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APRESENTAÇÃO
O curso compõe-se de 02 (duas) partes: teórica, que será realizada por intermédio de ensino a
distância, com a finalidade de dotar o pregoeiro de conhecimentos técnicos para o desempenho de sua
função; e prática, visando familiarizá-lo, por intermédio de simulações, com situações que ocorrerão
quando da operacionalização do Pregão.
Espera-se que este trabalho constitua uma fonte auxiliar de consulta do pregoeiro, que terá a nobre
missão de realizar as aquisições de materiais e serviços para a Força Terrestre, visando sempre obter o
melhor resultado no emprego, obedecendo à legislação em vigor, dos parcos recursos orçamentários
disponibilizados.
_______________________________________________
FRANCISCO FÁBIO ROSAS DA SILVA – CAP QCO
Tutor e Instrutor do Curso de Formação de Pregoeiro
Curso de Formação de Pregoeiros 3
SUMÁRIO
1. Modalidades de Licitação 04
3. Agentes Envolvidos 06
4. Pregão Eletrônico 10
7. Certificação Digital 49
Anexo I -Glossário 53
Anexo II – Deliberações 54
1 - MODALIDADES DE LICITAÇÃO
- LEILÃO – Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ao superior ao valor da avaliação.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRINCÍPIOS CORRELATOS
1. Celeridade 5. Competitividade
2. Finalidade 6. Justo Preço
3. Razoabilidade 7. Seletividade
4. Proporcionalidade 8. Comparação objetiva das propostas
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3. AGENTES ENVOLVIDOS
PREGOEIRO
Atribuições
Designação
Somente poderá exercer a função de pregoeiro o servidor ou o militar que reúna qualificação
profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.
Características do pregoeiro
Não pode haver nenhuma dúvida quanto a esses princípios. O Pregoeiro deve não apenas aceitá-
los, mas também praticá-los em todas as suas ações.
O gestor, ao designar o Pregoeiro, deverá fazê-lo observando, no seu Quadro de Pessoal, aquele
que tenha conhecimento técnico, somado a outras características comportamentais, uma vez que o mesmo
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deverá saber trabalhar sua Assertividade, pois ele está ali, representando a Administração, e uma falha
cometida poderá comprometê-lo e a própria Administração.
Por isso, o mesmo deve ter, dentre outras características, as seguintes: bom relacionamento,
capacidade de liderança, boas maneiras, flexibilidade, expressão facial/ corporal, fluência na fala, tom de
voz, defender direitos, saber lidar com críticas, sigilo, ética, motivação, pontualidade e organização.
Negociação
NEGOCIAÇÃO é o processo de alcançar objetivos por meio de um acordo nas situações em que
existam conflitos, isto é, divergências e antagonismos, de interesses, idéias e posições.
A confiança no pregoeiro
O Pregoeiro deve passar para os participantes do certame confiabilidade dos seus atos, para
isso, deve-se observar:
SINCERIDADE - O licitante acredita que o que o Pregoeiro fala é consistente com o que ele
pensa.
COMPETÊNCIA - O licitante acredita que o Pregoeiro é capaz de fazer o que promete.
RESPONSABILIDADE - O licitante acredita que o Pregoeiro tem sido consistente no
cumprimento das suas promessas.
O Pregoeiro trabalha dentro de uma grande organização que é a Administração Pública Federal.
Nesta grande organização, todos prestam contas de suas ações, desde o funcionário a quem cabe executar
uma simples tarefa até o Presidente da República que deve se explicar à sociedade e à opinião pública.
Temos que prestar contas de nossas ações, do que fizemos ou deixamos de fazer e porquê.
O Pregoeiro está investido de poderes representando a Instituição, por isso, a negociação deverá
ser realizada obedecendo rigorosamente aos Princípios Constitucionais (art. 37, da Constituição Federal),
aos Princípios Básicos e aos Princípios Correlatos (Decreto nº 3.555/00, art. 4º).
Conhecimentos técnicos
Para atuar como Pregoeiro, o mesmo deve deter conhecimentos técnicos sobre:
a) O que é o pregão: Presencial, Eletrônico e SRP;
b) Quando pode ser utilizado;
c) A legislação básica e complementar;
d) Os bens e serviços comuns;
e) Os princípios constitucionais correlatos;
f) As fases do pregão; preparatória/externa;
g) A designação do Pregoeiro e Equipe de Apoio;
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EQUIPE DE APOIO
A Equipe de Apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo
ou emprego da Administração, preferencialmente, pertencente ao quadro permanente do Órgão ou da
Entidade promotora do Pregão, para prestar assistência ao Pregoeiro.
AUTORIDADE COMPETENTE
No Comando do Exército, a função de pregoeiro deverá ser desempenhada por militar. É condição
indispensável que a função de pregoeiro seja desempenhada por militar, com capacitação específica para
o exercício das atividades correspondentes, preferencialmente militar do serviço ativo, pertencente ao
quadro permanente do Exército.
A Unidade Gestora (UG), excepcionalmente, poderá designar, como pregoeiro, militar cedido por
outra Organização Militar (OM) que preencha as condições estabelecidas nesta Portaria, publicando o ato
em seu boletim interno (BI)”
A capacitação específica do Oficial para o exercício das atividades de pregoeiro será registrada
pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM a que a mesma pertença, mediante o recebimento de um dos
documentos a seguir:
A equipe de apoio do pregoeiro poderá ser integrada por oficiais, praças e servidores civis,
devendo ser designada, em BI, pela UG promotora do pregão.
Deverá compor a equipe de apoio, preferencialmente e sempre que possível, pessoal que conheça
as especificações técnicas do bem ou serviço a ser licitado, com a finalidade de prestar o assessoramento
necessário na elaboração do edital do pregão, peça de fundamental importância para o processo, bem
como de participar da análise para classificação das propostas recebidas, que antecede a etapa de lances e,
quando for o caso, validar as amostras apresentadas pelos licitantes.
A UG poderá designar, para compor a equipe de apoio, pessoal cedido por outra OM, desde que o
mesmo preencha as condições estabelecidas na Portaria n° 064-SEF, de 03 de novembro de 2005.
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4. PREGÃO ELETRÔNICO
CONCEITO
O pregão, na forma eletrônica, como modalidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á
quando a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à distância em sessão pública,
por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.
É um procedimento que permite aos licitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do
sistema eletrônico. Durante o transcurso da sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real,
do valor do menor lance oferecido, podendo oferecer outro de menor valor, recuperando ou mantendo a
vantagem sobre os demais licitantes, podendo baixar seu último lance ofertado.
CARACTERÍSTICAS
5) Pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratação, de forma que constitui alternativa a
todas as modalidades de licitação.
6) Destina a garantir por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica,
segura e eficiente.
7) Admite como critério de julgamento da proposta somente o menor preço, observados os prazos
máximos para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros de desempenho e de qualidade e
as demais condições definidas no edital.
BENEFÍCIOS DO PREGÃO
Para a População do País – reduz o custo e prazo da disponibilização dos serviços públicos
(=mais serviços disponibilizados para a sociedade e transparência dos processos).
NÃO APLICAÇÃO
OBRIGATORIEDADE
Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão,
sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a
ser justificada pela autoridade competente.
Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais praticadas no mercado.
Bens e serviços comuns são ofertados, em princípio, por muitos fornecedores e comparáveis entre
si com facilidade.
Serviços de engenharia podem ser licitados por pregão, desde que sejam considerados como
serviços comuns.
Bens e serviços comuns são produtos cuja escolha pode ser feita tão somente com base nos preços
ofertados, haja vista serem comparáveis entre si e não necessitarem de avaliação minuciosa.
São encontráveis facilmente no mercado.
O bem ou o serviço será comum quando for possível estabelecer, para efeito de julgamento das
propostas, mediante especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares
ao objeto.
São inúmeros os objetos a serem licitados que não são vistos com clareza pelo gestor com o
intuito de definir se o objeto é comum ou não. O legislador procurou, por meio de lista anexada ao
Decreto nº 3.555, de 2000, definir os bens ou serviços de natureza comum. No entanto, essa lista foi
considerada meramente exemplificativa, em razão da impossibilidade de se listar tudo que é comum.
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Cabe ao gestor, na busca da proposta mais vantajosa para a Administração, decidir-se pela
modalidade pregão sempre que o objeto for considerado comum.
Quando a opção não recair sobre a modalidade pregão, o gestor deve justificar, de forma motivada
e circunstanciada, sua decisão.
BENS COMUNS
a) Bens de Consumo:
1. Água mineral.
2. Combustível e lubrificante.
3. Gás.
4. Gênero alimentício.
5. Material de expediente.
6. Material hospitalar, médico e de laboratório.
7. Medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos.
8. Material de limpeza e conservação.
9. Oxigênio.
10. Uniforme.
b) Bens Permanentes
1. Mobiliário.
2. Equipamentos em geral.
3. Utensílios de uso geral.
4. Veículos automotivos em geral.
5. Microcomputador de mesa ou portátil ("notebook"), monitor de vídeo e impressora.
SERVIÇOS COMUNS
O pregão, na forma eletrônica, será realizado à distância em sessão pública, por meio de sistema
que promova a comunicação pela internet.
O pregão, na forma eletrônica, será conduzido pelo órgão ou entidade promotora da licitação, com
apoio técnico e operacional da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, que atuará como provedor do sistema eletrônico para os órgãos
integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG.
No caso de pregão promovido por órgão integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem
assim a sua manutenção, dependerá de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de
Fornecedores - SICAF.
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A chave de identificação e a senha poderão ser utilizadas em qualquer pregão na forma eletrônica,
salvo quando cancelada por solicitação do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o
SICAF.
O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer
transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão
promotor da licitação, responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda
que por terceiros.
b) remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrônico, via internet, a proposta e,
quando for o caso, seus anexos;
O processo licitatório do Pregão Eletrônico inicia-se com seu planejamento e prossegue até a
assinatura do respectivo contrato ou emissão de documento correspondente, dividindo-se em duas fases
distintas:
2) Fase externa ou executória: inicia-se com a publicação do edital e termina com a contratação
do fornecimento do bem ou da prestação do serviço.
FASE INTERNA
Nesta fase, os trabalhos são desenvolvidos no âmbito interno da instituição, com acompanhamento
da Autoridade Competente. As atividades realizadas são:
b) elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma
precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,
limitem ou frustrem a competição ou sua realização;
f) definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, inclusive no que se refere aos
prazos e às condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e
execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração; e
A autoridade competente motivará os atos especificados nas letras “c” e “d” acima, indicando os
elementos técnicos fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos elementos contidos no orçamento
estimativo e no cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela
administração.
Para o julgamento das propostas, serão fixados critérios objetivos que permitam aferir o menor
preço, devendo ser considerados os prazos para a execução do contrato e do fornecimento, as
especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as demais condições
definidas no edital.
Edital
Devem acompanhar o edital, na forma de anexos, os documentos que justificam a licitação e que
especificam detalhadamente o bem ou serviço a ser adquirido. Estes anexos são parte integrante do edital
e em geral compreendem os seguintes documentos:
a) Termo de referência;
b) Planilha de custo;
c) Minuta da Ata de Registro de Preços, se for o caso;
d) Minuta de contrato, se for o caso;
Termo de Referência
FASE EXTERNA
Esta fase do Pregão Eletrônico está submetida a atividades seqüenciais, em que a realização de
determinada atividade depende da conclusão da atividade antecedente. São elas:
1. Publicidade do Edital;
2. Impugnação e Esclarecimentos do Edital; Recebimento das Propostas
3. Análise das Propostas;
4. Fase de Lances;
5. Aceitação das Propostas;
6. Verificação da Habilitação ou Inabilitação dos Licitantes;
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7. Manifestação da Intenção de Recurso;
8. Fase Recursal;
9. Adjudicação do Objeto ao Licitante Vencedor;
10. Homologação do Processo.
O esquema a seguir, representa a ordem seqüencial destas atividades na fase externa do Pregão
Eletrônico.
Publicidade do edital
A fase externa do pregão eletrônico será iniciada com a convocação dos interessados por meio de
publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir
indicados:
b) acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e
trezentos mil reais):
I - Diário Oficial da União; e
II - meio eletrônico, na Internet; e
III - jornal de grande circulação local;
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Pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será
adotado o disposto na letra c acima.
O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais,
dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço eletrônico onde
ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o pregão, na forma
eletrônica, será realizado por meio da internet.
O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não
será inferior a oito dias úteis.
Todos os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão, para
todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no
sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.
Também é durante esse período que os fornecedores deverão registrar, eletronicamente, eventuais
necessidades de esclarecimentos do edital ou encaminhar pedido de impugnação do ato convocatório do
Pregão Eletrônico.
Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá
impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.
Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a
impugnação no prazo de até vinte e quatro horas. Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será
definida e publicada nova data para realização do certame.
A impugnação poderá ser encaminhada administrativamente, via ofício, e-mail ou fax, dirigido à
Unidade/Órgão licitante.
Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que
se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
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O edital fixará prazo não inferior a 8 (oito) dias úteis, contados da publicação do aviso, para os
interessados prepararem suas propostas. As propostas enviadas poderão ser alteradas ou excluídas até a
data e o horário definidos para abertura da sessão pública.
Para participação no pregão eletrônico, o licitante deverá manifestar, em campo próprio do sistema
eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade
com as exigências do instrumento convocatório.
O prazo de validade das propostas será de sessenta dias, salvo disposição específica do edital.
A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando do
pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.
Os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, devendo utilizar sua chave de acesso
e senha.
O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes.
No pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de registro de preços, quando a proposta
do licitante vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, respeitada a ordem de
classificação, poderão ser convocados tantos licitantes quantos forem necessários para alcançar o total
estimado, observado o preço da proposta vencedora.
No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho
fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação.
Fase de lances
Analisadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes
poderão encaminhar lances sucessivos de acordo com o horário fixado para abertura da sessão e as regras
estabelecidas no edital.
Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes
poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.
No que se refere aos lances, o licitante será imediatamente informado do seu recebimento e do
valor consignado no registro.
Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da
sessão e as regras estabelecidas no edital.
O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo
sistema. Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e registrado
primeiro.
Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance
registrado, vedada a identificação do licitante.
O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que
transcorrerá período de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual será
automaticamente encerrada a recepção de lances.
Após o encerramento da etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo
sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja
obtida melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições
diferentes daquelas previstas no edital.
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A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais
licitantes.
Quando a desconexão do pregoeiro persistir por tempo superior a dez minutos, a sessão do pregão
na forma eletrônica será suspensa e reiniciada somente após comunicação aos participantes, no endereço
eletrônico utilizado para divulgação.
Se a proposta classificada em primeiro lugar não for aceitável, o pregoeiro deverá recusá-la,
justificando em campo específico do sistema e em seguida, examinar a proposta subseqüente e, assim
sucessivamente, na ordem de classificação até a apuração de uma proposta que atenda ao edital.
a) à habilitação jurídica;
b) à qualificação técnica;
c) à qualificação econômico-financeira;
d) à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
e) à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e
f) ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do Art 7º da Constituição e no inciso XVIII do
art. 78 da Lei n o 8.666, de 1993 (Declaração informando que a empresa não emprega menor de idade).
A documentação exigida nas letras a, c, d e e poderá ser substituída pelo registro cadastral no
SICAF ou, em se tratando de órgão ou entidade não abrangida pelo referido Sistema, por certificado de
registro cadastral que atenda aos requisitos previstos na legislação geral.
A habilitação dos licitantes será verificada por meio do SICAF, nos documentos por ele
abrangidos, quando dos procedimentos licitatórios realizados por órgãos integrantes do SISG ou por
órgãos ou entidades que aderirem ao SICAF.
Os documentos exigidos para habilitação que não estejam contemplados no SICAF, inclusive
quando houver necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados inclusive via fax, no prazo
definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico.
Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser apresentados em original
ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital.
Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos
e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.
Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será concedido o
prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados
para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término do prazo
do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus
interesses.
A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, nos termos
do caput, importará na decadência desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao
licitante declarado vencedor.
O pregoeiro deverá informar, aos fornecedores, via chat, o tempo que o sistema ficará aberto para
registro da intenção de recurso (no mínimo de 30 minutos, de acordo com o Acórdão TCU nº 1990/2008
– Plenário – observar página 71 - e Msg SIAFI nº 2008/10555693, de 17 de setembro de 2008 – SEF).
Esse tempo será definido de acordo com a quantidade de itens do Pregão, devendo a intenção de recurso
ser registrada por item.
Ao fechar o prazo para registro da intenção de recurso, o sistema informará o tempo decorrido,
desde a abertura do prazo. Essas informações estarão registradas na ata do Pregão.
a) Se não houver intenção de recurso ou se a intenção for julgada como não-procedente pelo
pregoeiro:
- a sessão pública do Pregão será encerrada pelo pregoeiro;
- será gerada, automaticamente pelo sistema, a Ata do Pregão e disponibilizada no Portal
Comprasnet, na opção Acesso Livre > Pregões > Consulta Ata, para acesso da sociedade e dos
licitantes.
- o processo de licitação passará para a fase de adjudicação.
Fase Recursal
Quando a intenção de recurso, registrada pelos licitantes, for julgada como procedente pelo
pregoeiro, será concedido para:
a) licitante recorrente: o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões de recurso.
b) demais licitantes: o prazo igual para apresentarem contra-razões, que começará a ser contado a
partir do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos
indispensáveis à defesa dos seus interesses.
c) Administração Pública: o prazo de 10 (dez) dias úteis para julgamento dos recursos e contra-
razões (Lei nº. 8.666/93, art. 109).
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Será adjudicado o objeto do certame ao licitante vencedor que ofertou o menor preço e atendeu as
exigências constantes do edital.
Se não houver recurso, para o item, a adjudicação será realizada pelo pregoeiro. Ocorrendo a
interposição de recurso, a adjudicação será realizada pela autoridade competente, depois de transcorridos
os prazos e decididos os recursos.
Homologação do processo
Após a homologação, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a ata de registro
de preços, no prazo definido no edital.
Se houver item aguardando decisão de recurso (pendente), a Unidade poderá gerar empenho, dos
itens já homologados, dando continuidade ao processo de contratação.
O vencedor da licitação que não fizer a comprovação das condições de habilitação consignadas no
edital ou quando, injustificadamente, recusar-se a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, poderá
ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordem de classificação para, após comprovados os
requisitos habilitatórios e feita a negociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem
prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
Será possível agendar nova sessão pública para um ou mais itens, fixando dia e horário para a
reabertura.
Será enviado e-mail a todos os fornecedores participantes do Pregão, informando data/hora para a
reabertura da nova sessão pública e a fase que será reaberta.
Para cada novo reagendamento da sessão pública, será gerada uma Ata Complementar contendo
o registro dos eventos ocorridos em decorrência do retorno de fase.
No retorno de fase, caso o item tenha tido recurso, o sistema não permitirá abrir prazo para
intenção de recurso. Assim, se o item teve recurso registrado nas atas anteriores, o fornecedor que não
entrou com recurso, não poderá fazê-lo na volta de fase, mesmo que o recurso tenha sido registrado por
outro fornecedor.
No retorno de fase, caso o item não tenha tido recurso, o sistema permitirá abrir novo prazo de
intenção de recurso e todos os fornecedores poderão entrar com intenção de recurso para o item, exceto os
que já haviam enviado intenção antes (nas atas anteriores) para o item, independente se a intenção tiver
sido aceita ou recusada.
O fornecedor que teve sua intenção de recurso "aceita" para o item, poderá entrar com recurso
para este item.
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Já o fornecedor que teve sua intenção de recurso "recusada" só poderá entrar com recurso, caso o
pregoeiro, na fase de admissibilidade, aceite a intenção de recurso do fornecedor, para o item.
O sistema só permitirá agendar a reabertura da sessão pública para 25 horas ou mais após a
hora/data do retorno de fase.
Nesses casos, o pregoeiro deverá divulgar novo edital do Pregão Eletrônico aproveitando, se
possível, o mesmo processo.
SANÇÕES E PENALIDADES
Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o contrato ou ata
de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar documentação falsa,
ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução
do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o
direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com a União, e será descredenciado no
SICAF, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das
demais cominações legais.
O processo licitatório poderá ser realizado por meio de sistema eletrônico, sendo que os atos e
documentos constantes dos arquivos e registros digitais serão válidos para todos os efeitos legais,
inclusive para comprovação e prestação de contas.
A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente após o encerramento da
sessão pública.
CONCEITO
VANTAGENS
a) Redução dos custos operacionais;
d) Liberação dos agentes da administração para outras atividades por ocasião da redução do
número de processos licitatórios, economia de escala e respaldo para as aquisições parceladas;
UTILIZAÇÃO
b) quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou
contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;
d) quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser
demandado pela Administração.
Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens e serviços de informática,
obedecida a legislação vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econômica.
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CARACTERÍSTICAS
No caso de serviços, a subdivisão se dará em função da unidade de medida adotada para aferição
dos produtos e resultados esperados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade
participante do certame. Nestes casos, deverá ser evitada a contratação, num mesmo órgão e entidade, de
mais de uma empresa para a execução de um mesmo serviço em uma mesma localidade, com vistas a
assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização.
CONTRATAÇÕES ADMITIDAS
A licitação para Registro de Preços, será sempre precedida de ampla pesquisa de preços no
mercado e de consulta no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG, no módulo
Sistema de Preços Praticados – SISPP, cujo objetivo é subsidiar o gestor, a cada processo, na estimativa
da contratação e antes da respectiva homologação, para confirmar se o preço a ser contratado é
compatível com o praticado pela Administração Pública, devendo ser impresso e anexado ao processo (IN
nº 01/2002-SLTI –Art. 1º - V e parágrafo 2º).
Aquisição de bens: Poderá subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que
comprovado técnica e economicamente viável, de forma a possibilitar maior competitividade, observado,
neste caso, dentre outros, a quantidade mínima, o prazo e o local de entrega.
Bens e Serviços de Informática - Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens
e serviços de informática, obedecida a legislação vigente, desde que devidamente justificada e
caracterizada a vantagem econômica.
a) convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades para
participarem do registro de preços;
d) realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem
licitados;
e) confirmar junto aos órgãos participantes a sua concordância com o objeto a ser licitado,
inclusive quanto aos quantitativos e projeto básico;
f) realizar todo o procedimento licitatório, bem como os atos dele decorrentes, tais como a
assinatura da Ata e o encaminhamento de sua cópia aos demais órgãos participantes;
g) gerenciar a Ata de Registro de Preços, providenciando a indicação, sempre que solicitado, dos
fornecedores, para atendimento às necessidades da Administração, obedecendo a ordem de classificação e
os quantitativos de contratação definidos pelos participantes da Ata;
i) realizar, quando necessário, prévia reunião com licitantes, visando informá-los das
peculiaridades do SRP e coordenar, com os órgãos participantes, a qualificação mínima dos respectivos
gestores indicados.
Órgão Participante é o órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e
integra a Ata de Registro de Preços.
b) manifestar, junto ao órgão gerenciador, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da
realização do procedimento licitatório; e
PARTICIPANTES EXTRAORDINÁRIOS
A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou
entidade da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao
órgão gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.
Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da
Ata de Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que
este indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de
classificação.
c) o preço unitário máximo que a Administração se dispõe a pagar, por contratação, consideradas
as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas;
As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes
devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
O edital poderá admitir, como critério de adjudicação, a oferta de desconto sobre tabela de preços
praticados no mercado, nos casos de peças de veículos, medicamentos, passagens aéreas, manutenções e
outros similares.
PUBLICAÇÃO DO EDITAL
Independente do valor estimado, o edital de Pregão por Sistema de Registro de Preços deverá ser
divulgado em:
a) Diário Oficial da União;
b) Meio Eletrônico, na Internet;
c)Jornal de grande circulação regional ou nacional.
1. Conceito
2. Formalização
3. Validade
O prazo de validade da Ata de Registro de Preços não poderá ser superior a um ano, computadas
neste as eventuais prorrogações.
Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigência conforme as disposições contidas nos
instrumentos convocatórios obedecendo o disposto no Art. 57 da Lei nº 8.666/93, in verbis:
“Art. 57 – A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão
ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II – à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses; (redação dada pela Lei nº 9.648, de 27.05.98);
III – (vetado);
É admitida a prorrogação da vigência da Ata, nos termos do art. 57, § 4º, da Lei nº 8.666/1993,
descrito abaixo quando a proposta continuar se mostrando mais vantajosa.
Ao preço do primeiro colocado poderão ser registrados tantos fornecedores quantos necessários
para que, em função das propostas apresentadas, seja atingida a quantidade total estimada para o item ou
lote, observando-se o seguinte:
a) o preço registrado e a indicação dos respectivos fornecedores serão divulgados em órgão oficial
da Administração e ficarão disponibilizados durante a vigência da Ata de Registro de Preços;
b) quando das contratações decorrentes do registro de preços deverá ser respeitada a ordem de
classificação das empresas constantes da Ata; e
Curso de Formação de Pregoeiros 36
c) os órgãos participantes do registro de preços deverão, quando da necessidade de contratação,
recorrerem ao órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, para que este proceda a indicação do
fornecedor e respectivos preços a serem praticados.
5. Alteração da Ata
A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas as disposições contidas no art.
65 da Lei nº 8.666, de 1993.
O preço registrado poderá ser revisto em decorrência de eventual redução daqueles praticados no
mercado, ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador da
Ata promover as necessárias negociações junto aos fornecedores.
Quando o preço inicialmente registrado, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preço
praticado no mercado o órgão gerenciador deverá:
7. Revogação da Ata
Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor, mediante
requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá:
Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação da Ata de
Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.
Curso de Formação de Pregoeiros 37
b) não retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido pela
Administração, sem justificativa aceitável;
c) não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese de este se tornar superior àqueles
praticados no mercado; e
Cabe ao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além das atribuições previstas no
art. 67 da Lei n º 8.666, de 1993 , compete:
b) assegurar-se, quando do uso da Ata de Registro de Preços, que a contratação a ser procedida
atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aos valores praticados, informando ao órgão gerenciador
eventual desvantagem, quanto à sua utilização;
c) zelar, após receber a indicação do fornecedor, pelos demais atos relativos ao cumprimento, pelo
mesmo, das obrigações contratualmente assumidas, e também, em coordenação com o órgão gerenciador,
pela aplicação de eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais; e
CONTRATAÇÃO
“Art. 62 – O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.”
Os Comandos das Regiões Militares (RM) exercerão a coordenação das licitações com a utilização
do SRP, devendo:
a) definir, ouvido o escalão superior, a Unidade Gestora (UG) que funcionará como Órgão
Gerenciador;
b) estimular as UG a utilizarem o SRP, sempre que possível, nas condições de Órgão Gerenciador
e Órgão Participante;
c) indicar o Órgão Gerenciador localizado fora da sede da RM, quando existir mais de uma UG na
guarnição, e for recomendável a realização de licitação com a utilização de SRP.
Havendo manifesto interesse da UG, a RM poderá autorizar a participação desta em SRP realizado
por outra RM ou por outro Órgão Público.
A capacitação de pessoal das UG para exercer as atividades no SRP deverá ser realizada pela
respectiva Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx), mediante treinamentos
específicos, e quando for possível, também, por intermédio de outros órgãos ou entidades da
Administração Pública.
As licitações não abrangidas pelo SRP continuarão a ser realizadas pelas próprias UG.
A UG que participar de Ata de Registro de Preços, nas situações que julgar conveniente, não fica
impedida de realizar a sua própria licitação.
Curso de Formação de Pregoeiros 39
6. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
Art. 170 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios :
.............
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídos sob as leis brasileiras e que tenham sua
sede e administração no País.
..............
Art. 179 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e empresas de
pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de
lei.
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:
(.....)
III – ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a
sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:
I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);
II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
§ 1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas
as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Curso de Formação de Pregoeiros 40
§ 2o No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será
proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade,
inclusive as frações de meses.
§ 4o Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a
pessoa jurídica:
II – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III – de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV – cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por
esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste
artigo;
V – cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
VIII – que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de
sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização
ou de previdência complementar;
IX – resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
(.....)
§ 6o Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos
incisos do § 4o deste artigo, será excluída do regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do mês
seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.
§ 7o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que, no ano-
calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário
seguinte, à condição de empresa de pequeno porte.
Curso de Formação de Pregoeiros 41
§ 8o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no
ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-
calendário seguinte, à condição de microempresa.
§ 9o A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II
do caput deste artigo fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta
Lei Complementar para todos os efeitos legais.
§ 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início de atividade
ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de funcionamento
nesse período estarão excluídas do regime desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas
atividades.
Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.
Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios,
deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta
apresente alguma restrição.
§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis,
cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis
por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou
parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as
microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.
§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por
cento) superior ao melhor preço.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte
forma:
I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior
àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado;
II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste
artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1 o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
Curso de Formação de Pregoeiros 42
III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se
encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.
§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em
favor da proposta originalmente vencedora do certame.
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por
microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.
Do tratamento diferenciado
Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento
diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do
desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas
e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente.
Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar
processo licitatório:
I – destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo
valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
II – em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o
percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;
III – em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e
empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível.
§ 1o O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total
licitado em cada ano civil.
§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração
pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.
Não aplicabilidade
Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:
I – os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não
forem expressamente previstos no instrumento convocatório;
II – não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de
pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;
III – o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso
para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
Curso de Formação de Pregoeiros 43
IV – a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
Objetivos e subordinação:
Art. 1º Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado
e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, objetivando:
Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.
Art. 2º Para a ampliação da participação das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, os órgãos ou
entidades contratantes deverão, sempre que possível:
I - instituir cadastro próprio, de acesso livre, ou adequar os eventuais cadastros existentes, para identificar as
microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento, de
modo a possibilitar a notificação das licitações e facilitar a formação de parcerias e subcontratações;
II - estabelecer e divulgar um planejamento anual das contratações públicas a serem realizadas, com a estimativa de
quantitativo e de data das contratações;
III - padronizar e divulgar as especificações dos bens e serviços contratados, de modo a orientar as microempresas e
empresas de pequeno porte para que adequem os seus processos produtivos; e
Parágrafo único. O disposto nos incisos I e III poderá ser realizado de forma centralizada para os órgãos e entidades
integrantes do SISG – Sistema de Serviços Gerais e conveniados, conforme dispõe o Decreto 1.094, de 23 de março de
1994.
Art. 4º A comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será
exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação.
§ 1º Na fase de habilitação, deverá ser apresentada e conferida toda a documentação e, havendo alguma restrição na
comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de dois dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao
momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, para a regularização
da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com
efeito de certidão negativa.
§ 3º A prorrogação do prazo previsto no § 1º deverá sempre ser concedida pela administração quando requerida pelo
licitante, a não ser que exista urgência na contratação ou prazo insuficiente para o empenho, devidamente
justificados.
Art. 5º Nas licitações do tipo menor preço, será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação
para as microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sejam iguais ou até dez por cento superiores ao menor preço.
§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º será de até cinco por cento superior ao
menor preço.
§ 3º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta válida não tiver sido apresentada por
microempresa ou empresa de pequeno porte.
I - ocorrendo o empate, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada poderá apresentar proposta
de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado o objeto em seu favor;
II - na hipótese da não contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, com base no inciso I, serão
convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem em situação de empate, na ordem classificatória, para o
exercício do mesmo direito; e
III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se
encontrem em situação de empate, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá
apresentar melhor oferta.
§ 5º Não se aplica o sorteio disposto no inciso III do § 4 o quando, por sua natureza, o procedimento não admitir o
empate real, como acontece na fase de lances do pregão, em que os lances equivalentes não são considerados iguais,
sendo classificados conforme a ordem de apresentação pelos licitantes.
Curso de Formação de Pregoeiros 45
§ 6º No caso do pregão, após o encerramento dos lances, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor
classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de cinco minutos por item em situação de
empate, sob pena de preclusão.
§ 7º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para os licitantes apresentarem nova proposta deverá ser
estabelecido pelo órgão ou entidade contratante, e estar previsto no instrumento convocatório.
Art. 6º Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo licitatório destinado exclusivamente à
participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00
(oitenta mil reais).
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando ocorrerem as situações previstas no art. 9º,
devidamente justificadas.
Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens, serviços e obras de natureza divisível, e desde que não haja prejuízo
para o conjunto ou complexo do objeto, os órgãos e entidades contratantes poderão reservar cota de até vinte e cinco
por cento do objeto, para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.
§ 1º O disposto neste artigo não impede a contratação das microempresas ou empresas de pequeno porte na totalidade
do objeto.
§ 2º O instrumento convocatório deverá prever que, não havendo vencedor para a cota reservada, esta poderá ser
adjudicada ao vencedor da cota principal, ou, diante de sua recusa, aos licitantes remanescentes, desde que pratiquem
o preço do primeiro colocado.
§ 3º Se a mesma empresa vencer a cota reservada e a cota principal, a contratação da cota reservada deverá ocorrer
pelo preço da cota principal, caso este tenha sido menor do que o obtido na cota reservada.
Não aplicabilidade
I - não houver um mínimo de três fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de
pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;
II - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso
para a administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
III - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 1993;
IV - a soma dos valores licitados nos termos do diposto nos arts. 6º a 8º ultrapassar vinte e cinco por cento do
orçamento disponível para contratações em cada ano civil; e
V - o tratamento diferenciado e simplificado não for capaz de alcançar os objetivos previstos no art. 1º,
justificadamente.
Curso de Formação de Pregoeiros 46
Parágrafo único. Para o disposto no inciso II, considera-se não vantajosa a contratação quando resultar em preço
superior ao valor estabelecido como referência.
Art. 10. Os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte
deverão estar expressamente previstos no instrumento convocatório.
Art. 11. Para fins do disposto neste Decreto, o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte dar-
se-á nas condições do Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em especial quanto ao seu art. 3º, devendo ser exigido dessas
empresas a declaração, sob as penas da lei, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como
microempresa ou empresa de pequeno porte, estando aptas a usufruir do tratamento favorecido estabelecido nos arts.
42 a 49 daquela Lei Complementar.
Parágrafo único. A identificação das microempresas ou empresas de pequeno porte na sessão pública do pregão
eletrônico só deve ocorrer após o encerramento dos lances, de modo a dificultar a possibilidade de conluio ou fraude
no procedimento.
A proposta que se encontrar na faixa até 5% acima da proposta de menor preço estará empatada
com a primeira colocada e terá o direito, no prazo de 5 (cinco) minutos controlados pelo sistema, de
encaminhar uma última oferta, obrigatoriamente abaixo da primeira colocada para o desempate.
Para viabilizar tal procedimento, o sistema selecionará os itens com tais características,
disponibilizando-os automaticamente nas telas do pregoeiro e fornecedor, encaminhando mensagem
também automática, por meio do chat, convocando a ME/EPP que se encontra em segundo lugar, a fazer
sua última oferta, no prazo de 5 (cinco) minutos, sob pena de decair do direito concedido. Caso a ME/EPP
Curso de Formação de Pregoeiros 47
classificada em segundo lugar desista ou não se manifeste no prazo estabelecido, o sistema convocará as
demais ME/EPPS participantes na mesma condição, na ordem de classificação. Havendo êxito neste
procedimento, o sistema disponibilizará a nova classificação dos fornecedores, para fins de aceitação.
Não havendo êxito, ou não existindo ME/EPP participante, prevalecerá a classificação inicial. Caso sejam
identificadas propostas de ME/EPPS empatadas em segundo lugar, ou seja, na faixa dos 5% da primeira
colocada, e permanecendo o empate até o encerramento do item, o sistema fará um sorteio eletrônico
entre tais fornecedores, definindo e convocando automaticamente a vencedora para ao encaminhamento
da oferta final do desempate.
A negociação de preço junto ao fornecedor classificado em primeiro lugar, quando houver, será
sempre após o procedimento de desempate de propostas e classificação final dos fornecedores
participantes.
PROCEDIMENTOS NO SIASG/SIDEC
Quando a opção em aplicar o benefício for por item, o valor total estimado do item não poderá
ultrapassar R$ 80.000,00. Recomenda-se que, na composição dos itens do edital, deverão ser
considerados materiais da mesma "família", bem como de serviços correlatos, de acordo com os
respectivos catálogos.
Quando a opção em aplicar o benefício for por edital, o somatório do valor estimado dos itens
não poderá ultrapassar a R$ 80.000,00. Caso esse somatório ultrapasse o valor de R$ 80.000,00, essa
licitação não poderá adotar o benefício da exclusividade para ME/EPP/Cooperativas. Não obstante, se
esse somatório (ou valor global) for igual ou menor que R$ 80.000,00, para essa licitação poderá ser
adotado o benefício da exclusividade para ME/EPP/Cooperativas, ressalvado o disposto no artigo 9º do
supracitado Decreto.
Curso de Formação de Pregoeiros 48
Para os dois casos (benefício por item ou por edital), o edital deverá prever a aplicação da
exclusividade ou para todo o edital ou para determinado(s) item(ns), e somente participarão as
ME/EPPs/Cooperativas que declararam, no ato de inclusão da proposta, fazer jus ao tratamento
diferenciado previsto na legislação.
Com relação à formação de lotes (ou "julgamento pelo menor preço global"), prevalece também o
somatório estimado de R$ 80.000,00 para cada edital ou processo de licitação como parâmetro de
aplicação ou não do tratamento diferenciado da exclusividade.
No que diz respeito aos resultados das licitações, módulo SISPP, quando da aplicação do benefício
da exclusividade para as modalidades de licitações previstas na Lei 8.666/93, o Sistema somente
permitirá o registro do fornecedor vencedor se for uma ME/EPP ou Cooperativa após a verificação, junto
à Receita Federal do porte da Empresa ou Cooperativa. Relativamente ao Pregão Eletrônico, o resultado é
encaminhado de forma eletrônica, não cabendo segunda verificação na Receita, vez que nesse tipo de
licitação, a identificação do porte da Empresa e/ou Cooperativa acontece no momento do envio da
proposta. Os procedimentos mencionados se repetem nas licitações para Registro de Preço (Concorrência
e Pregão). Os procedimentos de divulgação de resultado e empenho permanecem inalterados.
O tratamento diferenciado atribuído (tipo de benefício), além de permear todas as fases da sessão
pública, será parte integrante dos procedimentos recursais, adjudicação e homologação.
Quando da aplicação do benefício da exclusividade, tanto para edital quanto para item (ns), o
Sistema não permitirá a participação de empresas de médio e grande porte, inibindo o envio de propostas.
Os demais procedimentos permanecem inalterados.
Curso de Formação de Pregoeiros 49
7. CERTIFICAÇÃO DIGITAL
f) o Órgão a ser certificado garantirá que os dados, bem como a documentação fornecida para
AR-SERPRO é a expressão da verdade, assumindo a responsabilidade sobre sua autenticidade;
Os servidores receberão juntamente com o token, onde será gerado e armazenado o seu par de
chaves, um manual contendo as instruções de uso.
A certificação será local com apoio do órgão a ser certificado. Na impossibilidade do servidor
certifica-se, a certificação será reagendada.
1. Insira o token com o seu certificado digital em uma porta USB livre;
2. Acesse www.comprasnet.gov.br ;
3. Clique em “SIASG”, logo depois selecione o ambiente de “Produção”;
4. Uma janela irá abrir, identificando seu certificado. Clique em “OK”;
5. Em seguida, insira o PIN que é a senha do seu token. Clique em “Login”;
6. Pronto! Você está autenticado e já pode trabalhar no pregão desejado.
Entrar contato com a Central de Atendimento do SERPRO (CAS SERPRO) pelo telefone 0800-
9782329 para agendar a confirmação das informações com uma Autoridade Registradora (AR).
Regional Belém – PA - Av. Perimetral da Ciência , nº 2.010 Terra Firme CEP: 66077-530. Fone:
91-4008-1847.
Escritório de Macapá – AP - Endereço: Av. Iracema Carvão Nunes, nº 93 - Bairro Centro, CEP
69.908-380.
ANEXO I
GLOSSÁRIO
Bens e Serviços Comuns – Aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser concisa
e objetivamente definidos no objeto do edital, em perfeita conformidade com as especificações usuais
praticadas no mercado, entre os quais apoio administrativo e atividades auxiliares.
Comissão de Licitação – Criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar
todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes, em número
mínimo de três membros.
Edital –Lei interna da licitação. Enumera todas as condições do edital que devem ser cumpridas
rigorosamente pela Administração e licitante, sob pena de se tornarem nulos todos os atos dele
decorrentes, inclusive o contrato. De um lado, a Administração impõe unilateralmente condições e de
outro os licitantes as aceitam ou não.
Empresa de Pequeno Porte - O empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada que aufira, em
cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
Equipe de apoio – Grupo de pessoas, detentor de conhecimento técnico sobre o objeto licitado,
para prestar auxílio ao pregoeiro.
Curso de Formação de Pregoeiros 53
Instrumento Legal - É todo ato normativo ou instrumento jurídico ao qual seja atribuída força de
Lei, que tenha abrangência geral ou coletiva e disponha sobre matéria tutelada pelo Direito Público, tais
como acordos, convenções coletivas e decisões normativas trabalhistas.
Licitação Dispensável – Modalidade que a Lei de Licitações estabelece em lista fechada as várias
situações em que a licitação, embora possível, não é obrigatória. A lista prevista na lei é exaustiva.
Licitação Deserta – Caracteriza-se quando não comparece licitantes ao evento e uma nova
licitação acarretará prejuízos à Administração, caso o processo licitatório vier a ser repetido. Nesse caso,
se o objeto vier a ser contratado sem licitação, a dispensa somente poderá ocorrer, se mantidas as
condições estabelecidas no ato convocatório relativo à licitação declarada deserta.
Licitação Fracassada - Caracteriza-se quando há licitantes presentes ao evento, mas todas são
inabilitadas ou todas as propostas são desclassificadas. A contratação, por dispensa, não poderá ocorrer
antes que a Administração fixe o prazo de 8 dias úteis para apresentação de nova documentação, ou de
outras propostas, livres das causas dos motivos que deram causa à inabilitação ou à desclassificação.
Se, ainda assim, a licitação caracterizar-se fracassada poderá ser aplicada a dispensa de licitação.
Licitante – Pessoa jurídica que adquire o edital e seus elementos constitutivos/anexos e participa
da licitação.
Microempresa - O empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).
Órgão Participante - Órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e
íntegra a Ata de Registro de Preços.
Pregoeiro – Aquele que é designado para receber a proposta e os lances, verbais ou via Internet,
analisar a aceitabilidade da proposta e efetuar sua classificação, habilitar o licitante e adjudicar o objeto
ao vencedor.
Projeto Básico – Descrição detalhada do objeto a ser contratado, dos serviços a serem executados,
sua freqüência e periodicidade, características do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e
utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina, gestão da qualidade,
informações a serem prestadas e controles a serem adotados.
Serviços Não-Continuados - Aqueles que têm como escopo a obtenção de produtos específicos
em um período pré-determinado
Termo de Referência – Documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação
do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços praticados no
mercado e o prazo de execução do contrato.
Curso de Formação de Pregoeiros 56
ANEXO II
DELIBERAÇÕES
ATO CONVOCATÓRIO
SÚMULA 177 - Definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da
competição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é
subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das
condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da licitação para compra, a quantidade
demandada uma das especificações mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão.
Acórdão TCU 6613/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que, em relação à elaboração dos
atos convocatórios das licitações envolvendo a aplicação de recursos públicos federais, abstenha-se de: a)
exigir, como condição de habilitação dos licitantes, a apresentação de guia de recolhimento de taxa
relativo à aquisição de cópia do ato convocatório, uma vez que tal exigência não está prevista nos arts. 27
a 31 da Lei nº 8.666/1993, de forma que a aquisição em apreço constitui uma faculdade e não um dever
dos interessados, mormente quando o edital esteja disponibilizado na internet; b) estabelecer condições de
participação em certames licitatórios anteriores à fase de habilitação e não previstas na Lei nº 8.666/1993,
a exemplo da prestação da garantia de que trata o art. 31, inc. III, da Lei nº 8.666/1993, antes de iniciada a
fase de habilitação, devendo processar e julgar a licitação com observância dos procedimentos previstos
no art. 43 da Lei nº 8.666/1993 e nos princípios estatuídos no inc. XXI do art. 37 da CF e no art. 3º da Lei
nº 8.666/1993; c) exigir capital social mínimo, cumulativamente com a prestação da garantia prevista no
art. 31, inc. III, da Lei nº 8.666/1993, uma vez que o § 2º do mencionado artigo permite tão somente à
Administração exigir, alternativamente, capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo ou as garantias
previstas no § 1º do art. 56 do referido diploma legal; d) realizar qualquer modificação em edital de
licitação, capaz de afetar a formulação das propostas, sem atentar para a necessidade de reabertura de
prazos disciplinada no art. 21, § 4º, da Lei nº 8.666/1993; e) estabelecer condições não previstas no art. 31
da Lei nº 8.666/1993, especialmente não exigindo comprovação de capital integralizado; f) utilizar
índices contábeis em patamares excessivos, para a avaliação da qualificação econômico-financeira dos
licitantes, observando o disposto no art. 31, § 5º, da Lei nº 8.666/1993, e atentando quanto à necessidade
de justificar, no processo administrativo da licitação, os índices previstos no edital.
Acórdão TCU 2739/2009 – Plenário - Determinação .... para que, quando entender necessária a
apresentação de amostras no âmbito de licitações promovidas pela entidade, restrinja a exigência aos
licitantes provisoriamente classificados em 1º lugar, e desde que de forma previamente disciplinada e
detalhada no respectivo instrumento convocatório, nos termos dos art. 45 da Lei nº 8.666/93 c/c o art. 4º,
inc. XVI, da Lei nº 10.520/2002 e o art. 25, § 5º, do Decreto nº 5.450/2005.
Acórdão TCU 2093/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça constar obrigatoriamente
em seus editais de licitação para contratação de obras e serviços os critérios de aceitabilidade de preços
unitários e global, consoante o disposto no art. 40, “caput” e inc. X, da Lei nº 8.666/1993 e no inc. II, §
1º, alíneas “a” e “b”, do art. 48 da Lei nº 8.666/1993, cabendo à administração verificar, nos casos
considerados inexeqüíveis a partir do referido critério, a efetiva capacidade de a licitante executar os
serviços, no preço oferecido, assegurado o alcance do objetivo da licitação, que é a seleção da proposta
mais vantajosa e, por conseqüência, do interesse público, cuidando para que não sejam eliminadas
empresas que apresentem preços unitários abaixo dos limites definidos na Lei, mas que não tenham
elevada materialidade no total do contrato.
Acórdão TCU 1978/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça divulgar, em suas
licitações, exceto as realizadas na modalidade de pregão, como parte integrante do edital, o orçamento
analítico, contendo a composição de todos os seus custos unitários, devidamente detalhada, em respeito
ao disposto no artigo 40, § 2º, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 1979/2009 – Plenário - Determinação ... para que, em processos licitatórios,
abstenha-se de exigir, no ato convocatório, que as empresas licitantes e/ou contratadas apresentem
declaração, emitida pelo fabricante do bem ou serviço licitado, de que possuem plenas condições técnicas
para executar os serviços, são representantes legais e estão autorizadas a comercializar os produtos e
serviços objeto do termo de referência, uma vez que essa exigência restringe o caráter competitivo do
certame e contraria os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão 4300/2009 - 2ª Câmara - Determinação ...... para que se abstenha de prever, em seus
editais, a exigência de que a licitante seja credenciada, autorizada, eleita, designada, ou outro instituto
similar, pelo fabricante para fornecer, instalar, dar suporte e configurar os equipamentos que constituam o
objeto da licitação, tendo em vista tratar-se de condição que restringe indevida e desnecessariamente o
caráter competitivo do certame, contrariando os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 3964 - 2ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de indicar preferência
por marca de objeto a ser adquirido por meio de procedimento licitatório, por contrariar os arts. 7º, § 5º, e
15, § 7º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993 e, na hipótese de se tratar de objeto com características e
especificações exclusivas, a justificativa para a indicação de marca, para fins de padronização, deverá ser
fundamentada em razões de ordem técnica.
Curso de Formação de Pregoeiros 58
Acórdão TCU 1726/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça constar, como anexo aos
editais de licitação, o orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários, em
cumprimento ao art. 40, § 2º, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 3894/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de modificar,
mediante tratativas com as empresas participantes do certame, a natureza e as características do objeto
licitado, em atendimento ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, estabelecido no art. 3º
da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 2331/2008 – Plenário - TCU determina que, nos certames licitatórios que vier a
promover, objetivando a contratação de serviços de Tecnologia da Informação, sejam observadas as
seguintes linhas de ação conforme aplicável à modalidade de licitação adotada:
- promova a divisão do objeto em tantos itens quanto sejam tecnicamente possíveis e suficientes,
conforme o disposto no art. 23, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993, dando preferência à realização de
licitação independente para cada item, bem como contemplando requisitos de habilitação e critérios de
avaliação da proposta técnica objetivos, relevantes e específicos para cada item, de modo a favorecer a
competitividade do certame, a redução de preços, a especialização das empresas, a qualidade dos serviços
e a redução de riscos estratégicos e de segurança;
- estabeleça critérios de pontuação da proposta técnica que guardem estrita correlação com os
serviços a serem executados a fim de identificar as empresas detentoras de maior capacitação e aferir a
qualidade técnica da proposta, com observância ao disposto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993, explicitando
no processo a fundamentação para os itens objeto de pontuação;
- abstenha-se de incluir, nos editais de licitação, exigências e critérios de pontuação da proposta
técnica que violem os princípios da legalidade e da competitividade, a exemplo de critérios que
impliquem a comprovação de vinculação de quadro permanente de pessoal ao licitante antes da assinatura
do contrato com a Unidade;
- evite a atribuição de pontuação progressiva a um número crescente de atestados comprobatórios
de experiência contendo idêntico teor, uma vez que tal prática corresponde à aferição da quantidade de
vezes em que os mesmos serviços foram prestados pelo interessado, quesito que viola o princípio da
isonomia e que se afigura irrelevante para selecionar o licitante mais apto na licitação;
- abstenha-se de empregar, como critério de comprovação de certificado de qualidade, o
direcionamento à apresentação de certificado específico, considerando aceitável e suficiente a
apresentação de certificado de qualidade referente à área compatível com os serviços integrantes do
objeto licitado, desde que emitido por entidade certificadora credenciada por organismo oficial;
- defina as metodologias de medição dos resultados e de avaliação da qualidade dos serviços
prestados, com a fixação de variáveis objetivas, critérios de avaliação, escalas de valores e patamares
mínimos considerados aceitáveis pela administração, deixando clara a vinculação e a sujeição da
aceitação e do pagamento dos serviços prestados à satisfação dos requisitos definidos;
- estabeleça clara proporcionalidade entre a pontuação máxima possível e a dimensão da rede
computacional a ser gerenciada para fins de avaliação do fator pertinente, admitida a consideração, para
efeito de dimensão da rede computacional, daquela existente e das previsões de sua expansão desde que
autorizadas ou formalmente previstas em documento interno oficial;
- verifique se, pela natureza dos serviços a serem licitados ou pelo modo de execução usualmente
adotado no mercado em geral, deve haver pessoalidade, habitualidade e subordinação jurídica entre a
empresa contratada e os técnicos encarregados da execução dos serviços, fazendo incluir no edital a
vedação à participação de cooperativas de trabalho nos certames, caso tais requisitos sejam considerados
elementos essenciais da prestação de serviços.
Curso de Formação de Pregoeiros 59
Acórdão TCU 914/2008 – Primeira Câmara – Faça constar dos editais de pregão com registro
de preços orçamento estimativo nos termos de referência e preço máximo admitido, bem como publicasse
o resultado do certame e convocasse os licitantes vencedores à assinatura das Atas de Registro de Preços.
Acórdão TCU 762/2008 - Segunda Câmara – Abster-se de incluir, em editais, exigências (para
fins de habilitação) de apresentação de documentos que não integrassem o rol estabelecido nos arts. 27 a
31 da Lei nº 8.666/1993, especialmente aquelas relativas à capacitação técnica que não estivessem
previstas em lei especial estrito senso.Câmara).
Acórdão TCU 1203/2005 - Primeira Câmara - Observe o dispositivo do art. 40, § 1°, da Lei n.
8.666/1993, segundo o qual o edital deve ser assinado pela autoridade que o expedir.
Acórdão TCU 301/2005 - Plenário - Estabeleça o preço do edital considerando apenas o seu
custo de reprodução gráfica, como estipulado no art. 32, parágrafo 5º, da Lei de Licitações.
Acórdão TCU 1094/2004 - Plenário - Determina que, quando da abertura de novo procedimento
licitatório observe o disposto no art. 3° da Lei 8.666/1993 e os seguintes preceitos na elaboração do
edital:
(...)
- inclua cláusulas contratuais que estabeleçam, como condição de efetivação de pagamento à
contratada, a comprovação da regularidade com o sistema de seguridade social em observância ao art.
195, § 3º, da CF (...);
- inclua, nos editais licitatórios e nos respectivos contratos, disposições que expressem claramente
a obrigação de os futuros contratados manterem todas as condições ofertadas em suas propostas técnicas
durante a execução contratual, em consonância com o que dispõe o art. 55, inciso XIII, da Lei
8.666/1993.
Acórdão TCU 642/2004 - Plenário - Nos futuros processos licitatórios, em observância ao que
dispõe o art. 40 da Lei nº 8.666/1993, que os editais sejam suficientemente claros e sem inconsistências
quanto aos critérios de julgamento, de modo a evitar interpretações dúbias por parte dos licitantes e da
CPL e desclassificações por mero rigorismo formal (...).
Acórdão TCU 1705/2003 - Plenário – Atente para os termos do inciso I do art. 40 c/c o §4o do
art. 7º e o inciso II do §7o do art. 15, da Lei n. 8.666/1993, bem como do inciso I do art. 8o do
Regulamento aprovado pelo Decreto n. 3.555/2000, de forma que o objeto da licitação seja descrito de
maneira clara e precisa, devendo o instrumento convocatório especificá-lo com as qualidades e
quantidades desejadas ou previstas (...).
Curso de Formação de Pregoeiros 60
Acórdão TCU 1292/2003 - Plenário - Faça constar dos atos convocatórios a minuta dos futuros
instrumentos de contrato a serem firmados, consoante preceituado no art. 62, § 1°, da Lei n° 8.666/93.
Decisão TCU 300/2002 - Plenário - Deve constar como anexo dos instrumentos convocatórios de
licitação, em qualquer modalidade, o demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de quantitativos
e preços unitários, como estabelece o art. 40, § 2º, inciso II, da Lei de Licitações e Contratos.
Decisão TCU 235/2002 - Plenário - O objeto a ser licitado deve ser apresentado de maneira clara
e objetiva, evitando divergências entre o objeto descrito no edital e aquele consignado na minuta de
contrato, nos termos dos arts. 40, inciso I, 54 § 1º e 55, inciso I, todos da Lei nº 8.666, de 1993.
Decisão TCU 444/2001 - Plenário - Deve ser promovida a reabertura dos prazos inicialmente
previstos, nos casos de alterações no edital, conforme disposto no § 4º do art. 21 da Lei nº 8.666, 1993,
com expressa justificativa quando o caso assim não requerer.
Acórdão TCU 836/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de fracionar
despesa em processo licitatório, com fuga da correta modalidade de licitação, buscando realizar um único
procedimento licitatório para objetos idênticos, mesmo que a fonte de recursos seja de diferentes
convênios, de acordo com o preceituado pelo Art. 23, §§ 1º, 2º e 5º da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 4742/2009 - 2ª Câmara - Determinação ... para que adote a modalidade licitatória
adequada, de acordo com os arts. 23 e 24 c/c o art. 57, inc. II, da Lei nº 8.666/1993, de maneira a evitar
que eventual prorrogação de contrato administrativo de serviços de natureza contínua dela decorrente
resulte em valor total superior ao permitido para a modalidade utilizada, em consonância com o
entendimento firmado pelo TCU, a exemplo dos Acórdãos nºs 260/2002-P, 1.521/2003-P, 1.808/2004-P,
1.878/2004-P e 1.084/2007-P.
Acórdão TCU 1395/2005 - Segunda Câmara - Escolha a modalidade de licitação com base nos
gastos estimados para todo o período de vigência do contrato a ser firmado, consideradas as prorrogações
previstas no edital, nos termos dos arts. 8° e 23 da Lei n° 8.666/1993.
Acórdão TCU 90/2004 - Segunda Câmara - Proceda a adequado planejamento das licitações, de
modo a demonstrar, nos autos, que o enquadramento na modalidade adotada foi precedido de avaliação
dos custos totais de sua conclusão, levando-se em consideração, inclusive, as despesas decorrentes de
prorrogações contratuais, nos termos do art. 57 da Lei nº 8.666/93, observando-se as disposições contidas
nos arts. 40, 41, 43 e 48 da Lei nº 8.666/93.
INTENÇÃO DE RECURSOS
HABILITAÇÃO
LANCES
Acórdão TCU 3894/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que evite realizar negociação de
preço com empresa que não participou da etapa de lances, devendo ser obedecidos os ditames do inc.
XVII do art. 4º da Lei nº 10.520/2002.
Acórdão TCU 688/2003 - Plenário - Adote providências para que as licitações na modalidade
pregão observem as regras estabelecidas no art. 4º da Lei nº 10.520/02, especialmente em relação à
verificação de conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório
antes da fase de lances, promovendo as devidas desclassificações de candidatos.
PREGÃO
Acórdão TCU 2371/2009 – Plenário - Determinação ... para que, por ocasião dos certames que
envolvam bens e serviços de tecnologia da informação considerados comuns, avalie a possibilidade de
adoção da modalidade pregão, observando as orientações constantes dos itens 9.2.1 a 9.2.6 do Acórdão nº
2.471/2008-P, as quais orientam adequadamente sobre a utilização preferencial da modalidade pregão em
licitações de informática.
Acórdão TCU 5.611/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que adote as providências
necessárias às modificações em edital de pregão eletrônico de 2009, a fim de excluir as seguintes
exigências editalícias, que atentam contra os princípios da isonomia, da legalidade, da competitividade e
da razoabilidade: a) apresentação de Certidão Negativa de Débito Salarial, de Certidão Negativa de
Infrações Trabalhistas e de prova de regularidade junto ao Sindicato Laboral; b) apresentação de
comprovante de recolhimento da Contribuição Sindical Patronal e do pagamento da anuidade do
Conselho Regional de Administração (CRA); c) apresentação de Licença Ambiental de Operação e do
Certificado de Registro Cadastral junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente; d) apresentação de
comprovante que possui Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) devidamente registrada na
Delegacia Regional do Trabalho; e) exigência de que os licitantes tenham capital social igual ou superior
a 10%; f) possibilidade de vistoria dos equipamentos.
Acórdão TCU 1978/2009 – Plenário - Determinação ... para que se abstenha de: a) realizar
licitações na modalidade pregão eletrônico para contratações de serviços especializados e complexos,
reservando a adoção desse tipo de certame para contratações de serviços que possam ser enquadrados
como comuns; b) efetuar, nos certames, exigências de requisitos para comprovação de aptidão técnica
fundados unicamente em local específico e no tempo de experiência profissional, em respeito aos
princípios da isonomia e da competitividade e às vedações ínsitas nos artigos 3º, § 1º, inc. I, e 30, § 5º, da
Lei nº 8.666/1993, exceto quando tais exigências se demonstrarem imprescindíveis à execução do objeto
e, após sua obrigatória motivação técnica, circunstanciada e pública, restar certificado que os parâmetros
estabelecidos são necessários, suficientes e pertinentes ao objeto licitado.
Curso de Formação de Pregoeiros 62
Acórdão TCU 3964/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que instaure processo
administrativo, nos termos da Lei nº 9.784/1999, para decidir sobre a aplicação da penalidade prevista no
art. 7º da Lei 10.520/2002 à empresa licitante que utilizou documentação falsa em pregão presencial de
2006, durante a fase de classificação desse certame.
Acórdão TCU 4034/2009 - 1ª Câmara - Determinação ... para que adote as medidas tendentes a
aperfeiçoar o acompanhamento da execução de seus contratos, de forma a evitar situações como a
ocorrida num pregão de 2006, em que, por conta de inadimplência contratual, houve contratação
emergencial, sem observar as regras previstas no art. 24, inc. XI, da Lei nº 8.666/1993, relativas à
convocação das empresas que participaram do aludido certame, obedecida a ordem de classificação e
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido.
Acórdão TCU 1709/2009 – Plenário - Determinação ... para que evite, em pregões eletrônicos,
solicitar de forma generalizada a todos os licitantes o envio de documentação por meio diverso do sistema
eletrônico, restringindo esse tipo de medida às empresas detentoras das propostas vencedoras do certame,
em atenção ao disposto no art. 21 do Decreto n° 5.450/2005.
Acórdão TCU 845/2005 - Segunda Câmara - Providencie, nas licitações na modalidade pregão,
orçamento atualizado e detalhado que possa subsidiar o preço de referência e assegurar, desta forma, o
princípio da economicidade, nos termos do art. 8°, inciso II, do Decreto n° 3.555/2000.
Acórdão TCU 4.999/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que observe o art. 29, § 2º da
IN/SLTI-MP nº 2/2008, segundo o qual a inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos, desde que não contrariem instrumentos legais, não caracteriza motivo suficiente para a
desclassificação da proposta, assim como o § 3º do mesmo artigo, que orienta que se houver indícios de
inexequibilidade da proposta de preço, ou em caso da necessidade de esclarecimentos complementares, o
órgão poderá efetuar diligências, na forma do § 3º do art. 43 da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 2371/2009 - Plenário – Determinação ... para que, em procedimentos licitatórios,
abstenha-se, na fase de julgamento das propostas, de considerar erros ou omissões no preenchimento da
planilha de custos e formação de preços prevista como critério de desclassificação de licitantes, por
contrariar o artigo 3º da Lei nº 8.666/1993 e a jurisprudência do TCU (Acórdãos nºs 2.104/2004-P,
1.791/2006-P, 1.179/2008-P e 4.621/2009-2ª C).
Acórdão TCU 2060/2009 - Plenário - Determinação ... para que se abstenha, na fase de
julgamento das propostas de procedimentos licitatórios, de considerar erros ou omissões no
preenchimento da planilha de custos e formação de preços prevista na IN/SLTI-MP nº 02/2008 como
critério único de desclassificação de licitantes, em razão do caráter instrumental da planilha de preços, do
Curso de Formação de Pregoeiros 64
disposto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993 e a da jurisprudência do TCU (Acórdãos nºs 2.104/2004-P,
1.791/2006-P e 1.179/2008-P e Acórdão nº 4.621/2009-2ª C).
- Acórdão TCU 4039/2008 – Segunda Câmara – O TCU determinou que, nos procedimentos
licitatórios sob a tutela em que todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem
desclassificadas, observe que a discricionariedade disposta no Art. 48, § 3º, da Lei 8.666/1993 somente
pode ser aplicada à totalidade dos licitantes; ou seja, um novo prazo somente poderá ser concedido para
apresentação de novas propostas ou para a regularização de documentação se o for para todos os
licitantes.
Acórdão TCU 6511/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de aderir ou
participar de Sistema de Registro de Preços, se a gerência desse estiver a cargo de órgão ou entidade da
Administração Pública Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, em razão da devida publicidade que
Curso de Formação de Pregoeiros 65
deve ser dada ao certame licitatório no âmbito da Administração Pública Federal, em obediência ao inc. I
do art. 21 da Lei nº 8.666/1993, bem como de conformidade aos princípios básicos da legalidade, da
publicidade e da igualdade e à Orientação Normativa/AGU nº 21/2209. Lembramos à rede do Ementário
de Gestão Pública, curiosamente, que o art. 2º da Lei nº 10.191, de 14.02.2001 (DOU de 16.02.2001)
dispõe: “Art. 2º O Ministério da Saúde e os respectivos órgãos vinculados poderão utilizar
reciprocamente os sistemas de registro de preços para compras de materiais hospitalares, inseticidas,
drogas, vacinas, insumos farmacêuticos, medicamentos e outros insumos estratégicos, desde que prevista
tal possibilidade no edital de licitação do registro de preços. § 1º Os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios, bem como as respectivas autarquias, fundações e demais órgãos vinculados, também poderão
utilizar se dos registros de preços de que trata o caput, desde que expressamente prevista esta
possibilidade no edital de licitação. § 2º Sob nenhuma hipótese poderá o edital de licitação do registro de
preços ser elaborado em desacordo com a legislação vigente”.
Acórdão TCU 2410/2009 – Plenário - Determinação ... para que observe, em licitações sob a
sistemática de Registro de Preços, o disposto no art. 9º, inc. III, do Decreto nº 3.931/2001, no sentido de
fazer constar no edital o critério de aceitabilidade de preços unitários máximos que a administração se
dispõe a pagar, consideradas as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas, procedendo ao
exame da adequação de preços unitários, mesmo que a licitação seja realizada sob o tipo menor preço
global por lote. Determinação ... para que, em licitações sob a sistemática de Registro de Preços, proceda
à analise mais detida no tocante aos agrupamentos de itens em lotes, de modo a evitar a reunião em
mesmo lote de produtos que poderiam ser licitados isoladamente ou compondo lote distinto, de modo a
possibilitar maior competitividade no certame e obtenção de proposta mais vantajosa para a
Administração, fazendo constar dos autos do procedimento o estudo que demonstre a inviabilidade
técnica e/ou econômica do parcelamento.
Acórdão TCU 1487/2007 - Plenário – Adote providências com vistas à reavaliação das regras
atualmente estabelecidas para o registro de preços no Decreto nº 3.931/2001, de forma a estabelecer
limites para a adesão a registro de preços realizados por outros órgãos e entidades, visando preservar os
princípios da competição, da igualdade de condições entre os licitantes e da busca da maior vantagem
para a Administração Pública, tendo em vista que as regras atuais permitem a indesejável situação de
adesão ilimitada a atas em vigor, desvirtuando as finalidades buscadas por essa sistemática.
Acórdão TCU 668/2005 - Plenário - Caso venha a utilizar o Sistema de Registro de Preços -
SRP, insira cláusula no edital vedando a utilização da ata de registro de preços por órgãos/entidades não
participantes.
Acórdão TCU 668/2005 - Plenário - (...) Entende que possa ser considerada regular a utilização
do SRP para a contratação de operadora de plano de assistência à saúde, desde que seja vedada a
utilização da ata de registro de preços por órgãos não-participantes do SRP.
Curso de Formação de Pregoeiros 66
Decisão TCU 472/1999 - Plenário - Com o intuito de evitar o fracionamento de despesa, deve ser
utilizado, na aquisição de bens, o sistema de registro de preços.
TERMO DE REFERÊNCIA
Acórdão TCU 2947/2004 - Primeira Câmara - Na fase preparatória dos pregões, atente para a
útil elaboração do termo de referência, de que trata o art. 8º do Decreto 3.555/2000, de modo que o
documento expresse a adequação do objeto licitado aos preços praticados no mercado.
PESQUISA DE MERCADO
Acórdão TCU 2432/2009 - Plenário - Determinação ... para que, em compras de no-breaks,
realize pesquisa de mercado com fornecedores suficientes, de forma a possibilitar a estimativa correta dos
valores a serem contratados e a compatibilidade dos preços propostos, inclusive das baterias, com os
praticados no mercado, conforme disposto nos arts. 43, inc. IV, e 48, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 2361/2009 – Plenário - Determinação ... para que se abstenha de utilizar a
variação de índice inflacionário para estimar o custo de bens e serviços a serem licitados, realizando, para
tal mister, a devida pesquisa de mercado, nos termos do art. 43, inc. IV, da Lei nº 8.666/1993.
Acórdão TCU 5245/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que, quando da realização de
procedimentos licitatórios, dispensas de licitação e adesões a Atas de Registro de Preços, sejam realizadas
as devidas pesquisas de preços e as mesmas sejam formalmente documentadas e juntadas aos respectivos
processos.
Acórdão TCU 4524/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que, quando da elaboração de
estimativas de preços de produtos/serviços a serem licitados, inclusive daqueles de interesse do ...,
promova ampla pesquisa de preço, abrangendo outras aquisições/contratações da Administração Pública,
inclusive.
Acórdão TCU 90/2004 - Segunda Câmara - Elabore pesquisa de mercado quando da execução
de procedimento licitatório na modalidade Pregão, bem como, termo de referência contendo elementos
capazes de propiciar a avaliação do custo pela Administração, por meio de orçamento detalhado,
considerando os preços e as especificações em prática no mercado, conforme preconiza o art. 8º do anexo
I do Decreto nº 3.555, de 08/08/2000.
Acórdão TCU 4.161/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que aplique nas licitações que
realizar as disposições dos arts. 44 e 45 da Lei Complementar nº 123/06 (Estatuto das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte).
Acórdão TCU 2479/2009 - Plenário - Determinação ... para que se abstenha de conceder o
tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte previsto no art. 47 da Lei
Complementar nº 123/2006 quando não expressamente previsto no instrumento convocatório (Sic) ou
para contratações de valor superior a R$ 80.000,00, como determinam os arts. 48, I, e 49, I e III, daquele
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. A propósito, chamamos a atenção da
Curso de Formação de Pregoeiros 67
rede do Ementário de Gestão Pública para: a) Orientação Normativa/AGU nº 7, de 01.04.2009 (DOU de
07.04.2009, S. 1, p. 13): “O tratamento favorecido de que tratam os arts. 43 a 45 da Lei Complementar nº
123, de 2006, deverá ser concedido às microempresas e empresas de pequeno porte independentemente
de previsão editalícia”; b) determinação/ recomendação do próprio Plenário do TCU à .... para que, a fim
de conferir transparência e legalidade às licitações, preveja, em seus editais, itens específicos acerca da
comprovação das condições de enquadramento das empresas licitantes como Microempresas ou Empresas
de Pequeno Porte, de acordo com o artigo 3º da Lei Complementar nº 123/2006; bem como observe,
independentemente de tal previsão, a aplicabilidade dos artigos 44 e 45 da Lei Complementar nº
123/2006, nas hipóteses necessárias (Acórdão TCU nº 1.785/2008-Plenário).
Curso de Formação de Pregoeiros 68
ANEXO III
Considerando que a atual tabela de ocorrências do SICAF encontra-se desatualizada, face à edição
da Lei nº 10.520, de 2002, bem como a jurisprudência a respeito do tema, tecemos as orientações
seguintes para aplicação dos códigos, enquanto estes não forem reformulados:
002 - Suspensão - Este código bloqueia o cadastro do fornecedor e deve ser aplicado por todos os
órgãos, integrantes ou não do SISG, no registro de:
a) Declaração de inidoneidade, imposta pelo inciso IV do Art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993.
b) Impedimento de licitar e contratar, imposto pelo Art.7º da Lei nº 10.520, de 2002. Salientamos,
no entanto, que este lançamento não deverá ser efetuado por órgãos e entidades municipais ou estaduais,
caso em que deve ser lançado o código 021.
021 - Suspensão - Órgãos não integrantes do SISG - Este código deve ser aplicado por todos os
órgãos, integrantes ou não do SISG, no registro de:
a) Suspensão temporária, imposta pelo inciso III do Art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993. Salientamos
que a suspensão temporária deve ser a plicada apenas, no âmbito da Administração, ou seja, do Órgão ou
entidade que aplicou a penalidade, portanto, neste caso, não deve ser utilizado o código 002, que bloqueia
o cadastro do fornecedor.
a) Impedimento de licitar e contratar, imposto pelo Art. 7º da Lei nº 10.520, de 2002, no caso de
órgãos estaduais ou municipais.
022 - Reativação - Este código deve ser lançado, com o objetivo de desbloquear o cadastro do
fornecedor. Se a penalidade for registrada erroneamente com o código 002, o código 022 deve ser
lançado, antes do registro da penalidade com o código correto.
023 - Revogação de ocorrência - Este código não desbloqueia o cadastro de fornecedor e não
corrige lançamentos errôneos de penalidades. Evite sua utilização. Conferir observação a respeito do
código 022 - reativação.
1. Informo a V. Exª que o plano de aplicação de recursos elaborado pelos ODS/ODG (UGR), com
base na aprovação da Lei Orçamentária Anual, é o instrumento de orientação mais adequado para a
administração das UG, com o propósito de viabilizar a adoção de providências previamente destinadas à
realização das despesas.
2. Dessa forma, o plano de aplicação de recursos passa a caracterizar a situação de "expectativa de
crédito", ocasião em que caberá a administração da UG expedir atos convocatórios, receber e abrir as
propostas de preços, adjudicar o(s) vencedor(es) do certame; mas somente homologar (ato privativo do
OD), contratar e empenhar a despesa, quando houver a disponibilidade efetiva do crédito orçamentário,
ou seja, a emissão de Nota de Movimentação de Crédito - NC, pelas UGR.
Curso de Formação de Pregoeiros 69
3. Esta Secretaria julga oportuno considerar que o uso do pregão pelo Sistema de Registro de
Preços (SRP), com validade de 01 (um) ano, tem sido a opção mais vantajosa para as UG, como
procedimento para realização de despesas, com a "expectativa de crédito".
4. Diante do exposto, esta Secretaria assevera que a divulgação do plano de aplicação de recursos,
como fonte de informação para as UG, se constituirá na previsão de descentralização de créditos
orçamentários, o que garantirá o cumprimento prévio das obrigações administrativas para a realização das
despesas.
a. dispensa de licitação:
1) a contratação direta com fundamento no inc. IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, exige que,
concomitantemente, seja apurado se a situação emergencial foi gerada por falta de planejamento, desídia
ou má gestão, hipótese que, quem lhe deu causa será responsabilizado na forma da Lei;
2) não se dispensa licitação, com fundamento nos incs. V e VII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de
1993, caso a licitação fracassada ou deserta tenha sido realizada na modalidade convite;
3) empresa pública ou sociedade de economia mista que exerça atividade econômica não se
enquadra como Órgão ou entidade que integra a Administração Pública, para os fins de dispensa de
licitação com fundamento no inc. VIII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993; e
4) os contratos firmados com as fundações de apoio com base na dispensa de licitação revista no
inc. XIII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, devem estar diretamente vinculados a projetos com
definição clara do objeto e com prazo determinado, sendo vedadas a subcontratação; a contratação de
serviços contínuos ou de manutenção; e a contratação de serviços destinados a atender às necessidades
permanentes da instituição.
b. inexigibilidade de licitação:
1) a contratação direta com fundamento na inexigibilidade prevista no Art. 25, inc. I, da Lei nº
8.666, de 1993, é restrita aos casos de compras, não podendo abranger serviços;
2) compete à Administração averiguar a veracidade do atestado de exclusividade apresentado nos
termos do Art. 25, inc. I, da Lei nº 8.666, de 1993;
3) é obrigatória a justificativa de preço na inexigibilidade de licitação, que deverá ser realizada
mediante a comparação da proposta apresentada com preços praticados pela futura contratada junto a
outros órgãos públicos ou pessoas privadas; e
4) contrata-se por inexigibilidade de licitação com fundamento no Art. 25, inc. II, da Lei nº 8.666,
de 1993, conferencistas para ministrar cursos para treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, ou a
inscrição em cursos abertos, desde que caracterizada a singularidade do objeto e verificado tratar-se de
notório especialista.
Curso de Formação de Pregoeiros 70
c. serviço contínuo:
1) a vigência do contrato de serviço contínuo não está adstrita ao exercício financeiro;
2) na contratação de serviço contínuo, com fundamento no Art. 24, inc. II, da Lei nº 8.666, de
1993, o limite máximo de R$ 8.000,00 (oito mil reais) deverá considerar a possibilidade da duração do
contrato pelo prazo de 60 (sessenta) meses;
3) o edital e o contrato de serviço continuado deverão indicar o critério de reajustamento de
preços, que deverá ser sob a forma de reajuste em sentido estrito, com previsão de índice setorial, ou por
repactuação, pela demonstração analítica da variação dos componentes dos custos; e
4) o edital e o contrato para prestação de serviço continuado devem conter apenas um evento
como marco inicial para a contagem do interregno de um ano para o primeiro reajuste ou repactuação: ou
a data da proposta ou a data do orçamento a que a proposta se referir.
d. registro de preços:
1) o prazo de validade da ata de registro de preços é de no máximo um ano, nos termos do Art. 15,
§ 3º, inc. III, da Lei nº 8.666, de 1993, razão porque eventual prorrogação da sua vigência, com
fundamento no § 2º do Art. 4º do Decreto nº 3.931,de 2001, somente será admitida até o referido limite, e
desde que devidamente justificada, mediante autorização da autoridade superior e que a proposta continue
se mostrando mais vantajosa;
2) na licitação para registro de preços, a indicação da dotação orçamentária é exigível apenas antes
da assinatura do contrato; e
3) é vedada aos órgãos públicos federais a adesão à ata de registro de preços, quando a licitação
tiver sido realizada pela Administração Pública Estadual, Municipal ou do Distrito Federal (assunto
também abordado na mensagem SIASG nº 052391, de 16 de abril de 2009).
e. contratos:
1) na análise dos processos relativos à prorrogação de prazo, cumpre aos órgãos jurídicos verificar
se não há extrapolação do atual prazo de vigência, bem como eventual ocorrência de solução de
continuidade nos aditivos precedentes, hipóteses que configuram a extinção do ajuste, impedindo a sua
prorrogação;
2) o reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer tempo, independentemente
de previsão contratual, desde que verificadas as circunstâncias elencadas na letra 'd' do inc. II do Art. 65,
da Lei nº 8.666, de 1993;
3) a alteração dos insumos da planilha de preços decorrente de acordo, convenção ou dissídio
coletivo de trabalho somente poderá ser objeto de pedido de repactuação contratual; e
4) na contratação de serviço em que a maior parcelado custo for decorrente de mão-de-obra, o
edital e o contrato deverão indicar expressamente que o prazo de um ano, para a primeira repactuação,
conta-se da data do orçamento a que a proposta se referir.
f. pagamento:
A despesa sem cobertura contratual deverá ser objeto de reconhecimento da obrigação de
indenizar nos termos do Art.59, parágrafo único, da Lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração da
responsabilidade de quem lhe der causa.
g. obra pública:
Na contratação de obra ou serviço de engenharia, o instrumento convocatório deve estabelecer
critérios de aceitabilidade dos preços unitários e global.
Curso de Formação de Pregoeiros 71
h. imóveis e locação:
A vigência do contrato de locação de imóveis, no qual a Administração Pública é locatária,
rege-se pelo Art. 51 da Lei nº 8.245, de 1991, não estando sujeita ao limite máximo de sessenta meses,
estipulado pelo inc. II do Art. 57, da Lei nº 8.666, de 1993.
i. Microempresas:
O tratamento favorecido de que tratam os Arts. 43 a 45 da Lei Complementar nº 123, de 2006,
deverá ser concedido às microempresas e empresas de pequeno porte independentemente de previsão
editalícia.
j. passagens:
O fornecimento de passagens aéreas e terrestres enquadra-se no conceito de serviço previsto no
inc. II do Art. 6º da Lei nº 8.666, de 1993.
k. regularidade fiscal:
A comprovação da regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento de serviços já
prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço público, pode ser dispensada em
caráter excepcional, desde que previamente autorizada pela autoridade maior do órgão contratante e,
concomitantemente, a situação de irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à agência
reguladora.
l. Processo Administrativo:
Os instrumentos dos contratos, convênios e demais ajustes, bem como os respectivos aditivos,
devem integrar um único processo administrativo, devidamente autuado em seqüência cronológica,
numerado, rubricado, contendo cada volume os respectivos termos de abertura e encerramento.
1. Informo a todos os Ordenadores de Despesas (OD) que a Controladoria Geral da União - CGU
implantou o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, o qual contempla relação de
empresas punidas pela prática de irregularidades em licitações, fraudes fiscais ou no cumprimento de
contratos, firmados com Administração Pública em geral.
2. O CEIS é acessível por meio do portal da transparência, mantido pela CGU no endereço
http://www.portaltransparencia.gov.br/, à disposição de todos os órgãos interessados, quando da
realização de procedimentos licitatórios ou novas contratações, cabendo lembrar, ademais que, dado o
caráter essencialmente dinâmico das informações ali contidas, as respectivas consultas deverão ser
realizadas sistematicamente, e não apenas de forma esporádica.
- Ao Órgão Gerenciador compete aplicar penalidade ao fornecedor faltoso, nos termos do art. 3°,
2°, VIII, quando se tratar de descumprimento da ata com relação aos órgãos gerenciador e participantes.
- Ao Órgão Participante compete aplicar penalidades ao fornecedor faltoso, após a assinatura do
contrato e comunicar a aplicação da penalidade ao Òrgão Gerenciador, nos termos do art. 3° 4° III e IV.
- Compete ao Órgão Aderente (“carona”) a responsabilidade de apurar e aplicar eventuais
penalidades ao fornecedor faltoso, por se tratar de relação estranha a ata de registro de preços. Após a
aplicação da penalidade, é necessário comunicar ao Órgão Gerenciador sobre a ocorrência, em analogia
com as obrigações do Órgão Participante.
1. Versa o presente expediente sobre questionamento apresentado pelo Cmdo da 11ª RM acerca da
possibilidade de coordenação centralizada dos certames licitatórios pelos Comandos de Guarnições.
2. Sobre o assunto, informo aos chefes de ICFEx que, de acordo com o artigo 5º da Portaria citada
na referência, esta Secretaria estabeleceu que os Comandos das Regiões Militares (RM) poderão exercer a
coordenação das licitações com a utilização do Sistema de Registro de Preços (SRP), instituído pelo
Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, alterado pelo Decreto nº 4.342, de 23 de agosto de 2002.
3. Considerando as inúmeras vantagens identificadas no SRP, esta Secretaria destaca a realização
de licitação centralizada em uma UG, denominada "Órgão Gerenciador" em benefício de outras UG
denominadas "Órgãos Participantes", tendo como consequência a liberação dos agentes da administração
das UG beneficiadas para outras atividades.
4. È importante ressaltar que, de acordo com o inciso III, do Artigo 5º, da mesma Portaria, os
Comandos das RM poderão indicar o "Órgão Gerenciador" localizado fora da sede da RM, quando existir
mais de uma UG na Guarnição e for recomendável a realização de licitação com a utilização de SRP.
5. Impende considerar que a coordenação a que se refere o caput do artigo 5º, da citada Portaria,
poderá ser realizada como alternativa pelos Órgãos Técnicos do Exército em relação às suas UG
apoiadas, mediante autorização da SEF.
6. Expendidas tais considerações, informo a essa Chefia que esta Secretaria autoriza os Comandos
de Guarnições a exercerem a coordenação das licitações com a utilização do SRP, como "Órgão
Gerenciador", tendo como "Órgãos Participantes" as UG sob sua jurisdição, quando, pelas características
de bens e serviços comuns, houver necessidade de contratações frequentes, as quais, obrigatoriamente,
deverão ser realizadas na modalidade "pregão", de acordo com as orientações contidas ma mensagem
SIAFI 2008/1237268 - SEF, de 28 de outubro de 2008, destinada a todos os OD das UG do Comando do
Éxército.
7. Diante do exposto, solicito aos Chefes de ICFEx, encaminharem aos Ordenadores de Despesas
(OD) dos Comandos de Guarnições, por meio de ofício, cópia da presente mensagem.
8. Por fim, com fulcro no art. 6º, da Portaria nº 006 - SEF, de 15 de outubro de 2003, informo que
a capacitação de pessoal dos Comandos de Guarnições para exercer as atividades no SRP deverá ser
realizada pela respectiva ICFEx de vinculação, mediante treinamentos específicos e quando for possível,
também, por intermédio de outros órgãos ou entidades da administração pública.
1. Informo aos Ordenadores de Despesas (OD) que a orientação contida no item "3" da mensagem
SIAFI citada na referência – no sentido de que a classificação de bens e serviços comuns "corresponde" à
relação identificada como "anexo II" do Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000 - está consubstanciada
no § 2º, do Art. 3º,do mesmo Decreto, que considera os bens e serviços comuns como aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser concisa e objetivamente definidos no objeto do edital, em
perfeita conformidade com as especificações usuais praticadas no mercado,"de acordo" com o disposto no
anexo II; logo, o termo "corresponde", utilizado por esta Secretaria, revela uma grande semelhança com
o sentido da expressão "de acordo", usada no citado diploma legal.
2. Diante do exposto, esta Secretaria entende que não há necessidade de alterar a redação dada ao
item "3" da mensagem SIAFI da referência, uma vez que a especificação de quais bens e serviços se
enquadram na tipificação "comuns" é objeto do anexo II ao Decreto nº 3.555/00.
3. Ainda, acerca do assunto, o Tribunal de Contas da União(TCU), na publicação "Licitações e
Contratos", 3ª edição, ano 2006, página 35, assim se pronunciou:
"O bem ou o serviço será comum quando for possível estabelecer, para feito de julgamento das
propostas, mediante especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares
ao objeto.
São inúmeros os objetos a serem licitados que não são vistos com clareza pelo gestor com o
intuito de definir se o objeto é comum ou não. O legislador procurou, por meio de lista anexada ao
Decreto nº 3.555, de 2000, definir os bens ou serviços de natureza comum. No entanto, essa lista foi
considerada meramente exemplificativa, em razão da impossibilidade de se listar tudo que é comum.
Cabe ao gestor, na busca da proposta mais vantajosa para a administração, decidir-se pela
modalidade pregão sempre que o objeto for considerado comum. Quando a opção não recair sobre a
modalidade pregão, o gestor deve justificar, de forma motivada e circunstanciada, sua decisão".
11) Emissão de empenho estimativo para as licitações por Registro de Preços (Msg SIASG nº
2008/045705, de 06 de março de 2008, do DLSG).
2.4 Os casos de perda, dano ou esquecimento de senha, requerem emissão de nova certificação,
adotando-se os mesmos procedimentos da renovação.
2.5 Lembrete: Os prazos definidos para o encerramento da certificação digital, divulgados no
Comprasnet, serão rigorosamente observados.
3) Visando a redução dos custos na certificação digital, informamos que nos deslocamentos
específicos para essa finalidade, deverá ser verificado, com antecedência, junto à comunidade SERPRO, o
agendamento com a autoridade certificadora SERPRO, mais próxima ao usuário.
Curso de Formação de Pregoeiros 78
ANEXO IV
QUESTÕES COMENTADAS
PREGÃO ELETRÔNICO
3) No pregão eletrônico federal, o pregoeiro poderá reconsiderar sua decisão? E como ele
deverá proceder quando mantiver a decisão recorrida?
O art. 26, caput, do Decreto n° 5.450/2005, seguindo o disposto na norma geral constante do art.
4°, inc. XVIII, da Lei n° 10520/2002, estabelece que durante a sessão do pregão eletrônico, caso o
Curso de Formação de Pregoeiros 79
licitante pretenda recorrer, ele terá o dever de manifestar essa intenção imediata e motivadamente após a
declaração do vencedor, sendo-lhe concedido o prazo de três dias para a apresentação das razões do
recurso.
Encerrado o prazo para apresentação das razões recursais, inicia-se outro, igualmente de três dias,
para os demais licitantes apresentarem contra-razões, conforme intimação feita na própria sessão pública
do pregão (art. 4°, inc. XVIII, da Lei n° 10.520/2002 e art. 26, caput, do Decreto n° 5.450/2005).
O inc. IV do art. 8° do Decreto n° 5.450/2005, ao discriminar as atividades da autoridade
competente no pregão eletrônico, prescreveu o seguinte:
Art. 8° À autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto do órgão ou da
entidade, cabe:
(...)
IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua decisão:”
Desse modo, infere-se que haverá a possibilidade de o pregoeiro reconsiderar sua decisão no
pregão eletrônico, tal como ocorre no recurso hierárquico previsto no art. 109, inc. I e § 4°, da Lei n°
8.666/93. Somente se o pregoeiro mantiver sua decisão, o recurso será remetido à autoridade competente
para julgamento.
Então, por força do disposto no art. 8°, inc. IV, do Decreto n° 5.450/200, no pregão eletrônico
federal, o pregoeiro poderá reconsiderar sua decisão. Caso entenda que a decisão deve ser mantida,
deverá remeter o recurso interposto à autoridade competente, a qual decidirá acerca de sua procedência.
4) Após a fase de lances, deve ser solicitada a recomposição dos preços da planilha original
de todos os licitantes que ofereceram lances?
A planilha de preços é o documento destinado a discriminar os insumos e custos unitários que
constituem o preço final proposto pelo licitante. É exigível nas licitações em que o objeto licitado envolva
uma pluralidade de elementos, tais como nos serviços de limpeza e vigilância, independentemente da
modalidade de licitação adotada. Por isso, também quando o objeto for licitado sob a modalidade pregão,
será cabível sua exigência, desde que estejam envolvidos vários insumos em sua execução.
A planilha dos licitantes deve ser elaborada em consonância com a planilha de quantitativos e
custos unitários preparada pela Administração, a qual deve constar como anexo do edital, nos termos do
art. 40, § 2°, inc. II, da Lei n° 8.666/93, que incide subsidiariamente em sede de pregão (art. 9°, da Lei n°
10.520/2002).
No pregão, quando o objeto licitado envolver inúmeros insumos, o licitante deverá apresentar sua
proposta escrita acompanhada da respectiva planilha de custos. Entretanto, como haverá mutabilidade das
propostas que forem para a fase de lances, essa situação ensejará a necessidade de modificar a planilha de
custos inicialmente apresentada.
Pode-se dizer que, nos pregões cujos objetos determinem a apresentação de planilhas de custos
pelos licitantes, ao invés de o pregoeiro solicitar a recomposição das planilhas de todos os licitantes que
ofereceram lances, após a realização da respectiva fase, seja feita essa exigência apenas ao autor da
melhor proposta, já que somente será necessário aferir a exeqüibilidade de sua oferta (art. 4°, inc. XI da
Lei n° 10.520/2002).
Ressalte-se que a planilha de custos, além de demonstrar a exeqüibilidade da proposta ofertada,
será de suma importância à contratação que se seguirá (servirá, por exemplo, como parâmetro a ser
observado na repactuação dos preços, quando cabível o emprego dessa forma de recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro do contrato).
A rigor, será suficiente exigir a recomposição dos custos da planilha somente do autor da melhor
proposta, após a fase de lances, não se fazendo necessário exigi-la de todos os licitantes que ofereceram
lances.
Curso de Formação de Pregoeiros 80
Art. 21 Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar proposta com a
descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora marcadas para abertura da
sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, quando, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de
recebimento de propostas.
(...)
§ 4º Até a abertura da sessão, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada.
(Grifamos).
Face ao exposto, afirma-se que durante o período de divulgação do edital de pregão eletrônico
realizado pela Administração Pública Federal, será possível alterar a proposta inicialmente oferecida,
faculdade essa que cessará com a abertura da sessão.
Curso de Formação de Pregoeiros 81
Art. 22 A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando do pregoeiro com a
utilização de sua chave de acesso e senha.
(...)
O pregão foi previsto pela primeira vez na Lei nº 9.472/97, como modalidade licitatória a ser
utilizada pela Anatel na contratação de bens e serviços comuns. Após atingir resultados positivos, essa
modalidade foi estendida aos demais órgãos e entes da Administração Pública Federal pela Medida
Provisória nº 2.026/2000.
Em 7 de julho de 2002, a Medida Provisória que regulamentava o pregão foi convertida na Lei nº
10.520/2002, tornando essa modalidade passível de ser adotada por qualquer órgão da Administração
Pública (federal, distrital, estadual ou municipal), acabando com as discussões acerca de sua
constitucionalidade que então eram argüidas.
No intuito de redisciplinar o pregão eletrônico no âmbito da União, com fundamento no § 1º do
art. 2º da lei nº 10.520/2002, foi editado o Decreto nº5.450/2005, que revogou o Decreto nº 3.697/2000. O
art. 4º do novo decreto do pregão eletrônico estabelece o seguinte:
Art. 4º- Nas licitações para aquisições de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo
preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
§ 1º- O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada
pela autoridade competente.
§ 2º - Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamentadas no inciso II, do artigo 24 da lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de
cotação eletrônica, conforme disposto na legislação vigente.
Curso de Formação de Pregoeiros 82
A partir da interpretação do dispositivo acima transcrito, pode-se aferir que, no âmbito da União,
será obrigatória a utilização da modalidade pregão para a contratação de bens e serviços comuns,
preferencialmente sob a forma eletrônica. Havendo inviabilidade de utilização do pregão eletrônico, tal
situação deverá ser justificada nos autos do processo de contratação pela autoridade competente e , nesse
caso, adotado o pregão presencial.
A razão determinante para a adoção preferencial do pregão eletrônico não tem como fundamento
apenas o alcance da celeridade e da eficiência inerente a essa modalidade. Com essa imposição visa-se
também assegurar maior segurança às licitações contra ilegalidades, com base na concepção de que
procedimentos eletrônicos estão menos suscetíveis a irregularidades.
Ademais, a utilização do meio eletrônico pode propiciar um controle popular mais efetivo, já que
facilita o acesso dos interessados ao procedimento licitatório. Inclusive, dentro dessa idéia, o art. 7º do
Decreto nº 5.450/2005 assegura a qualquer interessado o direito de acompanhar o desenvolvimento do
pregão eletrônico em tempo real, por meio da internet.
Face o exposto, pode-se concluir que, por força do art. 4º, caput, e § 1º do Decreto nº 5.450/2005,
será obrigatória a adoção do pregão nas licitações de bens e serviços comuns realizadas no âmbito da
União, preferencialmente eletrônico, salvo comprovada inviabilidade de sua utilização, hipótese em que
deverá ser adotado o pregão presencial.
10) Qual a autoridade competente para aplicar as penalidade previstas nos arts. 86 e 87 da
Lei nº 8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002?
A competência é o poder conferido pelo ordenamento a determinada autoridade para o exercício
de certa atribuição, com vistas a alcançar a finalidade pública tutelada pela norma.
Logo, a autoridade competente para aplicar as sanções previstas nos arts. 86 e 87 da Lei nº
8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002 será aquela a qual a lei ou , se for o caso, ato normativo,
conferiu tal atribuição.
Se não houver norma disciplinando expressamente o assunto, entende-se que tal competência será
da autoridade superior (salvo na hipótese prevista no inc. IV do art. 87, cuja competência encontra-se
prevista no seu § 3º).
Acerca do assunto, Marçal Justen Filho aduz:
Na ausência de solução explicita, reputa-se que tais poderes foram atribuídos à autoridade de mais elevada
hierarquia. Nada impede, no entanto, a delegação de tais poderes para autoridades inferiores, tanto por ato genérico
como individual.
Chega-se, desse modo, à conclusão que, primeiramente, a Administração deverá verificar se existe
norma que atribua expressamente a certa autoridade a competência para aplicação das sanções previstas
nos arts. 86 e 87 da Lei nº 8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002. Não havendo norma que discipline
o assunto, entende-se que a autoridade competente para tanto é aquela de maior hierarquia no órgão ou
entidade, ressalvado o disposto no § 3º do art. 87, da Lei nº 8.666/93.
11) O licitante que teve sua proposta desclassificada em pregão eletrônico, realizado pela
Administração Pública Federal, pode ingressar na sala de disputa para acompanhar o
procedimento, apenas não participando dos lances?
A adoção preferencialmente do pregão eletrônico não tem como fundamento apenas o alcance da
celeridade e da eficiência inerente a essa modalidade. Além desses fatores, contribuiu para essa imposição
a idéia de que o procedimento eletrônico confere maior segurança contra as ilegalidades cometidas nas
licitações e, ainda, propicia maiores facilidades ao exercício do controle externo, tanto pelos órgãos
competentes quanto pelos cidadãos.
Seguindo essa idéia, o pregão eletrônico federal foi sistematizado de modo a viabilizar um
controle externo mais efetivo, especialmente no que tange ao controle popular. Nesse sentido, prescreve o
art. 7º do Decreto nº 5.450/2005:
Art. 7º Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel
observância do procedimento estabelecido neste Decreto, podendo qualquer interessado acompanhar o seu
desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.(Grifamos.)
Infere-se na leitura desse artigo que o pregão eletrônico poderá ser acompanhado por qualquer
pessoa que acesse o sistema, mediante prévio cadastramento.
Se qualquer cidadão pode entrar no sítio eletrônico em que está sendo realizado o pregão
eletrônico e acompanhar todo o procedimento, aí considerada a etapa de lances, também o licitante que
teve sua proposta desclassificada terá tal direito. Não haveria sentido em vedar essa possibilidade ao
licitante que não foi selecionado para essa etapa. É evidente que ele não terá como formular propostas.
Mas isso não significa que ele não poderá acompanhar o que está acontecendo durante a fase de lances.
Assim, o licitante que teve sua proposta desclassificada em pregão eletrônico realizado pela
Administração Pública Federal pode acompanhar a fase de lances, ainda que não possa dela participar,
por força do disposto no art. 7º do Decreto nº 5.450/2005.
Curso de Formação de Pregoeiros 84
12) Quanto tempo deve durar a fase de lances do pregão eletrônico realizado no âmbito da
Administração Pública Federal? Qual o procedimento a ser adotado pelo pregoeiro para encerrar
essa etapa do certame?
Nos termos do art. 24 do Decreto nº 5.450/2005, após a classificação das propostas, o pregoeiro
dará início a fase de lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico. Nos parágrafos desse art. 24
está prescrito o que deve ser observado nessa etapa. Contudo, não há estipulação do tempo de duração
dessa fase, somente sendo disciplinado o procedimento que deve ser adotado pelo pregoeiro para seu
encerramento (§§ 6º e 7º do art. 24).
A omissão do regulamento no que tange à duração da fase de lances tem lógica, já que isso
dependerá do andamento da disputa em cada pregão eletrônico realizado. Enquanto a disputa estiver
acirrada, será conveniente e oportuno que se mantenha aberta a fase de lances. A rigor , o encerramento
dessa fase terá lugar quando os lances tornarem-se raros, não havendo mais disputa efetiva entre os
licitantes.
Conforme prescreve o § 6º do art. 24 do Decreto nº 5.450/2005, a etapa de lances será encerrada
por decisão do pregoeiro, que deverá fixar o momento em que se iniciará o chamado “encerramento
aleatório”, encaminhando aviso aos licitantes.
Determinado o momento a partir do qual a fase de lances poderá ser encerrada de maneira
aleatória, o sistema enviará um aviso de fechamento iminente aos licitantes. Ressalte-se que o pregoeiro,
em relação a esse fechamento aleatório, não tem qualquer controle sobre o exato instante em que ocorrerá
tal encerramento.
Exemplifiquemos para melhor ilustrar a questão: o pregoeiro estipula que a partir das 15 horas se
iniciará o chamado encerramento aleatório, enviando o aviso de fechamento iminente aos licitantes . A
partir das 15 horas o sistema poderá encerrar a fase de lances a qualquer instante.
Entretanto, ressalte-se que, de qualquer modo, a sessão se encerrará no máximo às 15 horas e 30
minutos (já que o § 7º do art. 24 estipula o período máximo de 30 minutos para que se de o encerramento
aleatório). Por óbvio, ele pode se encerrar antes, já que é aleatório.
13) É possível criar um pregão a realização de uma terceira fase, destinada ao julgamento
das condições técnicas dos licitantes?
O pregão é a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado (art. 1º da Lei nº 10.520/02). Com base nessa definição, pode-se dizer
que o pregão se destina à contratação de objetos comuns, nos quais não haja necessidade de avaliação
pormenorizada de aspectos técnicos. Tanto é assim que o art. 4º, inc. X, da lei nº 10.520/02, estabelece a
adoção exclusiva do tipo menor preço para essa modalidade, impossibilitando a adoção de outros, tal
como técnica e preço.
Por isso, quando o objeto licitado envolver, especificidades que reclamem análise técnica, restará
afastada a possibilidade de adoção da modalidade pregão. Deverá ser adotada alguma das modalidades da
Lei nº 8.666/93, permitindo-se, assim, a adoção do tipo técnica e preço ou melhor técnica (art. 46, caput,
da Lei nº 8.666/93).
Inclusive, é interessante citar que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve liminar que
suspendeu o processamento de pregão no qual o edital previa a realização de terceira etapa, destinada ao
julgamento específico das condições técnicas do licitante habilitado. Consta na ementa do julgado:
(...)
A criação de terceira etapa do pregão, destinada ao julgamento específico das condições técnicas do licitante
habilitado (itens 7.3 e 9.12 do edital), faz surgir a fumaça do bom direito para o licitante, bem assim quanto ao perigo
da demora. Agravo de instrumento desprovido. (TJDE, Acórdão nº 250056, DJU de 10.08.2006.)
Assim, resta claro não ser possível criar, no pregão, a realização de uma terceira fase, destinada ao
julgamento das condições técnicas dos licitantes.
Curso de Formação de Pregoeiros 85
14) Depois de encerrada a fase de lances em pregão eletrônico, a licitante melhor classificada
envia mensagem comunicando que errou ao digitar o valor de seu ùltimo lance. Ao invés de
registrar R$ 290.000,00 digitou R$ 190.000,00. Em vista disso, solicita ao pregoeiro a
desconsideração de sua proposta sem aplicação das penalidades. Qual deve ser a decisão do
pregoeiro?
A solução para a situação indagada dependerá exclusivamente da exeqüibilidade da proposta final
da licitante que noticia ter digitado seu último lance de maneira equivocada. A primeira delas liga-se ao
fato de a proposta de R$ 190.000,00 ser considerada aceitável, pois em que pese a diferença de valores é
adequada com a realidade de mercado e, portanto, exeqüível.
Verificada a aceitabilidade da oferta (exigências editalícias e preço), a Administração deverá
exigir do particular o cumprimento da proposta. A alegação de erro de cotação, por si só, não parece se
revelar justificativa apta para amparar sua desistência.
Acaso o particular não cumpra a sua proposta, a Administração deverá sujeitá-lo ao
sancionamento constante do art 7º da Lei nº 10.520/02 e, diante disso, adotar uma das seguintes
alternativas: convocar as licitantes remanescentes, se as propostas estiverem válidas ou forem revalidadas
(art 4º, inc XXIII, da lei 10.520/02) ou dar o certame por fracassado e realizar nova licitação.
Feitas essas considerações, é possível dizer que a alegação de erro de digitação quando da
cotação, por si só, não parece se mostrar como justificativa apta para amparar a desistência de proposta.
Desse modo, cumpre ao pregoeiro avaliar a exeqüibilidade da proposta mais bem classificada. Assim, se
o valor de R$ 190.000,00, ainda que bastante inferior aos lances das demais concorrentes, for exeqüível,
coerente se faz a aceitação dessa oferta.
Por outro lado, se o resultado dessa análise conduzir à conclusão de que o valor de R$ 190.000,00
é inexeqüível, outra não pode ser a conduta do pregoeiro se não sua desclassificação, afastando a licitante
da disputa e passando a avaliar a aceitabilidade da proposta da licitante classificada em segundo lugar.
15) Qual o prazo que a Administração dispõe para responder os recursos do pregão?
O art. 4º, inc. XVIII, da Lei nº 10.520/02, ao disciplinar o processamento de recursos no pregão,
dispõe o seguinte:
Art. 4º (...) XVIII – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção
de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3(três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os
demais licitantes desde logo intimados a para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a
correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos.
No pregão, tão-logo manifestada a intenção de recorrer, será aberto o prazo de três dias para o(s)
recorrente(s) apresentar(em) as razões respectivas e, logo após o término deste, os demais licitantes
também terão três dias para apresentarem suas contra-razões.
Entretanto, a Lei do Pregão não estipulou prazo de resposta aos recursos pela administração.
Diante dessa omissão, incidirá subsidiariamente a disciplina prevista na Lei nº 8.666/93, conforme
determina o art. 9º da Lei 10.520/02. Sobre o assunto, o art. 109, § 4º, da Lei nº 8.666/93, estabelece:
Art.109 (...) § 4º O recursos será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual
poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente
informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do parzo de 5 (cinco) dias úteis, contado do
recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.
PREGOEIRO
16) O presidente da Comissão Permanente de Licitação pode ser designado como pregoeiro?
O art. 3º, inc. IV da lei do Pregão dispõe o seguinte:
Art. 3º (...)
(...)
IV- a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro
e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de
sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante
vencedor.
O dispositivo acima transcrito determina que o pregoeiro seja designado entre os servidores do
órgão ou entidade promotora da licitação, não trazendo qualquer vedação à designação de servidor que
seja membro de Comissão Permanente de Licitação, nem mesmo àquela que ocupe a função de
presidente.
Então, pode-se concluir que o presidente da Comissão Permanente de Licitação poderá ser
designado como pregoeiro, desde que viável a acumulação dessas funções e que ele reúne as
características necessárias para desempenhar essa função.
Tanto pregoeiro quanto equipe de apoio não ocupam cargo nem exercem mandato; apenas
desempenham uma função, sendo para seu exercício designados pela autiridade competente, por meio de
decreto ou portaria.
De acordo com o teor do inc. IV do art. 3º da Lei nº 10.520/02, a função de pregoeiro deverá ser
exercida por servidor do órgão ou entidade promotora do certame, não se exigindo expressamente que
possua qualificação técnica.
O parágrafo único do art. 7º do Dec. 3.555/00 (aplicável apenas no âmbito da união) exige que o
pregoeiro também tenha “capacitação específica”.
Cite-se o entendimento de Jessé Torres Pereira Júnior:
(...) Por “capacitação específica” deve ser entendido o treinamento do servidor para conduzir o pregão
adequadamente. Por isto que a administração deve, uma vez selecionados candidatos `a função de pregoeiro, submetê-
los a treinamento, em cursos internos ou externos(em comentários a Lei de Licitações e Contratações da
Administração Pública, 7ª ed. Rio de Janeiro, Renovar, 2007, p. 1060).
Ademais, entende-se que tal agente público, para satisfatoriamente desenvolver a função de
pregoeiro, deverá estar familiarizado com a área de licitações, tendo atuado em procedimentos licitatórios
promovidos pelo órgão ou entidade pública a que pretence.
Portanto, desde que o respectivo servidor possua capacitação suficiente para tanto, em princípio,
nada impede que seja designado pela autoridade competente para exercer a função de pregoeiro.
Curso de Formação de Pregoeiros 87
O princípio da segregação de funções teria o condão de impedir o envolvimento de uma mesma
pessoa em vários processos, com o objetivo de reduzir riscos de fraude ou erro, devendo necessariamente
ser observado pela administração pública.
Advirta-se que servidor a ser designado como pregoeiro ou membro de equipe de apoio não poderá
confundir-se com a figura do ordenador da despesas; ordenador da unidade; gestor de contrato; autoridade
competente pela designação dos pregoeiros e membros da equipe de apoio; autoridade responsável pelo
julgamento de eventuais recursos contra os atos do pregoeiro; responsável pela fiscalização do ajuste;
responsável pelo almoxarifado; responsável pelo patrimônio, dentre outras, observadas as regras previstas
nas normatizações internas da Administração.
18) Quando da contratação de objeto por meio do sistema de registro de preços, é sempre
necessário que haja termo de contrato ou pode ser utilizado instrumento equivalente, nos termos do
art. 62, caput e § 4º, da Lei nº 8.666/93?
Ao celebrar o registro de seu preço em ata, o particular assume a obrigação de, enquanto essa ata
for vigente, atender às convocações feitas pela Administração para fornecer o produto ou prestar o serviço
objeto desse registro, pelo preço consignado. Uma vez convocado, surge, portanto, a obrigação de
contratar com a Administração mediante atendimento das condições previamente estabelecidas,
definindo-se, nesse momento, apenas o quantitativo a ser contratado.
Então, clara é a distinção entre a natureza jurídica dos compromissos assumidos por meio do
registro de preços e do contrato. No primeiro, há o dever de atender a futuras e incertas convocações para
celebração de contratos. Trata-se de uma expectativa. No segundo, há a assunção de uma obrigação certa
e previamente definida.
O fato de o contrato resultar do sistema de registro de preços em nada altera as regras legais
vigentes para sua formalização. Nesse caso, também deverão ser observadas as disposições estabelecidas
a partir do art. 60 da Lei nº 8.666/93. Remanesce, porquanto, a necessidade de haver a celebração de
termo de contrato, sendo nulo o contrato verbal, bem como a possibilidade de substituição desse termo
por instrumentos equivalentes (art. 62, caput e § 4º), pode-se afirmar que o termo de contrato, inclusive
para as contratações oriundas de sistema de registro de preços, somente será obrigatório naquelas que
envolvam maiores montantes financeiros – assim considerados os valores compreendidos entre os
previstos para as modalidades concorrência e tomada de preços – e naquelas das quais resultem
obrigações futuras. Nos demais casos, será possível a substituição. Inclusive, interessante citar que o art.
11 do Decreto nº 3.931/01, regulamento aplicável ao âmbito federal, é expresso ao exigir que a
contratação com os fornecedores registrados seja formalizada por intermédio de instrumento contratual,
admitindo, também a substituição desse instrumento pela emissão de nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666/93.
Logo, mesmo os contratos resultantes do sistema de registro de preços devem ser celebrados por
meio da formalização de termos de contrato, sendo possível a substituição desse termo por instrumento
equivalente, desde que o montante envolvido não esteja compreendido entre os valores pertinentes às
modalidades tomada de preços e concorrência, e que da contratação não resultem obrigações futuras.
Dessa forma, durante a fase interna do procedimento licitatório, a Administração tem o dever de
verificar se haverá recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes do
contrato. A indisponibilidade de recursos impossibilita a própria realização do certame e,
conseqüentemente, a celebração do futuro contrato.
A Lei de Licitações não condiciona, no entanto, a realização da licitação à efetiva ou à concreta
disponibilidade de recursos orçamentários. É necessária e suficiente a indicação do recurso próprio para a
despesa, este devidamente contemplado na Lei de Orçamento Anual. Embora a Administração não esteja
obrigada a utilizar a ata (como também não está obrigada a contratar nas licitações comuns), deverá
existir a respectiva previsão de recursos no orçamento para cobrir a despesa acaso decida-se implementá-
la.
Assim, responde –se objetivamente ao questionamento formulado no sentido de ser obrigatória a
indicação de prévia dotação orçamentária no ato convocatório da licitação, mesmo nos casos de
procedimentos licitatórios visando à instituição de atas de Registro de Preços, sendo irrelevante o fato de
não existir obrigatoriedade em torno dos futuros contratos.
“A jurisprudência após exitação, acabou acolhendo e definindo limites da interpretação da norma. Nesse artigo, foi
mandada aplicar a regra do art. 65, ficando em aberto algumas questões:
(....)
b) podem ser acrescidos em 25% os quantitativos máximos definidos na Ata de Registro de Preços?
A resposta a tais questões devem variar em cada caso.
(....) Outro fato, como a necessidade de acréscimo de quantidades além do previsto inicialmente, atendendo o
interesse da Administração e havendo concordância do fornecedor, quanto ao acréscimo e manutenção do preço e
demais condições” (em Sistema de Registro de Preços e Pregão, Belo Horizonte, Fórum, 2003, pp.400 e 401).
E pondera:
“Limite de acréscimo contratual previsto no art. 65, §§ 1° e 2° da Lei n° 8.666/93, de 21/06/1993. É importante notar
que a regra da admissibilidade do acréscimo, ora referida, tem seu limite definido por item, e não sobre o valor do
contrato, com à primeira vista pode parecer, porque para fins do SRP cada item é um objeto autônomo e distinto,
incidindo sempre sobre o valor total do item”(ob. Cit., p. 400).
Desta feita, as alterações contratuais na ata de registro de preços deverão observar o limite
porcentual previsto no § 1° do art. 65 da Lei n° 8.666/93, a ser aplicado sobre o valor total de cada item
cujo preço fora registrado,
Curso de Formação de Pregoeiros 89
21) No âmbito da Administração Pública federal, a quem compete aplicar sanções no curso
da vigência da Ata de Sistema de Registro de Preço? Ao órgão gerenciador? Aos órgãos
participantes? E no caso do “carona”?
No âmbito da Administração Pública Federal, nas relações decorrentes da operacionalização de
sistema de registro de preços, mostra-se necessária a observação do que dispõe o § 2º do art. 3º do
Decreto nº 3.931/01, de acordo com o qual incumbe ao órgão gerenciador a “aplicação de penalidades por
descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços”.
A leitura isolada desse artigo pode levar o intérprete a concluir que a competência para a aplicação
de sanções em contratos celebrados pelos órgãos participantes também compete ao órgão gerenciador.
Entretanto, isso não se afigura verdadeiro. Esse dispositivo estabelece apenas a competência do órgão
gerenciador para aplicação de sanções quando do inadimplemento do particular em relação aos
compromissos assumidos com a assinatura da ata.
Portanto, se uma vez convocado dentro do prazo de vigência da ata, o particular cujo preço foi
registrado se recusar injustificadamente a celebrar o contrato ou retirar instrumento equivalente, aí sim
caberá ao órgão gerenciador a aplicação da penalidade.
Todavia, no que diz respeito ao não atendimento das obrigações contraídas a partir da execução
propriamente dita dos contratos, as penalidades eventualmente cabíveis deverão ser aplicados pelo
órgão/entidade contratante, nos termos dos arts. 86, 87 e 88 da Lei de Licitações, conforme o caso.
O próprio art. 3º, em seu parágrafo 4º, estabelece que compete ao órgão participante aplicar, “em
coordenação com o órgão gerenciador”, as eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de
cláusulas contratuais”. Embora esse dispositivo refira-se literalmente ao órgão participante, a mesma
regra se aplica quando o contratado for celebrado por órgão/entidade aderente, figura vulgarmente
denominada “ carona”.
No entanto, é necessário que a aplicação dessa penalidade se dê em coordenação com o órgão
gerenciador, a fim de que este seja informado para adotar os procedimentos necessários em relação as
conseqüências dessa sanção em face da ata de registro de preços.
Portanto, diante da ocorrência de algumas das hipóteses previstas nos arts. 86 a 88 da Lei de
Licitações no curso da execução do contrato, a Administração contratante (seja esta o gerenciador
participante ou carona) deve instaurar processo administrativo próprio, concedendo ao contratado
oportunidade para exercer os direitos ao contraditório e à ampla defesa prévios à aplicação da sanção.
Além disso, tal fato terá que ser comunicado ao órgão gerenciador, a fim de que este adote outras
providências eventualmente devidas, como, por exemplo, a exclusão do fornecedor da ata (art. 13 do
Decreto nº 3.931/01).
Por outro lado, cometida a infração em momento preliminar à formação do contrato, como no caso
da recusa injustificada em assiná-lo ou para retirar instrumento equivalente, será competência do órgão
gerenciador será competência do órgão gerenciador a aplicação de sanções.
Art. 45 (...)
§ 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.
Desse modo, pode-se concluir que, no pregão, o exercício do direito de preferência por
microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do art. 45, inc. I, da LC nº 13/06, se dará dentro do
prazo máximo de 5 minutos após o encerramento da fase de lances, mediante convocação do pregoeiro.
23) Para fins de exercício dos benefícios previstos na Lei Complementar nº 123/06, qual o
documento apto a comprovar o status jurídico de microempresa ou empresa de pequeno porte das
licitantes?
A Lei Complementar nº 123/06 se encarregou apenas de definir os requisitos a serem preenchidos
para efeito de qualificação da sociedade empresária, da sociedade simples e do empresário a que se refere
o art. 966 do Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas, como sendo microempresas ou empresas de pequeno porte (art. 3º e
parágrafos).
Logo após a edição da Lei Complementar nº 123/06, entendeu-se que, na falta de um documento
oficial apto a identificar, sem sobra de dúvidas, o status jurídico de microempresa ou empresa de pequeno
porte, caberia ao edital da licitação disciplinar essa forma de comprovação.
Dessa sorte, sugeriu-se exigir no instrumento convocatório a solicitação de uma declaração nesse
sentido. Assim, cada licitante enquadrada nesse conceito declararia fazer jus aos benefícios e ao
tratamento diferenciado, nos exatos limites da Lei.
Ocorre que, em 22.05.07 foi publicada, no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 103
do Departamento Nacional de registro do Comércio (DNRC) , de 30.04.07.
Essa norma adota sistemática similar àquela sugerida quando do silêncio normativo , prevendo,
em seu art. 1º, que :
Art. 1º O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte pelas
Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso, mediante arquivamento de declaração procedida pelo empresário o
u sociedade em instrumento especifico para essa finalidade.
Ainda seu art. 8º consigna expressamente que:
Curso de Formação de Pregoeiros 91
Art. 8º A comprovação da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte pelo empresário ou sociedade será
efetuada mediante certidão expedida pela junta Comercial.
Art 42 – Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.
Percebe-se que a Lei Complementar nº 123/06 cria uma distinção para as microempresas e
empresas de pequeno porte em relação às demais pessoas interessadas em contratar com a Administração
Pública, qual seja, a possibilidade, de assim desejarem, apenas comprovarem a necessária regularidade
fiscal por ocasião da contratação e não mais na fase de habilitação.
O registro cadastral não tem finalidade e existência autônoma, é totalmente desvinculada da
licitação. Ao contrário, é um instrumento acessório à realização de procedimentos licitatórios, com o
objetivo de aferir em momento prévio as condições de habilitação da licitante. Então, se das
microempresas ou empresas de pequeno porte não é mais dado exigir a comprovação da condição de
regularidade fiscal, por ocasião da habilitação em licitação, mas apenas para efeito de contratação, menos
razoável ainda parece exigir essa comprovação para efeito de inscrição em registro cadastral, que ocorre
em momento preliminar à licitação.
Diante disso, conclui-se pela impossibilidade de a Administração exigir das microempresas ou
empresas de pequeno porte, para efeito de inscrição em registro cadastral, comprovação de regularidade
fiscal.
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de recita bruta anual previsto no inciso II
do caput deste artigo fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por
esta Lei Complementar para todos os efeitos legais. (Grifamos.)
Assim, se a microempresa ou a empresa de pequeno porte contratada auferir como receita bruta
valor superior a R$ 2.400.000,00 em agosto de 2008, por exemplo, ela somente será excluída do regime
previsto na Lei Complementar nº 123/06 no ano-calendário seguinte ou seja, a partir de 1º. 01.2009.
A interpretação se forma de modo a não ser lícita vedação à participação de microempresas ou
empresas de pequeno porte em uma licitação cujo valor estimado do contrato seja de R$ 5.000.000,00,
mesmo em face dos valores máximos de R$240.000,00 e R$2.400.000,00 para enquadramento nessas
condições legais. Tal como visto, a Lei Complementar nº 123/2006 não veda essa conduta e, além disso,
assegura que o desenquadramento não implicará qualquer restrição em relação aos contratos
anteriormente firmados.
27) A Lei Complementar n° 123/06 estabelece o prazo de dois dias úteis para a
regularização da documentação de regularidade fiscal. Quais documentos são considerados de
regularidade fiscal, segundo a Lei?
Curso de Formação de Pregoeiros 93
28) As medidas previstas nos arts. 42 a 45 da Lei Complementar nº 123/06 são auto-
aplicáveis ou sua observância nas licitações depende de previsão no ato convocatório?
A Lei Complementar nº 123/06 foi sancionada em 14.12.2006 e estabelece tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte. Nas licitações esse tratamento
diferenciado ocorre por meio de prazo especial para comprovação de regularidade fiscal (arts. 42 e 43) e
exercício de direito de preferência no caso de empate ficto criado pela lei (arts. 44 e 45).
Sobre a aplicação dessas medidas nas licitações públicas, não se visualiza, na Lei Complementar
nº 123/06, nenhuma condicionante ou mesmo remissão à necessidade de regulamentação posterior.
Acerca do tema, Joel de Menezes Niebuhr aponta que:
os arts. 42 e 43, que tratam de regularidade fiscal das microempresas e das empresas de pequeno porte, são auto-
aplicáveis, haja vista que o legislador não os condicionou a qualquer regulamentação. O mesmo ocorre com os arts.
44 e 45, que versam sobre o direito de preferência.
ANEXO V
Para se ter acesso ao sistema eletrônico, o licitante deve dispor de chave de identificação e de
senha pessoal, obtidas junto ao provedor do sistema, onde também poderá informar-se a respeito
do funcionamento e do regulamento do sistema, e receber instruções detalhadas para correta
utilização desses dispositivos.
O processamento e julgamento de licitações na modalidade pregão eletrônico são realizados
observando a seqüência dos seguintes procedimentos:
2. abertura da sessão pública pelo pregoeiro - pela Internet - com a utilização de sua chave de
acesso e senha, no dia, horário e local estabelecidos;
- Todos os horários observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal,
inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame;
3. encaminhamento das propostas, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, com descrição
do objeto e o preço ofertado somente até a data e hora marcadas para abertura da sessão, desde a
divulgação do edital com anexo, se for o caso;
- Após a data e hora marcadas para abertura da sessão, encerrar-se, automaticamente, a fase de
recebimento de propostas;
- Até a abertura da sessão, os licitantes podem retirar ou substituir a proposta anteriormente
apresentada;
Curso de Formação de Pregoeiros 95
6. ordenação automática, pelo sistema, das propostas classificadas e que participarão da fase de
lances;
7. início da fase competitiva ou fase de lances, pelo pregoeiro, após classificadas e ordenadas as
propostas;
11. após encerrada a etapa de lances ou etapa competitiva, o pregoeiro examinará a proposta
classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para
contratação e verificará a habilitação do licitante conforme disposições do edital;
- Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará a proposta subseqüente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a
apuração de uma proposta que atenda ao edital;
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14. declarado o vencedor, qualquer licitante pode, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer;
- A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, importará
na decadência desse direito;
- O pregoeiro somente pode efetuar a adjudicação do objeto ao licitante declarado vencedor, caso
nenhuma licitante declare a intenção de interpor recurso;
- O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de
aproveitamento;
- Em caso de recurso, após decidido e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade
competente pode adjudicar o objeto e homologar o procedimento licitatório;
15. caso algum licitante manifeste a intenção de interpor recurso, devem ser aguardados os
seguintes prazos:
- 3 dias para juntada das razões do recurso;
- 3 dias para os demais licitantes que quiserem impugnar o recurso porventura interposto, que
começa a contar do término do prazo do recorrente;
16. encerrada a sessão pública, a ata respectiva será disponibilizada imediatamente na Internet
para acesso livre de todos os licitantes e da sociedade;
17. divulgação do resultado do pregão na imprensa oficial ou por comunicação direta a todos os
licitantes;
Curso de Formação de Pregoeiros 97
19. homologado o processo licitatório, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a
ata de registro de preços no prazo definido no edital.
Curso de Formação de Pregoeiros 98
ANEXO VI
1.3 - Como proceder para cadastrar um Pregão Eletrônico – transferência do edital para o Portal
Comprasnet e inclusão do aviso no SIASG/SIDEC?
R - Inicialmente transferir o arquivo que contém o edital do Pregão, para o sítio www.comprasnet.gov.br.
Em seguida, incluir o aviso de licitação do Pregão no SIASG /SIDEC para publicação do aviso no Diário
Oficial da União e divulgação no Portal Comprasnet.
Para realizar a transferência do edital, deverão ser realizados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO
- Clicar em INCLUSÃO DE EDITAL.
- Preencher os campos de número de Pregão, e-mail para contato, anexar o arquivo do edital
compactado e clicar em TRANSFERIR.
Após divulgado, caso seja necessário alterar/retificar o edital, o pregoeiro deverá incluir o edital
corrigido, conforme as orientações acima. O edital corrigido irá sobrepor o edital anteriormente incluído.
Os fornecedores que já tiverem efetuado o download do edital, receberão um e-mail, automaticamente
enviado pelo sistema, informando que existe uma nova versão disponível.
Para incluir o aviso, deverão ser realizados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO
- Clicar em INCLUI/ALTERA AVISO
- Preencher os campos de número de Pregão, data e hora da abertura da sessão pública, indicar se a
proposta possui ou não anexo, valor de referência de cada item, etc.
- Após a publicação do aviso no D.O.U e divulgação no Comprasnet, as alterações no aviso que se
fizerem necessárias, deverão ser efetuadas no SIDEC > EVENTO > INCLUI/ALTERA EVENTO,
utilizando os eventos de ALTERAÇÃO, ADIAMENTO ou SUSPENSÃO. Os eventos de ALTERAÇÃO
e ADIAMENTO somente serão refletidos no Comprasnet, se a data da publicação do evento ocorrer no
máximo até a data da abertura da sessão pública. Para que o evento de SUSPENSÃO seja refletido no
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Comprasnet, obrigatoriamente o Pregão deverá estar na situação de Agendado, independente da data da
abertura da sessão pública.
1.6 - Como proceder, quando é verificado que no edital, existe(m) item(ns) com informações
incorretas?
R – O pregoeiro deverá acessar o Comprasnet e transferir novamente o edital com as devidas alterações,
em seguida acessar o SIASG/SIDEC, opção Evento, e incluir evento de Alteração, com as correções do
edital (itens), até as 16h do dia anterior à data e hora definidas para a abertura da sessão pública. O evento
será publicado no D.O.U, no dia seguinte. O sistema excluirá as propostas que foram enviadas pelos
fornecedores. Será necessária nova contagem de tempo (no mínimo 8 dias úteis) para a abertura da sessão
pública do Pregão.
Os fornecedores que já tiverem efetuado download do edital, receberão um e-mail, automaticamente
enviado pelo sistema, informando que existe uma nova versão do edital, disponível.
1.8 - Como proceder para consultar os fornecedores que realizaram download do edital, para um
determinado Pregão?
R – Será necessário realizar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO > Consulta
Retirada do Edital
1.9 - Como proceder para cadastrar uma Empresa Estrangeira (sem CNPJ) para participar do
Pregão?
R – Inicialmente, a EMPRESA ESTRANGEIRA (sem CNPJ) deverá encaminhar e-mail ao ÓRGÃO /
UNIDADE licitante, solicitando o cadastramento (login e senha) no Portal Comprasnet, informando
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obrigatoriamente os seguintes dados da empresa: nome, endereço, cidade, país, e-mail e telefone
(informar código do país e código de área).
O usuário do Órgão / Unidade licitante, após receber o e-mail do fornecedor da EMPRESA
ESTRANGEIRA (sem CNPJ) deverá executar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio http://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção "SIASG"
- Clicar em "PRODUÇÃO"
- Informar CPF e SENHA
- Clicar em "SERVIÇOS DO GOVERNO > PREGÃO > CADASTRO DE FORNECEDORES
ESTRANGEIROS > INCLUIR FORNECEDOR"
- Preencher os dados do fornecedor (Nome da Empresa, Endereço, Cidade, País, E-mail, Telefone) e
"CONFIRMAR".
Após a confirmação, o sistema enviará automaticamente, um e-mail (em português e em inglês) para
o fornecedor da Empresa Estrangeira informando o LOGIN e SENHA para acesso ao Comprasnet, bem
como as orientações para participação em Pregão Eletrônico.
A documentação do fornecedor estrangeiro, será verificada pelo pregoeiro na fase de Habilitação do
Pregão, conforme a legislação.
1.10 - Como proceder para consultar Pregões na situação: Agendados, Em Andamento, Realizados,
Pendentes de Recurso/Adjudicação/Homologação?
R – Será necessário executar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio http://www.comprasnet.gov.br
- Clicar em ACESSO LIVRE
- Selecionar PREGÕES
- Escolher em qual situação se encontra o Pregão, se AGENDADOS, EM ANDAMENTO,
REALIZADOS ou PENDENTES DE RECURSO/ADJUDICAÇÃO/HOMOLOGAÇÃO.
- Marcar o tipo do Pregão, se Eletrônico ou Presencial, se é SRP ou não, qual a situação (fase) e
selecionar a UF ou a UASG ou Número do Pregão ou Data de inicio do envio da proposta ou Início da
sessão pública e clicar em OK.
1.11 - Quais são os procedimentos para cadastramento do pregoeiro e da equipe de apoio que irá
operar o Pregão?
R – Após serem designados pela Autoridade Competente, realizar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em INCLUIR e informar os dados dos servidores
A equipe cadastrada será válida para todos os Pregões a serem realizados pela UASG.
1.12 - Os dados do pregoeiro e equipe de apoio, já cadastrados no sistema, podem ser alterados?
R - Sim. Para isso, deverão ser executados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em ALTERAR, selecionar o servidor e modificar os dados necessários (NOME, PERFIL DO
PREGOEIRO e/ou APOIO, NÚMERO DA PORTARIA e DATA DO DOCUMENTO de designação)
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1.13 - O pregoeiro e/ou equipe de apoio já cadastrado pode ser excluído do sistema?
R - Não. O servidor cadastrado poderá ser INATIVADO, mas NÃO PODERÁ SER EXCLUIDO. Para
realizar a inativação de um servidor deverão ser executados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em ALTERAR, selecionar o servidor e marcar a caixa INATIVAR PESSOA
1.17 - Ao tentar operar um Pregão, no menu Serviços do Governo, não é exibida a opção Pregão.
Como proceder?
R – Deverá ser realizado contato com o Cadastrador Parcial da Unidade para verificação de perfil (de
pregoeiro) de acesso ao sistema.
2 - PREGÃO ELETRÔNICO
2.1.1 - Os fornecedores que tiveram suas propostas desclassificadas na fase de análise de propostas
poderão participar da fase de lances?
R - Não. Só participarão da fase de lances, os fornecedores que tiveram suas propostas classificadas.
2.1.2 - Na fase de análise de propostas, quando se clica no botão "Confirma início de lances para o
item", o sistema exibe mensagem informando que não é possível abrir o item para lances porque
existe proposta selecionada. Como proceder?
R - Deve-se utilizar o botão LIMPAR para retirar a seleção da proposta previamente selecionada e em
seguida, clicar novamente no botão Confirma início de lances para o item. Vale ressaltar que a proposta
somente deverá ser selecionada para fins de desclassificação.
2.2.1 - O sistema permite abrir para lances, simultaneamente, todos os itens do Pregão?
R - Em Pregões Eletrônicos com mais de 100 (cem) itens, o pregoeiro poderá abrir simultaneamente até
100 (cem) itens. Os que excederem, deverão ser abertos à medida que os itens abertos anteriormente,
forem encerrados.
2.2.2 - Na fase de lances, pode-se cancelar a desclassificação de uma proposta feita na fase de
análise de propostas?
R - Não. O cancelamento de uma desclassificação de proposta somente poderá ser realizado na fase de
análise de proposta, ou seja, antes da abertura do item para lances.
2.2.6 - Na fase de lances, todos os itens já foram encerrados. Apenas um item permanece na
situação de "suspenso". Como proceder para passar para a fase de aceitação?
Curso de Formação de Pregoeiros 103
R - Para passar para a fase de aceitação todos os itens devem estar na situação de "encerrado". Então esse
item "suspenso" deverá ser encerrado e se for o caso, cancelado na fase de aceitação.
2.2.8 - Se ocorrer interrupção do fornecimento de energia durante a fase de lances, como proceder?
R - No caso de desconexão do pregoeiro, se o sistema eletrônico permanecer acessível aos licitantes, os
lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos realizados.
O pregoeiro poderá tentar acesso em outro ambiente onde haja energia elétrica, podendo suspender o
pregão temporariamente, se julgar necessário. Ele poderá enviar aviso aos fornecedores explicando o
problema, ou se preferir poderá aguardar o retorno da energia elétrica para esclarecer o ocorrido.
2.3.4 - Como proceder para enviar mensagem, via chat, a um fornecedor específico e em seguida,
visualizar sua resposta?
R - No janela do chat, ao selecionar "todos", a mensagem será enviada para todos os fornecedores, no
entanto, eles não poderão encaminhar resposta ao pregoeiro.
Ao selecionar um fornecedor específico, a mensagem enviada será visualizada por todos, mas apenas
o fornecedor selecionado, terá como responder ao pregoeiro.
Importante: ao selecionar outro fornecedor para troca de mensagem, o fornecedor anteriormente
selecionado terá o chat fechado para resposta, portanto se o pregoeiro desejar receber resposta de um
determinado fornecedor, sua identificação deverá permanecer selecionada.
2.3.5 - Terminada a fase de lances, foi constatado que o único item do Pregão, recebeu proposta
acima do valor de referência. Como proceder para cancelar o Pregão?
R – O pregoeiro deverá cancelar o item na fase de aceitação, abrir/fechar prazo para intenção de recurso,
encerrar a sessão pública e homologar o Pregão.
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2.4.1 - Na fase de habilitação, como proceder se o fornecedor aceito não puder ser habilitado?
R – Inicialmente, o fornecedor deverá ser inabilitado. Para isso, selecionar o fornecedor, informar
justificativa e clicar no botão Inabilitar Proposta. Desse modo, o item voltará para a fase de aceitação,
onde o pregoeiro examinará a proposta subsequente e, assim sucessivamente, até a apuração de uma
proposta para ser aceita e posteriormente, ser habilitada.
Não existindo nenhuma proposta para ser aceita e/ou habilitada, o item deverá ser cancelado, na fase
de aceitação.
2.5.1 - O fornecedor que teve sua proposta desclassificada, na fase de análise de propostas, também
poderá registrar sua intenção de recurso?
R - Sim. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer. Se a intenção de recurso for
aceita, lhe será concedido o prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais
licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que
começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos
indispensáveis à defesa dos seus interesses.
2.6. Adjudicação
2.6.2 - Na fase de adjudicação, como proceder se todos os itens do Pregão estão cancelados?
R - Como todos os itens estão cancelados, o sistema não permitirá realizar a adjudicação, bastando
portanto, realizar a homologação do Pregão.
2. – Homologação
2.7.1 - Homologado o Pregão Eletrônico, qual é a próxima atividade a ser realizada para publicação
do resultado no D.O.U?
R – A Unidade deverá realizar a publicação do Evento de RESULTADO DE JULGAMENTO, via
SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI/ALTERA EVENTO.
Curso de Formação de Pregoeiros 105
2.8. Ata
2.8.2 - Por que na consulta RESULTADO POR FORNECEDOR, disponível no rodapé da ata do
Pregão, o campo "Total do Fornecedor", é exibido "zerado"?
R – Porque nas totalizações são ignorados os itens cujo critério de julgamento seja por maior desconto, ou
seja, itens por desconto não são totalizados na consulta RESULTADO POR FORNECEDOR.
2.9.2 - A utilização da opção Voltar Fase / Ata Complementar, do Pregão Eletrônico, será possível a
partir de quais fases?
R - A partir das fases de: aceitação, habilitação, intenção de recurso e juízo de admissibilidade.
Não será possível o retorno às fases de análise de propostas e de lances.
2. – Eventos
3.1 - Como proceder para cancelar a homologação, dos itens de Pregão para SRP?
R – Operacionalmente não há como fazer o cancelamento da homologação. Nesse caso, o Dirigente da
Unidade deverá encaminhar ofício ao Ministério do Planejamento, aos cuidados da Dra. Loreni Foresti,
Diretora do DLSG – Departamento de Logística e Serviços Gerais, Esplanada dos Ministérios, Bloco C –
3º Andar – Distrito Federal, Cep 70046-900, informando os dados necessários (UASG, Número do
Pregão, Telefone da Unidade) e solicitando a realização do cancelamento da homologação do Pregão.
3.2 - Necessita-se aderir a uma ata de registro de preço (SRP) de uma licitação que não está
incluída no SIASG/SIDEC, como proceder?
R - Deverá enviar ofício, solicitando a inclusão do aviso no SIASG/SIDEC, para o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão - Departamento de Logística e Serviços Gerais / Sec. de Logística e
Tecnologia da Informação, A/C da Dra. Loreni Foresti no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco C -
3º andar - Distrito Federal, Cep 70046-900. Anexado ao ofício:
- Encaminhar cópia do edital na íntegra (completo);
- Informar todos os itens com os respectivos códigos do CATMAT (Catálogo de Material) ou
CATSER (Catálogo de Serviço), mesmo os itens que não deseja aderir;
- Nome e cargo da autoridade que assinou a ATA;
- Data de vigência da ATA (início e fim);
- Data de assinatura da ATA;
- CNPJ de todos os vencedores de cada item;
- Valor de referência, valor unitário, quantidade e marca do produto de todos os itens, inclusive os
itens que não deseja aderir.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e Contratos: orientações básicas. 3. ed. Brasília: TCU.
Secretaria de Controle Interno, 2006.
NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. Zênite Editora, 2006.
______. Portal de pesquisa textual [Decisões e Acórdãos do TCU]. Disponível em:
<http:\\www.tcu.gov.br>.
______. Apostila Curso de Formação de Pregoeiros. ENAP, 2003.
______ . Apostila Sistema de Registro de Preços. 3ª ICFEx.
______. Manuais: Pregão Presencial, Pregão Eletrônico, Cotação Eletrônica. Brasília: MPOG. Disponível
em <http:\\www.comprasnet.gov.br>.
______. Informativo de Licitações e Contratos. Revista Zênite, 2005, 2006, 2007 e 2008.
______. Boletim de Licitações e Contratos. Editora NDJ, 2008 e 2009.
______. Boletins Informativos. 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª e 12ª ICFEx, 2006, 2007, 2008 e 2009.