE
SETENTRIONAL , elaborado pela FUNCATE através do contrato INPE/FUNCATE nº 01.06.094.0/99.

O Projeto de Transposição está sendo desenvolvido com base no Convênio nº 06/97- MPO/SEPRE
celebrado entre o MINISTÉRIO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL-MI e o MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E
TECNOLOGIA-MCTe seu INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS-INPE.

O Projeto Básico do Trecho V – Eixo Leste compõe-se dos seguintes relatórios:

R1 Descrição do Projeto
R2 Critérios de Projeto
R3 Sistemas de Captação no Reservatório da UHE Itaparica
R4 Estações de Bombeamento
R5 Sistema Adutor – Canais, Aquedutos, Tomadas de Usos Difusos, Túnel, Estruturas de
Controle
R6 Barragens e Vertedouros
R7 Sistema de Drenagem
R8 Bases Cartográficas
R9 Geologia e Geotecnia
R10 Estudos Hidrológicos
R11 Sistemas de Supervisão, Controle e Telecomunicações
R12 Modelo Hidrodinâmico e Esquema Operacional
R13 Sistema Elétrico
R14 Canteiros e Sistema Viário
R15 Cronograma e Orçamentos
R16 Caderno de Desenhos
R17 Dossiê de Licitação
R18 Memoriais de Cálculo
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

ÍNDICE PG
1 . OBJETO E OBJETIVO...................................................................................................................1

2 . INTRODUÇÃO................................................................................................................................1

3 . MÉTODO NUMÉRICO DE MACCORMACK DE RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


DOS TRANSIENTES HIDRÁULICOS A SUPERFÍCIE LIVRE- DESCRIÇÃO SUCINTA.....................2

4 . CONDIÇÕES DE CONTORNO DE CADA SUBTRECHO ADOTADAS NAS SIMULAÇÕES.........4


4.1 Descrição sucinta da resolução da condição de contorno das estações de
bombeamento (EB) .....................................................................................................................5
4.2 Descrição sucinta da resolução das condições de contorno intermediárias dos
reservatórios entre estações de bombeamento .......................................................................8
4.3 Condição de contorno intermediária: túnel ou aqueduto funcionando a superfície livre-
descrição sucinta......................................................................................................................11
5 . LEIS DE MANOBRA DE FUNCIONAMENTO DOS GRUPOS BOMBAS ADOTADOS NAS
SIMULAÇÕES DOS TRANSIENTES A SUPERFÍCIE LIVRE. ..........................................................14

6 . CRITÉRIOS BÁSICOS DAS SIMULAÇÕES DE OPERAÇÃO DO SISTEMA COM DEFINIÇÃO


DOS TIPOS DE LINHAS D’ÁGUA ....................................................................................................16

7 . RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES DO SISTEMA ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO MODELO


HIDRODINÂMICO. ............................................................................................................................17
7.1 Subtrecho do reservatório de Itaparica até a Estação de Bombeamento EBV-1 ...........17
7.2 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-1 e EBV-2......................................23
7.3 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-2 e EBV-3......................................29
7.4 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-3 e EBV-4......................................35
7.5 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-4 e EBV-5......................................42
7.6 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-5 e EBV-6......................................48
7.7 Subtrecho da EBV-6 até a tomada d’água para o Açude Poções ....................................54
7.7.1 Funcionamento do subtrecho com a lei de manobra normal. .............................................54
7.7.2 Funcionamento do subtrecho com a lei de manobra excepcional.......................................65
8 . COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES..............................................................................................65
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

1 . OBJETO E OBJETIVO

O objeto deste relatório é o Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Nordeste
Setentrional e o seu objetivo é a descrição geral do sistema no Eixo Leste, Trecho V.
2 . INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os estudos hidrodinâmicos, com a finalidade de se determinar as cotas


máximas da linha d’água ao longo do Trecho V – Eixo Leste.
Os principais estudos desenvolvidos nesta fase foram:
− Determinação dos níveis d’água, ao longo dos trechos em canal em regime permanente, para a
condição de vazão de projeto de 28,0 m³/s e de 18,0m³/s.
− Verificação dos limites de variação do nível d’água e da vazão nos trechos em canal, quando
submetidos a manobras que resultam em regime transitório e parada das bombas nas horas de
pico.
− Análise da magnitude e da freqüência das oscilações do nível d’água e vazão dos trechos em
canal.
− Análise de necessidade de obras complementares, para adequabilidade das bordas do canal,
com alteamento das mesmas ou com construção de muretas.
− Análise do desempenho dos reservatórios de compensação distribuídos ao longo dos
subtrechos e dos localizados a montante e a jusante das elevatórias (forebays).
− Análise de afluência das cheias para períodos de retorno de 1.000 anos em todos os
reservatórios ao longo do trecho.
− Estudo do remanso ao longo dos canais, provocado pelas cheias com período de retorno de
1.000 anos.
O Sistema de Transposição de Águas do Rio São Francisco, Trecho V – Eixo Leste é composto
basicamente de canais, túneis, aquedutos e reservatórios de compensação, ou derivação, os quais
também funcionam como compensação.
A principal característica da operação é a expressiva inércia do fluxo, ao longo do desenvolvimento
de todo sistema.
A implantação dos forebays e reservatórios de compensação com dimensões adequadas e em locais
estratégicos do sistema resulta na diminuição da amplitude das oscilações dos níveis d’água e na
variação mais lenta das vazões, contribuindo para a estabilização do sistema adutor.
Além disso, os forebays servem para suprir temporariamente as estações elevatórias até que o
sistema entre em funcionamento.
A metodologia utilizada para o estudo do comportamento hidráulico tem como base o método de
Maccormack, que é utilizado para resolver as equações de Saint Venant, que regem o fenômeno dos
transientes hidráulicos a superfície livre.

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

3 . MÉTODO NUMÉRICO DE MACCORMACK DE RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS


DOS TRANSIENTES HIDRÁULICOS A SUPERFÍCIE LIVRE- DESCRIÇÃO SUCINTA
As equações diferenciais de Saint Venant, que descrevem o escoamento a superfície livre, foram
adotadas em sua forma conservativa:
∂ A ∂Q
+ =q (1)
∂T ∂ X

∂Q ∂  Q2 
+  + g.I1 = g. A.(S − SF ) (2)
∂T ∂ X  A 

Sendo:
Q = a vazão nos canais, variáveis no tempo e no espaço, m³/s;
A = área da seção transversal dos canais, m²;
q = vazão de fuga lateral de fluxo por unidade de comprimento de canal, m³/s/m;
g = aceleração gravitacional, 9,8 m/s²
X= distância, m;
T= tempo, s
gI1= parâmetro relativo à seção transversal
O método numérico de MacCormack, utilizado para resolução das equações diferenciais de Saint
Venant, foi então aplicado nas seções transversais internas dos canais (ver figura 1).
As condições de contorno extremas e intermediárias foram resolvidas com auxílio dos vetores de
ligação do método das características.
As equações (1) e (2) antes apresentadas podem ser postas sob forma vetorial:
∂G ∂F
+ =Z (3)
∂T ∂ X

Sendo os vetores G, F e Z abaixo definidas como:

 A
G=  (4)
Q 

 Q 
F = Q 2  (5)
 + gI1
 A 

2
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

 q 
Z =  (6)
 g. A.(S − SF )

Figura 1

3
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Diagrama Tempo – Espaço do Método de MacCormack


O método emprega dois passos para cada intervalo de tempo DT:
1º Passo: previsão

Gi* = GiT − L. ( Fi+1


T
− Fi T ) + DT . Z iT (7)

Sendo:

DT
L= (8)
DX

2º Passo: correção
G i** = Gi* − L.( Fi* − Fi `*−1 ) + DT . Z i* (9)

Ao final do intervalo de tempo DT, tem-se os valores:

GiT + Gi**
GiT + DT = (10)
2

Sendo GiT + D o vetor dos parâmetros hidráulicos da altura d’água e vazão no extremo do intervalo de
tempo.
O método avança, então, para os cálculos dos parâmetros em intervalos de tempo prefixados.

4 . CONDIÇÕES DE CONTORNO DE CADA SUBTRECHO ADOTADAS NAS SIMULAÇÕES


O trecho V foi dividido em subtrechos entre estações de bombeamento, para as simulações dos
transientes a superfície livre.
As condições de contorno dos subtrechos, para aplicação do modelo hidrodinâmico, foram de dois
tipos básicos:
− Condições de contorno nas extremidades dos subtrechos, constituídas pelas próprias estações
de bombeamento com seus forebays e suas leis de manobra de funcionamento dos grupos
bombas.
− Condições de contorno intermediárias constituídas pelos vários reservatórios, aquedutos e
túnel, encontrados no meio de cada subtrecho.
No quadro 3.1, apresenta-se um resumo das condições de contorno adotadas nas simulações.

4
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

4.1 Descrição sucinta da resolução da condição de contorno das estações de


bombeamento (EB)
Para a resolução das condições de contorno extremas, referentes às estações de
bombeamento, utilizou-se o Método das Características resumido a seguir, (Ver figura 2):

Quadro 3.1

Condições de contorno
Subtrecho
de montante intermediárias de jusante
Reservatório de Reserv. de Itaparica EBV-1 com forebay com
____
Itaparica até EBV-1 com NA = Constante lei de manobra normal
Reservatório Areias
EBV-1 com forebay e lei EBV-2 com C.C. e lei de
EBV-1 até EBV-2 com sua curva cota-
de manobra normal manobra normal
volume
Reservatórios Braúnas
EBV-2 com forebay e lei e Mandantes com suas EBV-3 com forebay e lei
EBV-2 até EBV-3
de manobra normal respectivas curvas cota- de manobra normal
volume
Reservatórios
- Salgueiro
- Muquém
EBV-3 com forebay e lei EBV-4 com forebay e lei
EBV-3 até EBV-4 - Cacimba Nova com
de manobra normal de manobra normal
suas respectivas curvas
cota-volume
- Aqueduto Jacaré
Reservatórios:
- Bagres
- Copití
EBV-4 com forebay e lei - Moxotó EBV-4 com forebay e lei
EBV-4 até EBV-5
de manobra normal Aquedutos: de manobra normal
- Caetitu
- Branco
- Barreiros
EBV-5 com forebay e lei -Reservatório Barreiro EBV-6 com forebay e lei
EBV-5 até EBV-6
de manobra normal de manobra normal
EBV-6 até a tomada - Reservatório Campos
d’água da tubulação EBV-6 com forebay e lei com sua curva cota- Curva Chave das alturas d’
forçada para o açude de manobra normal volume água normais do canal
Poções - Túnel Monteiro

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 2

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

a) No novo tempo de cálculo T= T+ DT o programa computacional arbitra o novo valor da


altura d’água YP, na seção transversal extrema de jusante do canal S(N+1):
b) Pela equação da característica positiva, tem-se o valor da velocidade do fluxo nesta seção:
g (11)
VP = CP − .YP
CE
c) Utilizando a equação da energia na seção extrema de jusante S(N+1), tem-se:

VP 2 VP.VP
NARP = CF ( N + 1) + YP + − K. (12)
2g 2g
Sendo:
NARP = Cota do nível d’água na câmara de carga
YP e VP = altura d’água e velocidade do fluxo na seção S(N+1):
K= coeficiente de perda de carga localizada, na transição canal-forebay

d) A nova vazão no extremo do intervalo de tempo T=T+DT é dada pela lei de manobra normal
cuja equação é (ver figura 2)

  QMAX  
QMP = QMAX −  .T  (13)
  TF  

Sendo:

QMAX = vazão máxima de bombeamento


TF= Tempo de diminuição ou aumento de vazão durante a parada ou partida das bombas

e) Com os valores acima faz-se o cálculo iterativo até verificar a validade da equação da
continuidade, a seguir indicada:

QP − Q QMP + QM
.DT − .DT = VOLP − VOL (14)
2 2

Sendo:
Q e QM= vazões no início do intervalo de tempo.
QP e QMP = vazões no final do intervalo de tempo T=T+DT
VOLP = volume d’água armazenada no forebay, no final do intervalo de tempo
T= T+ DT.
7
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

VOL = O volume no início do intervalo de tempo T.


O volume VOLP é função da cota do forebay:
VOLP = F(NARP).
A equação (14), é resolvida iterativamente, nos passos a) a e) de cálculo, para cada intervalo de
tempo DT.

4.2 Descrição sucinta da resolução das condições de contorno intermediárias dos


reservatórios entre estações de bombeamento
Descreve-se a seguir o método iterativo de resolução da condição de contorno intermediária
(c.c.i.), constituída pelas vários reservatórios constantes dos subtrechos (Ver esquema da figura
3):
a) No final de cada intervalo de tempo T=T+DT, o programa computacional arbitra o valor da
altura d’água YP( I − 1) a montante do reservatório.

b) Pela equação da característica positiva, o programa calcula o valor da velocidade do fluxo:


g
VP( I − 1) = CP − .YP( I − 1) (15)
CE
Sendo:

CP = Vetor da característica positiva função dos parâmetros hidráulicos do início do intervalo de


tempo.
CE = celeridade do fluxo na seção E.
g = aceleração gravitacional.

c) Pela equação da energia tem-se (Ver figura 3):

VP( I − 1) 2 VP( I − 1).VP( I − 1)


NARP = CF ( I − 1) + YP( I − 1) + − K. (16)
2g 2g
Sendo:
NARP = a cota do nível da água do reservatório.
CF ( I − 1) = cota do fundo do canal na seção de entrada do reservatório.
K= coeficiente de perda de carga localizada na transição de fluxo do canal para o reservatório.
d) Aplicando na seção de saída a jusante do reservatório, a mesma equação da energia do
passo anterior, tem-se: (Ver o esquema da figura 3)
V ( I ).V ( I ) V (I )2
NARP − K − = YP( I ) + CF ( I ) (17)
2g 2g
8
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Sendo:
YP(I ) = altura d’água na seção S (I ) .
V (I ) = velocidade do fluxo na seção S (I ) , no início do intervalo de tempo.
e) Tirando-se o valor de YP(I ) na equação anterior, obtém-se o valor da vazão na seção S (I ) ,
no final do intervalo de tempo DT, pela equação da característica negativa:
 g 
QP( I ) = CN + .YP( I ). AP( I ) (18)
 CD 

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Condição de Contorno Intermediária: Reservatório de Compensação


Figura 3

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Sendo:
CN = vetor da característica negativa, baseado nos parâmetros hidráulicos do início do intervalo
de tempo.
CD = celeridade da onda na seção D
AP (I ) = área molhada na seção S (I )
Igualmente, para a altura d’água arbitrada YP( I − 1) tem-se:

 g 
QP( I − 1) = CP − .YP( I − 1). AP( I − 1) (19)
 CE 
Sendo:
CP = vetor de característica positiva, baseado nos parâmetros hidráulicos do início do intervalo
de tempo.
CE= celeridade da onda na seção E.
AP (I ) = área molhada da seção S (I )
f) Com os parâmetros calculados nos passos anteriores, o programa computacional verifica a
equação da continuidade abaixo:

QP( I − 1) + Q( I − 1) QP( I ) + Q( I )
.DT − .DT = VOLP − VOL (20)
2 2
Sendo:
VOLP = f(NARP), o volume de reservatório função da sua cota de nível, no extremo do intervalo
de tempo DT.
VOL = idem acima para o início do intervalo de tempo DT
Os valores das vazões nas seções S ( I − 1) e S (I ) , respectivamente Q( I − 1) e Q (I ) ,são
referidas ao início do intervalo de tempo DT
Caso não confirme a equação da continuidade acima, o programa computacional arbitra um
novo valor para YP( I − 1) e volta-se ao passo b), em processo iterativo.
Todo este algoritmo é realizado para cada intervalo de tempo DT.

4.3 Condição de contorno intermediária: túnel ou aqueduto funcionando a superfície


livre-descrição sucinta
Na seção de entrada a montante do túnel, tendo em vista as duas seções justapostas S ( I − 1) e
S (I ) tem-se, de acordo com a equação de energia: (Ver figura 4):

VP ( I − 1) 2 V ( I ).V ( I ) V (I ) 2
YP( I − 1) + CF ( I − 1) + − K. = YP( I ) + CF ( I ) +
2g 2g 2g

11
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

CONDIÇÃO DE CONTORNO INTERMEDIÁRIA:


TÚNEL OU AQUEDUTO FUNCIONANDO À
SUPERFÍCIE LIVRE

Figura 4

12
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Sendo:

YP( I − 1) e YP(1) = alturas d’água nas seções S ( I − 1) e S (I ) no final do intervalo de tempo (T=
T + DT)
VP( I − 1) = velocidade do fluxo na seção S ( I − 1) para o final do intervalo de tempo (T= T+ DT)
V (I ) = velocidade do fluxo na seção S (I ) no início do intervalo de tempo (T).
K = coeficiente de perda de carga localizada pelo efeito da transição canal-túnel.
CF ( I − 1) e CF (I ) = são, respectivamente, as cotas do fundo do canal na seção S ( I − 1) e do
fundo do túnel na seção S(I)

O programa iterativo apresenta então o seguinte algoritmo:

a) No novo tempo T=T+DT, arbitra-se o valor da altura d’água na seção S ( I − 1) , ou seja


YP( I − 1) .

b) Pela equação da característica positiva calcula-se o valor da velocidade na seção S ( I − 1) :

 9,8 
VP( I − 1) = CP −  .YP( I − 1)
 CE 
Sendo CP o vetor da característica positiva.

c) Pela equação da energia anteriormente apresentada, obtém-se por sua vez o valor da altura
d’água na seção S (I ) :
2
VP( I − 1)2 .V ( I ). V ( I ) V (I )
YP(1) = YP( I − 1) + CF ( I − 1) + − K. − CF ( I ) −
2g 2g 2g
d) Pela equação da característica negativa, tem-se o valor da velocidade do fluxo na seção
S (I ) desta vez para o novo tempo T=T+DT
9,8
VP( I ) = CN + .YP( I )
CD
e) Conhecidos os valores das alturas d’água YP( I − 1) e YP(I ) o programa calcula os valores
das suas áreas molhadas respectivas:
AP ( I ) = f [YP( I )] e AP ( I − 1) = f [(YP( I − 1)]

As vazões nas respectivas seções são:

13
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

QP( I − 1) = VP ( I − 1).QP( I − 1)
QP( I ) = VP( I ). AP( I )
f) Finalmente pela equação da continuidade nas seções S ( I − 1) E S (I ) tem-se:

QP( I − 1) = QP( I )
g) Caso esta última equação não se verifique, o programa computacional arbitra outro valor
para YP( I − 1) e volta ao passo b) iterativamente, até alcançar a precisão desejada.
Para a saída de jusante do túnel aplica-se o mesmo algoritmo computacional anterior, tendo-se
os parâmetros hidráulicos nas seções, para o novo tempo T=T+DT, e assim por diante,
modelando-se o transiente durante o período de tempo desejado.
5 . LEIS DE MANOBRA DE FUNCIONAMENTO DOS GRUPOS BOMBAS ADOTADOS NAS
SIMULAÇÕES DOS TRANSIENTES A SUPERFÍCIE LIVRE.
As simulações citadas tiveram por finalidade principal a obtenção dos seguintes parâmetros do
projeto:
− Cota das margens dos canais e forebays das estações de bombeamento.
− Cotas das soleiras dos vertedouros dos reservatórios.
− Comprimento das soleiras dos vertedouros dos reservatórios.
− Cota do coroamento das barragens dos reservatórios.
Foram adotadas duas leis básicas com relação às Manobras dos grupos bombas das Estações de
Bombeamento:
a) Lei de Manobra Normal dos grupos bombas das estações de bombeamento (Ver figura 5):
Esta é uma operação diária, em que os grupos bombas são desligados e a vazão decresce
linearmente em quatro minutos até se anular, permanecendo com este valor, durante as três horas
que corresponde ao período de ponta, ou seja, de energia de maior custo.
A seguir, depois deste intervalo de tempo, considera-se a vazão total da E.B. crescendo linearmente,
voltando a atingir seu valor máximo em quatro minutos.
b) Lei de manobra excepcional (Ver figura 5):
Com esta lei, considera-se a variação linearmente decrescente da vazão total dos grupos bombas
em um minuto apenas, até se anular completamente.
A vazão permanece nula por tempo indeterminado. Esta manobra visa simular a horizontalização do
nível d’água em cada subtrecho, para verificação de possíveis extravasamentos de água do sistema.

14
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 5

15
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

6 . CRITÉRIOS BÁSICOS DAS SIMULAÇÕES DE OPERAÇÃO DO SISTEMA COM DEFINIÇÃO


DOS TIPOS DE LINHAS D’ÁGUA
Para as simulações de operação do sistema, foram adotadas condições para cada tipo de linha
d’água que se objetivou obter:
a) Para obtenção da linha d’água nos canais e reservatórios, referentes ao nível d’água normal,
considerou-se para cada subtrecho estudado, o modelo hidrodinâmico com a vazão normal de
projeto nos canais (28,0 ou 18,0 m³/s), constantes por tempo indeterminado. Esta linha d’água
obtida leva em conta todas as perdas hidráulicas localizadas nas transições (canal para
reservatório, reservatório para canal, etc...). Este funcionamento do sistema é isento de
transientes hidráulicos a superfície livre e a linha d’água obtida é também definida como linha
d’água em regime permanente.
Para obtenção da linha d’água envoltória dos níveis d’água máximos normais, considerou-se para
cada subtrecho, as estações do bombeamento efetuando a lei de manobra normal de funcionamento
diário conforme indicado no item 4.
Os transientes hidráulicos de oscilação de níveis foram monitorados pelo programa
computacional que captou só os níveis de d’água máximos em cada seção do cálculo. Nos
reservatórios intermediários, cujas capacidades de acumulação e fornecimento d’água são
também levados em conta, os níveis máximos normais são também captados. O período de
tempo desta simulação foi geralmente de 24,0 horas do funcionamento do sistema.
Para obtenção da linha d’água envoltória dos níveis d’água máximos maximorum:
Neste caso, considera-se como linha d’água inicial a linha d´água envoltória dos NA’s máximos
normais, obtida conforme o critério acima citado no item b.
Considera-se a seguir os hidrogramas afluentes de tempo de retorno de 1.000 anos, gerados
para cada bacia hidrográfica de cada reservatório.
Estes hidrogramas considerados simultâneos, são laminados pelos reservatórios com seus
respectivos vertedouros de superfície, caso os níveis d’água sobrepassem as cotas das suas
soleiras.
Os canais em conexão com os respectivos reservatórios escoando suas vazões de projeto de
28,0 ou 18,0 m³/s, participam também da laminação da enchente, com níveis de d’água
remansados para montante e jusante.
Os valores das cotas das soleiras dos vertedouros dos reservatórios Muquém e Cacimba Nova
(do subtrecho EBV-3 à EBV-4) e Barreiros (do subtrecho EBV-5 à EBV-6) foram obtidos
somando-se 0,5 m aos NAs MAX Normais respectivos. As cargas máximas sobre as soleiras
foram obtidas pela laminação de enchente.
Para os reservatórios restantes, uma vez que os hidrogramas de cheia de TR de 1.000 anos
não possuem volume suficiente para alcançar as soleiras dos vertedouros (∆H < 0,5m), foram
adotados vertedouros de emergência com as cotas das soleiras iguais aos respectivos NAs
Max Normais. Os comprimentos destas soleiras foram calculados para escoar as vazões de
28,0 m³/s e 18,0 m³/s com uma lâmina de 0,47 m. Estes vertedouros não são utilizados nas
laminações da enchente citada.
Para a definição da cota das margens dos canais foi utilizado o seguinte critério:

16
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Adiciona-se 0,50m à linha d’água dos níveis d’água normais e soma-se também 0,30 m à linha
d’água dos níveis d’água máximos maximorum; o maior valor é adotado para a cota da
margem, em cada seção transversal de canal. Esta linha de margem é então verificada com
relação à linha d’água dos NA’s máximos normais.
7 . RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES DO SISTEMA ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO MODELO
HIDRODINÂMICO.
São apresentados a seguir os resultados das simulações, para cada sub-trecho do eixo leste, trecho
V
7.1 Subtrecho do reservatório de Itaparica até a Estação de Bombeamento EBV-1
Na figura 6, apresenta-se um esquema do subtrecho do reservatório de Itaparica até a tomada
d’água da estação de bombeamento EBV-1.
Na figura 7, apresenta-se o perfil longitudinal do canal, com as linhas d’água obtidas através do
modelo Hidrodinâmico, conforme se indica a seguir.
a) Para NA igual a 299,00 m, que corresponde ao NA mínimo no reservatório de Itaparica,
apresenta-se a linha d’água em regime permanente, para vazão de 28,0 m³/s, constante no
tempo e no espaço.
Acima da linha d’água em regime permanente, encontra-se traçado a linha d’água envoltória
dos NA’s máximos normais, com a lei de manobra normal.
Observa-se que próximo à EBV-1 a variação do NA, de acordo com o funcionamento, é:
- NA normal igual a 298,64 m em regime permanente;
- NA máximo normal igual a 299,13 m;
Verifica-se que existe uma diferença de níveis de 0,49 m em relação ao NA normal,
conforme figura 9.
Nas figuras 9 e 10, anexas, são apresentados os gráficos de variações de níveis d’água em
função do tempo, correspondente a lei de manobra normal que ocorre diariamente.
A oscilação do nível máximo no meio do canal é de 0,28 m, conforme figura 10.
b) Para o NA igual a 304,00 m, NA máximo normal do reservatório de Itaparica, a máxima
oscilação positiva acontece no forebay EBV-1, ( ver figura 8), onde temos:
-NA normal igual a 303,99 m em regime uniforme;
-NA máximo normal igual a 304,99 m.
Verifica-se que existe uma diferença de níveis de 0,10 m em relação ao NA normal.
c) Para NA igual a 305,00 m, NA máximo maximorum no reservatório de Itaparica, a linha
d’água é praticamente horizontal durante a lei de manobra normal.
Neste trecho adotou-se 307,00 m, como cota da crista do canal.

17
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 6

18
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

301,00
SUBTRECHO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA A EBV-1
PARA NA. EM ITAPARICA = 299.00 M
NA (m)
Linha D´água Envoltória dos NA´s EBV-1
NA Máx.Maximorum=305.00 m
Máximos Normais com Lei de Manobra
300,00
Normal

NA no Reservatório de Itaparica = 299.00 m

299,00

Linha d´água em Regime Permanente


Inicial
298,00

Q= 28.0 M3/S

297,00
Perfil do canal com linhas d´água
de projeto

296,00
Fundo do canal
Programa : HTSF18.BAS
Arquivo : LTSF18VB.XLS
DIR : TSF3 ; (02-dez-2000)
FIGURA 7 DISTÂNCIA (m)
295,00
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

19
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

305,00
NA no reservatório de Itaparica = 304.0 m Linha D´água Envoltória dos NA´s Máximos Normais
com Lei de Manobra Normal
304,00

EBV-1
303,00
NA (M) Linha d´água em Regime Permanente
Inicial
302,00

301,00
Q= 28.0 M3/S

300,00

299,00
SUBTRECHO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA A EBV-1
(PARA NA. EM ITAPARICA = 304.00 M )
298,00
Obs) NA Máx. Maximorum = 305.00 m com linha
d´água completamente horizontal para
297,00 operação da EBV-1 com Lei de Manobra
Normal
Fundo do canal
296,00

295,00
Programa :HTSF18.BAS
Arquivo : LTSF18VC.XLS ;Dir: TSF3 (02-dez-2000) FIGURA 8 DISTÂNCIA (m)
294,00
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

20
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

301
NA (m) SUBTRECHO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA
`A EBV-1
(PARA NA EM ITAPARICA = 299.00 m )

300

Volta ao Regime Permanente

299
DH= 0.49 m

DT = 3.0 horas

298
Religamento das bombas
3.0 horas após .
Parada das bombas
em 4 minutos

297

Oscilação do nível d´água na câmara de


carga da EBV-1 com a operação diária
com a Lei de Manobras Normal dos grupos
296
bombas

TEMPO ( minutos )
FIGURA 9
295
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000

21
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

302
NA (m) SUBTRECHO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA
`A EBV-1
(PARA NA EM ITAPARICA = 299.00 m )
301

300

DH= 0.28 m
299

DT = 3.0 horas Volta ao Regime


Parada das bombas em Permanente
4 minutos Religamento das bombas
298
3.0 horas após

297
Oscilação do nível d´água na seção transversal
localizada na metade do canal durante a operação diária com a Lei
de Manobra Normal dos grupos
bombas
296 .

FIGURA 10
TEMPO (minutos)
295
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000

22
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.2 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-1 e EBV-2


Na figura 11, apresenta-se um esquema do trecho entre as estações de bombeamento EBV-1 e
EBV-2.
Na figura 12, é apresentado, o perfil do canal, as três linhas d’água principais de projeto, e a
linha das margens do canal.
a) A linha d’água, em regime permanente, foi obtida através dos estudos em modelo
hidrodinâmico com a vazão constante de 28,0m³/s e os níveis d’água em cada seção
transversal do canal são denominados de nível d’água normal.
b) A linha d’água envoltória dos níveis d’água máximos normais são resultantes dos estudos
de transientes ocorridos diariamente, pela operação das estações de bombeamento de
montante EBV-1 e de jusante EBV-2, conforme a lei de manobra normal, já descrita
anteriormente, nas quais ambas as estações de bombeamento são consideradas operando
simultaneamente, tanto no desligamento como no religamento, o que acarreta que o volume
d’água armazenado em cada subtrecho é o mesmo ao final de cada operação diária.
Nas figuras 13 e 14 a seguir são apresentados os linigramas ocorridos nos forebays das
estações de bombeamento durante os estudos de transientes hidráulicos, e são
apresentadas as oscilações positivas e negativas em relação ao NA máx. normal em regime
permanente.
Na figura 13 se apresenta o gráfico da oscilação de nível d’água no forebay da EBV-1.
A oscilação de nível máximo, para baixo é de 1,0m. A oscilação máxima acima do NA
normal é cerca de 0,12m já citado anteriormente.
Na figura 14 contém o gráfico da oscilação de nível d’água positiva, na câmara de carga da
EBV-2, de valor 0,59m como descrito anteriormente. No religamento das bombas a
oscilação negativa, abaixo do NA normal é de aproximadamente 0,21m.
Na figura 15 se apresenta a oscilação do nível d’água do reservatório Areias, de
aproximadamente 0,05 m.
c) A terceira linha d’água obtida é a dos níveis d’água máximos maximorum causadas pela
laminação da enchente de tempo de recorrência de 1.000 anos, decorrente da bacia
hidrográfica do reservatório Areias.
Nota-se no perfil da figura 12 que o aumento de nível d’água neste reservatório fica restrito
ao trecho do mesmo. Todo o volume do hidrograma afluente da enchente acima citada, é
armazenada em apenas 0,10 m de lâmina d’água do reservatório. Concluiu-se que não é
necessário vertedouro específico para enchentes com esta probabilidade de ocorrência.

23
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 11

24
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

363,00
NA (m) SUBTRECHO EBV-1 A EBV-2

362,50
Linha das margens

362,00

361,50
Linha d´água em Regime Permanente
Inicial
361,00
Linha dágua dos Níveis Máx. Maximorum
( Enchente de TR 1000 anos )
360,50
Linha D´água Envoltória dos NA´s Máximos
Normais com Lei de Manobra Normal
Q= 28.0 m3/s
360,00

Perfil do canal com linhas


359,50
d´água de projeto

359,00
Fundo do Canal Reservatório Areias

358,50

358,00
PROGRAMA :HTSF17.BAS
Arquivo :LTSF17VC.XLS ; Dir:TSF3 FIGURA 12 DISTÂNCIA (m)
357,50
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

25
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

365
SUBTRECHO EBV-1 `A EBV-2
NA (m)

364

363
DT= 3.0 horas

362
DH = 1.0 m

361

360
Oscilação negativa do nível d´água na câmara de
carga da EBV-1 durante a operação com a Lei de
Manobra Normal
359

358

DISTÂNCIA (m )
FIGURA 13
357
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100

26
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

364
NA (m) SUBTRECHO EBV-1 `A EBV-2

363

362

DH=0.59 m

361
DT = 3.0 horas

360

359 Oscilação do nível d´água na câmara


de carga da EBV-2 durante a operação com a Lei de
Manobra Normal

358

FIGURA 14 TEMPO (minutos)


357
1350 1400 1450 1500 1550 1600 1650 1700

27
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

361,7
NA (m) SUBTRECHO EBV-1 `A EBV-2

361,6

361,5

DT = 3.0 horas

361,4

361,3

Oscilação do nível d´água do reservatório


Areias durante a operação diária com
a Lei de Manobra Normal
361,2

FIGURA 15 TEMPO ( minutos )

361,1
1300 1400 1500 1600 1700 1800

28
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Adotou-se apenas um vertedouro de emergência, dimensionado para a vazão do canal de


28,0m³/s.
7.3 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-2 e EBV-3.
Na figura 16, é apresentado o desenho esquemático do subtrecho EBV-2 a EBV-3
Na figura 17, apresenta-se o perfil do canal com os reservatórios de Braúnas e Mandantes, com
as três linhas d’água anteriormente definidas, junto com as cotas das margens.
No quadro 6.3.1 estão indicadas as oscilações de níveis d’água positivos, acima do NA normal,
em regime permanente e negativo abaixo do NA normal nos respectivos forebays da EBV-2 e
EBV-3 e também dos reservatórios Braúnas e Mandantes na operação diária com a lei de
manobra normal.
Nas figuras 18 e 19 apresentam-se as oscilações de níveis em função do tempo para os dois
forebays.
No quadro 6.3.2 apresentam-se as oscilações positivas de níveis d’água para a operação com
enchente de período de retorno de 1.000 anos, nas principais seções deste subtrecho.
Quadro 6.3.1
Subtrecho EBV-2 a EBV-3
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a operação diária com a lei
de manobra normal, em relação ao NA normal:

NA Máximo Oscilação Máxima Oscilação Máxima


Local NA Normal (m)
Normal (m) Positiva (m) negativa (m)
EBV-2
401,00 401,21 0,21 0,58

EVB-3
399,64 400,14 0,50 -

Reservatório
400,92 400,96 0,04 -
Braúnas
Reservatório
399,76 400,12 0,36 -
Mandantes

29
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.3.1
Subtrecho EBV-2 a EBV-3
Oscilações Máximas de Níveis D`água nas seções principais durante a enchente de período de
retorno de 1000 anos em relação ao NA Normal:

Oscilação
NA Máximo
Local NA Normal (m) Máxima Positiva
Maximorum (m)
(m)
EBV-2 401,00 401,21 0,21
EBV-3 399,64 400,48 0,84
Reservatório
400,92 401,14 0,22
Braúnas
Reservatório
399,76 400,56 0,80
Mandantes

30
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 16

31
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

402,00
NA (m ) SUBTRECHO EBV-2 A EBV-3

Cotas das Margens

401,00

Linha d´água dos Níveis Máximos


Maximorum (Enchente TR 1000 ANOS)
400,00

Q=28.0 m3/s Linha d´água Envoltória dos NA´s


Máximos Normais com Lei de Manobra
Normal
399,00
Linha d´água em Regime
Permanente Inicial
Perfil do canal com linhas d´água
de projeto .
398,00 Res. Braúnas

Fundo do canal

Res. Mandantes
397,00

Programa : HTSF16.BAS
Arquivo : LTSF16VC.XLS ; Dir : TSF3 FIGURA 17 DISTÂNCIA ( m )
396,00
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000

32
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

403
SUBTRECHO EBV-2 ´A EBV-3
NA (m)
402,5

402

401,5
DH = 0.21 m
401
DH=0.58 m

400,5
DT = 3.0 horas

400

399,5
Oscilação de nível d´água na câmara
399 de carga da EBV-2 durante a operação
diária com a Lei de Manobra Normal

398,5

398

397,5
FIGURA 18 TEMPO ( minutos )

397
1300 1400 1500 1600 1700 1800

33
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

403
NA ( m ) SUBTRECHO EBV-2 `A EBV-3

402

401

400
DH = 0.5 m

399
DT = 3.0 HORAS

398

397

Oscilação do nível d´água na


396 câmara de carga da EBV-3
durante a operação diária com a
Lei de Manobra Normal
395

394
TEMPO (minutos)
FIGURA 19

393
1350 1450 1550 1650 1750

34
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.4 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-3 e EBV-4


Na figura 20, apresenta-se o desenho esquemático do subtrecho EBV-3 e EBV-4
Na figura 21, anexa, apresenta-se o perfil deste subtrecho com as três linhas d’água definidas
para os três casos analisados, ou seja, NA normal, NA máximo normal, NA máximo maximorum
e linha de cota das margens.
No quadro 6.4.1, apresentam-se os níveis d’água normais e NA’s máximos normais nas
principais seções do subtrecho. São também apresentadas as oscilações máximas positivas,
acima do NA normal e negativas abaixo do Na normal.
As oscilações máximas negativas correspondem ao rebaixamento de nível d’água, abaixo do NA
normal. O forebay da EBV-3 é a que apresenta maior oscilação de 0,65m.
No quadro 6.4.2 estão apresentados as oscilações de níveis d’água máximos maximorum de
enchente de período de retorno de 1.000 anos, em relação ao NA normal.
As figuras 22 a 23 contém os gráficos de variação de níveis d’água em relação ao tempo
(linigramas) e de vazões em relação ao tempo (hidrogramas), referidas acima.

35
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.4.1
Subtrecho EBV-3 a EBV-4
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a operação diária com a Lei
de manobra normal, em relação ao NA normal.

NA máximo normal Oscilação máxima Oscilação máxima


Local NA normal (m)
(m) positiva (m) negativa (m)
EBV-3
459,50 459,65 0,15 0,65

EBV-4
454,17 454,73 0,56 -

Reservatório
459,43 459,43 0,00 -
Salgueiro
Reservatório
456,40 456,41 0,01 -
Muquém
Reservatório
454,37 454,72 0,35 -
Cacimba Nova

36
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.4.2
Subtrecho EBV-3 a EBV-4
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a enchente de período de
retorno de 1000 anos, em relação ao NA normal.

NA máximo maximorum Oscilação máxima


Local NA normal (m)
(m) positiva (m)
EBV-3
459,50 459,70 0,20

EBV-4
454,17 455,50 1,33

Reservatório
459,43 459,60 0,17
Salgueiro
Reservatório
456,40 457,21 0,81
Muquém
Reservatório Cacimba
454,37 454,47 1,10
Nova

37
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 20

38
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

461
NA (m) SUBTRECHO EBV-3 À EBV-4

460
Cotas das Margens

459
Linhas D´água dos Níveis Máximos Maximorum
(Enchente TR 1000 anos )
458

Linha D´água Envoltória dos NA´s


457 Res. Máximos Normais com Lei de
Salgueiro Manobra Normal
Q=28.0 m3/s
456
Fundo do canal

455

454 Res.
Muquem Linha D´água em Regime Permanente Inicial
( Na Normal )
453
Perfil do canal com linhas d´água
de projeto
452 Res.
Cacimba Nova

451
Programa :HTSF11.BAS
Arquivo : LTSF11VC.XLS; Dir : TSF3 (07-dez-2000 ) FIGURA 21
DISTÂNCIA (m)
450
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000

39
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

463

SUBTRECHO EBV-3 `A EBV-4

462
NA (m)

461

460

459

DT = 3.0 horas
458

457 Oscilação de nível d´água na câmara de carga


da EBV-3 durante a operação diária com a Lei de Manobre Normal .

456
TEMPO ( horas )
FIGURA 22
455
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900

40
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

456

NA (m ) SUBTRECHO EBV-3 `A EBV-4

455

454
DT = 3.0 horas

453

Oscilação de nível d´água na câmara de carga


da EBV-4 durante a operação diária com a
Lei de Manobra Normal.
452

451

TEMPO (m )
FIGURA 23

450
1400 1450 1500 1550 1600 1650 1700

41
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.5 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-4 e EBV-5


Na figura 24, é apresentado o desenho esquemático do subtrecho EBV-4 e EBV-5.
Na figura 25, apresenta-se o perfil do canal com os reservatórios Bagres, Copiti, e Moxotó, com
as três linhas d’água funcionando em regime permanente, envoltória dos níveis d’água máximos
normais para o funcionamento com manobra normal e a linha d’água dos níveis máximos
maximorum para a enchente de período de retorno de 1000 anos.
No quadro 6.5.1 estão indicadas as oscilações de níveis d’água positivas, em relação ao nível
d’água normal, nas seções principais, ou seja, nos forebays da EBV-4 e da EBV-5, assim como
nos reservatórios Bagres, Copiti e Moxotó.
No quadro 6.5.2, estão indicados as oscilações máximas dos níveis d’água nas seções principais
para a enchente de período de retorno de 1.000 anos, em relação ao NA normal.

Quadro 6.5.1
Subtrecho EBV-4 a EBV-5
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a operação diária com a lei
de manobra normal, em relação ao NA normal.

NA Normal NA Máx. Normal Oscilação


Oscilação Máxima
Local Máxima
(m) (m) Negativa (m)
Positiva (m)
EBV-4
509,83 509,83 0,00 1,0

EBV-5
503,83 504,42 0,59 -

Reservatório
509,35 509,35 0,00 -
Bagres
Reservatório
508,06 508,17 0,11 -
Copiti
Reservatório
504,11 504,41 0,30 -
Moxotó

42
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.5.2
Subtrecho EBV-4 a EBV-5
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a enchente de período de
retorno de 1000 anos em relação ao NA normal.
Local NA Normal NA Max. Maximorum Oscilação Máxima
(m) (m) Positiva (m)

EBV-4
509,83 510,01 0,18

EBV-5
503,83 504,44 0,61

Reservatório Bagres
509,35 509,51 0,16

Reservatório Copiti
508,06 508,63 0,57

Reservatório Moxotó
504,11 504,58 0,47

43
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 24

44
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

511,00
NA (m) SUBTRECHO EBV-4 A EBV-5

510,00 Linhas D´água dos Níveis Máximos Maximorum


(Enchente TR 1000 anos )

509,00
Cotas das Margens

508,00
Q= 28.0 m3/s

507,00 Res.
Bagres Linha D´água Envoltória dos
NA´s Máximos Normais com
Res.
506,00 Lei de Manobra Normal
Copiti
Q= 18.0 m3/s

505,00
Fundo do canal

504,00
Linha D´água em Regime
Permanente Inicial (NA Normal )
503,00
Perfil do canal com linhas d´água de
projeto . Res.
502,00
Moxotó

501,00
Programa : HTSF14.BAS
FIGURA 25 DISTÂNCIA ( m)
Arquivo : LTSF14VC.XLS ; Dir : TSF3 (07-dez-2000)
500,00
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000

45
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

513
SUBTRECHO EBV-4 `A EBV-5

512

NA (m)
511

510

DH= 1.0 m

509
DT = 3.0 horas

508

507

506
Oscilação de nível d´água na câmara de carga
da EBV-4 em função do tempo,durante a
operação diária com a Lei de Manobra Normal.
505

504
TEMPO ( minutos )
FIGURA 26
503
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000

46
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

506
SUBTRECHO EBV-4 `A EBV-5
NA ( m )

505

504
DT = 3.0 HORAS

503

502

501
Oscilação de nível d´água na câmara de
carga da EBV-5 em função do tempo ,
durante a operação diária com a Lei de Manobra Normal .
500

499

TEMPO ( minutos )
FIGURA 27
498
1300 1400 1500 1600 1700 1800

47
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.6 Subtrecho entre as estações de bombeamento EBV-5 e EBV-6


Na figura 28, apresenta-se o desenho esquemático deste subtrecho.
Na figura 29, apresenta-se o perfil do fundo do canal, com o reservatório Barreiros, com a linha
d’água com o funcionamento em regime permanente, a linha d’água envoltória dos máximos
normais, quando do funcionamento de manobra normal, ou seja com as paradas dos recalques
nos períodos de ponta do sistema e a linha d’água dos níveis máximos maximorum para a
enchente de período de retorno de 1.000 anos no reservatório Barreiro.
No quadro 6.6.1, estão indicadas as oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais,
durante a operação segundo a lei de manobra normal, em relação ao NA normal e também a
oscilação no reservatório de Barreiro.
No quadro 6.6.2, estão indicadas as oscilações máximas dos níveis d’água nas seções principais
e no reservatório de Barreiro, para a enchente de período de retorno de 1.000 anos no
reservatório Barreiro.
Nas figuras 30 e 31 estão apresentadas as oscilações de níveis d'água nos forebays da EBV-5 e
EBV-6, referentes ao quadro 6.6.1.

48
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.6.1
Subtrecho EBV-5 à EBV-6
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a operação com lei de manobra
normal, em relação ao NA normal.

Local NA Normal NA Max. Normal Oscilação Oscilação


Máxima Positiva Máxima
(m) (m) (m) Negativa
EBV-5
541,00 541,23 0,23 0,65

EBV-6
540,55 541,00 0,45 -

Reservatório
540,69 540,75 0,06 -
Barreiro

Quadro 6.6.2
Subtrecho EBV-5 a EBV-6
Oscilações máximas de níveis d’água nas seções principais durante a enchente de período de
retorno de 1000 anos, em relação ao NA normal.

Local NA Normal NA Max. Maximorum Oscilação Máxima


(m) (m) Positiva (m)

EBV-5
541,00 541,47 0,47

EBV-6
540,55 541,25 0,70

Reservatório Barreiro 540,69 541,31 0,62

49
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 28

50
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

542,00
NA (m)
SUBTRECHO EBV-5 `A EBV-6 Cotas das Margens

541,00

Linha D´água Envoltória dos


NA´s Máximos Normais com
Lei de Manobra Normal Linha D´água dos Níveis Máximos
Maximorum (enchente TR 1000 anos) Linha D´água em Regime Permanente Inicial
540,00 (NA Normal )

Q=18.0 m3/s

Perf il do canal com linhas d´água de projeto


539,00 :

Reservatório
Fundo do Canal Barreiros

538,00

Programa : HTSF13.BAS
Arquivo : LTSF13VC.XLS
Dir : TSF3 ; (11-dez-2000) DISTÂNCIA (m)
FIGURA 29
537,00
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

51
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

543
SUBTRECHO EBV-5 `A EBV-6
NA ( m)

542

541
DH =0.65 m

540
DT= 3.0 horas

539

538 Oscilação de nível d´água na câmara de


carga da EBV-5 ,durante a operação
diária com a Lei de Manobra Normal .

537

TEMPO ( minutos )
FIGURA 30
536
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100

52
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

544
SUBTRECHO EBV-5 `A EBV-6

543
NA ( m )

542

541

540
DT = 3.0 horas

539

538
Oscilação de nível d´água na câmara
de carga da EBV-6 ,durante a operação
537 diária com a Lei de Manobra Normal
dos grupos bombas

536

TEMPO ( minutos )
FIGURA 31
535
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000

53
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.7 Subtrecho da EBV-6 até a tomada d’água para o Açude Poções


Este último subtrecho do Trecho V - Eixo Leste, é o único que possui uma condição de contorno
diversa das anteriores, ou seja, o canal termina numa tomada d’água que vai para uma
tubulação enterrada.
A tomada d’água para o açude Poções é considerada totalmente aberta, durante a operação
diária com a lei de manobra normal. Esta condição de contorno é modelada, durante a simulação
com o hidrodinâmico, pela curva chave das alturas d’água normais, no extremo de jusante.
Na figura 32 é apresentado o desenho esquemático deste subtrecho.
Na figura 33 anexa, apresenta-se o perfil longitudinal do referido subtrecho, com as linhas d’água
de projeto e as linhas de cotas das margens. As linhas d’água indicadas são:
7.7.1 Funcionamento do subtrecho com a lei de manobra normal.
É o funcionamento do subtrecho com a lei de manobra normal, considerando o tempo de
bombeamento de 21 horas e parada das bombas nas 3 horas de pico.
Este subtrecho possui a particularidade de que a linha d’água dos NA’s normais, é igual a linha
d’água dos NA máximos normais. Isto deve-se ao fato que nos transientes hidráulicos durante a
operação normal dos grupos de bombas, a linha d’água possui só uma oscilação negativa (para
baixo), em toda a extensão.
A linha d’água dos NA’s máximos maximorum por sua vez, se encontra apenas no remanso a
montante do reservatório Campos. Isto deve-se ao fato de que, durante a laminação da
enchente de período de retorno de 1.000 anos, a comporta do referido reservatório é
considerada como totalmente fechada.
No quadro 6.7.1 anexo apresentam-se os níveis d’água de projeto nas seções principais do
subtrecho com as oscilações para baixo, em relação às linhas dos NA’s normais.
No quadro 6.7.2 anexo apresentam-se as oscilações do NA máx. maximorum em relação à linha
dos NA’s normais.
A figura 34, anexa apresenta a variação dos níveis d’água da câmara de carga de EBV-6 em
função do tempo (linigrama), durante a lei de manobra normal. Nela pode-se verificar a oscilação
máxima do NA para baixo, no valor de aproximadamente 1,0m. Durante o religamento das
bombas após 3,0 horas, observa-se a retomada imediata do NA normal, em regime permanente.
Na figura 35 apresenta-se a oscilação para baixo do nível d’água do reservatório Campos,
durante a operação diária com a lei de manobra normal. Observa-se a retomada do NA normal
aproximadamente 21,0 horas após o religamento.
Na figura 36 apresentam-se as oscilações para baixo do nível d’água a montante da tomada
d’água para o açude Poções. Esta variação de 0,25m apenas, nesta operação diária, não
acarretará problemas de insuficiência de submergência na referida tomada.
Na figura 37 encontra-se a variação da vazão na entrada da tomada d’água acima citada, em
função do tempo, durante a operação diária com a lei de manobra normal; observa-se a variação
de vazão de 18,0 a 16,0 m³/s e a volta ao regime permanente 21,0 horas após o religamento das
bombas.

54
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Quadro 6.7.1
Subtrecho EBV-6 até a tomada d’água da tubulação forçada para o açude Poções.
Oscilações máximas dos níveis d’água nas seções principais durante a operação com a lei de
manobra normal, com relação à linha do NA normal

Na normal NA máx. normal Oscilação máxima Oscilação máxima


Local
(m) (m) positiva (m) negativa (m)
EBV-6
598,87 598,88 0,01 1,00

Reservatório
598,31 598,31 0,00 0,25
Campos
Tomada d’água
para o açude 598,63 593,63 0,00 0,25
Poções

Quadro 6.7.2
Subtrecho EBV-6 até a tomada d’água da tubulação forçada para o açude Poções.
Oscilações máximas dos níveis d’água nas seções principais durante a enchente de TR 1000
anos, em relação ao NA normal.

NA normal NA máx. maximorum Oscilação máxima


Local
(m) (m) positiva (m)
EBV-6
598,87 599,07 0,20

Reservatório Campos
598,31 598,58 0,27

Tomada d’água para o


593,63 593,63 0,00
açude Poções

55
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 32

56
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

600,00
NA (m) SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA DA TUBULAÇÃO
c FORÇADA PARA O AÇUDE POÇÕES
599,00

Linha de cota das margens


598,00
L. A NA Máx. Maximorum

597,00
Linha d´água em Regime Perm. = L. A Máx.Normal
Teto do Túnel

596,00
Q= 18.0 m3/s

Linha de cota das margens


595,00
Res. Campos

594,00

593,00
Perfil do canal com linhas dágua de Tomada
projeto . D´Água p/ Açude
592,00 Poções

Fundo do Túnel
591,00

Programa :HTSF15A.BAS
590,00
Arq. : LTSF15VD.XLS
Dir : TSF3 ; (11-dez-2000) DISTÂNCIA ( m)
FIGURA 33
589,00
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

57
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

601
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES
NA ( m )

600

599
DH= 1.0 m

598

DT = 3.0 horas

597

596
Oscilação de nível d´água na câmara de
carga da EBV-6 , durante a operação diária com a Lei de Manobra
Normal
595

594 Programa : HTSF15A.BAS


Arquivo : L15A.XLS
Dir : TSF3 ; (11-12-2000) TEMPO ( minutos )
FIGURA 34
593
1300 1500 1700 1900

58
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

600
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES

NA (m )

599

598

DT = 24.0 horas

DT = 3.0 horas
597

Oscilação do nív el d´água do reserv atório


Campos durante a operação diária com
a Lei de Manobra Normal .
596

Programa : HTSF15A.BAS
Arquiv o : L15A.XLS TEMPO ( minutos )
Dir : TSF3 ; (11-dez-2000) FIGURA 35
595
1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700 2900 3100 3300 3500

59
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

595
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES
NA (m)

594,5

594

593,5

DT = 24.0 horas
593
DT = 3.0 horas

Religamento das bombas


592,5

Oscilação do nível d´água na


Desligamento das bombas seção extrema de jusante do canal
592 (em frente à Tomada D´água para o açude
Poções ) ,com a Lei de Manobra Normal.

591,5
Programa : HTSF15A.BAS
Arquivo : L15A.XLS
TEMPO ( minutos )
Dir : TSF3 ; (11-12-2000) FIGURA 36
591
1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700 2900 3100 3300 3500 3700 3900

60
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

25
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES

23
Q (m3/s )

21
Volta ao Regime Permanente

19

17

15

DT = 24.0 horas

13
DT = 3.0 horas

Oscilação de vazão na seção extrema de


11 jusante do canal ( em frente `a Tomada
D´água para o açude Poções ) ,com Lei
de Manobra Normal .
9 Programa : HTSF15A.BAS
Arquivo : TQ15A.XLS
Dir : TSF3 ; (11-dez-2000) TEMPO ( minutos )
FIGURA 37
7
1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700 2900 3100 3300 3500 3700

61
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

600
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES

NA (m)

599

598

597
DT = 18.5 horas
CF do canal = 596.06 m

596
Diminuição de nível d´água na câmara de carga
da EBV-6 ,utilizando a Lei de Manobra Excepcional
dos grupos bombas .
595

594
Programa : HTSF15A.BAS
Arquivo : L15A1.XLS
Dir : TSF3 ; (12-dez-2000 ) FIGURA 38 TEMPO ( minutos )

593
1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700

62
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

22
Q ( m3/s) SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES

20

18

16

14

12

10

DT = 18.5 horas
8

6
Desligamento dos grupos Diminuição da vazão na extremidade de jusante do canal
bombas ,em frente `a Tomada
4
D´água para o açude Poções ,operando
com a Lei de Manobra Excepcional .
2
TEMPO ( minutos )
FIGURA 39
0
1300 1500 1700 1900 2100 2300 2500 2700

63
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

600
SUBTRECHO EBV-6 `A TOMADA D´ÁGUA PARA O AÇUDE POÇÕES

599

Linha d´água em Regime Permanente Inicial


598

597
Q=0.3 m3/s
Teto do túnel
596
Q=5.3 m3/s

595
Res.
Campos
594
Linha d´água instantânea no tempo 18.5 horas após
o desligamento das bombas
593

Linha d´água instantânea para o tempo


592 T= 18.5 horas após o desligamento
das bombas , segundo a Lei de Manobra Q=8.0 Tomada D´água para
Excepcional . m3/s o açude Poções
591
Fundo do túnel
Programa:HTSF15A.BAS
590
Arquivo : LTSF15A1.XLS
Dir : TSF3 FIGURA 40
589
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

64
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

7.7.2 Funcionamento do subtrecho com a lei de manobra excepcional.


Como descrito anteriormente, a lei de manobra excepcional corresponde a uma parada dos
grupos bombas em apenas 1 minuto e permanecendo com vazão nula por tempo indeterminado.
A figura 38, apresenta a diminuição do nível d’água na câmara de carga da EBV-6. Para um
tempo de T=18,5 horas, o nível d’água atinge a cota 597,00m, ou seja, uma altura d’água no
canal de aproximadamente 1,0m.
A figura 39, mostra a diminuição da vazão na extremidade de jusante do canal, isto é, na entrada
da tomada d’água para a tubulação. Notar que, para T=18,5 horas depois do desligamento dos
grupos, a vazão já atinge 8,0 m³/s.
Na figura 40, está o perfil longitudinal do subtrecho em estudo, com a linha d’água instantânea
para o tempo T=18,5 horas após o desligamento das bombas. Apresenta-se como referência, a
linha d’água em regime permanente. Observa-se também a repartição das vazões ao longo do
canal, com 0,3 m³/s antes do reservatório e 5,3 m³/s após o citado reservatório e 8,0 m³/s na
extremidade da jusante.
8 . COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES
No trecho do Reservatório de Itaparica até a EBV-1 tem-se, com a parada normal das bombas, uma
sobreelevação do nível d'água de +0,28 m no meio do canal e, uma oscilação de +0,49 m em relação
ao regime permanente no forebay à montante da EBV-1.
Como a cota da crista do canal é constante e igual à 307,00 m.s.n.m. tem-se segurança total neste
trecho.
No subtrecho entre a EBV-1 e a EBV-2 obteve-se , nos seus respectivos forebays, as seguintes
oscilações de níveis, em relação ao NA Normal:
No forebay da EBV-1: uma oscilação para baixo máxima de –1,0 m, durante o desligamento das
bombas, e 0,12 m para cima, quando do religamento das mesmas.
No forebay da EBV-2: uma oscilação para cima máxima de 0,59 m, no desligamento, e para baixo de
–0,21 m, no religamento das bombas.
A enchente do período de recorrência de 1.000 anos no reservatório Areias provoca uma sobre-
elevação de apenas 0,10 m, portanto não é necessário vertedouro de cheia.
Adotou-se, apenas, um vertedouro de emergência de 45,0 m de comprimento de soleira, para vazão
de 28,0 m³/s.
Na figura 12 estão traçadas as três linhas básicas calculadas, como já exposto anteriormente, ou
seja : Linha dos NAs Normais, Linha dos NAs Máximos Normais e Linha dos NAs Máx Máximorum.
Traçou-se, também, a linha das margens do canal. As tabelas das saídas computacionais relativas a
estes gráficos estão apresentadas no Relatório 18 – Memoriais de Cálculo.
No subtrecho entre a EBV-2 e a EBV-3, obteve-se nos seus respectivos forebays as seguintes
oscilações máximas em relação ao NA Normal:
No forebay da EBV-2: uma oscilação para baixo máxima de –0,58 m, durante o desligamento das
bombas, e 0,21 m para cima do NA Normal, quando do religamento das mesmas.
No forebay da EBV-3 a oscilação máxima positiva é de 0,50m, no desligamento, e aproximadamente
nula, durante o religamento.
Durante a passagem da enchente de período de recorrência de 1.000 anos, ocorreram as seguintes
oscilações máximas de níveis acima do NA Normal:
65
Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

No forebay da EBV-2, 0,21 m; no forebay da EBV-3, 0,84m.


No reservatório Braúnas, 0,22m e, no reservatório Mandantes, 0,80m.
Como nestes dois reservatórios, a enchente de 1.000 anos não acarretou elevação de nível d’água
acima da cota da crista do vertedouro, não foi projetada esta estrutura com os critérios iniciais.
Adotou-se, então, um vertedouro de emergência, com cota da crista igual ao NA Máx Normal e
comprimento de soleira de 45,0 m, suficiente para escoar a vazão básica do canal de 28,0 m³/s, com
uma carga de aproximadamente 0,5m.
Na figura 17 estão traçadas as 3 linhas d’água básicas calculadas, mais a linha das margens, como
exposto anteriormente. As tabelas das saídas computacionais relativas a estas linhas estão
apresentadas no relatório 18 – Memoriais de Cálculo.
No subtrecho entre a EBV-3 e a EBV-4, obteve-se, nos seus respectivos forebays, as seguintes
oscilações:
No forebay da EBV-3: uma oscilação para baixo máxima de –0,65m, durante o desligamento das
bombas, e, de apenas 0,15m para cima do NA Normal, durante o religamento das mesmas.
No forebay da EBV-4: uma oscilação para cima máxima de 0,56m, no desligamento das bombas, e,
aproximadamente nula, no religamento das mesmas.
Durante a passagem da enchente de período de recorrência de 1.000 anos, ocorreram as seguintes
oscilações máximas de níveis acima do NA Normal:
Para a EBV-3, 0,20m; para a EBV-4, 1,33 m.
Nos reservatórios: Salgueiro, 0,17m; Muquém, 0,80 m; Cacimba Nova, 1,10m. Nestes dois últimos
reservatórios, foram projetados vertedouros de cheia, com comprimentos de soleiras de 300,00m e
200,00m, respectivamente, sendo a cota da crista projetada segundo o critério original, isto é, igual
ao NA Máx Normal mais 0,50m. No reservatório de Salgueiro foi projetado um vertedouro de
emergência, com cota da crista estabelecida pelo critério modificado, isto é, igual à cota do NA Max.
Normal, com comprimento de soleira de 45,0 m, suficiente para escoar a vazão básica do canal de
28,0 m³/s com uma carga de 0,50m.
No subtrecho entre a EBV-4 e a EBV-5, obteve-se, nos seus respectivos forebays, as seguintes
oscilações de níveis:
No forebay da EBV-4: uma oscilação para baixo máxima de –1,0m em relação ao NA Normal,
durante o desligamento das bombas, e uma oscilação aproximadamente nula, durante o religamento
das mesmas.
No forebay da EBV-5: uma oscilação máxima para cima em relação ao NA Normal de 0,59m, durante
o desligamento das bombas. Durante o religamento das bombas, houve uma oscilação muito
pequena, abaixo do NA Normal.
Durante a passagem da enchente de período de recorrência de 1.000 anos, ocorreram as seguintes
oscilações de níveis máximos acima do NA Normal: Para a EBV-4, 0,18m; para a EBV-5, 0,61m.
Nos reservatórios: Bagres, 0,16m; Copití, 0,57m; e, Moxotó, 0,47m.
Em vista dos critérios expostos anteriormente, foram projetados para estes reservatórios vertedouros
de emergência com cotas das cristas iguais aos NAs Máx. Normais e com comprimentos de soleiras
de 45,0m.
Na figura 25 estão traçadas as três linhas d’água básicas.

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

No subtrecho entre a EBV-5 e a EBV-6, obteve-se, nos seus respectivos forebays, as seguintes
oscilações de níveis:
No forebay da EBV-5: uma oscilação para baixo máxima de –0,65m, em relação ao NA Normal,
durante o desligamento das bombas, e uma oscilação de 0,23m, durante o religamento das mesmas.
No forebay da EBV-6: uma oscilação máxima para cima, em relação ao NA Normal, de 0,45m,
durante o desligamento das bombas. Durante o religamento das bombas não ocorreu oscilação de
nível abaixo do NA Normal.
Durante a passagem da enchente de período de recorrência de 1.000 anos, ocorreram as seguintes
oscilações de níveis máximos acima do NA Normal: Para a EBV-5, 0,47m; para a EBV-6, 0,70m.
Para o reservatório de Barreiro ocorreu uma oscilação de nível máximo de 0,62m. Este reservatório é
dotado de um vertedouro de cheia com comprimento de soleira de 50,0 m.
No subtrecho entre a EBV-6 e a tomada d’água da tubulação forçada para o açude Poções, ocorreu
no forebay da estação elevatória uma oscilação para baixo máxima de –1,0m, em relação ao NA
Normal, durante o desligamento das bombas. Durante o religamento das mesmas não houve
oscilação acima do NA Normal.
Na tomada d’água para o açude Poções, ocorreu uma oscilação de nível máximo abaixo do NA
Normal de –0,25m, durante o desligamento das bombas da EBV-6. Com o religamento das bombas,
o nível d’água nesta tomada volta ao NA Normal, após aproximadamente 21,0 horas da ocorrência
do mesmo (ver figura 36). A figura 37 apresenta a diminuição do valor da vazão de 28,0 m³/s para
16,0 m³/s, durante a operação de desligamento e religamento das bombas. Os valores de vazão de
regime permanente (18,0 m³/s) é recobrado, após aproximadamente 21,0 horas do religamento das
bombas, conforme mostrado na Figura 37.
Nas Figuras 38, 39 e 40, apresentam-se variações de níveis e vazões com a Lei de Manobra
Excepcional aplicada a este subtrecho. Oserva-se que, caso as bombas permaneçam desligadas por
tempo indeterminado, após aproximadamente 18,5 horas, o canal apresenta alturas d’água em torno
de 1,0m, podendo acarretar o secamento total do mesmo. Nesta operação (Lei de Manobra
Excepcional) considera-se a tomada d’água totalmente aberta. Deste modo, a vazão aduzida ao
açude Poções seria de 8,0m³/s ao final do período (ver Figura 39).
Durante a passagem da enchente de período de retorno de 1.000 anos, ocorreram as seguintes
oscilações de níveis máximos acima do NA Normal:
Para o forebay da EBV-6, 0,20m. Para o nível no reservatório Campos, 0,27m. Considerou-se a
comporta de jusante do reservatório Campos totalmente fechada durante toda a ocorrência da
enchente (ver Figura 33). No caso do reservatório Campos como a subida de nível d’água não
ultrapassou a crista do vertedouro de cheia, projetou-se para o mesmo um vertedouro de emergência
com cota da crista igual ao NA Máx. Normal e comprimento de soleira de 30,0 m.
Para a definição das cotas das margens ao longo do canal foi adotado o seguinte critério:
1) Linha d'água dos NA Normais acrescido de 0,50 m;
2) Linha d'água dos NA Máximo Maximorum acrescido de 0,30 m.
O maior valor deles foi adotado como crista do canal, em cada seção transversal do mesmo. Na
condição (2) não há necessidade das muretas de altura h, definida no esquema da Figura 41.

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

Figura 41

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Transposição de Águas do Rio São Francisco – Projeto Básico

A tabela anexa apresenta os locais, as alturas e as quantidades de muretas a serem executadas no


Trecho V. Portanto, as maiores extensões são as de muretas de 0,20 m e 0,40 m num total de
aproximadamente 171.000 m.
ALTURA DA MURETA DA ESTACA À ESTACA METROS (x2) m
MURETA DE 0,20 m 21 + 600 à 24 + 700 3.100 6.200
54 + 950 à 60 + 950 6.000 12.000
72 + 350 à 78 + 350 6.000 12.000
106 + 100 à 112 + 600 6.500 13.000
126 + 300 à 154 + 000 27.700 55.400
174 + 030 à 176 + 770 2.740 5.480
SUBTOTAL 104.080
MURETA DE 0,40 m 24 + 700 à 28 + 900 4.200 8.400
60 + 950 à 69 + 380 8.430 16.860
78 + 350 à 82 + 550 4.200 8.400
112 + 600 à 117 + 200 4.600 9.200
154 + 000 à 163 + 700 9.700 19.400
164 + 200 à 166 + 700 2.500 5.000
SUBTOTAL 67.260
MURETA DE 0,60 m 28 + 900 à 32 + 360 3.460 6.920
82 + 550 à 86 + 150 3.600 7.200
168 + 300 à 170 + 000 1.700 3.400
SUBTOTAL 17.520
MURETA DE 0,80 m 34 + 460 à 35 + 700 1.240 2.480
86 + 150 à 89 + 350 3.200 6.400
SUBTOTAL 5.680
MURETA DE 1,00 m 89 + 350 à 91 + 330 1.980 3.960
SUBTOTAL 3.960
MURETA DE 1,10 m 95 + 700 à 96 + 550 850 1.700
TOTAL 1.700

A solução de construção de muretas deverá ser futuramente comparada com o estudo de alteamento
da crista do canal, adotando-se a solução que apresente melhores condições construtivas, aliadas a
custos menores.
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