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Aqui deixo mais algum contributo de análise aos exemplos que foram criados.

Admite-se que
possam não ter sido exemplos muito realistas relativamente ao objectivo de criar uma situação de
um tipo de lesão periférica e de uma central.
Sugiro que cada estudante crie agora, apoiando-se nas reflexões das aulas, um exemplo mais realista
da sintomatologia previsível de uma situação hipotética de lesão a um determinado nível e a discuta
no grupo de discussão que criei para este efeito.

EXERCÍCIO 2
Recebeu dois doentes com os seguintes sintomas:
A B
- Paraplegia - Paraplegia
- Anestesia abaixo do nível metamérico - Anestesia abaixo do nível metamérico
L2 D10
- Ausência de reflexo patelar; - Reflexo patelar exacerbado;
- Incontinente - Espasticidade nos membros inferiores;
- Urina espontaneamente mas não tem
controlo voluntário;
Que tipos de lesões aconteceram?
Normal A1 A2
Imagine-se que o traço vermelho é a lesão existente.

A1 - Foi o exemplo que pensei quando apresentei o problema. É uma lesão típica quando há

luxação L2/L3 com lesão completa das raízes. É uma lesão do tipo periférica. Deixa de haver
reflexos abaixo do nível da lesão. Como veremos posteriormente é uma lesão L2 ASIA A.
Poderemos questionar porque razão não tem reflexo patelar quando o centro deste reflexo é L2/L3.
Este reflexo está claramente comprometido nesta lesão apresentada neste esquema mas em boa
verdade pode não estar completamente ausente considerando que pode existir arco reflexo no
metâmero L2.

A2 – Será que poderia ter sido uma lesão deste tipo o exemplo A? Em principio do ponto de vista
traumático é mais improvável. Só foi lesada a medula sem envolvimento de raízes e isso é muito
improvável acontecer. Mas se for uma lesão do tipo isquémico é possível acontecer.
Vamos reflectir sobre o reflexo patelar.
A B1 B2
Imagine-se que o traço vermelho é a lesão existente (exemplo perfeitamente
teórico).

B1 – Mais uma vez este tipo de lesão pode existir em casos isquémicos por origem vascular ou por
consussão. Esta lesão levaria aos sintomas do exemplo que apresentámos. Neste caso há apenas
lesão central

B2 – Mas este exemplo também daria os mesmos sintomas. Neste caso existe algum

comprometimento de T11, T12 e eventualmente L1. Em todo o caso há sempre possibilidade de


reflexo patelar cujo centro é L2/L3.
Este exemplo não é muito provável acontecer porquanto as luxações torácicas são raras. Já não tão
raro são luxações traumáticas D12/L1.

Centro medular do Reflexo de expulsão vesical parassimpático é S2/S4. Ora em qualquer destes
casos este centro estará integro pelo que é provável por arco reflexo haver micção espontânea sem
controlo voluntário (Contracção do detrusor, abertura do esfíncter interno e aumento do
peristaltismo ureteral).
Já em relação ao controlo simpático do enchimento da bexiga poderá haver grandes diferenças entre
o tipo de lesão apresentada em B1 e B2.
O centro simpático de controlo vesical, que comanda o Relaxamento do detrusor, Contracção do
esfíncter interno e diminuição do peristaltismo ureteral, situa-se em D12/L2. Em B1 está integro e
em B2 não.
Mais tarde retomaremos este assunto.

Bom estudo
24-03-2010

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