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A atividade agropecuária no Brasil

Atualmente, é nítida a dependência do campo em relação à cidade, apesar de ser o


campo o fornecedor de alimentos para os centros urbanos.
A produção industrial exigiu a mecanização da agricultura; mas ela ainda convive com
a colheita manual, praticada há séculos.
A atividade agropecuária brasileira passou por grandes mudanças nos últimos anos.
Com a utilização e difusão de novas tecnologias, cresceu o numero de
estabelecimentos que possuem tratores, empregam fertilizantes e outros insumos
agrícolas e adotam praticas de conservação do solo, como a recuperação de terrenos
e a irrigação de regiões com baixo índice pluviométrico.
As áreas de alto padrão tecnológico estão principalmente no Sul, no Sudeste e em
parte do Centro-Oeste. As regiões menos desenvolvidas no Norte e no Nordeste.
A substituição da mão-de-obra por tratores para as extensas áreas de manufatura
aumentou o desemprego no campo e o êxodo rural.
O uso de herbicidas além de trazer graves doenças aos trabalhadores que os
manipulam, provou problemas de saúde nos consumidores finais dos produtos.
O solo é também é contaminado pelos produtos químicos usados para recuperar sua
fertilidade.
Além da desigualdade no desenvolvimento das diversas regiões brasileiras, há
disparidades entre o desempenho das lavouras de potencial exportador e as voltadas
para o mercado interno na política econômica do Brasil.
A atividade rural: Influencias
Podemos dizer que o espaço agrícola brasileiro, depende na realidade de fatores de
influencia como, por exemplo, a disponibilidade de capital, o perfil do mercado
consumidor e as características da tecnologia utilizada, o que conseqüentemente
dependem de mudanças no sistema capitalista vigente em nosso país.

Concentração fundiária
A distribuição de terras em nosso país é e sempre foi desigual.
Desde muito tempo atrás, há grandes porções de terras nas mãos de poucos, onde a
grande maioria da população não retem sequer uma pequena porção de terra. Na
verdade existiam milhões de quilômetros quadrados sem qualquer aproveitamento
agropecuário,tudo isso deve-se ao fato da forma de colonização introduzida no
Brasil,onde se tinha a seguinte “regra” ; quanto mais escravos maior a propriedade
que os fazendeiros poderiam possuir,pois só poderia adquirir a quantidade de terras
em que os escravos dariam conta de cultivar,e isso foi apenas o começo.
Já houveram tentativas de uma reforma agrária, porém sem sucesso, sendo
substituída pela política oficial do regime militar brasileiro, que modernizou o latifúndio
com um abundante credito rural.
A ampla oferta de empréstimos com juros baixos e o estimulo á cultura de soja para
gerar grandes excedentes exportáveis favoreceram o aumento da concorrência no
campo.
Eram tempos chamados de “milagre brasileiro”, para explicar esse fenômeno vamos
utilizar a soja como exemplo: como o cultivo da soja exige maiores extensões de áreas
cultiváveis, os pequenos proprietários não tinham capital para participar dessa disputa
por maior produção e foram pressionados a vender suas terras para médias e grandes
fazendas, com o credito farto facilitava-se a aquisição de terra; quanto mais terra maior
o credito, e conseqüentemente a compra de terra poderia ser maior.
Apesar de todo esse “milagre”, o Brasil não resolveu o seu maior problema que era a
concentração de terra e renda.
A reforma agrária
A reforma agrária não é apenas um processo de distribuição de terras. O seu sucesso
depende de apoio técnico e financeiro aos novos pequenos proprietários que por ela
são beneficiados.
Os trabalhadores assentados precisam de ferramentas, sementes e dinheiro para a
instalação das edificações necessárias a uma pequena propriedade e de uma
pequena residência. Assentamentos muito distantes dos centros de comercialização
dependem sistemas de transporte e armazenagem, para serem viáveis.
Os pequenos agricultores precisam de um sistema especial de crédito agrícola que
permita investimentos na propriedade e na produção e de assessoria técnica,
essenciais para que o acesso à propriedade esteja vinculado ao progresso social.
Portanto o custo da reforma agrária não está restrito ao pagamento das terras
desapropriadas a serem transferidas ao trabalhador sem terra. A reforma agrária
depende de um sistema de apoio ao pequeno proprietário para que com o tempo ele
possa caminhar sobre suas próprias pernas.
A concentração de terras na atualidade

Na atualidade, a composição e a evolução da estrutura fundiária brasileira estão


condicionada por um lado, por tipos específicos de uso, ou em determinados casos,
estas estruturas permanecem ociosas por especulação dos proprietários. De acordo
com o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, 82,6% dos
estabelecimentos com menos de 50 ha atingem apenas 13,5% da área total, ou seja,
um grande número de propriedades com espaço extremamente reduzido, sendo que
destes 53,7% possuem menos de 10 hectares, em sua maioria, caracterizando-se
como minifúndios. As propriedades com área entre 50 e 1.000 hectares perfazem um
total de 16,6% dos estabelecimentos e ocupam área de 43% do total. Nas áreas acima
de 1.000 ha o número de estabelecimentos é menor do que 1,0%, (2.174
estabelecimentos), entretanto, a área atinge 43,5% do total, demonstrando uma
acentuada concentração fundiária.
Quanto à utilização das terras no Brasil, pode-se destacar que apenas 11% destinam-
se as culturas anuais, ou seja, para o cultivo das culturas cíclicas. As culturas
permanentes ocupam apenas 3% das áreas. As pastagens nativas ou naturais e as
cultivadas atingem 48% destas terras.
Na região Norte o grau de ociosidade chega a 65,8% do total, sendo que nestas,
quase sua totalidade a incidência de latifúndios (88,4%). Na região Nordeste 54,4%
das terras estão ociosas sendo que nelas 85,9% são latifúndios. Na região Centro-
Oeste a ociosidade das terras é de 42,6% e, destes 95,5% são latifúndios. Este índice
é o mais expressivo de todo o Brasil. As regiões Sudeste e Sul apresentam,
respectivamente índices menores de ociosidade da terra. (21,1% e 15,2%). Quanto à
presença de latifúndios nestas áreas chega a 84,0% no Sudeste e 74,1% na região
Sul, dando um padrão da estrutura fundiária diferente das demais regiões.
Há um grande debate sobre a relação entre a população rural e urbana. Se por um
lado, as estatísticas mostram uma população urbana bem superior à rural – números
estes que servem de argumento aos conservadores no que diz respeito à falta de
importância da reforma agrária – por outro lado, a expulsão dos excluídos para os
centros urbanos mostra que o campo “mandou seus problemas para as cidades”.
Assim, a reforma agrária e a agricultura familiar são apontadas como alternativas para
a diminuição da miséria. Com os minifundistas, em torno de 2,5 milhões de famílias e
os eventuais beneficiários de uma redistribuição da terra, cerca de 2,4 milhões, seria
possível retirar milhões de pessoas do estado de miséria e fome.

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A produção agropecuária do Brasil
A prioridade da produção agropecuária no Brasil sempre foi o mercado externo,
atualmente os produtos exportados representam cerca de 50% da nossa pauta de
exportações

A agricultura comercial do sudeste


Hoje o café é cultivado em grande escala em São Paulo, Minas Gerais e Espírito
Santo, junto com outros importantes produtos agrícolas.
Até 1930, o café ocupava praticamente todas as terras férteis do Sudeste. Em 1929,
uma grande crise mundial dificultou as exportações, obrigando os agricultores a uma
maior diversificação da produção agrícola. A partir desse momento, produtos como o
algodão, a cana, a laranja, entre outros, passaram a substituir parte dos cafezais.
Atualmente é a cana-de-açúcar que domina a maior parte das terras cultivadas do
Sudeste. Isso ocorreu a partir de 1975 com a criação do Proálcool (Programa Nacional
do Álcool). Hoje, São Paulo é o maior produtor nacional de açúcar e álcool e tem
inúmeras usinas espalhadas pelo interior do estado.
Outro produto, ao lado da cana, cultivado na região é o algodão (herbáceo).
Importante matéria-prima para as indústrias têxteis instaladas em grande número no
Sudeste. Os maiores produtores brasileiros são o estado de São Paulo, no Sudeste, e
o estado do Paraná, no Sul.
Além desses produtos, a soja e a laranja vêm-se destacando nos últimos anos. Com a
grande procura que a soja e a laranja (suco de laranja) passaram a ter no mercado
externo, as plantações desses produtos têm se espalhado pela região.
A laranja é cultivada mais intensamente no estado de São Paulo, em
aproximadamente 110 municípios das regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio
Preto, Campinas, Itapetininga, Limeira, Araraquara e Bebedouro, onde existem
grandes grupos empresariais produtores de suco, que exportam sua produção
principalmente para os EUA e a Europa.
Nas áreas que circundam as grandes cidades, como São Paulo, Campinas, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, encontram-se culturas de frutas, verduras e legumes e a
criação de aves, como frango e galinha (em granjas). Essas áreas cultivadas são os
cinturões verdes.
Esses produtos hortifrutigranjeiros atendem a demanda dessas cidades, que abrigam
elevado número de habitantes.
Muitas dessas pequenas plantações e granjas são controladas por famílias de
agricultores que residem na propriedade.
A expansão urbana e a conseqüente especulação imobiliária têm causado problemas
a esses pequenos agricultores, que cada vez mais vão-se afastando das cidades.
Com isso, o preço de alguns produtos sobe, devido ao custo do transporte, que passa
a ser maior, e aos atravessadores.
Embora as lavouras modernas de exportação predominem na região Sudeste, em
algumas áreas é encontrada a agricultura sob a forma tradicional. Para exemplificar, o
vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, é grande produtor de chá e banana, e
o vale do Jequitinhonha, que abrange parte de Minas Gerais e do Espírito Santo,
possui lavouras de subsistência.
O mercado externo nunca deixou de ser prioridade para a agropecuária nacional. As
exigências deste mercado também evoluíram e,para atende-las ,foi necessário
implantar o chamado complexo agroindustrial.Na pratica ,uma sofisticada atividade
econômica que resulta da integração dos seguintes tipos de empresa:
-Indústrias que abastecem a agropecuária com insumos (adubos, sementes,
maquinas, entre outras técnicas)

-Indústrias que transformam a matéria-prima agrícola em bens de consumo;


-Empresas responsáveis pela comercialização de todos os produtos dessa cadeia
produtiva

Centro oeste
A ocupação desta região baseou-se na pecuária estensiva de corte, que abastecia os
grandes mercados consumidores da região sudeste.
Com a construção de Brasília, por conseqüência a produção agropecuária se
diversificou.
As áreas do cerrado foram valorizadas, onde ate então eram consideradas impróprias
para a agricultura, levando á muitos agricultores dirigrir-se para estas áreas, pois
estavam disponíveis e eram virgens e baratas.
Graças á técnicas como correção do solo com calcário, plantio direto. que não revolve
o solo ,onde evita-se a erosão e a perda de nutrientes,e facilitam a semeadura e a
adubação por maquinas,melhoramento genético ,manejo integrado com a pecuária ,
Que garante a utilização do solo doze meses por ano.
Toda essa evolução de produtividade foi financiada pela aceitação da soja no mercado
externo
Os principais produtos da região são os grãos. Podemos destacar a soja,o milho,o
arroz o sorgo e o feijão,alem da criação de aves e suínos,porem a pecuária extensiva
ainda se mantem.
Porem esta região nescessita de melhoras em sua infra-estrutura de transportes, para
poder atender a demanda da exportação.
Nordeste
O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semi-árido do
Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação exuberante, à
medida que avança para o oeste.
As principais atividades agropecuárias são a criação extensiva de gado de corte, o
cultivo do algodão e, principalmente a rizicultura (consomem parte da produção e
vendem o excedente)
A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia,
numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical úmido, com chuvas
mais freqüentes no outono e inverno. O solo é fértil e a vegetação natural é a mata
atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o
início da colonização, destacando-se o tabaco. o cacau e frutas tropicais também.
O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de
brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados
por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.
Os principais produtos são milho, arroz, feijão e mandioca.
O sertão, uma extensa área de clima semi-árido, chega até o litoral, nos
estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem grande
limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal
distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de
água perene, predominam as grandes propriedades dedicadas ao cultivo extensivo de
algodão e á pecuária de corte.
Região sul
A mecanização da agricultura e também da agroindústria, favorecem a expulsão de
famílias do campo para a cidade. A conseqüência desse êxodo rural é a formação de
bolsões de miséria nas principais cidades da região.
A agropecuária continua a desempenhar importante papel na economia da região. O
uso de técnicas modernas propicia boa produtividade às culturas de trigo, milho, arroz,
feijão e tabaco, e os estados do Sul são os maiores produtores no país de soja, mel,
alho, maçã e cebola, colocando-a no segundo lugar brasileiro em geração de renda
(perdendo apenas para a região sudeste).
A vegetação rasteira típica da região contribui para a criação de rebanhos bovinos,
principalmente nos pampas gaúchos. Até o ano de 2001, apenas Santa Catarina e Rio
Grande do Sul estavam livres da febre aftosa bovina - reconhecida mundialmente.
A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:

Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida


por imigrantes europeus, principalmente alemães, na área originalmente ocupada
pelas florestas. Cultivam-se principalmente milho, feijão, mandioca, batata, maçã,
laranja, e fumo;

Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade é


comum nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam soja, trigo, e
algumas vezes, arroz. No Norte do Paraná predominam as monoculturas comerciais
de algodão, cana-de-açúcar, e principalmente soja, laranja, trigo e café. A erva-mate,
produto do extrativismo, é também cultivada.
Norte
Esta região apresenta uma produção agrícola incipiente.

Porem tem sido uma área de intensa disputa pela posse de terra, principalmente nas
áreas da fronteira agrícola.

Povos indígenas, posseiros e grandes fazendeiros têm sido os principais indivíduos


envolvidos nessa disputa.

Existem alguns tipos de produção agrícola:

Agricultura itinerante, baseada na produção familiar para a subsistência. Apresenta uma


peculiaridade muito danosa para o meio ambiente:as áreas ocupadas são abandonadas
após poucos anos de exploração;em seguida ,uma nova área da floresta é
ocupada,desmatada e cultivada,para depois ser abandonada também.

Agricultura comercial, baseada na grande latifúndio. A principal produção é a pecuária


bovina de corte,de tipo extensivo,geralmente usada apenas como farsa legal para
legitimar a posse de uma vasta área.Esse artifício é usado para evitar que a terra seja
considerada improdutiva,o que poderia facilitar a desapropriação para fins de reforma
agrária.
As relações de trabalho e conflitos no campo
No inicio desses conflitos as principais vitimas foram os indígenas, expulsos de suas
terras. Porem atualmente elas acontecem por inúmeros fatores.

A distribuição da posse de terras no Brasil apresenta um marcante desequilíbrio


gerador de conflitos:

• Pela posse da terra;

• Pelo cultivo executado em terras de donos ausentes ou desconhecidos, onde a


presença do agricultor e sua produção caracterizam o posseiro;

• Pela má remuneração do trabalho nas colheitas da cana, do café, da laranja, entre


outros;

• Pela dificuldade na realização de muitos trabalhos penosos na agricultura.

A violência que mata muita gente no campo é causada pelo descaso e mau uso do
dinheiro publico que coloca essas pessoas em situação de miséria e abandono.

A disputa de terras com grileiros e jagunços e os acidentes com o transporte precário


em caminhões de bóias-frias também são causas dessa violência.

A escassa legislação deixa desprotegidos os trabalhadores do campo, e os acordos


coletivos conseguidos são burlados, sempre em prejuízo da parte mais fraca.

Os conflitos no campo se acentuaram com a imposição do assalariamento, surgindo


greves; mas os maiores choques sempre foram gerados pelo problema da terra em
forma de latifúndio.

Em 1984, surgiu uma organização nacional reivindicando a reforma agrária e uma


política agrícola voltada para o pequeno produtor, o MST: Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra.

A trajetória do MST é marcada pela violência, a luta do MST passou a ter forte
conotação ideológica e política, o que tem grande divergência com alguns setores da
sociedade, além da resistência dos grandes proprietários de terras.
MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST surgiu a partir da
necessidade de promover a reforma agrária. Esse por sua vez é um sistema que visa
distribuir terras de forma justa. A partir desse pensamento e da oposição real em que o
Brasil se encontra, pessoas que não possuem terras para plantio organizaram um
movimento de protesto contra a centralização de terras nas mãos de poucos.

O movimento é organizado em 24 estados brasileiros a partir de comissões de frente


que buscam a reforma agrária de forma verdadeira. Cada comissão é responsável
pelos setores de saúde, direitos humanos, gênero, educação, cultura, comunicação,
formação, projetos e finanças, produção, cooperação, meio ambiente e frente de
massa. Como forma de reivindicação e de fazer valer a reforma agrária, o MST ocupa
os latifúndios e se mobilizam em massa de forma que os proprietários fiquem sem
maneiras de reagir. Também adquiriu ao longo do tempo características absorvidas de
outras lutas sociais em busca dos direitos humanos.

O MST a partir de sua manifestação impactante universalizou sua causa e tornou


conhecida a necessidade de fazer valer o direito do homem de ter seu espaço para
morar e promover seu sustento e ainda trouxe à tona à ocupação improdutiva de
terras por pessoas que visam apenas terem posses. Existem pessoas que se infiltram
no movimento com a intenção de enganar o governo e os próprios manifestantes
somente para obterem um pedaço de chão. Estes, de maneira alguma devem ser
considerados integrantes sem-terra.
Necessidade de mudanças

No Brasil, o modelo adotado para explorar as colônias foi o plantation: grandes


propriedades monocultoras, voltadas para a produção de gêneros tropicais destinados ao
mercado externo e com a utilização da escravidão negra.

Essas particularidades do processo colonial latino-americano determinaram os traços


principais dos problemas fundiários desta parte do continente: a formação de grandes
latifúndios ao lado de grande contingente de trabalhadores rurais que não tem acesso à
terra.

O Brasil rural convive com extremos de pobreza e de riqueza. As técnicas de cultivo e


de criação também variam do rudimentar ao agronegócio moderno.

Nas últimas décadas a modernização do setor agrícola contribuiu para agravar a


concentração de terras. Deslocou a população do campo para as cidades, em busca de
emprego, ou para outras regiões do país, em busca de terras, para recomeçar uma nova
vida. Tanto uma opção como outra contribuíram para agravar os problemas sociais que
persistem no Brasil atual.

O Brasil convive com milhões de trabalhadores sem terra numa situação em que cerca
de 40% da área das grandes propriedades agropecuárias não são aproveitadas para o
cultivo, para a criação de animais ou qualquer outra atividade econômica.

Ao longo da sua história, as terras brasileiras foram controladas por uma elite e hoje,
também, por grandes empresas. A concentração de terras, que condena à tragédia
milhões de pessoas, teve início com a ocupação colonial e se arrastou até os dias atuais.
Sua característica principal é a monocultura de exportação que deu origem e reforçou a
propriedade latifundiária.
Podemos ver claramente essa desigualdade de distribuição de terras, e para isso deve-se
implantar uma reforma agrária, cabe ao governo exercer a sua função pra que o nosso
país possa ser muito mais justo.

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