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POPULAÇÕES, CIDADES E POBREZA


Publicada em 26/07/2008

A dinâmica
populacional de
crescimento e de
ocupação dos espaços
urbanos e rurais está
intimamente relacionada
com a geração de
inúmeras mazelas sociais. Quando o crescimento da população
urbana acontece de maneira rápida e desordenada, como ocorre
nos países subdesenvolvidos, sem o devido planejamento e
investimento em infra-estrutura, saúde, educação, transportes,
etc., dá-se margem a uma série de desequilíbrios sociais como a
mendicância, o subemprego, o aumento da criminalidade e a
favelização.

A pobreza deve ser distinguida da desigualdade social. O


conceito de pobreza está relacionado ao padrão de vida
absoluto de uma parcela da população que não tem acesso à
satisfação de necessidades básicas de sobrevivência. A
desigualdade, por sua vez, está relacionada com a relação entre
os padrões de vida dos diversos segmentos de uma sociedade.

Em uma economia de mercado, como a brasileira, o critério mais utilizado para medir o grau de
pobreza da população é a renda salarial de cada pessoa ou família. No entanto, outros indicadores
socioeconômicos são também tomados na avaliação, como a expectativa de vida, a mortalidade
infantil, a distribuição da renda, e o acesso a saneamento básico.

OS CENTROS DE POBREZA

As cidades, enquanto pólos de poder e centros de consumo, cultura e tecnologia, atrativos para a
população que sai do campo oprimida pelas péssimas condições de vida, concentram a maior parte
dos problemas sociais. Tais mazelas ficam ainda mais acentuadas com a segregação do espaço
urbano, através da ocupação de morros e encostas pela população mais carente, que necessita de
moradas mais baratas, enquanto os centros são ocupados pelas parcelas mais abastadas.

Desde o início do processo de urbanização, o desenvolvimento industrial, ao mesmo tempo em que


criou empregos na zona urbana, trouxe a mecanização do campo, acentuando a migração de pessoas
para as áreas urbanas, que saíram do setor secundário da economia para ocupar o terciário. Este
êxodo rural, impulsionado pelo processo de automação do trabalho no campo e pelo fascínio urbano,
é ainda hoje uma realidade marcante. Na busca por melhores condições de vida e melhores
oportunidades de trabalho, este movimento acaba, no entanto, por contribuir para o aumento da
grande massa de excluídos dos grandes centros.

Uma das conseqüências dos processos de industrialização, urbanização e o conseqüente desemprego


é o inchaço no setor terciário da economia, que abriga os serviços e os mercados, inclusive o
mercado informal e os serviços domésticos, que se apresentam como alternativas para a população
de baixa escolaridade e baixa renda.

Além disso, um dos fatores preponderantes na distribuição da renda das populações, o desemprego,
é, em grande parte dos casos, ocasionado pelo descompasso entre o crescimento populacional e o
crescimento econômico de um país. Quando isto ocorre, a demanda por empregos nas cidades supera
a sua oferta, o que caracteriza o inchaço dos centros urbanos, que também implica o crescimento da

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exclusão social e econômica.

A globalização da economia, gerando o aumento da competitividade e das exigências em torno do


aumento da produção e da redução dos custos, contribui para a eliminação de postos e trabalho em
razão dos investimentos na automação da produção. Ocorre aí o aumento da produtividade com a
redução do número de empregos.

UM PROBLEMA GLOBAL E LOCAL

Ao contrário do que se pensa, a pobreza, assim como o desemprego, não é um problema apenas
restrito aos países subdesenvolvidos e emergentes. Em quase todo o mundo são registradas taxas
crescentes de desemprego a cada ano que passa. No Brasil, mesmo com o crescimento no número de
empregos, o desemprego cresce assustadoramente, sobretudo entre os indivíduos jovens. A fome no
mundo também atinge números alarmantes em decorrência de fatores não só populacionais, mas
também econômicos envolvendo diversos países.

A gama de fatores causadores da pobreza e da desigualdade social aponta para um esforço global
integrado para o alcance de melhorias, no entanto, não podem ser afastadas as medidas internas que
podem ser tomadas em cada país para vencer a miséria e a pobreza. Um dos principais caminhos a
serem tomados é o investimento em educação para o aumento das taxas de escolaridade e a melhoria
na qualidade do ensino, a fim de que a igualdade seja alcançada ao menos em termos de
oportunidades.

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