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Concentração fundiária
A distribuição de terras em nosso país é e sempre foi desigual.
Desde muito tempo atrás, há grandes porções de terras nas mãos de poucos, onde a
grande maioria da população não retem sequer uma pequena porção de terra. Na
verdade existiam milhões de quilômetros quadrados sem qualquer aproveitamento
agropecuário,tudo isso deve-se ao fato da forma de colonização introduzida no
Brasil,onde se tinha a seguinte “regra” ; quanto mais escravos maior a propriedade
que os fazendeiros poderiam possuir,pois só poderia adquirir a quantidade de terras
em que os escravos dariam conta de cultivar,e isso foi apenas o começo.
Já houveram tentativas de uma reforma agrária, porém sem sucesso, sendo
substituída pela política oficial do regime militar brasileiro, que modernizou o latifúndio
com um abundante credito rural.
A ampla oferta de empréstimos com juros baixos e o estimulo á cultura de soja para
gerar grandes excedentes exportáveis favoreceram o aumento da concorrência no
campo.
Eram tempos chamados de “milagre brasileiro”, para explicar esse fenômeno vamos
utilizar a soja como exemplo: como o cultivo da soja exige maiores extensões de áreas
cultiváveis, os pequenos proprietários não tinham capital para participar dessa disputa
por maior produção e foram pressionados a vender suas terras para médias e grandes
fazendas, com o credito farto facilitava-se a aquisição de terra; quanto mais terra maior
o credito, e conseqüentemente a compra de terra poderia ser maior.
Apesar de todo esse “milagre”, o Brasil não resolveu o seu maior problema que era a
concentração de terra e renda.
A reforma agrária
A reforma agrária não é apenas um processo de distribuição de terras. O seu sucesso
depende de apoio técnico e financeiro aos novos pequenos proprietários que por ela
são beneficiados.
Os trabalhadores assentados precisam de ferramentas, sementes e dinheiro para a
instalação das edificações necessárias a uma pequena propriedade e de uma
pequena residência. Assentamentos muito distantes dos centros de comercialização
dependem sistemas de transporte e armazenagem, para serem viáveis.
Os pequenos agricultores precisam de um sistema especial de crédito agrícola que
permita investimentos na propriedade e na produção e de assessoria técnica,
essenciais para que o acesso à propriedade esteja vinculado ao progresso social.
Portanto o custo da reforma agrária não está restrito ao pagamento das terras
desapropriadas a serem transferidas ao trabalhador sem terra. A reforma agrária
depende de um sistema de apoio ao pequeno proprietário para que com o tempo ele
possa caminhar sobre suas próprias pernas.
A concentração de terras na atualidade
.
A produção agropecuária do Brasil
A prioridade da produção agropecuária no Brasil sempre foi o mercado externo,
atualmente os produtos exportados representam cerca de 50% da nossa pauta de
exportações
Centro oeste
A ocupação desta região baseou-se na pecuária estensiva de corte, que abastecia os
grandes mercados consumidores da região sudeste.
Com a construção de Brasília, por conseqüência a produção agropecuária se
diversificou.
As áreas do cerrado foram valorizadas, onde ate então eram consideradas impróprias
para a agricultura, levando á muitos agricultores dirigrir-se para estas áreas, pois
estavam disponíveis e eram virgens e baratas.
Graças á técnicas como correção do solo com calcário, plantio direto. que não revolve
o solo ,onde evita-se a erosão e a perda de nutrientes,e facilitam a semeadura e a
adubação por maquinas,melhoramento genético ,manejo integrado com a pecuária ,
Que garante a utilização do solo doze meses por ano.
Toda essa evolução de produtividade foi financiada pela aceitação da soja no mercado
externo
Os principais produtos da região são os grãos. Podemos destacar a soja,o milho,o
arroz o sorgo e o feijão,alem da criação de aves e suínos,porem a pecuária extensiva
ainda se mantem.
Porem esta região nescessita de melhoras em sua infra-estrutura de transportes, para
poder atender a demanda da exportação.
Nordeste
O meio-norte compreende da faixa de transição entre o sertão semi-árido do
Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação exuberante, à
medida que avança para o oeste.
As principais atividades agropecuárias são a criação extensiva de gado de corte, o
cultivo do algodão e, principalmente a rizicultura (consomem parte da produção e
vendem o excedente)
A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia,
numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical úmido, com chuvas
mais freqüentes no outono e inverno. O solo é fértil e a vegetação natural é a mata
atlântica, já praticamente extinta e substituída por lavouras de cana-de-açúcar desde o
início da colonização, destacando-se o tabaco. o cacau e frutas tropicais também.
O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de
brejos, e o sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados
por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira.
Os principais produtos são milho, arroz, feijão e mandioca.
O sertão, uma extensa área de clima semi-árido, chega até o litoral, nos
estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas sofrem grande
limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas, escassas e mal
distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de
água perene, predominam as grandes propriedades dedicadas ao cultivo extensivo de
algodão e á pecuária de corte.
Região sul
A mecanização da agricultura e também da agroindústria, favorecem a expulsão de
famílias do campo para a cidade. A conseqüência desse êxodo rural é a formação de
bolsões de miséria nas principais cidades da região.
A agropecuária continua a desempenhar importante papel na economia da região. O
uso de técnicas modernas propicia boa produtividade às culturas de trigo, milho, arroz,
feijão e tabaco, e os estados do Sul são os maiores produtores no país de soja, mel,
alho, maçã e cebola, colocando-a no segundo lugar brasileiro em geração de renda
(perdendo apenas para a região sudeste).
A vegetação rasteira típica da região contribui para a criação de rebanhos bovinos,
principalmente nos pampas gaúchos. Até o ano de 2001, apenas Santa Catarina e Rio
Grande do Sul estavam livres da febre aftosa bovina - reconhecida mundialmente.
A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:
Porem tem sido uma área de intensa disputa pela posse de terra, principalmente nas
áreas da fronteira agrícola.
A violência que mata muita gente no campo é causada pelo descaso e mau uso do
dinheiro publico que coloca essas pessoas em situação de miséria e abandono.
A trajetória do MST é marcada pela violência, a luta do MST passou a ter forte
conotação ideológica e política, o que tem grande divergência com alguns setores da
sociedade, além da resistência dos grandes proprietários de terras.
MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST surgiu a partir da
necessidade de promover a reforma agrária. Esse por sua vez é um sistema que visa
distribuir terras de forma justa. A partir desse pensamento e da oposição real em que o
Brasil se encontra, pessoas que não possuem terras para plantio organizaram um
movimento de protesto contra a centralização de terras nas mãos de poucos.
O Brasil convive com milhões de trabalhadores sem terra numa situação em que cerca
de 40% da área das grandes propriedades agropecuárias não são aproveitadas para o
cultivo, para a criação de animais ou qualquer outra atividade econômica.
Ao longo da sua história, as terras brasileiras foram controladas por uma elite e hoje,
também, por grandes empresas. A concentração de terras, que condena à tragédia
milhões de pessoas, teve início com a ocupação colonial e se arrastou até os dias atuais.
Sua característica principal é a monocultura de exportação que deu origem e reforçou a
propriedade latifundiária.
Podemos ver claramente essa desigualdade de distribuição de terras, e para isso deve-se
implantar uma reforma agrária, cabe ao governo exercer a sua função pra que o nosso
país possa ser muito mais justo.