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açor-:iana de
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PARA O ESTUDO
,
DAS CRISES 5ISMICAS NOS AÇORES A. VIEIRA

Em terra onde os terramotos são tão continuos, e


tão horrendos; em terra onde os montes são vivos
e comem e se sustentam das suas próprias entra-
nhas; e estão lançando de si os incêndios a rios;
em terra onde o fogo é mais poderoso que o mes-
mo mar oceano e levanta no meio de le ilhas e des-
faz ilhas; em terra onde povoações inteiras em
um momento se viram arruinadas e subvertidas que
tema mais a propósito que o de Jonas: Adhuc qua-
draginta dies et Ninive subvertur.

Pe. Antõnio Vieira, Sermão proferido na


Ilha de S. Miguel

sismol6gica, e é um dado importaE


No momento presente é gritante te para a sua compreensão no que
a relevância dada pelos "mass-me- toca à reacção humana a tais fen~
dia" aos fen6menos do quotidiano menos da natureza. Pondo à dispo-
e da natureza, que surgem ou não sição da historiografia contempo-
isolados, e tocam a sensibilidade rânea dados muitos importantes pa
e a procura do lei tor- ou ouvinte ra a Hist6ria das Mentalidades. -
rotineiro, viciado pelas mai5 so Os sismos corno uma constante
fisticadas técnicas de "marketi;g". da Hist6ria Açoriana, têm concer-
O sismo do dia I de Janeiro, teza uma palavra a dizer, quando
nos Açores, deu azo a uma grande! estudados e confrontados diacr6ni
exploração noticiosa, durante ceI camente. Estudados nas suaS flu-
ca de um mês, em parte segundo tuações cíclicas, darão concerte-
os moldes que atrás enunciámos. za alguns elementos capazes duma
Ao mesmo tempo que alertava as previsão ainda que muito incerta.
autoridades para um candente pro- Mas enquanto as autoridades iE
blema do processo hist6rico aço- sulares permanecerem perplexas e
riano, que ainda hoje aguarda so- inactivas face às crises sísmicas:
lução. .
são "os cinco s'culos de hist6ria"
Importante neste estudo será que se esvanecem, são elevados pr~
Sem dúvida a caracterização his- i1!ízos materiais, são. mi~h§'K~~_Jie
t6rica da t6pica sismol6gica, teE pesSoas 8t~rrorizadas e sem lar...
do em conta, fundamentalmente, a
IQ CRONOLOGIA DOS SISMOS E SUA
sua evolução diacr6nica, e a Sua
INCIDtNCIA HISTÓRICA
valoração na compreensão da tra-
dição hist6rica açoriana.
A sismologia hist6rica, assu-
me neste caso uma função primor- Nas parcas dimensões deste tra
dial na compreensão do passado e balho torna-se difícil urna enun--
presente açoriano. Uma vez que a ciação sistemática e exaustiva de
constância das crises sísmicas todos os sismos que até hoje ass~
na hist6ria açoriana teve e tem laram a região dos Açores, uma
uma influência no modo de ser e vez e sendo estes uma constante
pensar açorianO, materializada do processo hist6rico
no ritual religioso, como muito insulano se torna difícil quanti-
bem demonstra a Etnografia. ficar num espaço limitado.Deste
A religiosidade açoriana, co- modo optamos por uma enunciação
mo veremos, materializada num o mais sumária possível, pondo em
ritual tradicionalista, situa-se destaque aqueles que pelas suaS
dentro da influência da t6pica dimensões catastr6ficas se evide~
'
c iam.
S i s m o s e vulcões s u r g e m assa-
cuja form~4íe antiga
orienta&.&& &i
6 parte
Mgusl, da Tercei-
--
''-%iados em tudos os documentais s ra, de S. e do Faial.
I narrativas, wna vez que s6 em p$
no s8eulo XX aparecem os campas.
Salienhtita que as zonas mais
M i g u e l , Ter

I da SismoSogia-a 'Vu.Icazml&giad % ~ &


saciados. Como por rio-
vulcão 8 preeeütdo por
a i s m i c a pralcya&
M o a
cri,^@
e Faia1 São ,aQue-
sniqs' stmgem' com
tuando-se as
ores, S a n t a
I a l e m d e s t e , f o i o-i e não h4 n o t i -
o a s s o c b os Bf s m o cuja epice
I No entanto p m s numa d e l a s .
I pos que dec~i.t-srm, c-~lcid~~ os sismos mai 3
são as avançaa em &e$ OH P ~ ~ I O E I ircunvizinh i s .
:
i
eientSficos, se tama mais 16gica
a difersn~&~çã o sisms dos
dos
s temos no t-i
do s i s m o de
v u l c ~ e si J3do para as
Partindo da sua o r i g e m vamos Flores, a que '$#& de* juntar o
distinguir o s s i s m o s de origem de 1810 e de 1911. H@ Graciosa
vulcânica, que se prendem directa temos os de 1817,1867 e f , i n a l m e ~
m e n t e com os fendmenos vulcânicos, te o de 1980. Santa Maris em ra=
e os de origem t a c t 6 n i c a . z ã o da sua proximidade da S.Mi-
Como iremos verificar são mais guel, sente as repercussBas dos
frequentes os sismos de o r i g e m t= s i s m o s mais v i o l e n t o s d e s t a , m a s
ct6nica que s ã o tambdn aqueles que com reduzida intensidade. Jd Fru-
causam maiores da=-. (1) c t u o s o se apercebera no s6culo
,
XVi p o i s em "Saudades da Terra"
A - Qs -os vulchicos e da conta que &o existiam abalos
os sismos de m r i ~ e mvd.cBnica. na ilha em paz50 de estar assen-
te em "rocha f i r m e , apenas s e
E por demais conhecfda a orfgem sentiam aí os abalos das outras
vulcânica dm i U e que compõem ilhas, principalmente de S . M5-
o arguipéla@ dms Apams,
desde lonm da* sk r s a n t e ace-
sa polémica.&& a
p::E m, como f o i o caso de 1577.

o livro T V , Gaspar Fruc tu2


a, b e m come os so chama s atenção para os fen6-
r i c o s dão conta da menos vulc&icas associados hs
-
fenómenos vulcânicoa,Sa~
ainda presentes, como a s
dos Capelinhos em 1957.
de remo* ta&~de: "
desta
...
crfsee sfsmicas em S . Miguel des
acontecerari
qmsi t o d o s os tez
As c a l d e i r a s , a bagacina [ * * r ) ramuiz~a fia antes de ser
caracterizam a pisa-gein achdrz tantos quantos
e denunciam a sua origem d & i - os pico* + corno eles e s t ã o
ca. dando tw-~ com as bocas qur
E s t u d o s recentes da e s t r u w tem aberw*' ( 3 )
do t e r r i t b r i o insular dão c o n h I I I

desse f a c t o apontando regiões de aini *e am os portugus


formação recente e antiga-As pri SBB no ara a ocupação
meiras ainda m a n t 8 m latente uma- e colon ilhas, f o i sem
actividade vulcgnica coma Q o c= w* W W s a s erupqões vul-
I
so de S. Miguel Sete cidades),
Terceira, Faia1 ~ a p e l i n h o s ) . ~ ~
e h i c m s m&&es activos que a-
tingi- 1444 e 1445 propol

I
segundas por seu turno, dao con- ~ õ e sse1-w~. ( 4 ) . certamentec'
'
ta duma estrutura g e o l b g i c a a n t i o a*aso da ocu~3açSode territó-
donde a f m c a poss5bilidade r i o qise 6 se verificou em rneadoa
de qualquer fen6wno vulcânico. do ~6cul0XV, deve estar mlacio
~Wavendoinclusiva ilhas de que nado com eake f a c t o .
nBo se t e m n o t i c i a de qualquer Mas o ~ C % dO o 8 s 6 lava e
fendmeno desde a sua ocupação(s&c. e s s e eapact&culo infernal associa
XV) af6 ta&pos que decorrem do pelas populaçaes ao inferno;
--San* Maria, Graciosa, Flores, a ele se prendem crtses s d s m i c a s
e ~ o m ~ P o d e m ojuntar s -
a e s t a s a1
asmas de diferentes %&as
pralongadas que o anteceàam.De tal
modo que a populaqão em m o m e n t o s
d e crises sismicss prolongadas No encanto s 6 em 4 de Abril de
t e m e sempre um vulcão. 1675 houve autorização, indo en-
Josd Agostinho reportando-se t ã o cinquenta casais para o Grão
aos sismos de origem vulcânica -Par&, mais cinquenta em 1677. (12)
dd conta do seguinte:'Eles
tem-se geralmente alguns dias
sen-
1760/61 - Erupção na ilha Tercei-
antes da erupçgo, continuas e vio ra entre o P i c o Gordo e a Serra
l e n t o s . As vezes parece que o soTo de S a n t a Bgrbara: nPelo a n o de
e s ti em permanente trepidação. 1760 a Fuma (do E n x o f r e ) cessou
Mas a sua violência e s t 8 quase de fumar, e e s t a cessação f o i o
sempre localizada nas vizinhanças prelúdio da catástrofe.Começaram
grandes terramotos e m 22 de Nov.,
dar-se a erupqão.. ."
i m e d i a t a s do local onde v e m a
(5) e continuaram cUrn m u i t a frequên-
cia at& 14 de A b r i l de 1761,em
1562JSet . I 2 1 -
Erup ão na vila de que a terra t r e m e u m a l s que nunca;
S. Roque no P i c o ( 6 e assim continuou com pequenos i 2
1563 - Erupção no P i c odo t e m l o s at8 o d i a 17 do mesmo
mez, em que pela manhã arrebentou
Sapateiro na R i b e i r a G s d e ( S .
~ i g u e l )que s e prolongou pelos O fogo por de*&$ dos P i c o s Gordos,
meses de Julho s Agosto.F"ructuoso com estrondos subterrâneos s e m e -
deixou-nos u m relato espectacular lhantes a descarga de artilharia".
desse fendmeno dando conta dos 03)
gravas danos. (7) A partir de então outras erupções
1564/~ev./10 - Erupção no Pico das s e seguiram:S. ~iguel(1810), P i c o ,
Berlengas em S . M i g u e l ( 8 ) S . J o r g e , Terceira e Graciosa.
Ainda de fresca mem6ria B a e m -
1580/Hai./l -
Erupção na Fajã de pqão dos Capelinhos que provocou
Estevão da Silveira ( S . ,Jorge). uma crise s í s m i c a intensa, chegan -
-
Mantendo-se o vulcão a c t i v o duran do a aventar-se a possibilidade
te 4 meses.Conjuritamente c o m a d e evacuar a população da ilha.
crise sfsmica que o antecedeu pro Tendo causado danos e m edfficios.
vocou elevados prejuízos a ava- Sentiram-se, então, cerca de 600
liar pela perda de 4. 000 cabeças abalos que n ã o ultrapassaram o
de gado e 500 pipas de vinho. ( 9 ) grau 6 da escala de ~ercalli.(lk)
1630/~et./2(3) - Erupçgo no vale -
B Os sismos de origem tectó-
das Fumas em S . M i g u e l , antece- nica.
dida por uma crise sieaiica viole;
ta, c a w d o grandes b n o s nas O s sismos de origem vulcânica, WJ
povoações circurivizinhas ( ~ i b e i r a bora prolongados s ã o de e f e i t o s
G r a n d e , Povoação e Ponta ~ a s ~ a ) . reduzidos, sendo poucos os c a t a s -
Um documento existente na B i b l i o -
teca Pdblica de E v o r s dá conta
trbfieos.Maia perigosa s e apresen
ta a erupção das lavas e das cin-
-
d e s s e 8 pre juizos : " Morreram n * ~ zas. O vulcão f i i l m i r i a a população
te dilúvio 195 pessoas;avalia-se impingindo-lhe um terror i n f e r n a l
a perda em gado, terras, colmeias, pondo de parte o s abalos sísmicos
p a s t e l , t r i g o , c a z a s e vinhas, de intensidade reduzida.
que estavam f e i t a s em quinhentos O s sisrnos de o r i g e m tectnnica,
.
mil cruzados '' 110 ) e s s e s sim s ã o os causadores d e
i652/0ut./io(iz) - E-&~O do c a v e s pre j u $ z o s humanos e m a t e -
r 1 a i s . 0 ~mais temidos da popula-
P i c o Jogo Ramos em S. Miguel, c a l Ç ~ O , embora nso saiba d i s t i n g u i r
sando danos em Santa Cruz e na n o aspecto do conhecimento uns dos
Gila da Lagoa. (11) outros.
-
~672/~br./l2-24 Erupção no FaL Estimam-se e m cerca de o i t o
centenas os s i s m o s de origem te-
ãl, entre a P r a i a do Norte e do
Ifapelo. Foram elevados o s danos ct6nica que assolaram a regiao
m a a i a i s aí causados que cria- entre os d e fraca e grande i n t e ~ ,
r grandes preocupações à s autz sidade, sendo possível estimar
~ t d a d e scnmrgrias que em carta uma periodicidade para a sua de-
, d i y i g i d a ao monarca em 1672 dão flamação; entre 30 a 50 anos para
!- ao%& do sucedido s solicitam da o s de fraca e media intensidade,
par& d e s t e medidas urgentes, e 2 e de 100 anos para 0 5 de f o r t e
g tTs as quais a permissão para o intensidade.
h. 't@brqtle de lucaispara o BrPlsil,
L
7

Atendendo à swa 3' R e f e r e ter s i d o @ aism do d i a 24


teima oportuP.9dde *:,v:
referir d e Maio violentotrds modo que des-
tmrlu tudo em 'to& a ilha. - Db con-
mos a t d o a em posww@W;'-F~r
isso
f3camoS por um b m ta de 167 mortes; e da destruição
daqueles que c n dos templos e do@ meteiros da i-
impor tmntea lha, a-nas se m$rando o Moste2 ,

materiais s FO de S. F ' r a n c i s ~ da Praia.Refsre


ainda a d e s t r u 1 ç & ~de 19 ermidss.
1522/~.b,/2~~3%ales~ Quanto às f a r t i f b g l 5 e s d& conta
em Vila % CK f $ . ~ . i p e l*eb
) da sua t o t a l destrtaA#o: S a s vi-
vocou o escorre@men.to de tm- das e y h a ~ i d sqw cuesta som
do da - 9 , ao.(pgmads gmm- inmemblesr. Desde &1 castillo de
de parte da dia e destruSndo a Santa CatPialiba ha#+ e 1 hacho
quase totalidade do casa~io.A ho-
ra tardia da n o i t e em que se de*
w-,
$ o
s f'usrtes ha-
r q
eayerom por
a lyftmrga de ia
f o i motivo para elevada rnortand&- ira d i na i r r i t a d s nusstras
de cdb-a eh cerca de m, 0' culpas $0 .ay cousa,,Fpugnable, ni
mesmo sentiu-se em toda a iiha fortalsmi qui no s e &erribadaw.
especialmente em Ponta Garqa, --

do Paan, Ribeira Chã, Ponta


07) f

A , S&k do mes-
Delgada, L a g o a , Ribeira G r a n d e e mo refer- de 19 de
Nordeste. (15) Abril des-iw t casas das
Saliente-se que à altura,Vila
Franca era capital da donataria
,
Fontinhas Ibaaa'.S+em da Pena
e das igrejas e de S ~ Q .h t d n i o ,
da ilha, local onde r e s i d i a o do- enquanto o de 2% de Maio provocou
naGrio com todo o seu séquito. ele-dos danos na zona da Praia.
R u i Gonçalves da C h a viu parte
da sua famflia morrer, apenas fi-
cando o filho mais n m , M~muel.
Reportando-se a S.Sebasti%o dá con
ta do seguinte: a em v i l l a de S.
,
I
Sebastião tambem cahiram muitas
.
da C h r n e sua esposa D.FiPipa
Coutfnho
,
cazas f o i tão horrendo o terramo
to de 24 de Maio que os animais
Foram elevadoa os danos mate- dos campo8 o sentiram, e s e ater-
riais em to& a %lha,ao meem rorizaram correndo huns para os
kewo C& BXB~ju&%czid m as outros, fazendo ajuntamentos, be=
intenções do aamt&io qw se e u r a d o com as cabeças no aT couza
Tlg. p o s a i ~ & l r E
dw~.ama!
~ e
* I que m e t e iaais espantott (18j
capikniri d O a1fr-s Francisco de Segura
a maioria da a BaLtasar de
r e g r e s s e a* do terramoto de
natãrio tezitsu
-1-0 da populs
to e oferec
( j o g o de canas). o ..+ --.

No relato de Prmc4axo
verificar tal e a Impor
que tal fenómeno ass-iu que maricos e
.
diano da prática religiosa
pulação
1614/~br.,Piai./lg-24 - TrazwcE.~
ainda fresca a m e m 6 r i . a da o-sMd)
castelhana aquando da ocupação da
ilha, o s terceirenses s e n t e m a &
reza duma c r i s e s í s m i c a en- 19 e s t a gente/aya s:;
de Abril e 24 de Maio, altura em no averse arrepa:
que atinge o auge.0~ seus e f e i t o s iar d a s almas.,
fizeram-se s e n t i r em toda a Illia, Mas a+ que mera/ no que-
m s de modo especial na V i l - da v ? - d6 c f u k h a$.&*ioia/tierra da pan
Praia. (16)
~ g r i o ssgo O S Sia€osY 8' ba/. No
t& que dão conta do f a c t o . D e s *
que para a car-t;a do licenciado
J- de Tavares, presbitero,a Gas-
,
par Lopes mercador de Se Mbal ,que d e r . la isla/se y desbara-
na altura se encontrava em Seviiha.
ta do sucedi- e pala sua import8;
¢ia para o m e s m o e outros aspectos
focados neste eatudo vamos refere2
ciar alguns excertos.
A Junta de pãrbquia da CandelA-
r i a em missiva d i r i g i d a ao bispo
de Angra refere a desolação da pc
puleição ao mesmo tempo que solic&
ta da parte do seu chefe supremo
na região que atenda b caridade
evangdlica: " E s t e s seus filhos e m
Chris t o a s t l o sem moradas quasi
todos; dormem pelos mattos ;f'ugio-
-1hes a animo e as forças para 1s
O- P a r a alem de se^ e mar ufzm t e m que debaixo dos p6s
s e lhes fende, e i h e s ruge c o n t i -
nuas ameagas; padecem j B a fome e
o frfo, e homorin&m-se d e encarar
o futuro.(,..)a verdadeira carida-
de, ainda -amo
.
quando não t e m , a-
cha sempre que dar(. .) A esmola
para os verdadeiros prelados como
V . E x a , não se arranca n e m s e soll=
r f o $ ~ s i A aa danos.
1/Jun*/15 - Outro sismo cws- c i t a , c&e por si como o f m i c t o
maduro da arvore boa no regaço do
necessitado." (21)
-
Mas a caridade h i p b c r i t a do b i s
po Dom fiei E s t e v ã o ficou-se por
um alerta &s populações da ilha,
dando conta do fen6meno como um
sinal ou castigo d i v i n o . Em vez
de esmolas ~ r B e n o uque se fizessem
preces colectivas durante trss
d i a s consecutivos, recomendando :
"Adoremos, e respeitemos o s amo-
s o a avisos do P a e C e l e s t i a l , con-
vertamo-nos já para elle de todo
o coração. Principiemos e s t a nos-
sa conversão publicamente confes-
sando que t e m e m o s os seus juf s o ~ ,
R o g u e m o s - l h e , submissos, que pe-
netre b e m o nosso coração do seu
s a n t o a m o r , eternos, liberal izan-
j o - l e a graça da sua conversqo; e
que a f f a s t e , s e for do seu agrado,
1848/&t.,U~v./30-4
a p r o l ~ n & p dna
- Crise sfs-
a i l h a de S. M i p e l
para bem longe de 116s a f l a g e l o
dos terrbmotos . Envie as lhe, erii
fim tanto em particular, como e m
e asayaiu proporções c a h s - f i
s na V&eea, CandelGpia, ~ i n e t z s pGblico, s f i p l i e a s , gemidos d e m i -
sericdrdia, na firme confiança de
que havemos de ser despachados p e
Ia intercessão de sua Santissima
Mai, e de t o d o s os santos d a c o r t e
dias " e 17 d e c e l e s t e , que n a s preces p6blicas
Qtze os ânimos e de penitencia vamos invocar." ( 2 2 )
O povo clama que comer, o b i s p c
oferece-lhes orações e preces. A-
guardar6 um milagre da multiplic=
ç ã o dos pães e dos peixes?
aw crises des - O ã s t i c u l i s t a do "Correio Michr
elense" dando conta do f a c t o em
, .
n o t f c i a deseqpIlv3tda, refere o te-
m o r de um novo tmlcSo, CTando ao Eaial, no P i c o e S. Jorge e ,
mesmo tempo conta dos darnos do se- no Faia1 e Pico-Em todos os
guinte modo: t'Algumas p d a a i de vi lados houve danos materiais
das humanas, e c o n s i d e d ~ a sestrg elevados e algumas perdas h1
gos em casas, muroei d m qu$nttm, e- manas-Sendo ainda de fresca
gre j a s ,e o u t r a s coms- foram memória as suas repercussões
o resultado do violen&& ebalo.Vi1- no quotidiano insular.
las e freguesia9 % ~ & 5so- A l i s t a doa s i s m o s como
freramtpara a p a ~ - oorw& ilha pudemos verificar não s e fi-
f o i contudo mim &+&i? (23) ca s b por este breve n h e r o ,
Para di*T.de, W d b o e t
-
& 6 muito vasta, mas num trabg
não 6 o estuda s d& lho d e s t a índole n5o importa
t i f i c a de f e d m M , dar conta dessa relação alar
como acudir & a s ~ h s a ~ &:cd&&tosaiei
o r gada, importante 6 sim o COE
"O pobre que d aem *&ia deme- fronto d e realidades e expe-
cada ou que o encara rntfia~#=, "9 riências tendo em conta a com
nada ihe serve s-aber os dimwa@r presnsão da t6pica sisrnolõ&
movimentos conhecidos das c ~ ~ no contexto
ca - h i s t 6 r i c o a-
sões da terra, e o seu grau de vi- çoriano. Para qu8 esse enun-
olência - de nada lhe serve saber ciado simples dos sismos que
apenas sacia a curiosidade
s e as condiç5es são produzidas por
causas exteriores, ou se são rss* do l e i t o r c o m ? No entanto
tado, o que 6 mais provgvel, de
certas forças que operam no inte-
aconseihamos o l e i t o r mais en
tusiasta a consultar a rese-
-
rior do globo; o pobre o que dese nha apresentada por Porfírio
ja, ou que quer 6 que se Lhe este^ Bessone em o "Dicionário C=
da a mão compedida, 6 que se ihe n o l b g i c o dos Açores" (27)
enxugue o pranto arrancado pela E a exaustiva resenha do-
d e s d i t a . l1 (24) cumental e informativa dada
Face & acção da comissão de so- por Ernesto do C a n t o no Ax-
corros criada p e l o Governo Civil chivo dos Açores (28);mais
a 20 de N o v e m b r o de 1848 ( 2 5 ) , dá dados podem ser consultados
conta de algumas reflexões perti- no livro de L u i s António de
nentes tendo e m conta a polftica AraGjo ( 2 9 ) e no de Moreira
que os serviços de apoio traçam em Hend onga ( 30 )
momentos desta índole: '..,Seria A consulta dos gráficos
m u i t o a propbsito, que, com o t e m - que prepardrnos para elucidar
po, se pedissem relaç6es das pes- este estudo dão conta do ele
soas mais habilitadas para serem vado n h e r o de sismos s e n t i 1
contempladas pela sua f a l t a de dos na r e g i i o , de que demos
meios, e pelas perdas que Imram, algumas referências dos mais
perdas que devam ser cui&@3nmen- c a t a s t r 6 f i e o s . O gráfico I
te calculadas, a f i m de &e, 'na8 dá-nos conta do t o t a l geral
distribuições das esmolas, db p r o - dos siamos. Saliente-se que
ceda c o m a maior justiça. E $ w S o seu nrímero aumenta com o
convencidos com B o ~ i mque dis- decorrer dos s6culos, aprese2
t r i b u i ç ã o dos socorros pfiblfcos
reporisa em dois princfpios b e m ev&
d e n t e s : ~primeiro não conceder so-
br número .
tando-se o a6culo XX com mai-

plista do mesmo levaria


Umri análise s i m

corro senão aos que d ' e l l e t e m ne- certo a afirmar que os s i s m o s


cessidade,-pmryze ò'autra forma E aumentam em razão directa dos
casseiam de socorrer aquelles anos que decorrem e tornam-se
a q u e m verdadeiramente a s s l g cada vez mais uma fatalidade.
te d i r e i t o , e vai dotar-se a
ociosidade e t o d o s o s vicios
que acompanham; o segundo,
não menos importante, appli-
Na* realidade não se passa a=
sim; pois o aumento p r o g r e s s i
vo do registo d e s t e s deve-se sim â
capacidade do homem em poder regista]
I
c a r o ghnero de socorros que todo e qualquer sismo d e grande ou
mais convêm a t a l , ou a tal fraca intensidade atrav8s dos sisrnb-
indivíduo, em tal ou tal po- grafos instalados na região. Hoje r=
sição." (26) g i s t a - s e t o d o e qualquer s i s m o , n o s
Já e m pleno s6culo XX dez sdculos passados o ssu r e g i s t o per-
taque-se os s i s m o s de 1926, necia por alguns anos na rnern6ria &,
1963, 1973 respec t i a m e n t e no
TOTAL DE SI- POR ILHAS
(até ao séc. xfx)

séc. XVI .....


séc. XVII - . - - - * -
séc. WIII ---
séc. XIX -

snliscimento popular, ou registado, la tradição popular se mantivesssit.


mimdo havia razão para t a l , e m doci Saliente-se que o período que d ! c o r
=tos oficiais relacionados com o vi re entre 1931 a 1950 registaram-s 4

405 sismos, quase tantos como os :o-


er quotidiano e da a d d n i s t r a ç ã o lo=
LI nhec5dois a t e então (cerca de 443)
A divulgação generalizada dos meios A1Bm disso o t o t a l a t e ao sdculo XX
@ informação e da i-ea deu a z o fica-se por 143, enquanto s ó o skr:ulo
que muitos fen6menos esquecidos pe- XX regista 561.
'" --se numas a p ~ s d o m i n h c 3 i odos ais-
mos ao longo da hist6rir, oamo S. Mi-
guel Terceira e Faial, em-to nou-
tras o s e u número 6 reduzido (caso da
Graciosa S. Jorge s ~ l o m s ) ou
l
se nulo caso de Santa Maria s corvo)
O gr&f%coI11 dd cvn-t;r*dm % nre-
, qua-
~
.
gisto por meses se- d c h ~ t s a maior
dominância de eiaiws PÚ p 8 d ~ d oentre
A b r i l e Junho e Outtzb~oe F w u r e i r o
(no que t o c a aspseia-- s6culo
n).O que p6e em d s s h w - q h i p d t e s e
da infIu8ncia do ~iaa-w'tb -s-
laçção da terra gus c--+& ee fi
~ r por
a enquanto no c- Iwm@~ate
hipot6tic0, xeque~sndo
c i e n t f f i c a (31)

I'
* .: - m
1O III
C - 'IiOTAZ DE SI- YOR MESkS
A do-ci. do ;~- - *C
s~
. s u r g e com w c s r i d d 4 v a l naas, &c=-
mentos s n a r m ~ t i ~ abs l a t & ~ i q , ~ ~ ~ u lséc.
a- xvI
séc. X v l I
-
-
nas. A t r a o b s dos -sei08 -8 eonh.
c i ~ n t oda sua e x 5 n t h c i s e - a m- séc. XVffI ...e.

t e r i a i s , bem como, da explicag&o te-


merãria que o h o m m de então encontrg I -
séc.
séc.
-
XIX
-.-.-.-
i.++++

1
va para tais fen6meaos, que durante TOTAL,
muito tempo &o pertenciam ao domínio
do intelegsvel.
Da G a s p a r Fructuono a V i t o r i n o Ne-
m6slo 4 palpitante a vivencia e do- t6teies e Mestre f l e i r o Vanhegas .
minâncin dos aisamos no modo de ser
açoriano, Quer Fructuoso, quer Nem& (33)
N o s e s t u d o s que f e z na Univer -
,si0 vivem-nos como homens s poetas. sidade de Salamanca, onde se ba-
E n q w t o F r u c b s o procura nas "Sau- charelou em Axtes e T e o l o g i a , e
dades da Tema" dar-nos a saudade a- mais tarde atingiu o grau de dou -
marga e cruel doa siamos que ate h t o r , b e m como a sua curta perma-
altura em que e a c r s m a o b n teve n6ncia no C o l d g i o dos Jesuítas ejl
membria ou viveu, N d s i o ~ n c o P d acom Bragança, t e v e oportunidade d e e
certa vivacidade os mwmentos a i s pal
piteuites duma das crises eii-icas
-
da
trar em contacto com o pensament ,
antigo e a revoluçgo c i e n t í f i c a
Vila da P r a i a da ~ i t b r i aque prassn- do sdculo XKiI.
c i o u quando crianya em 0 conto Da constatação empírica d o fe
f
f f H i s e r i c & r d i a n .(32 ndmeno, Isl.uctuoso parte para unia
O relato de Eructuoso torna-se explicaçQo do mesmo procurando s fi
importante, não s 6 pelo pormeno- tetizar 0 sentimento religioso c rn
risado da narrativa h i s t d r i c r e a explicação p a e .
retrato vfw, da angústia ances trsrl Na Antiguidade o homem p o s t o
das populações, como tambdrn pela perante OS d r i o s fenbmenos da
tentativa de explicação que ten- natureza que para ele se apresen-
ta esboçar para o fenãmeno de mo , tavam superiores e fora das suas
do que em tal seja salvaguardada capacidades humanas, procurava
a sua condição de padre. Assim a uma explicação no domfnio m i t o l b -
explicação que dã o s c i l a entre a gico.
dimensão religiosa dum castigo Os terramotos para os antigos
divino a uma vida desregrada dos eram explicados como o resultado
fidis e a ciincia antiga, base% do m o v i m e n t o de grandes animais
do-se neste dltinio caso e m Aris- m i t o l 6 g i c o a que habitavam as pro-
16
da Terra, ou um m a o dos b a b a d a de5 Fiou para c iiaa toda a
tema, e arvaredo que sobre 8s em
sados ou ainda, a demmnst-.
da d i v e um
39
mate tinha.. .
Ou maetsas de ar mubtsrrbers
&face
i c o d u t m dos H o a n ~ s .
as, no - t a n t o os f i 3 Q e commiaidas p r o c u r t ~ d oresfolsgart
e s t a tu-to de V i l l a Fmm-
iesçãa de A r i n t b t e b s su- ca não f o i causado por fogo, senão
ta a s b s ' , uaia ves ~ 1 ~ prscura
i b por ar mtc8rrado M S eoncavidad~s
c o m m ç i i o de acordo com as da te=a, que buscando respiraçlo
por onde rmafolegar, l i d a d o e pro
curando br porta s e m o abrir, por

ferindo a acção das esplri- dio a


ser ~ N I a i u i t a quantidade, sncu-
da terra do monte,. .. R

-
ntos e dsflagnçãe que , 48011 eiaipsziw de ar, incapaz para
se contw mo espa9~;subterrâneo:
"Bem -r 88 te tremor causa-
do, por m r f a r alguma agoa,
ds t e m - t o s , ui qus-- - ou h - nug mvidrdes , e opacids
tremor, -do Se fi a d68 da -i com z#zwporçEo de
para os l a b s coa gmmde e~ culpa, em t a n t o s de ar, 8 h ã o
o ou v s n t o , que a s t ú debitixo cabendo as -8- logar, fazer t e
rner a terra, e dar grandes golpss
para os lados, buscando parte pa-
Zea porque poucas vezes se ra sahir, e sem o fazer sacudio a
mito eapiri t o , ou vento, terra dos iados d e s t a ilha nos C
gares que tenho contado."
5" explicação de Mestre Aieixo
Vanhegas:
nA causa doa ventos e do tremor de
-da debaixa dm segunda cos- terra declara maravilhosamente o
te- para quer a faça arre- Mestre Aisixo Varnhegae no seu li-
vro natural aos trinta e dois ca-
,
pf t u l o s dizsndo que a -eira de
mim1 resfolega e -ta a terra,
em Y i h Rmnca do Campo, da conta quer dimr qU4 08 e~p<rit~ s
que
Pariorla dos t r m - r e ~ õmnti- e s t a v a m encerradoa nas concuvidrr-
? l u s a Ilha de S. 3f.i-1 se dswm des da terra, c- n ã o poder- c
ao ?-
d
o tipo dado por Axistdte- tar em pequeno logar, busear&m sa&
ida c o m o busca o arroto que não
cabe no corpo do animal. &sim o s
ventos a%o unis arrotos que faz a
eia clo dealocamunto e c o m a s ã o terra.. .
Algumas vezes e s t e a r m t o que faz
a terra, e s t a tão encerrado M S
cavernas da mesma terra, que &o
pode sahir facilmente: e como a
quentura do a s 1 penetra a l g u m c a r
sa do corpo da t u r r a , rssolwa as
humidadts das concavidades, e como
não cabem juntas com u exalações
em um l o g a r , não s r h e remissamente
e s h w t sobre V i l l a Fran- como os ordinarios s s p f r i h s , ou
ta da Garça e o das refolegos, de que se fazem os ven-
t o s ; mas com dmmasiado a p r s s s u q
originado pela e m - m e n t o n ã o se dão espaço n e m vsgar
e querem sahir a tropel, da manei-
atar de %erra, ra que auhe o e s p l r i t o do corpo do
f o i causado homem; de -eira que podemos di-
zer que o s ventos s ã o uns o r d i d -
r i o s arrotos e o tremor o espírir
to qye f m a n. (...) Deata
mesma -mira diremus que espirra
a terra o damaiade, q u ~ o odor
do sol gerou rn ssmu cancavidadsã$
1 m f m coma o h -
, da um, do$$, mlserlcardioso se s e m i a para c a g
trea e q u a t r o e mais * m i n o r e s gueui ti- 0 e a h d o de desregrmento
do -pima;e, mas he de no* q~e- do5 seus f i e i $ e a l e r s - 1 0 s para
me és tes espirros não s d e m dire- o u t r o s castigos maiores que podi-
c-Z~W PWEt a face da t e m se- am advfr com o Juizo Final. Sodo-
ISOpara os lados (m~guemuitas ma e GUmorra l& estavam b e m p a t q
w x t h m de conearidada em con- t e s para o c r i s t ã o menos avisado,
c a l d e d e oa mapares -aros das menos m i l g n a ~ i mta. (34)
- memrès em as maiores) m t & o se 'Ibdaria, essa constante ameaça
d i z ~ o p ~ i a m e n ttm8iBae de terra, (adiada) do f i m do mundo que paira
QW se não acharem e o ~ ~ ü d e e i na m e n t e m i l e n e t ~ i s t apode-se to*
aos lados para se estenderam, e nar num d e s e j o quando +esmo e s t A
rkFgareSI sen&o dir~c*nt#, aah- v e preparado.
~ O D e u s não 6 M o
i* a face da t e m o aia#* ..h1 ss- vingativo como parece. A sua miss
pfrro se d i z terr-*r '& dbluggo, ri~drdia6 um ponto importante a

,
.
ou e-0,
ça t ã o alia, que se
parte, e por -de
c-

mente vae pelo ax a vss- .ato& o-


lhos e Be passa a OU-% -
que a m e s e al-

em-s
dRL u8pet
*Cave&

onde
ter em conta, deste m o d o deu ao
Homem a possibilidade de antever
o seu castigo por meio de s i n a i s :
"Mas todavia como, q u e m estende um
pouco a praso a imensa mfsericdg
f c o n t o c ~ - - f a a ~ ~ ~ s e ~ t ed iaa ede~ D~e o- s ordenou, que aos ter*
eu w A d e n ã o os haviaj'ae-
-se umw fontes e abrir++
tras; M i r e a s s e , m a 9 *brS
ou- motos precedesse s5gnaes que são-
se o m a r se levanta sem vento, se
resi-ae as rocha8 de pedra em, as aves andam atordoadas por terrq
e mudaram seus camhhos OS *Soa; se a agua dos sabe m,e final-
e encolher-ae por uma pdrte 6 niar m e n t e preceda um estrondo e t o m
e alargar-se por outra; e o u t r a s do ar, eoato no segundo terremo to
cousas semelhantes a e s t a s . " que coa-5, se e u d o d'antes um
- 6 0 O terremoto como resultado sartmmh pelo mar, como aves gus
vão wanãa, e batendo ssaa; e no8
I d r a condições atmoaf6ricas e -2
gráficas t h o m e n s p r e e d e vagado de cabega e
"Oa tremores e terremotos soem debelitrição doe membros; para se
acontecer quasi ordinarirunente quer c o a B S ~ S8igxm43s se p r e v e J q
nas costas do mar, e nas ilhas, e lhe8 pese dum mal passado, e e-
mendem o pomr." (22)
pela abundancia do humor que o c= O D e u s do s6c .XVi era todo mi-
lor do ao1 soe resolver em vapor.
Nas partes seccas que e s t ã o longe sericordioso, e como tal dava ao
homem a possibilidade de antever
do mar, poucas vezes acontece tr= OS t e m e m o t o s .
m e r a terra; m a s se precedessem
a 3 ou 4 m o s de s e c c a , qsre se Sê-10-4 no sdc.XX?
quebrasse e se fendesse a terra, E o avanço tecnoldgico para
e woz elles succedessem oukros serve?
tantos de agua, e apos elles se Mant6m-se actuaats as palawaa
muccedeesem grandes calmas, logo de ~ c t u o s o : " E s t e s perigos, como
, i% .seguiriam tremores e t e r r e m o - os raios, os ventos e o s t r o d e s ,
wt3 " nos dando bredoa que velemos me
Saliente-se que, quer buctuo- não e a b ~ a o dita n e m a hora, em
so quer A r i s t b t e l e s , distinguem que os mo-de chamar. A i n d a com
oa aismos de o r i g e m vulcânica dos e s t e s p e r i g o s e outros muitos, que
de o r i g e m t e c t d n i c n , no entanto cercem ao horaeml não falta quem se
os seus conhecimento^ empiricos d e i t e a dorsiir muito descuiãadol
a o eram suIecientbs para os dis- como fiaeram ou de Ytllo -anca
%*ir como dois fenbmenos dife- esquelia noite do 4axtmor, qw fi-
=tcts na s u a origem e evoluç&o. ra 80-0 houvera perigu na vida,
B j b em dia msrcé dois avanços da s morreram todos os homans morte
aBmoXogia e da walcrinologia era n e m , pmwmehente se pDaB cU&
/*&O com os conhecimentos geo- dar* que mamam a h o s com amor
1 8 e c o a apmeen-se como campos m e r c m i o , e &o f o m m bonei ds
inbpandentes da ciQncia. vontade ae1 os signestli anteceden-
&a o terramoto para m c f u o s o t e ~ ,e p ~ e p a ~ a ç & e a ,que as mortes
&o era só um sfarplna fenbmeno i- neilmraes soem preceder?" ( 3 5 )
m o h i o '- natureza.. Era acima de Conixpondo & ciancia e aos co-
f@o na meio- de que a. Deus todo :, nhecimentos do s6c,XVI, temas nor
1 te-s qtrs decorrem os avanças d q
I
,
17

A&-à 0 vufc9nologia, que nos de S.Jorge ( E . / S E . ) , outra que a-


umaf e ~ l i c a ç ã osatisfatbria brange o Faia1 e P i c o (E./sE.),
ernbmeno. N e s t e campo, eapeci- e outras mais reduzidas que p a r t e m
das Sete C i d s d e s . (40)
3C-A ~ f G I O S I I 3 ~&EOmmA
FACE AOS SISMOS

gado às deduçaes fantasioaas e O s sismos e os vulcões s u r g e m


tenha por verdadeiras. como u m a constante da paisagem e
"A sismologia 8 o ramo da geo- histbria açorianas, d e modo que
ca que eetuda os movimenfna deixmm traços indeldveis no mo-
cos naturais da crosta tem- do de ser, materializado atravks
c o m o o b j e c t i v o final de in- da suai. prof'unda r e l i p i o s i d a d e .
a t i g a r a estrutura do g ~ o b ~ w ( 3 ? ) A ~ e l f g i Q ad e s d e os prim6rdios
ta constituiu-se como cf&nc~ia da coloniÈap&o do arquipélago e-
S ~ C .XIX, dando os seaia mio- xercau e cbfttinua a exercer l i m a
a avanços na primeira muta€%& do influgncis r m i i to f o r t e no modo de
SSo s6culo. ser e pensar açoriano, d e tal mo-
Em Portugal e s t a surgiu desde do que "a H i s t b r i a dos Açores não
ito cedo matarializa&a nos di- pode fazer-se s e m a presença des-
s o s siambgrafoa que se insta- s e elemento que t e m constituído
am pelo pais fora. Sendo de de a sua maior contribuição
-aja.
--
A vida social da a r q u i p d -
a I-
l a g o apoia-se quase inteiramente
nela, porque veio dela, nasceu
com e l a e se desenvolveu alicerçs
da nela." (41)
licada surge A r e l i g i ã o de u m modo geral as
do terremoto de tua como modo d e vida, concepção
o, uma vez que do mundo e ci8ncia a x p l i c a d o r a de
a partir de então se t o d o s 03 fenómenos da natureza,
a aplicar o mdtodo do calou10 enraizando assim toda uma m e n t a -
estruturas na c o n s k ç & a w b g lidade. D e s t e modo a interpreta-
ção clerical dos fenómenos vio-
A origem dos sisms pmwbw8s l e n t o s da natureza é dominante
a f r a c m p a o da crash e nan " 0 5 Açores, tendo uma acção funda-
en-wntodas m e n * a l W r e a c ~ ~ o d a ~ o p u l a çaos ão
õas, e ~ l o s 6 e s , s i s m o s e vulcões.
g ~ ã ç ã ode cargas explosivas, É eon.trastante a ideia pacífi-
s atbmicas, temporais oceâ- c a e enamorada d e Deus e m períodos
s , desmoronamentos sub terra- de acalmia e a noçao d e um Deus
implac&vel s v i o l e n t o e m momentos
a t e modo os sismos, conforme calamitosos, e m que apenas resta
origem, podem divididos a intercessão da V i r g e m Maria e
l c h i c o s e tectdnicos. ( 3 9 ) santos padroeiros na aplacação da
maior parte dos sismos que ira divina.
nos Açores s ã o A sfiplica, a promessa, a ora-
a e devem-se a çgo, os sacrificios, fazem parte
os, aí exieten- do ritual r e l i g i o s o , por vezes e-
revelados por fracturas qm xacerbado, face a um acontsciman-
to marcante e pavoroso que pãe e m
causa a identidade e vivancia hu-
m a n a s (como as tempestades, s i s -
8 o dorso ( ~ i d g e ) ,que vai m o s , vulcões, pestes , secas , e t c )
Como t a l , o homem sente-se insegu-
.
ro de s i prdprio, mas seeuso na
providencia divina.
submarinas A religiosidade açoriana B no
. Ligando-se a e a t a frag entanto m i t o pertinente, uma vez
que m a n t e m certas msuiifes t a ç õ e s
s o u e a s da iiisnores di-
-me eicomm a i l ~ cultuais tradicionais autõnoms e n
; r a i a Ç & o à hierarquia r e l i g i o s a , que g u e l . A his t 6 r l a d o ' e c c e homo"
nos surgem como u m a carac t e r í s ti- cnie se venerava n o Converito da E2
c a da mesma. Destacamdo-se neste perança das freiras Clarissas em
caso o culto ao E s p 5 r i t o Santo e P o n t a Delgada, é-nos dada por Frei
as s k l i c a s públicas (42). Agos t i n h o de Montalverrie ( 4 9 ) li- ,
O culta do E s p í r i t o S a n t o l i g a - gando-a a0 sisrno d e - 1 5 2 2 em Vila
-se de modo especial aos grandes Franca.
,
flagelos ( f o m e s , pes t e a e r u p ~ õ e s "0 micaelenss encontra na de-
voção à irnpgem do S m t o E s p í r i t o
vulcânicas, terramo t o e ) que afli-
gem o t e r r i t 6 r i o insaiatao, de tal a s f n t e s e espaeifica e a culrninâ;
modo que "não h& nokscka da abalo c i a r n A x i m a d a sua r e l i g i ã o f e i t a
sisrnico violento ou 9 . , m p g Q o vul d e sofrimento e Ogressgo, t e m o r
cgnica que n ã , ~ vaaba +cempmada- e pouca esperança d e ultrapassar
da menção de prhhes t.,!+ h t o s s a sua condiggo humano-socia11'(50).
promessas coleatifae .@a $e fize- A v i v e n c i a d a s f e s t a s d o Santo E?
ram, muitas das ~ i 3 ' ' ~ ~ d w em a r n p í r i t o a t i n g e o seu m á x i m o em S .
nossos d i a s " 143). $ a6 mesmo M i g u e l , uma d a s ilhas mais a t i n -
tempo r n i l a g ~ o s be vin&&+ [%ara g i d a s pelos s i a m o s e vulcões. N o
os não cumpridorea B s @ > p ws ~ ~ e n t a n t o , a sua devoçãro espalhon-
promessas) (44). -se por todo o arquipdlago,sen-
Trazido na segunda d o o recurso das populações ,nas
s8culo XV para o s A g q e a sSplicas angustiantes, Socorren-
tugueaes, o c u l t o do Eapfrika $&pz do-se a e l e as populações da Ilha
to, t e v e o seu maios incrementq a Terceira, na crise s í s m i c a de
partir d o terramoto de 1522 'em Vi- 1941, onde se f e z u m a procissão
la Franca 145 ) , n o dia 15 de J ~ emO Angra c o m a
Em 1672 a câmara da E a r t ã , fa- i m a g e m do Senhor S a n t o C r i s t o da
ce a wna erupção vulcânica, temen- Misericdrdia. O mesmo se f a z i a no
do e f e i t o s catastróficos, decidiu- P i c o e em S . Jorge (51).
-se por u m a promessa ao E s p í r i t o U m d o s aspectos m a i s caracte-
Santo. Mandando celebrar t o d o s os r í s t i c o ~da religiosidade açoria-
na de índole popular em face dos
a n o s missa e f e s t a ao E s p f r i t o Sar_
to. Sendo mais tarde seundada pe-
- s i s m o s e vulcões,& sem dilvida as
la C â m a r a do P i c o (1718),(46). romarias quaresmais e procissões
A persistência da mesma f e s t a d e rogações. As primeiras tiveram
nas aldeias açorianas deve-se h o r i g e m no terramoto de 152.2, que
persistência dos fenómenos vulcâ- destruiu V i l a Franca e mantive-
n i c o s e sfsrnicos na r e g i ã o . Assim, ram-se na prAtica quotidiana da
não há mernãria de erupçgo o u si$- populaç&o de t o d a a ilha, alar-
mo v i l l e n t o em que este não fosse gando-se à s o u t r a s . Segundo muc-
invocado a em que n ã o se lhe pres- t u o s o , a sua prática deve-se 8 as
tasse c u l t o s6pecial* Quando re- qão d o frade dominicano espanhol
bentava o foga e a lava escorria Frei Alonso de Toledo que na altLi-
da cratera d o vulcão, I--m as ra exortou a população l o c a l a
coroas do E s p f r i t o Santo ao local construir uma e r m i d a h Senhora do
e aí faziam votosn.(47) %l acon- ~ o s á r i o ."Fera .t;~lrnbdmo d i t o prega-
t e c e u em 1761 com a eru ção na s d o r u m v o t o a t o d o s de irem a es-
?
Serra de Santa B4rbara ~ e r c e i r a )
em que s e c o l o c o u a coroa do E ~ p f -
, ta casa do Rosário e m procissão
t o d a as quartas-feiras, e dizerem
u m a missa que ao seu t i p o dtzem,
r i t o Santo do Outeiro num estra-
do d e madeira no sop6 da r n o n t h , e d e que h8 confraria e m mem8ria
evitando ( 1 ) assim a destrui930 daquela queirta-feira, triste d i a ,
d e algumas povoações. O mesmo su- indo ali procissões d e n o i t e o11
cedeu em casos semelhantes, no d e madrugada, o que se cumpriu
Faial, P i c o e S . Jorge.NesVa Ú1- sempre; m a s de poucos anos a e s -
tima, face à, erupçso de 1808,em ta p a r t e , por algumas j u s t a s e ho
que a coroa do império da V i l a nestas razões, já cessararn,fazen=
d a s Velas evitou ( ? ) maiores da- d o - a s cada ano de dia em toda a
nos (48). ilha1'(52).
Outra particularidade da reli- C o m o nota Fructuoso, o p e r í o d o
giosidade açoriaria 6 sem d f i v i d a a que decorre entre 1522 e 1586 f o i
devoção e festas do Senhor Santo m u i t o c a t a s t r ó f i c o e eivado d e e-
Cristo, particularmente em S. Mi- TuPçGes e crwmres d e ter+.?,ries-
lementos caracteris ticos o r i g i -
ga com mnrfes t a ç õ e s nados por um diferente evoluir
e de psni tancta i- d o processo h i s t ó r i c o l o c a l . A i
ter6 um 1-s de destaque a
constante s i s m o l ó g i c a .
O m a r more-se, a terra treme
-- onde encontrar a s s tabilida-
* fa - f w ~ ~ ç a o @@
de? ..
Na r e l i g i ã o , na s i s m l o g i a a-
n=a prece ama1 caltsctiw q
se -teve at6 iactualiWa.
dicada?. ..
,
eiasbs bo je os rsrneiroa $ m n -
4 - ' w 8 WRÇA DA TERRA
A FQRCA DA" GENTE "

Ser6 a actividade sismica


uma f e a ~ i & a d d
ee2 vida açoriana?
Esat;ec e butrãs q u e s t õ e s que
podem surgir, dada a importância
que assumem, não podem ser me-
nosprezadas.
Pondo de parte toda a explicg
ç ã o a c i e n t 3 f i c a do fenbmeno, o
seu v i s i o m r i s m o n5lennris ta,
tentaremos darnons trar que os si-
mos não s ã o uma fatalidade do
quotidiano açoriano. S&-10-ão se
as autoridades não t o m a r e m medi-
abala ~ f s r n l c o no das capazes dentro duma p o l í t i c a
s ismoldgica atrav4s duma preven-
m e a t g nos m i m i s u m im- ç ã o das crises sismicas e da cons
trução =ti-sfsmica.
O homem é incapaz de reter ou
par cobro aos s i s m o s , mas t e m a
possibilidade de minorar os seus
e f e i t o s por m e i o duma construção
anti-sismica e uma possibilida-
de de os prever. N e s t e aspecto
merecem das taque o s e s t u d o s d e
alguns eslxidiosos açorianús,que
mercê de raz8es d e v&ria ordem
nunca tiveram uma aplicação pra-
tica.
E m ç ã o da sismologia apli-
ilus&o e sentimo cada o e s t u d o do solo para' uma
nte af~emrsaeedos consequsnte d e l i m i t a ç ã o das A-
reas sfsmicas, onde s e torne ne
cessãria uma prsvenção.Ao mesma
Y sxc2ta a w s s a atsngs&+-
tempo e s s e trabalho passa'por 3
m o a eobretudo do cmo w~de m a cons cienc ialt zaçgo das popu-
lações das Areas abrangidas ,pon-
do-as perante o perigo que c o r -
r e m e as possibilidades que a e 2
enharia dispõe para as minorar
T 5 6 ) PD ~ Scomo afirma Cappellet-
ti," o a engenheiros, construto-
res e arquitec$os , desde que o
d s t i r e ea queiram, tarn poder para eliminar
os terramotos da l i s t a das cala-
midades humanas " ( 5 7 ) .
O Regulamento G e r a l d s E d i +
?
Picaçõea Urbanas no artigo 134
diz: "Nas aonas sujeitas a sismos
- Graciosa (espacialmente
Luz e Praia, isto 6, a zo-
vtolentos deverão ser fixadas c 0 2 na em v o l t a da caldeira) e
d i ç 0 e s restritivas especiais para
,
as edificações a j u s tadas h d x i - c ) z o m s u j e i t a a abalos de
ma violência provgvel dos. aI&Ms o r i g e m f o r a da ilha mas que atin-
e incidtndo especialmente s ~ b - g e m certa vtolência dentro da i-
a altura d x i m a perrni tida lha :
as edificações, a estru
tes e a combituiçSo Ws - Santa Maria ( e m toda a
mentos, as sobraca i l ~ )
que s e devem consl
res d o s coeficient jsitas a paroxis-
que s e d e v e m c o m i s da a c t i v i d a d e
' lores dos c o e f i c f e q 2 2 , B ~ &gU-- õas ainda activos
rança, e a cont%nu%d78~'e kh8-
geneidade dos tsm&moa da -da-
ção" ( 5 8 ) .
- t o d a ã ilha de S . M i g u e l
(especialmente a Area das
At& quando esperaremos pela S e te Cidades ,o arredores)
sua aplicação generalizada? c o m excepção da parte o r i -
No campo da d e l i m i t a ç % o das ental referida na alfnea a)
zonas sismicas d o s Açores, sSo
importantes o s estudos de J O S ~
- a p a r t e ocidental da Ter-
Agostinho, em geral, e em p a r t i - ceira, em v o l t a d o vulcão
de Santa ~ d r b a r a ;
cular para a I l h a Terceira ( 5 9 ) ,
de F. Machado para o Faial e Pi- - a parte o c i d e n t a l de S.
co (60)' e de A. Mendoça Dias pa- J o r g e , especialmente a re-
gião das V q l a s e Urzelina;
r a S . Miguei (61).
P e l a import8ncia que assume, - Toda a grea d a ilha do
transcrevemos aqui as conclusões P i c o excepto a zona orien-
tal (~iedade);
de Josb Agostinho quanto às zonas
,
sfsrnicas esperando que o GAR n ã o - a parte o c i d e n t a l do
as ponha de parte no plano de re- Faial (Cape10 e Praia do
cons tmção que ora esboçou. Norte a t 6 a o s cedros).
Zonas de risco sísmico noe A-
çores por o r e e m decrescente : e ) ilhas onde n ã o parece ne-
"a) zonas s u j e i t a s a afsrnms cessário adoptar medidas a n t i - s í ~
de origem tect6nica de grande in- rnicas :
tensidade (grande em relapão ao - Flores e Corvo." (62)
que s e passa nos k o y e s , diminu-
ta ou moderada p e l o menos em re- Quanto à previsibilidads dos
lação aos grandes sismos mundi- sismos pouco temos a referenciar,
ais) : uma v e z que o s avanços, a t 6 ao
-parte oriental da Tercei- momento , nesse campo s ã o ainda
ra (região da Praia-Lajes- precdrios. No e n t a n t o , s a l i e n t a -
Vila ~ o v a ) :
m o s o estudo d e F. Machad0,Algt.m~
- m e t a d e orlental da ilha
de S . Jorge (zona da Ca- AspecCos sobre Sismicidade Jios
Açores , e a sua conclusão :t'Pre-
lheta) ;
- parte o r i e n t a l da ilha ver sismos e m determinados anos,
ou mesmo em de terminados meses, &
do Faial (cidade da Horta
com e f e i t o equivalente a prever
e povoações dos arredores
bom tempo no vergo e m a u tempo no
até k Ribeirinha e s a l ã o ) ;
invernon ( 6 3 ) .

b} zonas sujeitas a abalos P .S. : &uma pr6xima o p o ~ , tad de


sf smicos v i o l e n t o s mas de &rim teremos ocasião de tratar a relação
redhzida em cada easo,devidos poz dos sismos com a degradação do pa-
ventura a a jus tamentos na estru- trimdnio artis tico-cultural aço-
tura d.os ~ i l c S i e sem decadência: riano. A í teremos oportunidade de
- parte central da Tercei- v e r i f i c a r que neni a 6 aos sismos
se deve essa degradação, nem um
ra, incluindo a cidade de
s i s m o das proporções d e s t e (1980)
Anca ; 6 capaz de destruir w 5 sdculos de
his t6rian
..-. --
c&
& ~ t i ~ ~)r@ b ~

a& há- FF*. ma a a£ irma$ao d e JW$ I m b : "Santa Maria


t ~ fiam k & &O sofrer abalos h t a
& a b que bis d k em
ate E ~ h ademcmstmel6 que os mais v i o l s ~ q
1, s h taW& &lisentidos som intensiW*," [op. cit., p.89)

-
~ándidoAbranches, Album Micaelense, Ponta Delgada,1869.
de fundamento a posiçao de Jose Bemno Saraiva ao pretender
il s e deve a uma erupção que a í se deu
b e n t o da 1lha Terceira, pois ,segundo F. ~ o s éCosta,&
e-se simplesmente ao facto de o d i t o sz-
veira que fizera fortuna no Brasil pare c%
que já em 1507 a carta de Valentim Perai-
L *
" .
(5) Idem, ibidem, p . 91.
-
( 6 ) NO 6 , Vol. 1, pp.360-367

(7) Livro IV, cap. 8 4 , nQ 6 , vol. I, p p . 458-465; cap. 87 e 8 9 , -


n? 6 , vol. 11,
pp. 85-93 e 172-185-
( 8 ) Gaspar Fructuoso, i b i d m Up, 8 9 , no 6 , vol. 11, p.86

(9) Gaspar Fructuoso, i b i w , c*,, 34, -


n9 6 , v o l . 11, pp. 188-190; e ainda o
jornal "Jorgenee", nQ 2P, de Agosto de 1872, h ibidem, pp. 190-192
;-*an.e- :
-*,*-,.- .. T -
:&
41
. .!i> -c4

1 -
(11) NQ 6 , ~ 0 1 , -..,x
i,-

6 - 4 3 4 ; Vide carta pp.'-%0-351 e seu d e f e -

( 1 4 ) N? ld, Irp. 362-365; e 1lídia Sardeira, "O vulcão dos ~apelinhos" in Anto-
logia da Terra Portuguesa -
Açores, Lisboa, 1964, pp. 214-219

( 1 6 ) NQ 6 , pp.277-283 e 381-386

(17) -
NO 6 , v o l . 11, p . 2 7 9

(18) -
N? 6 , vol. 11, pp. 280-282

(19) Ibidem, pp. 381-386

(20) -
NO 6, vol. V, pp.462-480
(21) -
NO 6 , vol. V, pp.462-463

(22) ibidem, pp. 415-476

(23) ibidem, pp. 465-468


(24) ibidem, pp. 469-474

(25) Vide alvarã da criação da comissão in ibidem, pp. 477-478

(26) ibidem, p.474


(27) ~ d i ç ã ode 1932, pp. 322-339
(28) vide os volumes I a XII

(31) Vide neste caso o estuda de F. Machaao, N? 12

-
(32) O Paço -
do Milhafre, Coimbra, 1 9 2 4 , pp. 151-166

(33) Saudade6 --
da Terra, l i v . IV , pubLicado in N9 6 , v o l . I, pp. 34a-352

( 3 4 ) O Milenarismo é uma s e i t a religiosa que surge com grande evidência no se-


culo X na cristandade ocidental, anunciando o fim do mundo para o ano mil.
Veicula uma visão aterrorizadora do fim do mundo .
-, vql. f , p p . 348-352

ificos m guestso podem ser

rãfica" in Boletim da Ordem i&s Enge


1--

W t a ç % s de ~ 0 % Afonso m
ii NB 15, pp. 91-102

"~icinielagia em Portugal" i n Peletia da Ordem das Engenheiros ,Wk 22, M ~ G -


--*c*iYP

r i a WP 113, Lisboa 1955


P. W h d ~ MQ -
, 10, p~i21-ZCt

J O Agostinho,
~ -
N8 2 pag .I I
-. .r=: h.-.-.

arrei-ra da Ca8ta,"ReEigiusi&+de do Povo ~ ~ o r i mBqL' F ~ Wdb~ S seu folclore"


--
in L i v r e i da I Semana de h t u d o s A~orianos, P m t & Belgada, 1964,p. 75
(es- opiniars, embora m i t o duvidosa, quando bm &alisada espelha o
que pretendemos afirmar.)
Vide Anotasoes de ~ o á oAfonso, no 15, pp; 102-103; e em especial o estudo
, -&e Garxeiro d a Costa "AB Festas do Espirito Santo nQs ~ ç o r e s " in Insula-
" na, m1. XIII, 1957, pp. 5-54,
Ée2&kieir~,H? 15, p , 28
o de Monte Alverne nas
dos &?res, Ponta Delgada,

Santo na Ilha
--
da. Ilha Tercei-

e a FaiaT vide Marcelk l&a, --


Anais do ~unicí-
1940, pp. 487-505, (sobpa as Festas do ~ s p i r i t o
rt os sisms) ; para o Pica, vide Gabriel AI-

psetmdemos mahter a f i d e l i -
algum pretendemos defender a

d e JO& Afhso B i b l ~ ~ ia
g ~ ~ f

--
d a Terra,ÇLivr~ I V ) Ponta Delgada, 1926, p,k29, c i t , por Ernesto
S , ~g&'<n Insulas,

h 3- Akmeo, * 15, pp, 103-104


( 5 8 ) Ibidem, p . 3 ; F. Hachado, N9 XO, f&, referência ao Reguferãiento d e Segu-
rança das ~ o n s t r u ç k sCGQS --
sismos in ~ i á r i odo Gwerno, 1958,de-
creto nQ 41.658 t o Regulam~ntode Solicitaçao em Edificios e Pontes,
-
lár rio do Governo,de 19.1. ., 4k.creta NQ ,44.041.
b d d * ~1 - %&-aóslbs sísmicos na ilha Terceira em Dezembro de
1950 ã
NP 22, ~ & r i a r19 115, Lisboa, 1955
---
J a i r 0 de 1951" in ~ o i e t i r nda Ordem dos Engenhei-

-
NO 2 - "blatzsr d a sismicidade do% 4 o r e se história sísmica
do arqui@lajgo com vista prinçigalmenite à delimitação das zo
rraa onde heaa "de aconselhar migiF&&iprecauções ant i-si smicas"
in Ir~letia,&a Ukdem dos ~ngenh@%@s, H9 21, ~ernóriano 118,
L~S-T - -
* N8 3 - "hS l ~ L u g i a .
,-&na,
Breves ~ u ~ &
Angra do-X&&&?!&@:'
nb
w - , . ~ & ~ B B iniciadostt
1964,
a NQ 4 -
- " ~ e c t & i @ a sismiçidade,
, ~ 1 & ~ a t 0 das ilhas dos A-
cores" in Acoreana. Anera do Heroísmb. 1935

~ e & ira chronologica dos tremores mais


, ir-
rypsoes d e f a e o . acontecidos nas ilhas
Lisboa,

r -
NÇ -- d-
:chivo os Açores, 12 vols., Ponta D e l g ,1872-19;

io: i - Dicion.;rio
-~ r o n o l Ó g i c o-
dos Açores,ed. autor ,C;
bridge , Massachusets, 1932

bY
:
de Mendonça: e NQ 8 -- ressando
"Modelo h i p o t é t i c o do mecanismo sIsmico inte-
a ilha d e ' s . Migirel" in Boletim da
Ordem dos
-- Engenbeirw, M9 22, ~ e m 8 r i anQ 116,
Lisboa, 1955
-
nha, NQ 9 -
J.S.: - " ~ c ç ã odos sismos sobre as construGÕes1'in ~ o l e t i mda
s --
Ordem dos Engenheiros, NO 22, Memória n? 112, ~ i s b o ã
1955
- -

rico: L
-0 - --
Cur so de Sismologiá, Lisboa, 1970

N9 11 - Elementos -
de Vulcanologia, Lisboa, 1965
a NQ 12 -"~requência dos sismos sentidos nas i l h a s do F a i d
e do Pico" in Açoreana, vol. IV, n9 3 , Angra do
~eroísmo, 1948, pp . 236-245
NQ 13 - "Alguns aspectos da sismicidade d o s Açorestt in
Boletim ---
da Ordem dos Engenheiros,vol. IV, 11020,
Memoria n? 107, Lisboa, 1955

de: -4 - iar ror ia


havido no mundo.
--__C
.. --
U p i v e ~ s a ldos Terr
Lisboa,
a

Subsxdios para um Ensaia sobre


-
&e, Angra do ~ e z $ s m , 1 9 r

- -
A gente doe Asores, Lisboa 197

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