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Novembro 2010
OBJETO
OBJETIVO
Fontes de consulta
HARVEY [1989], LIPIETZ (1988)
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
2) Transformações político-econômicas
Fontes de consulta
HARVEY [1989], LIPIETZ (1988)
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
Fonte de consulta
SOJA [1989]
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
Fontes de consulta
CORAGGIO (1994), SINGER ( 2002)
ALGUNS CONCEITOS RELEVANTES
REGIME DE ACUMULAÇÃO
• O que leva os capitalistas a acumular é seu desejo de produzir mais
para auferir maiores lucros. (MIGLIOLI, 1981)
DEMANDA
PRODUÇÃO
EFETIVA
CONDIÇÕES DE
CONDIÇÕES DE REPRODUÇÃO
PRODUÇÃO DO TRABALHO
(ASSALARIADO)
Operários – Tarsila de Amaral - 1933
MODO DE REGULAÇÃO
• Ganhos de produtividade:
- o trabalho chega ao trabalhador em uma posição fixa
- dia de oito horas e cinco dólares
• Produção em massa = consumo em massa
• Novo tipo de sociedade
• Economia de escala
• Segmentação das atividades:
- autonomia da concepção,
organização dos métodos e engenharia
- qualificação da m.o. fabricação
- desqualificação da m.o. execução
• Economia de escopo
• Mobilidade geográfica
• COMPRESSÃO
DO ESPAÇO E DO TEMPO
Fonte: HARVEY, 1989
TAYLORISMO PRIMITIVO
• Deslocamento de determinados segmentos de circuitos de
ramos/setores, para Estados que gozam de uma alta taxa de
exploração (salário, duração e intensidade do trabalho), cujos produtos
são reexportados principalmente para o centro.
• Indústria têxtil e eletrônica
• Deslocamento de estações de trabalho não conectadas
• Exploração sanguinária da força de trabalho
• Zonas francas
Coreia e Taiwan
• Estados-feitorias
Singapura, Hong-Kong
OBJETIVOS
- Reestabelecer a rentabilidade das empresas centrais
- Elevar o poder aquisitivo dos trabalhadores centrais sem aumento salarial
Fonte: LIPIETZ, 1988
FORDISMO PERIFÉRICO
• Trata-se de um fordismo autêntico:
Mecanização + Crescimento do Mercado (Bens de consumo duráveis)
• Permanece periférico:
- Desenvolvimento tecnológico é exterior ao país
- O crescimento da demanda não é regulada em uma base nacional
• Indústria de máquinas e veículos
• América Latina
Brasil e México
• Europa Espanha e Polônia
• Ásia Coréia do Sul
OBJETIVOS
- Reestabelecer a rentabilidade das empresas centrais: ampliação do mercado
- Elevar o poder aquisitivo dos trabalhadores centrais sem aumento salarial
Fonte: LIPIETZ, 1988
1920
1930
1945
1973
1975
PAÍSES DE CENTRO - OCDE
1950
1970
1980
PAÍSES PERIFÉRICOS - NPIs
1920
1930
Inglaterra e parcialmente EUA
TAYLORISMO
Trabalho “assalariado”
1945
CRISE DO TAYLORISMO
CRISE DE SUPER-PRODUÇÃO
(ou falta de demanda efetiva pelos produtos)
1939-1945
e pelo Japão
de máquinas
Recessão e
pela Europa
Choque do
americanas
Importação
Formação
eurodólar
mercado
petróleo
Segunda
Mundial
1966
1973
Guerra
FORDISMO
1975
CRISE DO FORDISMO
• Desaceleração geral dos ganhos de produtividade e lucratividade
• Rigidez nos investimentos de capital fixo, no mercados, na alocação e nos contratos
de trabalho, nos compromissos do Estado
• Resposta flexível na política monetária: onda inflacionária
• Avanço geral e contínuo do desemprego
Ondas de greve (1968-1972)
• Insatisfação por parte dos excluídos
(movimentos sociais – raça, gênero e origem étnica)
X
força de trabalho predominante branca, masculina e fortemente sindicalizada
• Práticas contra-culturais dos anos 60
crítica à racionalidade burocrática despersonalizada
• Insatisfeitos do Terceiro Mundo
Destruição da cultura local, muita opressão e baixos padrões de qualidade de vida e de
serviços públicos
Fonte: HARVEY, 1989
1975
REGULAÇÃO
TRABALHO FLEXÍVEL
HARVEY, 1989
1975
PÓS-FORDISMO
REGULAÇÃO
• Redução do tempo de giro na produção
- uso de novas tecnologias produtivas (automação, robôs)
- novas formas organizacionais (just-in-time)
• Redução do tempo de giro no consumo
- obsolescência programada
- indústria cultural
• Desregulamentação & Monopolização (fusões e incorporações)
• Acesso privilegiado a informações de qualquer espécie
• Controle do fluxo de informações e dos veículos de propagação do gosto e cultura
populares
• Fortalecimento do capital financeiro
- Sistema financeiro global
- ―Empreendimentismo‖ com papéis
- Autonomia do sistema bancário e financeiro
HARVEY, 1989
1975
PÓS-FORDISMO
TRABALHO FLEXÍVEL
• desemprego ―estrutural‖
• rápida destruição e reconstrução das habilidades
• ganhos modestos (quando há) de salários reais
• retrocesso do poder sindical
• regime e contrato de trabalho mais flexíveis (parcial, temporário ou subcontratado)
• acentuação da vulnerabilidade dos grupos desprivilegiados
• formação de pequenos negócios (trabalho doméstico, artesanal, familiar e paternalista)
• ausência de consciência de classe
• aumento de emprego no setor de serviços
1970
1964
Golpe
Militar
NPIs
TAYLORISMO PRIMITIVO
Regulação
Trabalho
• Baixa remuneração
• Ausência total de iniciativa
• Total dedicação da atenção na realização da tarefa
• Mão de obra feminina ou do campo ou dos países próximos (questão urbana e racial)
• Alargamento na jornada de trabalho
1980
NPIs
FORDISMO PERIFÉRICO
Regulação
• Combinação de políticas de substituição das importações + mudança do conteúdo das
exportações:
CEPAL: produção de bens de capital x ampliação do consumo de massa
• Mecanização – baixa rentabilidade – imposição inflacionária (margem de lucro)
• Crescimento manufatureiro
• Expansão de exportação de bens manufaturados
• Brasil: os poucos ricos são suficientes para constituir um mercado dos bens de consumo
duráveis e até de luxo
• Crescimento da agro-indústria e da industria da construção civil (urbanização)
Trabalho
• Força de trabalho mal paga
• Trabalho feminino mal pago
• Super-exploração da classe assalariada da agroindústria
• Dependência tecnológica (Know-how externo)
1966
1973
1945
NPIs
PÓS-FORDISMO
Regulação
• Automação flexível (base técnica na microeletrônica, o que permite ganhos de escala
mesmo com diferenciação do produto e produção de quantidades menores do mesmo
produto).
• Ênfase na qualidade do produto (eliminando a fragmentação taylorista entre trabalho
manual e intelectual, e integrando o trabalhador no esforço de manter e melhorar o processo
de produção).
• Acumulação orientada prioritariamente para um o padrão ou um regime de acumulação
financeira.O acúmulo de ativos financeiros tem como contrapartida menores taxas de
investimento produtivo.
• Estagnação ou redução dos salários reais.
• Política econômica orientada para a produção de estabilidade monetária, o que contribui
para inibir ainda mais o aumentos de salários.
• A regulação do mercado é posta em questão, com a proposta de reduzir o Estado a um
tamanho mínimo (desempenhando as funções básicas como a administração da justiça, da
ordem interna e da segurança externa).
1966
1973
1945
NPIs
PÓS-FORDISMO
Organização do trabalho
• Just-in/time (integração dos fornecedores no fluxo e na organização do processo de
produção).
• Controle estatístico do processo (realizado pelo trabalhador à medida que produz).
• Círculos de controle de qualidade – CCQ e Total Quality Manufacture (os
trabalhadores são envolvidos na discussão de problemas surgidos na produção, e são
estimulados a participar e a se interessar pela estruturação da produção. A exigência é
por um trabalhador polivalente e mais participativo. Desse novo quadro, os sindicatos
raramente participam).
• Sindicato é tido como um ente indesejável por interferir no funcionamento livre das
regras de mercado.
.
Fonte: LIPIETZ, 1989
b) "FOME DE TERRA" E METROPOLIZAÇÃO
(...) na maior parte dos países do Sul, por falta de reforma agrária
e de sustentação das rendas do pequeno campesinato, não
somente se tornou impossível continuar vivendo do trabalho da
terra como não era mais possível viver econômica e, mesmo com
freqüência, juridicamente fora da cidade.
.
.
Fonte: LIPIETZ, 1989
Mundos urbanos da produção
(1º discurso)
• As transformações produzidas no âmbito da produção industrial e o impacto da
reestruturação industrial possuem um papel importante na vida urbana
contemporânea.
• Discurso = Urbanismo Industrial e Pós-metrópole.
• Urbanismo industrial = decorre da ―lógica geográfica y [de] la ‗anatomía‘
resultante del capitalismo industrial-urbano y su persistente tendencia a producir
y reproducir un desarrollo geográficamente desigual‖ (p. 234).
Mundos urbanos da produção
(1º discurso)
• Pós-metrópole = território de produção, com cadeias produtivas que se
prolongam em todos os aspectos do desenvolvimento urbano e regional.
• A intrincada rede de vínculos transacionais densos nele formados
cristalizam um espaço urbano = a metrópole industrial pós-fordista.
Mundos urbanos da produção
(1º discurso)
• A análise desses fenômenos requer uma dupla perspectiva: a do papel dos
processos socioeconômicos na construção da forma e da estrutura urbana,
e a da especificidade espacial do urbanismo modelando as forças
econômicas e a natureza do capitalismo industrial-urbano.
• Especificidades espaciais do urbanismo e o estímulo econômico, generativo
e degenerativo da aglomeração urbana = SINECISMO.
Mundos urbanos da produção
(1º discurso)
• Versão flexível do urbanismo industrial = o espaço urbano industrial pós-
fordista compõe a Flexópolis, que não é isenta de desigualdades.
• Impactos negativos da reestruturação industrial e da acumulação flexível
sobre o trabalho em geral – e sobre as mulheres e as minorias étnico-raciais
em particular.
• Redescobrimento do sinecismo.
A cidade fractal
(4º discurso)
90%
80%
70%
60%
50%
40%
3ª Resposta
30% 2ª Resposta
1ª Resposta
20%
10%
0%
Remuneração Mensal e Média dos Empreendimentos de
Economia Solidária
Doação
Aquisição de outros
empreendimentos de ES
Mercado/comércio nacional
30
27
25
23
20
15
13
10 13
10
5
0
4
4
4
1
Quantidade
PANORAMA DA POLÍTICA METROPOLITANA
INTEGRADA DE APOIO À PRODUÇÃO EM PEQUENA
ESCALA PROPOSTA PELO PDDI
A EXPERIÊNCIA DE ECONOMIA POPULAR
SOLIDÁRIA NA RMBH
SOJA, Edward W.[1989] Postmetrópolis: estudios críticos sobre las ciudades y las
regions. Madri: Traficantes de Sueños, 2008.