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RESUMO
ABSTRACT
Initially there will be a brief history about the origin of the theater and its
importance to education. Embossed in theoretical studies will see the sense of theater
and contribution to the educational process, we see examples of the positive results of
scenic arts in the construction of knowledge and the development of comprehensive
training of educating.
INTRODUÇÃO
1 Artigo apresentado à Faculdade de Ciências Hamans, Exatas e Letras de Rondônia – FARO, como
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Pós-Graduanda em Lingüística e Literatura
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Pós-Graduando em Lingüística e Literatura
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Pós-Graduanda em Lingüística e Literatura
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O teatro, como arte, foi formalizado pelos gregos, surgiu cerca de 700 anos
antes do nascimento de Cristo, em uma região ao sul do continente europeu, a Grécia,
passando dos rituais primitivos das concepções religiosas que eram simbolizadas, para
o espaço cênico organizado, como demonstração de cultura e conhecimento. É, por
excelência, a arte do homem exigindo a sua presença de forma completa: seu corpo, sua
fala, seu gesto, manifestando a necessidade de expressão e comunicação.
O teatro era visto, naquela época, como uma celebração de caráter cívico e
religioso. Ao assistirem a uma tragédia, as pessoas se identificavam com a
representação do sofrimento humano, mostrada por meio da dança e do canto, com
atores que usavam máscaras.
Depois dessa vivência, todos saíam do teatro purificados, haviam feito uma
verdadeira catarse ou limpeza em seus espíritos, o que vem sendo questionado e
entendido também como uma forma de esvaziar a rebeldia e submeter o homem ao
poder. Vale lembrar que, depois da tragédia, era sempre apresentada uma comédia para
contrabalançar.
Pelos governantes, para difundir a sua visão de mundo, pelos que se opõem a
governos injustos, para denunciar o presente e anunciar o futuro; pela Igreja Católica
em especial na época dos Descobrimentos, para catequizar os não-cristãos e convencê-
los de que suas crenças eram “coisas do demônio”.
O que se pode perceber é que as artes são ainda contempladas sem a atenção
necessária por parte dos responsáveis pela elaboração dos conteúdos programáticos.
O teatro talvez não seja apenas uma saída para os problemas da educação, por
desenvolver habilidades de interpretação, improvisação e de escrever ou por trazer
alguns benefícios, como saber trabalhar em grupo, superação da timidez e de alguns
limites, troca de experiências, responsabilidade, comprometimento, respeito, saber
ouvir o outro, compreender melhor as pessoas, ter um pensamento solidário, interação,
enfrentar os problemas, compartilhar, participação, resgate da auto-estima e da
autoconfiança. Essas contribuições sozinhas, também, não justificariam a importância
do teatro na escola. Considera-se a necessidade de destacar a possibilidade de construir
conhecimento e propiciar ao aluno também uma formação global, crítica e reflexiva.
TEATRO É CONHECIMENTO
A peça teatral desenvolvida na Escola foi uma lenda da Região Norte, Iara,
antes de começarem a ensaiar a professora compartilhou com os alunos um pouco da
lenda, contando a história para os alunos.
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CONCLUSÃO
Com base nos estudos realizados podemos concluir que o teatro não é mais uma
opção, mas uma necessidade dentro da instituição educacional. Através de encenações,
apresentações que desperta nos alunos o interesse por clássicos da literatura. As
propostas educacionais devem compreender a atividade teatral como uma combinação
de atividades para o desenvolvimento global do indivíduo, um processo de socialização
crítico, um exercício de convivência democrática, uma atividade artística com
preocupações de organização estética e uma experiência que faz parte das culturas
humanas.
Por tudo o que foi exposto, fica patente a importância desta iniciativa do teatro
na escola e a necessidade de divulgarmos, pois estaremos colaborando com a melhoria
do desenvolvimento e conhecimento dos educandos e conseqüentemente com o
desempenho dos professores. Contudo é necessário a formação dos profissionais da
educação na área de arte, o professor que atua nesta área deve ser um profissional capaz
de promover interlocuções entre os conhecimentos artísticos.
REFERÊNCIAS
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BARBOSA, A.M. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São
Paulo: Perspectiva; Porto Alegre: Fundação IOCHPE, 1991.
HUIZINGA, Joah. Homo ludens: o jogo com elemento da cultura. São Paulo.
Perspectiva, 1971. Livro republicado, em 4ª Ed., em 1993.
LEFEBVRE, Henri. O teatro épico de Brecht como crítica da vida cotidiana, In: teatro
e vanguarda. Lisboa: Presença, 1970.
ANEXOS - PARTICIPAÇÃO
Alunos de quinta a oitava séries do ensino fundamental da Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Prof. Levi Alves de Freitas.
Professora da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Prof.
Levi Alves de Freitas.
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ANEXOS
PEÇA TEATRAL
A Iara
Marido – Que bela noite, mulher a lua dourada parece refletir nas águas do rio Amazonas. Que
belezura de rio.
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Mulher – É home ocê tem razão esse rio Amazonas é mesmo uma formosura. Os únicos sons
que se ouve são os dos remos batendo nas águas e o alegre canto dos passarinhos.
Marido – É muié nós temos muita sorte mesmo de morar num lugar tão rico, tão bonito como
esse, somos pessoas de muita sorte.
Marido – Muié tem gente batendo parmas lá fora, quem será a esse hora?
- Que milagre é esse sô, dizem que quem é vivo sempre aparece né? Mas vamos
entrar...
As crianças cresceram.
Amigo(1) – É cumpade agente tava com muita saudade e resolvemos fazer uma visita pro ocês.
Amigo(2) – É o cumpade sumiu não foi mais lá em casa pra gente prosear.
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- Mais ora que satisfação receber ocês aqui em minha casa. Mas vamos entrar gente
logo duma vez.
Amigo(1) – É mior agente ficar aqui fora no terreiro a noite está mesmo tão linda. A lua está
tão bela! Está iluminando toda a terra.
Marido – Está bem ocês que decide vamos fazer uma roda para modê agente conversar.
- E ai pessoal de que falamos hoje? Vamos falar de casa alegre, coisa de nossa terra.
Pra modê espantar essa friagem.
Amigo(1) – Isso mesmo cumpade vamos falar da nossa floresta, das riquezas dos nossos rios,
oiá que num rio sinuoso uma canoa segue com seus passageiros que são caçadores, pescadores
que andam nos rios pra contemplar, explorar a riqueza da nossa região.
Amigo(2) – óra falando de pescadores cumpade vamos cumbinar um dia desses uma pescaria...
Marido – Isso mesmo, que idéia boa vamos pascar todo mundo junto, pra mim será prazeroso.
E oia que falamos em rio em pescaria eu me lembrei da Iara.
Marido – Deixa de ser ignorante homem. - A Iara que ele fala é da sereia das águas amazônica,
mulher cujo corpo da cintura para baixo é uma cauda de peixe, linda de pele alva, cabelos
longos e negros, vive nos rios e tem uma beleza sem igual.
Amigo(1) – Cumpade pensando bem essa tá de Iara não é esquisita com o corpo metade
mulher e metade peixe?
Amigo(1) – Deixe de ser medroso home. Mais vamos cumpadre continue tô gostando de ouvir
sobre essa tá de Iara. Espero que qualquer hora dessa eu encontre ela por um rio desse aí fora.
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Marido – Oia cumpade dizem que seu canto, é de uma encantadora voz, enfeitiça e atrai índios
e pescadores que apaixonados mergulham nos rios e são por ela arrastados para o fundo da
águas.
Marido – Carma cumprade que eu nem acabei de lhe contar toda a história dizem que com o
seu canto mágico que ecoa pela floresta e ressoa pelas águas atrai quem ouve a melodia. Dizem
que ela tem a voz mais bela que existe e quem ouve a voz dela não resiste. .
Amigo(2) – Cruz credo gente essa tá de Iara deve ser uma feiticeira.
Marido – Dizem que os índios tem tanto medo dela que evita ficar ao entardecer perto dos
rios, porque dizem que os corpos dos homens que são arrastados nunca mais são encontrados.
Amigo(1) – Que nada deixe de ser froxo home. Pois oia agora que to doidim pra nós pude
marcar uma pescaria numa noite dessas. Já pensou agente ter o privilegio de ver uma belezura
de muié por ai nesses rios. Agora eu fiquei mais animado, ainda.
Pescado(1) – Carma muié, não precisa ficar nervosa eu só to brincando pra mode descontrai.
Mulher(2) – Eu acho que meu marido tá cheinho de razão eu já estou ficando assustada com
essa ta assombração. Vamos simbora que a noite tá caino, tá ficando e tarde para demais sô.
Marido – Oia mia gente e tem mais dizem que quem notar a presença da Iara nos rios e logo
deve fechar os olhos e tapar os ouvidos. Porque não consegue escapar pois fica logo enfeitiçado
com o seu canto e sua beleza e só um talismã feito de escama de boto vermelho, pode livrar o
pescadores da sedução da Iara.
Amigo(2) – É cumpade vamos deixar o cafezim pra outro diz. E oia que nós tamos esperano a
visita de ocês lá na nossa casa.
Amigo(1) – É mesmo cumpade a parece pra mode nós tomas um cafezinho e leva a famia.
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Mulher(1) – Ai cumade daí eu aproveito e lhe peço a receita dos balinhos de chuva que eu
custo fazer.
Mulher – Está bém comade pode deixar que eu vou mesmo. Estou doidinha para aprender
fazer desses seus bolinhos, falando nisso já tá até me dano água na boca.
Amigo(1) – Até mais cumprade até outro dia pro nós falar mais sobre a rainha das águas.
Os pescadores no rio:
pescador(1) – Etá pessoa eu tava aflito pra mode chegar o dia da pescaria.
Marido - É cumpade a noite está fria! Vamos torcer pra que agente faça uma boa pescaria.
Música
Marido (1) – Etá cumpade a noite hoje tá boa, o rio tá calmo. Hoje nós vamos pegar bastante
peixe. Imagine pessoa só faltava a Iara aparecer por aqui agora.
Iara – Com o meu pente de ouro fico a me pentear, passo o tempo brincando com os peixinhos
e com meu belo espelhinho fico a me admirar. E aquele que me olha não admirar. E aquele que
me olha não consegue escapar, fica logo enfeitiçado com a minha beleza, sou conhecida como a
rainha das águas. E encantar e seduzir são da minha natureza. Iara das águas me transforma
em uma linda mulher. Mas volto rápido para o rio. Mas antes de partir vou mostrar a minha
voz.
Marido – Só pode ser a Iara tampe os ouvidos pegue o talismã feito com a escama do boto
vermelho que vai nos livra desse canto.
Pescador(1) – É cumpade você tem razão outro dia desse nós vorta aqui, nesse rio.
(o pescador (1) é seduzido pelo canto da Iara e sai em sua direção hipnotizado).
Marido – vamos cumpade volte isso é muito perigoso. (colocar o talismã no ouvido)
Marido – cuidado cumpade vamos embora. Oia dizem que a última vez que o índio Jaguari foi
visto por esses rios, foi quando ele tava numa canoa com uma muié muito bonita e depois desse
dia nunca mais foi encontrado.
FOTOS
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