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PARA O ESTUDO
,
DAS CRISES 5ISMICAS NOS AÇORES A. VIEIRA
I
segundas por seu turno, dao con- ~ õ e sse1-w~. ( 4 ) . certamentec'
'
ta duma estrutura g e o l b g i c a a n t i o a*aso da ocu~3açSode territó-
donde a f m c a poss5bilidade r i o qise 6 se verificou em rneadoa
de qualquer fen6wno vulcânico. do ~6cul0XV, deve estar mlacio
~Wavendoinclusiva ilhas de que nado com eake f a c t o .
nBo se t e m n o t i c i a de qualquer Mas o ~ C % dO o 8 s 6 lava e
fendmeno desde a sua ocupação(s&c. e s s e eapact&culo infernal associa
XV) af6 ta&pos que decorrem do pelas populaçaes ao inferno;
--San* Maria, Graciosa, Flores, a ele se prendem crtses s d s m i c a s
e ~ o m ~ P o d e m ojuntar s -
a e s t a s a1
asmas de diferentes %&as
pralongadas que o anteceàam.De tal
modo que a populaqão em m o m e n t o s
d e crises sismicss prolongadas No encanto s 6 em 4 de Abril de
t e m e sempre um vulcão. 1675 houve autorização, indo en-
Josd Agostinho reportando-se t ã o cinquenta casais para o Grão
aos sismos de origem vulcânica -Par&, mais cinquenta em 1677. (12)
dd conta do seguinte:'Eles
tem-se geralmente alguns dias
sen-
1760/61 - Erupção na ilha Tercei-
antes da erupçgo, continuas e vio ra entre o P i c o Gordo e a Serra
l e n t o s . As vezes parece que o soTo de S a n t a Bgrbara: nPelo a n o de
e s ti em permanente trepidação. 1760 a Fuma (do E n x o f r e ) cessou
Mas a sua violência e s t 8 quase de fumar, e e s t a cessação f o i o
sempre localizada nas vizinhanças prelúdio da catástrofe.Começaram
grandes terramotos e m 22 de Nov.,
dar-se a erupqão.. ."
i m e d i a t a s do local onde v e m a
(5) e continuaram cUrn m u i t a frequên-
cia at& 14 de A b r i l de 1761,em
1562JSet . I 2 1 -
Erup ão na vila de que a terra t r e m e u m a l s que nunca;
S. Roque no P i c o ( 6 e assim continuou com pequenos i 2
1563 - Erupção no P i c odo t e m l o s at8 o d i a 17 do mesmo
mez, em que pela manhã arrebentou
Sapateiro na R i b e i r a G s d e ( S .
~ i g u e l )que s e prolongou pelos O fogo por de*&$ dos P i c o s Gordos,
meses de Julho s Agosto.F"ructuoso com estrondos subterrâneos s e m e -
deixou-nos u m relato espectacular lhantes a descarga de artilharia".
desse fendmeno dando conta dos 03)
gravas danos. (7) A partir de então outras erupções
1564/~ev./10 - Erupção no Pico das s e seguiram:S. ~iguel(1810), P i c o ,
Berlengas em S . M i g u e l ( 8 ) S . J o r g e , Terceira e Graciosa.
Ainda de fresca mem6ria B a e m -
1580/Hai./l -
Erupção na Fajã de pqão dos Capelinhos que provocou
Estevão da Silveira ( S . ,Jorge). uma crise s í s m i c a intensa, chegan -
-
Mantendo-se o vulcão a c t i v o duran do a aventar-se a possibilidade
te 4 meses.Conjuritamente c o m a d e evacuar a população da ilha.
crise sfsmica que o antecedeu pro Tendo causado danos e m edfficios.
vocou elevados prejuízos a ava- Sentiram-se, então, cerca de 600
liar pela perda de 4. 000 cabeças abalos que n ã o ultrapassaram o
de gado e 500 pipas de vinho. ( 9 ) grau 6 da escala de ~ercalli.(lk)
1630/~et./2(3) - Erupçgo no vale -
B Os sismos de origem tectó-
das Fumas em S . M i g u e l , antece- nica.
dida por uma crise sieaiica viole;
ta, c a w d o grandes b n o s nas O s sismos de origem vulcânica, WJ
povoações circurivizinhas ( ~ i b e i r a bora prolongados s ã o de e f e i t o s
G r a n d e , Povoação e Ponta ~ a s ~ a ) . reduzidos, sendo poucos os c a t a s -
Um documento existente na B i b l i o -
teca Pdblica de E v o r s dá conta
trbfieos.Maia perigosa s e apresen
ta a erupção das lavas e das cin-
-
d e s s e 8 pre juizos : " Morreram n * ~ zas. O vulcão f i i l m i r i a a população
te dilúvio 195 pessoas;avalia-se impingindo-lhe um terror i n f e r n a l
a perda em gado, terras, colmeias, pondo de parte o s abalos sísmicos
p a s t e l , t r i g o , c a z a s e vinhas, de intensidade reduzida.
que estavam f e i t a s em quinhentos O s sisrnos de o r i g e m tectnnica,
.
mil cruzados '' 110 ) e s s e s sim s ã o os causadores d e
i652/0ut./io(iz) - E-&~O do c a v e s pre j u $ z o s humanos e m a t e -
r 1 a i s . 0 ~mais temidos da popula-
P i c o Jogo Ramos em S. Miguel, c a l Ç ~ O , embora nso saiba d i s t i n g u i r
sando danos em Santa Cruz e na n o aspecto do conhecimento uns dos
Gila da Lagoa. (11) outros.
-
~672/~br./l2-24 Erupção no FaL Estimam-se e m cerca de o i t o
centenas os s i s m o s de origem te-
ãl, entre a P r a i a do Norte e do
Ifapelo. Foram elevados o s danos ct6nica que assolaram a regiao
m a a i a i s aí causados que cria- entre os d e fraca e grande i n t e ~ ,
r grandes preocupações à s autz sidade, sendo possível estimar
~ t d a d e scnmrgrias que em carta uma periodicidade para a sua de-
, d i y i g i d a ao monarca em 1672 dão flamação; entre 30 a 50 anos para
!- ao%& do sucedido s solicitam da o s de fraca e media intensidade,
par& d e s t e medidas urgentes, e 2 e de 100 anos para 0 5 de f o r t e
g tTs as quais a permissão para o intensidade.
h. 't@brqtle de lucaispara o BrPlsil,
L
7
A , S&k do mes-
Delgada, L a g o a , Ribeira G r a n d e e mo refer- de 19 de
Nordeste. (15) Abril des-iw t casas das
Saliente-se que à altura,Vila
Franca era capital da donataria
,
Fontinhas Ibaaa'.S+em da Pena
e das igrejas e de S ~ Q .h t d n i o ,
da ilha, local onde r e s i d i a o do- enquanto o de 2% de Maio provocou
naGrio com todo o seu séquito. ele-dos danos na zona da Praia.
R u i Gonçalves da C h a viu parte
da sua famflia morrer, apenas fi-
cando o filho mais n m , M~muel.
Reportando-se a S.Sebasti%o dá con
ta do seguinte: a em v i l l a de S.
,
I
Sebastião tambem cahiram muitas
.
da C h r n e sua esposa D.FiPipa
Coutfnho
,
cazas f o i tão horrendo o terramo
to de 24 de Maio que os animais
Foram elevadoa os danos mate- dos campo8 o sentiram, e s e ater-
riais em to& a %lha,ao meem rorizaram correndo huns para os
kewo C& BXB~ju&%czid m as outros, fazendo ajuntamentos, be=
intenções do aamt&io qw se e u r a d o com as cabeças no aT couza
Tlg. p o s a i ~ & l r E
dw~.ama!
~ e
* I que m e t e iaais espantott (18j
capikniri d O a1fr-s Francisco de Segura
a maioria da a BaLtasar de
r e g r e s s e a* do terramoto de
natãrio tezitsu
-1-0 da populs
to e oferec
( j o g o de canas). o ..+ --.
-í
No relato de Prmc4axo
verificar tal e a Impor
que tal fenómeno ass-iu que maricos e
.
diano da prática religiosa
pulação
1614/~br.,Piai./lg-24 - TrazwcE.~
ainda fresca a m e m 6 r i . a da o-sMd)
castelhana aquando da ocupação da
ilha, o s terceirenses s e n t e m a &
reza duma c r i s e s í s m i c a en- 19 e s t a gente/aya s:;
de Abril e 24 de Maio, altura em no averse arrepa:
que atinge o auge.0~ seus e f e i t o s iar d a s almas.,
fizeram-se s e n t i r em toda a Illia, Mas a+ que mera/ no que-
m s de modo especial na V i l - da v ? - d6 c f u k h a$.&*ioia/tierra da pan
Praia. (16)
~ g r i o ssgo O S Sia€osY 8' ba/. No
t& que dão conta do f a c t o . D e s *
que para a car-t;a do licenciado
J- de Tavares, presbitero,a Gas-
,
par Lopes mercador de Se Mbal ,que d e r . la isla/se y desbara-
na altura se encontrava em Seviiha.
ta do sucedi- e pala sua import8;
¢ia para o m e s m o e outros aspectos
focados neste eatudo vamos refere2
ciar alguns excertos.
A Junta de pãrbquia da CandelA-
r i a em missiva d i r i g i d a ao bispo
de Angra refere a desolação da pc
puleição ao mesmo tempo que solic&
ta da parte do seu chefe supremo
na região que atenda b caridade
evangdlica: " E s t e s seus filhos e m
Chris t o a s t l o sem moradas quasi
todos; dormem pelos mattos ;f'ugio-
-1hes a animo e as forças para 1s
O- P a r a alem de se^ e mar ufzm t e m que debaixo dos p6s
s e lhes fende, e i h e s ruge c o n t i -
nuas ameagas; padecem j B a fome e
o frfo, e homorin&m-se d e encarar
o futuro.(,..)a verdadeira carida-
de, ainda -amo
.
quando não t e m , a-
cha sempre que dar(. .) A esmola
para os verdadeiros prelados como
V . E x a , não se arranca n e m s e soll=
r f o $ ~ s i A aa danos.
1/Jun*/15 - Outro sismo cws- c i t a , c&e por si como o f m i c t o
maduro da arvore boa no regaço do
necessitado." (21)
-
Mas a caridade h i p b c r i t a do b i s
po Dom fiei E s t e v ã o ficou-se por
um alerta &s populações da ilha,
dando conta do fen6meno como um
sinal ou castigo d i v i n o . Em vez
de esmolas ~ r B e n o uque se fizessem
preces colectivas durante trss
d i a s consecutivos, recomendando :
"Adoremos, e respeitemos o s amo-
s o a avisos do P a e C e l e s t i a l , con-
vertamo-nos já para elle de todo
o coração. Principiemos e s t a nos-
sa conversão publicamente confes-
sando que t e m e m o s os seus juf s o ~ ,
R o g u e m o s - l h e , submissos, que pe-
netre b e m o nosso coração do seu
s a n t o a m o r , eternos, liberal izan-
j o - l e a graça da sua conversqo; e
que a f f a s t e , s e for do seu agrado,
1848/&t.,U~v./30-4
a p r o l ~ n & p dna
- Crise sfs-
a i l h a de S. M i p e l
para bem longe de 116s a f l a g e l o
dos terrbmotos . Envie as lhe, erii
fim tanto em particular, como e m
e asayaiu proporções c a h s - f i
s na V&eea, CandelGpia, ~ i n e t z s pGblico, s f i p l i e a s , gemidos d e m i -
sericdrdia, na firme confiança de
que havemos de ser despachados p e
Ia intercessão de sua Santissima
Mai, e de t o d o s os santos d a c o r t e
dias " e 17 d e c e l e s t e , que n a s preces p6blicas
Qtze os ânimos e de penitencia vamos invocar." ( 2 2 )
O povo clama que comer, o b i s p c
oferece-lhes orações e preces. A-
guardar6 um milagre da multiplic=
ç ã o dos pães e dos peixes?
aw crises des - O ã s t i c u l i s t a do "Correio Michr
elense" dando conta do f a c t o em
, .
n o t f c i a deseqpIlv3tda, refere o te-
m o r de um novo tmlcSo, CTando ao Eaial, no P i c o e S. Jorge e ,
mesmo tempo conta dos darnos do se- no Faia1 e Pico-Em todos os
guinte modo: t'Algumas p d a a i de vi lados houve danos materiais
das humanas, e c o n s i d e d ~ a sestrg elevados e algumas perdas h1
gos em casas, muroei d m qu$nttm, e- manas-Sendo ainda de fresca
gre j a s ,e o u t r a s coms- foram memória as suas repercussões
o resultado do violen&& ebalo.Vi1- no quotidiano insular.
las e freguesia9 % ~ & 5so- A l i s t a doa s i s m o s como
freramtpara a p a ~ - oorw& ilha pudemos verificar não s e fi-
f o i contudo mim &+&i? (23) ca s b por este breve n h e r o ,
Para di*T.de, W d b o e t
-
& 6 muito vasta, mas num trabg
não 6 o estuda s d& lho d e s t a índole n5o importa
t i f i c a de f e d m M , dar conta dessa relação alar
como acudir & a s ~ h s a ~ &:cd&&tosaiei
o r gada, importante 6 sim o COE
"O pobre que d aem *&ia deme- fronto d e realidades e expe-
cada ou que o encara rntfia~#=, "9 riências tendo em conta a com
nada ihe serve s-aber os dimwa@r presnsão da t6pica sisrnolõ&
movimentos conhecidos das c ~ ~ no contexto
ca - h i s t 6 r i c o a-
sões da terra, e o seu grau de vi- çoriano. Para qu8 esse enun-
olência - de nada lhe serve saber ciado simples dos sismos que
apenas sacia a curiosidade
s e as condiç5es são produzidas por
causas exteriores, ou se são rss* do l e i t o r c o m ? No entanto
tado, o que 6 mais provgvel, de
certas forças que operam no inte-
aconseihamos o l e i t o r mais en
tusiasta a consultar a rese-
-
rior do globo; o pobre o que dese nha apresentada por Porfírio
ja, ou que quer 6 que se Lhe este^ Bessone em o "Dicionário C=
da a mão compedida, 6 que se ihe n o l b g i c o dos Açores" (27)
enxugue o pranto arrancado pela E a exaustiva resenha do-
d e s d i t a . l1 (24) cumental e informativa dada
Face & acção da comissão de so- por Ernesto do C a n t o no Ax-
corros criada p e l o Governo Civil chivo dos Açores (28);mais
a 20 de N o v e m b r o de 1848 ( 2 5 ) , dá dados podem ser consultados
conta de algumas reflexões perti- no livro de L u i s António de
nentes tendo e m conta a polftica AraGjo ( 2 9 ) e no de Moreira
que os serviços de apoio traçam em Hend onga ( 30 )
momentos desta índole: '..,Seria A consulta dos gráficos
m u i t o a propbsito, que, com o t e m - que prepardrnos para elucidar
po, se pedissem relaç6es das pes- este estudo dão conta do ele
soas mais habilitadas para serem vado n h e r o de sismos s e n t i 1
contempladas pela sua f a l t a de dos na r e g i i o , de que demos
meios, e pelas perdas que Imram, algumas referências dos mais
perdas que devam ser cui&@3nmen- c a t a s t r 6 f i e o s . O gráfico I
te calculadas, a f i m de &e, 'na8 dá-nos conta do t o t a l geral
distribuições das esmolas, db p r o - dos siamos. Saliente-se que
ceda c o m a maior justiça. E $ w S o seu nrímero aumenta com o
convencidos com B o ~ i mque dis- decorrer dos s6culos, aprese2
t r i b u i ç ã o dos socorros pfiblfcos
reporisa em dois princfpios b e m ev&
d e n t e s : ~primeiro não conceder so-
br número .
tando-se o a6culo XX com mai-
I'
* .: - m
1O III
C - 'IiOTAZ DE SI- YOR MESkS
A do-ci. do ;~- - *C
s~
. s u r g e com w c s r i d d 4 v a l naas, &c=-
mentos s n a r m ~ t i ~ abs l a t & ~ i q , ~ ~ ~ u lséc.
a- xvI
séc. X v l I
-
-
nas. A t r a o b s dos -sei08 -8 eonh.
c i ~ n t oda sua e x 5 n t h c i s e - a m- séc. XVffI ...e.
1
va para tais fen6meaos, que durante TOTAL,
muito tempo &o pertenciam ao domínio
do intelegsvel.
Da G a s p a r Fructuono a V i t o r i n o Ne-
m6slo 4 palpitante a vivencia e do- t6teies e Mestre f l e i r o Vanhegas .
minâncin dos aisamos no modo de ser
açoriano, Quer Fructuoso, quer Nem& (33)
N o s e s t u d o s que f e z na Univer -
,si0 vivem-nos como homens s poetas. sidade de Salamanca, onde se ba-
E n q w t o F r u c b s o procura nas "Sau- charelou em Axtes e T e o l o g i a , e
dades da Tema" dar-nos a saudade a- mais tarde atingiu o grau de dou -
marga e cruel doa siamos que ate h t o r , b e m como a sua curta perma-
altura em que e a c r s m a o b n teve n6ncia no C o l d g i o dos Jesuítas ejl
membria ou viveu, N d s i o ~ n c o P d acom Bragança, t e v e oportunidade d e e
certa vivacidade os mwmentos a i s pal
piteuites duma das crises eii-icas
-
da
trar em contacto com o pensament ,
antigo e a revoluçgo c i e n t í f i c a
Vila da P r a i a da ~ i t b r i aque prassn- do sdculo XKiI.
c i o u quando crianya em 0 conto Da constatação empírica d o fe
f
f f H i s e r i c & r d i a n .(32 ndmeno, Isl.uctuoso parte para unia
O relato de Eructuoso torna-se explicaçQo do mesmo procurando s fi
importante, não s 6 pelo pormeno- tetizar 0 sentimento religioso c rn
risado da narrativa h i s t d r i c r e a explicação p a e .
retrato vfw, da angústia ances trsrl Na Antiguidade o homem p o s t o
das populações, como tambdrn pela perante OS d r i o s fenbmenos da
tentativa de explicação que ten- natureza que para ele se apresen-
ta esboçar para o fenãmeno de mo , tavam superiores e fora das suas
do que em tal seja salvaguardada capacidades humanas, procurava
a sua condição de padre. Assim a uma explicação no domfnio m i t o l b -
explicação que dã o s c i l a entre a gico.
dimensão religiosa dum castigo Os terramotos para os antigos
divino a uma vida desregrada dos eram explicados como o resultado
fidis e a ciincia antiga, base% do m o v i m e n t o de grandes animais
do-se neste dltinio caso e m Aris- m i t o l 6 g i c o a que habitavam as pro-
16
da Terra, ou um m a o dos b a b a d a de5 Fiou para c iiaa toda a
tema, e arvaredo que sobre 8s em
sados ou ainda, a demmnst-.
da d i v e um
39
mate tinha.. .
Ou maetsas de ar mubtsrrbers
&face
i c o d u t m dos H o a n ~ s .
as, no - t a n t o os f i 3 Q e commiaidas p r o c u r t ~ d oresfolsgart
e s t a tu-to de V i l l a Fmm-
iesçãa de A r i n t b t e b s su- ca não f o i causado por fogo, senão
ta a s b s ' , uaia ves ~ 1 ~ prscura
i b por ar mtc8rrado M S eoncavidad~s
c o m m ç i i o de acordo com as da te=a, que buscando respiraçlo
por onde rmafolegar, l i d a d o e pro
curando br porta s e m o abrir, por
-
ntos e dsflagnçãe que , 48011 eiaipsziw de ar, incapaz para
se contw mo espa9~;subterrâneo:
"Bem -r 88 te tremor causa-
do, por m r f a r alguma agoa,
ds t e m - t o s , ui qus-- - ou h - nug mvidrdes , e opacids
tremor, -do Se fi a d68 da -i com z#zwporçEo de
para os l a b s coa gmmde e~ culpa, em t a n t o s de ar, 8 h ã o
o ou v s n t o , que a s t ú debitixo cabendo as -8- logar, fazer t e
rner a terra, e dar grandes golpss
para os lados, buscando parte pa-
Zea porque poucas vezes se ra sahir, e sem o fazer sacudio a
mito eapiri t o , ou vento, terra dos iados d e s t a ilha nos C
gares que tenho contado."
5" explicação de Mestre Aieixo
Vanhegas:
nA causa doa ventos e do tremor de
-da debaixa dm segunda cos- terra declara maravilhosamente o
te- para quer a faça arre- Mestre Aisixo Varnhegae no seu li-
vro natural aos trinta e dois ca-
,
pf t u l o s dizsndo que a -eira de
mim1 resfolega e -ta a terra,
em Y i h Rmnca do Campo, da conta quer dimr qU4 08 e~p<rit~ s
que
Pariorla dos t r m - r e ~ õmnti- e s t a v a m encerradoa nas concuvidrr-
? l u s a Ilha de S. 3f.i-1 se dswm des da terra, c- n ã o poder- c
ao ?-
d
o tipo dado por Axistdte- tar em pequeno logar, busear&m sa&
ida c o m o busca o arroto que não
cabe no corpo do animal. &sim o s
ventos a%o unis arrotos que faz a
eia clo dealocamunto e c o m a s ã o terra.. .
Algumas vezes e s t e a r m t o que faz
a terra, e s t a tão encerrado M S
cavernas da mesma terra, que &o
pode sahir facilmente: e como a
quentura do a s 1 penetra a l g u m c a r
sa do corpo da t u r r a , rssolwa as
humidadts das concavidades, e como
não cabem juntas com u exalações
em um l o g a r , não s r h e remissamente
e s h w t sobre V i l l a Fran- como os ordinarios s s p f r i h s , ou
ta da Garça e o das refolegos, de que se fazem os ven-
t o s ; mas com dmmasiado a p r s s s u q
originado pela e m - m e n t o n ã o se dão espaço n e m vsgar
e querem sahir a tropel, da manei-
atar de %erra, ra que auhe o e s p l r i t o do corpo do
f o i causado homem; de -eira que podemos di-
zer que o s ventos s ã o uns o r d i d -
r i o s arrotos e o tremor o espírir
to qye f m a n. (...) Deata
mesma -mira diremus que espirra
a terra o damaiade, q u ~ o odor
do sol gerou rn ssmu cancavidadsã$
1 m f m coma o h -
, da um, do$$, mlserlcardioso se s e m i a para c a g
trea e q u a t r o e mais * m i n o r e s gueui ti- 0 e a h d o de desregrmento
do -pima;e, mas he de no* q~e- do5 seus f i e i $ e a l e r s - 1 0 s para
me és tes espirros não s d e m dire- o u t r o s castigos maiores que podi-
c-Z~W PWEt a face da t e m se- am advfr com o Juizo Final. Sodo-
ISOpara os lados (m~guemuitas ma e GUmorra l& estavam b e m p a t q
w x t h m de conearidada em con- t e s para o c r i s t ã o menos avisado,
c a l d e d e oa mapares -aros das menos m i l g n a ~ i mta. (34)
- memrès em as maiores) m t & o se 'Ibdaria, essa constante ameaça
d i z ~ o p ~ i a m e n ttm8iBae de terra, (adiada) do f i m do mundo que paira
QW se não acharem e o ~ ~ ü d e e i na m e n t e m i l e n e t ~ i s t apode-se to*
aos lados para se estenderam, e nar num d e s e j o quando +esmo e s t A
rkFgareSI sen&o dir~c*nt#, aah- v e preparado.
~ O D e u s não 6 M o
i* a face da t e m o aia#* ..h1 ss- vingativo como parece. A sua miss
pfrro se d i z terr-*r '& dbluggo, ri~drdia6 um ponto importante a
,
.
ou e-0,
ça t ã o alia, que se
parte, e por -de
c-
em-s
dRL u8pet
*Cave&
onde
ter em conta, deste m o d o deu ao
Homem a possibilidade de antever
o seu castigo por meio de s i n a i s :
"Mas todavia como, q u e m estende um
pouco a praso a imensa mfsericdg
f c o n t o c ~ - - f a a ~ ~ ~ s e ~ t ed iaa ede~ D~e o- s ordenou, que aos ter*
eu w A d e n ã o os haviaj'ae-
-se umw fontes e abrir++
tras; M i r e a s s e , m a 9 *brS
ou- motos precedesse s5gnaes que são-
se o m a r se levanta sem vento, se
resi-ae as rocha8 de pedra em, as aves andam atordoadas por terrq
e mudaram seus camhhos OS *Soa; se a agua dos sabe m,e final-
e encolher-ae por uma pdrte 6 niar m e n t e preceda um estrondo e t o m
e alargar-se por outra; e o u t r a s do ar, eoato no segundo terremo to
cousas semelhantes a e s t a s . " que coa-5, se e u d o d'antes um
- 6 0 O terremoto como resultado sartmmh pelo mar, como aves gus
vão wanãa, e batendo ssaa; e no8
I d r a condições atmoaf6ricas e -2
gráficas t h o m e n s p r e e d e vagado de cabega e
"Oa tremores e terremotos soem debelitrição doe membros; para se
acontecer quasi ordinarirunente quer c o a B S ~ S8igxm43s se p r e v e J q
nas costas do mar, e nas ilhas, e lhe8 pese dum mal passado, e e-
mendem o pomr." (22)
pela abundancia do humor que o c= O D e u s do s6c .XVi era todo mi-
lor do ao1 soe resolver em vapor.
Nas partes seccas que e s t ã o longe sericordioso, e como tal dava ao
homem a possibilidade de antever
do mar, poucas vezes acontece tr= OS t e m e m o t o s .
m e r a terra; m a s se precedessem
a 3 ou 4 m o s de s e c c a , qsre se Sê-10-4 no sdc.XX?
quebrasse e se fendesse a terra, E o avanço tecnoldgico para
e woz elles succedessem oukros serve?
tantos de agua, e apos elles se Mant6m-se actuaats as palawaa
muccedeesem grandes calmas, logo de ~ c t u o s o : " E s t e s perigos, como
, i% .seguiriam tremores e t e r r e m o - os raios, os ventos e o s t r o d e s ,
wt3 " nos dando bredoa que velemos me
Saliente-se que, quer buctuo- não e a b ~ a o dita n e m a hora, em
so quer A r i s t b t e l e s , distinguem que os mo-de chamar. A i n d a com
oa aismos de o r i g e m vulcânica dos e s t e s p e r i g o s e outros muitos, que
de o r i g e m t e c t d n i c n , no entanto cercem ao horaeml não falta quem se
os seus conhecimento^ empiricos d e i t e a dorsiir muito descuiãadol
a o eram suIecientbs para os dis- como fiaeram ou de Ytllo -anca
%*ir como dois fenbmenos dife- esquelia noite do 4axtmor, qw fi-
=tcts na s u a origem e evoluç&o. ra 80-0 houvera perigu na vida,
B j b em dia msrcé dois avanços da s morreram todos os homans morte
aBmoXogia e da walcrinologia era n e m , pmwmehente se pDaB cU&
/*&O com os conhecimentos geo- dar* que mamam a h o s com amor
1 8 e c o a apmeen-se como campos m e r c m i o , e &o f o m m bonei ds
inbpandentes da ciQncia. vontade ae1 os signestli anteceden-
&a o terramoto para m c f u o s o t e ~ ,e p ~ e p a ~ a ç & e a ,que as mortes
&o era só um sfarplna fenbmeno i- neilmraes soem preceder?" ( 3 5 )
m o h i o '- natureza.. Era acima de Conixpondo & ciancia e aos co-
f@o na meio- de que a. Deus todo :, nhecimentos do s6c,XVI, temas nor
1 te-s qtrs decorrem os avanças d q
I
,
17
-
~ándidoAbranches, Album Micaelense, Ponta Delgada,1869.
de fundamento a posiçao de Jose Bemno Saraiva ao pretender
il s e deve a uma erupção que a í se deu
b e n t o da 1lha Terceira, pois ,segundo F. ~ o s éCosta,&
e-se simplesmente ao facto de o d i t o sz-
veira que fizera fortuna no Brasil pare c%
que já em 1507 a carta de Valentim Perai-
L *
" .
(5) Idem, ibidem, p . 91.
-
( 6 ) NO 6 , Vol. 1, pp.360-367
1 -
(11) NQ 6 , ~ 0 1 , -..,x
i,-
( 1 4 ) N? ld, Irp. 362-365; e 1lídia Sardeira, "O vulcão dos ~apelinhos" in Anto-
logia da Terra Portuguesa -
Açores, Lisboa, 1964, pp. 214-219
( 1 6 ) NQ 6 , pp.277-283 e 381-386
(17) -
NO 6 , v o l . 11, p . 2 7 9
(18) -
N? 6 , vol. 11, pp. 280-282
(20) -
NO 6, vol. V, pp.462-480
(21) -
NO 6 , vol. V, pp.462-463
-
(32) O Paço -
do Milhafre, Coimbra, 1 9 2 4 , pp. 151-166
(33) Saudade6 --
da Terra, l i v . IV , pubLicado in N9 6 , v o l . I, pp. 34a-352
W t a ç % s de ~ 0 % Afonso m
ii NB 15, pp. 91-102
J O Agostinho,
~ -
N8 2 pag .I I
-. .r=: h.-.-.
Santo na Ilha
--
da. Ilha Tercei-
psetmdemos mahter a f i d e l i -
algum pretendemos defender a
d e JO& Afhso B i b l ~ ~ ia
g ~ ~ f
--
d a Terra,ÇLivr~ I V ) Ponta Delgada, 1926, p,k29, c i t , por Ernesto
S , ~g&'<n Insulas,
-
NO 2 - "blatzsr d a sismicidade do% 4 o r e se história sísmica
do arqui@lajgo com vista prinçigalmenite à delimitação das zo
rraa onde heaa "de aconselhar migiF&&iprecauções ant i-si smicas"
in Ir~letia,&a Ukdem dos ~ngenh@%@s, H9 21, ~ernóriano 118,
L~S-T - -
* N8 3 - "hS l ~ L u g i a .
,-&na,
Breves ~ u ~ &
Angra do-X&&&?!&@:'
nb
w - , . ~ & ~ B B iniciadostt
1964,
a NQ 4 -
- " ~ e c t & i @ a sismiçidade,
, ~ 1 & ~ a t 0 das ilhas dos A-
cores" in Acoreana. Anera do Heroísmb. 1935
r -
NÇ -- d-
:chivo os Açores, 12 vols., Ponta D e l g ,1872-19;
io: i - Dicion.;rio
-~ r o n o l Ó g i c o-
dos Açores,ed. autor ,C;
bridge , Massachusets, 1932
bY
:
de Mendonça: e NQ 8 -- ressando
"Modelo h i p o t é t i c o do mecanismo sIsmico inte-
a ilha d e ' s . Migirel" in Boletim da
Ordem dos
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Lisboa, 1955
-
nha, NQ 9 -
J.S.: - " ~ c ç ã odos sismos sobre as construGÕes1'in ~ o l e t i mda
s --
Ordem dos Engenheiros, NO 22, Memória n? 112, ~ i s b o ã
1955
- -
rico: L
-0 - --
Cur so de Sismologiá, Lisboa, 1970
N9 11 - Elementos -
de Vulcanologia, Lisboa, 1965
a NQ 12 -"~requência dos sismos sentidos nas i l h a s do F a i d
e do Pico" in Açoreana, vol. IV, n9 3 , Angra do
~eroísmo, 1948, pp . 236-245
NQ 13 - "Alguns aspectos da sismicidade d o s Açorestt in
Boletim ---
da Ordem dos Engenheiros,vol. IV, 11020,
Memoria n? 107, Lisboa, 1955
- -
A gente doe Asores, Lisboa 197