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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Da Política Tarifária ............................................................................................................................................2
Da Licitação ........................................................................................................................................................................2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Da Política Tarifária
O termo preço público (muitas vezes usado como sinônimo de tarifa), reflete pagamentos de
natureza não tributária, de modo a remunerar o poder público ou quem explore o serviço público em
seu lugar (delegatários).
A tarifa representa uma obrigação que possui natureza contratual, sendo, pelo menos na teoria,
facultativa. Os delegatários de serviço público, em hipótese alguma, poderão ser remunerados
mediante taxa (pessoas privadas não têm aptidão para a exigência de tributos). Eles serão remune-
rados mediante tarifa. Mas, conforme veremos adiante, podem existir outras formas de contrapres-
tação, por meio de receitas complementares ou acessórias (como o pagamento feito por anunciantes
em uma concessionária de transporte coletivo). Desse modo, em alguns casos, o usuário sequer paga
a concessionária, mas a receita advém apenas de outras fontes (como no caso dos anunciantes para as
concessionárias de rádio e televisão).
A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação
e preservada pelas regras de revisão previstas na Lei 8.987/95, no edital e no contrato.
A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior. Somente nos casos expressamen-
te previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo
e gratuito para o usuário.
No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente prever,
em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de
receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusivi-
dade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas.
As fontes de receita alternativas serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial
equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específi-
cos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
Equilíbrio Econômico-Financeiro
Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.
Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos
ou encargos legais (fato do príncipe - teoria da imprevisão), após a apresentação da proposta, quando
comprovado seu impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-fi-
nanceiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio eco-
nômico-financeiro.
A legislação apenas previu a hipótese de equilíbrio em situações extraordinárias, sem tirar da
concessionária o ônus de arcar com os riscos do empreendimento, aos quais está sujeita qualquer
atividade econômica da iniciativa privada.
Da Licitação
Toda concessão e permissão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública,
será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da
legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vincula-
ção ao instrumento convocatório.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Embora existam legislações prevendo exceções e haja certa discussão doutrinária, para a prova
prevalece, ante o disposto no Art. 175 da Constituição Federal, que as concessões e permissões sejam
sempre precedidas de licitação, não se aplicando, para essas formas de delegação, as hipóteses de
dispensa ou inexigibilidade previstas nos Arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93.
No julgamento da licitação, será considerado um dos seguintes critérios:
I. o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
II. a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da conces-
são;
III. melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas.
IV. a combinação, dois a dois, dos critérios acima referidos (itens I, II e III)
V.melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
VI. melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa do
serviço público a ser prestado com o de melhor técnica; ou
VII. melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga
da concessão com o de melhor técnica.
A aplicação do critério previsto no item IV (combinação de dois critérios) só será admitida
quando previamente estabelecida no edital de licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas
para avaliação econômico-financeira.
Para fins de aplicação do disposto nos itens III, V, VI e VII, o edital de licitação conterá parâme-
tros e exigências para formulação de propostas técnicas.
O poder concedente recusará propostas manifestamente inexequíveis ou financeiramente in-
compatíveis com os objetivos da licitação.
Em igualdade de condições, será dada preferência à proposta apresentada por empresa brasilei-
ra, sendo que essa disposição de preferência em igualdade de condições também encontra amparo
na Lei 8.666/93.
A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de invia-
bilidade técnica ou econômica, justificada no edital de licitação.
→ Considerar-se-á desclassificada a proposta:
˃ que para sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não estejam previamente
autorizados em lei e à disposição de todos os concorrentes.
˃ de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa do poder concedente que, para sua
viabilização, necessite de vantagens ou subsídios do poder público controlador da referida
entidade.
Inclui-se nas vantagens ou subsídios supracitados, qualquer tipo de tratamento tributário dife-
renciado, ainda que em consequência da natureza jurídica do licitante, que comprometa a isonomia
fiscal que deve prevalecer entre todos os concorrentes.
→ O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, naquilo que couber, os
critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especial-
mente:
˃ o objeto, metas e prazo da concessão;
˃ a descrição das condições necessárias à prestação adequada do serviço;
˃ os prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do contrato;
˃ prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e projetos
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