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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

HERKSON RODRIGUES FONSECA RA: 9151211334

DISCIPLINA DE ESTÁGIO BÁSICO III: PSICOLOGIA HOSPITALAR

RELATÓRIO DO FILME : MINHA VIDA SEM MIM, RELACIONANDO-O


AO TEXTO : PSICOLOGIA HOSPITALAR E CUIDADOS PALIATIVOS

O filme conta a história de Ann, uma moça jovem de 23 anos, casada desde os 17,com
um marido que fica mais tempo desempregado do que trabalhando; eles têm 2 filhas,
moram num trailer no quintal da casa da mãe de Ann. Ann trabalha como faxineira de
uma faculdade , largou os estudos para poder se dedicar ao lar e vivia uma vida
praticamente normal até que um dia ao passar mal repentinamente vai ao médico e
descobre que tem câncer de estômago e já está em fase terminal. Mesmo chocada com
a notícia, decide não contar a ninguém e faz uma lista de coisas que deseja fazer antes
de morrer. Dentre os desejos estão a mudança de visual, o romance com outro homem
e uma nova esposa para seu marido. A mudança é radical e Ann parece viver os
últimos dias de vida intensamente. Conhece Lee, um homem solitário e deprimido que
se apaixona por ela. Os dois vivem um romance intenso e aos poucos Ann vai
realizando suas fantasias, sempre imaginando como será a vida de todos quando ela se
for. Ann sempre se questiona, questiona a morte, a vida e a realidade, como também o
sistema de consumo do modelo capitalista, que segundo ela, parece querer nos fazer
esquecer que vamos morrer. Ann aceita a morte de maneira madura. Decide não fazer
tratamento e não contar a ninguém, entendendo que tudo o que resta é viver
intensamente os dias que lhe restam. Sob essa perspectiva, o texto Psicologia
Hospitalar e Cuidados Paliativos se debruça, no intuito de trazer a importância do
psicólogo hospitalar no acompanhamento de pacientes terminais, que trabalhará
justamente no intuito de fazê-lo compreender que a morte é um processo natural da
vida. Aceitar a morte com naturalidade e viver no intuito de ser feliz são os objetivos a
serem alcançados na relação com o paciente terminal. O medo da morte, as questões
metafísicas e mitos envolvendo o destino final do indivíduo depois da morte são tão
antigos quanto a própria humanidade e foram construídos socialmente e enraizados no
imaginário coletivo, de modo que o psicólogo tem de trabalhar no sentido de
descontruir algumas dessas fantasias e tornar a percepção mais realística e profunda
sobre o assunto, para que o paciente possa descobrir que a morte é sobretudo
necessária no processo da vida.
Ainda existe muito debate sobre questões de bioética que envolvem eutanásia, e
ortotanasia, por exemplo. Nesta ultima, não se alonga, nem se antecipa o processo de
morrer, ele ocorre de maneira natural, respeitando-se os desejos do paciente. Nesse
sentido , como diz o texto, o desafio é que se viva com qualidade a própria morte, que
se tenha uma boa morte. E isso é justamente o que parece acontecer no filme, quando
Ann aceita que vai morrer e decide morrer feliz, realizando seus desejos e fantasias, ao
mesmo tempo em que prepara o terreno para que seus entes possam viver da melhor
maneira possível depois da sua morte.

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