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Horóscopo Lunar Celta

Um dos aspectos que faz a cultura celta tão mais próxima da natureza é a contagem dos dias através do
nascer e do pôr do sol, nos levando a contar as noites ao invés dos dias. Isto nos aproxima não somente
da natureza, mas também do equilíbrio gerado pelo universo, criando uma ligação perfeita entre o céu e
a terra, entre o sol e a lua.

Desta maneira, o dia começa quando o sol se põe; ao contrário do que estamos acostumados. O dia
começa com a lua, ou seja, com a Deusa mostrando que é hora de trabalhar o mistério, o oculto, o
morrer. Ao amanhecer podemos sentir a presença do Deus, com seu fogo ardente vem nutrir e fecundar
a Deusa, para que mais um dia possa ser gerado.

Para alguns é muito difícil aceitar e entender esta prática sem fazer qualquer ligação com bruxaria e
feitiçaria, em seu sentido pejorativo. Mas, para a classe sacerdotal do povo celta – os Druídas – estes
ensinamentos são de tamanha grandeza e profundidade que eles resolveram dedicar suas vidas à
conscientização das pessoas para que não houvesse desequilíbrio entre os deuses e os homens.

Os Druídas deram a cada um dos meses do ano o nome de uma das suas árvores sagradas; assim como
fizeram com o alfabeto ogham . Cada letra deste alfabeto era representada por uma árvore, que, por
sua vez, representava um período do ano. A este período demos o nome de mês; isto para fazermos um
paralelo entre as duas culturas.

O horóscopo celta lunar não foi desenvolvido baseado nos movimentos da lua ( como alguns devem
estar imaginando ), mas sim nos períodos do ano em que suas árvores sagradas tinham uma maior
predominância de suas características e propriedades. Desta forma, veja através das linhas que se
seguem, qual árvore rege o período do ano que você nasceu.

Dez 24 a Jan 20 – árvore: bétula; símolo: águia ou veado

Jan 21 a Fev 17 – árvore: sorveira brava; símbolo: dragão verde

Fev 18 a Mar 17 – árvore: freixo; símbolo: tridente

Mar 18 a Abr 14 – árvore: amieiro; símbolo: pentáculo

Abr 15 a Mai 12 – árvore; salgueiro; símbolo: serpente

Mai 13 a Jun 09 – árvore: espinheiro; símbolo: cálice

Jun 10 a Jul 07 – árvore: Carvalho; símbolo: roda de ouro

Jul 08 a Ago 04 – árvore azevim; símbolo: lança em chamas

Ago 05 a Set 29 – árvore: aveleira; símbolo: salmão

Set 30 a Out 27 – árvore: videira; símbolo: cisne

Out 28 a Nov 23 – árvore: hera; símbolo: borboleta

Nov 24 a Dec 22 – árvore: sabugueiro; símbolo: pedras

Dez 23 – árvore: visco; símbolo: corvo

Para aumentar os poderes de cada uma dessas árvores seria apropriado que você tivesse alguma coisa
feita da madeira da árvore correspondente ao seu signo. Como também, se você preferir, tenha o
elemento que simboliza a sua árvore para que suas características e propriedades terapêuticas possam
agir sobre você; além de trazer proteção e sorte.
A Roda do Ano Celta

... Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos
para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias
através do anoitecer. Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios
reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se
acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o
semear de um novo dia. O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo
nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer, fazem do dia e da noite momentos muito
preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades
estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira,
como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar
juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa
união e perfeição.

Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o
nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os
momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear:
os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e
3h.

Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no
microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do
macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do
dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.

Como podemos ver existem quatro momentos do dia ( 24h ) que são pontos vitais, e há quatro pontos
secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada,
temos no ano ( 365 dias ) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto,
sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro
elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro
estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna
harmonia com o universo.

Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito
momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito
datas. A cada uma delas deu-se um nome:

Ao início do ano, Samhain ( 1o de novembro ); Yule ( solstício de inverno – em torno de 21 de


dezembro ); Imbolc (1o de fevereiro ); Equinócio da Primavera ( em torno de 21 de março); Beltane (1o
de maio ); Midsummer ( solstício de verão – em torno de 21 de junho ); Lughnasadh (1 o de agosto ); e
Equinócio de Outono ( em torno de 21 de setembro ).

Esta ordem e os meses correspondentes aos sabás estão de acordo com o hemisfério norte – lugar de
onde vem os Celtas. Há grupos que trabalham o calendário celta voltado para as datas do hemisfério
sul; é apenas uma questão de escolher como trabalhar a roda do ano. Particularmente eu prefiro a
ordem acima, pois estou em sintonia e penetrando na energia pura deste povo; compartilhando em um
mesmo momento com quem a cultura é de real procedência. Seja de que maneira você optar, seja
benvindo !

Uma Árvore de Natal Pagã

Dos costumes das culturas pagãs, decorar uma árvore durante o período do Natal é a tradição mais viva
que restou de Yule. Provavelmente originária dos povos germânicos ( celtas ), poucas pessoas conhecem
os reais motivos de tal decoração. Ao que temos como registro, esses povos germânicos decoravam um
pinheiro ( às vezes um carvalho ) ou simplesmente erguiam um mastro para representar o Deus. Tal
Deus seria o princípio masculino que ao ser fincado na terra ( a Deusa ), representaria a união perfeita
de duas polaridades. Por achar de natureza fálica, a Igreja tentou proibir essa prática, mas não obtve
muito sucesso. A solução foi dar uma explicação cristã para cada prática ritualística pagã desta época do
ano. Contudo, ainda hoje continuamos a não saber como realmente erguer uma árvore pagã.

Primeiramente, é preciso escolher e consagrar uma árvore. Infelizmente, fica muito difícil enfeitar uma
árvore natural, além de levá-la para dentro de casa; por isso, as artificiais servirão para o nosso
propósito. Ao montá-la jorre bastante energia e pensamentos positivos. Ao terminar de erguer a
estrutura básica deixe uma vareta de incenso queimando perto dela, para retirar as energias
antagônicas.

Espalhe algumas bolas pela árvore da cor de sua preferência, lembrando que as melhores bolas são as
que você pode ver a sua imagem. As bolas espelhadas pelo lado de fora denotam banimento de forças
negativas, isto é, protegem sua casa de todas as formas de tais energias. Mentalize que tudo que não é
bom seja repelido, enquanto você pendura cada uma das bolas. A cor e o número fica de acordo com a
sua preferência, mas lembre-se que as cores que representam a Deusa são o branco, o vermelho e o
preto; e as cores do Deus são o amarelo, o verde e o preto. É claro que você poderá optar por outras
cores ou mesmo uma combinação de cores. Procure escolher um número ímpar de bolas, pois eram os
preferidos dos celtas.

Para um boa colheita os celtas penduravam frutas comuns ( maçãs, por exemplo ), frutas natalinas
( noz, avelã, etc ) e pequenas frutinhas redondas.

Enquanto você as está pendurando peça ao Deus e a Deusa que nunca deixem faltar o alimento em sua
casa.

Para aumentar o seu poder e a sua força pendure bolotas de algumas árvores, como por exemplo
bolotas de carvalho ou pinhas.

Para simbolizar a união do Deus e da Deusa, pendure bengalinhas entrelaçadas de vermelho e branco.
Mentalize a comunhão e a união de sua família.

Para simbolizar fertilidade, espalhe fitas finas de cores metálicas para representar a chuva, que fertiliza
a terra.

Sinos são pendurados na árvore, assim como tocados para que seus sons emitam vibrações que limpem
o ambiente.

O ritual de Yule representa o solstício de inverno, ou seja o momento em que o sol está em seu declínio
total ao sul. Isto significa que o sol passa por seu momento de menor intensidade, deixando-nos com a
noite mais fria do ano. Por isso, Yule também é um ritual de muita luz, no qual você deve decorar sua
árvore com pisca-piscas. Mesmo sendo artificiais, essas lâmpadas iluminarão sua casa em um momento
de céu escuro.

Para finalizar a sua árvore, coloque ao alto um símbolo que resuma a sua crença, a sua magia e tudo
aquilo que possa representar o seu lar. Uma opção seria colocar uma estrela de cinco pontas, um anjo,
ou a representação de um cristal de neve.

Agora é só acender os pisca-piscas e sentir a energia do Deus e da Deusa penetrando em seu lar e
enchendo-o de paz, harmonia, felicidade, e principalmente de muita luz. Assim seja!
Yule Log

E outros arranjos para a sua casa

O "Yule log " é um arranjo feito a partir de um pedaço de tronco ou galho de árvore enfeitado com
motivos natalinos, que simboliza calor e luz na noite mais fria do ano. Também representa boas findas
em um novo ciclo solar.

Para confeccionar o seu yule log você precisará de um pedaço de tronco ou um galho de tamanho médio
de uma das árvores sagradas; por exemplo: bétula, teixo, carvalho, azevim, aveleira e macieira, entre
outras. Você deverá mantê-lo na horizontal, mas como é difícil colocá-lo parado, dou duas sugestões: a
primeira é desbastar o galho um pouco para que ele fique com a parte debaixo um tanto quanto
chapada – desta forma, o yule log não irá deslizar. A outra maneira é colocar dois pedaços de tronco ou
galho fazendo dois pés para dar apoio.

Faça três furos um ao lado do outro para que você possa colocar três velas da mesma cor ( vermelha
para representar a Deusa na sua forma de Mãe, amarela ou dourada para representar o Deus em sua
forma de Jovem, verde para o Deus em sua forma de Deus das Florestas, e branca para a Deusa em sua
forma de Virgem ). Não se esqueça d olear as velas antes de prendê-las nos furos; use essências
femininas para a Deusa e masculinas para o Deus.

O próximo passo é começar a decoração. Decore o tronco com bastante verde, ou seja, azevim, teixo,
carvalho ou pinheiro. Sei que é difícil acha-las, por isso use verdes de árvores de climas frios. Coloque
também algumas frutas, como por exemplo: maçã, noz, avelã, castanha, etc. Decore o yule log com
algumas pinhas e bolotas, também.

Coloque o yule log na mesa onde você fará a ceia de natal e acenda-o um pouco antes da ceia. Caso
prefira, acenda-o quando você for fazer o seu ritual de solstício de inverno ( Yule ).

Hoje em dia já é possível comprar um arranjo pronto ou comprar o material em lojas de artesanato.
Desta maneira o seu yule log poderá ser usado por vários anos. Não há nenhum inconveniente em fazê-
lo, mas saiba que tudo que é feito pelas suas próprias mãos têm uma energia muito maior.

Guarde os restos das velas em podem ser guardados até o ano seguinte em um saquinho ou caixinha
para dar sorte. O que não queimar do yule log poderá ser queimado na lareira ou em uma fogueira.

Um outro enfeite para sua casa para essa época do ano é uma guirlanda. Use o mesmo tipo de
decoração que você usou para fazer o yule log, só que sem as velas. Pendure-a na porta de sua casa ou
mesmo coloque uma em cada porta de sua casa, inclusive nas portas de dentro da casa.

É muito importante que enquanto você constrói seu yule log e suas guirlandas você mentalize e jorre
energia. O que você está fazendo é uma forma de magia, e como toda magia, só terá real valor se você
a fizer com seriedade, amor e intenção.

Cultura Celta

Por várias décadas, tem havido um crescente interesse nas crenças pagãs, pois as pessoas estão
procurando uma crença mais pessoal e prática, de alguma forma espiritual e que possa melhorar suas
vidas. Isto inclui a religião pagã e a magia, que são ambas práticas e espirituais.

Os sistemas celtas e/ou druidas são geralmente mencionados como sendo da Irlanda, da Bretanha ou de
Gales. Na realidade, os celtas habitavam a maior parte da Europa Ocidental. Remanescente desta
religião se encontraram desde as áreas do sul da França e norte da Espanha até as terras da Alemanha,
as Ilhas Britânicas e Irlanda.
As crenças na magia celta são firmemente enraizadas na Terra e em todos os espíritos elementais que
são cada essência de toda a Natureza. Isto inclui os quatro elementos básicos que compõem a natureza:
ar, fogo, água e terra.

Os antigos celtas tinham um grande conhecimento e respeito pelas plantas, árvores e pedras devido às
suas qualidades mágicas e curativas. Eles conheciam e usavam as linhas energéticas da Terra. Mas,
talvez, a mais forte crença, quase universal entre os antigos celtas, fosse a devoção à Grande Mãe. Na
realidade, os povos celtas, antes mesmo da intervenção romana e cristã, eram um dos poucos povos
que davam às suas deusas o mesmo valor e respeito que davam a seus deuses.

As deusas dos povos celtas não estavam em uma segunda posição em suas devoções e lendas. Eram
tão respeitadas quanto os deuses, que, em outros panteões sempre ocupavam posições acima das
deusas, ou ainda, a figura masculina era tida como Deus Supremo.

Como conseqüência, as mulheres eram altamente respeitadas, tendo muitos direitos de posse, pessoa e
status. As sacerdotisas eram idolatradas com muita honra e louvor. As mulheres eram guerreiras tão
boas quanto os homens, tendo direitos iguais aos deles.

Isto enfraquecia a sociedade? Diminuía os homens? De acordo com a História, definitivamente não. Os
celtas eram uma das mais temidas e mais espiritualizadas raças do Antigo Mundo, que só se
enfraqueceu quando aceitaram e foram destruídos pelo Cristianismo.

A vida de um celta era cheia de magia e de seus usos. O entrelaçamento em jóias, roupas, utensílios e
suas casas eram uma forma de magia, que significava um banimento ao olho grande e devolução de
magia negra enviada. Eles acreditavam que suas deidades poderiam aparecer em qualquer lugar e
qualquer hora, e que era dever do homem requisitá-las para ajudá-lo. Eles também acreditavam que era
responsabilidade de cada homem fazer qualquer coisa que pudesse melhorar suas vidas, e isto
significava o uso da magia, pequena ou grande. Para isso, uma pessoa teria que continuamente desejar
aprender e crescer.

Para efetivamente praticar magia celta hoje, você terá que estar desejando aprender sobre o uso da
magia das ervas e plantas; pedras poderão estar a seu serviço, e adoradas como reservatórios de
energia; os poderes dos quatro elementos e elementais devem ser respeitados e adorados. Você terá
que procurar pelos antigos reservatórios de boa energia que foram construídos e alimentados pelos
celtas, e que ainda existem hoje.

Mas, acima de tudo, você terá que suspender todas as estreitas definições de realidade que você já
aprendeu. Você terá que repensar no que é possível ou impossível, compreendendo que, quando certas
ações são realizadas, nada é impossível. A prática destas ações é a prática do que se é conhecido como
magia.

Para os celtas, a magia era tão comum quanto respirar. Não era mais algo destinado para certas
ocasiões especiais, como era a belíssima arte do entrelaçamento, tal como o design dos objetos que
decoravam os mais simples utensílios. A magia era parte do dia-a-dia.

Os celtas vieram do oriente por volta de 400 a.C. e se espalharam pelo País de Gales, Península Ibérica,
norte de Itália, Balcans, Ásia Menor, Escócia, Bretanha e Irlanda.

Durante o século V a.C. saquearam a Itália, a França, a Alemanha e a Suíça, onde se estabeleceram por
algum tempo.

No auge de seu poder, o seu território se estendia das Ilhas Britânicas até a Turquia. Até que, por volta
do século I a.C., os romanos invadiram e conquistaram este domínio quase que por inteiro. Os celtas
também foram derrotados pelos alemães, somente restando a Escócia e a Irlanda.

Apesar de pertencerem a diversos grupos étnicos, falavam dialetos comuns a uma mesma língua. Em
tecnologia eram os melhores. Eram excelentes ferreiros, construtores de estradas e carruagens, ótimos
agricultores e criadores de animais. Eram guerreiros corajosos e temidos por sua agressividade.
Vendiam caro seus serviços, pois gostavam de fartura e boas bebidas.

Como grupo tribal eram mal estruturados, e as mulheres tinham ascendência, sendo tão boas guerreiras
quanto os homens. Suas crenças vigoraram até que o cristianismo romano as destruiu.

Desde 600 a.C. os povos celtas tinham um alfabeto denominado OGHAM (pronunciado OWAN),
considerado sagrado e só usado para escritas e gravações especiais. Somente os iniciados aprendiam
esse alfabeto. Para escritas comuns usavam o alfabeto grego. Durante a invasão romana, a igreja
católica trocou o alfabeto ogham pelo alfabeto latino. Saint Patrick queimou pessoalmente 180 livros
irlandeses escritos em ogham. Tudo que a igreja católica encontrava sobre os druidas era
imediatamente destruído. Contudo, o alfabeto ogham vingou até mais ou menos 700 d.C.

As mensagens eram passadas entre os iniciados através de códigos por movimentos de nariz, pernas e
braços, silenciosamente e secretamente representando o alfabeto ogham.

Os celtas eram altamente religiosos e possuíam 3 leis principais dentro de seus ensinamentos:

* Cultuar os deuses

* Não fazer o mal

* Ser forte e corajoso

Eles acreditavam em reencarnação e em transmigração, ou seja, na transferência de uma alma humana


para um animal ou planta. Daí o fato de ligarem as feiticeiras às aves e a transformação delas em águias
ou falcões.

No panteão celta, as deidades eram muitas, sendo que as femininas eram as mais importantes. Não
havia punição dos deuses após a morte. Cultuavam um deus trino, ou seja, três aspectos de um mesmo
deus.

Os Druídas

Dentre a sociedade celta existia uma casta sacerdotal, a qual seus membros eram chamados de druidas.
Os druidas eram curandeiros, juizes, astrônomos, professores, líderes religiosos, e usavam oráculos. O
druida-chefe era chamado de ARQUE-DRUIDA e sua contra-parte feminina SUMA-SACERDOTISA.

Existiam escolas para candidatos a iniciação para ambos os sexos. Era necessário 20 anos de estudos,
trabalho árduo e lento através de níveis de estudo a ascensão na ordem.

Uma ordem druídica era dividida em três etapas. São elas:

* BARDOS - poetas, usavam capa azul.

* GRADUADOS - profetas e filósofos, usavam capa verde.

* SACERDOTES - usavam capa branca.

Estas veste (capas) foram copiadas pelos monges cristãos.

Os druidas praticavam o sacrifício de plantas, animais e seres humanos; exceto na Irlanda e Bretanha
onde seres humanos eram poupados.

Durante as cerimônias, os sumo-sacerdotes usavam máscaras ou coroas com chifres. simbolizando o


Deus Cernudos (Bretanha) ou Cornudo (Irlanda). Era o símbolo de virilidade necessária à fertilidade.
Era esse deus que abria os portões da vida e da morte. Era o lado masculino e ativo; a forma mais
antiga de deus desse mundo.

A contra-parte feminina de Cernudos era a Deusa Nua da Lua Branca; é a grande mãe que cria, o
passivo, o feminino na Natureza.

Durante as guerras os druidas tinham passe livre entre as tribos. Eram tão poderosos que não podiam
portar armas. Com uma simples palavra podiam começar ou terminar uma guerra.

As mulheres também se organizavam em bosques sagrados. Há indícios do nome "dryads" (dríade ou


dríada, ninfa dos bosques). Dentre elas, algumas não tinham contato com homens, outras tinham
permissão de visitar suas famílias e outras viviam com suas famílias.

As druidesas eram altamente respeitadas entre os celtas, pois sabiam o poder das palavras, pedras e
ervas, faziam encantamentos, profecias, feitiços, partos e curas.

Eram mulheres ruivas, sagradas às deusas guerreiras por simbolizarem o "sangue vital", o sangue
menstrual.

Muito respeitados também eram os ferreiros, que faziam armas com poderes mágicos porque criavam
com os metais utilizando os quatro elementos. Também curavam e profetizavam.

Os celtas eram muito religiosos, por isso os rituais faziam parte de suas vidas. Durante os rituais eram
servidos pães, vinho, frutas e carnes, dentre outras coisas. A carne preferida entre eles era a carne de
porco, pois era a preferida do Deus Lugh.

O carvalho e o visco eram plantas sagradas. O azevim simbolizava o sangue menstrual por ser uma
planta vermelha; e as frutas do visco, por serem brancas, simbolizavam o sêmen.

Rituais sexuais faziam parte da cerimônia dos deuses do carvalho e do visco. O sacerdote e a
sacerdotisa copulavam durante os rituais. Era o poder do Deus do Céu (raio que atinge o carvalho, o
punhal) fertilizando a Deusa Mãe (a taça).

As celebrações eram realizadas à noite, já que o dia celta começava à meia-noite. Por isso, eles
contavam o tempo por noites, e não por dias. O calendário era baseado na lua e tinha 13 meses.

A cada dois anos e meio e três anos, alternadamente, era inserido mais um mês de 30 dias. Os meses
tinham os nomes das árvores sagradas e correspondiam às letras do alfabeto ogham. Algumas vezes era
inserido mais alguns dias em um mês sem nome para completar o período do ano.

Um período de 5 anos chamava-se LUSTRE. Um ciclo druídico completo tinha 6 lustres ou 30 anos. Uma
era druídica tinha 630 anos ou 126 lustres.

Um ano é dividido em duas partes: fase escura, que começa com o ritual Samhain, e fase clara, que
começa com o ritual Beltane.

Todos os feriados sagrados aconteciam em solstícios, equinócios e fases lunares. Os quatro festivais do
fogo (solstícios e equinócios) eram o apogeu das plantações. Eles representavam trabalhar a terra,
semear, crescer e colher, respectivamente.

Lughnassadh

Dos oito sabás principais, LUGHNASSADH é o próximo ritual. Realizado no dia primeiro de agosto ou a
primeira lua cheia de leão, é um festival de pré-colheita, o ponto de virada da Mãe Terra. As últimas
ervas são colhidas. É uma celebração em homenagem ao casamento do Deus Lugh da Irlanda ( ou Llue
na Britânia e Gales ) com a Mãe Terra. Também chamado de Lammas, Cornucopia ou Thingtide, este
ritual marca o começo da estação da colheita e o declínio do verão. Rituais e celebrações eram feitos
para assegurar um colheita farta e um inverno ameno.

Neste dia, tenha sobre seu altar: um cálice com água – à oeste; uma vareta de incenso à base de frutas
( maçã, morango, etc ) – à leste; uma vela amarela ou laranja – ao sul; um cristal ou uma vasilha com
sal marinho – ao norte; e frutas e cereais ( maçã, milho, etc ) - no centro. Se quiser, você poderá
enfeitar seu altar com flores e trigo. Não se esqueça de Ter pães, bolos e vinho para a celebração ao
término do ritual. Faça este ritual ao meio dia ou de preferência à meia-noite, pois os rituais celtas eram
realizados à noite sob o luar. Acenda o incenso e a vela e peça ao Deus e a Deusa que sua colheita seja
farta, e que você sempre tenha o suficiente para o inverno que está por vir. Use roupas claras e
abstenha-se de carne vermelha, bebidas alcóolicas e drogas antes do ritual. Lembre-se: uma corpo
divino é sempre um corpo sadio !

Equinócio de Outono

O ano chega novamente a um equilíbrio

Chegamos ao final de mais uma colheita. É tempo de agradecer o alimento cedido pela Mãe Terra e
estocar para o inverno que se aproxima. As folhas das árvores começam a cair anunciando o outono,
nos lembrando que é tempo de refletir, assimilar, regenerar, fazer escolhas e decidir novos caminhos. A
natureza está em processo de transformação; as folhas caem para dar início a um novo ciclo: o ciclo da
regeneração, da morte e renascimento.

Na mitologia celta, o Deus da Luz ( Llew ) está em seu único dia vulnerável; e portanto, poderá ser
derrotado por seu irmão gêmeo, o Deus da Escuridão ( Goronwy ). Llew representa a morte em auto-
sacrifício, pois é preciso renascer para novamente governar em tempos de luz. Goronwy representa
aquele que irá fecundar a Deusa para que ela possa dar à luz a Criança Divina, ou seja, o Deus da Luz.
Assim as fases clara e escura do ano se alternam em verão/inverno, vida/morte, luz/escuridão; fazendo
que a harmonia se estabeleça na natureza.

Esse equilíbrio tem seu ápice nos equinócios, momentos em que o sol passa pela linha do equador em
sua jornada de ascensão e declínio. Nestes momentos o dia e a noite tornam-se equilibrados, tendo o
mesmo número de horas, e, portanto, estando em perfeita harmonia. No equinócio da primavera o sol
passa pelo equador em sua ascensão ao norte, marcando assim, o início da fase clara do ano, onde os
dias se tornarão mais longos que as noites. Já no equinócio de outono o sol passa pelo equador em sua
caminhada em direção ao sul, tornando as noites mais longas que os dias, dando início a fase escura do
ano. Desta forma o equilíbrio entre os dias e as noites se alterna, fazendo a roda do ano girar.

Neste ano, o equinócio de outono está previsto para o dia 23 de setembro às 02:37h. Isto marca, na
astrologia, a entrada do sol no signo de libra; que é representado pela balança, ou seja, o equilíbrio.

No tarot, o arcano 12 ( O Enforcado ) está na posição de iniciador de uma nova jornada no caminho das
cartas. Ele simboliza o sacrifício diante do renascimento ( arcano 13 – A Morte ). Isto, representa Llew,
que até então reinava sobre os meses do verão, prestes a se sacrificar para poder renascer no próximo
ano; morrendo e dando vez a Goronwy, que governará em seu lugar nos meses de inverno. Goronwy é
aquele que veio para aceitar o sacrifício do Deus Sol, derrotando-o e retirando sua vida.

Os celtas comemoram este momento com um ritual, que também é conhecido como Mabon, Alban Elfed
ou Encontro com o Inverno. Neste ritual nós devemos agradecer por tudo aquilo que a natureza nos
presenteou durante o ano e refletir no que o futuro representa. É um momento de descanso depois de
tanto trabalho e dedicação. Por isso, aproveite para meditar e restaurar a sua energia. Sintonize-se com
o universo e você poderá experimentar momentos de paz, tranquilidade e equilíbrio.

No seu altar você precisa ter firmado os cinco elementos da natureza: água, fogo, ar, terra e espírito. A
disposição dos elementos pode ser feita de acordo com os pontos cardeais: água ( oeste – onde o sol se
põe ), fogo ( sul ), ar ( leste – onde o sol nasce ), terra ( norte ) e espírito ( o centro ); ou você poderá
colocá-los um ao lodo do outro na ordem anterior.

Para representar a água, utilize um copo, uma taça ou uma tigela com água. O fogo poderá ser
representado por duas velas: uma amarela ( representando o Deus Sol ) e uma branca ( representando
a Deusa em seu aspecto de Virgem ). Para o ar, escolha um incenso de aromas leves vindos da terra,
como por exemplo: cedro, raízes, maçã e lótus. A terra poderá ser representada por um cristal, sal
marinho ou um vaso com flores. No centro do seu altar ( o elemento espírito ), você deve colocar um
caldeirão ou uma tigela com milho, arroz, batata, cenoura e/ou outros alimentos vindo da natureza. Se
você quiser, poderá enfeitar seu altar com folhas e fitas coloridas ( use somente cores que lembrem o
outono; amarelo, verde e marrom, por exemplo ). Não se esqueça de ter pão, vinho ou suco, bolo e
biscoitos para o final do ritual, onde você comungará com a Deusa e o Deus o giro da Roda do Ano.

Faça o seu ritual na noite anterior ao dia 23 de setembro, pois os celtas contavam as noites e não os
dias; assim, a partir do anoitecer do dia 22 de setembro já é considerado dia 23. Você poderá escolher
em que hora fazer o ritual: no momento exato do equinócio ou na véspera do dia 23. Em qualquer um
desses momentos a magia das culturas pagãs estará presente em seu ritual, abençoando e participando
de um momento tão mágico. Abençoado seja!

Samhain

31 de Outubro, o ano novo dos Celtas

... E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando
o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela
Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo
"outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do
Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo
de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.

O "Outro Mundo" celta, também conhecido com o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de
paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais
íntimas, onde a fantasia se mistura a realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde
os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas.
Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles
poderão retornar como verdadeiros heróis. Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de
algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem
atravessar os portais do "Outro Mundo" e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude
do Graal.

Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que
espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades. Por isso, a Noite dos Ancestrais
é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de
honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse
momento tão especial da Roda do Ano.

Como o portal está sem seu guardião todos os espíritos têm acesso a este mundo, por isso, os celtas
tomavam suas devidas precauções. Nesta noite, para espantar os maus espíritos, eles se vestiam de
maneira que pudessem amedrontar àqueles que não estavam em sintonia com o bem. Daí o atual
costume das fantasias de bruxas, vampiros, múmias e muitos outros personagens no dia de Halloween,
ou seja, "All Hallows Eve"- Véspera de Todos os Santificados – hoje conhecido como Dia das Bruxas.

Outro costume deste festival é o de iluminar abóboras. Estas tão conhecidas luminárias eram levadas
por celtas em suas caminhadas pelas estradas após o anoitecer do dia 31 de outubro para que espíritos
não se aproximassem e eles continuassem suas caminhadas. Ainda hoje pode-se ver esse costume nas
casas das pessoas que seguem as tradições do povo celta. "Jack-o-lanterns", como são chamadas essas
luminárias, são colocadas nas janelas das casas com o mesmo significado de muitos anos atrás:
proteger aquele lar. Um outro costume era o de colocar na janela principal da casa uma luminária para
cada criança que ali vivesse, representando uma proteção para cada um desses espíritos.

Hoje, temos também o "trick or treat" ( travessura ou doce ), que é o hábito das crianças saírem pelas
ruas, batendo nas casas dos vizinhos e fazendo esta pergunta. Se as pessoas não tiverem doces para
dá-las, elas irão fazer algum tipo de travessura naquela casa. Isto é uma representação do que era feito
naquela noite com os espíritos; ou seja, as famílias preparavam um prato de comida e bebida como uma
oferenda aos espíritos, e deixavam esse jantar do lado de fora da casa ou em um local sagrado. Desta
maneira os espíritos não os perturbariam. Essa tradição ainda existe hoje, e muitas vezes as famílias
preparam um jantar especial e servem a um lugar vazio na mesa, que supostamente estaria sendo
ocupado pelos espíritos das pessoas que haviam morrido neste último ano.

A noite dos Ancestrais é um momento de encontrar velhos amigos, e não o momento de invocar
espíritos. Sabemos que os espíritos de nossos antepassados estão sempre presente quando necessário,
por isso não faça do culto aos ancestrais um momento de invocações à espíritos. Deixe que os espíritos
se aproximem e faça desta cerimônia um momento de felicidade, e não de tristeza.

Ritualisticamente falando, você deve preparar o seu altar como em todos os rituais da Roda do Ano:
sempre tendo firmado os cinco elementos da natureza ( água, fogo, ar, terra e espírito ). Para
representá-los: uma tigela com água, três flores boiando e três gotas de sua essência favorita ( água –
oeste ); um castiçal com uma vela vermelha ( fogo – sul ); um porta incenso com incenso de sândalo ou
mira ( ar – leste ); pedras ou cristais ( terra – norte ); um caldeirão com uma vela laranja dentro que
deverá ser acesa à meia noite, quando você fará todos os seus pedidos para o ano que está começando
( espírito – centro ); 3 velas ( preta, vermelha e branca – representando os três aspectos da Deusa ) no
lado esquerdo do caldeirão; e 3 velas ( amarela, verde e preta – representando os três aspectos do
Deus ) no lado direito do caldeirão. Se quiser você poderá decorar seu altar com flores e fitas. Não se
esqueça de ter vinho ou suco e pão ou bolo para as comemorações após o ritual.

Que ano que começa seja um ano de grandes realizações, saúde e de uma contínua jornada espiritual.
Abençoado seja

Yule - Solistício de Inverno

Na escuridão da floresta homens, mulheres e crianças reúnem-se na noite mais fria no ano. Muitas
fogueiras são acesas para homenagear o Deus Sol que está novamente a caminho de um novo
renascimento. A Criança Divina, representada pelo sol, reaparecerá para continuar e perpetuar o ciclo da
Natureza, onde vida, morte e renascimento fazem parte do ciclo natural dos Deuses.

Nesta noite a roda do ano termina mais um ciclo e retorna ao seu ponto de partida, fazendo-nos pensar
e repensar sobre o ano que se passou, Este é um momento de reflexão, um momento de olharmos para
trás e vermos o que deixamos por fazer e até mesmo o que poderíamos ter feito melhor. É hora de
buscarmos novos caminhos para chegarmos ao nosso destino. Será que estamos caminhando pela
melhor estrada? Será que se fossemos por um outro caminho não estaríamos mais felizes? Que tal
pararmos para refletir?Não é hora de entrar em depressão pelas conclusões que você chegar. Pelo
contrário; a reflexão o levará a novas atitudes, e, consequentemente, a novos caminhos e novas
maneiras de conduzir a vida. Este é o espírito de Yule – momento de refletir para planejar, de recuar
para vencer, de parar para prosseguir. Ë hora de renascer, de olhar para a luz diante de tanta escuridão.
De encontrar o Deus Sol e com ele projetar os novos caminhos que estão logo a frente.

Aproveite as noites deste período, aliás, aproveite todas as noites até a chegada de Yule. Perceba o que
a natureza tem a dizer: observe o vôo dos pássaros, os ninhos dos esquilos, o rabo dos galos; tente
captar o que os seres da Natureza estão te mostrando. Nada é ao acaso; a Natureza está sempre em
perfeito equilíbrio e interagindo com seus habitantes. É uma pena que o mais sábio de seus seres
perdeu a habilidade de entendê-la! Com a vida cada vez mais urbanizada, computadorizada, complicada,
poluída ... fica cada vez mais difícil o homem poder entender o que a Grande Mãe tem a dizer.

Um bom começo seria o de trazer para dentro de seu lar um pouco da simbologia desta Grande Mãe.
Comemore esta virada de ano de uma maneira diferente – da maneira que nossos antepassados faziam
a muitos anos atrás; com o verdadeiro significado da natividade. Procure sintonizar e alinhar a sua casa
aos movimentos do planeta. Traga para dentro de seu lar um pouquinho da Natureza que está do lado
de fora. Um dos símbolos mais importantes é a árvore de natal. Enfeite-a conhecendo o real significado
do que você vêm fazendo a muito tempo. Se você tiver árvores no seu jardim aproveite para enfeitá-las.
Faça um arranjo para sua mesa e uma guirlanda para sua porta. Espalhe plantas pela sua casa e na
noite de Yule faça um jantar especial e presenteie aqueles quem você ama.

Yule é uma palavra anglo-saxã que significa roda. Neste dia a Roda do Ano é completa e, por isso,
representa a morte de um ano velho e o renascimento de um ano novo. Para os celtas o ano começa em
Samhain, quando se dá a última colheita; mas para os anglo-saxãos o ano começa em Yule, quando o
sol está em seu ponto mais ao sul, simbolizando o fim da parte escura do ano. A partir deste momento o
sol começa a caminhar em direção ao norte, fazendo com que as horas do dia sejam mais longas que as
horas da noite. A esse ponto de retorno ao equilíbrio damos o nome de Solstício de Inverno.

Este ano o solstício de inverno será no dia 21 de dezembro às 22:56hs. Então, é hora de arregaçarmos
as mangas e prepararmos nosso ritual. Como todo ritual celta iremos precisar firmar os cinco elementos
em nosso altar. Para representar o leste ( elemento ar ) acenda um incenso de alguma fruta ou madeira,
Para o sul ( elemento fogo ) acenda uma vela vermelha do lado esquerdo de uma verde. Para o oeste
( elemento água ) coloque uma tigelinha ou uma taça com água, três gotas de sua essência preferida e
três flores boiando na água. Para o norte ( elemento terra ) tenha um cristal ou uma pedra. Para a
centralização ( elemento espírito ) coloque uma guirlanda com frutas vermelhas e frutas natalinas
( nozes, avelãs, castanhas, etc. ) e com uma vela dourada no meio. Esta vela deverá ser acesa à meia
noite, quando você fará uma prece homenageando o Deus Sol e fará seus pedidos.

Imbolc

Assim como a Lua cresce e mingua, a Roda do Ano Celta acompanha o girar da Natureza; a Deusa, que
em Lammas mostrava-se na face de uma anciã, reaparece em Imbolc em seu aspecto de Virgem. Ela
representa o começo de um novo ciclo, de uma nova esperança, de uma colheita melhor.

Em Imbolc, também conhecido como Oimelc, Candlemas e Festa da Candelária, a Deusa retorna de
onde repousou nos meses de inverno: do Outro Mundo. Ela reaparece para trazer a luz à escuridão que
toma conta do rigoroso inverno. Ela anuncia a chegada de um novo renascer, no qual novas
oportunidades serão dadas àqueles que estiverem em sintonia com Ela.

A Virgem simboliza a juventude, a espontaneidade, a pureza da alma, os sonhos impossíveis que


acreditamos ser possíveis, a esperança que sempre estará presente; a chegada de um novo dia, de um
novo renascer, de um novo amanhã. Por isso, sua cor é o branco; sua estação, a primavera; seu
símbolo, o milho; e sua mensagem, a esperança.

Muitos comemoram Candlemas em 2 de fevereiro. Seja como for, acenda muitas velas em sua casa,
principalmente as brancas, para que Ela esteja presente e possa iluminar sua vida e trazer esperança,
alegria e felicidade ao seu lar. É um costume celta fazer uma coroa de 13 velas brancas para ser usada
por uma virgem neste dia, para que ela possa representar a Deusa. Acho que em tempos modernos
podemos adaptar este costume e fazer um círculo de 13 velas brancas no centro do altar

Na Roda do Ano Celta, Imbolc, Beltane Lammas, e Samhain, formam os quatro sabás do fogo e, assim
sendo, os quatro rituais mais importantes, cada um com seu dia fixo. Os outro quatro sabás são
considerados menores e representam os dois solstícios e os dois equinócios, sendo em dias variáveis a
cada ano.

Em Imbolc ( pronuncia-se im-volk ), Brigid ou Bride, a Deusa Tripla do Fogo, Criatividade e


Renascimento é homenageada. Ela representa a luz, uma purificação espiritual e uma esperança para a
primavera, quando haverá um novo plantio e com ele uma nova colheita. Sua cor também pode ser o
vermelho, cor do fogo que purifica. Na Irlanda Santa Brígida é a protetora espiritual das ovelhas e do
gado. Como Deusa Brígida, ela é associada ao aprendizado, poesia, artes e cura.
Faça um limpeza no seu altar, no seu templo e si mesmo. Faça um ritual para uma auto –purificação
com os quatro elementos: limpe seu corpo com sal ( terra ), seus pensamentos com incenso ( ar ), seus
desejos com a chama de uma vela ( fogo ) , suas emoções com água ( água ) e seu corpo espiritual com
um cristal ( espírito ). Abençoe velas que você usará em rituais futuros durante o ano e invoque Brígida
para inspirações criativas. Ande pela natureza e observe o que Ela tem a dizer.

No seu altar tenha os quatro elementos representados neste dia: uma vasilha com água de chuva, rio ou
mar no oeste ( água ); um incenso suave – violeta, jasmim, rosa, etc – no leste ( ar ); uma ametista no
norte ( terra ); uma vela laranja oleada com canela ou almíscar no sul ( fogo ); e uma coroa de 13 velas
brancas com milho, trigo e sementes no centro ( espírito ). Faça uma oferenda de leite à terra, pode ser
num jardim ou mesmo num vaso de plantas. Peça à Deusa e o Deus que transformem seu próximo
plantio em uma abundante colheita. Que a Brigit esteja com você!

Branwen )O(

www.deusabranwen.blogger.com.br

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