Professional Documents
Culture Documents
o Estruturalmente específicos
Ação biológica do fármaco decorre essencialmente de sua estrutura química.
Estrutura química do fármaco adapta-se à estrutura 3D dos receptores = complexo fármaco-
receptor
Fatores determinantes: reatividade química, forma, tamanho, disposição estereoquímica da
molécula e distribuição dos grupos funcionais, ressonância, efeitos indutivos, distribuição eletrônica e ligações
com receptores.
Motivos que comprovam esta teoria:
o Ação biológica do fármaco não depende apenas da atividade termodinâmica são eficientes em
concentrações menores
o Características estruturais em comum produzem efeitos semelhantes
o Pequenas variações na estrutura química resultam em efeitos significativos na ação biológica agonistas e
antagonistas
II. Propriedades Físico-químicas x Atividade farmacológica
1. Parâmetros de solubilidade
o Solubilidade
o Coeficiente de partição
o Tensoatividade
o Grupos polares e apolares em equilíbrio (anfifílicos)
o tensão superficial
o Usados como detergentes, umectantes, dispersantes, espumantes e emulsificantes
o Desorganizam as membranas celulares, causam hemólise e são adsorvidos por ptn´s: contra-
indicado o uso interno
o Não-iônicos
Em preparações farmacêuticas orais: como solubilizantes
o Catiônicos
Uso tópico: desinfetante da pele esterilizante de instrumentos
o Aniônicos
o Anfóteros: grupo hidrofílico catiônico e aniônico
Ionização
o Fármacos ionizados: do grau de ionização promove da atividade biológica
o Fármacos não-ionizados: grau de ionização promove da atividade biológica
o grau de ionização: hidrossolubilidade e lipossolubilidade ( absorção e [ ] tecidos ricos em
gorduras)
o Em geral: atravessam na forma não-dissociada e agem na forma ionizada
o Motivos:
Membranas celulares são ionizadas
Hidratação dos íons aumenta seus volumes: poros
Introdução de grupos nas moléculas de fármacos produzem dois efeitos: estéricos e eletrônicos
Alteram a reatividade química e disposição espacial da molécula do fármaco e; modificam a
intensidade da ação biológica
Atividade biológica requer reatividade química e propriedades físico-químicas ótimas
Grupos quimiofuncionais e biofuncionais
Atividade depende:
o Estereoquímica da molécula
o Distância entre átomos e grupos
o Distribuição e configuração eletrônica
2. Estereoquímica dos fármacos
Diferenças na distribuição de isômeros no organismo
Diferenças nas propriedades da interação fármaco-receptor
Diferenças na adsorção dos isômeros à superfície do receptor
3. Distâncias interatômicas
4. Distribuição eletrônica
V. Receptores de fármacos
1. Conceito
Características
o Alta potência: atuam em [ ] baixas
o Especificidade química
o Especificidade biológica: diferenças na ação em diferentes locais do organismo
1. Teoria da ocupação
Efeito farmacológico diretamente proporcional ao numero de receptores ocupados pelo fármaco
Depende da [ ] fármaco e do nº de receptores
Efeito máximo: ocupação de todos os receptores
Compreende 2 etapas: ligação e produção do efeito
Para produzir o efeito o fármaco tem que possuir afinidade e atividade intrínseca (eficácia)
Capacidade do fármaco de produzir um efeito
Agonistas e antagonistas: possuem afinidade
Antagonistas: não possuem atividade intrínseca
Principal deficiência: não explica o mecanismo de ação dos fármacos em nível molecular (porque
um fármaco age como agonista e outro como antagonista no mesmo receptor)
2. Teoria da charneira
Agonista desloca o antagonista do sítio receptor segundo a lei da ação das massas
2 centros no receptor: específico (crítico) e inespecífico (não-crítico)
Fixação do agonista e do antagonista com o centro específico através de ligações fracas +
antagonista liga-se por interações hidrofóbicas e forças de Van der Waals ao centro inespecífico
Competição no centro específico
Especificidade estérica também ajuda
3. Teoria da velocidade
Ativação dos receptores é proporcional ao número total de encontros do fármaco com o receptor
por unidade de tempo
Não exige a formação de um complexo estável
Atividade farmacológica depende da velocidade de associação-dissociação
Cada associação fornece um quantum de estímulo para produção do efeito biológico
Agonistas: Va e Vd rápidas (Vd > Va)
Antagonistas: Va é rápida. Vd é lenta
Base experimental: antagonista antes de causar bloqueio produz um breve efeito estimulante
Agonistas (Vd alta), agonistas parciais (Vd intermediária) e antagonistas (Vd baixa)
Teoria da dissociação: alternativa
Vd depende da capacidade do fármaco de perturbar a estrutura protéica secundária do receptor
Enzima A
Metabólito A Metabólito B
Enzima B
Metabólito D Metabólito C
Enzima C
2. Ação sobre a função gênica
Atuar sobre a síntese de ácidos nucléicos: precursores (MTX) ou na polimerização dos nt´s
(cloroquina)
Atuar sobre a síntese protéica: cloranfenicol, estrpetomicina, neomicina, tetraciclinas
4. Agentes quelantes
Formação de quelatos
Destruição de microorganismos
Inibição de metais e enzimas metálicas para estudar seus efeitos biológicos
Retirada de metais indesejados
o Ex: intoxicação
o Quelantes: ácido salicílico, ácido edético, oxina, epinefrina, histamina, isoniazida, NE, tetraciclinas,
tiouracil, dimercaprol e penicilamida