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Potencial de assimetria. Supondo que dentro do bulbo de vidro exista uma solução de
pH = 7 e que externamente também seja pH = 7. Neste caso, um eletrodo ideal deveria
apresentar uma diferença de potencial nula. Entretanto, nos eletrodos reais, existe uma
pequena diferença não nula que varia com o tempo. Essa diferença chama-se potencial
de assimetria (variável e desconhecido) Decorre desse fato que a voltagem medida entre
o eletrodo indicador e o eletrodo de referência nunca é definido em valor absoluto,
resultando na necessidade de calibração.
Resposta do eletrodo e ajuste de ganho. No caso ideal, o eletrodo deve fornecer uma
ddp de 59,16mV a 25°C para cada unidade de pH. Esse valor é chamado de resposta do
eletrodo. Na prática observam-se desvios deste comportamento. Para eliminar esse
problema faz-se necessário o uso de duas soluções de pH. A primeira, como foi visto no
parágrafo anterior serve para corrigir o potencial de assimetria e o segundo irá definir o
ganho do potenciômetro. Uma calibração deve sempre começar pelo pH 7, seguida por
outra solução tampão ácido (ph = 4) ou básico (pH = 10) para ajuste do ganho.
Conservação dos eletrodos. O eletrodo que temporariamente não estiver em uso deve
ser adequadamente conservado. A aplicação de regras simples manterá o eletrodo
sempre pronto para o uso e aumentará o seu tempo de vida útil. Regra básica: O
eletrodo nunca pode secar. Para conservar o eletrodo, mantenha-o mergulhado em
solução levemente ácida ou mesmo solução tampão ácida. Evite o uso de água pura para
conservar o eletrodo. O ideal é usar uma solução de cloreto de potássio levemente
acidulada. É preciso lembrar que durante a conservação e mesmo quando em uso, o
nível do eletrólito dentro do compartimento de referencia deve ser mantido alguns
centímetros acima do nível da solução conservadora para que a pressão hidrostática seja
maior dentro do eletrodo que fora. Isso garante o escoamento do eletrólito pela junção.