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Como fazer uma boa redação

Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. No entanto,


conhecer seu lado teórico é muito importante. Aqui você encontra um resumo desta
teoria com 7 simples passos de como fazer uma redação de qualidade. Aplique-a em seu
trabalho mas não se esqueça: você precisará fazer a sua parte, isto é, escrever.

1 – Simplicidade
Use palavras conhecidas e adequadas. Escreva com simplicidade. Para que se tenha bom
domínio, prefira frases curtas. Amarre as frases, organizando as ideias. Cuidado para
não mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha
de argumentação.

2 – Clareza
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que
você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está
comunicando a sua opinião, falando de suas ideias, narrando um fato. O mais
importante é fazer-se entender.

3 – Objetividade
Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras
possíveis. Por isso não repita ideias, não use palavras demais ou outras coisas que só
para aumentem as linhas. Concentre-se no que é realmente necessário para o texto. A
pesquisa prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar.

4 – Unidade
Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma
linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por
isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o
desnecessário é um dos caminhos para não se perder. Para não errar, use a seguinte
ordem: introdução, argumentação e conclusão da ideia.

5 – Coerência
A coerência (coesão) entre todas as partes de seu texto, é fator primordial para se
escrever bem. É necessário que elas formem um todo. Para isso, é necessário estabelecer
uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique,
mostre as causas e as consequências.

Exemplos: Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar sempre, apesar


de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o
subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique
interessante. As metáforas também enriquecem a redação.
 Veja mais em: Coerência Textual e Coesão Textual.

6 – Ênfase
Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado,
principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos
importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto
escolhido. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.

7 – Leia e Releia
Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos
os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. A
pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos,
obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. À medida que você relê o texto,
essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação.

Não se apegue ao escrito. Refaça se for preciso. Não tenha preguiça, passe tudo a limpo
quantas vezes forem necessárias. No computador, esta tarefa se torna mais fácil. Faça
sempre uma cópia do texto original. Assim você se sentirá à vontade para corrigir
quanto quiser, pois sabe que sempre poderá voltar atrás.

Estrutura de uma Redação

Estrutura de uma Descrição


CARACTERÍSTICAS Situa seres e objetos no espaço (fotografia)

A perspectiva do observador focaliza o ser ou objeto, distingue seus aspectos gerais e os


INTRODUÇÃO
interpreta.

Capta os elementos numa ordem coerente com a disposição em que eles se encontram no
DESENVOLVIMENTO
espaço, caracterizando-os objetiva e subjetivamente, física e psicologicamente na redação.

Não há um procedimento específico para conclusão. Considera-se concluído o texto quando se


CONCLUSÃO
completa a caracterização.

Uso dos cinco sentidos: audição, gustação, olfato, tato e visão, que, combinados, produzem a
RECURSOS sinestesia. Adjetivação farta, verbos de estado, linguagem metafórica, comparações e
prosopopeias.
Estrutura de uma Narração
CARACTERÍSTICAS Situa seres e objetos no tempo (história)

INTRODUÇÃO Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espaço.

Através das ações das personagens, constroem-se a trama e o suspense, que culminam no
DESENVOLVIMENTO
clímax da redação.

Existem várias maneiras de concluir-se uma narração. Esclarecer a trama é apenas uma
CONCLUSÃO
delas.

Verbos de ação, geralmente no tempo passado; narrador personagem, observador ou


RECURSOS
onisciente; discursos direto, indireto e indireto livre.

Imaginação para compor uma história que entretenha o leitor, provocando expectativa e
O QUE SE PEDE
tensão. Pode ser romântica, dramática ou humorística.

Sensibilidade para combinar e transmitir sensações físicas (cores, formas, sons, gostos, odores)
O QUE SE PEDE e psicológicas (impressões subjetivas, comportamentos). Pode ser redigida num único
parágrafo.

Estrutura de uma Dissertação


CARACTERÍSTICAS Discute um assunto apresentando pontos de vista e juízos de valor.

INTRODUÇÃO Apresenta a síntese do ponto de vista a ser discutido (tese).

Amplia e explica o parágrafo introdutório. Expõe argumentos que evidenciam posição crítica,
DESENVOLVIMENTO
analítica, reflexiva, interpretativa, opinativa sobre o assunto.

Retoma sinteticamente as reflexões críticas ou aponta as perspectivas de solução para o que foi
CONCLUSÃO
discutido.

RECURSOS Linguagem referencial, objetiva; evidências, exemplos, justificativas e dados.

Capacidade de organizar ideias (coesão), conteúdo para discussão (cultura geral), linguagem clara,
O QUE SE PEDE
objetiva, vocabulário adequado e diversificado.
A Crônica na estrutura de uma redação
Da descrição, a crônica tem a sensibilidade impressionista; da narração, imaginação
(para o humor ou a tensão); e da dissertação, o teor crítico. A crônica pode ser narrativa,
narrativo-descritiva, humorística, lírica, reflexiva, ou combinar essas variantes com as
singularidades do assunto. Desenvoltura e intimidade na linguagem aproximam o texto
do leitor.

É um gênero breve (curta extensão), que não tem estrutura definida. Toda possibilidade
de criação é permitida nesse tipo de redação, que corresponde a um flagrante do
cotidiano, em seus aspectos pitorescos e inusitados, a uma abordagem humorística, a
uma reflexão existencial, a uma passagem lírica ou a um comentário de interesse social.

Como fazer uma boa introdução


A introdução é a informação do assunto sobre o qual a dissertação tratará. O parágrafo
introdutório é fundamental. precisa ser bem claro e chamar a atenção para os tópicos
mais importantes do desenvolvimento. Antes de começarmos a estudar a
introdução, teremos que nos ater a dois aspectos muito importantes: o tema e o título.

Tema: É o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a ideia que será defendida ao longo
da dissertação. Deve-se ter o tema como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele
como parte da dissertação.

Título: É uma expressão, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertação.
Se não houver verbo no título, não se usa ponto final. Não se deve pular linha depois do
título. A colocação de letras maiúsculas em todas as palavras, menos
artigos, preposições e conjunções, é facultativa.

Apesar de o título ser importante para uma dissertação, julgo ser também perigoso, pois,
como o estudante não está acostumado a dissertar, pode equivocar-se e dar um título
que não corresponda ao âmago da redação. Portanto acredito que o ideal seria colocar
título apenas quando o vestibular o exigir.

Como fazer uma boa introdução


O primeiro parágrafo da redação pode ser feito de diversas maneiras diferentes, confira
as dicas:

01) Trajetória histórica:

Traçar a trajetória histórica é apresentar uma analogia entre elementos do passado e do


presente.
Já que uma analogia será apresentada, então os elementos devem ser similares; há de
haver semelhança entre os argumentos apresentados, ou seja, só usaremos a trajetória
histórica, quando houver um fato no passado que seja comparável, de alguma maneira, a
outro no presente.

Quando apresentar a trajetória histórica na introdução, deve-se discutir, no


desenvolvimento, cada elemento em um só parágrafo. Não misture elementos de épocas
diferentes em um mesmo parágrafo. A trajetória histórica torna convincente a
exemplificação; só se deve usar esse argumento, se houver conhecimento que legitime a
fonte histórica.

02) Comparando social, geográfica ou historicamente.

Também é apresentar uma analogia entre elementos, porém sem buscar no passado
a argumentação. É comparar dois países, dois fatos, duas personagens, enfim, comparar
dois elementos, para comprovar o tema.

Lembre-se de que se trata da introdução, portanto a comparação apenas será apresentada


para, no desenvolvimento, ser discutido cada elemento da comparação em um
parágrafo.

03) Conceituando ou definindo uma ideia ou situação.

Em alguns temas de dissertação surgem palavras-chave de extrema importância para a


argumentação. Nesses casos, pode-se iniciar a redação com a definição dessa palavra,
com o significado dela, para, posteriormente, no desenvolvimento, trabalhar com
exemplos de comprovação.

04) Contestando uma ideia ou citação, contradizendo, em partes.

Quando o tema apresenta uma ideia com a qual não se concorda inteiramente, pode-se
trabalhar com este método: concordar com o tema, em partes, ou seja, argumentar que a
ideia do tema é verdadeira, mas que existem controvérsias; discutir que o assunto do
tema é polêmico, que há elementos que o comprovem, e elementos que discordem dele,
igualmente.

Não se esqueça de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a introdução,
estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o desenvolvimento
deve conter as duas comprovações, cada uma em um parágrafo.

05) Refutando o tema, contradizendo totalmente.

Refutar significa rebater os argumentos; contestar as asserções; não concordar com


algo; reprovar; ser contrário a algo; contrariar com provas; desmentir; negar. Portanto
refutar o tema é escrever, na introdução, o contrário do que foi apresentado pelo tema.
Deve-se tomar muito cuidado, pois não é só escrever o contrário, mas mostrar que se é
contra o que está escrito. O ideal, nesse caso, é iniciar a introdução com Ao contrário do
que se acredita…

Não se esqueça, novamente, de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a
introdução, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o
desenvolvimento deve conter apenas elementos contrários ao tema. Cuidado para não
cair em contradição. Se for, na introdução, favorável ao tema, apresente, no
desenvolvimento, apenas elementos favoráveis a ele; se for contrário, apresente apenas
elementos contrários.

06) Elaborando uma série de interrogações.

Pode-se iniciar a redação com uma série de perguntas. Porém, cuidado! Devem ser
perguntas que levem a questionamentos e reflexões, e não perguntas vazias que levem a
nada ou apenas a respostas genéricas.
As perguntas devem ser respondidas, no desenvolvimento, com argumentações
coerentes e importantes, cada uma em um parágrafo. Portanto use esse método apenas
quando já possuir as respostas, ou seja, escolha primeiramente os argumentos que serão
utilizados no desenvolvimento e elabore perguntas sobre eles, para funcionar como
introdução da dissertação.

07) Transformando a introdução em uma pergunta.

O mesmo que a anterior, mas com apenas uma pergunta.

08) Elaborando uma enumeração de informações.

Quando se tem certeza de que as informações são verídicas, podem-se usá-las na


introdução e, depois, discuti-las, uma a uma, no desenvolvimento.

09) Caracterizando espaços ou aspectos.

Pode-se iniciar a introdução com uma descrição de lugares ou de épocas, ou ainda com
uma narração de fatos. Deve ser uma curta descrição ou narração, somente para iniciar a
redação de maneira interessante, curiosa. Não se empolgue!! Não transforme a
dissertação em descrição, muito menos em narração.

10) Resumo do que será apresentado no desenvolvimento.

Uma das maneiras mais fáceis de se elaborar a introdução é apresentar o resumo do que
se vai discutir no desenvolvimento. Nesse caso, é necessário planejar cuidadosamente a
redação toda, antes de começá-la, pois, na introdução, serão apresentados os tópicos a
serem discutidos no desenvolvimento. Deve-se tomar o cuidado para não se
apresentarem muitos tópicos, senão a dissertação será somente expositiva e não
argumentativa. Cada tópico apresentado na introdução deve ser discutido no
desenvolvimento em um parágrafo inteiro. Não se devem misturá-los em um parágrafo
só, nem utilizar dois ou mais parágrafos, para se discutir um mesmo assunto. O ideal é
que sejam apresentados somente dois ou três temas para discussão.

11) Paráfrase.

A maneira mais fácil de se elaborar a introdução é valendo-se da paráfrase, que consiste


em reescrever o tema, utilizando suas próprias palavras. Deve- se tomar o cuidado, para
não apenas se substituírem as palavras do tema por sinônimos, pois isso será
demonstração de falta de criatividade; o melhor é reestruturar totalmente o tema,
realmente utilizando “SUAS” palavras.
Observe o que traz o Michaelis – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, quanto à
definição da palavra paráfrase: Explicação ou tradução mais desenvolvida de um texto
por meio de palavras diferentes das nele empregadas. Portanto sua frase deve ser mais
desenvolvida que a frase apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e
não sinônimas.

Exemplos de frases, para o início da introdução:


Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a introdução. Não
tomem estas frases como receita infalível. Antes de usá-las, analise bem o tema, planeje
incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que
será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:

É de conhecimento geral que …

Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa- se …

Nesse caso, utilizei circunstância de lugar (em nosso país) e de tempo (há tempos). Isso
é só para mostrar que é possível acrescentar circunstância diversas na introdução, não
necessariamente estas que aqui estão. Outro elemento com o qual se deve tomar muito
cuidado é o pronome se. Nesse caso, ele é partícula apassivadora, portanto o verbo
deverá concordar com o elemento que vier à frente (sing. ou pl.)

Cogita-se, com muita frequência, de …


O mesmo raciocínio da anterior, agora com a circunstância de modo (com muita
frequência).
Muito se tem discutido, recentemente, acerca de …
Muito se debate, hoje em dia, …
Partícula apassivadora novamente. Cuidado com a concordância.
O (A) ….. é de fundamental importância em ….
É de fundamental importância o (a) ….
É indiscutível que … / É inegável que …
Muito se discute a importância de …
Comenta-se, com frequência, a respeito de …
Não raro, toma-se conhecimento, por meio de …, de
Apesar de muitos acreditarem que …. (refutação)
Ao contrário do que muitos acreditam … (refutação)
Pode-se afirmar que, em razão de …( devido a, pelo ) …
Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se descobrir as causas de ….
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual …
Ao analisar o (a, os, as) …, é possível conhecer o (a, os, as) …., pois …

Desenvolvimento de uma Redação


O desenvolvimento é a redação propriamente dita. No desenvolvimento, o aluno deverá
discutir os argumentos apresentados na Introdução. Em cada parágrafo, escreve-se sobre
um, e somente um, argumento.
Os parágrafos argumentativos da redação, além do que estudamos juntamente com a
introdução, podem ser feitos de diversas maneiras diferentes:

01) Hipótese:
Apresentar hipótese no desenvolvimento é a tentativa de buscar soluções, apontando
prováveis resultados. Na hipótese, o aluno mostra estar interessado pelo assunto e
disposto a encontrar soluções, para melhorar a situação. Com a hipótese, praticamente,
não se corre o risco de apenas expor o assunto.

02) Paralelismo:
Trabalhar com o paralelismo, no desenvolvimento, é apresentar um mesmo assunto com
diferentes enfoques, é apresentar correspondência entre ideias ou opiniões diferentes em
relação ao mesmo argumento. Por exemplo, em se tratando de informática, discutir
sobre o mercado de trabalho, não apenas argumentando que a máquina tomou o lugar do
homem, mas também apresentando o aumento de emprego na área, os recursos técnicos
disponíveis, a comodidade, etc…

03) Bilateralidade:
Trabalhar com a bilateralidade é apresentar aspectos positivos e aspectos negativos,
pontos favoráveis e pontos desfavoráveis do argumento. É trabalhar com os “prós e
contras”, sem dar ênfase a apenas um deles.

Procure trabalhar com apenas dois parágrafos no desenvolvimento: um com os aspectos


favoráveis; outro com os desfavoráveis.

04) Oposição de ideias:


Trabalhar com oposição de ideias é explorar com o mesmo interesse crítico dois polos
que sustentam a discussão. Por exemplo, em se tratando de educação infantil, explorar a
educação masculina e a educação feminina com o mesmo interesse, mostrando as
diferenças existentes.

05) Causas e consequências:


Trabalhar com causas e consequências é apresentar, em um parágrafo, os aspectos que
levaram ao problema discutido e, em outro parágrafo, as suas decorrências.

06) Exemplificação:
Seja qual for a introdução, a exemplificação é a maneira mais fácil de se desenvolver a
dissertação.
Devem-se apresentar exemplos concretos, que sejam importantes para a sociedade.
Argumente sobre personagens históricas, artísticas, políticas, sobre fatos históricos,
culturais, sociais importantes.
Frases-modelo, para o desenvolvimento:

Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar o desenvolvimento. Não
tomem estas frases como receita infalível. Antes de usá-las, analise bem o tema, planeje
incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que
será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:

Frases Modelo:
Frases para parágrafos causas e consequências:

 Ao se examinarem alguns …, verifica-se que … . Pode-se mencionar, por


exemplo, …
 Em consequência disso, vê-se, a todo instante, …

Frases para parágrafos prós e contras:

 Alguns argumentam que …. . Além disso … . Isso sem contar que ….


 Outros, porém, ….. . Há registros históricos de ……. que …….

Frases para parágrafos trajetória histórica:

 Antigamente, quando …, percebia-se que …


 Atualmente, observa-se que …
 Em consequência disso, nota-se …

Outras frases:

 Dentre os inúmeros motivos que levaram o …… é incontestável que …..


 A observação crítica de fatos históricos revela o porquê de ……
 Fazendo um estudo de ……., percebe-se, por meio de ……, ….

Ligação entre os parágrafos do desenvolvimento:


É muito importante que os parágrafos do desenvolvimento tenham ligação, a fim de que
não transformem a dissertação em uma sequência de parágrafos desconexos. Segue, a
seguir, uma série de frases para a ligação entre os parágrafos.

 Além disso …
 Outro fator existente …
 Outra preocupação constante …
 Ainda convém lembrar …
 Por outro lado …
 Porém, mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto …
Como fazer uma boa conclusão
A conclusão deve ser sucinta, conter apenas 01 parágrafo e deve retomar a ideia
principal, desenvolvida no texto, de forma convincente.

A conclusão deve conter a síntese de tudo o que foi apresentado no texto, e não somente
em relação às ideias apresentadas no último parágrafo do desenvolvimento.

Não se devem acrescentar informações novas na conclusão, pois, se ainda há


informações a serem inclusas, o desenvolvimento ainda não terminou.

Melhores maneiras de se fazer o parágrafo da conclusão:


01) Retomada da tese:

A conclusão é a apresentação da visão geral do assunto tratado, portanto pode-se


retomar o que foi apresentado na introdução e/ou no desenvolvimento, relembrando a
redação como um todo. É uma espécie de fechamento em que se parece dizer de acordo
com os exemplos/argumentos/tópicos que foram apresentados no desenvolvimento,
pode-se concluir que realmente a introdução é verdadeira.

02) Perspectiva:

Pode-se também apresentar possíveis soluções para os problemas expostos no


desenvolvimento, buscando prováveis resultados (É preciso. É imprescindível. É
necessário.), trabalhando com a conscientização geral. Por exemplo: É imprescindível
que, diante dos argumentos expostos, todos se conscientizem de que …

03) Oração Coordenada Conclusiva

Pode-se ainda iniciar a conclusão com uma conjunção coordenativa conclusiva – logo,
portanto, por isso, por conseguinte, então – apresentando, posteriormente, soluções para
os problemas expostos no desenvolvimento.

Exemplos de frases para o início da conclusão:


Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a conclusão. Não tomem
estas frases como receita infalível. Antes de usá-las, analise bem o tema, planeje
incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que
será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:

 Em virtude dos fatos mencionados …


 Por isso tudo …
 Levando-se em consideração esses aspectos …
 Dessa forma …
 Em vista dos argumentos apresentados …
 Dado o exposto …
 Tendo em vista os aspectos observados …
 Levando-se em conta o que foi observado …
 Em virtude do que foi mencionado …
 Por todos esses aspectos …
 Pela observação dos aspectos analisados …
 Portanto … / logo … / então …

Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão com as seguintes frases:

 … é-se levado a acreditar que …


 … entende-se que …
 … conclui-se que …
 … percebe-se que …
 … resta aos homens …
 … é imprescindível que todos se conscientizem de que …
 … é preciso que …
 … é necessário que …
 … faz-se necessário que …

Pronomes Demonstrativos na Dissertação:


Usos de este, esta, isto, esse, essa, isso na redação.

01) Este, esta, isto:

Usa-se este, esta, isto, para referir-se a frase ou oração posterior, ou seja, frase que ainda
será escrita, e para referir-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, elemento que
acabou de ser escrito. Ex. Atenção a estas palavras: O fumo é prejudicial à saúde.
O fumo é prejudicial à saúde. Esta deve ser preservada sempre, portanto não fume.

02) Esse, essa, isso:

Usa-se esse, essa, isso, para referir-se a frase ou oração anterior, ou seja, frase que já foi
escrita. Ex.: O fumo é prejudicial à saúde. Isso já foi comprovado cientificamente.

Veja também:

Os 10 pecados na redação
A redação precisa ser clara e concisa e em processos seletivos é um dos fatores mais
quantificados, entretanto, quem nunca passou pela situação de ver a folha em branco e
não conseguir transformar a ideia em palavras. E o incrível é que isso tem grande
probabilidade de acontecer no dia da prova do processo seletivo!

Assim, seguir as sugestões da proposta textual é uma boa maneira de sair desse
“branco”, pois algumas vêm acompanhadas de coletâneas de textos que são bastante
úteis no direcionamento da escrita. Vale ressaltar que é importante respeitar o texto
solicitado, seja ele: dissertação, artigo de opinião, carta argumentativa, editorial,
narração, entrevista etc.
Conhecer os principais pecados da redação também se torna fundamental, pois permite
conhecer as falhas mais comuns a fim de evitá-las no texto, pois, nem sempre, dominar
as técnicas de escrita resulta em um bom desempenho na redação. Portanto, é de suma
importância saber o que não se deve escrever para que sejam evitadas falhas e deslizes –
a todo custo, que coloquem a redação em xeque.

Confira os erros mais comuns na produção textual:

1. Fuga do tema

Fugir ao tema solicitado pela prova é motivo para invalidar o texto, a FUVEST, por
exemplo, informa em seu manual de candidatos que a fuga completa ao tema anula a
redação. Veja o exemplo abaixo sobre esse pecado. A proposta pedia uma dissertação
sobre a utilização de animais em experimentos científicos, porém o candidato dissertou
sobre o uso dos animais no trabalho e em ambientes de entretenimento.

“Desde a colonização os animais estiveram ao lado da população, sendo utilizado


como tração em transporte inicialmente na cana-de-açúcar e depois da mineração para
o litoral do país, ao mesmo tempo serviu para a diversão como em touradas ou rinhas
de galos, o que é mais comum no Brasil.”

2. Uso de gírias
Utilizar gírias é aceitável em situações de comunicação informal no dia a dia com
amigos e colegas. Em alguns textos narrativos também é aceita nos diálogos entre
alguns personagens. Mas, em dissertações, artigos de opinião ou carta argumentativa
usar gírias é algo que não cabe, pois é inadequado, uma vez que esses gêneros pedem
uma linguagem formal.

3. Gênero textual diferente do solicitado


Adotar o gênero textual solicitado na prova é de suma importância para não “zerar” e
este é considerado um dos erros mais cometidos pelos estudantes. Por exemplo, a
proposta pede uma dissertação e o candidato faz um poema ou crônica. A característica
pertinente da dissertação é a defesa de uma tese por meio de argumentos lógicos e
convincentes.

No exemplo abaixo a proposta pedia uma narração sobre personagens que se


deslocariam de um país a outro em função dos movimentos migratórios, porém o
candidato expôs suas ideias através da dissertação do tema.

“Quando pensamos na palavra ‘fronteira’ é quase inevitável relacioná-la ao limite


geográfico de uma região. Porém, se analisarmos esse termo com mais cautela,
veremos que ele possui um significado muito mais amplo do que apenas o de ‘divisa’.”

4. Linguagem prolixa
Os candidatos devem evitar uma sofisticação artificial no texto escrito, pois o vestibular
exige que a linguagem utilizada seja cabível a alguém que concluiu o ensino médio. Rui
Barbosa certa vez proferiu as seguintes palavras a um ladrão que ousava entrar em sua
residência para roubar-lhe uns pratos:

“Se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-
te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto
que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.”

Provavelmente o ladrão não conseguiu compreender a linguagem rebuscada do jurista,


mas não sabemos se toda essa história é verídica.

5. Deslizes de ortografia e concordância


Na prova de redação espera-se que o candidato corresponda às expectativas de
conhecimentos e opiniões adequados para quem concluiu o ensino médio, portanto,
deve ter a capacidade de demonstrar isso através da escrita clara, concisa e coerente, de
modo que seus argumentos sejam pertinentes. Atentar-se à concordância verbal e
concordância nominal também é de extrema importância para evitar um “pecado” fatal,
pois expressões como “pra mim fazer” não são aceitas, haja vista que “mim” não
conjuga verbo.

6. Clichês e frases feitas


Devem ser evitadas a todo custo, pois não trazem informações novas e costumam
revelar falta de criatividade por parte do emissor. Em uma redação, espera-se que o
candidato utilize o vasto vocabulário da língua portuguesa para expressar suas ideias, de
maneira que evite frases feitas como: “fechar com chave de ouro”, “chave para a
felicidade”, “o tiro saiu pela culatra”, “dar a volta por cima” etc.

7. Letra ilegível
Escrever legível é de suma importância para a estética textual, do mesmo modo que
colabora para a organização e compreensão do texto. Errou uma palavra? Risque-a e
continue escrevendo.

8. Raciocínio desarticulado
É preciso evitar o uso de conectivos e relações semânticas indevidas entre palavras e
expressões, pois isso prejudica a compreensão do texto. Veja o exemplo abaixo em que
a conjunção “enquanto” foi empregada de maneira inadequada, pois deveria ter sido
empregado o conectivo “como”:

“O cinema, enquanto veículo da mídia e meio de comunicação, é um fórum social de


relevância incomparável. Em seus múltiplos aspectos, o cinema abarca e trabalha
diversas dimensões da vida humana, o que se refere em seus papeis enquanto forma de
entretenimento objeto de concepção e expressão artística, sua atuação formativa e
doutrinadora sociocultural e mesmo psicológica.”
9. Verbos no imperativo
Expressões que denotem ordem ou diálogo com o leitor não devem ser utilizadas. Pois,
assim o candidato foge da proposta de dissertação, deixando para o leitor a
responsabilidade de pensar acerca do texto.

10. Aglomerado de informações


Na redação do vestibular é necessário que o candidato faça uma seleção das
informações pertinentes à proposta e fale sobre elas, a fim de evitar que o excesso de
informações prejudique a qualidade e a compreensão do texto.

Referência:

ALBUQUERQUE, Evaneide Nóbrega. Os 10 pecados da redação. Revista Língua


Portuguesa: Especial Redação. São Paulo, Ed. 5, p. 24-29, agosto 2011. (com
adaptações.)

Cinco competências norteiam a avaliação na prova de


redação do Enem:
1. Domínio da norma-padrão da língua escrita.
2. Compreender a proposta e utilizar conceitos de diversas áreas do
conhecimento no desenvolvimento do tema, sempre respeitando as
estruturas do texto dissertativo-argumentativo. Esse tipo textual exige
que haja um posicionamento reflexivo e crítica acerca de determinada
proposta ou mesmo ao expressar opiniões coerentes e claras.
3. Selecionar, relacionar e organizar as ideias é de suma importância,
assim como interpretar as informações, os fatos, as opiniões e os
argumentos com o objetivo de defender um ponto de vista. Isso você
pode exercitar ao fazer o rascunho e selecionar quais são as ideias que
constarão em seu texto e os argumentos que você utilizará para defender
o seu ponto de vista.
4. Demonstrar conhecimento acerca dos mecanismos necessários à
construção da argumentação. Esses mecanismos são compostos
por coesão textual e vocabulário simples e direto que atenda aos
objetivos do texto. Não pense que utilizar “palavras bonitas” significa
domínio desses mecanismos, somente as utilize se você tem convicção
em aplicá-las no texto.
5. A situação-problema exigirá que você elabore uma solução para o
problema, mostrando respeito aos valores humanos, considerando a
diversidade sociocultural. É esperando que seja apresentado possíveis
soluções para o problema e que elas sejam coerentes com os
argumentos, informações e opiniões apresentados. Nesse momento é
preciso muito cuidado para não apresentar soluções que sejam previstas
em leis – caso faça isso, sugira cobrança mais efetiva dessas leis – nem
tampouco, não ser preconceituoso com as soluções apresentadas.

Agora que você sabe quais são os aspectos avaliados na redação do Enem,
tente produzir um texto objetivo e coerente a partir do seu conhecimento de
mundo. Boa produção!

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