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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

HELMINTOLOGIA
E METAZOÁRIOS
INFERIORES

Rio de Janeiro / 2007

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À

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U n3p Universidade Castelo Branco.


Helmintologia e Metazoários Inferiores. –
Rio de Janeiro: UCB, 2007.
28 p.

ISBN xx-xxxxx-xx-x

1. Ensino a Distância. I. Título.


CDD – 371.39

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Reitor
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Coordenadora de Educação a Distância - CEAD


Prof.ª Ziléa Baptista Nespoli

Coordenadores dos Cursos de Graduação


Ana Cristina Noguerol - Pedagogia
Denilson P. Matos - Letras
Maurício Magalhães - Ciências Biológicas
Sonia Albuquerque - Matemática
Responsáveis Pela Produção do Material Instrucional

Coordenadora de Educação a Distância - CEAD


Prof.ª Ziléa Baptista Nespoli

Supervisor do Centro Editorial – CEDI


Joselmo Botelho

Conteudista
Geizi Jane Alves de Carvalho

Atualizado por
Anderson Dias Cezar
Apresentação

Prezado(a) Aluno(a):

É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação,
na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, conseqüentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente
esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.

Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu
conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.

Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Auto-Estudo

O presente instrucional está dividido em duas unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.

Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades
complementares.

A Unidade 1 corresponde ao conteúdo que será avaliado em A1.

Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das duas unidades.

Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todos os
conteúdos das Unidades Programáticas 1 e 2.

A carga horária do material instrucional para o auto-estudo que você está recebendo agora, juntamente com os
horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você
administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.

Bons Estudos!
Dicas para o Auto-Estudo

1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.

2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite


interrupções.

3 - Não deixe para estudar na última hora.

4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.

5 - Não pule etapas.

6 - Faça todas as tarefas propostas.

7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.

8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a auto-avaliação.

9 - Não hesite em começar de novo.


SUMÁRIO

Quadro-síntese do conteúdo programático............................................................................................................... 11


Contextualização da disciplina ................................................................................................................................... 12

U NIDADE I

FILOS PORIFERA, CNIDARIA, CTENOPHORA E PLATYHELMINTHES


1.1. Filo Porifera .......................................................................................................................................................... 13
1.2. Filo Cnidaria ......................................................................................................................................................... 14
1.3. Filo Ctenophora ................................................................................................................................................... 14
1.4. Filo Platyhelminthes e Rhycocoela ................................................................................................................. 15

UNIDADE II

PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS
2.1. Pseudocelomados ................................................................................................................................................ 18
2.2. Annelida ................................................................................................................................................................ 22

Glossário.......................................................................................................................................................................... 25
Gabarito........................................................................................................................................................................... 26
Referências bibliográficas............................................................................................................................................ 27
10
Quadro-síntese do conteúdo 11
programático

UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS

1- FILOS PORIFERA, CNIDARIA, • Apresentar as características gerais,


CTENOPHORA E PLATYHELMINTHES classificação e aspectos ecológicos e evolutivos
dos seguintes filos: Porifera, Cnidaria,
1.1. Filo Porifera Ctenophora e Platyhelminthes.
1.2. Filo Cnidaria
1.3. Filo Ctenophora
1.4. Filo Platyhelminthes e Rhycocoela

2- PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS • Introduzir a classificação e caracterizar os


seguintes grupos: Pseudocelomados e
2.1. Pseudocelomados anelídeos, bem como seus aspectos ecológicos
2.2. Annelida e evolutivos.
12 Contextualização da Disciplina

Como sabemos, hoje, o estudo das Ciências Biológicas não pode caminhar isoladamente, havendo pontos de
interseção com outras áreas do conhecimento humano, como também com disciplinas afins do curso de Ciências
Biológicas.

O estudo de Zoologia, tal qual o compreendemos hoje em dia, é fruto de um longo processo de desenvolvimento,
com os primórdios em Aristóteles (384-322 a.C.), passando por vários filósofos e cientistas, entre eles, Charles
Darwin.

Ao iniciar os estudos em Zoologia, estaremos não apenas enfocando os grupos que compõem o reino dos
animais (também o reino dos protistas), como faremos uma grande correlação entre as áreas que são intimamente
ligadas à Zoologia, tais como Parasitologia e Ecologia e outras áreas não tão proximamente ligadas, como
Filosofia, Lógica e Matemática.

No transcorrer do nosso curso de Zoologia, você poderá perceber que o estudo dos animais nada mais é do
que um pano de fundo para introduzirmos vários conceitos correlatos, teorias gerais e hipóteses, permitindo
que haja uma visão ampliada acerca dos diversos ramos que compõem as Ciências Biológicas.
UNIDADE I 13

FILOS PORÍFERA, CNIDARIA, CTENOPHORA E


PLA TYHELMINTHES
AT

1.1 - Filo Porífera

As esponjas são organismos bastante antigos, com


origens que se perdem há mais de 1.0-1.2 bilhões de
anos. Suas características morfológicas, tais como a
relativa simplicidade estrutural e o baixo grau de
diferenciação dos tecidos, em conjunto com o registro
fóssil, as colocam como os animais pluricelulares mais
primitivos existentes. São animais facilmente
encontrados em quase todos os ambientes aquáticos,
desde rios até as fossas abissais, em regiões tropicais
e polares. As mais de 6000 espécies descritas possuem
uma extrema variedade de dimensões, cores, formas e
hábitos e sua construção aparentemente simples e
primitiva não revela totalmente a imensa complexidade
destes organismos
Tipos de esponjas

As esponjas são organismos imóveis, mas capazes De modo geral, esponjas têm uma ou mais aberturas
de movimentar a água ao seu redor. exalantes circulares (ósculos), e muitas espécies têm
sistemas de canais subsuperficiais semelhantes a
As partículas alimentares em suspensão penetram veias. Muitas espécies são compressíveis, e a
no corpo da esponja através de poros microscópicos, superfície é freqüentemente híspida (com extremidades
– poros inalantes –, na sua parede lateral. A água das espículas atravessando parcialmente a superfície)
filtrada é retirada por uma abertura maior, – ósculo –, ou conulosa (com pequenas elevações cônicas). As
na zona oposta à base. ascídias coloniais se diferenciam das esponjas pela
presença de um sistema regular de orifícios de ingestão
Em certas espécies, o ósculo pode ser lentamente e egestão; elas são normalmente lisas ao toque e
fechado. O ósculo encontra-se quase sempre acima incompressíveis.
do resto do corpo do animal; é uma adaptação
importante, pois evita que a água, de onde foram
retirados alimentos e oxigênio e adicionados resíduos,
circule novamente. Em nenhum outro animal, a abertura
principal do corpo é exalante. Esta é mais uma
excentricidade das esponjas.

A parede do corpo das esponjas delimita uma


cavidade central: o átrio ou espongiocélio. Em certas
esponjas mais complexas, não existe apenas uma
cavidade central, mas um labirinto de canais e câmaras
cobertas de células flageladas – câmaras vibráteis. Forma das espículas da parede do corpo de algumas esponjas

A respiração e a excreção são feitas diretamente por


difusão com o meio aquático, pois as esponjas não As esponjas produzem uma grande diversidade de
suportam águas estagnadas. metabólitos secundários, muitos dos quais têm
estruturas originais de grande interesse para a dos grupos de organismos com maior percentagem de
14 farmacologia e a pesquisa biomédica. Esses compostos espécies produtoras de compostos antibióticos,
representam um importante recurso natural, pois podem antitumorais e antivirais. Outros invertebrados, como
levar à produção de medicamentos mais eficazes contra os briozoários, ascídias e cnidários não têm tantas
o câncer e outras doenças graves, como as causadas espécies com compostos ativos, nem um espectro tão
por vírus, bactérias ou fungos. As esponjas são um amplo de atividades quanto as esponjas.

1.2 - Filo Cnidaria


Estes animais, conhecidos como celenterados, epidérmicas ou gastrodérmicas com óvulos ou
têm simetria radiada (antigamente havia a união espermatozóides expulsos ao exterior: reprodução
com o grupo Ctenophora, que veremos adiante, sexuada (as gônadas são agregados de gametos) e
formando o grupo denominado Radiata), presença possibilidade de fecundação interna ou externa. O tipo
de uma cavidade gastrovascular (formada pela medusóide possui larva plânula (ciliada) e actínula. Já
boca mais a cavidade digestiva), tentáculos na o tipo polipóide possui larva plânula.
região adoral. Existem, ainda, três camadas
corporais: epiderme, mesogléia e gastroderme. Na CLASSE SCYPHOZOA (CIFOZOÁRIOS) – Água-
mesogléia, temos a presença de células viva
especializadas: os amebócitos. Durante as fases
de vida, existe a possibilidade de dois tipos de Estrutura de medusa preponderante com pólipos
estrutura: os pólipos e as medusas. Como forma larvais, nematocistos tentaculares, boca, estômago
de defesa, há a presença de células especializadas, central e quatro bolsas gástricas. O estômago
os nematocistos. possui filamentos com nematocistos. São dióicos
com gônadas na gastroderme, larva plânula e
polipóide. Há a formação de éfiras, que são as
medusas imaturas.

CLASSE ANTHOZOA (ANTOZOÁRIOS) - Corais

Estrutura polipóide com ausência de medusas, boca


seguida de faringe tubular e cavidade gástrica dividida.
Os nematocistos são gástricos, gônadas
gastrodérmicas.

Para melhor compreendermos esta classe, dividimos


Tipos de forma corpórea: Medusóide e em:
Pólipos
• Anêmonas – com disco basal, sulcos no disco
Para estudarmos melhor, podemos dividir os oral (sifonóglifos), epiderme ciliada, hermafroditas
celenterados em três grupos principais: ou dióicos, fecundação interna ou externa, larva
plânula;
• Classe Hydrozoa (Hidrozoários) - hidras
• Classe Scyphozoa (Cifozoários) - água-viva • Corais Pétreos – com esqueleto de carbonato de
• Classe Anthozoa (Antozoários) - corais cálcio, solitários ou coloniais; ausências de
sifonóglifo, esqueleto secretado pela epiderme,
CLASSE HYDROZOA (HIDROZOÁRIOS) - Hidras hermafroditas ou dióicos;

Estrutura de pólipo ou medusa, mesogléia sem • Corais Octocorais – têm oito tentáculos. Presença
células, gastroderme sem nematócistos, gônadas de sifonóglifo, coloniais;

1.3 - Filo Ctenophora


Este pequeno filo apresenta simetria radiada e sua um longo tentáculo; sistema digestivo com estômago
epiderme é celular ou sincicial, sem nematocistos. A central e ramificado; presença de coloblasto (células
mesogléia é formada com fibras e amebócitos e possui adesivas). Estas espécies são hermafroditas, têm
corpo com oito bandas ciliadas. Cada hemisfério possui fecundação externa e sua larva é conhecida como cidipédia.
1.4 - Filo Platyhelminthes e Rhycocoela
15
Os platelmintos são divididos em grupos, Classificação:
apresentados a seguir: 1- ACOELA;
2- RHABDOCOELA;
TURBELLARIA 3- ALLOECOELA;
• Acoela; 4- TRICLADIDA;
• Rhabdocoela (Temnocephalidea – Principal Grupo). 5- POLYCLADIDA.

TREMATODA TREMATODA
• Aspidobothrea; TREMATÓDEOS
• Digenea;
• Monogenea (Monogenoidea). 1- ASPIDOBOTHREA (ASPIDOCOTYLEA OU
ASPIDOGASTREA)
CESTOIDEA Corpo com disco ventral para fixação (disco de Baer);
• Eucestoda; ventosas presentes. A grande maioria são parasitas de
• Cestodaria . moluscos; sistema digestivo com único ceco.
• Sistema reprodutor masculino – um ou mais
Filo Platyhelminthes testículos; vesícula seminal; bolsa do cirro; duto
ejaculatório e cirro.
• Sistema reprodutor feminino – ovário, oviduto,
As características principais dos platelmintos, glândula de Mehlis, canal de Laurer (vagina vestigial),
conhecidos como helmintos ou vulgarmente como glândula vitelogênica e metratermo.
vermes, são:
Larva livre natante, ciclo direto sem hospedeiro
Simetria bilateral: sistema excretor protonefridial com intermediário ou indireto.
células flama (sistema osmorregulador). Geralmente,
não possuem ânus, e sim, poro excretor; sistema
respiratório e circulatório ausente. O espaço entre a
parede do corpo e os órgãos internos, com as fibras e
células, forma o parênquima. O sistema nervoso é
formado por uma rede epidérmica com gânglios, e, na
maioria, são monóicos (dois sexos em um mesmo
indivíduo). Sua fertilização é interna. TREMATODA e
EUCESTODA possuem tegumento superficial vivo
com proteínas, lipídios e lipoproteínas.

Mecanismos de fixação: ventosas


• DIGENEA – ventosa oral e acetábulo;
• MONOGENEA – opistaptor com ganchos e grampos.
Canal alimentar nos TREMATÓDEOS – cecos.
CESTÓIDES não possuem canal alimentar. A
absorção se dá pelo tegumento.

Estrutura geral de um Aspidobothrea


TURBELLARIA
TURBELÁRIOS E PLANÁRIAS 2- MONOGENEA (MONOGENOIDEA)
Ectoparasitas (parasitas externos ao corpo) de peixes
São platelmintos com a parede do corpo (brânquias, narinas e corpo), endoparasitos (parasitas
apresentando epiderme ciliada e células glandulares; internos) de raias e anfíbios: possuem órgão de fixação
cavidade digestiva única sem ânus. São parasitos ou com ganchos, – opistaptor -, trato alimentar com boca,
simbiontes; realizam a excreção por meio de faringe, esôfago e cecos; glândulas cefálicas com
protonefrídeos, reprodução assexuada por fissão com função de fixação.
regeneração e reprodução sexuada; ocorrência de • Sistema reprodutor masculino – um ou mais
partenogênese (desenvolvimento a partir de um ovo, testículos, vesículas seminal, cirro e gonopóro.
que não recebeu carga genética paterna, originando • Sistema reprodutor feminino – ovário único, vagina
somente fêmeas), larva livre natante denominada e glândula de Mehlis.
larva Müller. Desenvolvimento – ovo, larva (oncomiracídio), adulto.
• Sistema reprodutor feminino – útero, receptáculo seminal,
16 a) b) glândulas vitelogênicas, glândula de Mehlis e vagina.

Para melhor exemplificar seu desenvolvimento, temos, nos


cestóides, dois tipos básicos de ciclos, com suas respectivas
larvas:
1- Ovo, coracídio (larva ciliada), procercóide e plerocercóide.
2- Ovo e oncosfera (embrião hexacanto cisticercóide).

Tipos especiais de larvas:


Monogenea. • Licófora – larva ciliada dos cestodários;
• Espargano;
a) Polyonchoinea; b) Oligonchoinea
• Plerocerco;
• Cenuro – cisticerco de Taenia multiceps;
3- DIGENEA • Cisto hidática – cisticerco de Echinococcus spp;
Parasitas de todos os vertebrados. Possui corpo
com ventosa oral e acetábulo. Tem como principal
representante deste grupo o Schistosoma mansoni,
causador da esquistossomose.
• Sistema reprodutor masculino – um ou mais
testículos, vesícula seminal e cirro.
• Sistema reprodutor feminino – ovário único,
glândulas vitelogências, glândula de Mehlis, útero, a) Escólice de Taeniarhynchus saginatus
metratermo e átrio genital. b) Proglótides maduras
Reprodução sexuada e assexuada.
Desenvolvimento – ovo, larva ciliada (miracídio), Filo Rhynchocoela
esporocisto, rédia, cercária (podendo haver após
mesocercária e metacercária), adulto.
Este filo, classificado após os platelmintos, tem
aproximadamente 700 espécies. A maioria são marinhas,
não, parasitas. Sem cabeça definida, tem parede corporal
organizada, presença de probóscide, com canal
(RINCODEU), boca, esôfago, estômago e intestino
anterior. É carnívoro (alimenta-se de invertebrados), tem
cérebro com quatro lóbulos e estruturas sensoriais:
ocelos fotossensíveis e corpúsculos quimiorreceptores
(órgãos cerebrais). Possui aparelho circulatório fechado
com amebócitos sangüíneos, sistema excretor com
protonefrídios e nefridioporo, dióicos ou hermafroditas.

Sistemática:
Estrutura geral de um Digenea Dividem-se em dois gupos:
• Classe Anopla – Ordens Paleonemertini e
CESTOIDEA Heteronemertini.
CESTÓIDES • Classe Enopla – Ordens Hoplonemertini e
EUCESTODA Bdellonemertini
Este último grupo de platelmintos tem corpo com
segmentos chamados de proglótides, sendo que cada um
possui um ou mais conjuntos de órgãos reprodutores. A
produção contínua de proglótides é chamada de
estrobilização. Escólice ou pseudoescólice com ventosas,
bótrios ou botrídeos e rostelo com ganchos. Absorve os
nutrientes pelo tegumento, – sem sistema digestivo; sistema
osmorregulador com canais.
Dentre os cestóides, os mais conhecidos são as “tênias”,
Taenia solium e Taeniarhynchus saginatus (antigamente
classificada com Taenia solium).
• Sistema reprodutor masculino – um ou mais testículos, Fonte: HYMAN, L.H. Platyhelminthes and Rhynchocoela.
vesícula seminal e cirro. McGraw Hill Book Company, 1951.
Exercícios de Fixação
17
1- Correlacione as colunas.
1 - Turbellaria. ( ) Corpo com disco ventral (disco de Baer).
2 - Digenea. ( ) Corpo com epiderme ciliada.
3 - Eucestoda. ( ) Ocorrência de estrobilização no corpo.
4 - Aspidobothrea. ( ) Ciclo com esporocisto e rédia.

2- Os platelmintos (Filo Platyhelminthes) formam um importante grupo de parasitas. Os trematódeos (Trematoda)


e os cestóides (Eucestoda), apresentam modificações fisiológicas que os tornam aptos ao parasitismo. Os
cestóides, durante o processo evolutivo, acumularam a perda do canal digestivo, realizando a absorção dos
nutrientes através de outra via.
Qual é o modo de absorção dos nutrientes, realizado pelos cestóides ?

Leitura Complementar

Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos grupos, leia os capítulos de Cnidaria,
Ctenophora e Platyhelminthes do livro Zoologia dos invertebrados, de Barnes.
UNIDADE II
18

PSEUDOCELOMADOS E ANELÍDEOS

2.1 - Pseudocelomados
Enfocaremos, agora, um grupo conhecido como alongado que abriga o intestino médio e os órgãos
Pseudocelomados, que antigamente era utilizado reprodutivos. Toda a superfície ventral pode ser ciliada,
como um grupo natural. Mas, atualmente, dividimos ou os cílios podem se arranjar em faixas longitudinais,
os pseudocelomados nos seguintes filos: fileiras ou remendos transversais ou podem se agrupar
em cirros, como os dos ciliados hipotríquios.
• Gastrotricha;
• Rotifera; Na parte posterior do tronco, geralmente encontramos
• Kinorhyncha; dois ou mais órgãos adesivos, e estes têm uma função de
• Nematoda; adesão temporária ao substrato e contem sistemas
• Nematomorpha; glandulares duplos, ou seja, uma glândula viscosa reunida
• Acanthocephala; a uma glândula de liberação.
• Gnathostomulida.
Os tubos adesivos podem ser numerosos e se localizar
Antes de passarmos ao estudo dos filos, vamos por baixo da cabeça ao longo das laterais do corpo.
definir dois termos muito importantes:
– Pseudoceloma: blastocele embrionário persistente, O movimento para frente, nos gastrótricos, resulta do
órgãos internos livres sem estarem envoltos por deslizamento ciliar uniforme. No entanto, a ação muscular
peritôneo. é importante nos movimentos especializados, tais como
– Filo Aschelminthes: não forma um grupo natural. as respostas de fuga, a atividade de procura e a copula.
Atualmente, é rejeitado. Uma resposta de fuga pode ser uma rápida retirada para
trás da cabeça e do tronco até uma ligação feita pelo
Filo Gastrotricha órgão adesivo posterior ou por uma série de movimentos
semelhantes aos de uma lagarta. Durante a cópula, os
dois animais usam os músculos para retorcer as suas
O filo Gastrotricha é representado por cerca de 430 extremidades posteriores juntas, como se entrelaçassem
espécies de animais marinhos e de água doce que as pontas de seus dedos indicadores.
habitam os espaços intersticiais dos sedimentos do
fundo e dos detritos superficiais. A boca terminal abre-se diretamente na faringe. Em
alguns quetonotídeos, abre-se em uma pequena cavidade
As superfícies de plantas e de animais são submersas bucal revestida com cutícula. A parede faringiana compõe-
e os filmes, de água das partículas do solo. Mas, os se predominantemente de células mioepitelias que seria
centros de pesquisas que trabalham diretamente com um tubo muscular glandular e alongado.
os gastrótricos dizem que já existem 690 espécies. O filo
se divide em dois grupos, designados como ordens: os Nos macrodasiídeos, a faringe abre-se primeiro ao
Macrodasyida marinhos e os Chaetonotida marinhos e exterior através de um par de poros antes de se juntar ao
de águas doce. intestino médio. O intestino médio é um tubo cilíndrico
celular que se afila para se juntar ao anus posterior e
São hermafroditas, com espécies sem o aparelho ventral. Os gastrótricos alimentam-se de pequenas
reprodutor masculino (degenerado). partículas orgânicas mortas ou vivas (tais como bactérias,
diatomáceas e pequenos protozoários), todas sendo
Muitos gastrótricos são microscópicos em tamanho. sugadas para o interior da boca pelo bombeamento da
Variam em comprimento de 50 a 1000µm, embora os faringe muscular.
membros de algumas espécies possam atingir 4mm. O
corpo tem aparência de um “pino de boliche” ou de fita, A digestão ocorre no intestino médio e é provavelmente
achatado ventralmente e arqueado dorsalmente. uma combinação de processos extra e intracelular. Os
gastrótricos têm um cérebro pequeno e um par de nervos
Existe uma cabeça anterior que porta os órgãos longitudinais sendo composto por duas massas
sensoriais, o cérebro e a faringe, bem como um tronco ganglionares conectadas dorsal e ventralmente, uma em
cada lado da parte anterior da faringe. Cada gânglio lateral posteriores (antenas), órgão anterior na cabeça, –
origina um cordão nervoso intra-epidérmico que se corona, boca –; faringe (mástax); glândulas salivares 19
estende lateralmente ao longo do comprimento do corpo. – esôfago – estômago e intestino, presença de cloaca
(abertura do intestino + abertura do oviducto),
Possuem órgãos sensoriais que incluem as estruturas protonefrídios. Possui vesícula excretora, cérebro,
cerebrais cerdas e tufos ciliares (mecanorreceptores), cerdas sensoriais e acelos.
buracos ciliados, apêndices carnosos
(quimiorreceptores) e ocelos ciliares simples Reprodução:
(fotorreceptores). • Assexuada (partenogênese) ou com a participação
do macho;
Reprodução: • Dos ovos fecundados pelos machos podem nascer
Pode ser sexuada (hermafrodita seqüenciais) ou machos e fêmeas;
assexuada (partenogênese – ovos resistentes a • Partenogênese (sem a participação do macho)
ambientes desfavoráveis). Ao contrário dos outros nascem apenas as fêmeas.
asquelmintos, os gastrótricos são hermafroditos. No
Macrodasys marinho, que se aproxima provavelmente Sistemática:
do plano primitivo, existe um par de gônadas Classes Seisonacea, Bdelloidea, Monogonta
hermafroditas, cada qual com um testículo anterior e um
ovário posterior. O órgão copulatório funciona, então,
como um pênis para transferir o esperma ao parceiro de
cópula. O esperma é então armazenado dentro de um
receptáculo seminal. Os ovos internamente fertilizados
são liberados do corpo por ruptura. Toda a espécie tem
órgãos reprodutivos acessórios complexos. O sistema
masculino dos quetonotídeos de água doce degenerou-
se tanto que todos os indivíduos são funcionalmente
fêmeas e reproduzem-se partenogeneticamente. Nos
quetonotídeos partenogeneticos de água doce,
produzem-se dois tipos de ovos, que se prendem ao
substrato. Este filo caracteriza-se por ser marinho (fundo
lodoso), ausência de cílios externos, cutícula
Distribuição Geográfica: segmentada (zonites), presença de espículas móveis e
A observação da espécie de gastrótricos pode ocorrer curvas nas laterais de cada segmento (equinódera),
em vários países, como: Itália, Noruega, Coréia do Sul, círculo de espinhos bucais (verticílios), boca – faringe
Brasil, Israel, Egito, Austrália, USA, França, Espanha, – glândulas salivares – esôfago – estômago – intestino
Croácia e Reino Unido. e ânus; protonefrídios, cérebro, ocelos. São dióicos.

Sistemática: Kinorhyncha constitui cerca de 150 espécies


Ordens Macrodasyida e Chaetonotida descritas de metazoários marinhos pequenos que
escavam a camada superficial de substratos não
consolidados ou vivem em seus espaços intersticiais.
Eles foram encontrados desde a zona entremarés até a
milhares de metros de profundidade, normalmente com
menos de 1mm de comprimento. O corpo curto é
aplainado ventralmente, como o dos gastrótricos, mas
os quinorrincos não possuem cílios locomotores e,
com exceção da ausência de apêndices pareados,
assemelham-se superficialmente a copépodes
harpaticóides intersticiais, com os quais, às vezes, são
confundidos. Segmentação da cutícula, musculatura
da parede do corpo, glândulas epidérmicas e sistema
Estrutura geral de um Gastrotricha nervoso são características distintivas. O corpo é
dividido em 13 segmentos, dos quais o primeiro é o
introverte (cabeça) e o segundo é o pescoço. Os 11
Filo Rotifera segmentos restantes compõem o tronco,
frequentemente triangular em secção transversal. A
São aquáticos, formam colônias, sésseis ou livre- boca é anterior e terminal, como em outros
natantes. Corpo dividido (região anterior e posterior), cicloneurálios, e está situada na extremidade de um
corpo coberto por cutícula, projeções laterais cone oral protraído. O cone oral pode ser retraído e
protraído. A boca é rodeada por um círculo de nove estilos Sistema digestivo: boca com lábios e cápsula bucal,
20 orais cuticulares. O próprio introverte possui 90 escálides, esôfago glandular, intestino e ânus.
– anéis de cerdas cuticulares, quitinosas, sensoriais e
locomotoras –, espiniformes organizadas em sete anéis Sistema reprodutor masculino: um ou mais testículos,
concêntricos ao redor dele. Todo o introverte pode ser vesícula seminal, ducto ejaculatório, espículos
retraído para dentro do pescoço ou do primeiro segmento copulatórios, gubernáculo (esclerotinização da parede
do tronco, daí o nome Kinorhyncha, significando “nariz de cloaca), telamon (esclerotinização extra da cloaca),
móvel”. Um jogo de placas cuticulares, ou plácides, no espermatozóides sem flagelos.
segundo ou terceiro segmento, fecha o introverte retraído.
Uma epiderme celular uniestratificada fina está abaixo da Sistema reprodutor feminino: um a seis ovários, poro
cutícula e a secreta. genital independente do digestivo (sem cloaca), útero
com ovijector (porção final muscular), vagina com vulva.

Sistemática:
Classes Aphasmidea e Phasmidea

Estrutura geral de um Kinorhyncha

Filo Nematoda

NEMATÓIDES
Como representantes do nematóides, podemos citar
os gêneros Ascaris, Trichuris, Ancylostoma e
Enterobius.

Os nematóides são helmintos (vermes) alongados, Filo Nematomorpha


com simetria bilateral e sistema digestivo completo
(boca até ânus). Lúmen (luz ou espaço interno) da São semelhantes ao nematóides. Os adultos têm vida
faringe trirradiado, corpo coberto por cutícula não livre, os juvenis são parasitos de insetos e crustáceos;
celular eliminada quatro vezes (mudas). Protonefrídios corpo filamentoso em forma de fio e composto de
ausentes, cílios e flagelos ausentes. Na maioria, são cutícula, epiderme e capa muscular; sem cabeça
dióicos (sexos separados) e alguns, hermafroditas. definida. Aparelho digestivo rudimentar (adultos não
O sistema reprodutor masculino abre-se em uma se alimentam), sistema nervoso com anel nervoso
cloaca. rudimentar. São dióicos.

Parede do corpo: composta de cutícula, hipoderme O ciclo de vida dos nematomorfos inclui uma fase
e musculatura. O fluido do pseudoceloma é a juvenil parasitária e uma fase adulta de vida livre. Uma
hemolinfa (eletrólitos, proteínas, carboidratos, vez no inseto, em geral gafanhotos, baratas ou grilos,
enzimas). Presença de celomócitos, que são células o nematomorfo cresce comendo o hospedeiro de dentro
aderidas ao pseudoceloma. para fora. Ao atingir um dado tamanho, o nematomorfo
segrega uma proteína que induz o inseto a procurar
Sistema nervoso: anel nervoso no esôfago. um corpo de água. O hospedeiro morre então afogado
e liberta o parasita para a água, onde prossegue como
Órgãos sensoriais: papilas cefálicas (anfídeos), adulto de vida livre. A forma como os juvenis infestam
caudais (fasmídeos) e cervicais (deirídeos). os insetos hospedeiros é desconhecida.
A ordem Nectonematoida corresponde a Filo Acanthocephala
nematomorfos marinhos e planctónicos, cujas larvas 21
parasitam crustáceos decápodes. A ordem Gordioidea
São parasitas dióicos sem estágio larval de vida livre.
inclui nematomorfos de água doce, ou semiterrestres,
Corpo dividido em colo (pescoço), tronco e probóscide –
cujas larvas parasitam insectos.
com tegumento fino com espinhos e presença de saco
muscular (receptáculo). Essa probóscide mais o receptáculo
formam o presoma. Colo sem espinhos; tronco ou
metasoma, com ou sem espinhos. Aquisição de nutrientes
pela parede do corpo.
• Parede do corpo: sincício com uma série de canais
interconectantes (sistema lacunar). Presença de leminiscos
(canais centrais).
• Sistema reprodutor masculino: dois testículos, bolsa
copuladora, bolsa de Saefftingen (órgão acessório).
• Sistema reprodutor feminino: ovário fragmentado (bolas
Estrutura geral de um Nematomorpha ovarianas), sino uterino (órgão seletor de ovos), vagina.
• Sistema excretor: presença de protonefrídios na família
Filo Gnathostomulida Oligacanthorhynchidade; nas demais, excreção por difusão
da parede do corpo.
• Ciclo vital: utilizam dois hospedeiros, no mínimo.
São animais acelomados, que vivem entre grãos de
areia. Têm o corpo transparente e cilíndrico, epiderme
Formas larvares:
ciliada, sistema nervoso epidérmico, cavidade bucal
• acantor – larva embrionada infectiva para o hospedeiro
com mandíbulas denteadas e intestino sem ânus.
intermediário;
Podem ser dióicos ou monóicos.
• acantela – larva desenvolvida na hemocele (cavidade
geral) do hospedeiro intermediário;
Animais marinhos intersticiais de vida livre, podendo
• cistacanto – estágio infectivo para o hospedeiro
ser encontrados entre detritos e em ambientes
definitivo, está no hospedeiro intermediário envolto por
anóxicos. Apesar de pouco estudados, por terem sido
um envelope hialino.
descritos recentemente, em 1956, acredita-se que sejam
muito abundantes, apresentando distribuição
Sistemática:
cosmopolita. O corpo é vermiforme, podendo chegar
Classes Archiacanthocephala, Palaeacanthocephala e
a 3mm de comprimento, bilateralmente simétrico, e
Eoacanthocephala.
dividido em três partes: cabeça, tronco, e cauda.
Alguns são transparentes, enquanto outros
apresentam coloração vermelho vivo. São
hermafroditas, apresentando fecundação interna
cruzada, e desenvolvimento direto. Alimentam-se
principalmente de fungos, protistas e bactérias.
Possuem um par de mandíbulas e uma rígida placa
basal em forma de pente, utilizada, provavelmente, para
raspar o substrato. Estas estruturas constituem um
dos caracteres mais marcante do filo. Não há registros
de que estes animais tenham sido coletados na costa
brasileira.

Estrutura geral de um Gnathostomulida Estrutura geral de um Acanthocephala


2.2 - Annelida Presença de uma zona (glandular) secretora de muco
22 para a cópula, formando um cinturão ou clitelo.
Características gerais: Alimentam-se de matéria orgânica morta (terrestres) e
• os anelídeos são marinhos (poliquetos), algas (aquáticas). Presença de glândulas calcíferas no
dulciaqüícolas, terrestres e parasitas (sanguessugas), esôfago (eliminar cácio e manter pH). Respiração através
com corpo segmentado (metâmeros). O prostômio de difusão pelo tegumento. Excreção por metanefrídios
(segmento onde se localiza a cabeça) e o pigídio (um par por segmento) de amoníaco (aquáticos) e uréia
(segmento anal) são segmentos fundidos. Têm sistema (terrestres). Reprodução sexuada e assexuada.
digestivo completo, com digestão extracelular,
excreção por nefrídios e sistema circulatório fechado.

Dividimos os anelídeos em:


• Classe Polychaeta ou poliquetos;
• Classe Oligochaeta ou minhocas; Sistema digestivo de um Oligochaeta
• Classe Hirudinea ou sanguessuga.

CLASSE POLYCHAETA – POLIQUETOS CLASSE HIRUDINEA – SANGUESSUGAS

Anelídeos marinhos com segmentos corporais Anelídeos terrestres, marinhos e dulciaqüícolas;


cilíndricos, com um par de apêndices (parapódios) por parasitas (ectoparasitas hematófagos) ou não. Corpo
segmento. (Parapódios superiores – notopódios; comprimido dorso-ventralmente, extremidades com
inferiores – neuropódios). Cabeça com olhos e um par ventosas. Presença de clitelo e de brânquias; pode ter
de palpos e antenas, boca ventral entre o prostômio e troca gasosa pelo tegumento. Possui hemoglobina.
o peristômio (primeiro segmento). Dividem-se em dois observa-se probóscide ou faringe sugadora e
grupos: os errantes (livres) e os sedentários (tubícolas). glândulas salivares. excreção por nefrídios (um par por
Os poliquetos predadores possuem probóscide com segmento) de amoníaco. sistema nervoso ganglionar
mandíbulas e glândulas de veneno. Os poliquetos (sem cérebro). São hermafroditas, com gônadas bem
filtradores não possuem probóscide. A respiração se definidas.
faz por meio de brânquias ou por difusão através da
superfície. Presença de amebócitos no sangue e
pigmentos (hemoglobina, clorocruorina, hemeritrina).
Presença de cérebro com um par de cordões conectores
e um cordão nervoso ventral. Presença de estatocistos
e células táteis. Podem ser hermafroditas ou dióicos;
possuem larva trocófora.

Hirudíneo
Estrutura geral de um Poliqueto

Região da cabeça de um Poliqueto

CLASSE OLIGOCHAETA – MINHOCAS

Anelídeos terrestres e dulciaqüícolas sem parapódios


e órgãos sensoriais, com o prostômio atrofiado. Modo de locomoção
Exercícios de Fixação
23
1 – Defina o termo Pseudoceloma.
2 – Quais as fases do ciclo de vida de um Digenea?
3 – Quais as larvas encontradas em Acanthocephala?

Leitura Complementar

Para você saber mais a respeito da classificação e caracterização dos grupos, leia os capítulos de
pseudocelomados e anelídeos do livro Zoologia dos invertebrados, de Barnes.
24

Se você:
1) concluiu o estudo deste guia;
2) participou dos encontros;
3) fez contato com seu tutor;
4) realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.

Parabéns!
Glossário
25
Ânus: abertura simples do sistema digestivo;
Ciclo de vida direto: ciclo de vida que envolve apenas um único hospedeiro;
Cloaca: abertura comum ao sistema digestivo, reprodutor e/ou excretor;
Cutícula: substância secretada pela hipoderme que reveste o corpo dos nematóides;
Difusão: passagem do soluto (susbstância) de um ponto mais concentrado para outro menos concentrado;
Dióicos: sexos separados;
Ecdíase: muda;
Eclodir: nascer;
Escolex: estrutura de fixação dos cestóides;
Esquistossomose: barriga d’água, xistossomose;
Glândulas vitelogênicas ou vitelária: glândulas produtoras de vitelo;
Metamerismo: segmentação, divisão;
Miracídio: primeiro estágio larval de um digenea;
Monóicos: hermafroditas;
Oncomiracídio: estágio larval dos monogenáticos;
Simetria bilateral: plano de divisão corpórea em que divide o corpo em duas partes laterais iguais;
Tegumento: tecido vivo ciliado que reveste o corpo dos Platyhelminthes;
Vida-livre: vivem livremente no ambiente.
Gabarito
26
UNIDADE 1

Exercícios de Fixação

1 - 4,1,3,2
2 - Absorção dos nutrientes através do tegumento.

UNIDADE 2

Exercícios de Fixação

1 - Blastocele embrionário persistente, órgãos internos livres, sem estarem envoltos por peritôneo.
2 - Ovo, miracídio, esporocisto, rédia, cercária e adulto.
3 - Cistacanto, acantor e acantela.
Referências Bibliográficas
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BARNES & outros. Zoologia dos invertebrados. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005.
BRUSCA, R. C. e BRUSCA, G. J. The invertebrates. 1985.
HYMAN, L.H. Platyhelminthes and Rhynchocoela. McGraw Hill Book Company, 1951.
LABOR. Porifera Brasil. Disponível em: http://acd.ufrj.br/labpor/. Acessado em janeiro de 2007.
STORER & outros. Zoologia geral. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
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