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3ª EDIÇÃO

Curso de Formação de Pregoeiros 2

APRESENTAÇÃO

O objetivo principal deste trabalho é a formação de militares do Exército Brasileiro para


exercerem a função de pregoeiro em suas respectivas Unidades Gestoras.

Durante o curso de Formação de Pregoeiros, serão apresentados diversos assuntos, dentre os


quais: pregão eletrônico, utilização do Sistema de Registro de Preços, participação de microempresa e
empresa de pequeno porte, certificação digital e atribuições dos agentes envolvidos.

O curso compõe-se de 02 (duas) partes: teórica, que será realizada por intermédio de ensino a
distância, com a finalidade de dotar o pregoeiro de conhecimentos técnicos para o desempenho de sua
função; e prática, visando familiarizá-lo, por intermédio de simulações, com situações que ocorrerão
quando da operacionalização do Pregão.

Espera-se que este trabalho constitua uma fonte auxiliar de consulta do pregoeiro, que terá a nobre
missão de realizar as aquisições de materiais e serviços para a Força Terrestre, visando sempre obter o
melhor resultado no emprego, obedecendo à legislação em vigor, dos parcos recursos orçamentários
disponibilizados.

Belém – PA, 12 de fevereiro de 2010.

_______________________________________________
FRANCISCO FÁBIO ROSAS DA SILVA – CAP QCO
Tutor e Instrutor do Curso de Formação de Pregoeiro
Curso de Formação de Pregoeiros 3

SUMÁRIO

1. Modalidades de Licitação 04

2. Princípios que Regem a Licitação na Modalidade Pregão 05

3. Agentes Envolvidos 06

4. Pregão Eletrônico 10

5. Sistema de Registro de Preços 30

6. Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 39

7. Certificação Digital 49

Anexo I -Glossário 53

Anexo II – Deliberações 54

Anexo III – Mensagens SIAFI e SIASG de Interesse 68

Anexo IV – Questões Comentadas 78

Anexo V – Roteiro Prático 94

Anexo VI – Perguntas e respostas 98

Referência Bibliográfica 108


Curso de Formação de Pregoeiros 4

1 - MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Modalidade de licitação é a forma específica de conduzir o procedimento licitatório, a partir de


critérios definidos em lei. O valor estimado para contratação é o principal fator para escolha da
modalidade de licitação, exceto quando se trata de pregão, que não está limitado a valores.

As modalidades de licitação admitidas são exclusivamente as seguintes:

- CONCORRÊNCIA - Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase


de habilitação preliminar comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital
para execução do objeto da licitação.

- TOMADA DE PREÇOS - Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou


que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

- CONVITE – Modalidade realizada entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,


cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a
qual fixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados
na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da
apresentação das propostas.

- CONCURSO – Modalidade realizada entre quaisquer interessados para escolha de trabalho


técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores,
conforme critérios constantes do edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45
dias.

- LEILÃO – Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ao superior ao valor da avaliação.

- PREGÃO - Pregão é modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou


serviços comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e
por lances verbais, ou via Internet, independentemente do valor estimado da contratação.
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2 – PRINCÍPIOS QUE REGEM A LICITAÇÃO NA


MODALIDADE PREGÃO

PRINCÍPIOS BÁSICOS

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - Nos procedimentos de licitação, esse princípio vincula os


licitantes e a Administração Pública às regras estabelecidas nas normas e princípios em vigor.

PRINCÍPIO DA IGUALDADE – Previsto no art. 37, XXI da Constituição onde proibe a


discriminação entre os participantes do processo. O gestor não pode incluir cláusulas que restrinjam ou
frustrem o caráter competitivo favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por beneficiar,
mesmo que involuntário, determinados participantes. Significa dar tratamento igual a todos os
interessados.

PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE - Esse princípio obriga a Administração a observar, nas


suas decisões, critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o
subjetivismo na condução dos procedimentos da licitação.

PRINCÍPIO DA MORALIDADE – A licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos


princípios morais, de acordo com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado é custeado
pelo cidadão que paga seus impostos para receber em troca os serviços públicos.

PRINCÍPIO DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - O gestor deve ser honesto em cumprir


todos os deveres que lhe são atribuídos por força da legislação.

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE - Qualquer interessado deve ter acesso às licitações públicas e


seu controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em todas as fases da
licitação.

PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO - Obriga a


Administração e o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no ato convocatório.
Nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no ato convocatório.

PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO - Esse princípio significa que o administrador


deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas.
Afasta a possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no ato
convocatório, mesmo que em benefício da própria Administração.

PRINCÍPIOS CORRELATOS

1. Celeridade 5. Competitividade
2. Finalidade 6. Justo Preço
3. Razoabilidade 7. Seletividade
4. Proporcionalidade 8. Comparação objetiva das propostas
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3. AGENTES ENVOLVIDOS

PREGOEIRO

Atribuições

São atribuições do Pregoeiro:


a) coordenar o processo licitatório;
b) receber, examinar e decidir as impugnações e consultas ao edital, apoiado pelo setor
responsável pela sua elaboração;
c) conduzir a sessão pública na internet;
d) verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento
convocatório;
e) dirigir a etapa de lances;
f) verificar e julgar as condições de habilitação;
g) receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando à autoridade competente quando
mantiver sua decisão;
h) indicar o vencedor do certame;
i) adjudicar o objeto, quando não houver recurso;
j) conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e
k) encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a homologação.

Designação

As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão ou


entidade promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integrante do SISG.

A designação do pregoeiro, a critério da autoridade competente, poderá ocorrer para período de


um ano, admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.

Somente poderá exercer a função de pregoeiro o servidor ou o militar que reúna qualificação
profissional e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.

Características do pregoeiro

Exige-se do Pregoeiro alguns princípios essenciais como: HONESTIDADE, INTEGRIDADE,


RESPONSABILIDADE, para que o mesmo possa desenvolver as suas atividades maximizando
resultados em termos de custos, prazo e qualidade.

Não pode haver nenhuma dúvida quanto a esses princípios. O Pregoeiro deve não apenas aceitá-
los, mas também praticá-los em todas as suas ações.

O gestor, ao designar o Pregoeiro, deverá fazê-lo observando, no seu Quadro de Pessoal, aquele
que tenha conhecimento técnico, somado a outras características comportamentais, uma vez que o mesmo
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deverá saber trabalhar sua Assertividade, pois ele está ali, representando a Administração, e uma falha
cometida poderá comprometê-lo e a própria Administração.

Por isso, o mesmo deve ter, dentre outras características, as seguintes: bom relacionamento,
capacidade de liderança, boas maneiras, flexibilidade, expressão facial/ corporal, fluência na fala, tom de
voz, defender direitos, saber lidar com críticas, sigilo, ética, motivação, pontualidade e organização.

Negociação

NEGOCIAÇÃO é o processo de alcançar objetivos por meio de um acordo nas situações em que
existam conflitos, isto é, divergências e antagonismos, de interesses, idéias e posições.

Saber negociar com o licitante, buscando assegurar os interesses da administração, minimizando


custos sem perder a qualidade pretendida é uma das principais qualidades que o Pregoeiro deve possuir. O
Pregoeiro precisa ser um bom negociador, para conseguir obter os resultados que procura sem criar um
“clima de guerra” com os licitantes, uma vez que é natural que o licitante queira defender seu ponto de
vista e maximizar seu lucro.

A confiança no pregoeiro

O Pregoeiro deve passar para os participantes do certame confiabilidade dos seus atos, para
isso, deve-se observar:

SINCERIDADE - O licitante acredita que o que o Pregoeiro fala é consistente com o que ele
pensa.
COMPETÊNCIA - O licitante acredita que o Pregoeiro é capaz de fazer o que promete.
RESPONSABILIDADE - O licitante acredita que o Pregoeiro tem sido consistente no
cumprimento das suas promessas.

O Pregoeiro trabalha dentro de uma grande organização que é a Administração Pública Federal.
Nesta grande organização, todos prestam contas de suas ações, desde o funcionário a quem cabe executar
uma simples tarefa até o Presidente da República que deve se explicar à sociedade e à opinião pública.
Temos que prestar contas de nossas ações, do que fizemos ou deixamos de fazer e porquê.

O Pregoeiro está investido de poderes representando a Instituição, por isso, a negociação deverá
ser realizada obedecendo rigorosamente aos Princípios Constitucionais (art. 37, da Constituição Federal),
aos Princípios Básicos e aos Princípios Correlatos (Decreto nº 3.555/00, art. 4º).

Conhecimentos técnicos

Para atuar como Pregoeiro, o mesmo deve deter conhecimentos técnicos sobre:
a) O que é o pregão: Presencial, Eletrônico e SRP;
b) Quando pode ser utilizado;
c) A legislação básica e complementar;
d) Os bens e serviços comuns;
e) Os princípios constitucionais correlatos;
f) As fases do pregão; preparatória/externa;
g) A designação do Pregoeiro e Equipe de Apoio;
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h) Como se desenvolve o processo licitatório;


i) Como se elabora o Edital;
j) Como se dá a publicidade da licitação;
k) A elaboração do Termo de Referência;
l) Quais são os anexos do Edital;
m) Quais são as cláusulas básicas de um contrato;
n) Quais são as atribuições do Pregoeiro;
o) Como se realiza a execução do processo na sessão pública do pregão;
p) Recursos/Procedimentos;
q) Como são aplicadas as penalidades;
r) Autoridade competente e suas atribuições;
s) Como organizar o processo com vistas à aferição de sua Regularidade pelos Agentes de
Controle;
t) Quais são as vantagens de pregão;
u) O acompanhamento correto da execução do contrato;
v) COMPRASNET.

Para realização do Pregão, no COMPRASNET, o agente designado como pregoeiro deverá


possuir o perfil “PREGOEIRO”. Este perfil deverá ser solicitado à ICFEx de vinculação

EQUIPE DE APOIO

A Equipe de Apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo
ou emprego da Administração, preferencialmente, pertencente ao quadro permanente do Órgão ou da
Entidade promotora do Pregão, para prestar assistência ao Pregoeiro.

É aconselhável a participação, na Equipe de Apoio, de servidores da área administrativa, do


responsável pela especificação dos produtos ou serviços a serem licitados, sendo o conhecimento
especializado do objeto da licitação necessário para o exame de aceitabilidade das propostas, tendo em
vista às especificações do edital.

AUTORIDADE COMPETENTE

À autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto do


órgão ou da entidade, cabe:
a) designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o credenciamento do pregoeiro e dos
componentes da equipe de apoio;
b) indicar o provedor do sistema;
c) determinar a abertura do processo licitatório;
d) decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua decisão;
e) adjudicar o objeto da licitação, quando houver recurso;
f) homologar o resultado da licitação; e
g) celebrar o contrato.

Para adjudicação (quando houver recurso) e homologação do Pregão, no COMPRASNET, a


autoridade competente deverá possuir o perfil “HOMPREGÃO”. Este perfil deverá ser solicitado à
ICFEx de vinculação.
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SITUAÇÃO PARTICULAR NO COMANDO DO EXÉRCITO


(PORTARIA N° 064-SEF, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2005, ALTERADA PELA PORTARIA Nº
015-SEF, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009)

No Comando do Exército, a função de pregoeiro deverá ser desempenhada por militar. É condição
indispensável que a função de pregoeiro seja desempenhada por militar, com capacitação específica para
o exercício das atividades correspondentes, preferencialmente militar do serviço ativo, pertencente ao
quadro permanente do Exército.

A Unidade Gestora (UG), excepcionalmente, poderá designar, como pregoeiro, militar cedido por
outra Organização Militar (OM) que preencha as condições estabelecidas nesta Portaria, publicando o ato
em seu boletim interno (BI)”

A designação do pregoeiro, a critério da autoridade competente, poderá ocorrer para período de


um ano, admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.

A capacitação específica do Oficial para o exercício das atividades de pregoeiro será registrada
pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM a que a mesma pertença, mediante o recebimento de um dos
documentos a seguir:

a) certificado apresentado pelo Oficial, de conclusão do curso de capacitação específica para


exercer as atividades de pregoeiro, realizado em instituições públicas ou privadas; e
b) comunicação, por escrito, da Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx),
atestando que o oficial está capacitado para exercer as atividades de pregoeiro.
Os documentos ora mencionados deverão ser transcritos no BI da OM.

A equipe de apoio do pregoeiro poderá ser integrada por oficiais, praças e servidores civis,
devendo ser designada, em BI, pela UG promotora do pregão.

Deverá compor a equipe de apoio, preferencialmente e sempre que possível, pessoal que conheça
as especificações técnicas do bem ou serviço a ser licitado, com a finalidade de prestar o assessoramento
necessário na elaboração do edital do pregão, peça de fundamental importância para o processo, bem
como de participar da análise para classificação das propostas recebidas, que antecede a etapa de lances e,
quando for o caso, validar as amostras apresentadas pelos licitantes.

A UG poderá designar, para compor a equipe de apoio, pessoal cedido por outra OM, desde que o
mesmo preencha as condições estabelecidas na Portaria n° 064-SEF, de 03 de novembro de 2005.
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4. PREGÃO ELETRÔNICO

CONCEITO

O pregão, na forma eletrônica, como modalidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á
quando a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à distância em sessão pública,
por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.

É um procedimento que permite aos licitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do
sistema eletrônico. Durante o transcurso da sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real,
do valor do menor lance oferecido, podendo oferecer outro de menor valor, recuperando ou mantendo a
vantagem sobre os demais licitantes, podendo baixar seu último lance ofertado.

A forma eletrônica é regulamentada pelo Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005.

CARACTERÍSTICAS

1) Inversão das fases da licitação – primeiramente são enviadas as propostas e os lances,


posteriormente realiza-se a fase de habilitação. Deste modo, será examinada somente a documentação do
licitante que tenha apresentado o melhor preço final.

2) Possibilidade de leilão reverso, ou seja, observado o menor preço proposto, os licitantes


poderão enviar outros lances.

3) Prazo para abertura da licitação de, no mínimo, 8 (oito) dias úteis.

4) Utilização de meios eletrônicos para o procedimento.

5) Pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratação, de forma que constitui alternativa a
todas as modalidades de licitação.

6) Destina a garantir por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica,
segura e eficiente.

7) Admite como critério de julgamento da proposta somente o menor preço, observados os prazos
máximos para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros de desempenho e de qualidade e
as demais condições definidas no edital.

BENEFÍCIOS DO PREGÃO

Para a Administração Pública – maior competitividade, redução burocrática, transparência e


celeridade processual (=menor custo).

Para as Empresas Licitantes – maior oportunidade de negócio, transparência e celeridade no


processo (=menor custo).
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Para a População do País – reduz o custo e prazo da disponibilização dos serviços públicos
(=mais serviços disponibilizados para a sociedade e transparência dos processos).

NÃO APLICAÇÃO

Não se aplica ao Pregão na forma eletrônica:


a) para obras de engenharia e serviços de engenharia não comuns;
b) nas locações imobiliárias; e
c) alienações em geral.

OBRIGATORIEDADE

Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão,
sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a
ser justificada pela autoridade competente.

BENS E SERVIÇOS COMUNS

Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais praticadas no mercado.

Bens e serviços comuns são ofertados, em princípio, por muitos fornecedores e comparáveis entre
si com facilidade.

O estabelecimento de padrões de desempenho permite ao agente público analisar, medir ou


comparar os produtos entre si e decidir-se pelo menor preço.

Serviços de engenharia podem ser licitados por pregão, desde que sejam considerados como
serviços comuns.

Bens e serviços comuns são produtos cuja escolha pode ser feita tão somente com base nos preços
ofertados, haja vista serem comparáveis entre si e não necessitarem de avaliação minuciosa.
São encontráveis facilmente no mercado.

O bem ou o serviço será comum quando for possível estabelecer, para efeito de julgamento das
propostas, mediante especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares
ao objeto.

São inúmeros os objetos a serem licitados que não são vistos com clareza pelo gestor com o
intuito de definir se o objeto é comum ou não. O legislador procurou, por meio de lista anexada ao
Decreto nº 3.555, de 2000, definir os bens ou serviços de natureza comum. No entanto, essa lista foi
considerada meramente exemplificativa, em razão da impossibilidade de se listar tudo que é comum.
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Cabe ao gestor, na busca da proposta mais vantajosa para a Administração, decidir-se pela
modalidade pregão sempre que o objeto for considerado comum.

Quando a opção não recair sobre a modalidade pregão, o gestor deve justificar, de forma motivada
e circunstanciada, sua decisão.

Exemplos de bens e serviços comuns

BENS COMUNS

a) Bens de Consumo:
1. Água mineral.
2. Combustível e lubrificante.
3. Gás.
4. Gênero alimentício.
5. Material de expediente.
6. Material hospitalar, médico e de laboratório.
7. Medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos.
8. Material de limpeza e conservação.
9. Oxigênio.
10. Uniforme.

b) Bens Permanentes
1. Mobiliário.
2. Equipamentos em geral.
3. Utensílios de uso geral.
4. Veículos automotivos em geral.
5. Microcomputador de mesa ou portátil ("notebook"), monitor de vídeo e impressora.

SERVIÇOS COMUNS

1. Serviços de Apoio Administrativo.


2. Serviços de Apoio à Atividade de Informática: digitação e manutenção.
3. Serviços de Assinaturas: jornal, periódico, revista, televisão via satélite e televisão a cabo.
4. Serviços de Assistência: hospitalar, médica e odontológica.
5. Serviços de Atividades Auxiliares: ascensorista, auxiliar de escritório, copeiro, garçom,
jardineiro, mensageiro, motorista, secretária e telefonista.
6. Serviços de Confecção de Uniformes.
7. Serviços de Copeiragem.
8. Serviços de Eventos.
9. Serviços de Filmagem.
10. Serviços de Fotografia.
11. Serviços de Gás Natural.
12. Serviços de Gás Liqüefeito de Petróleo.
13. Serviços Gráficos.
14. Serviços de Hotelaria.
15. Serviços de Jardinagem.
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16. Serviços de Lavanderia.


17. Serviços de Limpeza e Conservação.
18. Serviços de Locação de Bens Móveis.
19. Serviços de Manutenção de Bens Imóveis.
20. Serviços de Manutenção de Bens Móveis.
21. Serviços de Remoção de Bens Móveis.
22. Serviços de Microfilmagem.
23. Serviços de Reprografia.
24. Serviços de Seguro Saúde.
25. Serviços de gravação.
26. Serviços de Tradução.
27. Serviços de Telecomunicações de Dados.
28. Serviços de Telecomunicações de Imagem.
29. Serviços de Telecomunicações de Voz.
30. Serviços de Telefonia Fixa.
31. Serviços de Telefonia Móvel.
32. Serviços de Transporte.
33. Serviços de Vale Refeição.
34. Serviços de Vigilância e Segurança Ostensiva.
35. Serviços de Fornecimento de Energia Elétrica.
36. Serviços de Apoio Marítimo.
37. Serviço de Aperfeiçoamento, Capacitação e Treinamento.

SISTEMA ELETRÔNICO E CREDENCIAMENTO

O pregão, na forma eletrônica, será realizado à distância em sessão pública, por meio de sistema
que promova a comunicação pela internet.

O sistema será dotado de recursos de criptografia e de autenticação que garantam condições de


segurança em todas as etapas do certame.

O pregão, na forma eletrônica, será conduzido pelo órgão ou entidade promotora da licitação, com
apoio técnico e operacional da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, que atuará como provedor do sistema eletrônico para os órgãos
integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG.

Deverão ser previamente credenciados perante o provedor do sistema eletrônico a autoridade


competente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes
que participam do pregão na forma eletrônica.

O credenciamento dar-se-á pela atribuição de chave de identificação e de senha, pessoal e


intransferível, para acesso ao sistema eletrônico.

No caso de pregão promovido por órgão integrante do SISG, o credenciamento do licitante, bem
assim a sua manutenção, dependerá de registro atualizado no Sistema de Cadastramento Unificado de
Fornecedores - SICAF.
Curso de Formação de Pregoeiros 14

A chave de identificação e a senha poderão ser utilizadas em qualquer pregão na forma eletrônica,
salvo quando cancelada por solicitação do credenciado ou em virtude de seu descadastramento perante o
SICAF.

A perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser comunicada imediatamente ao provedor do


sistema, para imediato bloqueio de acesso.

O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer
transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão
promotor da licitação, responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda
que por terceiros.

O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a responsabilidade legal do licitante e a


presunção de sua capacidade técnica para realização das transações inerentes ao pregão na forma
eletrônica.

A participação no pregão eletrônico dar-se-á pela utilização da senha privativa do licitante.


FASE 2 : Procedimentos

OBRIGAÇÕES DO LICITANTE QUE PARTICIPARÁ DO PREGÃO

Caberá ao licitante interessado em participar do pregão, na forma eletrônica:

a) credenciar-se no SICAF para certames promovidos por órgãos da administração pública


federal direta, autárquica e fundacional, e de órgão ou entidade dos demais Poderes, no âmbito da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, que tenham celebrado termo de adesão;
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b) remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrônico, via internet, a proposta e,
quando for o caso, seus anexos;

c) responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumindo como


firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos praticados diretamente ou por seu
representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade
por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros;

d) acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório,


responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer
mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão;

e) comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa


comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso;

f) utilizar-se da chave de identificação e da senha de acesso para participar do pregão na forma


eletrônica; e

g) solicitar o cancelamento da chave de identificação ou da senha de acesso por interesse


próprio.

Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, têm direito público


subjetivo à fiel observância do procedimento estabelecido no Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005,
podendo qualquer interessado acompanhar o seu desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.

FASES DO PREGÃO ELETRÔNICO

O processo licitatório do Pregão Eletrônico inicia-se com seu planejamento e prossegue até a
assinatura do respectivo contrato ou emissão de documento correspondente, dividindo-se em duas fases
distintas:

1) Fase interna ou preparatória: trata os procedimentos para a abertura do processo de licitação,


delimitando e determinando as condições do edital antes de trazê-las ao conhecimento público.

2) Fase externa ou executória: inicia-se com a publicação do edital e termina com a contratação
do fornecimento do bem ou da prestação do serviço.

FASE INTERNA

Nesta fase, os trabalhos são desenvolvidos no âmbito interno da instituição, com acompanhamento
da Autoridade Competente. As atividades realizadas são:

a) verificação da disponibilidade orçamentária (Reserva no Orçamento do Órgão dos valores


estimados para o contrato, com indicação da respectiva rubrica orçamentária);
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b) elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma
precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,
limitem ou frustrem a competição ou sua realização;

c) aprovação do termo de referência pela autoridade competente;

d) apresentação de justificativa da necessidade da contratação;

e) elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas;

f) definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, inclusive no que se refere aos
prazos e às condições que, pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e
execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração; e

g) designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.

A autoridade competente motivará os atos especificados nas letras “c” e “d” acima, indicando os
elementos técnicos fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos elementos contidos no orçamento
estimativo e no cronograma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elaborados pela
administração.

Para o julgamento das propostas, serão fixados critérios objetivos que permitam aferir o menor
preço, devendo ser considerados os prazos para a execução do contrato e do fornecimento, as
especificações técnicas, os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as demais condições
definidas no edital.

Edital

Edital é o documento de publicidade da licitação. Contém todas as informações básicas, condições


e procedimentos necessários à realização do processo licitatório. É elaborado previamente pela Unidade
Administrativa ou área que está demandando a licitação e que, portanto, conhece detalhadamente os bens
ou serviços a serem adquiridos.

O edital deve obrigatoriamente contemplar os seguintes itens:


a) Preâmbulo indicando o dia e horário para abertura da sessão pública
b) Objeto da contratação
c) Condições para participação na licitação
d) Procedimentos para o credenciamento do fornecedor ou de seu representante legal na sessão
pública do Pregão Eletrônico
e) Procedimentos para envio de propostas
f) Procedimentos de classificação das propostas
g) Procedimentos para o envio de lances
h) Critérios e procedimentos de julgamento das propostas
i) Requisitos de habilitação do licitante
j) Esclarecimentos e impugnação ao Edital
k) Dos recursos administrativos
l) Da adjudicação e homologação
m) Sanções administrativas
Curso de Formação de Pregoeiros 17
n) Do instrumento contratual
o) Do pagamento dos recursos orçamentários
q) Disposições gerais

Devem acompanhar o edital, na forma de anexos, os documentos que justificam a licitação e que
especificam detalhadamente o bem ou serviço a ser adquirido. Estes anexos são parte integrante do edital
e em geral compreendem os seguintes documentos:
a) Termo de referência;
b) Planilha de custo;
c) Minuta da Ata de Registro de Preços, se for o caso;
d) Minuta de contrato, se for o caso;

Na forma da legislação, é exigido que o processo de instauração da licitação seja acompanhado de


parecer emitido pela Área Jurídica da instituição, por meio do qual é verificada a legalidade do edital da
licitação.

Termo de Referência

Previamente à realização de pregão em qualquer uma das formas, presencial ou eletrônica, a


exemplo de projeto básico, o setor requisitante deve elaborar Termo de Referência, com indicação
precisa, suficiente e clara do objeto, sendo vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou
desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização.

O Termo de Referência, devidamente autorizado pela autoridade competente, é o documento que


deve conter todos os elementos capazes de propiciar, de forma clara, concisa e objetiva, em especial:
1) objeto;
2) critério de aceitação do objeto;
3) avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado;
4) definição dos métodos;
5) estratégia de suprimento;
6) valor estimado em planilhas de acordo com o preço de mercado;
7) cronograma físico-financeiro, se for o caso;
8) deveres do contratado e do contratante;
9) procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato;
10) prazo de execução e de garantia, se for o caso;
11) sanções por inadimplemento.

FASE EXTERNA

Esta fase do Pregão Eletrônico está submetida a atividades seqüenciais, em que a realização de
determinada atividade depende da conclusão da atividade antecedente. São elas:
1. Publicidade do Edital;
2. Impugnação e Esclarecimentos do Edital; Recebimento das Propostas
3. Análise das Propostas;
4. Fase de Lances;
5. Aceitação das Propostas;
6. Verificação da Habilitação ou Inabilitação dos Licitantes;
Curso de Formação de Pregoeiros 18
7. Manifestação da Intenção de Recurso;
8. Fase Recursal;
9. Adjudicação do Objeto ao Licitante Vencedor;
10. Homologação do Processo.

O esquema a seguir, representa a ordem seqüencial destas atividades na fase externa do Pregão
Eletrônico.

Publicidade do edital

A fase externa do pregão eletrônico será iniciada com a convocação dos interessados por meio de
publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir
indicados:

a) até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):


I - Diário Oficial da União; e
II - meio eletrônico, na internet;

b) acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e
trezentos mil reais):
I - Diário Oficial da União; e
II - meio eletrônico, na Internet; e
III - jornal de grande circulação local;
Curso de Formação de Pregoeiros 19

c) superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):


I - Diário Oficial da União; e
II - meio eletrônico, na Internet; e
III - jornal de grande circulação regional ou nacional.

Pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será
adotado o disposto na letra c acima.

Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem ao sistema do Governo Federal


disponibilizarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de Compras do Governo Federal -
COMPRASNET, sítio www.comprasnet.gov.br.

O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais,
dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço eletrônico onde
ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o pregão, na forma
eletrônica, será realizado por meio da internet.

O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não
será inferior a oito dias úteis.

Todos os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão, para
todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no
sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.

Impugnação e esclarecimentos do edital

Também é durante esse período que os fornecedores deverão registrar, eletronicamente, eventuais
necessidades de esclarecimentos do edital ou encaminhar pedido de impugnação do ato convocatório do
Pregão Eletrônico.

Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá
impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.

Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, decidir sobre a
impugnação no prazo de até vinte e quatro horas. Acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será
definida e publicada nova data para realização do certame.

A impugnação poderá ser encaminhada administrativamente, via ofício, e-mail ou fax, dirigido à
Unidade/Órgão licitante.

Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao


pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por
meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital.

Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação em que
se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Curso de Formação de Pregoeiros 20

Após receber o pedido de impugnação ou de esclarecimento, pelo fornecedor, o pregoeiro deverá


registrar, no Portal Comprasnet, em campo específico do sistema, o texto do pedido e a respectiva
resposta.

Recebimento das Propostas

Inicia-se após a divulgação do edital no endereço eletrônico (www.comprasnet.gov.br) e encerra-


se automaticamente na data e hora marcadas para a abertura da sessão pública.

O edital fixará prazo não inferior a 8 (oito) dias úteis, contados da publicação do aviso, para os
interessados prepararem suas propostas. As propostas enviadas poderão ser alteradas ou excluídas até a
data e o horário definidos para abertura da sessão pública.

Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar proposta


com a descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora
marcadas para abertura da sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, quando, então,
encerrar-se-á, automaticamente, a fase de recebimento de propostas.

Para participação no pregão eletrônico, o licitante deverá manifestar, em campo próprio do sistema
eletrônico, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade
com as exigências do instrumento convocatório.

A declaração falsa relativa ao cumprimento dos requisitos de habilitação e proposta sujeitará o


licitante às sanções previstas no Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005.

Até a abertura da sessão, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta anteriormente


apresentada.

O prazo de validade das propostas será de sessenta dias, salvo disposição específica do edital.

Análise das propostas

A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando do
pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.

Os licitantes poderão participar da sessão pública na internet, devendo utilizar sua chave de acesso
e senha.

O pregoeiro verificará as propostas apresentadas, desclassificando aquelas que não estejam em


conformidade com os requisitos estabelecidos no edital.

A desclassificação de proposta será sempre fundamentada e registrada no sistema, com


acompanhamento em tempo real por todos os participantes.

As propostas contendo a descrição do objeto, valor e eventuais anexos estarão disponíveis na


internet.
Curso de Formação de Pregoeiros 21

O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes.

O sistema ordenará, automaticamente, as propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo que


somente estas participarão da fase de lance.

No pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de registro de preços, quando a proposta
do licitante vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, respeitada a ordem de
classificação, poderão ser convocados tantos licitantes quantos forem necessários para alcançar o total
estimado, observado o preço da proposta vencedora.

No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho
fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação.

Fase de lances

Analisadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes
poderão encaminhar lances sucessivos de acordo com o horário fixado para abertura da sessão e as regras
estabelecidas no edital.

Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes
poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.

No que se refere aos lances, o licitante será imediatamente informado do seu recebimento e do
valor consignado no registro.

Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, observados o horário fixado para abertura da
sessão e as regras estabelecidas no edital.

O licitante somente poderá oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo
sistema. Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e registrado
primeiro.

Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance
registrado, vedada a identificação do licitante.

A etapa de lances da sessão pública será encerrada por decisão do pregoeiro.

O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que
transcorrerá período de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual será
automaticamente encerrada a recepção de lances.

Após o encerramento da etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo
sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja
obtida melhor proposta, observado o critério de julgamento, não se admitindo negociar condições
diferentes daquelas previstas no edital.
Curso de Formação de Pregoeiros 22

A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais
licitantes.

No caso de desconexão do pregoeiro, no decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrônico


permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos
realizados.

Quando a desconexão do pregoeiro persistir por tempo superior a dez minutos, a sessão do pregão
na forma eletrônica será suspensa e reiniciada somente após comunicação aos participantes, no endereço
eletrônico utilizado para divulgação.

Aceitação das Propostas

Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar


quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para contratação e verificará a habilitação do
licitante conforme disposições do edital.

No caso de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija apresentação de


planilha de composição de preços, esta deverá ser encaminhada de imediato por meio eletrônico, com os
respectivos valores readequados ao lance vencedor.

Se a proposta classificada em primeiro lugar não for aceitável, o pregoeiro deverá recusá-la,
justificando em campo específico do sistema e em seguida, examinar a proposta subseqüente e, assim
sucessivamente, na ordem de classificação até a apuração de uma proposta que atenda ao edital.

Verificação da habilitação ou inabilitação do licitante

Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:


Curso de Formação de Pregoeiros 23

a) à habilitação jurídica;
b) à qualificação técnica;
c) à qualificação econômico-financeira;
d) à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o sistema da seguridade social e o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
e) à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso; e
f) ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do Art 7º da Constituição e no inciso XVIII do
art. 78 da Lei n o 8.666, de 1993 (Declaração informando que a empresa não emprega menor de idade).

A documentação exigida nas letras a, c, d e e poderá ser substituída pelo registro cadastral no
SICAF ou, em se tratando de órgão ou entidade não abrangida pelo referido Sistema, por certificado de
registro cadastral que atenda aos requisitos previstos na legislação geral.

A habilitação dos licitantes será verificada por meio do SICAF, nos documentos por ele
abrangidos, quando dos procedimentos licitatórios realizados por órgãos integrantes do SISG ou por
órgãos ou entidades que aderirem ao SICAF.

Os documentos exigidos para habilitação que não estejam contemplados no SICAF, inclusive
quando houver necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados inclusive via fax, no prazo
definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico.

Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser apresentados em original
ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital.

Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos
e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova.

Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o


pregoeiro examinará a proposta subseqüente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a
apuração de uma proposta que atenda ao edital.

Constatado o atendimento às exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor.

Manifestação da Intenção de Recurso

Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, quando lhe será concedido o
prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados
para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que começará a contar do término do prazo
do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos seus
interesses.

A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, nos termos
do caput, importará na decadência desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao
licitante declarado vencedor.

O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de


aproveitamento.
Curso de Formação de Pregoeiros 24

O pregoeiro deverá informar, aos fornecedores, via chat, o tempo que o sistema ficará aberto para
registro da intenção de recurso (no mínimo de 30 minutos, de acordo com o Acórdão TCU nº 1990/2008
– Plenário – observar página 71 - e Msg SIAFI nº 2008/10555693, de 17 de setembro de 2008 – SEF).
Esse tempo será definido de acordo com a quantidade de itens do Pregão, devendo a intenção de recurso
ser registrada por item.

Ao fechar o prazo para registro da intenção de recurso, o sistema informará o tempo decorrido,
desde a abertura do prazo. Essas informações estarão registradas na ata do Pregão.

Decorrido o prazo para a manifestação de intenção de recurso:

a) Se não houver intenção de recurso ou se a intenção for julgada como não-procedente pelo
pregoeiro:
- a sessão pública do Pregão será encerrada pelo pregoeiro;
- será gerada, automaticamente pelo sistema, a Ata do Pregão e disponibilizada no Portal
Comprasnet, na opção Acesso Livre > Pregões > Consulta Ata, para acesso da sociedade e dos
licitantes.
- o processo de licitação passará para a fase de adjudicação.

b) Se houver registro de intenção de recurso:


- o pregoeiro irá julgar a manifestação de intenção de recurso registrada pelos licitantes, como
procedente ou não, utilizando a opção “Juízo de Admissibilidade”.
- em seguida, o pregoeiro encerrará a sessão pública do Pregão.
- durante o encerramento da sessão pública, se o pregoeiro tiver julgado a intenção de recurso
como procedente, o sistema solicitará os prazos limites para registro da razão de recurso, contra-razão e
decisão.
- será gerada, automaticamente pelo sistema, a Ata do Pregão e disponibilizada no Portal
Comprasnet, na opção Acesso Livre > Pregões > Consulta Ata, para acesso da sociedade e dos
licitantes.
- o processo licitatório entrará na fase recursal.

Fase Recursal

Quando a intenção de recurso, registrada pelos licitantes, for julgada como procedente pelo
pregoeiro, será concedido para:
a) licitante recorrente: o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões de recurso.

b) demais licitantes: o prazo igual para apresentarem contra-razões, que começará a ser contado a
partir do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos
indispensáveis à defesa dos seus interesses.

c) Administração Pública: o prazo de 10 (dez) dias úteis para julgamento dos recursos e contra-
razões (Lei nº. 8.666/93, art. 109).
Curso de Formação de Pregoeiros 25

Para facilitar a compreensão, observe o esquema:

Adjudicação do objeto ao vencedor do certame

Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente


adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório.

Será adjudicado o objeto do certame ao licitante vencedor que ofertou o menor preço e atendeu as
exigências constantes do edital.

Se não houver recurso, para o item, a adjudicação será realizada pelo pregoeiro. Ocorrendo a
interposição de recurso, a adjudicação será realizada pela autoridade competente, depois de transcorridos
os prazos e decididos os recursos.

Homologação do processo

A homologação da licitação é de responsabilidade da Autoridade Competente e será realizada


diretamente no sistema, após:
a) adjudicação, pelo pregoeiro, dos itens sem recurso;
b) decisão dos recursos;
c) adjudicação, pela Autoridade Competente, dos itens com recurso;
d) confirmada a regularidade dos procedimentos adotados pelo pregoeiro.
Curso de Formação de Pregoeiros 26
No momento da efetivação da homologação do Pregão, o resultado da licitação será enviado
automaticamente para o SIASG/SISPP (Sistema de Preços Praticados), sendo gerado, o termo de
homologação que será incluído no rodapé da ata do Pregão.

Concluída a homologação de todos os itens, será dada a publicidade do resultado do Pregão.

Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade competente


adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório.

Após a homologação, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a ata de registro
de preços, no prazo definido no edital.

Se houver item aguardando decisão de recurso (pendente), a Unidade poderá gerar empenho, dos
itens já homologados, dando continuidade ao processo de contratação.

Assinatura do Contrato/Ata de Registro de Preços

Na assinatura do contrato ou da ata de registro de preços, será exigida a comprovação das


condições de habilitação consignadas no edital, as quais deverão ser mantidas pelo licitante durante a
vigência do contrato ou da ata de registro de preços.
Curso de Formação de Pregoeiros 27

O vencedor da licitação que não fizer a comprovação das condições de habilitação consignadas no
edital ou quando, injustificadamente, recusar-se a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, poderá
ser convocado outro licitante, desde que respeitada a ordem de classificação para, após comprovados os
requisitos habilitatórios e feita a negociação, assinar o contrato ou a ata de registro de preços, sem
prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.

VOLTAR FASE/ATA COMPLEMENTAR

A opção Voltar Fase/Ata Complementar permite ao pregoeiro, depois de encerrada a sessão


pública:
a) alterar resultados ou
b) corrigir erros eventuais, por decisão de recurso ou por motivo próprio, devidamente justificado
no sistema.

Será possível agendar nova sessão pública para um ou mais itens, fixando dia e horário para a
reabertura.

Será enviado e-mail a todos os fornecedores participantes do Pregão, informando data/hora para a
reabertura da nova sessão pública e a fase que será reaberta.

Para cada novo reagendamento da sessão pública, será gerada uma Ata Complementar contendo
o registro dos eventos ocorridos em decorrência do retorno de fase.

O retorno para alterações ou correções será possível a partir das fases:


a) Aceitação: será reiniciada a fase de aceitação para o item.
b) Habilitação: será reiniciada a fase de habilitação para o item.
c) Intenção de recurso: retornando para a fase de Registro de Intenção de Recurso, o sistema
permitirá ao pregoeiro abrir e fechar um novo prazo, caso o item não tenha tido recurso.
d) Juízo de admissibilidade: retornando para a fase de Admissibilidade, será permitido alterar a
intenção de recurso de "aceito" para "recusado" e vice-versa.

As informações de Intenção de Recurso, Recurso, Contra-Razão e Decisão não serão apagadas,


independentemente para qual fase se retorne e quantas vezes volte.

No retorno de fase, caso o item tenha tido recurso, o sistema não permitirá abrir prazo para
intenção de recurso. Assim, se o item teve recurso registrado nas atas anteriores, o fornecedor que não
entrou com recurso, não poderá fazê-lo na volta de fase, mesmo que o recurso tenha sido registrado por
outro fornecedor.

No retorno de fase, caso o item não tenha tido recurso, o sistema permitirá abrir novo prazo de
intenção de recurso e todos os fornecedores poderão entrar com intenção de recurso para o item, exceto os
que já haviam enviado intenção antes (nas atas anteriores) para o item, independente se a intenção tiver
sido aceita ou recusada.

O fornecedor que teve sua intenção de recurso "aceita" para o item, poderá entrar com recurso
para este item.
Curso de Formação de Pregoeiros 28

Já o fornecedor que teve sua intenção de recurso "recusada" só poderá entrar com recurso, caso o
pregoeiro, na fase de admissibilidade, aceite a intenção de recurso do fornecedor, para o item.

O sistema só permitirá agendar a reabertura da sessão pública para 25 horas ou mais após a
hora/data do retorno de fase.

Não será possível o retorno às fases de:


a) análise de propostas (classificação/desclassificação) e
b) lances.

Nesses casos, o pregoeiro deverá divulgar novo edital do Pregão Eletrônico aproveitando, se
possível, o mesmo processo.

SANÇÕES E PENALIDADES

As penalidades são previstas no edital e estão em conformidade com a legislação vigente.

Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o contrato ou ata
de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital, apresentar documentação falsa,
ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução
do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o
direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de contratar com a União, e será descredenciado no
SICAF, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das
demais cominações legais.

As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF.

REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO DO PREGÃO

A autoridade competente para aprovação do procedimento licitatório somente poderá revogá-lo


em face de razões de interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado,
pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ilegalidade, de ofício ou por
provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.

A anulação do procedimento licitatório induz à do contrato ou da ata de registro de preços.

Os licitantes não terão direito à indenização em decorrência da anulação do procedimento


licitatório, ressalvado o direito do contratado de boa-fé de ser ressarcido pelos encargos que tiver
suportado no cumprimento do contrato.

DOCUMENTOS QUE COMPÕEM O PREGÃO

O procedimento licitatório será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente


autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e
do recurso próprio para a despesa.
Curso de Formação de Pregoeiros 29
O processo licitatório será instruído com os seguintes documentos:
a) justificativa da contratação;
b) termo de referência;
c) planilhas de custo, quando for o caso;
d) previsão de recursos orçamentários, com a indicação das respectivas rubricas;
e) autorização de abertura da licitação;
f) designação do pregoeiro e equipe de apoio;
g) edital e respectivos anexos, quando for o caso;
h) minuta do termo do contrato ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de
preços, conforme o caso;
i) parecer jurídico;
j) documentação exigida para a habilitação;
k) ata contendo os seguintes registros:
1) licitantes participantes;
2) propostas apresentadas;
3) lances ofertados na ordem de classificação;
4) aceitabilidade da proposta de preço;
5) habilitação; e
6) recursos interpostos, respectivas análises e decisões;
l) termo de adjudicação;
m) termo de homologação;
n) comprovantes das publicações:
1) do aviso do edital;
2) do resultado da licitação;
3) do extrato do contrato; e
4) dos demais atos em que seja exigida a publicidade, conforme o caso.

O processo licitatório poderá ser realizado por meio de sistema eletrônico, sendo que os atos e
documentos constantes dos arquivos e registros digitais serão válidos para todos os efeitos legais,
inclusive para comprovação e prestação de contas.

Os arquivos e registros digitais, relativos ao processo licitatório, deverão permanecer à disposição


das auditorias internas e externas.

A ata será disponibilizada na internet para acesso livre, imediatamente após o encerramento da
sessão pública.

OBS: AS PARTICULARIDADES REFERENTES À PARTICIPAÇÃO DE


MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE SERÃO MENCIONADAS EM
CAPÍTULO ESPECÍFICO DESTA APOSTILA, A PARTIR DA PÁGINA 38.
Curso de Formação de Pregoeiros 30

5. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP

CONCEITO

O Sistema de Registro de Preços – SRP representa o conjunto de procedimentos para registro


formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras. É
precedido de licitação, realizada nas modalidades de concorrência ou pregão. O preço registrado na Ata e
a indicação dos respectivos fornecedores serão divulgados em órgão oficial da Administração Federal e
ficarão disponíveis para os órgãos e entidades participantes do registro de preços ou a qualquer outro
órgão ou entidade da administração, mesmo que não tenha participado do certame licitatório.

Os Decretos n.ºs 3.391/2001 e 4.342/2002 regulamentam o Sistema de Registro de Preços previsto


no artigo 15 da Lei n.º 8.666, 21 de junho de 1993.

VANTAGENS
a) Redução dos custos operacionais;

b) Otimização dos processos de contratação de bens e serviços pela administração;

c) Realização de licitação centralizada em uma UG, denominada “Órgão Gerenciador” em


benefícios de outras, denominadas “Órgãos Participantes”;

d) Liberação dos agentes da administração para outras atividades por ocasião da redução do
número de processos licitatórios, economia de escala e respaldo para as aquisições parceladas;

e) Redução dos preços por ocasião de grandes aquisições.

UTILIZAÇÃO

O SRP será utilizado, preferencialmente, nas seguintes hipóteses:

a) quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações freqüentes;

b) quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou
contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;

c) quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a


mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e

d) quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser
demandado pela Administração.

Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens e serviços de informática,
obedecida a legislação vigente, desde que devidamente justificada e caracterizada a vantagem econômica.
Curso de Formação de Pregoeiros 31

CARACTERÍSTICAS

A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do


tipo menor preço, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.

Excepcionalmente poderá ser adotado, na modalidade de concorrência, o tipo técnica e preço, a


critério do órgão gerenciador e mediante despacho devidamente fundamentado da autoridade máxima do
órgão ou entidade.

A Administração, quando da aquisição de bens ou contratação de serviços, poderá subdividir a


quantidade total do item em lotes, sempre que comprovado técnica e economicamente viável, de forma a
possibilitar maior competitividade, observado, neste caso, dentre outros, a quantidade mínima, o prazo e o
local de entrega ou de prestação dos serviços.

No caso de serviços, a subdivisão se dará em função da unidade de medida adotada para aferição
dos produtos e resultados esperados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade
participante do certame. Nestes casos, deverá ser evitada a contratação, num mesmo órgão e entidade, de
mais de uma empresa para a execução de um mesmo serviço em uma mesma localidade, com vistas a
assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização.

A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que


deles poderão advir, facultando-se a realização de licitação específica para a aquisição pretendida, sendo
assegurado ao beneficiário do registro a preferência de fornecimento em igualdade de condições.

CONTRATAÇÕES ADMITIDAS

A licitação para Registro de Preços, será sempre precedida de ampla pesquisa de preços no
mercado e de consulta no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG, no módulo
Sistema de Preços Praticados – SISPP, cujo objetivo é subsidiar o gestor, a cada processo, na estimativa
da contratação e antes da respectiva homologação, para confirmar se o preço a ser contratado é
compatível com o praticado pela Administração Pública, devendo ser impresso e anexado ao processo (IN
nº 01/2002-SLTI –Art. 1º - V e parágrafo 2º).

Aquisição de bens: Poderá subdividir a quantidade total do item em lotes, sempre que
comprovado técnica e economicamente viável, de forma a possibilitar maior competitividade, observado,
neste caso, dentre outros, a quantidade mínima, o prazo e o local de entrega.

Bens e Serviços de Informática - Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens
e serviços de informática, obedecida a legislação vigente, desde que devidamente justificada e
caracterizada a vantagem econômica.

Serviços - No caso de serviços, a subdivisão se dará em função da unidade de medida adotada


para aferição dos produtos e resultados esperados, e será observada a demanda específica de cada órgão
ou entidade participante do certame. Nestes casos, deverá ser evitada a contratação, num mesmo órgão e
entidade, de mais de uma empresa para a execução de um mesmo serviço em uma mesma localidade, com
vistas a assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização.
Curso de Formação de Pregoeiros 32
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO GERENCIADOR

Órgão Gerenciador é o órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução do


conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de
Preços dele decorrente.

Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle e administração do SRP, e


ainda o seguinte:

a) convidar, mediante correspondência eletrônica ou outro meio eficaz, os órgãos e entidades para
participarem do registro de preços;

b) consolidar todas as informações relativas à estimativa individual e total de consumo,


promovendo a adequação dos respectivos projetos básicos encaminhados para atender aos requisitos de
padronização e racionalização;

c) promover todos os atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento


licitatório pertinente, inclusive a documentação das justificativas nos casos em que a restrição à
competição for admissível pela lei;

d) realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem
licitados;

e) confirmar junto aos órgãos participantes a sua concordância com o objeto a ser licitado,
inclusive quanto aos quantitativos e projeto básico;

f) realizar todo o procedimento licitatório, bem como os atos dele decorrentes, tais como a
assinatura da Ata e o encaminhamento de sua cópia aos demais órgãos participantes;

g) gerenciar a Ata de Registro de Preços, providenciando a indicação, sempre que solicitado, dos
fornecedores, para atendimento às necessidades da Administração, obedecendo a ordem de classificação e
os quantitativos de contratação definidos pelos participantes da Ata;

h) conduzir os procedimentos relativos a eventuais renegociações dos preços registrados e a


aplicação de penalidades por descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços; e

i) realizar, quando necessário, prévia reunião com licitantes, visando informá-los das
peculiaridades do SRP e coordenar, com os órgãos participantes, a qualificação mínima dos respectivos
gestores indicados.

ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO PARTICIPANTE

Órgão Participante é o órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e
integra a Ata de Registro de Preços.

O órgão participante do registro de preços será responsável pela manifestação de interesse em


participar do registro de preços, providenciando o encaminhamento, ao órgão gerenciador, de sua
estimativa de consumo, cronograma de contratação e respectivas especificações ou projeto básico,
adequado ao registro de preço do qual pretende fazer parte, devendo ainda:
Curso de Formação de Pregoeiros 33
a) garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua inclusão no registro de preços a
ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados pela autoridade competente;

b) manifestar, junto ao órgão gerenciador, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da
realização do procedimento licitatório; e

c) tomar conhecimento da Ata de Registros de Preços, inclusive as respectivas alterações


porventura ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto cumprimento de suas
disposições, logo após concluído o procedimento licitatório.

PARTICIPANTES EXTRAORDINÁRIOS

A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou
entidade da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao
órgão gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.

Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da
Ata de Registro de Preços, deverão manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que
este indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a ordem de
classificação.

Caberá ao fornecedor beneficiário da Ata de Registro de Preços, observadas as condições nela


estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento, independentemente dos quantitativos
registrados em Ata, desde que este fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas.

As aquisições ou contratações adicionais mencionadas não poderão exceder, por órgãos ou


entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços.

EDITAL DE LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS

O edital de licitação para registro de preços contemplará, no mínimo:

a) a especificação/descrição do objeto, explicitando o conjunto de elementos necessários e


suficientes, com nível de precisão adequado, para a caracterização do bem ou serviço, inclusive definindo
as respectivas unidades de medida usualmente adotadas;

b) a estimativa de quantidades a serem adquiridas no prazo de validade do registro;

c) o preço unitário máximo que a Administração se dispõe a pagar, por contratação, consideradas
as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas;

d) a quantidade mínima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens;

e) as condições quanto aos locais, prazos de entrega, forma de pagamento e, complementarmente,


nos casos de serviços, quando cabíveis, a freqüência, periodicidade, características do pessoal, materiais e
equipamentos a serem fornecidos e utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres,
disciplina e controles a serem adotados;
Curso de Formação de Pregoeiros 34
f) o prazo de validade do registro de preço;

g) os órgãos e entidades participantes do respectivo registro de preço;

h) os modelos de planilhas de custo, quando cabíveis, e as respectivas minutas de contratos, no


caso de prestação de serviços; e

i) as penalidades a serem aplicadas por descumprimento das condições estabelecidas.

j) a minuta da Ata de Registro de Preços.

As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes
devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.

O edital poderá admitir, como critério de adjudicação, a oferta de desconto sobre tabela de preços
praticados no mercado, nos casos de peças de veículos, medicamentos, passagens aéreas, manutenções e
outros similares.

Quando o edital prever o fornecimento de bens ou prestação de serviços em locais diferentes, é


facultada a exigência de apresentação de proposta diferenciada por região, de modo que aos preços sejam
acrescidos os respectivos custos, variáveis por região.

PUBLICAÇÃO DO EDITAL

Independente do valor estimado, o edital de Pregão por Sistema de Registro de Preços deverá ser
divulgado em:
a) Diário Oficial da União;
b) Meio Eletrônico, na Internet;
c)Jornal de grande circulação regional ou nacional.

ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

1. Conceito

Ata de Registro de Preços é o documento vinculativo, obrigacional, com característica de


compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e
condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas
apresentadas.

2. Formalização

Homologado o resultado da licitação, o órgão gerenciador, respeitada a ordem de classificação e a


quantidade de fornecedores a serem registrados, convocará os interessados para assinatura da Ata de
Registro de Preços que, após cumpridos os requisitos de publicidade, terá efeito de compromisso de
fornecimento nas condições estabelecidas.
Curso de Formação de Pregoeiros 35
Deve constar da Ata :
I – o número da Ata, do processo e da licitação a que se refere.
II – A identificação do Objeto e a quantidade total estimada.
III – A relação dos fornecedores, pela ordem de classificação final no processo licitatório, e as
respectivas quantidades a serem fornecidas.
IV – O preço unitário do primeiro classificado, com menção de que será praticado por todos os
demais fornecedores.
V – O valor total estimado para aquisição.
VI – Os órgãos, e entidades usuários do registro.

3. Validade

O prazo de validade da Ata de Registro de Preços não poderá ser superior a um ano, computadas
neste as eventuais prorrogações.

Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigência conforme as disposições contidas nos
instrumentos convocatórios obedecendo o disposto no Art. 57 da Lei nº 8.666/93, in verbis:

“Art. 57 – A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos:

I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão
ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II – à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses; (redação dada pela Lei nº 9.648, de 27.05.98);

III – (vetado);

IV – ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo


prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.”

É admitida a prorrogação da vigência da Ata, nos termos do art. 57, § 4º, da Lei nº 8.666/1993,
descrito abaixo quando a proposta continuar se mostrando mais vantajosa.

Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o


prazo de 60 meses poderá ser prorrogado por até doze meses. (art. 57, parágrafo 4º).

4. Divulgação do Preço Registrado

Ao preço do primeiro colocado poderão ser registrados tantos fornecedores quantos necessários
para que, em função das propostas apresentadas, seja atingida a quantidade total estimada para o item ou
lote, observando-se o seguinte:

a) o preço registrado e a indicação dos respectivos fornecedores serão divulgados em órgão oficial
da Administração e ficarão disponibilizados durante a vigência da Ata de Registro de Preços;

b) quando das contratações decorrentes do registro de preços deverá ser respeitada a ordem de
classificação das empresas constantes da Ata; e
Curso de Formação de Pregoeiros 36
c) os órgãos participantes do registro de preços deverão, quando da necessidade de contratação,
recorrerem ao órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, para que este proceda a indicação do
fornecedor e respectivos preços a serem praticados.

Excepcionalmente, a critério do órgão gerenciador, quando a quantidade do primeiro colocado não


for suficiente para as demandas estimadas, desde que se trate de objetos de qualidade ou desempenho
superior, devidamente justificada e comprovada a vantagem, e as ofertas sejam em valor inferior ao
máximo admitido, poderão ser registrados outros preços.

5. Alteração da Ata

A Ata de Registro de Preços poderá sofrer alterações, obedecidas as disposições contidas no art.
65 da Lei nº 8.666, de 1993.

O preço registrado poderá ser revisto em decorrência de eventual redução daqueles praticados no
mercado, ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador da
Ata promover as necessárias negociações junto aos fornecedores.

6. Revisão de Preço Registrado

Quando o preço inicialmente registrado, por motivo superveniente, tornar-se superior ao preço
praticado no mercado o órgão gerenciador deverá:

a) convocar o fornecedor visando a negociação para redução de preços e sua adequação ao


praticado pelo mercado;

b) frustrada a negociação, o fornecedor será liberado do compromisso assumido; e

c) convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociação.

7. Revogação da Ata

Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor, mediante
requerimento devidamente comprovado, não puder cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá:

a) liberar o fornecedor do compromisso assumido, sem aplicação da penalidade, confirmando a


veracidade dos motivos e comprovantes apresentados, e se a comunicação ocorrer antes do pedido de
fornecimento; e

b) convocar os demais fornecedores visando igual oportunidade de negociação.

Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação da Ata de
Registro de Preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.
Curso de Formação de Pregoeiros 37

8. Cancelamento do Registro de Preços do Fornecedor

O fornecedor terá seu registro cancelado quando:

a) descumprir as condições da Ata de Registro de Preços;

b) não retirar a respectiva nota de empenho ou instrumento equivalente, no prazo estabelecido pela
Administração, sem justificativa aceitável;

c) não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese de este se tornar superior àqueles
praticados no mercado; e

d) tiver presentes razões de interesse público.

O cancelamento de registro, nas hipóteses previstas, assegurados o contraditório e a ampla defesa,


será formalizado por despacho da autoridade competente do Órgão Gerenciador.

O fornecedor poderá solicitar o cancelamento do seu registro de preço na ocorrência de fato


superveniente que venha comprometer a perfeita execução contratual, decorrentes de caso fortuito ou de
força maior devidamente comprovados.

INDICAÇÃO DO GESTOR DO CONTRATO/ATRIBUIÇÕES

Cabe ao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além das atribuições previstas no
art. 67 da Lei n º 8.666, de 1993 , compete:

a) promover consulta prévia junto ao órgão gerenciador, quando da necessidade de contratação, a


fim de obter a indicação do fornecedor, os respectivos quantitativos e os valores a serem praticados,
encaminhando, posteriormente, as informações sobre a contratação efetivamente realizada;

b) assegurar-se, quando do uso da Ata de Registro de Preços, que a contratação a ser procedida
atenda aos seus interesses, sobretudo quanto aos valores praticados, informando ao órgão gerenciador
eventual desvantagem, quanto à sua utilização;

c) zelar, após receber a indicação do fornecedor, pelos demais atos relativos ao cumprimento, pelo
mesmo, das obrigações contratualmente assumidas, e também, em coordenação com o órgão gerenciador,
pela aplicação de eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais; e

d) informar ao órgão gerenciador, quando de sua ocorrência, a recusa do fornecedor em atender às


condições estabelecidas em edital, firmadas na Ata de Registro de Preços, as divergências relativas à
entrega, as características e origem dos bens licitados e a recusa do mesmo em assinar contrato para
fornecimento ou prestação de serviços.

e) lançar no Sistema Integrado de Serviços Gerais – SIASG, no módulo Sistema de Gestão de


Contratos – SICON, que tem como objetivo efetuar o cadastramento dos extratos de contratos firmados
pela Administração Pública Federal e o envio eletrônico, para publicação, pela Imprensa Nacional, bem
como o acompanhamento da execução contratual, por intermédio do cronograma físico-financeiro,
disponibilizando-os no COMPRASNET.
Curso de Formação de Pregoeiros 38

CONTRATAÇÃO

A contratação com os fornecedores registrados, após a indicação pelo órgão gerenciador do


registro de preços, será formalizada pelo órgão interessado, por intermédio de instrumento contratual,
emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o
disposto no art. 62 da Lei n º 8.666, de 1993, abaixo transcrito:

“Art. 62 – O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.”

SITUAÇÃO PARTICULAR DO COMANDO DO EXÉRCITO


(PORTARIA N° 006-SEF, DE 15 DE OUTUBRO DE 2003)

Os Comandos das Regiões Militares (RM) exercerão a coordenação das licitações com a utilização
do SRP, devendo:

a) definir, ouvido o escalão superior, a Unidade Gestora (UG) que funcionará como Órgão
Gerenciador;

b) estimular as UG a utilizarem o SRP, sempre que possível, nas condições de Órgão Gerenciador
e Órgão Participante;

c) indicar o Órgão Gerenciador localizado fora da sede da RM, quando existir mais de uma UG na
guarnição, e for recomendável a realização de licitação com a utilização de SRP.

Havendo manifesto interesse da UG, a RM poderá autorizar a participação desta em SRP realizado
por outra RM ou por outro Órgão Público.

A capacitação de pessoal das UG para exercer as atividades no SRP deverá ser realizada pela
respectiva Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx), mediante treinamentos
específicos, e quando for possível, também, por intermédio de outros órgãos ou entidades da
Administração Pública.

As licitações não abrangidas pelo SRP continuarão a ser realizadas pelas próprias UG.

A UG que participar de Ata de Registro de Preços, nas situações que julgar conveniente, não fica
impedida de realizar a sua própria licitação.
Curso de Formação de Pregoeiros 39
6. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

O tratamento diferenciado para ME/EPP está previsto na Constituição Federal, conforme


dispositivos legais abaixo transcritos:

Art. 170 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios :

.............

IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídos sob as leis brasileiras e que tenham sua
sede e administração no País.

..............

Art. 179 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e empresas de
pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de
lei.

LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 - INSTITUI O ESTATUTO


NACIONAL DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE (principais tópicos
seguidos de legislação).

Preferência nas aquisições

Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser
dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:

(.....)

III – ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.

Definição de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a
sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro
de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que:

I – no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

§ 1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas
as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Curso de Formação de Pregoeiros 40

§ 2o No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será
proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade,
inclusive as frações de meses.

§ 3o O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de


pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em
relação a contratos por elas anteriormente firmados.

§ 4o Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto nesta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a
pessoa jurídica:

I – de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

II – que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;

III – de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que
receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

IV – cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por
esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste
artigo;

V – cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;

VI – constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

VII – que participe do capital de outra pessoa jurídica;

VIII – que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de
sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização
ou de previdência complementar;

IX – resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;

X – constituída sob a forma de sociedade por ações.

(.....)

§ 6o Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos
incisos do § 4o deste artigo, será excluída do regime de que trata esta Lei Complementar, com efeitos a partir do mês
seguinte ao que incorrida a situação impeditiva.

§ 7o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que, no ano-
calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário
seguinte, à condição de empresa de pequeno porte.
Curso de Formação de Pregoeiros 41
§ 8o Observado o disposto no § 2o deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no
ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-
calendário seguinte, à condição de microempresa.

§ 9o A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II
do caput deste artigo fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por esta
Lei Complementar para todos os efeitos legais.

§ 10. A microempresa e a empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início de atividade
ultrapassarem o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de funcionamento
nesse período estarão excluídas do regime desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas
atividades.

Apresentação da documentação de Regularidade Fiscal

Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.

Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios,
deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta
apresente alguma restrição.

§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis,
cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis
por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou
parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.

§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1 o deste artigo, implicará decadência do direito à


contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à
Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou
revogar a licitação.

Empate Ficto/Critérios de desempate

Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as
microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.

§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por
cento) superior ao melhor preço.

Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, proceder-se-á da seguinte
forma:

I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior
àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado;

II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do inciso I do caput deste
artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1 o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;
Curso de Formação de Pregoeiros 42
III – no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se
encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre
elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.

§ 1o Na hipótese da não-contratação nos termos previstos no caput deste artigo, o objeto licitado será adjudicado em
favor da proposta originalmente vencedora do certame.

§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por
microempresa ou empresa de pequeno porte.

§ 3o No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.

Do tratamento diferenciado
Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento
diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do
desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas
e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente.

Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar
processo licitatório:

I – destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo
valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

II – em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o
percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;

III – em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e
empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível.

§ 1o O valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total
licitado em cada ano civil.

§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração
pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas de pequeno porte subcontratadas.

Não aplicabilidade

Art. 49. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:

I – os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não
forem expressamente previstos no instrumento convocatório;

II – não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de
pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;

III – o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso
para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
Curso de Formação de Pregoeiros 43
IV – a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

DECRETO Nº 6.204, DE 05 DE SETEMBRO DE 2007 - REGULAMENTA O TRATAMENTO


FAVORECIDO, DIFERENCIADO E SIMPLIFICADO PARA AS MICROEMPRESAS E
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS DE BENS, SERVIÇOS
E OBRAS, NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (Principais tópicos,
seguidos da Legislação).

Objetivos e subordinação:

Art. 1º Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado
e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, objetivando:

I - a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional;

II - ampliação da eficiência das políticas públicas; e

III - o incentivo à inovação tecnológica.

Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decreto, além dos órgãos da administração pública federal direta,
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.

Obrigações visando à ampliação da participação das ME/EPPS

Art. 2º Para a ampliação da participação das microempresas e empresas de pequeno porte nas licitações, os órgãos ou
entidades contratantes deverão, sempre que possível:

I - instituir cadastro próprio, de acesso livre, ou adequar os eventuais cadastros existentes, para identificar as
microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente, com as respectivas linhas de fornecimento, de
modo a possibilitar a notificação das licitações e facilitar a formação de parcerias e subcontratações;

II - estabelecer e divulgar um planejamento anual das contratações públicas a serem realizadas, com a estimativa de
quantitativo e de data das contratações;

III - padronizar e divulgar as especificações dos bens e serviços contratados, de modo a orientar as microempresas e
empresas de pequeno porte para que adequem os seus processos produtivos; e

IV - na definição do objeto da contratação, não utilizar especificações que restrinjam, injustificadamente, a


participação das microempresas e empresas de pequeno porte sediadas regionalmente.

Parágrafo único. O disposto nos incisos I e III poderá ser realizado de forma centralizada para os órgãos e entidades
integrantes do SISG – Sistema de Serviços Gerais e conveniados, conforme dispõe o Decreto 1.094, de 23 de março de
1994.

Não obrigatoriedade de apresentação de balanço patrimonial do último exercício


Art. 3º Na habilitação em licitações para o fornecimento de bens para pronta entrega ou para a locação de materiais,
não será exigido da microempresa ou da empresa de pequeno porte a apresentação de balanço patrimonial do último
exercício social.
Curso de Formação de Pregoeiros 44

Comprovação da Regularidade Fiscal

Art. 4º A comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será
exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação.

§ 1º Na fase de habilitação, deverá ser apresentada e conferida toda a documentação e, havendo alguma restrição na
comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de dois dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao
momento em que o proponente for declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, para a regularização
da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com
efeito de certidão negativa.

§ 2º A declaração do vencedor de que trata o § 1 o acontecerá no momento imediatamente posterior à fase de


habilitação, no caso do pregão, conforme estabelece o art. 4º, inciso XV, da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e
no caso das demais modalidades de licitação, no momento posterior ao julgamento das propostas, aguardando-se os
prazos de regularização fiscal para a abertura da fase recursal.

§ 3º A prorrogação do prazo previsto no § 1º deverá sempre ser concedida pela administração quando requerida pelo
licitante, a não ser que exista urgência na contratação ou prazo insuficiente para o empenho, devidamente
justificados.

§ 4º A não-regularização da documentação no prazo previsto no § 1º implicará decadência do direito à contratação,


sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à administração
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, ou revogar a licitação.

Critérios de desempate para propostas/lances

Art. 5º Nas licitações do tipo menor preço, será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação
para as microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as ofertas apresentadas pelas microempresas e empresas de
pequeno porte sejam iguais ou até dez por cento superiores ao menor preço.

§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1º será de até cinco por cento superior ao
menor preço.

§ 3º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta válida não tiver sido apresentada por
microempresa ou empresa de pequeno porte.

§ 4º A preferência de que trata este artigo será concedida da seguinte forma:

I - ocorrendo o empate, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor classificada poderá apresentar proposta
de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado o objeto em seu favor;

II - na hipótese da não contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, com base no inciso I, serão
convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem em situação de empate, na ordem classificatória, para o
exercício do mesmo direito; e

III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte que se
encontrem em situação de empate, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá
apresentar melhor oferta.

§ 5º Não se aplica o sorteio disposto no inciso III do § 4 o quando, por sua natureza, o procedimento não admitir o
empate real, como acontece na fase de lances do pregão, em que os lances equivalentes não são considerados iguais,
sendo classificados conforme a ordem de apresentação pelos licitantes.
Curso de Formação de Pregoeiros 45
§ 6º No caso do pregão, após o encerramento dos lances, a microempresa ou empresa de pequeno porte melhor
classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de cinco minutos por item em situação de
empate, sob pena de preclusão.

§ 7º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para os licitantes apresentarem nova proposta deverá ser
estabelecido pelo órgão ou entidade contratante, e estar previsto no instrumento convocatório.

Obrigatoriedade para itens de até R$ 80.000,00

Art. 6º Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo licitatório destinado exclusivamente à
participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00
(oitenta mil reais).

Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo quando ocorrerem as situações previstas no art. 9º,
devidamente justificadas.

Licitações para bens, serviços de natureza divisível (cotas)

Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens, serviços e obras de natureza divisível, e desde que não haja prejuízo
para o conjunto ou complexo do objeto, os órgãos e entidades contratantes poderão reservar cota de até vinte e cinco
por cento do objeto, para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1º O disposto neste artigo não impede a contratação das microempresas ou empresas de pequeno porte na totalidade
do objeto.

§ 2º O instrumento convocatório deverá prever que, não havendo vencedor para a cota reservada, esta poderá ser
adjudicada ao vencedor da cota principal, ou, diante de sua recusa, aos licitantes remanescentes, desde que pratiquem
o preço do primeiro colocado.

§ 3º Se a mesma empresa vencer a cota reservada e a cota principal, a contratação da cota reservada deverá ocorrer
pelo preço da cota principal, caso este tenha sido menor do que o obtido na cota reservada.

Não aplicabilidade

Art. 9º Não se aplica o disposto nos arts. 6º ao 8º quando:

I - não houver um mínimo de três fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de
pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento
convocatório;

II - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso
para a administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;

III - a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 1993;

IV - a soma dos valores licitados nos termos do diposto nos arts. 6º a 8º ultrapassar vinte e cinco por cento do
orçamento disponível para contratações em cada ano civil; e

V - o tratamento diferenciado e simplificado não for capaz de alcançar os objetivos previstos no art. 1º,
justificadamente.
Curso de Formação de Pregoeiros 46
Parágrafo único. Para o disposto no inciso II, considera-se não vantajosa a contratação quando resultar em preço
superior ao valor estabelecido como referência.

Critérios previstos em ato convocatório

Art. 10. Os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte
deverão estar expressamente previstos no instrumento convocatório.

Enquadramento e identificação das ME/EPPS no pregão eletrônico

Art. 11. Para fins do disposto neste Decreto, o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte dar-
se-á nas condições do Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em especial quanto ao seu art. 3º, devendo ser exigido dessas
empresas a declaração, sob as penas da lei, de que cumprem os requisitos legais para a qualificação como
microempresa ou empresa de pequeno porte, estando aptas a usufruir do tratamento favorecido estabelecido nos arts.
42 a 49 daquela Lei Complementar.

Parágrafo único. A identificação das microempresas ou empresas de pequeno porte na sessão pública do pregão
eletrônico só deve ocorrer após o encerramento dos lances, de modo a dificultar a possibilidade de conluio ou fraude
no procedimento.

PROCEDIMENTOS POR OCASIÃO DA PARTICIPAÇÃO DE MICROEMPRESAS E


EMPRESAS DE PEQUENO PORTE EM PREGÃO (LEI COMPLEMENTAR 123/06)

Relativamente aos artigos 3º, 42 e 43 da Lei Complementar nº 123/06 que tratam do


enquadramento e habilitação das ME/EPPS, além da verificação automática junto à Receita Federal do
porte da empresa, refletida no sistema após o encerramento da fase de lances, o fornecedor, no ato de
envio de sua proposta, em campo próprio do sistema, deverá declarar que atende os requisitos do artigo
3º, para fazer jus aos benefícios previstos na referida Lei.

Ainda no que tange à habilitação, o favorecimento estabelecido nos artigos 42 e 43 permite ao


fornecedor, ME/EPP, entregar a documentação com possíveis restrições, as quais deverão ser sanadas no
prazo de dois dias úteis, prorrogáveis por mais dois dias, quando for o caso. A habilitação é um
procedimento do pregoeiro, não implicando em qualquer alteração do sistema, além da declaração já
mencionada.

Relativamente ao empate para a modalidade “pregão” de propostas entre fornecedores de médio e


grande porte e ME/EPP, previstos nos artigos 44 e 45, o sistema de pregão eletrônico passa a
disponibilizar funcionalidade que, após o encerramento da fase de lances, identificará, em coluna própria,
as ME/EPPS na ordem de classificação.

A proposta que se encontrar na faixa até 5% acima da proposta de menor preço estará empatada
com a primeira colocada e terá o direito, no prazo de 5 (cinco) minutos controlados pelo sistema, de
encaminhar uma última oferta, obrigatoriamente abaixo da primeira colocada para o desempate.

Para viabilizar tal procedimento, o sistema selecionará os itens com tais características,
disponibilizando-os automaticamente nas telas do pregoeiro e fornecedor, encaminhando mensagem
também automática, por meio do chat, convocando a ME/EPP que se encontra em segundo lugar, a fazer
sua última oferta, no prazo de 5 (cinco) minutos, sob pena de decair do direito concedido. Caso a ME/EPP
Curso de Formação de Pregoeiros 47
classificada em segundo lugar desista ou não se manifeste no prazo estabelecido, o sistema convocará as
demais ME/EPPS participantes na mesma condição, na ordem de classificação. Havendo êxito neste
procedimento, o sistema disponibilizará a nova classificação dos fornecedores, para fins de aceitação.
Não havendo êxito, ou não existindo ME/EPP participante, prevalecerá a classificação inicial. Caso sejam
identificadas propostas de ME/EPPS empatadas em segundo lugar, ou seja, na faixa dos 5% da primeira
colocada, e permanecendo o empate até o encerramento do item, o sistema fará um sorteio eletrônico
entre tais fornecedores, definindo e convocando automaticamente a vencedora para ao encaminhamento
da oferta final do desempate.

A negociação de preço junto ao fornecedor classificado em primeiro lugar, quando houver, será
sempre após o procedimento de desempate de propostas e classificação final dos fornecedores
participantes.

PROCEDIMENTOS NO SIASG/SIDEC

1) SIASG: Benefícios previstos pelo Decreto nº 6.204/07

O Decreto nº 6.204/07 concedeu tratamento diferenciado (benefício) para ampliar a participação


de micro e pequenas empresas nas licitações públicas, constituído por três tipos:

a) Benefício Tipo I – Contratações destinadas exclusivamente para ME/EPP e Cooperativas


(valor estimado em até R$ 80.000,00);
b) Benefício Tipo II – Subcontratação de ME/EPP/Cooperativas;
c) Benefício Tipo III – Reserva de cota exclusiva para ME/EPP e Cooperativas.

Os sistemas SIASG e COMPRASNET foram adequados para viabilizar a operacionalização de


compras de acordo com as disposições do supracitado Decreto. Essas adequações iniciam-se no SIDEC,
expandindo-se para os demais módulos (SISPP, SISRP, COMPRASNET, etc.).

As informações serão registradas durante a inclusão de aviso (IALAVISO), sendo um dos


requisitos o tratamento do benefício pelo edital. Quando o edital contiver o tratamento diferenciado da
exclusividade (Benefício Tipo I), deverá ser marcada a opção "SIM" na inclusão dos itens desse edital. Se
o edital não contiver benefício, a opção na inclusão dos itens será "NÃO".

O Benefício Tipo I, consideradas as ressalvas contidas no artigo 9º do supracitado Decreto, que


trata das contratações destinadas exclusivamente para ME/EPP/Cooperativas, poderá ser adotado por item
ou por edital de licitação.

Quando a opção em aplicar o benefício for por item, o valor total estimado do item não poderá
ultrapassar R$ 80.000,00. Recomenda-se que, na composição dos itens do edital, deverão ser
considerados materiais da mesma "família", bem como de serviços correlatos, de acordo com os
respectivos catálogos.

Quando a opção em aplicar o benefício for por edital, o somatório do valor estimado dos itens
não poderá ultrapassar a R$ 80.000,00. Caso esse somatório ultrapasse o valor de R$ 80.000,00, essa
licitação não poderá adotar o benefício da exclusividade para ME/EPP/Cooperativas. Não obstante, se
esse somatório (ou valor global) for igual ou menor que R$ 80.000,00, para essa licitação poderá ser
adotado o benefício da exclusividade para ME/EPP/Cooperativas, ressalvado o disposto no artigo 9º do
supracitado Decreto.
Curso de Formação de Pregoeiros 48
Para os dois casos (benefício por item ou por edital), o edital deverá prever a aplicação da
exclusividade ou para todo o edital ou para determinado(s) item(ns), e somente participarão as
ME/EPPs/Cooperativas que declararam, no ato de inclusão da proposta, fazer jus ao tratamento
diferenciado previsto na legislação.

Com relação à formação de lotes (ou "julgamento pelo menor preço global"), prevalece também o
somatório estimado de R$ 80.000,00 para cada edital ou processo de licitação como parâmetro de
aplicação ou não do tratamento diferenciado da exclusividade.

Lembramos que a definição do valor estimado é de responsabilidade do órgão contratante. Por


meio dos procedimentos de eventos de alteração e reabertura de prazo no SIDEC, o usuário poderá
promover alterações nos editais, da mesma forma como são realizadas hoje.

No que diz respeito aos resultados das licitações, módulo SISPP, quando da aplicação do benefício
da exclusividade para as modalidades de licitações previstas na Lei 8.666/93, o Sistema somente
permitirá o registro do fornecedor vencedor se for uma ME/EPP ou Cooperativa após a verificação, junto
à Receita Federal do porte da Empresa ou Cooperativa. Relativamente ao Pregão Eletrônico, o resultado é
encaminhado de forma eletrônica, não cabendo segunda verificação na Receita, vez que nesse tipo de
licitação, a identificação do porte da Empresa e/ou Cooperativa acontece no momento do envio da
proposta. Os procedimentos mencionados se repetem nas licitações para Registro de Preço (Concorrência
e Pregão). Os procedimentos de divulgação de resultado e empenho permanecem inalterados.

2) COMPRASNET: Tratamento diferenciado – Contratações exclusivas para ME/EPP e


Cooperativas, valor estimado em até R$ 80.000,00.

As informações registradas no SIDEC, sobre a aplicabilidade do benefício mencionado, para o


Comprasnet são refletidas de imediato na tela de proposta do fornecedor, que incluiu também as
Cooperativas (Lei nº 11.488 de 15/06/2007) no tratamento diferenciado das ME/EPPs, as quais
(cooperativas) passam também a declarar o atendimento aos requisitos do art.3º, da Lei nº123/2006, para
que possam usufruir dos mesmos benefícios destinados às ME/EPPs. Não obstante, o benefício atribuído
no edital e no SIDEC será registrado no formulário de proposta (tela) do fornecedor, bem como nas telas
do Sistema, em todas as fases do Pregão Eletrônico.

O tratamento diferenciado atribuído (tipo de benefício), além de permear todas as fases da sessão
pública, será parte integrante dos procedimentos recursais, adjudicação e homologação.

Quando da aplicação do benefício da exclusividade, tanto para edital quanto para item (ns), o
Sistema não permitirá a participação de empresas de médio e grande porte, inibindo o envio de propostas.
Os demais procedimentos permanecem inalterados.
Curso de Formação de Pregoeiros 49

7. CERTIFICAÇÃO DIGITAL

A Certificação Digital visa promover com recursos de tecnologia da informação e comunicação,


maior segurança nos atos praticados pelos pregoeiros e Ordenadores de Despesas nas execuções dos
Pregões Eletrônico, Presencial, Cotação Eletrônica de Preços e outros serviços disponibilizados pelo
Portal de Compras do Governo Federal – Comprasnet, tendo em vista o volume de transações realizadas
no referendo sítio.

DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DIGITAL

1) Homologação do Comprasnet permitindo a participação de pregoeiros e Ordenadores de


Despesas.

2) O Ministério do Planejamento encaminhará ao Órgão a ser certificado lista nominal dos


servidores para ratificação e/ou atualização, as quais serão encaminhadas ao SERPRO para validação e
certificação.

3) A partir da atualização das listas de servidores a serem certificados (pregoeiros/ Ordenadores de


despesas) serão adotados os seguintes procedimentos:

a) a certificação será local com o apoio do Órgão a ser certificado;

b) realizar reunião junto ao órgão selecionado, para definição de funções e atribuição de


responsabilidade quanto aos procedimentos relativos à certificação digital, com a participação da
autoridade certificadora;

c) a área de TIC, assumirá a responsabilidade de promover o suporte técnico que o Sistema


requer, incluindo a verificação da documentação exigida;

d) a autoridade certificadora repassará as orientações necessárias (pré-requisito a certificação)


esclarecendo dúvidas e definindo o cronograma de trabalho, inclusive os recursos de logística para a
instalação de AR (Autoridade Registradora) local;

e) na data estabelecida o órgão selecionado deverá disponibilizar as informações necessárias, a


documentação dos servidores, organizando e gerenciando o processo de certificação;

f) o Órgão a ser certificado garantirá que os dados, bem como a documentação fornecida para
AR-SERPRO é a expressão da verdade, assumindo a responsabilidade sobre sua autenticidade;

g) a AR-SERPRO, no ato da certificação entregará o TOKEN-A3, a cada servidor certificado,


o qual assinará o Termo de Responsabilidade;

h) A documentação pertinente à certificação será entregue a AR-SERPRO, que será responsável


pela sua guarda;
Curso de Formação de Pregoeiros 50
i) eventuais problemas e dúvidas quanto a utilização do TOKEN/CERTIFICAÇÃO serão sanadas
pela área de TIC, em conformidade com AR-SERPRO.

A ausência ou impedimento de servidores quando da certificação local implicará no seu


deslocamento para AR-SERPRO, em data previamente agendada.

O uso do certificado é de responsabilidade do servidor. No entanto, a revogação dos certificados


será de responsabilidade do órgão.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio da Secretaria de Logística e


Tecnologia da Informação, fornecerá os tokens.

A Atualização tecnológica que garantirá a segurança do nível de certificado estabelecido é de


responsabilidade do ITI (Instituto de Tecnologia da Informação) conforme definição constante no seu
arcabouço técnico normativo e nas suas atribuições institucionais.

PROCEDIMENTOS PARA OBTENÇÃO DA CERTIFICAÇÃO DIGITAL

1. Emissão dos Certificados

O certificado será solicitado, emitido e instalado na mídia criptográfica na hora e na presença do


interessado. A identificação do solicitante é obrigatoriamente presencial devido ao cumprimento de
normas estabelecidas pela ICP – Brasil.

Os servidores receberão juntamente com o token, onde será gerado e armazenado o seu par de
chaves, um manual contendo as instruções de uso.

A certificação será local com apoio do órgão a ser certificado. Na impossibilidade do servidor
certifica-se, a certificação será reagendada.

2. Documentos Necessários para Emissão dos Certificados

No ato da emissão do Certificado Digital, o servidor deverá portar, obrigatoriamente, o original e


duas fotocópias dos seguintes documentos:
a) cédula de Identidade ou Passaporte, se Estrangeiro;
b) cadastro de Pessoa Física (CPF);
c) número de Identificação Social - NIS (PIS, PASEP, ou CI), OPCIONAL;
d) cadastro Específico do INSS - CEI, OPCIONAL;
e) título de eleitor;
f) duas fotos 3x4 recente;
g) comprovante de residência.

Obs: Será solicitado também o e-mail funcional da Unidade Gestora.


Curso de Formação de Pregoeiros 51

TOKEN: INSTRUÇÕES DE USO

1. Insira o token com o seu certificado digital em uma porta USB livre;
2. Acesse www.comprasnet.gov.br ;
3. Clique em “SIASG”, logo depois selecione o ambiente de “Produção”;
4. Uma janela irá abrir, identificando seu certificado. Clique em “OK”;
5. Em seguida, insira o PIN que é a senha do seu token. Clique em “Login”;
6. Pronto! Você está autenticado e já pode trabalhar no pregão desejado.

REVOGAÇÃO/RENOVAÇÃO DO CERTIFICADO DIGITAL

A revogação do Certificado Digital será solicitada quando:


a) for necessária a alteração de qualquer informação constante do certificado digital;
b) nos casos de perda, roubo, comprometimento ou suspeita de violação/dano da chave privada
correspondente ao certificado digital;
c) for constatada informação incorreta no certificado.

A revogação poderá ser solicitada:


a) pelo titular do certificado digital;
b) autoridade superior do órgão/entidade;
c) autoridade certificadora – AC/SERPRO.

A renovação do certificado digital seguirá os mesmos procedimentos adotados para a certificação,


a qual deverá ser solicitada pela autoridade competente do Órgão/Entidade.

Os casos de perda, dano ou esquecimento de senha, requerem emissão de nova certificação,


adotando-se os mesmos procedimentos da renovação.

LOCALIZAÇÃO DAS SALAS DAS AUTORIDADES REGISTRADORAS (AR)

Entrar contato com a Central de Atendimento do SERPRO (CAS SERPRO) pelo telefone 0800-
9782329 para agendar a confirmação das informações com uma Autoridade Registradora (AR).

Regional Brasília – DF - SGAN QD. 601, Módulo G, CEP: 70836-900 Brasília - DF

Regional Belém – PA - Av. Perimetral da Ciência , nº 2.010 Terra Firme CEP: 66077-530. Fone:
91-4008-1847.

Escritório de Macapá – AP - Endereço: Av. Iracema Carvão Nunes, nº 93 - Bairro Centro, CEP
69.908-380.

Escritório de São Luiz – MA - Endereço: Rua Grande, nº 1.618, Canto da Fabril.


Curso de Formação de Pregoeiros 52

ANEXO I

GLOSSÁRIO

Agente Público – Pessoa física incumbida, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma


função estatal.

Ata de Registro de Preços - Documento vinculativo, obrigacional, com característica de


compromisso para futura contratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e
condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas
apresentadas;

Autoridade Competente – Servidor ou agente público com poder de decisão.

Bens e Serviços Comuns – Aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser concisa
e objetivamente definidos no objeto do edital, em perfeita conformidade com as especificações usuais
praticadas no mercado, entre os quais apoio administrativo e atividades auxiliares.

Comissão de Licitação – Criada pela Administração com a função de receber, examinar e julgar
todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes, em número
mínimo de três membros.

Compra – Toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou


parceladamente. Exemplos: aquisição de material de expediente, de medicamentos, de alimentos para
merenda escolar, etc.

Contratante - Órgão ou entidade signatária do instrumento contratual.

Contratado - Pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública.

Contrato – Todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e


particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.

Edital –Lei interna da licitação. Enumera todas as condições do edital que devem ser cumpridas
rigorosamente pela Administração e licitante, sob pena de se tornarem nulos todos os atos dele
decorrentes, inclusive o contrato. De um lado, a Administração impõe unilateralmente condições e de
outro os licitantes as aceitam ou não.

Empresa de Pequeno Porte - O empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada que aufira, em
cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Equipe de apoio – Grupo de pessoas, detentor de conhecimento técnico sobre o objeto licitado,
para prestar auxílio ao pregoeiro.
Curso de Formação de Pregoeiros 53
Instrumento Legal - É todo ato normativo ou instrumento jurídico ao qual seja atribuída força de
Lei, que tenha abrangência geral ou coletiva e disponha sobre matéria tutelada pelo Direito Público, tais
como acordos, convenções coletivas e decisões normativas trabalhistas.

Licitação – Procedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca,


mediante condições estabelecidas em ato convocatório, empresas interessadas na apresentação de
propostas para o oferecimento de bens e serviços.

Licitação Dispensada – Modalidade que a Lei de Licitações desobriga expressamente a


Administração do dever de licitar (ex: alienações de bens imóveis e móveis definidas no art.17, I, II, §2 e
§4º da Lei nº 8.666/1993).

Licitação Dispensável – Modalidade que a Lei de Licitações estabelece em lista fechada as várias
situações em que a licitação, embora possível, não é obrigatória. A lista prevista na lei é exaustiva.

Licitação Deserta – Caracteriza-se quando não comparece licitantes ao evento e uma nova
licitação acarretará prejuízos à Administração, caso o processo licitatório vier a ser repetido. Nesse caso,
se o objeto vier a ser contratado sem licitação, a dispensa somente poderá ocorrer, se mantidas as
condições estabelecidas no ato convocatório relativo à licitação declarada deserta.

Licitação Fracassada - Caracteriza-se quando há licitantes presentes ao evento, mas todas são
inabilitadas ou todas as propostas são desclassificadas. A contratação, por dispensa, não poderá ocorrer
antes que a Administração fixe o prazo de 8 dias úteis para apresentação de nova documentação, ou de
outras propostas, livres das causas dos motivos que deram causa à inabilitação ou à desclassificação.
Se, ainda assim, a licitação caracterizar-se fracassada poderá ser aplicada a dispensa de licitação.

Licitante – Pessoa jurídica que adquire o edital e seus elementos constitutivos/anexos e participa
da licitação.

Licitante Vencedora – Pessoa jurídica habilitada no procedimento licitatório e detentora da


proposta mais vantajosa, a quem for adjudicado o objeto da licitação.

Microempresa - O empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).

Objetivo da licitação – Garantia da observância do princípio constitucional da isonomia e da


seleção da proposta mais vantajosa para a Administração.

Obra – Toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de bem público,


realizada diretamente pela Administração ou de forma indireta, por intermédio de terceiro contratado por
meio de licitação, de acordo com a legislação vigente. Exemplos: construção de pontes, de estradas, de
escolas e de praças públicas, reforma de instalações, ampliação de hospital etc.

Ordenador de Despesa – Toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de


empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos” da Administração (art. 80 da
Lei 4320).

Órgão – Unidade de atuação que integra estrutura da Administração Pública.


Curso de Formação de Pregoeiros 54
Órgão Gerenciador - Órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução do
conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de
Preços dele decorrente;

Órgão Licitador – Aquele que realiza a licitação.

Órgão Participante - Órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e
íntegra a Ata de Registro de Preços.

Planilha de Custos e Formação de Preços – Documento que o licitante apresenta, contendo o


detalhamento dos custos que compõem seus preços.

Portal de Compras do Governo Federal – COMPRASNET - Permite o acesso, pela Internet,


no endereço www.comprasnet.gov.br, às informações sobre as licitações e contratações da Administração
Pública Federal, disponibilizando, ainda, a legislação vigente, os editais, as publicações e opção para o
cadastramento dos fornecedores no módulo Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores -
SICAF, e viabilizando o acesso ao SIASG e COMPRASNET, dos usuários dos órgãos públicos que
utilizam os sistemas.

Pregão – Modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços


comuns é feita em sessão pública, por meio de propostas de preços escritas e lances verbais ou via
Internet.

Pregão Presencial - Modalidade de pregão com a presença ou não do licitante. Exige-se a


presença do licitante apenas para o fornecimento de lances verbais.

Pregão Eletrônico - Modalidade de pregão que utiliza tecnologia da informação. O fornecimento


de lances é feito somente pela internet.

Pregoeiro – Aquele que é designado para receber a proposta e os lances, verbais ou via Internet,
analisar a aceitabilidade da proposta e efetuar sua classificação, habilitar o licitante e adjudicar o objeto
ao vencedor.

Projeto Básico – Descrição detalhada do objeto a ser contratado, dos serviços a serem executados,
sua freqüência e periodicidade, características do pessoal, materiais e equipamentos a serem fornecidos e
utilizados, procedimentos a serem seguidos, cuidados, deveres, disciplina, gestão da qualidade,
informações a serem prestadas e controles a serem adotados.

Projeto Executivo – Conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da


obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Repactuação - É o processo de negociação para a revisão contratual de forma a garantir a


manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em face da variação dos custos contratuais
dos serviços continuados, devendo estar previsto no instrumento convocatório com data vinculada à
apresentação das propostas ou do acordo ou convenção coletiva ao qual o orçamento esteja vinculado, no
caso da primeira repactuação, ou da última repactuação, no caso de repactuação sucessiva.

Serviço – Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a


Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação,
adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais. Exemplos: demolição de prédio, conserto de móveis, montagem de divisórias, serviços de
Curso de Formação de Pregoeiros 55
limpeza e conservação de imóveis públicos, serviços de manutenção de instalações elétricas e hidráulicas
de edifício e aluguel de prédios públicos etc.

Serviços Continuados – Aqueles serviços auxiliares, necessários à administração para o


desempenho de suas atribuições, cuja interrupção possa comprometer a continuidade de suas atividades e
cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro.

Serviços Não-Continuados - Aqueles que têm como escopo a obtenção de produtos específicos
em um período pré-determinado

Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF - Registro cadastral único,


cujo objetivo é habilitar pessoas físicas e jurídicas cadastradas no Sistema, mediante a apresentação da
documentação estipulada nos incisos I, III e IV do art. 27, quando for o caso, combinados com os arts. 28,
29 e 31, todos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, possibilitando a análise quanto à habilitação
jurídica, regularidade fiscal e qualificação econômico-financeira.

Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras – SIDEC - Realiza o cadastramento de


processos de compras e contratações efetuados pela Administração Pública Federal, em todo o território
nacional, e o conseqüente envio eletrônico de matérias relativas aos avisos e editais de licitação, dispensa
e inexigibilidade e dos resultados, à Imprensa Nacional, disponibilizando, ainda, no Portal de Compras do
Governo Federal - www.comprasnet.gov.br, os avisos, os editais e os resultados de licitações.

Sistema de Gestão de Contratos – SICON - Efetua o cadastramento dos extratos de contratos


firmados pela Administração Pública Federal e o envio eletrônico, para publicação, pela Imprensa
Nacional, bem como o acompanhamento da execução contratual, por intermédio do respectivo
cronograma físico-financeiro, disponibilizando- os no COMPRASNET.

Sistema de Minuta de Empenho – SISME - Possibilita a elaboração da minuta de empenho, no


SIASG, com o respectivo envio ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal -
SIAFI, gerando a Nota de Empenho.

Sistema de Preços Praticados – SISPP - Registra os valores praticados nos processos de


contratações governamentais, discriminados por unidade de medidas de padrão legal e marcas, com vistas
a subsidiar o gestor, a cada processo, na estimativa da contratação e antes da respectiva homologação,
para confirmar se o preço a ser contratado é compatível com o praticado pela Administração Pública
Federal.

Sistema de Registro de Preços - SRP - Conjunto de procedimentos para registro formal de


preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras.

Termo de Referência – Documento que deverá conter elementos capazes de propiciar a avaliação
do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado, considerando os preços praticados no
mercado e o prazo de execução do contrato.
Curso de Formação de Pregoeiros 56

ANEXO II

DELIBERAÇÕES

BENS E SERVIÇOS COMUNS

Acórdão TCU 1182/2004 - Plenário - Realize procedimento licitatório na modalidade pregão


sempre que os produtos e serviços de informática possuam padrões de desempenho e de qualidade
objetivamente definidos pelo edital, com base em especificações usuais no mercado, conforme prevê o
art. 1º, parágrafo único, da Lei 10.520/2002, haja vista a experiência que a Administração Pública vem
granjeando na redução de custos e do tempo de aquisição de bens, adquiridos por intermédio daquela
espécie de certame público.

ATO CONVOCATÓRIO

SÚMULA 177 - Definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra indispensável da
competição, até mesmo como pressuposto do postulado de igualdade entre os licitantes, do qual é
subsidiário o princípio da publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais das
condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da licitação para compra, a quantidade
demandada uma das especificações mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão.

Acórdão TCU 6613/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que, em relação à elaboração dos
atos convocatórios das licitações envolvendo a aplicação de recursos públicos federais, abstenha-se de: a)
exigir, como condição de habilitação dos licitantes, a apresentação de guia de recolhimento de taxa
relativo à aquisição de cópia do ato convocatório, uma vez que tal exigência não está prevista nos arts. 27
a 31 da Lei nº 8.666/1993, de forma que a aquisição em apreço constitui uma faculdade e não um dever
dos interessados, mormente quando o edital esteja disponibilizado na internet; b) estabelecer condições de
participação em certames licitatórios anteriores à fase de habilitação e não previstas na Lei nº 8.666/1993,
a exemplo da prestação da garantia de que trata o art. 31, inc. III, da Lei nº 8.666/1993, antes de iniciada a
fase de habilitação, devendo processar e julgar a licitação com observância dos procedimentos previstos
no art. 43 da Lei nº 8.666/1993 e nos princípios estatuídos no inc. XXI do art. 37 da CF e no art. 3º da Lei
nº 8.666/1993; c) exigir capital social mínimo, cumulativamente com a prestação da garantia prevista no
art. 31, inc. III, da Lei nº 8.666/1993, uma vez que o § 2º do mencionado artigo permite tão somente à
Administração exigir, alternativamente, capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo ou as garantias
previstas no § 1º do art. 56 do referido diploma legal; d) realizar qualquer modificação em edital de
licitação, capaz de afetar a formulação das propostas, sem atentar para a necessidade de reabertura de
prazos disciplinada no art. 21, § 4º, da Lei nº 8.666/1993; e) estabelecer condições não previstas no art. 31
da Lei nº 8.666/1993, especialmente não exigindo comprovação de capital integralizado; f) utilizar
índices contábeis em patamares excessivos, para a avaliação da qualificação econômico-financeira dos
licitantes, observando o disposto no art. 31, § 5º, da Lei nº 8.666/1993, e atentando quanto à necessidade
de justificar, no processo administrativo da licitação, os índices previstos no edital.

Acórdão TCU 6538/2009 – 1ª Câmara - Determinação/recomendação/orientação (Sic) ... para


que, nas licitações para contratação de serviços, faça constar nos editais de licitações e respectivos
contratos, especialmente nos casos de serviços continuados, cláusulas que estabeleçam os critérios, data-
Curso de Formação de Pregoeiros 57
base e periodicidade do reajustamento de preços e de critérios de atualização monetária, contendo
expressamente o índice de reajuste contratual a ser adotado no referido instrumento, observado o disposto
no art. 1º, parágrafo único, inc. III e art. 2º, § 1º, ambos da Lei nº 10.192/2001.

Acórdão TCU 2739/2009 – Plenário - Determinação .... para que, quando entender necessária a
apresentação de amostras no âmbito de licitações promovidas pela entidade, restrinja a exigência aos
licitantes provisoriamente classificados em 1º lugar, e desde que de forma previamente disciplinada e
detalhada no respectivo instrumento convocatório, nos termos dos art. 45 da Lei nº 8.666/93 c/c o art. 4º,
inc. XVI, da Lei nº 10.520/2002 e o art. 25, § 5º, do Decreto nº 5.450/2005.

Acórdão TCU 2093/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça constar obrigatoriamente
em seus editais de licitação para contratação de obras e serviços os critérios de aceitabilidade de preços
unitários e global, consoante o disposto no art. 40, “caput” e inc. X, da Lei nº 8.666/1993 e no inc. II, §
1º, alíneas “a” e “b”, do art. 48 da Lei nº 8.666/1993, cabendo à administração verificar, nos casos
considerados inexeqüíveis a partir do referido critério, a efetiva capacidade de a licitante executar os
serviços, no preço oferecido, assegurado o alcance do objetivo da licitação, que é a seleção da proposta
mais vantajosa e, por conseqüência, do interesse público, cuidando para que não sejam eliminadas
empresas que apresentem preços unitários abaixo dos limites definidos na Lei, mas que não tenham
elevada materialidade no total do contrato.

Acórdão TCU 1978/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça divulgar, em suas
licitações, exceto as realizadas na modalidade de pregão, como parte integrante do edital, o orçamento
analítico, contendo a composição de todos os seus custos unitários, devidamente detalhada, em respeito
ao disposto no artigo 40, § 2º, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 1979/2009 – Plenário - Determinação ... para que, em processos licitatórios,
abstenha-se de exigir, no ato convocatório, que as empresas licitantes e/ou contratadas apresentem
declaração, emitida pelo fabricante do bem ou serviço licitado, de que possuem plenas condições técnicas
para executar os serviços, são representantes legais e estão autorizadas a comercializar os produtos e
serviços objeto do termo de referência, uma vez que essa exigência restringe o caráter competitivo do
certame e contraria os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão 4300/2009 - 2ª Câmara - Determinação ...... para que se abstenha de prever, em seus
editais, a exigência de que a licitante seja credenciada, autorizada, eleita, designada, ou outro instituto
similar, pelo fabricante para fornecer, instalar, dar suporte e configurar os equipamentos que constituam o
objeto da licitação, tendo em vista tratar-se de condição que restringe indevida e desnecessariamente o
caráter competitivo do certame, contrariando os arts. 3º, § 1º, inc. I, e 30 da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 4278/2009 – 1ª Câmara - Determinação ao .... para que, em procedimentos


licitatórios, limitese a inserir exigência da apresentação de amostras ou protótipos dos bens a serem
adquiridos, na fase de classificação das propostas, apenas ao licitante provisoriamente em 1º lugar e desde
que, de forma previamente disciplinada e detalhada, no instrumento convocatório, nos termos dos arts. 45
e 46 da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 3964 - 2ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de indicar preferência
por marca de objeto a ser adquirido por meio de procedimento licitatório, por contrariar os arts. 7º, § 5º, e
15, § 7º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993 e, na hipótese de se tratar de objeto com características e
especificações exclusivas, a justificativa para a indicação de marca, para fins de padronização, deverá ser
fundamentada em razões de ordem técnica.
Curso de Formação de Pregoeiros 58

Acórdão TCU 1726/2009 – Plenário - Determinação ... para que faça constar, como anexo aos
editais de licitação, o orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários, em
cumprimento ao art. 40, § 2º, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 3894/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de modificar,
mediante tratativas com as empresas participantes do certame, a natureza e as características do objeto
licitado, em atendimento ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, estabelecido no art. 3º
da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 2331/2008 – Plenário - TCU determina que, nos certames licitatórios que vier a
promover, objetivando a contratação de serviços de Tecnologia da Informação, sejam observadas as
seguintes linhas de ação conforme aplicável à modalidade de licitação adotada:
- promova a divisão do objeto em tantos itens quanto sejam tecnicamente possíveis e suficientes,
conforme o disposto no art. 23, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993, dando preferência à realização de
licitação independente para cada item, bem como contemplando requisitos de habilitação e critérios de
avaliação da proposta técnica objetivos, relevantes e específicos para cada item, de modo a favorecer a
competitividade do certame, a redução de preços, a especialização das empresas, a qualidade dos serviços
e a redução de riscos estratégicos e de segurança;
- estabeleça critérios de pontuação da proposta técnica que guardem estrita correlação com os
serviços a serem executados a fim de identificar as empresas detentoras de maior capacitação e aferir a
qualidade técnica da proposta, com observância ao disposto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993, explicitando
no processo a fundamentação para os itens objeto de pontuação;
- abstenha-se de incluir, nos editais de licitação, exigências e critérios de pontuação da proposta
técnica que violem os princípios da legalidade e da competitividade, a exemplo de critérios que
impliquem a comprovação de vinculação de quadro permanente de pessoal ao licitante antes da assinatura
do contrato com a Unidade;
- evite a atribuição de pontuação progressiva a um número crescente de atestados comprobatórios
de experiência contendo idêntico teor, uma vez que tal prática corresponde à aferição da quantidade de
vezes em que os mesmos serviços foram prestados pelo interessado, quesito que viola o princípio da
isonomia e que se afigura irrelevante para selecionar o licitante mais apto na licitação;
- abstenha-se de empregar, como critério de comprovação de certificado de qualidade, o
direcionamento à apresentação de certificado específico, considerando aceitável e suficiente a
apresentação de certificado de qualidade referente à área compatível com os serviços integrantes do
objeto licitado, desde que emitido por entidade certificadora credenciada por organismo oficial;
- defina as metodologias de medição dos resultados e de avaliação da qualidade dos serviços
prestados, com a fixação de variáveis objetivas, critérios de avaliação, escalas de valores e patamares
mínimos considerados aceitáveis pela administração, deixando clara a vinculação e a sujeição da
aceitação e do pagamento dos serviços prestados à satisfação dos requisitos definidos;
- estabeleça clara proporcionalidade entre a pontuação máxima possível e a dimensão da rede
computacional a ser gerenciada para fins de avaliação do fator pertinente, admitida a consideração, para
efeito de dimensão da rede computacional, daquela existente e das previsões de sua expansão desde que
autorizadas ou formalmente previstas em documento interno oficial;
- verifique se, pela natureza dos serviços a serem licitados ou pelo modo de execução usualmente
adotado no mercado em geral, deve haver pessoalidade, habitualidade e subordinação jurídica entre a
empresa contratada e os técnicos encarregados da execução dos serviços, fazendo incluir no edital a
vedação à participação de cooperativas de trabalho nos certames, caso tais requisitos sejam considerados
elementos essenciais da prestação de serviços.
Curso de Formação de Pregoeiros 59

Acórdão TCU 452/2008 – Plenário - Abster-se de publicar editais de licitação ou minutas de


contrato cujo conteúdo diferisse do aprovado pela assessoria jurídica, em obediência ao disposto no art.
38, parágrafo único, da Lei nº 8666/1993.

Acórdão TCU 914/2008 – Primeira Câmara – Faça constar dos editais de pregão com registro
de preços orçamento estimativo nos termos de referência e preço máximo admitido, bem como publicasse
o resultado do certame e convocasse os licitantes vencedores à assinatura das Atas de Registro de Preços.

Acórdão TCU 762/2008 - Segunda Câmara – Abster-se de incluir, em editais, exigências (para
fins de habilitação) de apresentação de documentos que não integrassem o rol estabelecido nos arts. 27 a
31 da Lei nº 8.666/1993, especialmente aquelas relativas à capacitação técnica que não estivessem
previstas em lei especial estrito senso.Câmara).

Acórdão TCU 1203/2005 - Primeira Câmara - Observe o dispositivo do art. 40, § 1°, da Lei n.
8.666/1993, segundo o qual o edital deve ser assinado pela autoridade que o expedir.

Acórdão TCU 799/2005 - Segunda Câmara - Cumpra rigorosamente as normas e condições do


edital, na forma do art. 41 da Lei nº 8.666/1993, respeitando o princípio da publicidade estabelecido no
art. 37 da Constituição Federal sempre que a alteração que se fizer necessária no edital puder vir a afetar a
formulação das propostas, hipótese em que deverá reabrir o prazo inicialmente fixado, divulgando a
modificação pelos mesmos meios que se deu a divulgação do texto original, haja vista o que dispõe o art.
21, § 4º, da referida Lei.

Acórdão TCU 301/2005 - Plenário - Estabeleça o preço do edital considerando apenas o seu
custo de reprodução gráfica, como estipulado no art. 32, parágrafo 5º, da Lei de Licitações.

Acórdão TCU 1094/2004 - Plenário - Determina que, quando da abertura de novo procedimento
licitatório observe o disposto no art. 3° da Lei 8.666/1993 e os seguintes preceitos na elaboração do
edital:
(...)
- inclua cláusulas contratuais que estabeleçam, como condição de efetivação de pagamento à
contratada, a comprovação da regularidade com o sistema de seguridade social em observância ao art.
195, § 3º, da CF (...);
- inclua, nos editais licitatórios e nos respectivos contratos, disposições que expressem claramente
a obrigação de os futuros contratados manterem todas as condições ofertadas em suas propostas técnicas
durante a execução contratual, em consonância com o que dispõe o art. 55, inciso XIII, da Lei
8.666/1993.

Acórdão TCU 642/2004 - Plenário - Nos futuros processos licitatórios, em observância ao que
dispõe o art. 40 da Lei nº 8.666/1993, que os editais sejam suficientemente claros e sem inconsistências
quanto aos critérios de julgamento, de modo a evitar interpretações dúbias por parte dos licitantes e da
CPL e desclassificações por mero rigorismo formal (...).

Acórdão TCU 1705/2003 - Plenário – Atente para os termos do inciso I do art. 40 c/c o §4o do
art. 7º e o inciso II do §7o do art. 15, da Lei n. 8.666/1993, bem como do inciso I do art. 8o do
Regulamento aprovado pelo Decreto n. 3.555/2000, de forma que o objeto da licitação seja descrito de
maneira clara e precisa, devendo o instrumento convocatório especificá-lo com as qualidades e
quantidades desejadas ou previstas (...).
Curso de Formação de Pregoeiros 60

Acórdão TCU 1292/2003 - Plenário - Faça constar dos atos convocatórios a minuta dos futuros
instrumentos de contrato a serem firmados, consoante preceituado no art. 62, § 1°, da Lei n° 8.666/93.

Decisão TCU 300/2002 - Plenário - Deve constar como anexo dos instrumentos convocatórios de
licitação, em qualquer modalidade, o demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de quantitativos
e preços unitários, como estabelece o art. 40, § 2º, inciso II, da Lei de Licitações e Contratos.

Decisão TCU 235/2002 - Plenário - O objeto a ser licitado deve ser apresentado de maneira clara
e objetiva, evitando divergências entre o objeto descrito no edital e aquele consignado na minuta de
contrato, nos termos dos arts. 40, inciso I, 54 § 1º e 55, inciso I, todos da Lei nº 8.666, de 1993.

Decisão TCU 444/2001 - Plenário - Deve ser promovida a reabertura dos prazos inicialmente
previstos, nos casos de alterações no edital, conforme disposto no § 4º do art. 21 da Lei nº 8.666, 1993,
com expressa justificativa quando o caso assim não requerer.

ESCOLHA DA MODALIDADE DE LICITAÇÃO

Acórdão TCU 836/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de fracionar
despesa em processo licitatório, com fuga da correta modalidade de licitação, buscando realizar um único
procedimento licitatório para objetos idênticos, mesmo que a fonte de recursos seja de diferentes
convênios, de acordo com o preceituado pelo Art. 23, §§ 1º, 2º e 5º da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 4742/2009 - 2ª Câmara - Determinação ... para que adote a modalidade licitatória
adequada, de acordo com os arts. 23 e 24 c/c o art. 57, inc. II, da Lei nº 8.666/1993, de maneira a evitar
que eventual prorrogação de contrato administrativo de serviços de natureza contínua dela decorrente
resulte em valor total superior ao permitido para a modalidade utilizada, em consonância com o
entendimento firmado pelo TCU, a exemplo dos Acórdãos nºs 260/2002-P, 1.521/2003-P, 1.808/2004-P,
1.878/2004-P e 1.084/2007-P.

Acórdão TCU 1395/2005 - Segunda Câmara - Escolha a modalidade de licitação com base nos
gastos estimados para todo o período de vigência do contrato a ser firmado, consideradas as prorrogações
previstas no edital, nos termos dos arts. 8° e 23 da Lei n° 8.666/1993.

Acórdão TCU 90/2004 - Segunda Câmara - Proceda a adequado planejamento das licitações, de
modo a demonstrar, nos autos, que o enquadramento na modalidade adotada foi precedido de avaliação
dos custos totais de sua conclusão, levando-se em consideração, inclusive, as despesas decorrentes de
prorrogações contratuais, nos termos do art. 57 da Lei nº 8.666/93, observando-se as disposições contidas
nos arts. 40, 41, 43 e 48 da Lei nº 8.666/93.

INTENÇÃO DE RECURSOS

Acórdão TCU 1.990/2008 – Plenário – Determinou ao Ministério do Planejamento, Orçamento e


Gestão para que oriente os usuários do Sistema COMPRASNET, no sentido que seja estabelecido, como
30 (trinta) minutos, o tempo mínimo para apresentação de recursos por parte dos licitantes, quando da
realização de pregões.
Curso de Formação de Pregoeiros 61

HABILITAÇÃO

Acórdão TCU 471/2008 – Plenário – Abster-se, em procedimentos licitatórios, de exigir dos


licitantes, como condição para habilitação, capital social ou patrimônio líquido superior a 10% (dez por
cento) do valor total da contratação, observando com rigor as disposições do art. 31 da Lei nº 8.666/1993.

LANCES

Acórdão TCU 3894/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que evite realizar negociação de
preço com empresa que não participou da etapa de lances, devendo ser obedecidos os ditames do inc.
XVII do art. 4º da Lei nº 10.520/2002.

Acórdão TCU 688/2003 - Plenário - Adote providências para que as licitações na modalidade
pregão observem as regras estabelecidas no art. 4º da Lei nº 10.520/02, especialmente em relação à
verificação de conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório
antes da fase de lances, promovendo as devidas desclassificações de candidatos.

PREGÃO

Acórdão TCU 2371/2009 – Plenário - Determinação ... para que, por ocasião dos certames que
envolvam bens e serviços de tecnologia da informação considerados comuns, avalie a possibilidade de
adoção da modalidade pregão, observando as orientações constantes dos itens 9.2.1 a 9.2.6 do Acórdão nº
2.471/2008-P, as quais orientam adequadamente sobre a utilização preferencial da modalidade pregão em
licitações de informática.

Acórdão TCU 5.611/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que adote as providências
necessárias às modificações em edital de pregão eletrônico de 2009, a fim de excluir as seguintes
exigências editalícias, que atentam contra os princípios da isonomia, da legalidade, da competitividade e
da razoabilidade: a) apresentação de Certidão Negativa de Débito Salarial, de Certidão Negativa de
Infrações Trabalhistas e de prova de regularidade junto ao Sindicato Laboral; b) apresentação de
comprovante de recolhimento da Contribuição Sindical Patronal e do pagamento da anuidade do
Conselho Regional de Administração (CRA); c) apresentação de Licença Ambiental de Operação e do
Certificado de Registro Cadastral junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente; d) apresentação de
comprovante que possui Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) devidamente registrada na
Delegacia Regional do Trabalho; e) exigência de que os licitantes tenham capital social igual ou superior
a 10%; f) possibilidade de vistoria dos equipamentos.

Acórdão TCU 1978/2009 – Plenário - Determinação ... para que se abstenha de: a) realizar
licitações na modalidade pregão eletrônico para contratações de serviços especializados e complexos,
reservando a adoção desse tipo de certame para contratações de serviços que possam ser enquadrados
como comuns; b) efetuar, nos certames, exigências de requisitos para comprovação de aptidão técnica
fundados unicamente em local específico e no tempo de experiência profissional, em respeito aos
princípios da isonomia e da competitividade e às vedações ínsitas nos artigos 3º, § 1º, inc. I, e 30, § 5º, da
Lei nº 8.666/1993, exceto quando tais exigências se demonstrarem imprescindíveis à execução do objeto
e, após sua obrigatória motivação técnica, circunstanciada e pública, restar certificado que os parâmetros
estabelecidos são necessários, suficientes e pertinentes ao objeto licitado.
Curso de Formação de Pregoeiros 62

Acórdão TCU 3964/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que instaure processo
administrativo, nos termos da Lei nº 9.784/1999, para decidir sobre a aplicação da penalidade prevista no
art. 7º da Lei 10.520/2002 à empresa licitante que utilizou documentação falsa em pregão presencial de
2006, durante a fase de classificação desse certame.

Acórdão TCU 4034/2009 - 1ª Câmara - Determinação ... para que adote as medidas tendentes a
aperfeiçoar o acompanhamento da execução de seus contratos, de forma a evitar situações como a
ocorrida num pregão de 2006, em que, por conta de inadimplência contratual, houve contratação
emergencial, sem observar as regras previstas no art. 24, inc. XI, da Lei nº 8.666/1993, relativas à
convocação das empresas que participaram do aludido certame, obedecida a ordem de classificação e
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido.

Acórdão TCU 1709/2009 – Plenário - Determinação ... para que evite, em pregões eletrônicos,
solicitar de forma generalizada a todos os licitantes o envio de documentação por meio diverso do sistema
eletrônico, restringindo esse tipo de medida às empresas detentoras das propostas vencedoras do certame,
em atenção ao disposto no art. 21 do Decreto n° 5.450/2005.

Acórdão TCU 2584/2008 – Segunda Câmara - O TCU determinou que:


- planeje tempestiva e adequadamente as aquisições de mesma natureza, a fim de evitar a
realização de múltiplos certames para compras de objetos semelhantes, e, assim, obter economia de
escala, em observância ao princípio constitucional da eficiência; e
- utilize o pregão como modalidade de licitação obrigatória para adquirir bens e serviços comuns,
em observância ao disposto no art. 4º do Decreto 5.450/2005, bem como à jurisprudência daquele
Tribunal (a exemplo dos acórdãos 1.064/2005-Plenário e 816/2006-Plenário).

Acórdão TCU 1619/2008 – Plenário - Buscar adequar os procedimentos relativos ao pregão, no


sentido de evitar que ocorram equívocos, uma vez que não há previsão legal de que a manifestação de
intenção de recurso (efetivada na forma do art. 4º da Lei nº 10.520, de 17.07.2002, e no art. 11, inc. XVII,
do Decreto nº 3.555, de 07.07.1997), de forma imediata e motivada, pudesse ser recusada pelo pregoeiro
de forma sumária.

Acórdão TCU 1631/2005 - Primeira Câmara – O TCU determinou que:


- não se utilize do resultado da licitação na modalidade pregão (licitação deserta) para fins de
efetuar eventual aquisição com dispensa de licitação amparada no art. 24, inciso V, da Lei n.º 8.666/1993.
- realize licitações distintas, do tipo menor preço, preferencialmente na modalidade pregão, para a
aquisição de bens e produtos e para a contratação de serviços comuns de operação do sistema, evitando,
assim, a restrição à competição e atendendo ao disposto nos arts. 3º, 15, inciso IV e 23, § 1º, da Lei
8.666/1993.

Acórdão TCU 845/2005 - Segunda Câmara - Providencie, nas licitações na modalidade pregão,
orçamento atualizado e detalhado que possa subsidiar o preço de referência e assegurar, desta forma, o
princípio da economicidade, nos termos do art. 8°, inciso II, do Decreto n° 3.555/2000.

Acórdão TCU 799/2005 - Segunda Câmara - Observe o disposto no art. 4º da Lei nº


10.520/2002, que institui a modalidade de licitação denominada pregão, alertando o responsável de que o
seu descumprimento poderá ensejar a aplicação de multa.

Acórdão TCU 740/2004 - Plenário - O TCU expediu as seguintes recomendações:


Curso de Formação de Pregoeiros 63
- especifique nos avisos dos editais da modalidade pregão as quantidades dos bens a serem
adquiridos, definindo-se, assim, precisa, suficiente e claramente o objeto, nos termos do art. 11, II, do
Decreto nº 3.555/00.
- inclua nos editais da modalidade pregão, cujos objetos versarem sobre a aquisição de bens e
serviços de informática e automação, cláusula prevendo o direito de preferência nos termos estipulados no
art. 3º, da Lei nº 8.248/91, alterado pela Lei nº 10.176/01, devendo ser observadas as alterações
posteriores sobre a matéria.
- oriente o pregoeiro designado pela autoridade competente para examinar acuradamente no
momento da sessão da abertura do pregão a compatibilidade do bem cotado pelos licitantes quanto às
especificações técnicas estipuladas no edital, fazendo constar em ata detalhadamente os motivos da
desclassificação, se for o caso, em observância ao art. 4º, XI, da Lei nº 10.520/02 c/c o art. 11, XII, do
Decreto nº 3.555/00.

Acórdão TCU 64/2004 - Segunda Câmara - Ao promover procedimentos licitatórios, inclusive


na modalidade de pregão observe as informações e valores constantes do orçamento prévio mencionado
no item anterior, utilizando-os como parâmetro para avaliação das propostas apresentadas.

Acórdão TCU 1292/2003 - Plenário - Abstenha-se de exigir, em futuras licitações realizadas na


modalidade “pregão”, certificados da série ISO 9000, em observância ao disposto no art. 3°, § 1º, inciso I,
da Lei nº 8.666/93, art. 3º, inciso II, da Lei nº 10.520/2002, e nas Decisões Plenárias nºs 020/1998 e
152/2000.

Decisão TCU 674/2002 - Plenário - É possível a contratação de mão-de-obra especializada para a


prestação de serviços de manutenção de bens móveis por meio da modalidade pregão.

Decisão TCU 343/2002 - Plenário (Relatório do Ministro Relator) - A lista de serviços


constante do Anexo II do Decreto nº 3.555, de 2000, não é exaustiva, haja vista a impossibilidade de
relacionar todos os bens e serviços comuns utilizados pela Administração.

CLASSIFICAÇÃO/JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

Acórdão TCU 4.999/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que observe o art. 29, § 2º da
IN/SLTI-MP nº 2/2008, segundo o qual a inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos, desde que não contrariem instrumentos legais, não caracteriza motivo suficiente para a
desclassificação da proposta, assim como o § 3º do mesmo artigo, que orienta que se houver indícios de
inexequibilidade da proposta de preço, ou em caso da necessidade de esclarecimentos complementares, o
órgão poderá efetuar diligências, na forma do § 3º do art. 43 da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 2371/2009 - Plenário – Determinação ... para que, em procedimentos licitatórios,
abstenha-se, na fase de julgamento das propostas, de considerar erros ou omissões no preenchimento da
planilha de custos e formação de preços prevista como critério de desclassificação de licitantes, por
contrariar o artigo 3º da Lei nº 8.666/1993 e a jurisprudência do TCU (Acórdãos nºs 2.104/2004-P,
1.791/2006-P, 1.179/2008-P e 4.621/2009-2ª C).

Acórdão TCU 2060/2009 - Plenário - Determinação ... para que se abstenha, na fase de
julgamento das propostas de procedimentos licitatórios, de considerar erros ou omissões no
preenchimento da planilha de custos e formação de preços prevista na IN/SLTI-MP nº 02/2008 como
critério único de desclassificação de licitantes, em razão do caráter instrumental da planilha de preços, do
Curso de Formação de Pregoeiros 64
disposto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993 e a da jurisprudência do TCU (Acórdãos nºs 2.104/2004-P,
1.791/2006-P e 1.179/2008-P e Acórdão nº 4.621/2009-2ª C).

- Acórdão TCU 4039/2008 – Segunda Câmara – O TCU determinou que, nos procedimentos
licitatórios sob a tutela em que todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem
desclassificadas, observe que a discricionariedade disposta no Art. 48, § 3º, da Lei 8.666/1993 somente
pode ser aplicada à totalidade dos licitantes; ou seja, um novo prazo somente poderá ser concedido para
apresentação de novas propostas ou para a regularização de documentação se o for para todos os
licitantes.

Acórdão TCU 3905/2008 – Segunda Câmara - O TCU expediu as seguintes recomendações:


- sempre que se fizer necessária a alteração do edital da licitação, dê efetiva publicidade às
mudanças realizadas e,quando houver implicações na formulação das propostas dos participantes,
promova a reabertura do prazo de 8 dias úteis, previsto no art. 4º, inciso v, da lei 10.520/2002 e no art. 17,
§ 4º, do Decreto 5.450/2005, conforme estabelecido no art. 20 desse mesmo Decreto e no art. 21, § 4º, da
Lei 8.666/1993;
- evite solicitar de forma generalizada a todos os licitantes o envio de documentação por meio
diverso do sistema eletrônico, buscando restringir esse tipo de medida às empresas detentoras das
propostas vencedoras do certame;
- caso seja necessário exigir a remessa por meio do sistema eletrônico de documentos referentes à
proposta ou à habilitação das licitantes, procure estabelecer prazo razoável e meio adequado para que os
concorrentes possam cumprir a exigência editalícia, de forma a evitar a injusta desclassificação de
licitantes;
- abstenha-se de prever de forma genérica a possibilidade de seleção de propostas em razão da
qualidade do produto, tendo em vista que o julgamento das propostas deve se dar de forma objetiva,
conforme critérios previamente estabelecidos no edital,nos termos do art. 40, inciso VIIi, da Lei
8.666/1993.

Acórdão TCU 1.174/2008 – Segunda Câmara - o TCU aplicou multa a responsáveis e


considerou como prática de irregularidade o comprometimento do sigilo das propostas e do caráter
competitivo de uma determinada licitação, evidenciada pela similitude na redação de propostas
apresentadas pelos licitantes, em ofensa ao art. 3º da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 96/2004 - Plenário - Adote, em futuros certames licitatórios, a verificação da


conformidade de cada proposta com os preços correntes no mercado com o conseqüente registro de tais
preços na ata de julgamento e dos critérios de aceitabilidade dos preços unitários dos serviços licitados,
promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis, de Acordo com o art.
43, IV, da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 1564/2003 - Plenário - Acrescente cláusula definindo os critérios de aceitabilidade


de preços unitários, com a fixação de preços máximos, tendo por limite os valores estimados no
orçamento a que se refere o inciso II do § 2º do art. 40 da Lei nº 8.666/1993, desclassificando a proposta
que não atender a esse critério, com base nos arts. 40, inciso X, e 48, inciso I, da mesma Lei.

SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)

Acórdão TCU 6511/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que se abstenha de aderir ou
participar de Sistema de Registro de Preços, se a gerência desse estiver a cargo de órgão ou entidade da
Administração Pública Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, em razão da devida publicidade que
Curso de Formação de Pregoeiros 65
deve ser dada ao certame licitatório no âmbito da Administração Pública Federal, em obediência ao inc. I
do art. 21 da Lei nº 8.666/1993, bem como de conformidade aos princípios básicos da legalidade, da
publicidade e da igualdade e à Orientação Normativa/AGU nº 21/2209. Lembramos à rede do Ementário
de Gestão Pública, curiosamente, que o art. 2º da Lei nº 10.191, de 14.02.2001 (DOU de 16.02.2001)
dispõe: “Art. 2º O Ministério da Saúde e os respectivos órgãos vinculados poderão utilizar
reciprocamente os sistemas de registro de preços para compras de materiais hospitalares, inseticidas,
drogas, vacinas, insumos farmacêuticos, medicamentos e outros insumos estratégicos, desde que prevista
tal possibilidade no edital de licitação do registro de preços. § 1º Os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios, bem como as respectivas autarquias, fundações e demais órgãos vinculados, também poderão
utilizar se dos registros de preços de que trata o caput, desde que expressamente prevista esta
possibilidade no edital de licitação. § 2º Sob nenhuma hipótese poderá o edital de licitação do registro de
preços ser elaborado em desacordo com a legislação vigente”.

Acórdão TCU 2410/2009 – Plenário - Determinação ... para que observe, em licitações sob a
sistemática de Registro de Preços, o disposto no art. 9º, inc. III, do Decreto nº 3.931/2001, no sentido de
fazer constar no edital o critério de aceitabilidade de preços unitários máximos que a administração se
dispõe a pagar, consideradas as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas, procedendo ao
exame da adequação de preços unitários, mesmo que a licitação seja realizada sob o tipo menor preço
global por lote. Determinação ... para que, em licitações sob a sistemática de Registro de Preços, proceda
à analise mais detida no tocante aos agrupamentos de itens em lotes, de modo a evitar a reunião em
mesmo lote de produtos que poderiam ser licitados isoladamente ou compondo lote distinto, de modo a
possibilitar maior competitividade no certame e obtenção de proposta mais vantajosa para a
Administração, fazendo constar dos autos do procedimento o estudo que demonstre a inviabilidade
técnica e/ou econômica do parcelamento.

Acórdão TCU 2444/2008 – Plenário - O TCU expediu as seguintes recomendações:


- nas futuras licitações para Registro de Preços, atenha-se estritamente aos termos do art. 4º do
Decreto 3.931/2001 e do art.15,§ 3º,inciso III, da lei 8.666/1993,ao estabelecer o prazo de vigência da
respectiva Ata, cuidando para que não haja confusões como as evidenciadas no pregão eletrônico 09/2008
(SRP);
- faça constar dos futuros processos licitatórios o orçamento detalhado em planilhas que
expressem a composição de todos os seus custos unitários, a fim de dar cumprimento ao art. 7º, §
2º,inciso II, da Lei 8.666/1993.

Acórdão TCU 1487/2007 - Plenário – Adote providências com vistas à reavaliação das regras
atualmente estabelecidas para o registro de preços no Decreto nº 3.931/2001, de forma a estabelecer
limites para a adesão a registro de preços realizados por outros órgãos e entidades, visando preservar os
princípios da competição, da igualdade de condições entre os licitantes e da busca da maior vantagem
para a Administração Pública, tendo em vista que as regras atuais permitem a indesejável situação de
adesão ilimitada a atas em vigor, desvirtuando as finalidades buscadas por essa sistemática.

Acórdão TCU 668/2005 - Plenário - Caso venha a utilizar o Sistema de Registro de Preços -
SRP, insira cláusula no edital vedando a utilização da ata de registro de preços por órgãos/entidades não
participantes.

Acórdão TCU 668/2005 - Plenário - (...) Entende que possa ser considerada regular a utilização
do SRP para a contratação de operadora de plano de assistência à saúde, desde que seja vedada a
utilização da ata de registro de preços por órgãos não-participantes do SRP.
Curso de Formação de Pregoeiros 66
Decisão TCU 472/1999 - Plenário - Com o intuito de evitar o fracionamento de despesa, deve ser
utilizado, na aquisição de bens, o sistema de registro de preços.

TERMO DE REFERÊNCIA

Acórdão TCU 2947/2004 - Primeira Câmara - Na fase preparatória dos pregões, atente para a
útil elaboração do termo de referência, de que trata o art. 8º do Decreto 3.555/2000, de modo que o
documento expresse a adequação do objeto licitado aos preços praticados no mercado.

PESQUISA DE MERCADO

Acórdão TCU 2432/2009 - Plenário - Determinação ... para que, em compras de no-breaks,
realize pesquisa de mercado com fornecedores suficientes, de forma a possibilitar a estimativa correta dos
valores a serem contratados e a compatibilidade dos preços propostos, inclusive das baterias, com os
praticados no mercado, conforme disposto nos arts. 43, inc. IV, e 48, inc. II, da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 2361/2009 – Plenário - Determinação ... para que se abstenha de utilizar a
variação de índice inflacionário para estimar o custo de bens e serviços a serem licitados, realizando, para
tal mister, a devida pesquisa de mercado, nos termos do art. 43, inc. IV, da Lei nº 8.666/1993.

Acórdão TCU 5245/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que, quando da realização de
procedimentos licitatórios, dispensas de licitação e adesões a Atas de Registro de Preços, sejam realizadas
as devidas pesquisas de preços e as mesmas sejam formalmente documentadas e juntadas aos respectivos
processos.

Acórdão TCU 4524/2009 – 1ª Câmara - Determinação ... para que, quando da elaboração de
estimativas de preços de produtos/serviços a serem licitados, inclusive daqueles de interesse do ...,
promova ampla pesquisa de preço, abrangendo outras aquisições/contratações da Administração Pública,
inclusive.

Acórdão TCU 90/2004 - Segunda Câmara - Elabore pesquisa de mercado quando da execução
de procedimento licitatório na modalidade Pregão, bem como, termo de referência contendo elementos
capazes de propiciar a avaliação do custo pela Administração, por meio de orçamento detalhado,
considerando os preços e as especificações em prática no mercado, conforme preconiza o art. 8º do anexo
I do Decreto nº 3.555, de 08/08/2000.

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Acórdão TCU 4.161/2009 – 2ª Câmara - Determinação ... para que aplique nas licitações que
realizar as disposições dos arts. 44 e 45 da Lei Complementar nº 123/06 (Estatuto das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte).

Acórdão TCU 2479/2009 - Plenário - Determinação ... para que se abstenha de conceder o
tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte previsto no art. 47 da Lei
Complementar nº 123/2006 quando não expressamente previsto no instrumento convocatório (Sic) ou
para contratações de valor superior a R$ 80.000,00, como determinam os arts. 48, I, e 49, I e III, daquele
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. A propósito, chamamos a atenção da
Curso de Formação de Pregoeiros 67
rede do Ementário de Gestão Pública para: a) Orientação Normativa/AGU nº 7, de 01.04.2009 (DOU de
07.04.2009, S. 1, p. 13): “O tratamento favorecido de que tratam os arts. 43 a 45 da Lei Complementar nº
123, de 2006, deverá ser concedido às microempresas e empresas de pequeno porte independentemente
de previsão editalícia”; b) determinação/ recomendação do próprio Plenário do TCU à .... para que, a fim
de conferir transparência e legalidade às licitações, preveja, em seus editais, itens específicos acerca da
comprovação das condições de enquadramento das empresas licitantes como Microempresas ou Empresas
de Pequeno Porte, de acordo com o artigo 3º da Lei Complementar nº 123/2006; bem como observe,
independentemente de tal previsão, a aplicabilidade dos artigos 44 e 45 da Lei Complementar nº
123/2006, nas hipóteses necessárias (Acórdão TCU nº 1.785/2008-Plenário).
Curso de Formação de Pregoeiros 68

ANEXO III

MENSAGENS SIAFI E SIASG DE INTERESSE

1) Códigos de Ocorrências no SICAF (Msg SIASG nº 2009/055761, de 03 de dezembro de 2009, do


DLSG).

Considerando que a atual tabela de ocorrências do SICAF encontra-se desatualizada, face à edição
da Lei nº 10.520, de 2002, bem como a jurisprudência a respeito do tema, tecemos as orientações
seguintes para aplicação dos códigos, enquanto estes não forem reformulados:
002 - Suspensão - Este código bloqueia o cadastro do fornecedor e deve ser aplicado por todos os
órgãos, integrantes ou não do SISG, no registro de:
a) Declaração de inidoneidade, imposta pelo inciso IV do Art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993.
b) Impedimento de licitar e contratar, imposto pelo Art.7º da Lei nº 10.520, de 2002. Salientamos,
no entanto, que este lançamento não deverá ser efetuado por órgãos e entidades municipais ou estaduais,
caso em que deve ser lançado o código 021.

021 - Suspensão - Órgãos não integrantes do SISG - Este código deve ser aplicado por todos os
órgãos, integrantes ou não do SISG, no registro de:
a) Suspensão temporária, imposta pelo inciso III do Art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993. Salientamos
que a suspensão temporária deve ser a plicada apenas, no âmbito da Administração, ou seja, do Órgão ou
entidade que aplicou a penalidade, portanto, neste caso, não deve ser utilizado o código 002, que bloqueia
o cadastro do fornecedor.
a) Impedimento de licitar e contratar, imposto pelo Art. 7º da Lei nº 10.520, de 2002, no caso de
órgãos estaduais ou municipais.

022 - Reativação - Este código deve ser lançado, com o objetivo de desbloquear o cadastro do
fornecedor. Se a penalidade for registrada erroneamente com o código 002, o código 022 deve ser
lançado, antes do registro da penalidade com o código correto.

023 - Revogação de ocorrência - Este código não desbloqueia o cadastro de fornecedor e não
corrige lançamentos errôneos de penalidades. Evite sua utilização. Conferir observação a respeito do
código 022 - reativação.

2) Licitação baseada em expectativa de crédito (Msg SIAFI nº 2009/1047580, de 14 de setembro de


2009, da SEF).

1. Informo a V. Exª que o plano de aplicação de recursos elaborado pelos ODS/ODG (UGR), com
base na aprovação da Lei Orçamentária Anual, é o instrumento de orientação mais adequado para a
administração das UG, com o propósito de viabilizar a adoção de providências previamente destinadas à
realização das despesas.
2. Dessa forma, o plano de aplicação de recursos passa a caracterizar a situação de "expectativa de
crédito", ocasião em que caberá a administração da UG expedir atos convocatórios, receber e abrir as
propostas de preços, adjudicar o(s) vencedor(es) do certame; mas somente homologar (ato privativo do
OD), contratar e empenhar a despesa, quando houver a disponibilidade efetiva do crédito orçamentário,
ou seja, a emissão de Nota de Movimentação de Crédito - NC, pelas UGR.
Curso de Formação de Pregoeiros 69
3. Esta Secretaria julga oportuno considerar que o uso do pregão pelo Sistema de Registro de
Preços (SRP), com validade de 01 (um) ano, tem sido a opção mais vantajosa para as UG, como
procedimento para realização de despesas, com a "expectativa de crédito".
4. Diante do exposto, esta Secretaria assevera que a divulgação do plano de aplicação de recursos,
como fonte de informação para as UG, se constituirá na previsão de descentralização de créditos
orçamentários, o que garantirá o cumprimento prévio das obrigações administrativas para a realização das
despesas.

Brasília - DF, 14 de setembro de 2009.

GEN EX FERNANDO SÉRGIO GALVÃO


SECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS

3) Orientações da Advocacia Geral da União (Msg SIAFI nº 2009/0449818 e 2009/0449886, ambas


de 22 de abril de 2009, da SEF).

1. Trata o presente expediente de orientações normativas da Advocacia-Geral da União – AGU


acerca dos procedimentos para realização de licitações e contratos da administração pública.
2. Com fulcro nos documentos citados na referência, esta Secretaria resolveu difundir, a seguir,
sob a forma de ementas, os assuntos normatizados pela AGU:

a. dispensa de licitação:
1) a contratação direta com fundamento no inc. IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, exige que,
concomitantemente, seja apurado se a situação emergencial foi gerada por falta de planejamento, desídia
ou má gestão, hipótese que, quem lhe deu causa será responsabilizado na forma da Lei;
2) não se dispensa licitação, com fundamento nos incs. V e VII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de
1993, caso a licitação fracassada ou deserta tenha sido realizada na modalidade convite;
3) empresa pública ou sociedade de economia mista que exerça atividade econômica não se
enquadra como Órgão ou entidade que integra a Administração Pública, para os fins de dispensa de
licitação com fundamento no inc. VIII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993; e
4) os contratos firmados com as fundações de apoio com base na dispensa de licitação revista no
inc. XIII do Art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, devem estar diretamente vinculados a projetos com
definição clara do objeto e com prazo determinado, sendo vedadas a subcontratação; a contratação de
serviços contínuos ou de manutenção; e a contratação de serviços destinados a atender às necessidades
permanentes da instituição.

b. inexigibilidade de licitação:
1) a contratação direta com fundamento na inexigibilidade prevista no Art. 25, inc. I, da Lei nº
8.666, de 1993, é restrita aos casos de compras, não podendo abranger serviços;
2) compete à Administração averiguar a veracidade do atestado de exclusividade apresentado nos
termos do Art. 25, inc. I, da Lei nº 8.666, de 1993;
3) é obrigatória a justificativa de preço na inexigibilidade de licitação, que deverá ser realizada
mediante a comparação da proposta apresentada com preços praticados pela futura contratada junto a
outros órgãos públicos ou pessoas privadas; e
4) contrata-se por inexigibilidade de licitação com fundamento no Art. 25, inc. II, da Lei nº 8.666,
de 1993, conferencistas para ministrar cursos para treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, ou a
inscrição em cursos abertos, desde que caracterizada a singularidade do objeto e verificado tratar-se de
notório especialista.
Curso de Formação de Pregoeiros 70

c. serviço contínuo:
1) a vigência do contrato de serviço contínuo não está adstrita ao exercício financeiro;
2) na contratação de serviço contínuo, com fundamento no Art. 24, inc. II, da Lei nº 8.666, de
1993, o limite máximo de R$ 8.000,00 (oito mil reais) deverá considerar a possibilidade da duração do
contrato pelo prazo de 60 (sessenta) meses;
3) o edital e o contrato de serviço continuado deverão indicar o critério de reajustamento de
preços, que deverá ser sob a forma de reajuste em sentido estrito, com previsão de índice setorial, ou por
repactuação, pela demonstração analítica da variação dos componentes dos custos; e
4) o edital e o contrato para prestação de serviço continuado devem conter apenas um evento
como marco inicial para a contagem do interregno de um ano para o primeiro reajuste ou repactuação: ou
a data da proposta ou a data do orçamento a que a proposta se referir.

d. registro de preços:
1) o prazo de validade da ata de registro de preços é de no máximo um ano, nos termos do Art. 15,
§ 3º, inc. III, da Lei nº 8.666, de 1993, razão porque eventual prorrogação da sua vigência, com
fundamento no § 2º do Art. 4º do Decreto nº 3.931,de 2001, somente será admitida até o referido limite, e
desde que devidamente justificada, mediante autorização da autoridade superior e que a proposta continue
se mostrando mais vantajosa;
2) na licitação para registro de preços, a indicação da dotação orçamentária é exigível apenas antes
da assinatura do contrato; e
3) é vedada aos órgãos públicos federais a adesão à ata de registro de preços, quando a licitação
tiver sido realizada pela Administração Pública Estadual, Municipal ou do Distrito Federal (assunto
também abordado na mensagem SIASG nº 052391, de 16 de abril de 2009).

e. contratos:
1) na análise dos processos relativos à prorrogação de prazo, cumpre aos órgãos jurídicos verificar
se não há extrapolação do atual prazo de vigência, bem como eventual ocorrência de solução de
continuidade nos aditivos precedentes, hipóteses que configuram a extinção do ajuste, impedindo a sua
prorrogação;
2) o reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer tempo, independentemente
de previsão contratual, desde que verificadas as circunstâncias elencadas na letra 'd' do inc. II do Art. 65,
da Lei nº 8.666, de 1993;
3) a alteração dos insumos da planilha de preços decorrente de acordo, convenção ou dissídio
coletivo de trabalho somente poderá ser objeto de pedido de repactuação contratual; e
4) na contratação de serviço em que a maior parcelado custo for decorrente de mão-de-obra, o
edital e o contrato deverão indicar expressamente que o prazo de um ano, para a primeira repactuação,
conta-se da data do orçamento a que a proposta se referir.

f. pagamento:
A despesa sem cobertura contratual deverá ser objeto de reconhecimento da obrigação de
indenizar nos termos do Art.59, parágrafo único, da Lei nº 8.666, de 1993, sem prejuízo da apuração da
responsabilidade de quem lhe der causa.

g. obra pública:
Na contratação de obra ou serviço de engenharia, o instrumento convocatório deve estabelecer
critérios de aceitabilidade dos preços unitários e global.
Curso de Formação de Pregoeiros 71
h. imóveis e locação:
A vigência do contrato de locação de imóveis, no qual a Administração Pública é locatária,
rege-se pelo Art. 51 da Lei nº 8.245, de 1991, não estando sujeita ao limite máximo de sessenta meses,
estipulado pelo inc. II do Art. 57, da Lei nº 8.666, de 1993.

i. Microempresas:
O tratamento favorecido de que tratam os Arts. 43 a 45 da Lei Complementar nº 123, de 2006,
deverá ser concedido às microempresas e empresas de pequeno porte independentemente de previsão
editalícia.

j. passagens:
O fornecimento de passagens aéreas e terrestres enquadra-se no conceito de serviço previsto no
inc. II do Art. 6º da Lei nº 8.666, de 1993.

k. regularidade fiscal:
A comprovação da regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento de serviços já
prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço público, pode ser dispensada em
caráter excepcional, desde que previamente autorizada pela autoridade maior do órgão contratante e,
concomitantemente, a situação de irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à agência
reguladora.

l. Processo Administrativo:
Os instrumentos dos contratos, convênios e demais ajustes, bem como os respectivos aditivos,
devem integrar um único processo administrativo, devidamente autuado em seqüência cronológica,
numerado, rubricado, contendo cada volume os respectivos termos de abertura e encerramento.

3. Considerando a importância de que se reveste as orientações normativas da AGU, esta


Secretaria recomenda aos Ordenadores de Despesas (OD) a fiel observância dos assuntos objeto de
difusão na presente mensagem, na condução dos procedimentos para realização de licitações e contratos.

Brasília-DF, 22 de abril de 2009.

Gen Div MARCIO ROSENDO DE MELO


Subsecretário de Economia e Finanças

4) Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) – Msg SIAFI nº 2009/0205493, de


16 Fev 09, da SEF).

1. Informo a todos os Ordenadores de Despesas (OD) que a Controladoria Geral da União - CGU
implantou o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, o qual contempla relação de
empresas punidas pela prática de irregularidades em licitações, fraudes fiscais ou no cumprimento de
contratos, firmados com Administração Pública em geral.
2. O CEIS é acessível por meio do portal da transparência, mantido pela CGU no endereço
http://www.portaltransparencia.gov.br/, à disposição de todos os órgãos interessados, quando da
realização de procedimentos licitatórios ou novas contratações, cabendo lembrar, ademais que, dado o
caráter essencialmente dinâmico das informações ali contidas, as respectivas consultas deverão ser
realizadas sistematicamente, e não apenas de forma esporádica.

Brasília - DF, 16 de fevereiro de 2009.

GEN DIV MARCIO ROSENDO DE MELO


Subsecretário de Economia e Finanças
Curso de Formação de Pregoeiros 72

5) Penalização no âmbito do Sistema de Registro de Preços (Msg SIASG nº 2008/050601, de 01 de


dezembro de 2008, do DLSG).

- Ao Órgão Gerenciador compete aplicar penalidade ao fornecedor faltoso, nos termos do art. 3°,
2°, VIII, quando se tratar de descumprimento da ata com relação aos órgãos gerenciador e participantes.
- Ao Órgão Participante compete aplicar penalidades ao fornecedor faltoso, após a assinatura do
contrato e comunicar a aplicação da penalidade ao Òrgão Gerenciador, nos termos do art. 3° 4° III e IV.
- Compete ao Órgão Aderente (“carona”) a responsabilidade de apurar e aplicar eventuais
penalidades ao fornecedor faltoso, por se tratar de relação estranha a ata de registro de preços. Após a
aplicação da penalidade, é necessário comunicar ao Órgão Gerenciador sobre a ocorrência, em analogia
com as obrigações do Órgão Participante.

6) Coordenação de Certames Licitatórios – SRP (Msg SIAFI nº 2008/1383214, de 27 de novembro


de 2008 – SEF)

1. Versa o presente expediente sobre questionamento apresentado pelo Cmdo da 11ª RM acerca da
possibilidade de coordenação centralizada dos certames licitatórios pelos Comandos de Guarnições.
2. Sobre o assunto, informo aos chefes de ICFEx que, de acordo com o artigo 5º da Portaria citada
na referência, esta Secretaria estabeleceu que os Comandos das Regiões Militares (RM) poderão exercer a
coordenação das licitações com a utilização do Sistema de Registro de Preços (SRP), instituído pelo
Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, alterado pelo Decreto nº 4.342, de 23 de agosto de 2002.
3. Considerando as inúmeras vantagens identificadas no SRP, esta Secretaria destaca a realização
de licitação centralizada em uma UG, denominada "Órgão Gerenciador" em benefício de outras UG
denominadas "Órgãos Participantes", tendo como consequência a liberação dos agentes da administração
das UG beneficiadas para outras atividades.
4. È importante ressaltar que, de acordo com o inciso III, do Artigo 5º, da mesma Portaria, os
Comandos das RM poderão indicar o "Órgão Gerenciador" localizado fora da sede da RM, quando existir
mais de uma UG na Guarnição e for recomendável a realização de licitação com a utilização de SRP.
5. Impende considerar que a coordenação a que se refere o caput do artigo 5º, da citada Portaria,
poderá ser realizada como alternativa pelos Órgãos Técnicos do Exército em relação às suas UG
apoiadas, mediante autorização da SEF.
6. Expendidas tais considerações, informo a essa Chefia que esta Secretaria autoriza os Comandos
de Guarnições a exercerem a coordenação das licitações com a utilização do SRP, como "Órgão
Gerenciador", tendo como "Órgãos Participantes" as UG sob sua jurisdição, quando, pelas características
de bens e serviços comuns, houver necessidade de contratações frequentes, as quais, obrigatoriamente,
deverão ser realizadas na modalidade "pregão", de acordo com as orientações contidas ma mensagem
SIAFI 2008/1237268 - SEF, de 28 de outubro de 2008, destinada a todos os OD das UG do Comando do
Éxército.
7. Diante do exposto, solicito aos Chefes de ICFEx, encaminharem aos Ordenadores de Despesas
(OD) dos Comandos de Guarnições, por meio de ofício, cópia da presente mensagem.
8. Por fim, com fulcro no art. 6º, da Portaria nº 006 - SEF, de 15 de outubro de 2003, informo que
a capacitação de pessoal dos Comandos de Guarnições para exercer as atividades no SRP deverá ser
realizada pela respectiva ICFEx de vinculação, mediante treinamentos específicos e quando for possível,
também, por intermédio de outros órgãos ou entidades da administração pública.

Brasília - DF, 27 de novembro de 2008.

Gen Div Sebastião Peçanha


Subsecretário de Economia e Finanças
Curso de Formação de Pregoeiros 73

7) Bens e Serviços Comuns (Msg SIAFI nº 2008/1320393, de 14 de novembro de 2008 – SEF)

1. Informo aos Ordenadores de Despesas (OD) que a orientação contida no item "3" da mensagem
SIAFI citada na referência – no sentido de que a classificação de bens e serviços comuns "corresponde" à
relação identificada como "anexo II" do Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000 - está consubstanciada
no § 2º, do Art. 3º,do mesmo Decreto, que considera os bens e serviços comuns como aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser concisa e objetivamente definidos no objeto do edital, em
perfeita conformidade com as especificações usuais praticadas no mercado,"de acordo" com o disposto no
anexo II; logo, o termo "corresponde", utilizado por esta Secretaria, revela uma grande semelhança com
o sentido da expressão "de acordo", usada no citado diploma legal.
2. Diante do exposto, esta Secretaria entende que não há necessidade de alterar a redação dada ao
item "3" da mensagem SIAFI da referência, uma vez que a especificação de quais bens e serviços se
enquadram na tipificação "comuns" é objeto do anexo II ao Decreto nº 3.555/00.
3. Ainda, acerca do assunto, o Tribunal de Contas da União(TCU), na publicação "Licitações e
Contratos", 3ª edição, ano 2006, página 35, assim se pronunciou:
"O bem ou o serviço será comum quando for possível estabelecer, para feito de julgamento das
propostas, mediante especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares
ao objeto.
São inúmeros os objetos a serem licitados que não são vistos com clareza pelo gestor com o
intuito de definir se o objeto é comum ou não. O legislador procurou, por meio de lista anexada ao
Decreto nº 3.555, de 2000, definir os bens ou serviços de natureza comum. No entanto, essa lista foi
considerada meramente exemplificativa, em razão da impossibilidade de se listar tudo que é comum.
Cabe ao gestor, na busca da proposta mais vantajosa para a administração, decidir-se pela
modalidade pregão sempre que o objeto for considerado comum. Quando a opção não recair sobre a
modalidade pregão, o gestor deve justificar, de forma motivada e circunstanciada, sua decisão".

Brasília - DF, 14 de novembro de 2008

Gen Div Sebastião Peçanha


Subsecretário de Economia e Finanças

8) Implantação de novas funcionalidades no Sistema de Pregão Eletrônico (Msg SIASG nº:


2008/050042, de 31 de outubro de 2008; 2008/049443, de 02 de outubro de 2008; 2008/041675, de 11
de janeiro de 2008; 2008/041698, 2008/041697, 2008/041701, 2008/041703, de 14 de janeiro de 2008,
todas do DLSG):

a) Funcionalidade relativa à suspensão de Pregão Eletrônico – (Msg SIASG nº: 2008/050042,


de 31 de outubro de 2008).
Atendendo a determinação do Tribunal de Contas da União, estamos implantando, no Sistema de
Pregão eletrônico, menu do pregoeiro, nova funcionalidade relativa à suspensão de pregão eletrônico, a
qual passa a veicular, no link “suspenso”, a característica da suspensão, que deverá ser informada pelo
pregoeiro sempre que efetuar tal procedimento, optando, no ato da suspensão, por uma das seguintes
possibilidades: “suspensão administrativa”, “suspensão por cautelar” e “suspensão por decisão judicial”.
Esclarecemos que, no ato da suspensão de um pregão, a justificativa continua obrigatória,
acrescentando apenas uma das três características mencionadas, de acordo com sua especificidade.

b) Campo Descrição Complementar – Alteração de funcionalidade – (Msg SIASG nº :


2008/049443, de 02 de outubro de 2008).
Curso de Formação de Pregoeiros 74
Levamos ao conhecimento de todos os usuários do Sistema de Pregão Eletrônico do Comprasnet
(pregoeiros e fornecedores/licitantes) que o campo “descrição complementar”, de preenchimento
obrigatório pelo fornecedor, foi alterado passando de 800 (oitocentos) caracteres para 5000 (cinco mil)
caracteres, bem como seu titulo de “descrição complementar”, para descrição detalhada do objeto
ofertado”, lembramos aos pregoeiros que o edital deverá prever a obrigatoriedade do detalhamento do
objeto ofertado. Não obstante, lembramos também aos fornecedores que o edital e mandatório para a
realização das licitações públicas de qualquer modalidade.

c) Cronometragem do prazo de intenção de recurso (Msg SIASG nº 2008/041675, de 11 de


janeiro de 2008).
Ao entrar na fase de habilitação, a partir da habilitação do fornecedor no primeiro item, o sistema
informará automaticamente aos fornecedores a abertura do prazo de intenção de recurso, ou seja, a cada
item habilitado os fornecedores poderão manifestar, via sistema, suas intenções de recorrer. Quando o
pregoeiro habilitar o último item, o sistema disponibilizará, de forma automática, uma tela onde deverá
ser informado o prazo final para o registro de intenções de recurso, que não poderá ser inferior a 20
(vinte) minutos e superior a 72 (setenta e duas) horas. A contagem do prazo atribuído pelo pregoeiro será
realizado pelo sistema, findo o qual o registro de intenções de recurso será encerrado automaticamente. O
juízo de admissibilidade (análise de intenções) poderá ser realizado imediatamente ou encerrada a sessão
pública, se for o caso. Havendo necessidade, o prazo para registro de intenção poderá ser reaberto
utilizando a opção “reabrir/alterar prazo de intenção de recurso”, disponibilizada no menu do pregoeiro,
sempre de forma justificada.

d) Antecipação dos prazos recursais (Msg SIASG nº 2008/041698, de 14 de janeiro de 2008).


A funcionalidade de “acompanhar recursos” (menu pregoeiro) passa a disponibilizar uma nova
opção na tela de detalhamento do item “antecipação de prazos recursais”, possibilitará ao pregoeiro, de
forma justificada, reduzir os prazos legais da razão e contra-razão dos recursos, desde que tenha precluído
tal direito, ou seja: esgotado o direito de interposição de recurso dos fornecedores (quando a razão do
recurso for registrada no primeiro ou segundo dias), o sistema disponibilizará,no rodapé da tela de
detalhamento do item, a opção de “antecipar prazo”, permitindo ao pregoeiro antecipar o prazo da contra-
razão. Da mesma forma, também poderá ser antecipado o prazo do pregoeiro e do Ordenador de
Despesas, quando for o caso. Os procedimentos de decisão poderão ocorrer no primeiro dia do prazo legal
estabelecido. Não obstante, os fornecedores poderão, também de forma justificada, desistir das
interposições das razões e contra-razões dos recursos. Ressalta-se que os prazos recursais atribuídos na
sessão pública são para todos os itens que tiveram suas intenções acatadas. No entanto, as antecipações
poderão ocorrer por item.

e) Melhorias na Ata Complementar (Msg SIASG nº 2008/041697, de 14 de janeiro de 2008).


A funcionalidade “retorno de fase – ata complementar” passa a permitir o registro irrestrito de
intenções de recurso para o mesmo item, ou seja, o pregoeiro ao reabrir a sessão pública de um
determinado pregão eletrônico, para a alteração de resultado (por acatamento de recurso) na fase de
habilitação, obrigatoriamente abrirá o prazo de registro de intenção de recurso para o item ou itens que
tiveram seus resultados alterados. O sistema permitirá o registro de novas intenções, inclusive pelos
mesmos fornecedores, a cada retorno de fase por meio da ata complementar. Ressalta-se que o uso dessa
funcionalidade poderá ser feito qualquer motivo, por item ou itens, de forma justificada, respeitando o
prazo de 25 (vinte e cinco) horas do encerramento da sessão pública. O uso dessa funcionalidade sempre
encerrará o envio automático pelo sistema, de mensagem avisando aos fornecedores licitantes o motivo,
dia e hora da reabertura. Também, nesse caso, o prazo mínimo para o registro de novas intenções, será de,
no mínimo, 20 (vinte) minutos após a conclusão do procedimento de habilitação.
Curso de Formação de Pregoeiros 75

f) Declarações virtuais (Msg SIASG nº 2008/041701, de 14 de janeiro de 2008).


Está sendo implantado, no sistema de pregão eletrônico, o envio das declarações de inexistência
de fato superveniente e de que a empresa não emprega menor, de forma virtual, ou seja, o fornecedor, no
momento da elaboração e envio da proposta, também enviará as referidas declarações, as quais somente
serão visualizadas pelo pregoeiro na fase de habilitação, quando também poderão ser alteradas ou
reenviadas pelos fornecedores, por solicitação do pregoeiro, não havendo mais necessidade do envio
desse documento por meio de fax ou outra forma determinada em edital. É importante que o envio
eletrônico das declarações seja tratado no edital.
Não obstante, alterou-se também o procedimento relativo à declaração de que a empresa licitante
conhece e concorda com as condições estabelecidas no edital e que atende aos requisitos de habilitação.
Essa informação passa a ser em formato de “declaração” e não apenas por assinalamento de quadrícula
pelo fornecedor no formulário de proposta, requisito obrigatório para a participação do licitante no pregão
eletrônico.
Todas as declarações, inclusive a que trata dos benefícios das ME/EPPS/Cooperativas, poderão ser
visualizadas e impressas a partir da fase de aceitação e habilitação respectivamente, ficando
permanentemente disponíveis para consulta e impressão pelo pregoeiro.

g) Melhorias Diversas (Msg SIASG nº 2008/041703, de 14 de janeiro de 2008).


Sempre que ocorrer empate real de proposta entre Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,
inclusive Cooperativas, não havendo lances entre os fornecedores, permanecendo o resultado de
propostas empatadas em primeiro lugar (ME/EPPS/Cooperativas), o sistema procederá, de forma
automática, o sorteio, encaminhando de imediato mensagem, via chat, identificando por meio do CNPJ e
denominação o fornecedor sorteado. Esse procedimento não altera em nada o empate ficto de
proposta/lances (até 5% maior) relativamente às propostas e lances das médias e grandes empresas,
quando as ME/EPPS/Cooperativas poderão enviar último lance para o desempate.
O sistema, por força da Lei 11.488/07, Art. 34, passa a incluir e considerar as cooperativas nos
termos do Art. 3º da Lei Complementar 123/06, fazendo a verificação de enquadramento junto à Receita
Federal, disponibilizando também, de forma automática, as declarações de que estas atendem aos
requisitos citados na referida Lei, para fins de obtenção dos benefícios inerentes às ME/EPPS.

9) Implantação do Sistema de Intenção de Registro de Preços (Msg SIASG nº 2008/048555, de 20 de


agosto de 2008, do DLSG).

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP, no âmbito de sua atuação, por


intermédio da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI, e do Departamento de
Logística e Serviços Gerais – DLSG, com amparo no Decreto n° 3931/2001, está implantando no
Comprasnet, a partir do dia 20 de agosto de 2008, um novo sistema denominado “Intenção de Registro de
Precos IRP”, o qual tem por objetivo tornarem públicas as futuras licitações para registro de preço
(pregão ou concorrência), na administração pública usuária do Comprasnet.
O tipo de licitação “registro de preços” está voltado, além de outras finalidades, para obtenção da
economia de escala, um dos seus principais requisitos, onde maiores quantidades deverão promover a
obtenção de menores precos.
Para tanto, o órgão que gerar a necessidade de se realizar registro de preços para contratações
futuras, deverá divulgá-la por meio do IRP, com antecedência no Comprasnet, visando a adesão de outros
órgãos interessados na contratação daquele mesmo objeto. O acesso ao sistema IRP será disponibilizado
para a função de pregoeiro, portanto caberá ao pregoeiro o registro da intenção, bem como das de cisões
que o sistema requer. É importante que o pregoeiro tenha em mãos o Termo de Referência para cadastrá-
lo no sistema, o qual disporá de campos próprios para indicação do material ou serviço a ser licitado,
quantidade, local e data de entrega.
Curso de Formação de Pregoeiros 76
Para gerir uma IRP, faz-se necessário que o gestor se cadastre no próprio sistema, definindo assim
sua atuação no referido processo. Outro procedimento muito importante é que deve ser realizado,
imediatamente, é a geração de uma lista, selecionando os principais materiais e serviços que o órgão
adquiri ou contrata, sob a forma de registro de preços. A partir dessa relação, os órgãos receberão e-mails,
sempre que uma IRP for cadastrada e contiver itens que estejam nas respectivas listagens.
Ao cadastrar uma IRP, o gestor deverá informar ainda o período de sua divulgação, o qual não
poder ser inferior a 5 (cinco) dias úteis (período para as adesões), além de se estabelecer uma data
provável para realização do certame. Após o término do período de divulgação, o gestor analisará as
adesões registradas, confirmando-as ou não no processo licitatório. A exclusão de uma adesão exigirá
justificativa. As adesões aceitas serão incorporadas à demanda inicial do gestor que poderá transferi-la ao
SIDEC para que seja, então, gerado o aviso da licitação, não havendo a necessidade de se cadastrar
novamente, no sidec, os itens a serem licitados. O gestor e os demais participantes informarão o valor
estimado de cada item, prevalecendo, no entanto, o valor estimado pelo gestor, que poderá alterar ou não
essa informação.
O sistema permite que, durante o período de divulgação, as informações registradas possam ser
alteradas, exceto a descrição do objeto. Para que seja alterada a descrição do objeto, o gestor terá que
acionar a opção “editar” a qual, nesse caso, deletará todas adesões registradas, obrigando a este efetuar
uma nova contagem de prazo.
Antes de se concluir uma IRP, qualquer informação poderá ser alterada.
O uso dessa funcionalidade é restrito aos órgãos que utilizam o Comprasnet.

10) Alteração da funcionalidade de Anexo – SIASG/Comprasnet (Msg SIASG nº 2008/046455, de 10


de abril de 2008).

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio da Secretaria de Logística e


Tecnologia da Informação – SLTI e do Departamento de Logística e Serviços Gerais – DLSG, está
implantando, nesta data, uma nova funcionalidade para o encaminhamento de anexo nas licitações que
tenham como objeto a contratação de serviços continuados (encaminhamento de planilhas), bem como
outros serviços ou bens materiais que tenham necessidade de se demonstrar a composição de preços.
A nova funcionalidade substitui a anterior e somente será utilizada durante a sessão pública do
pregão eletrônico, a partir do encerramento da fase de lances, após a classificação final das propostas,
inclusive quando houver a participação de ME/EPP, ou seja, a nova função ficará disponível para todo
qualquer pregão eletrônico na fase de aceitação das propostas. O envio de anexo deixa de existir no
SIDEC, quando da geração de “aviso”. As propostas do pregão eletrônico não conterão qualquer tipo de
anexo.
Na fase de aceitação, o pregoeiro poderá solicitar aos licitantes, o envio de anexo por item,
inclusive relativamente ao último lance ofertado, podendo também solicitar apenas do fornecedor cuja
proposta esteja em primeiro lugar. Para tanto, o pregoeiro fará uso da opção “convocar anexo”,
selecionando, na tela do sistema, o fornecedor convocado. O sistema encaminhará, via chat, mensagem de
convocação disponibilizando-a a todos, inclusive para a sociedade. Nesse momento, o fornecedor
convocado poderá encaminhar o arquivo anexo, por meio do link “anexar”, disponível apenas para o
fornecedor selecionado. Confirmado o envio do anexo, o link “anexar” do fornecedor passa a ter função
de “consultar”. Na tela do pregoeiro, após a convocação, o sistema informa, na coluna “anexo”, o link
“convocado”, o qual, após o envio do anexo pelo fornecedor, passa a disponibilizar o link “consultar”.
A função de enviar anexo do fornecedor desaparecerá quando o pregoeiro clicar no botão
“encerrar convocação” ou no procedimento de “recusar proposta” (do fornecedor convocado). A opção de
“convocar anexo” para o envio de anexo está disponível na fase de habilitação, sendo possível apenas
para o fornecedor que teve sua proposta aceita. Após o encerramento da sessão pública, o sistema
disponibilizará a opção de “convocar anexo”, na fase de adjudicação, sem contar, no entanto, com a
Curso de Formação de Pregoeiros 77
opção de chat. Nesse caso o fornecedor usará a função “enviar anexo/planilha atualizada”, podendo
utilizar o campo “observações” para explicitar tal procedimento.
Na fase transitória, os pregões eletrônicos que receberam anexos em suas propostas, e que ainda
não foram encerrados, terão o arquivo anexado excluído automaticamente pelo sistema, caracterizando a
necessidade de convocação do fornecedor classificado para o envio de um novo anexo os arquivos
anexados (planilhas, entre outros), ficarão disponíveis apenas para o pregoeiro na função “visualizar
propostas”.

11) Emissão de empenho estimativo para as licitações por Registro de Preços (Msg SIASG nº
2008/045705, de 06 de março de 2008, do DLSG).

O Departamento de Logística e Serviços Gerais comunica a todos os usuários do Sistema de


Administração de Serviços Gerais – SIASG que, a partir de 05 de março de 2008, o sistema está
preparado para emissão de empenho estimativo para as licitações por Registro de Preços.
Caso o Órgão deseje “pegar carona” em pregão de outro Órgão, o empenho deverá ser emitido
como ordinário e no momento do “envia minuta de empenho” alterar para estimativo.

12) Certificação Digital (Msg SIASG nº 2008/046720, de 28 de abril de 2008, do DLSG).

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio da Secretaria de Logística e


Tecnologia da Informação – SLTI e do Departamento de Logística e Serviços Gerais – DLSG, esclarece:
1) Nesta fase de implementação dos certificados digitais, os encargos financeiros da primeira
emissão deste dispositivo de segurança ficarão a cargo do Ministério do Planejamento, bem como os
custos da aquisição. Após expiração dos prazos de validade destes, os custos correrão por conta de cada
órgão ou entidade, que deverá prever dotação orçamentária específica em seus orçamentos. O custo
médio, já incluído o preço do certificado mais os serviços cobrados pelo SERPRO, é de (R$ 18,00 +
111,00) = R$ 129,00.
2) Revogação do Certificado Digital:
2.1 A revogação do Certificado Digital será solicitada quando:
- for necessária a alteração de qualquer informação constante do certificado digital;
- nos casos de perda, roubo, comprometimento ou suspeita de violação/dano da chave
privada correspondente ao certificado digital;
- for constatada informação incorreta no certificado.
2.2 A revogação poderá ser solicitada:
- pelo titular do certificado digital;
- autoridade superior do órgão/entidade;
- autoridade certificadora – AC/SERPRO.
2.3 A renovação do certificado digital seguirá os mesmos procedimentos adotados para a
certificação, a qual deverá ser solicitada pela autoridade competente do Órgão/Entidade.

2.4 Os casos de perda, dano ou esquecimento de senha, requerem emissão de nova certificação,
adotando-se os mesmos procedimentos da renovação.
2.5 Lembrete: Os prazos definidos para o encerramento da certificação digital, divulgados no
Comprasnet, serão rigorosamente observados.

3) Visando a redução dos custos na certificação digital, informamos que nos deslocamentos
específicos para essa finalidade, deverá ser verificado, com antecedência, junto à comunidade SERPRO, o
agendamento com a autoridade certificadora SERPRO, mais próxima ao usuário.
Curso de Formação de Pregoeiros 78

ANEXO IV

QUESTÕES COMENTADAS

PREGÃO ELETRÔNICO

1) Na descrição complementar constante no sistema do pregão eletrônico da Administração


Pública Federal (Comprasnet), é necessário descrever todas as características do objeto oferecido
pelo fornecedor? É suficiente preencher esse item com a expressão “de acordo com o edital”?
O pregão eletrônico, como qualquer outro procedimento licitatório, destina-se a selecionar a
proposta mais vantajosa, com observância do princípio da isonomia.
Apresenta-se indispensável tanto a adequada descrição do objeto pela Administração no
instrumento convocatório, permitindo aos interessados o conhecimento exato da qualidade do bem ou
serviço pretendido, quanto que o licitante também promova a descrição pormenorizada do bem ou serviço
por ele ofertado, comprovando que o objeto cotado atende as exigências editalícias.
A individualização do bem ofertado pelo licitante permite aferir se características do produto
ofertado estão em consonância com as condições que o instrumento convocatório prefixou. Sua omissão
representa óbice a que a Administração verifique a conformidade da oferta em vista de tais exigências e,
por conseguinte, se o produto cotado mostra-se apto a atender o interesse público reclamado.
Considerando o dever de o licitante individualizar o objeto por ele ofertado, é possível concluir
que será necessário, no item relativo à descrição complementar, mencionar todas as características do
bem ou serviço cotado.

2) É possível inserir no sistema do pregão eletrônico mecanismo que somente autorize o


registro de lances abaixo de determinado valor mínimo?
A fase de lances no pregão eletrônico tem a finalidade de fomentar a competição entre os licitantes
para, com isso, alcançar preço efetivamente mais vantajoso do que o contemplado na melhor proposta
inicialmente registrada.
Todavia, para a obtenção dessa vantagem interessa não só o número de lances, mas que cada lance
ofertado seja significativo em face do anterior, ou seja, que represente uma efetiva redução do preço
anterior. De nada adiantaria o oferecimento de inúmeros lances com vantagens irrisórias, com diferenças
de poucos reais ou centavos.
No intuito de evitar o desperdício de tempo e a frustração do objetivo da fase de lances, a
Administração poderá estabelecer no instrumento convocatório um valor mínimo a ser observado para
cada lance a ser oferecido. Contudo, é indispensável ressaltar que o valor limite deverá ser razoável e
proporcional em face do preço estimado da contratação, impondo-se uma acurada justificação nesse
sentido, sob pena de restar caracterizada restrição indevida da competitividade, vedada pelo art. 3°, § 1°,
inc. 1, da Lei n° 8.666/93, que tem incidência subsidiária em sede de pregão.
Conclui-se, dessa maneira, que será possível inserir mecanismo no sistema do pregão eletrônico
que somente autorize o registro de lances abaixo de determinado valor mínimo, o qual deverá ser fixado à
luz dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade e estar previsto no instrumento convocatório da
licitação.

3) No pregão eletrônico federal, o pregoeiro poderá reconsiderar sua decisão? E como ele
deverá proceder quando mantiver a decisão recorrida?
O art. 26, caput, do Decreto n° 5.450/2005, seguindo o disposto na norma geral constante do art.
4°, inc. XVIII, da Lei n° 10520/2002, estabelece que durante a sessão do pregão eletrônico, caso o
Curso de Formação de Pregoeiros 79
licitante pretenda recorrer, ele terá o dever de manifestar essa intenção imediata e motivadamente após a
declaração do vencedor, sendo-lhe concedido o prazo de três dias para a apresentação das razões do
recurso.
Encerrado o prazo para apresentação das razões recursais, inicia-se outro, igualmente de três dias,
para os demais licitantes apresentarem contra-razões, conforme intimação feita na própria sessão pública
do pregão (art. 4°, inc. XVIII, da Lei n° 10.520/2002 e art. 26, caput, do Decreto n° 5.450/2005).
O inc. IV do art. 8° do Decreto n° 5.450/2005, ao discriminar as atividades da autoridade
competente no pregão eletrônico, prescreveu o seguinte:
Art. 8° À autoridade competente, de acordo com as atribuições previstas no regimento ou estatuto do órgão ou da
entidade, cabe:
(...)
IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quando este mantiver sua decisão:”

Desse modo, infere-se que haverá a possibilidade de o pregoeiro reconsiderar sua decisão no
pregão eletrônico, tal como ocorre no recurso hierárquico previsto no art. 109, inc. I e § 4°, da Lei n°
8.666/93. Somente se o pregoeiro mantiver sua decisão, o recurso será remetido à autoridade competente
para julgamento.
Então, por força do disposto no art. 8°, inc. IV, do Decreto n° 5.450/200, no pregão eletrônico
federal, o pregoeiro poderá reconsiderar sua decisão. Caso entenda que a decisão deve ser mantida,
deverá remeter o recurso interposto à autoridade competente, a qual decidirá acerca de sua procedência.

4) Após a fase de lances, deve ser solicitada a recomposição dos preços da planilha original
de todos os licitantes que ofereceram lances?
A planilha de preços é o documento destinado a discriminar os insumos e custos unitários que
constituem o preço final proposto pelo licitante. É exigível nas licitações em que o objeto licitado envolva
uma pluralidade de elementos, tais como nos serviços de limpeza e vigilância, independentemente da
modalidade de licitação adotada. Por isso, também quando o objeto for licitado sob a modalidade pregão,
será cabível sua exigência, desde que estejam envolvidos vários insumos em sua execução.
A planilha dos licitantes deve ser elaborada em consonância com a planilha de quantitativos e
custos unitários preparada pela Administração, a qual deve constar como anexo do edital, nos termos do
art. 40, § 2°, inc. II, da Lei n° 8.666/93, que incide subsidiariamente em sede de pregão (art. 9°, da Lei n°
10.520/2002).
No pregão, quando o objeto licitado envolver inúmeros insumos, o licitante deverá apresentar sua
proposta escrita acompanhada da respectiva planilha de custos. Entretanto, como haverá mutabilidade das
propostas que forem para a fase de lances, essa situação ensejará a necessidade de modificar a planilha de
custos inicialmente apresentada.
Pode-se dizer que, nos pregões cujos objetos determinem a apresentação de planilhas de custos
pelos licitantes, ao invés de o pregoeiro solicitar a recomposição das planilhas de todos os licitantes que
ofereceram lances, após a realização da respectiva fase, seja feita essa exigência apenas ao autor da
melhor proposta, já que somente será necessário aferir a exeqüibilidade de sua oferta (art. 4°, inc. XI da
Lei n° 10.520/2002).
Ressalte-se que a planilha de custos, além de demonstrar a exeqüibilidade da proposta ofertada,
será de suma importância à contratação que se seguirá (servirá, por exemplo, como parâmetro a ser
observado na repactuação dos preços, quando cabível o emprego dessa forma de recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro do contrato).
A rigor, será suficiente exigir a recomposição dos custos da planilha somente do autor da melhor
proposta, após a fase de lances, não se fazendo necessário exigi-la de todos os licitantes que ofereceram
lances.
Curso de Formação de Pregoeiros 80

5) Em face da diferença de alíquotas de impostos incidentes nos produtos, é obrigatória a


equalização das propostas no pregão, após a realização da fase de lances? Qual o fundamento legal?
Como tratar a questão de diferenças entre licitantes de Estados diferentes e com alíquotas
diferenciadas?
O inc. XXI do art. 37 da Constituição Federal prescreve que a licitação se destina à observância do
princípio da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa. Portanto, na realização de qualquer
certame licitatório, aí considerado o pregão, deverá ser observado o princípio da isonomia.
Quando existem condições diferenciadas, decorrentes do próprio ordenamento jurídico vigente,
essas diferenças deverão ser observadas pela Administração Licitadora, sob pena de infringir o princípio
da isonomia. Por isso, não haverá o que se cogitar da equalização de propostas no pregão, após a fase de
lances, em virtude dos licitantes estarem sujeitos a cargas tributárias diferentes. O julgamento deve ser
promovido com base no valor ofertado por cada licitante, que cotou seu preço levando em consideração
sua realidade.
Diante do exposto, pode-se concluir que não será cabível promover a equalização das propostas no
pregão, após a fase de lances, em virtude de os licitantes estarem sujeitos a cargas tributárias diferentes. O
fundamento constitucional e legal é o princípio da isonomia. Por isso, o julgamento das propostas deverá
ser realizado considerando basicamente o preço ofertado por cada um dos licitantes, mesmo que
provenientes de Estados diversos e sujeitos a alíquotas tributárias diferenciadas.

6) Durante o período de divulgação do edital de pregão eletrônico realizado no âmbito


federal, é possível alterar a proposta inicialmente ofertada?
A regra, já ditada pelo regime jurídico da Lei n° 8.666/93, é de que os licitantes estarão vinculados
às propostas escritas apresentadas, não podendo mais alterá-las, a partir da abertura da sessão. A
possibilidade de alteração do valor escrito, por meio de lances, apresenta-se como característica das
modalidades leilão e pregão.
Contudo, mesmo no leilão e no pregão, os licitantes não poderão alterar as propostas escritas
inicialmente apresentadas após a abertura da sessão, somente sendo admitida a modificação do valor, no
momento oportuno, pelo oferecimento de lances verbais ou eletrônicos. Isso é indispensável para
assegurar a seriedade e a firmeza das ofertas levadas ao certame.
O marco que determina a impossibilidade de alteração da proposta escrita é o momento da
abertura da sessão. Dentro dessa idéia, o Decreto n° 5.450/2005, que regulamenta o pregão eletrônico no
âmbito federal, no seu art. 21 , caput e § 4°, dispôs o seguinte:

Art. 21 Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar proposta com a
descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a data e hora marcadas para abertura da
sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, quando, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de
recebimento de propostas.

(...)

§ 4º Até a abertura da sessão, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada.
(Grifamos).

Como se pode notar, o regulamento do pregão eletrônico federal expressamente autoriza a


modificação da proposta anteriormente apresentada durante o período de divulgação do edital. Aberta a
sessão, cessará tal possibilidade, estando os licitantes vinculados à última oferta registrada.

Face ao exposto, afirma-se que durante o período de divulgação do edital de pregão eletrônico
realizado pela Administração Pública Federal, será possível alterar a proposta inicialmente oferecida,
faculdade essa que cessará com a abertura da sessão.
Curso de Formação de Pregoeiros 81

7) Há necessidade de motivação na desclassificação de proposta no pregão eletrônico?


O pregão, enquanto modalidade licitatória, é um procedimento administrativo formal, composto
pelo encadeamento de atos administrativos, destinando-se a selecionar a proposta mais vantajosa com
observância do princípio da isonomia.
Os atos praticados durante o pregão, como qualquer outro ato administrativo, dependem do
cumprimento de alguns requisitos para a sua perfeição e validade, quais sejam: (a) agente competente;
(b) motivo; (c) conteúdo; (d) causa; (e) forma.
Por isso, o ato de desclassificação de proposta no pregão, seja ele realizado na forma presencial ou
eletrônica, deverá ser proferido pela autoridade competente (no caso, pelo pregoeiro), na forma escrita,
contendo o motivo que determinou a exclusão da oferta do certame, demonstrando-se, assim, a causa que
ensejou essa desclassificação.
O sistema do pregão eletrônico deve viabilizar a motivação do ato de desclassificação das
propostas, sob pena de invalidade do ato proferido. Inclusive, o art. 22, § 3°. do Decreto n° 5.450/2005
dispõe o seguinte acerca do tema:

Art. 22 A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por comando do pregoeiro com a
utilização de sua chave de acesso e senha.

(...)

§ 3º A desclassificação de proposta será sempre fundamentada e registrada no sistema com acompanha-


mento em tempo real por todos os participantes. (Grifamos.)

Assim, também no pregão eletrônico haverá necessidade de motivação na desclassificação de


proposta, sob pena de invalidade do ato.

8) Com o advento do Decreto nº 5.450/2005, tornou-se obrigatória, nas licitações de bens e


serviços comuns instauradas pela Administração Pública Federal, a utilização do pregão
eletrônico?

O pregão foi previsto pela primeira vez na Lei nº 9.472/97, como modalidade licitatória a ser
utilizada pela Anatel na contratação de bens e serviços comuns. Após atingir resultados positivos, essa
modalidade foi estendida aos demais órgãos e entes da Administração Pública Federal pela Medida
Provisória nº 2.026/2000.
Em 7 de julho de 2002, a Medida Provisória que regulamentava o pregão foi convertida na Lei nº
10.520/2002, tornando essa modalidade passível de ser adotada por qualquer órgão da Administração
Pública (federal, distrital, estadual ou municipal), acabando com as discussões acerca de sua
constitucionalidade que então eram argüidas.
No intuito de redisciplinar o pregão eletrônico no âmbito da União, com fundamento no § 1º do
art. 2º da lei nº 10.520/2002, foi editado o Decreto nº5.450/2005, que revogou o Decreto nº 3.697/2000. O
art. 4º do novo decreto do pregão eletrônico estabelece o seguinte:

Art. 4º- Nas licitações para aquisições de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo
preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

§ 1º- O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada
pela autoridade competente.

§ 2º - Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamentadas no inciso II, do artigo 24 da lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de
cotação eletrônica, conforme disposto na legislação vigente.
Curso de Formação de Pregoeiros 82
A partir da interpretação do dispositivo acima transcrito, pode-se aferir que, no âmbito da União,
será obrigatória a utilização da modalidade pregão para a contratação de bens e serviços comuns,
preferencialmente sob a forma eletrônica. Havendo inviabilidade de utilização do pregão eletrônico, tal
situação deverá ser justificada nos autos do processo de contratação pela autoridade competente e , nesse
caso, adotado o pregão presencial.
A razão determinante para a adoção preferencial do pregão eletrônico não tem como fundamento
apenas o alcance da celeridade e da eficiência inerente a essa modalidade. Com essa imposição visa-se
também assegurar maior segurança às licitações contra ilegalidades, com base na concepção de que
procedimentos eletrônicos estão menos suscetíveis a irregularidades.
Ademais, a utilização do meio eletrônico pode propiciar um controle popular mais efetivo, já que
facilita o acesso dos interessados ao procedimento licitatório. Inclusive, dentro dessa idéia, o art. 7º do
Decreto nº 5.450/2005 assegura a qualquer interessado o direito de acompanhar o desenvolvimento do
pregão eletrônico em tempo real, por meio da internet.
Face o exposto, pode-se concluir que, por força do art. 4º, caput, e § 1º do Decreto nº 5.450/2005,
será obrigatória a adoção do pregão nas licitações de bens e serviços comuns realizadas no âmbito da
União, preferencialmente eletrônico, salvo comprovada inviabilidade de sua utilização, hipótese em que
deverá ser adotado o pregão presencial.

9) Como evitar a participação de “empresas de fachada” e daquelas que se propõem a atuar


em todos os ramos, sem possuir uma atividade principal ?
Como é sabido, um dos princípios que norteiam o procedimento licitatório é o da competitividade,
“segundo o qual a estrutura do procedimento há de ser montada e funcionar de modo a efetivamente
ensejar disputa, o confronto entre os licitantes”.
Em prol da competitividade de certamente e, em última análise, da busca da proposta mais
vantajosa, somente estão impedidos de participar aqueles que não atenderem as condições estipuladas no
respectivo instrumento convocatório ou que estiverem proibidos de participar de licitação. Os demais,
como regra, estarão aptos a ingressar na disputa.
Para evitar problemas oriundos da participação de empresas inidôneas nas licitações, a
Administração dispõe basicamente de dois instrumentos capazes de afastá-las dos certames.
O primeiro deles é o edital, especificamente quando da delimitação das condições de habilitação a
serem exigidas dos interessados.
O segundo instrumento fornecido pelo ordenamento para o combate é a punição das empresas que
tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação, demonstrem não possuir
idoneidade para contratar com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados, que se recusem a
celebrar o contrato quando convocadas, ou que não executem ou forneçam o objeto que lhes foi
adjudicado a contento (arts. 81, 86, 87 e 88 da Lei nº 8.666/93 e art. 7º da Lei nº 10.520/2002), observado
o devido procedimento administrativo, com a concessão do direito ao contraditório e à ampla defesa
prévios.
No entanto, com relação às empresas que possuem amplo objeto social, não há possibilidade de
alijar dos procedimentos licitatórios tais sociedades única e exclusivamente com base nesse fato. Isso
porque não se pode afirmar que todas as sociedades constituídas nesses termos atuem com manifesta má-
fe e que não cumprirão adequadamente as obrigações assumidas. No Brasil, a exploração de atividade
econômica é entregue à livre iniciativa (art.170, caput da Constituição da República). Por isso, a rigor,
não é possível restringir o campo de atuação das empresas, salvo nas hipóteses de caracterização de
infrações à ordem econômica, punidas pelo CADE ou pelo Poder Judiciário.
Conclui-se assim, que a administração pode buscar precaver-se das conseqüências oriundas da
participação de empresas inidôneas nas licitações por meio da adequada delimitação das condições de
habilitação em vista do objeto licitado (merecendo destaque as exigências pertinentes à comprovação da
qualificação técnico – operacional e da regularidade fiscal) e do sancionamento daqueles que incorrem
em condutas aptas a ensejar a aplicação de penalidades. Contudo, com relação àquelas empresas que
Curso de Formação de Pregoeiros 83
possuem objeto social bastante amplo, em princípio, não haverá como excluí-las do procedimento com
base apenas nesse fato.

10) Qual a autoridade competente para aplicar as penalidade previstas nos arts. 86 e 87 da
Lei nº 8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002?
A competência é o poder conferido pelo ordenamento a determinada autoridade para o exercício
de certa atribuição, com vistas a alcançar a finalidade pública tutelada pela norma.
Logo, a autoridade competente para aplicar as sanções previstas nos arts. 86 e 87 da Lei nº
8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002 será aquela a qual a lei ou , se for o caso, ato normativo,
conferiu tal atribuição.
Se não houver norma disciplinando expressamente o assunto, entende-se que tal competência será
da autoridade superior (salvo na hipótese prevista no inc. IV do art. 87, cuja competência encontra-se
prevista no seu § 3º).
Acerca do assunto, Marçal Justen Filho aduz:

Na ausência de solução explicita, reputa-se que tais poderes foram atribuídos à autoridade de mais elevada
hierarquia. Nada impede, no entanto, a delegação de tais poderes para autoridades inferiores, tanto por ato genérico
como individual.

Chega-se, desse modo, à conclusão que, primeiramente, a Administração deverá verificar se existe
norma que atribua expressamente a certa autoridade a competência para aplicação das sanções previstas
nos arts. 86 e 87 da Lei nº 8.666/93 e no art. 7º da Lei nº 10.520/2002. Não havendo norma que discipline
o assunto, entende-se que a autoridade competente para tanto é aquela de maior hierarquia no órgão ou
entidade, ressalvado o disposto no § 3º do art. 87, da Lei nº 8.666/93.

11) O licitante que teve sua proposta desclassificada em pregão eletrônico, realizado pela
Administração Pública Federal, pode ingressar na sala de disputa para acompanhar o
procedimento, apenas não participando dos lances?
A adoção preferencialmente do pregão eletrônico não tem como fundamento apenas o alcance da
celeridade e da eficiência inerente a essa modalidade. Além desses fatores, contribuiu para essa imposição
a idéia de que o procedimento eletrônico confere maior segurança contra as ilegalidades cometidas nas
licitações e, ainda, propicia maiores facilidades ao exercício do controle externo, tanto pelos órgãos
competentes quanto pelos cidadãos.
Seguindo essa idéia, o pregão eletrônico federal foi sistematizado de modo a viabilizar um
controle externo mais efetivo, especialmente no que tange ao controle popular. Nesse sentido, prescreve o
art. 7º do Decreto nº 5.450/2005:

Art. 7º Os participantes de licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, têm direito público subjetivo à fiel
observância do procedimento estabelecido neste Decreto, podendo qualquer interessado acompanhar o seu
desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.(Grifamos.)

Infere-se na leitura desse artigo que o pregão eletrônico poderá ser acompanhado por qualquer
pessoa que acesse o sistema, mediante prévio cadastramento.
Se qualquer cidadão pode entrar no sítio eletrônico em que está sendo realizado o pregão
eletrônico e acompanhar todo o procedimento, aí considerada a etapa de lances, também o licitante que
teve sua proposta desclassificada terá tal direito. Não haveria sentido em vedar essa possibilidade ao
licitante que não foi selecionado para essa etapa. É evidente que ele não terá como formular propostas.
Mas isso não significa que ele não poderá acompanhar o que está acontecendo durante a fase de lances.
Assim, o licitante que teve sua proposta desclassificada em pregão eletrônico realizado pela
Administração Pública Federal pode acompanhar a fase de lances, ainda que não possa dela participar,
por força do disposto no art. 7º do Decreto nº 5.450/2005.
Curso de Formação de Pregoeiros 84
12) Quanto tempo deve durar a fase de lances do pregão eletrônico realizado no âmbito da
Administração Pública Federal? Qual o procedimento a ser adotado pelo pregoeiro para encerrar
essa etapa do certame?
Nos termos do art. 24 do Decreto nº 5.450/2005, após a classificação das propostas, o pregoeiro
dará início a fase de lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico. Nos parágrafos desse art. 24
está prescrito o que deve ser observado nessa etapa. Contudo, não há estipulação do tempo de duração
dessa fase, somente sendo disciplinado o procedimento que deve ser adotado pelo pregoeiro para seu
encerramento (§§ 6º e 7º do art. 24).
A omissão do regulamento no que tange à duração da fase de lances tem lógica, já que isso
dependerá do andamento da disputa em cada pregão eletrônico realizado. Enquanto a disputa estiver
acirrada, será conveniente e oportuno que se mantenha aberta a fase de lances. A rigor , o encerramento
dessa fase terá lugar quando os lances tornarem-se raros, não havendo mais disputa efetiva entre os
licitantes.
Conforme prescreve o § 6º do art. 24 do Decreto nº 5.450/2005, a etapa de lances será encerrada
por decisão do pregoeiro, que deverá fixar o momento em que se iniciará o chamado “encerramento
aleatório”, encaminhando aviso aos licitantes.
Determinado o momento a partir do qual a fase de lances poderá ser encerrada de maneira
aleatória, o sistema enviará um aviso de fechamento iminente aos licitantes. Ressalte-se que o pregoeiro,
em relação a esse fechamento aleatório, não tem qualquer controle sobre o exato instante em que ocorrerá
tal encerramento.
Exemplifiquemos para melhor ilustrar a questão: o pregoeiro estipula que a partir das 15 horas se
iniciará o chamado encerramento aleatório, enviando o aviso de fechamento iminente aos licitantes . A
partir das 15 horas o sistema poderá encerrar a fase de lances a qualquer instante.
Entretanto, ressalte-se que, de qualquer modo, a sessão se encerrará no máximo às 15 horas e 30
minutos (já que o § 7º do art. 24 estipula o período máximo de 30 minutos para que se de o encerramento
aleatório). Por óbvio, ele pode se encerrar antes, já que é aleatório.

13) É possível criar um pregão a realização de uma terceira fase, destinada ao julgamento
das condições técnicas dos licitantes?
O pregão é a modalidade de licitação destinada à aquisição de bens e serviços comuns, cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado (art. 1º da Lei nº 10.520/02). Com base nessa definição, pode-se dizer
que o pregão se destina à contratação de objetos comuns, nos quais não haja necessidade de avaliação
pormenorizada de aspectos técnicos. Tanto é assim que o art. 4º, inc. X, da lei nº 10.520/02, estabelece a
adoção exclusiva do tipo menor preço para essa modalidade, impossibilitando a adoção de outros, tal
como técnica e preço.
Por isso, quando o objeto licitado envolver, especificidades que reclamem análise técnica, restará
afastada a possibilidade de adoção da modalidade pregão. Deverá ser adotada alguma das modalidades da
Lei nº 8.666/93, permitindo-se, assim, a adoção do tipo técnica e preço ou melhor técnica (art. 46, caput,
da Lei nº 8.666/93).
Inclusive, é interessante citar que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manteve liminar que
suspendeu o processamento de pregão no qual o edital previa a realização de terceira etapa, destinada ao
julgamento específico das condições técnicas do licitante habilitado. Consta na ementa do julgado:
(...)
A criação de terceira etapa do pregão, destinada ao julgamento específico das condições técnicas do licitante
habilitado (itens 7.3 e 9.12 do edital), faz surgir a fumaça do bom direito para o licitante, bem assim quanto ao perigo
da demora. Agravo de instrumento desprovido. (TJDE, Acórdão nº 250056, DJU de 10.08.2006.)

Assim, resta claro não ser possível criar, no pregão, a realização de uma terceira fase, destinada ao
julgamento das condições técnicas dos licitantes.
Curso de Formação de Pregoeiros 85
14) Depois de encerrada a fase de lances em pregão eletrônico, a licitante melhor classificada
envia mensagem comunicando que errou ao digitar o valor de seu ùltimo lance. Ao invés de
registrar R$ 290.000,00 digitou R$ 190.000,00. Em vista disso, solicita ao pregoeiro a
desconsideração de sua proposta sem aplicação das penalidades. Qual deve ser a decisão do
pregoeiro?
A solução para a situação indagada dependerá exclusivamente da exeqüibilidade da proposta final
da licitante que noticia ter digitado seu último lance de maneira equivocada. A primeira delas liga-se ao
fato de a proposta de R$ 190.000,00 ser considerada aceitável, pois em que pese a diferença de valores é
adequada com a realidade de mercado e, portanto, exeqüível.
Verificada a aceitabilidade da oferta (exigências editalícias e preço), a Administração deverá
exigir do particular o cumprimento da proposta. A alegação de erro de cotação, por si só, não parece se
revelar justificativa apta para amparar sua desistência.
Acaso o particular não cumpra a sua proposta, a Administração deverá sujeitá-lo ao
sancionamento constante do art 7º da Lei nº 10.520/02 e, diante disso, adotar uma das seguintes
alternativas: convocar as licitantes remanescentes, se as propostas estiverem válidas ou forem revalidadas
(art 4º, inc XXIII, da lei 10.520/02) ou dar o certame por fracassado e realizar nova licitação.
Feitas essas considerações, é possível dizer que a alegação de erro de digitação quando da
cotação, por si só, não parece se mostrar como justificativa apta para amparar a desistência de proposta.
Desse modo, cumpre ao pregoeiro avaliar a exeqüibilidade da proposta mais bem classificada. Assim, se
o valor de R$ 190.000,00, ainda que bastante inferior aos lances das demais concorrentes, for exeqüível,
coerente se faz a aceitação dessa oferta.
Por outro lado, se o resultado dessa análise conduzir à conclusão de que o valor de R$ 190.000,00
é inexeqüível, outra não pode ser a conduta do pregoeiro se não sua desclassificação, afastando a licitante
da disputa e passando a avaliar a aceitabilidade da proposta da licitante classificada em segundo lugar.

15) Qual o prazo que a Administração dispõe para responder os recursos do pregão?
O art. 4º, inc. XVIII, da Lei nº 10.520/02, ao disciplinar o processamento de recursos no pregão,
dispõe o seguinte:

Art. 4º (...) XVIII – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção
de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3(três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os
demais licitantes desde logo intimados a para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a
correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos.

No pregão, tão-logo manifestada a intenção de recorrer, será aberto o prazo de três dias para o(s)
recorrente(s) apresentar(em) as razões respectivas e, logo após o término deste, os demais licitantes
também terão três dias para apresentarem suas contra-razões.
Entretanto, a Lei do Pregão não estipulou prazo de resposta aos recursos pela administração.
Diante dessa omissão, incidirá subsidiariamente a disciplina prevista na Lei nº 8.666/93, conforme
determina o art. 9º da Lei 10.520/02. Sobre o assunto, o art. 109, § 4º, da Lei nº 8.666/93, estabelece:

Art.109 (...) § 4º O recursos será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual
poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente
informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do parzo de 5 (cinco) dias úteis, contado do
recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.

Aplicando-se a norma citada ao processamento do recursos no pregão, verifica-se que após


escoarem os prazos de apresentação das razões e contra-razões recursais, o pregoeiro dispõe de cinco dias
úteis para reconsiderar sua decisão ou fazer as peças subirem, devidamente informadas, à autoridade
competente, a qual terá mais cinco dias úteis para apreciar os recursos e decidir.
Vale destacar que, diante celeridade característica dessa modalidade, o ideal é que a administração
realize o julgamento dos recursos interpostos dentro do menor prazo possível.
Curso de Formação de Pregoeiros 86
Conclui-se, assim que, diante da incidência subsidiária do § 4º do art. 109 da Lei 8.666/93 no
pregão, em regra, o pregoeiro disporá de cinco dias úteis para reconsiderar sua decisão ou fazer os
recursos fazer os recursos subirem, devidamente informados, à autoridade competente, a qual terá mais
cinco dias úteis para analisá-los e proferir sua decisão.

PREGOEIRO

16) O presidente da Comissão Permanente de Licitação pode ser designado como pregoeiro?
O art. 3º, inc. IV da lei do Pregão dispõe o seguinte:

Art. 3º (...)

(...)
IV- a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro
e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de
sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante
vencedor.

O dispositivo acima transcrito determina que o pregoeiro seja designado entre os servidores do
órgão ou entidade promotora da licitação, não trazendo qualquer vedação à designação de servidor que
seja membro de Comissão Permanente de Licitação, nem mesmo àquela que ocupe a função de
presidente.
Então, pode-se concluir que o presidente da Comissão Permanente de Licitação poderá ser
designado como pregoeiro, desde que viável a acumulação dessas funções e que ele reúne as
características necessárias para desempenhar essa função.

17) Como ocorre a designação do pregoeiro? É possível “capacitação específica” para o


desempenho da função ? Qual o objetivo do princípio da segregação de funções?

Tanto pregoeiro quanto equipe de apoio não ocupam cargo nem exercem mandato; apenas
desempenham uma função, sendo para seu exercício designados pela autiridade competente, por meio de
decreto ou portaria.
De acordo com o teor do inc. IV do art. 3º da Lei nº 10.520/02, a função de pregoeiro deverá ser
exercida por servidor do órgão ou entidade promotora do certame, não se exigindo expressamente que
possua qualificação técnica.
O parágrafo único do art. 7º do Dec. 3.555/00 (aplicável apenas no âmbito da união) exige que o
pregoeiro também tenha “capacitação específica”.
Cite-se o entendimento de Jessé Torres Pereira Júnior:

(...) Por “capacitação específica” deve ser entendido o treinamento do servidor para conduzir o pregão
adequadamente. Por isto que a administração deve, uma vez selecionados candidatos `a função de pregoeiro, submetê-
los a treinamento, em cursos internos ou externos(em comentários a Lei de Licitações e Contratações da
Administração Pública, 7ª ed. Rio de Janeiro, Renovar, 2007, p. 1060).

Ademais, entende-se que tal agente público, para satisfatoriamente desenvolver a função de
pregoeiro, deverá estar familiarizado com a área de licitações, tendo atuado em procedimentos licitatórios
promovidos pelo órgão ou entidade pública a que pretence.

Portanto, desde que o respectivo servidor possua capacitação suficiente para tanto, em princípio,
nada impede que seja designado pela autoridade competente para exercer a função de pregoeiro.
Curso de Formação de Pregoeiros 87
O princípio da segregação de funções teria o condão de impedir o envolvimento de uma mesma
pessoa em vários processos, com o objetivo de reduzir riscos de fraude ou erro, devendo necessariamente
ser observado pela administração pública.
Advirta-se que servidor a ser designado como pregoeiro ou membro de equipe de apoio não poderá
confundir-se com a figura do ordenador da despesas; ordenador da unidade; gestor de contrato; autoridade
competente pela designação dos pregoeiros e membros da equipe de apoio; autoridade responsável pelo
julgamento de eventuais recursos contra os atos do pregoeiro; responsável pela fiscalização do ajuste;
responsável pelo almoxarifado; responsável pelo patrimônio, dentre outras, observadas as regras previstas
nas normatizações internas da Administração.

SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

18) Quando da contratação de objeto por meio do sistema de registro de preços, é sempre
necessário que haja termo de contrato ou pode ser utilizado instrumento equivalente, nos termos do
art. 62, caput e § 4º, da Lei nº 8.666/93?
Ao celebrar o registro de seu preço em ata, o particular assume a obrigação de, enquanto essa ata
for vigente, atender às convocações feitas pela Administração para fornecer o produto ou prestar o serviço
objeto desse registro, pelo preço consignado. Uma vez convocado, surge, portanto, a obrigação de
contratar com a Administração mediante atendimento das condições previamente estabelecidas,
definindo-se, nesse momento, apenas o quantitativo a ser contratado.
Então, clara é a distinção entre a natureza jurídica dos compromissos assumidos por meio do
registro de preços e do contrato. No primeiro, há o dever de atender a futuras e incertas convocações para
celebração de contratos. Trata-se de uma expectativa. No segundo, há a assunção de uma obrigação certa
e previamente definida.
O fato de o contrato resultar do sistema de registro de preços em nada altera as regras legais
vigentes para sua formalização. Nesse caso, também deverão ser observadas as disposições estabelecidas
a partir do art. 60 da Lei nº 8.666/93. Remanesce, porquanto, a necessidade de haver a celebração de
termo de contrato, sendo nulo o contrato verbal, bem como a possibilidade de substituição desse termo
por instrumentos equivalentes (art. 62, caput e § 4º), pode-se afirmar que o termo de contrato, inclusive
para as contratações oriundas de sistema de registro de preços, somente será obrigatório naquelas que
envolvam maiores montantes financeiros – assim considerados os valores compreendidos entre os
previstos para as modalidades concorrência e tomada de preços – e naquelas das quais resultem
obrigações futuras. Nos demais casos, será possível a substituição. Inclusive, interessante citar que o art.
11 do Decreto nº 3.931/01, regulamento aplicável ao âmbito federal, é expresso ao exigir que a
contratação com os fornecedores registrados seja formalizada por intermédio de instrumento contratual,
admitindo, também a substituição desse instrumento pela emissão de nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou outro instrumento similar, conforme o disposto no art. 62 da Lei nº 8.666/93.
Logo, mesmo os contratos resultantes do sistema de registro de preços devem ser celebrados por
meio da formalização de termos de contrato, sendo possível a substituição desse termo por instrumento
equivalente, desde que o montante envolvido não esteja compreendido entre os valores pertinentes às
modalidades tomada de preços e concorrência, e que da contratação não resultem obrigações futuras.

19) Na licitação para instituição de ata de Sistema de Registro de Preços, é obrigatória a


indicação, no ato convocatório, de prévia dotação orçamentária?
A dotação orçamentária possibilita visualizar, no orçamento anual, os tipos de gastos previstos
para o exercício, por órgão/unidade Orçamentária, para qual finalidade os dispêndios estão ocorrendo e
quais os recursos financeiros (fontes da receita prevista) que irão custear essas despesas.
Curso de Formação de Pregoeiros 88

Dessa forma, durante a fase interna do procedimento licitatório, a Administração tem o dever de
verificar se haverá recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes do
contrato. A indisponibilidade de recursos impossibilita a própria realização do certame e,
conseqüentemente, a celebração do futuro contrato.
A Lei de Licitações não condiciona, no entanto, a realização da licitação à efetiva ou à concreta
disponibilidade de recursos orçamentários. É necessária e suficiente a indicação do recurso próprio para a
despesa, este devidamente contemplado na Lei de Orçamento Anual. Embora a Administração não esteja
obrigada a utilizar a ata (como também não está obrigada a contratar nas licitações comuns), deverá
existir a respectiva previsão de recursos no orçamento para cobrir a despesa acaso decida-se implementá-
la.
Assim, responde –se objetivamente ao questionamento formulado no sentido de ser obrigatória a
indicação de prévia dotação orçamentária no ato convocatório da licitação, mesmo nos casos de
procedimentos licitatórios visando à instituição de atas de Registro de Preços, sendo irrelevante o fato de
não existir obrigatoriedade em torno dos futuros contratos.

20) A Ata de Registro de Preços poderá ser objeto de acréscimos quantitativos?


A ata de registro de preços decorrente do sistema de registro de preços possui força de pré-
contrato ou contrato preliminar, em que o licitante vencedor assume o compromisso de, uma vez
convocado dentro do prazo de sua validade, celebrar o contrato com a Administração para o fornecimento
do objeto, nas condições previamente estabelecidas no ato convocatório.
Considerando a natureza de pré-contrato da ata de registro de preços, entende-se que esta poderá
ser objeto de acréscimos quantitativos, com fundamento no art. 65 da Lei de Licitações, observados os
limites percentuais estabelecidos em seu § 1°.
No entanto, considerando a existência de vários itens objeto de registro, o cálculo terá por base o
valor inicial atualizado definido para o item registrado, posto que, em se tratando de registro de preços,
cada item é considerado como um objeto autônomo e distinto, e não em relação à totalidade dos itens
constantes do registro.
Nesse sentido, Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, em comentários ao art. 12 do Dec. Federal n°
3.931/01:

“A jurisprudência após exitação, acabou acolhendo e definindo limites da interpretação da norma. Nesse artigo, foi
mandada aplicar a regra do art. 65, ficando em aberto algumas questões:
(....)
b) podem ser acrescidos em 25% os quantitativos máximos definidos na Ata de Registro de Preços?
A resposta a tais questões devem variar em cada caso.
(....) Outro fato, como a necessidade de acréscimo de quantidades além do previsto inicialmente, atendendo o
interesse da Administração e havendo concordância do fornecedor, quanto ao acréscimo e manutenção do preço e
demais condições” (em Sistema de Registro de Preços e Pregão, Belo Horizonte, Fórum, 2003, pp.400 e 401).

E pondera:

“Limite de acréscimo contratual previsto no art. 65, §§ 1° e 2° da Lei n° 8.666/93, de 21/06/1993. É importante notar
que a regra da admissibilidade do acréscimo, ora referida, tem seu limite definido por item, e não sobre o valor do
contrato, com à primeira vista pode parecer, porque para fins do SRP cada item é um objeto autônomo e distinto,
incidindo sempre sobre o valor total do item”(ob. Cit., p. 400).

Desta feita, as alterações contratuais na ata de registro de preços deverão observar o limite
porcentual previsto no § 1° do art. 65 da Lei n° 8.666/93, a ser aplicado sobre o valor total de cada item
cujo preço fora registrado,
Curso de Formação de Pregoeiros 89

21) No âmbito da Administração Pública federal, a quem compete aplicar sanções no curso
da vigência da Ata de Sistema de Registro de Preço? Ao órgão gerenciador? Aos órgãos
participantes? E no caso do “carona”?
No âmbito da Administração Pública Federal, nas relações decorrentes da operacionalização de
sistema de registro de preços, mostra-se necessária a observação do que dispõe o § 2º do art. 3º do
Decreto nº 3.931/01, de acordo com o qual incumbe ao órgão gerenciador a “aplicação de penalidades por
descumprimento do pactuado na Ata de Registro de Preços”.
A leitura isolada desse artigo pode levar o intérprete a concluir que a competência para a aplicação
de sanções em contratos celebrados pelos órgãos participantes também compete ao órgão gerenciador.
Entretanto, isso não se afigura verdadeiro. Esse dispositivo estabelece apenas a competência do órgão
gerenciador para aplicação de sanções quando do inadimplemento do particular em relação aos
compromissos assumidos com a assinatura da ata.
Portanto, se uma vez convocado dentro do prazo de vigência da ata, o particular cujo preço foi
registrado se recusar injustificadamente a celebrar o contrato ou retirar instrumento equivalente, aí sim
caberá ao órgão gerenciador a aplicação da penalidade.
Todavia, no que diz respeito ao não atendimento das obrigações contraídas a partir da execução
propriamente dita dos contratos, as penalidades eventualmente cabíveis deverão ser aplicados pelo
órgão/entidade contratante, nos termos dos arts. 86, 87 e 88 da Lei de Licitações, conforme o caso.
O próprio art. 3º, em seu parágrafo 4º, estabelece que compete ao órgão participante aplicar, “em
coordenação com o órgão gerenciador”, as eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de
cláusulas contratuais”. Embora esse dispositivo refira-se literalmente ao órgão participante, a mesma
regra se aplica quando o contratado for celebrado por órgão/entidade aderente, figura vulgarmente
denominada “ carona”.
No entanto, é necessário que a aplicação dessa penalidade se dê em coordenação com o órgão
gerenciador, a fim de que este seja informado para adotar os procedimentos necessários em relação as
conseqüências dessa sanção em face da ata de registro de preços.
Portanto, diante da ocorrência de algumas das hipóteses previstas nos arts. 86 a 88 da Lei de
Licitações no curso da execução do contrato, a Administração contratante (seja esta o gerenciador
participante ou carona) deve instaurar processo administrativo próprio, concedendo ao contratado
oportunidade para exercer os direitos ao contraditório e à ampla defesa prévios à aplicação da sanção.
Além disso, tal fato terá que ser comunicado ao órgão gerenciador, a fim de que este adote outras
providências eventualmente devidas, como, por exemplo, a exclusão do fornecedor da ata (art. 13 do
Decreto nº 3.931/01).
Por outro lado, cometida a infração em momento preliminar à formação do contrato, como no caso
da recusa injustificada em assiná-lo ou para retirar instrumento equivalente, será competência do órgão
gerenciador será competência do órgão gerenciador a aplicação de sanções.

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

22) No pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte que pretender apresentar


proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, na forma do art. 45, inc. I, da
LC nº 123/06, poderá fazê-la quando da abertura das propostas ou somente após a fase de lances?
A LC nº 123/06 trouxe, entre outras previsões, normas destinadas a impulsionar a atuação das
pequenas empresas no mercado, inclusive instituindo privilégios a serem observados nas licitações e
contratações públicas em favor delas.
De acordo com o art. 44 da LC nº 123/06, “nas licitações será assegurada, como critério de
desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte”.Em regra,
são consideradas empatadas propostas que, além de atenderem aos requisitos técnicos fixados pelo
instrumento convocatório da licitação, também consignem preços iguais. No entanto, a LC nº 123/06
Curso de Formação de Pregoeiros 90
inovou ao prever que serão consideradas empatadas aquelas propostas apresentadas por microempresas e
empresas de pequeno porte cujos preços sejam iguais ou até 10% superiores ao preço da proposta mais
bem classificada. Em sendo empregada a modalidade pregão, a diferença de preço poderá ser de até 5%
superior ao melhor preço. Trata-se de um “empate fictício”.
Havendo o empate ficto criado pela lei, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem
classificada, e a princípio somente ela, terá a preferência para desempatar o resultado. Para tanto, deverá
apresentar nova oferta com preço inferior àquela registrado na proposta inicialmente considerado como
menor valor na disputa.
Assim, no pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada que
apresentar proposta até 5% superior a de melhor preço cotada por uma empresa comum, terá a
oportunidade de formular nova oferta mais vantajosa do que aquela (art. 45, inc. I, da LC nº 123/06).
Frise-se : o exercício dessa prerrogativa somente ocorrerá “quando a melhor oferta inicial não
tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte”, ou seja, a primeira classificada
for uma empresa comum.
Quando verificada essa situação no pregão, a administração deverá conceder de ofício a
possibilidade de exercício desse direito pela pequena empresa logo após o encerramento da fase de lances
e não quando da abertura das propostas escritas, conforme deixa claro o § 3º do art. 45 da LC nº 123/06:

Art. 45 (...)

§ 3º No caso de pregão, a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada será convocada para
apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de
preclusão.

Desse modo, pode-se concluir que, no pregão, o exercício do direito de preferência por
microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma do art. 45, inc. I, da LC nº 13/06, se dará dentro do
prazo máximo de 5 minutos após o encerramento da fase de lances, mediante convocação do pregoeiro.

23) Para fins de exercício dos benefícios previstos na Lei Complementar nº 123/06, qual o
documento apto a comprovar o status jurídico de microempresa ou empresa de pequeno porte das
licitantes?
A Lei Complementar nº 123/06 se encarregou apenas de definir os requisitos a serem preenchidos
para efeito de qualificação da sociedade empresária, da sociedade simples e do empresário a que se refere
o art. 966 do Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas, como sendo microempresas ou empresas de pequeno porte (art. 3º e
parágrafos).
Logo após a edição da Lei Complementar nº 123/06, entendeu-se que, na falta de um documento
oficial apto a identificar, sem sobra de dúvidas, o status jurídico de microempresa ou empresa de pequeno
porte, caberia ao edital da licitação disciplinar essa forma de comprovação.
Dessa sorte, sugeriu-se exigir no instrumento convocatório a solicitação de uma declaração nesse
sentido. Assim, cada licitante enquadrada nesse conceito declararia fazer jus aos benefícios e ao
tratamento diferenciado, nos exatos limites da Lei.
Ocorre que, em 22.05.07 foi publicada, no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 103
do Departamento Nacional de registro do Comércio (DNRC) , de 30.04.07.
Essa norma adota sistemática similar àquela sugerida quando do silêncio normativo , prevendo,
em seu art. 1º, que :
Art. 1º O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte pelas
Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso, mediante arquivamento de declaração procedida pelo empresário o
u sociedade em instrumento especifico para essa finalidade.
Ainda seu art. 8º consigna expressamente que:
Curso de Formação de Pregoeiros 91
Art. 8º A comprovação da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte pelo empresário ou sociedade será
efetuada mediante certidão expedida pela junta Comercial.

Em vista disso, conclui-se que, atualmente, a comprovação de enquadramento na condição de


microempresa ou empresa de pequeno porte deve ser feita por meio de certidão expedida pela Junta
Comercial, que ateste o atendimento às condições fixadas pela Lei Complementar nº 123/06 para
enquadramento nesse status jurídico, conforme prescreve o art. 8º da Instrução Normativa nº 103 do
Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC).

24) É possível exigir a comprovação de regularidade fiscal de microempresas e empresas de


pequeno porte para efeito de inscrição em registro cadastral ?
A finalidade do registro cadastral consiste em permitir a substituição de grande parte dos
documentos necessários para a habilitação. Isso se dá por meio da avaliação antecipada desses
documentos como condição para o deferimento do registro. Sendo a condição de regularidade de fiscal
uma das exigências para habilitação (art. 27, inc. IV), como regra, cabe ao interessado em obter seu
registro cadastral comprovar o atendimento desse requisito em momento prévio à licitação.
Contudo, a partir da publicação da Lei Complementar nº 123/06, as disposições e efeitos contidos
em seu art. 42 devem ser considerados plenamente vigentes, válidos e eficazes. Sendo assim, importa
verificar o que prevê o art. 42 da Lei Complementar nº 123/06:

Art 42 – Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno
porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.

Percebe-se que a Lei Complementar nº 123/06 cria uma distinção para as microempresas e
empresas de pequeno porte em relação às demais pessoas interessadas em contratar com a Administração
Pública, qual seja, a possibilidade, de assim desejarem, apenas comprovarem a necessária regularidade
fiscal por ocasião da contratação e não mais na fase de habilitação.
O registro cadastral não tem finalidade e existência autônoma, é totalmente desvinculada da
licitação. Ao contrário, é um instrumento acessório à realização de procedimentos licitatórios, com o
objetivo de aferir em momento prévio as condições de habilitação da licitante. Então, se das
microempresas ou empresas de pequeno porte não é mais dado exigir a comprovação da condição de
regularidade fiscal, por ocasião da habilitação em licitação, mas apenas para efeito de contratação, menos
razoável ainda parece exigir essa comprovação para efeito de inscrição em registro cadastral, que ocorre
em momento preliminar à licitação.
Diante disso, conclui-se pela impossibilidade de a Administração exigir das microempresas ou
empresas de pequeno porte, para efeito de inscrição em registro cadastral, comprovação de regularidade
fiscal.

25) É possível impedir a participação de microempresas ou empresas de pequeno porte em


uma licitação cujo valor estimado seja de R$5.000.000,00, considerando os valores máximos de R$
240.000,00 e R$ 2.400.000,00 para enquadramento nessas condições legais?
Basicamente, os critérios eleitos pela Lei Complementar nº 123/06 para enquadramento na
condição de microempresa ou empresa de pequeno porte se formam em função da receita bruta auferida
em cada ano-calendário. Assim, consideram-se microempresas, o empresário, a pessoa jurídica ou a ela
equiparada, cuja receita bruta, em ano-calendário, for igual ou inferior a R$ 240.000,00. Serão
consideradas empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica ou a ela equiparada, cuja receita
bruta, em cada ano-calendário, for superior a R$240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.
Quanto à exclusão desse regime diferenciado e favorecido, especificamente em face da superação
dos limites para a receita bruta em cada ano-calendário, o § 9º do art. 3º da Lei Complementar nº 123/06
prevê que:
Curso de Formação de Pregoeiros 92
Art. 3º(...)

§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de recita bruta anual previsto no inciso II
do caput deste artigo fica excluída, no ano-calendário seguinte, do regime diferenciado e favorecido previsto por
esta Lei Complementar para todos os efeitos legais. (Grifamos.)

Assim, se a microempresa ou a empresa de pequeno porte contratada auferir como receita bruta
valor superior a R$ 2.400.000,00 em agosto de 2008, por exemplo, ela somente será excluída do regime
previsto na Lei Complementar nº 123/06 no ano-calendário seguinte ou seja, a partir de 1º. 01.2009.
A interpretação se forma de modo a não ser lícita vedação à participação de microempresas ou
empresas de pequeno porte em uma licitação cujo valor estimado do contrato seja de R$ 5.000.000,00,
mesmo em face dos valores máximos de R$240.000,00 e R$2.400.000,00 para enquadramento nessas
condições legais. Tal como visto, a Lei Complementar nº 123/2006 não veda essa conduta e, além disso,
assegura que o desenquadramento não implicará qualquer restrição em relação aos contratos
anteriormente firmados.

26) A Lei complementar nº 123/06 passou a admitir a regularização da situação fiscal de


microempresas e empresas de pequeno porte no curso do pocedimento licitatório. Com base nisso,
todas as microempresas e empresas de pequeno porte que participam de licitações com restrições
fiscais devem regularizar sua situação até final do procedimento licitatório?
De acordo com o teor do art 42 da Lei Complementar nº 123/06, “a comprovação de regularidade
fiscal de microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do
contrato”.
Isso porque o art 43 da mesma Lei também traz disposições específicas acerca da comprovação de
regularidade fiscal por essas pessoas em procedimentos licitatórios. Consoante prevê essa norma, mesmo
apresentando alguma restrição, cumprirá às microempresas e empresas de pequeno porte apresentar toda a
documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, juntamente com os demais
documentos habilitatórios.
Assim, o que a Lei Complementar nº 123/06 assegura é que no caso de licitante enquadrada no
conceito legal de microempresa ou empresa de pequeno porte possuir alguma restrição fiscal, ela não será
de plano inabilitada, tal como continua ocorrendo com as demais licitantes excluídas desse conceito legal.
Havendo alguma restrição na condição de regularidade fiscal, a Administração deverá conceder o
prazo de dois dias úteis, prorrogáveis por igual período, a seu critério, para regularização da
documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou
positivas com efeito de certidão negativa.
Ainda de acordo com as disposições da Lei Complementar, o termo inicial para a concessão desse
prazo corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame.
No caso de licitação pela modalidade pregão, a declaração do vencedor acontecerá em momento
imediatamente posterior à fase de habilitação. Nem poderia ser diferente, pois assim determina o art 4º,
inc XV, da Lei nº 10.520/02.
Em vista dessa sistemática, conclui-se pela inexistência de obrigatoriedade de todas as
microempresas ou empresas de pequeno porte que participam de licitação com restrições fiscais
regularizem sua situação. Tal dever recairá apenas sobre a microempresa ou empresa de pequeno porte
vencedora do certame e que, obviamente, tenha participado em condição irregular.

27) A Lei Complementar n° 123/06 estabelece o prazo de dois dias úteis para a
regularização da documentação de regularidade fiscal. Quais documentos são considerados de
regularidade fiscal, segundo a Lei?
Curso de Formação de Pregoeiros 93

De acordo com a sistemática estabelecida pela Lei Complementar n° 123/06, a ausência de


comprovação de regularidade fiscal na fase de habilitação das licitações, pelas microempresas e empresas
de pequeno porte, não implicará o seu afastamento do certame (art. 42).
As microempresas e empresas de pequeno porte deverão apresentar toda a documentação
exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.
Mas diferentemente do ocorre com as demais empresas, havendo alguma restrição na comprovação da
regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao
momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual período, a
critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento e parcelamento do
débito, a emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. (Art. 43,
§ 1°).
Da redação atribuída a esses dispositivos contata-se que a possibilidade de regularização
restringe-se apenas a eventuais vícios de documentos pertinentes à regularidade fiscal. Ou seja,
irregularidades nos documentos relativos aos demais aspectos habilitatórios não autorizam a concessão de
prazo para a sua regularização.
Em outras palavras, na habilitação de microempresas e empresas de pequeno porte, qualquer que
seja a irregularidade constatada no rol de documentos previsto pelo art. 29 da Lei n° 8.666/93 será
passível de regularização, na forma dos arts. 42 e 43 da Lei Complementar n° 123/06.
Esse também é o entendimento que Marçal Justen Filho adota para a abrangência da expressão
“regularidade fiscal”, para quem “a LC n° 123 não estabeleceu qualquer restrição e pode-se presumir que
todos os requisitos de regularidade fazendária podem ser submetidos ao regime de benefício”.
A partir do exposto, pode-se concluir que a expressão “Irregularidade fiscal”, para efeito de
aplicação do benefício previsto nos arts. 42 e 43 da Lei Complementar n° 123/06, deve alcançar todos os
documentos arrolados pelo art. 29 da Lei de Licitações.

28) As medidas previstas nos arts. 42 a 45 da Lei Complementar nº 123/06 são auto-
aplicáveis ou sua observância nas licitações depende de previsão no ato convocatório?
A Lei Complementar nº 123/06 foi sancionada em 14.12.2006 e estabelece tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte. Nas licitações esse tratamento
diferenciado ocorre por meio de prazo especial para comprovação de regularidade fiscal (arts. 42 e 43) e
exercício de direito de preferência no caso de empate ficto criado pela lei (arts. 44 e 45).
Sobre a aplicação dessas medidas nas licitações públicas, não se visualiza, na Lei Complementar
nº 123/06, nenhuma condicionante ou mesmo remissão à necessidade de regulamentação posterior.
Acerca do tema, Joel de Menezes Niebuhr aponta que:

os arts. 42 e 43, que tratam de regularidade fiscal das microempresas e das empresas de pequeno porte, são auto-
aplicáveis, haja vista que o legislador não os condicionou a qualquer regulamentação. O mesmo ocorre com os arts.
44 e 45, que versam sobre o direito de preferência.

Por força disso, afasta-se, qualquer cogitação acerca da necessidade de o instrumento


convocatório da licitação dispor sobre o assunto. Isso porque todo ato convocatório de licitação é ato
administrativo, não podendo dispor de forma contrária à lei, exceto se a própria lei houver conferido
discricionariedade ao agente administrativo nesse sentido, o que não parece ter sido o caso.
Recente manifestação da área técnica do Tribunal de Contas da União confirma a aplicação dos
arts. 42 a 45 da Lei Complementar nº 123/06 pela Administração Pública Federal, ao afirmar que: “Tais
disposições, ainda que não previstas no instrumento convocatório, devem ser seguidas, vez que previstas
em lei. Cometerá ilegalidade o Sr Pregoeiro caso, no decorrer do certame, recuse-se aplicá-las, se
cabíveis”.
Curso de Formação de Pregoeiros 94

ANEXO V

ROTEIRO PRÁTICO (PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DO


PREGÃO ELETRÔNICO)

Para se ter acesso ao sistema eletrônico, o licitante deve dispor de chave de identificação e de
senha pessoal, obtidas junto ao provedor do sistema, onde também poderá informar-se a respeito
do funcionamento e do regulamento do sistema, e receber instruções detalhadas para correta
utilização desses dispositivos.
O processamento e julgamento de licitações na modalidade pregão eletrônico são realizados
observando a seqüência dos seguintes procedimentos:

1. credenciamento prévio perante o provedor do sistema eletrônico da autoridade competente do


órgão promotor da licitação, do pregoeiro, dos membros da equipe de apoio e dos licitantes que
participam do pregão na forma eletrônica;
- O credenciamento faz-se pela atribuição de chave de identificação e de senha, pessoal e
intransferível, para acesso ao sistema eletrônico;
- O credenciamento junto ao provedor do sistema implica a responsabilidade legal do licitante e a
presunção de sua capacidade técnica para realização das transações inerentes ao pregão na forma
eletrônica;
- O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer
transação efetuada diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão
promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda
que por terceiros; - a perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser comunicada imediatamente ao
provedor do sistema, para imediato bloqueio de acesso;
- A chave de identificação e a senha poderão ser utilizadas em qualquer pregão na forma
eletrônica, salvo quando cancelada por solicitação do credenciado ou em virtude de seu descadastramento
perante o SICAF;
- O fornecedor descredenciado no SICAF terá sua chave de identificação e senha suspensas
automaticamente.

2. abertura da sessão pública pelo pregoeiro - pela Internet - com a utilização de sua chave de
acesso e senha, no dia, horário e local estabelecidos;
- Todos os horários observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal,
inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame;

3. encaminhamento das propostas, exclusivamente por meio do sistema eletrônico, com descrição
do objeto e o preço ofertado somente até a data e hora marcadas para abertura da sessão, desde a
divulgação do edital com anexo, se for o caso;
- Após a data e hora marcadas para abertura da sessão, encerrar-se, automaticamente, a fase de
recebimento de propostas;
- Até a abertura da sessão, os licitantes podem retirar ou substituir a proposta anteriormente
apresentada;
Curso de Formação de Pregoeiros 95

4. manifestação da licitante, em campo próprio do sistema eletrônico, que cumpre plenamente os


requisitos de habilitação e que sua proposta está em conformidade com as exigências do instrumento
convocatório;

5. análise e julgamento das propostas de acordo com as exigências estabelecidas no ato


convocatório;
- É desclassificada a proposta que não atender a todas as exigências estabelecidas no ato
convocatório para apresentação das propostas;
- A desclassificação da proposta de licitante importa preclusão do seu direito de participar da fase
de lances;
- Só participarão da fase de lances as propostas classificadas;

6. ordenação automática, pelo sistema, das propostas classificadas e que participarão da fase de
lances;

7. início da fase competitiva ou fase de lances, pelo pregoeiro, após classificadas e ordenadas as
propostas;

8. encaminhamento de lances pelos licitantes exclusivamente por meio do sistema eletrônico;


- O licitante será informado do recebimento do seu lance e do valor consignado no registro;
- O licitante será informado, em tempo real, do valor do menor lance registrado pelo sistema;
- O oferecimento de lances é sucessivo, e deve sempre ser inferior ao último ofertado pelo próprio
licitante, registrado pelo sistema;
- Não são aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e registrado
primeiro;
- É vedado ao licitante, quando da inclusão de sua proposta no sistema, inserir qualquer elemento
que possa identificá-la;

9. encerramento da etapa de lances ou etapa competitiva da sessão pública por decisão do


pregoeiro;
- Após comando do pregoeiro informando o período de tempo a transcorrer, o sistema eletrônico
encaminhará aviso de fechamento iminente dos lances, após o que transcorrerá período de tempo de até
trinta minutos, aleatoriamente determinado, findo o qual será automaticamente encerrada a recepção de
lances.

10. conclusão da fase de lances;


- Terminada a etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro pode encaminhar, pelo sistema
eletrônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso, para que seja obtida
melhor proposta;
- Não se admite negociar condições diferentes daquelas previstas no edital;
- A negociação será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais
licitantes.

11. após encerrada a etapa de lances ou etapa competitiva, o pregoeiro examinará a proposta
classificada em primeiro lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para
contratação e verificará a habilitação do licitante conforme disposições do edital;
- Se a proposta não for aceitável ou se o licitante não atender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará a proposta subseqüente e, assim sucessivamente, na ordem de classificação, até a
apuração de uma proposta que atenda ao edital;
Curso de Formação de Pregoeiros 96

- No caso de contratação de serviços comuns em que a legislação ou o edital exija apresentação de


planilha de composição de preços, esta deverá ser encaminhada de imediato por meio eletrônico, com os
respectivos valores readequados ao lance vencedor;
- No pregão, na forma eletrônica, realizado para o sistema de registro de preços, quando a
proposta do licitante vencedor não atender ao quantitativo total estimado para a contratação, respeitada a
ordem de classificação, poderão ser convocados tantos licitantes quantos forem necessários para alcançar
o total estimado, observado o preço da proposta vencedora;
- No julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não
alterem a substância das propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante despacho
fundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia para fins de
habilitação e classificação;

12. concluída a análise da proposta classificada em primeiro lugar, o pregoeiro procederá ao


exame da documentação respectiva;
- Os documentos exigidos para habilitação que não estejam contemplados no SICAF, inclusive
quando houver necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados inclusive via fax, no prazo
definido no edital, após solicitação do pregoeiro no sistema eletrônico;
- Os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser apresentados em
original ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital;
- Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de
órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova;

13. encerrada a fase da proposta e da documentação, e constatado o atendimento às exigências


fixadas no edital, será declarado o licitante que ofertou a melhor proposta e mais vantajosa para
Administração;

14. declarado o vencedor, qualquer licitante pode, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer;
- A falta de manifestação imediata e motivada do licitante quanto à intenção de recorrer, importará
na decadência desse direito;
- O pregoeiro somente pode efetuar a adjudicação do objeto ao licitante declarado vencedor, caso
nenhuma licitante declare a intenção de interpor recurso;
- O acolhimento de recurso importará na invalidação apenas dos atos insuscetíveis de
aproveitamento;
- Em caso de recurso, após decidido e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade
competente pode adjudicar o objeto e homologar o procedimento licitatório;

15. caso algum licitante manifeste a intenção de interpor recurso, devem ser aguardados os
seguintes prazos:
- 3 dias para juntada das razões do recurso;
- 3 dias para os demais licitantes que quiserem impugnar o recurso porventura interposto, que
começa a contar do término do prazo do recorrente;

16. encerrada a sessão pública, a ata respectiva será disponibilizada imediatamente na Internet
para acesso livre de todos os licitantes e da sociedade;

17. divulgação do resultado do pregão na imprensa oficial ou por comunicação direta a todos os
licitantes;
Curso de Formação de Pregoeiros 97

18. encaminhamento do processo licitatório para homologação pela autoridade competente;

19. homologado o processo licitatório, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato ou a
ata de registro de preços no prazo definido no edital.
Curso de Formação de Pregoeiros 98

ANEXO VI

PERGUNTAS E RESPOSTAS (SÍTIO DO COMPRASNET)

1 - PREGÃO ELETRÔNICO – PROCEDIMENTOS COMUNS

1.1 - O que é Pregão Eletrônico?


R - É uma modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns no âmbito da União,
Estados, Municípios e Distrito Federal, cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.

1.2 - Em que casos não se pode utilizar a modalidade de licitação Pregão?


R - Para contratação de obras e serviços de engenharia não comuns; locações imobiliárias e alienações em
geral.

1.3 - Como proceder para cadastrar um Pregão Eletrônico – transferência do edital para o Portal
Comprasnet e inclusão do aviso no SIASG/SIDEC?
R - Inicialmente transferir o arquivo que contém o edital do Pregão, para o sítio www.comprasnet.gov.br.
Em seguida, incluir o aviso de licitação do Pregão no SIASG /SIDEC para publicação do aviso no Diário
Oficial da União e divulgação no Portal Comprasnet.
Para realizar a transferência do edital, deverão ser realizados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO
- Clicar em INCLUSÃO DE EDITAL.
- Preencher os campos de número de Pregão, e-mail para contato, anexar o arquivo do edital
compactado e clicar em TRANSFERIR.
Após divulgado, caso seja necessário alterar/retificar o edital, o pregoeiro deverá incluir o edital
corrigido, conforme as orientações acima. O edital corrigido irá sobrepor o edital anteriormente incluído.
Os fornecedores que já tiverem efetuado o download do edital, receberão um e-mail, automaticamente
enviado pelo sistema, informando que existe uma nova versão disponível.
Para incluir o aviso, deverão ser realizados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO
- Clicar em INCLUI/ALTERA AVISO
- Preencher os campos de número de Pregão, data e hora da abertura da sessão pública, indicar se a
proposta possui ou não anexo, valor de referência de cada item, etc.
- Após a publicação do aviso no D.O.U e divulgação no Comprasnet, as alterações no aviso que se
fizerem necessárias, deverão ser efetuadas no SIDEC > EVENTO > INCLUI/ALTERA EVENTO,
utilizando os eventos de ALTERAÇÃO, ADIAMENTO ou SUSPENSÃO. Os eventos de ALTERAÇÃO
e ADIAMENTO somente serão refletidos no Comprasnet, se a data da publicação do evento ocorrer no
máximo até a data da abertura da sessão pública. Para que o evento de SUSPENSÃO seja refletido no
Curso de Formação de Pregoeiros 99
Comprasnet, obrigatoriamente o Pregão deverá estar na situação de Agendado, independente da data da
abertura da sessão pública.

1.4 - Qual é o prazo para se solicitar a impugnação do edital?


R - Até 2 dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar
o ato convocatório do Pregão na forma eletrônica.
O pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, deverá decidir sobre a
impugnação no prazo de até 24 horas antes da abertura da sessão pública.
Se for acolhida a impugnação contra o ato convocatório, será definida e publicada nova data para
realização do certame.
O pedido de impugnação, bem como a decisão da Unidade, deverão ser incluídos no sistema, antes da
data e horários previstos para abertura da sessão pública e estarão disponíveis no Portal Comprasnet em
Acesso Livre > Pregões > Agendados, para consulta dos fornecedores e da sociedade.

1.5 - Qual é o prazo para se solicitar esclarecimentos sobre o edital?


R - Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro,
até 3 dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública, exclusivamente por meio
eletrônico via internet, no endereço indicado no edital.
O pedido de esclarecimento e sua resposta, bem como a decisão da Unidade, deverão ser incluídos no
sistema, antes da data e horários previstos para abertura da sessão pública e estarão disponíveis no Portal
Comprasnet em Acesso Livre > Pregões > Agendados, para consulta dos fornecedores e da sociedade.

1.6 - Como proceder, quando é verificado que no edital, existe(m) item(ns) com informações
incorretas?
R – O pregoeiro deverá acessar o Comprasnet e transferir novamente o edital com as devidas alterações,
em seguida acessar o SIASG/SIDEC, opção Evento, e incluir evento de Alteração, com as correções do
edital (itens), até as 16h do dia anterior à data e hora definidas para a abertura da sessão pública. O evento
será publicado no D.O.U, no dia seguinte. O sistema excluirá as propostas que foram enviadas pelos
fornecedores. Será necessária nova contagem de tempo (no mínimo 8 dias úteis) para a abertura da sessão
pública do Pregão.
Os fornecedores que já tiverem efetuado download do edital, receberão um e-mail, automaticamente
enviado pelo sistema, informando que existe uma nova versão do edital, disponível.

1.7 - Um fornecedor Pessoa Física, pode participar de Pregão Eletrônico?


R – Tanto a pessoa jurídica como a pessoa física, podem participar de Pregão Eletrônico.

1.8 - Como proceder para consultar os fornecedores que realizaram download do edital, para um
determinado Pregão?
R – Será necessário realizar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, selecionar SIASGWeb > SIDEC > AVISO > Consulta
Retirada do Edital

1.9 - Como proceder para cadastrar uma Empresa Estrangeira (sem CNPJ) para participar do
Pregão?
R – Inicialmente, a EMPRESA ESTRANGEIRA (sem CNPJ) deverá encaminhar e-mail ao ÓRGÃO /
UNIDADE licitante, solicitando o cadastramento (login e senha) no Portal Comprasnet, informando
Curso de Formação de Pregoeiros 100
obrigatoriamente os seguintes dados da empresa: nome, endereço, cidade, país, e-mail e telefone
(informar código do país e código de área).
O usuário do Órgão / Unidade licitante, após receber o e-mail do fornecedor da EMPRESA
ESTRANGEIRA (sem CNPJ) deverá executar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio http://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção "SIASG"
- Clicar em "PRODUÇÃO"
- Informar CPF e SENHA
- Clicar em "SERVIÇOS DO GOVERNO > PREGÃO > CADASTRO DE FORNECEDORES
ESTRANGEIROS > INCLUIR FORNECEDOR"
- Preencher os dados do fornecedor (Nome da Empresa, Endereço, Cidade, País, E-mail, Telefone) e
"CONFIRMAR".
Após a confirmação, o sistema enviará automaticamente, um e-mail (em português e em inglês) para
o fornecedor da Empresa Estrangeira informando o LOGIN e SENHA para acesso ao Comprasnet, bem
como as orientações para participação em Pregão Eletrônico.
A documentação do fornecedor estrangeiro, será verificada pelo pregoeiro na fase de Habilitação do
Pregão, conforme a legislação.

1.10 - Como proceder para consultar Pregões na situação: Agendados, Em Andamento, Realizados,
Pendentes de Recurso/Adjudicação/Homologação?
R – Será necessário executar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio http://www.comprasnet.gov.br
- Clicar em ACESSO LIVRE
- Selecionar PREGÕES
- Escolher em qual situação se encontra o Pregão, se AGENDADOS, EM ANDAMENTO,
REALIZADOS ou PENDENTES DE RECURSO/ADJUDICAÇÃO/HOMOLOGAÇÃO.
- Marcar o tipo do Pregão, se Eletrônico ou Presencial, se é SRP ou não, qual a situação (fase) e
selecionar a UF ou a UASG ou Número do Pregão ou Data de inicio do envio da proposta ou Início da
sessão pública e clicar em OK.

1.11 - Quais são os procedimentos para cadastramento do pregoeiro e da equipe de apoio que irá
operar o Pregão?
R – Após serem designados pela Autoridade Competente, realizar os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em INCLUIR e informar os dados dos servidores
A equipe cadastrada será válida para todos os Pregões a serem realizados pela UASG.

1.12 - Os dados do pregoeiro e equipe de apoio, já cadastrados no sistema, podem ser alterados?
R - Sim. Para isso, deverão ser executados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em ALTERAR, selecionar o servidor e modificar os dados necessários (NOME, PERFIL DO
PREGOEIRO e/ou APOIO, NÚMERO DA PORTARIA e DATA DO DOCUMENTO de designação)
Curso de Formação de Pregoeiros 101

1.13 - O pregoeiro e/ou equipe de apoio já cadastrado pode ser excluído do sistema?
R - Não. O servidor cadastrado poderá ser INATIVADO, mas NÃO PODERÁ SER EXCLUIDO. Para
realizar a inativação de um servidor deverão ser executados os procedimentos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar na opção SIASG
- Clicar em PRODUÇÃO
- Informar CPF e SENHA da Rede SERPRO
- No menu SERVIÇOS do GOVERNO, clicar em PREGÃO > EQUIPE DO PREGÃO
- Clicar em ALTERAR, selecionar o servidor e marcar a caixa INATIVAR PESSOA

1.14 - Qual é o prazo para a vincular o pregoeiro e a equipe de apoio, ao Pregão?


R - Deverá ser realizada após a publicação do aviso no Diário Oficial da União e divulgação no Portal
Comprasnet, tendo como prazo limite o horário informado no sistema para abertura da sessão pública.
A equipe responsável por conduzir o Pregão – pregoeiro e equipe de apoio – poderá ser alterada até
o momento definido para abertura da sessão pública, isto é, antes do pregoeiro iniciar a operação do
Pregão.

1.15 - Como proceder para realizar a alteração do Valor de Referência (estimado)?


R - Até a data/hora definida para abertura da sessão pública, é possível alterar o valor de referência do
Pregão através da opção VINCULAR EQUIPE DE PREGÃO.

1.16 - Qual é o período em que os fornecedores poderão encaminhar propostas?


R - O período inicia-se após a publicação do aviso no D.O.U e encerra-se automaticamente na data e hora
marcadas para a abertura da sessão pública. Durante esse período, os fornecedores poderão encaminhar
ou excluir suas propostas, exclusivamente por meio do sistema eletrônico. Se o fornecedor desejar
substituir uma proposta já enviada, ele deverá excluir essa proposta e enviar uma nova proposta.
O edital fixará prazo não inferior a 8 dias úteis, contados da publicação do aviso, para os interessados
prepararem suas propostas.

1.17 - Ao tentar operar um Pregão, no menu Serviços do Governo, não é exibida a opção Pregão.
Como proceder?
R – Deverá ser realizado contato com o Cadastrador Parcial da Unidade para verificação de perfil (de
pregoeiro) de acesso ao sistema.

1.18 - O que é item deserto?


R – É item que não recebeu nenhuma proposta de fornecedor.

1.19 - O que é Pregão Deserto?


R - É o Pregão cujos itens não receberam nenhuma proposta de fornecedores.
No momento da abertura da sessão, ao clicar em "OPERAR", o sistema exibirá mensagem
informando que o "Pregão não poderá ser operado", por não ter recebido nenhuma proposta, ou seja,
trata-se de PREGÃO DESERTO.
O pregoeiro não necessitará realizar nenhum outro procedimento operacional, pois o sistema irá,
automaticamente:
- Enviar o resultado para o SIASG/SISPP, como item cancelado.
- Gerar a Ata do Pregão Deserto, que estará disponível no Comprasnet, em "Acesso Livre > Pregões
> Consulta ATA".
Importante: não haverá necessidade de Adjudicação e Homologação.
Curso de Formação de Pregoeiros 102

2 - PREGÃO ELETRÔNICO

2.1 - Fase de Análise de Propostas

2.1.1 - Os fornecedores que tiveram suas propostas desclassificadas na fase de análise de propostas
poderão participar da fase de lances?
R - Não. Só participarão da fase de lances, os fornecedores que tiveram suas propostas classificadas.

2.1.2 - Na fase de análise de propostas, quando se clica no botão "Confirma início de lances para o
item", o sistema exibe mensagem informando que não é possível abrir o item para lances porque
existe proposta selecionada. Como proceder?
R - Deve-se utilizar o botão LIMPAR para retirar a seleção da proposta previamente selecionada e em
seguida, clicar novamente no botão Confirma início de lances para o item. Vale ressaltar que a proposta
somente deverá ser selecionada para fins de desclassificação.

2.2 - Fase de Lances

2.2.1 - O sistema permite abrir para lances, simultaneamente, todos os itens do Pregão?
R - Em Pregões Eletrônicos com mais de 100 (cem) itens, o pregoeiro poderá abrir simultaneamente até
100 (cem) itens. Os que excederem, deverão ser abertos à medida que os itens abertos anteriormente,
forem encerrados.

2.2.2 - Na fase de lances, pode-se cancelar a desclassificação de uma proposta feita na fase de
análise de propostas?
R - Não. O cancelamento de uma desclassificação de proposta somente poderá ser realizado na fase de
análise de proposta, ou seja, antes da abertura do item para lances.

2.2.3 - O que é tempo de iminência?


R - Quando o pregoeiro acionar a função ENCERRAR ITEM, o sistema solicitará a definição do tempo
de iminência no intervalo de 01 a 60 minutos. Decorrido esse prazo, o item entrará em encerramento
aleatório.

2.2.4 - O que é encerramento aleatório?


R - Tempo, definido aleatoriamente pelo sistema, no intervalo de 01 a 30 minutos. Terminado esse tempo,
o item é automaticamente encerrado pelo sistema.
Após o encerramento aleatório, o item passa para a situação de "encerrado", devendo o pregoeiro
iniciar a fase de aceitação.

2.2.5 - Na fase de lances, os itens já estão no encerramento aleatório, um fornecedor encaminhou


um lance incorreto e o mesmo entrou em contato com o pregoeiro solicitando a exclusão desse
lance. Entretanto, o item foi encerrado antes da exclusão do lance. Como proceder?
R - Não havendo tempo hábil para tal exclusão, se o fornecedor não for honrar o lance ofertado, deve-se
rejeitá-lo na fase de aceitação, e iniciar negociação com próximo fornecedor melhor classificado.
Cabendo penalidades e sanções previstas na legislação, ao fornecedor que não honrou o lance ofertado.

2.2.6 - Na fase de lances, todos os itens já foram encerrados. Apenas um item permanece na
situação de "suspenso". Como proceder para passar para a fase de aceitação?
Curso de Formação de Pregoeiros 103

R - Para passar para a fase de aceitação todos os itens devem estar na situação de "encerrado". Então esse
item "suspenso" deverá ser encerrado e se for o caso, cancelado na fase de aceitação.

2.2.7 - Pode-se cancelar item na fase de lances?


R - Não. Os itens do Pregão Eletrônico só poderão ser cancelados a partir da fase de aceitação.

2.2.8 - Se ocorrer interrupção do fornecimento de energia durante a fase de lances, como proceder?
R - No caso de desconexão do pregoeiro, se o sistema eletrônico permanecer acessível aos licitantes, os
lances continuarão sendo recebidos, sem prejuízo dos atos realizados.
O pregoeiro poderá tentar acesso em outro ambiente onde haja energia elétrica, podendo suspender o
pregão temporariamente, se julgar necessário. Ele poderá enviar aviso aos fornecedores explicando o
problema, ou se preferir poderá aguardar o retorno da energia elétrica para esclarecer o ocorrido.

2.3 - Fase de Aceitação

2.3.1 - Como proceder para solicitar o envio de amostras quando necessário?


R – As amostras devem ser solicitadas na fase de aceitação. Para isso, o pregoeiro deverá suspender o
Pregão temporariamente. Será necessário informar o motivo da suspensão, bem como a data e o horário
previstos para a reabertura. Ao confirmar a suspensão, o sistema enviará automaticamente, e-mail aos
fornecedores participantes, informando-os sobre o fato. Será disponibilizado no sítio do Portal
Comprasnet, na opção "Acesso Livre" no campo "informações do Pregão" a situação de "Suspenso".
É importante lembrar que o edital deverá explicitar quais são os itens para os quais será exigido o
envio de amostras.

2.3.2 - Na fase de aceitação, uma proposta aceita poderá ser recusada?


R - Sim. Para isso, o pregoeiro deverá selecionar novamente o fornecedor que teve a proposta aceita,
informar justificativa no campo "Observações" e clicar no botão "Recusar Proposta".

2.3.3 - Na fase de aceitação, uma proposta recusada poderá ser aceita?


R - Sim. Para isso, na tela principal de aceitação, o pregoeiro deverá clicar no número do item, selecionar
novamente o fornecedor, informar a justificativa no campo "Observações" e clicar no botão "Aceitar
Proposta".

2.3.4 - Como proceder para enviar mensagem, via chat, a um fornecedor específico e em seguida,
visualizar sua resposta?
R - No janela do chat, ao selecionar "todos", a mensagem será enviada para todos os fornecedores, no
entanto, eles não poderão encaminhar resposta ao pregoeiro.
Ao selecionar um fornecedor específico, a mensagem enviada será visualizada por todos, mas apenas
o fornecedor selecionado, terá como responder ao pregoeiro.
Importante: ao selecionar outro fornecedor para troca de mensagem, o fornecedor anteriormente
selecionado terá o chat fechado para resposta, portanto se o pregoeiro desejar receber resposta de um
determinado fornecedor, sua identificação deverá permanecer selecionada.

2.3.5 - Terminada a fase de lances, foi constatado que o único item do Pregão, recebeu proposta
acima do valor de referência. Como proceder para cancelar o Pregão?
R – O pregoeiro deverá cancelar o item na fase de aceitação, abrir/fechar prazo para intenção de recurso,
encerrar a sessão pública e homologar o Pregão.
Curso de Formação de Pregoeiros 104

2.4 - Fase de Habilitação

2.4.1 - Na fase de habilitação, como proceder se o fornecedor aceito não puder ser habilitado?
R – Inicialmente, o fornecedor deverá ser inabilitado. Para isso, selecionar o fornecedor, informar
justificativa e clicar no botão Inabilitar Proposta. Desse modo, o item voltará para a fase de aceitação,
onde o pregoeiro examinará a proposta subsequente e, assim sucessivamente, até a apuração de uma
proposta para ser aceita e posteriormente, ser habilitada.
Não existindo nenhuma proposta para ser aceita e/ou habilitada, o item deverá ser cancelado, na fase
de aceitação.

2.5 - Manifestação de Intenção de Recurso

2.5.1 - O fornecedor que teve sua proposta desclassificada, na fase de análise de propostas, também
poderá registrar sua intenção de recurso?
R - Sim. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e
motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer. Se a intenção de recurso for
aceita, lhe será concedido o prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais
licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contra-razões em igual prazo, que
começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos elementos
indispensáveis à defesa dos seus interesses.

2.6. Adjudicação

2.6.1 - Na fase de adjudicação, como proceder para cancelar a adjudicação de um fornecedor e


adjudicar outro?
R – Para cancelar a adjudicação do fornecedor, deve-se selecionar esse fornecedor, informar justificativa
em campo específico e clicar no botão Cancelar Adjudicação. Será necessário utilizar a opção Voltar Fase
/ Ata Complementar, que retornará o item para a fase de aceitação para iniciar os procedimentos
operacionais para o próximo fornecedor classificado.

2.6.2 - Na fase de adjudicação, como proceder se todos os itens do Pregão estão cancelados?
R - Como todos os itens estão cancelados, o sistema não permitirá realizar a adjudicação, bastando
portanto, realizar a homologação do Pregão.

2.6.3 - Como visualizar as datas de Adjudicação e Homologação do Pregão?


R - Para realizar a verificação das datas de adjudicação e/ou homologação, deverá ser consultada a ATA
DO PREGÃO, através do sítio http://www.comprasnet.gov.br, opção ACESSO LIVRE > PREGÕES >
CONSULTA ATA . No rodapé da ata estará disponível os TERMOS DE ADJUDICAÇÃO e
HOMOLOGAÇÃO, onde será possível visualizar data e hora em que foram realizadas a Adjudicação e a
Homologação.

2. – Homologação

2.7.1 - Homologado o Pregão Eletrônico, qual é a próxima atividade a ser realizada para publicação
do resultado no D.O.U?
R – A Unidade deverá realizar a publicação do Evento de RESULTADO DE JULGAMENTO, via
SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI/ALTERA EVENTO.
Curso de Formação de Pregoeiros 105

2.7.2 - Um item cancelado, deverá ser homologado?


R – Sim, pois a ação da Autoridade Competente em homologar o item cancelado, valida o ato praticado
pelo pregoeiro.

2.8. Ata

2.8.1 - Como proceder para consultar Atas de Pregões e os Termos de Adjudicação e


Homologação?
R – Será necessário realizar os passos abaixo:
- Acessar o sítio https://www.comprasnet.gov.br
- Clicar em ACESSO LIVRE
- Selecionar PREGÕES
- Clicar em CONSULTA ATA
- Marcar o tipo do Pregão, se Eletrônico ou Presencial, se é SRP ou não, qual a situação (fase) e
selecionar a UF ou a UASG ou Número do Pregão ou Data de inicio do envio da proposta ou Início da
sessão pública e clicar em OK
- No rodapé da ata estão disponíveis botões para acesso aos Termos de Adjudicação e Homologação.

2.8.2 - Por que na consulta RESULTADO POR FORNECEDOR, disponível no rodapé da ata do
Pregão, o campo "Total do Fornecedor", é exibido "zerado"?
R – Porque nas totalizações são ignorados os itens cujo critério de julgamento seja por maior desconto, ou
seja, itens por desconto não são totalizados na consulta RESULTADO POR FORNECEDOR.

2.9 - Retorno de Fase / Ata Complementar

2.9.1 - Para que serve a opção Voltar Fase / Ata Complementar?


R - Essa opção permite ao pregoeiro alterar resultados ou eventualmente corrigir erros praticados, em
relação a um ou mais itens do Pregão Eletrônico, depois de encerrada a sessão pública, por decisão de
recurso ou por motivo próprio, devidamente justificado no sistema.
Será agendada nova sessão pública para os itens que se fez necessário o retorno de fase, fixando dia
e horário para a reabertura. O sistema irá gerar a Ata Complementar, para registrar os novos resultados,
sem perda das informações iniciais.
Para cada novo reagendamento da sessão pública, será gerada uma Ata Complementar contendo o
registro dos eventos ocorridos em decorrência do retorno de fase.
O sistema só permitirá agendar a reabertura da sessão pública para 24 (vinte e quatro) horas após a
data em que se está realizando o retorno de fase.
Será enviado e-mail a todos os fornecedores participantes do Pregão, informando data/hora para a
reabertura da nova sessão pública e a fase em que se estará retornando.

2.9.2 - A utilização da opção Voltar Fase / Ata Complementar, do Pregão Eletrônico, será possível a
partir de quais fases?
R - A partir das fases de: aceitação, habilitação, intenção de recurso e juízo de admissibilidade.
Não será possível o retorno às fases de análise de propostas e de lances.

2. – Eventos

2.10.1 - Quais são os procedimentos para realizar o EVENTO DE SUSPENSÃO ? R - Utilizar a


transação SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI / ALTERA EVENTO
Curso de Formação de Pregoeiros 106

O Evento de Suspensão reflete no Comprasnet, excluindo o Pregão e todas as propostas existentes,


porém obrigatoriamente o Pregão deverá estar na situação de AGENDADOS, independente da data da
abertura das propostas. Esse Pregão excluído através do evento de suspensão só será reagendado
automaticamente no Comprasnet, após publicação do evento de REABERTURA DE PRAZO do mesmo.
O Comprasnet enviará e-mail aos fornecedores que enviaram proposta, comunicando o evento de
suspensão.
OBS.: O SIASG permite evento de suspensão a qualquer tempo, mesmo após a data de abertura das
propostas, entretanto, esse evento só reflete no Comprasnet se a sessão pública do Pregão não tiver sido
aberta para operar, ou seja, o Pregão não pode estar em ANDAMENTO.

2.10.2 - Quais são os procedimentos para realizar o EVENTO DE REABERTURA DE PRAZO?


R - Utilizar a transação SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI / ALTERA EVENTO
O evento de "Reabertura de Prazo" deverá ser utilizado para reagendar um Pregão que sofreu evento
de suspensão. Como o evento de suspensão excluiu as propostas recebidas, haverá necessidade do
encaminhamento de novas propostas pelos fornecedores.
O evento de Reabertura de Prazo permite também fazer alterações no item. O Comprasnet enviará e-
mail automático aos fornecedores, quando o Pregão sofrer evento de suspensão, desde que o referido
evento seja "refletido" no Comprasnet. Quando é feito o evento de reabertura de prazo, o Pregão é
reagendado automaticamente no Comprasnet, mas dessa vez os fornecedores não recebem e-mail
comunicando tal evento.

2.10.3 - Quais são os procedimentos para realizar o EVENTO DE ALTERAÇÃO?


R - Utilizar a transação SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI / ALTERA EVENTO
O Evento de Alteração reflete no Comprasnet nos Pregões Agendados, caso esse evento seja
publicado ATÉ a data da abertura das propostas.
O Comprasnet excluirá todas as propostas existentes, incluirá as alterações e reagendará o Pregão.
O Comprasnet enviará e-mail aos fornecedores que encaminharam proposta, comunicando esse
evento.
Como o evento excluiu as propostas recebidas, haverá necessidade do encaminhamento de novas
propostas pelos fornecedores.

2.10.4 - Quais são os procedimentos para realizar o EVENTO DE ADIAMENTO?


R - Utilizar a transação SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI / ALTERA EVENTO
O Evento de Adiamento reflete no Comprasnet nos Pregões Agendados, caso esse evento seja
publicado ATÉ a data da abertura das propostas. O Pregão será REAGENDADO automaticamente no
Comprasnet (as propostas até então já enviadas pelos fornecedores, serão mantidas, NÃO SERÃO
EXCLUÍDAS DO COMPRASNET).
O Comprasnet enviará e-mail aos fornecedores que encaminharam propostas, comunicando esse
evento.

2.10.5 - Quais são os procedimentos para realizar os EVENTOS DE REVOGAÇÃO e


ANULAÇÃO?
R - Utilizar a transação SIASG > SIDEC > EVENTO > INCLUI / ALTERA EVENTO
Reflete no Comprasnet, excluindo todo o Pregão se o mesmo estiver nos AGENDADOS (não aberto
para operar), independente da data da abertura das propostas.
O Comprasnet enviará e-mail aos fornecedores que encaminharam propostas, comunicando esse
evento.
Curso de Formação de Pregoeiros 107
3 - PREGÃO ELETRÔNICO PARA SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO (SISRP)

3.1 - Como proceder para cancelar a homologação, dos itens de Pregão para SRP?
R – Operacionalmente não há como fazer o cancelamento da homologação. Nesse caso, o Dirigente da
Unidade deverá encaminhar ofício ao Ministério do Planejamento, aos cuidados da Dra. Loreni Foresti,
Diretora do DLSG – Departamento de Logística e Serviços Gerais, Esplanada dos Ministérios, Bloco C –
3º Andar – Distrito Federal, Cep 70046-900, informando os dados necessários (UASG, Número do
Pregão, Telefone da Unidade) e solicitando a realização do cancelamento da homologação do Pregão.

3.2 - Necessita-se aderir a uma ata de registro de preço (SRP) de uma licitação que não está
incluída no SIASG/SIDEC, como proceder?
R - Deverá enviar ofício, solicitando a inclusão do aviso no SIASG/SIDEC, para o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão - Departamento de Logística e Serviços Gerais / Sec. de Logística e
Tecnologia da Informação, A/C da Dra. Loreni Foresti no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco C -
3º andar - Distrito Federal, Cep 70046-900. Anexado ao ofício:
- Encaminhar cópia do edital na íntegra (completo);
- Informar todos os itens com os respectivos códigos do CATMAT (Catálogo de Material) ou
CATSER (Catálogo de Serviço), mesmo os itens que não deseja aderir;
- Nome e cargo da autoridade que assinou a ATA;
- Data de vigência da ATA (início e fim);
- Data de assinatura da ATA;
- CNPJ de todos os vencedores de cada item;
- Valor de referência, valor unitário, quantidade e marca do produto de todos os itens, inclusive os
itens que não deseja aderir.

4 - PREGÃO ELETRÔNICO POR MAIOR DESCONTO

4.1 - Como proceder para realizar um Pregão por MAIOR DESCONTO ?


R – É importante saber que não é o Pregão que é por MAIOR DESCONTO e sim o item, pois em um
mesmo Pregão poderão existir itens cujo critério de julgamento seja MAIOR DESCONTO ou MENOR
PREÇO.
A escolha do critério de julgamento será realizada na inclusão do aviso no SIASG > SIDEC >
INCLUI/ALTERA AVISO, no procedimento de inserção de itens (código do material ou serviço). Nesse
momento, deverá ser assinalado qual o critério de julgamento a ser adotado para o item (maior desconto /
menor preço).
Os itens cujo critério de julgamento tenha sido o de MAIOR DESCONTO, na tela do pregoeiro, bem
como na tela do fornecedor serão identificados pelo símbolo de % (percentual) na cor vermelha. E serão
disputados em percentual (%), ofertados a partir do valor de referência informado, tanto na proposta
quanto nos lances. O sistema exibirá tanto o percentual de desconto ofertado como o valor estimado já
deduzido esse desconto (campo Valor c/ Desconto).
O sistema classificará na ordem do maior para o menor desconto ofertado.
Os demais procedimentos, da SESSÃO PÚBLICA, mantêm-se inalterados, inclusive quanto à
negociação durante a fase de aceitação das propostas.
Após a realização da homologação, o resultado será encaminhado automaticamente para o sistema
de preços praticados - SISPP, o qual para os itens por maior desconto, registrará como resultado o maior
percentual de desconto obtido e o valor estimado para o item. Essas informações subsidiarão o contrato e
o empenho junto ao fornecedor.
O edital deverá explicitar os novos procedimentos para que não paire dúvidas ao fornecedor,
inclusive quanto ao valor estimado, que nesse caso específico (maior desconto) será de conhecimento do
fornecedor.
Curso de Formação de Pregoeiros 108

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e Contratos: orientações básicas. 3. ed. Brasília: TCU.
Secretaria de Controle Interno, 2006.
NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão Presencial e Eletrônico. Zênite Editora, 2006.
______. Portal de pesquisa textual [Decisões e Acórdãos do TCU]. Disponível em:
<http:\\www.tcu.gov.br>.
______. Apostila Curso de Formação de Pregoeiros. ENAP, 2003.
______ . Apostila Sistema de Registro de Preços. 3ª ICFEx.
______. Manuais: Pregão Presencial, Pregão Eletrônico, Cotação Eletrônica. Brasília: MPOG. Disponível
em <http:\\www.comprasnet.gov.br>.
______. Informativo de Licitações e Contratos. Revista Zênite, 2005, 2006, 2007 e 2008.
______. Boletim de Licitações e Contratos. Editora NDJ, 2008 e 2009.
______. Boletins Informativos. 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª e 12ª ICFEx, 2006, 2007, 2008 e 2009.

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