You are on page 1of 38

Visão Sustentável:

preocupações e soluções
Educação à distância,
cada vez mais perto

Guerra dos robôs,


ciência e diversão

Na pista
dos Hackers
SUMÁRIO
4- EDUCAÇÃO PARA AUTONOMIA:
Por que e Como?

8- ENSINO E APRENDIZAGEM
DE LINGUA MATERNA
Uma experiência de tutoria

14 - WIKITECA
Um repositório virtural
de acesso livre

18 - PEDAGOGIA INTERATIVA
20 - CIÊNCIA E DIVERSÃO
Em um único evento

22 - NA PISTA DOS HACKERS


24 - VISÃO SUSTENTÁVEL
30 - MIL POLICIAIS MILITARES
Colam grau no Ensino Superior

34 - MARKETING
EDITORIAL
E
com satisfação que a Educação à Distância – método t abi lid a de tem s e tor nado o
publicamos a segunda mediado por tecnologia. fo co de cong ress o s , fór u ns e
edição da Revista Digi- Ainda na área de educação s em inár ios. O proj eto “R ei -
tal da Fundação de Apoio à Pes- temos um agradável texto nici ar” é um excelente exem-
quisa - DF em parceria com as sobre a revolução nas relações plo, t rab a l ha com a re ci cl a -
Instituições de Ensino Superior entre professores e alunos, por gem de comput a dores e cr i a
da Capital. Nosso objetivo per- meio da Pedagogia Interativa. uma s oluç ã o sustent ável p ar a
manece o mesmo: levar a você Destacamos a tecnologia na dim inuir o imp a c to do l i xo
leitor, um conteúdo esclarece- fabricação e competição de elet rônico. Há t amb ém o Pro -
dor e de qualidade, com uma robôs, bem como no mercado j eto de E duc a ç ã o Ambi ent a l
linguagem acessível e agradável. investigativo de crimes digitais, – PE A, que diss e m i na pr á -
Nesta edição abordamos que tem atraído cada vez mais t ic as como colet a s el et iva e
assuntos como a Wikiteca, um organizações e instituições cons er va ç ã o de energ i a.
verdadeiro repositório virtual privadas na identificação e Esperamos encontrá-los
de acesso livre desenvolvido combate dos crimes cibernéticos, novamente em 2011 e assim,
pelo IESB, com a finalidade vazamento de dados, violação de continuarmos nossa busca por
de despertar nos alunos de sistema, entre outros. conhecimento e descobertas
Ensino Médio o interesse pelas Ressaltamos a impor- que tornam o mundo melhor,
Ciências Exatas e a Engenharia. tância da tecnologia social e além de proporcionar aos in-
Falaremos sobre a linguagem dos projetos de extensão eco- ternautas um espaço democrá-
vista como forma de interação logicamente corretos, já que tico e educacional. Boa leitura
sóciohistórica, especialmente nas últimas décadas a susten- e até à próxima.
3/Revista Digital
Tecnologia,
inovação
e educação

EDUCAR PARA A AUTONOMIA:


POR QUE E COMO?
COLANDI CARVALHO DE OLIVEIRA

Q
uando se trata de edu- Para superar as contradi- fundiu com a alma, ou com nos-
cação, percebe-se uma ções anteriores, torna-se necessário sa melhor parte: juízo, liberdade,
grande tensão entre os questionar e redefinir o que seja a a vontade, a moral etc. Sem em-
olhares cruzados dos conservado- realidade e o homem produzido por bargo, se olharmos por um prisma
res e dos transformadores; entre os ela, e o que se quer deste homem no distinto, o referencial das ciências,
modelos unívocos, unidirecionais e futuro: qual é a concepção de valo- por exemplo, somente observamos
a polidimensionalidade que o plu- res, como verdade, liberdade, soli- determinismos físicos, sociológicos
ralismo nos traz; entre as rotinas do dariedade, ou seja, que paradigma ou culturais e nisso, o humano se
processo de ensinar e as subversões ou modelo orienta a ação educativa dissolve. Vivemos nesse dilema gra-
da inovação, etc. No caso especifi- que realizará tal ser humano e sua ças ao paradigma cartesiano, forte-
co do ensino superior, tal dialética vida em sociedade. mente enraizado em nossa cultura.
é representada pela distorção cada Gostaria de começar ques- Descartes ensinava que
vez maior entre o ensino e a investi- tionando o conceito de “humano”. havia dois mundos: um deles, o
gação: a primeira, baseada na trans- Como e onde se forjou este concei- mundo que diz respeito ao conhe-
missão do saber estabelecido, tácito to? Teilhard de Chardin nos convi- cimento objetivo, científico e racio-
ou explícito, quase como pura repe- da a enfocar o humano de forma nal: o mundo dos objetos. O outro
tição e memorização; é a investiga- científica em seu livro: O lugar do mundo tem haver com a percepção,
ção que impõe uma atitude científi- homem no universo (1989). a intuição, a reflexão e se refere ao
ca, com questionamentos, hipóteses Em muitas filosofias e humano, ao subjetivo, ao intuitivo.
e procedimentos comprobatórios. metafísicas, o humano se con- De um dos lados, as ciências, as
4/Revista Digital
UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte
Brasília - DF
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

técnicas e as matemáticas. Do outro, não ser desde a olhada cobiçosa humano distinto do outro.
a sensibilidade, o espírito, a criativi- do outro, processo que Hegel cha- Mais atual ainda é a con-
dade, o pensamento, a consciência, mou de reconhecimento (Assman tribuição antropológica e ética
toda a subjetividade pró- de Habermas que sugere
pria do ser humano. Na para a construção do hu-
ciência clássica, a subje- mano “a inclusão do outro”
tividade aparece sempre e a preocupação com “as
como fonte de erros; por formas humanas de con-
isso, sempre se procurou vivência” um de seus mais
eliminar ou neutralizar importantes eixos (Souza,
ao máximo a figura do 2005). Nesta visão se inse-
observador, dos fenôme- re também Maffesoli que
nos observados, o que se nos fala de alteridade ou
chamou objetividade, re- “a orientação em direção
alismo, concretude. ao outro” (in Barbosa, pg.
Hegel se pronun- 102) Pérez Lindo, filósofo
ciou sobre o tema, pro- e educador argentino, co-
curando caracterizar o munga do mesmo quando
ser humano como dis- em uma conferência na
tinto dos demais animais. Universidade da Empresa,
Em que são distintos? O Montividéo, Uy., em julho
desejo humano, distinta- de 2006 explicitava que:
mente dos animais (que “la dimensión ontológica de
somente desejam comida, bebida, & Sung, 2000) e que supõe ser re- la educación es la construcción
abrigo e a preservação do cor- conhecido por outros seres huma- del ser para otro”.
po) “desejam o desejo dos outros nos o que possibilita ao individuo No século XX, assistimos à
homens”; o “eu” não se constitui, se tornar auto-consciente, ou seja, invasão do cientificismo clássico,
com referência à identidade, a consciente de si mesmo como ser positivista, divisionista e carte-
5/Revista Digital
Tecnologia,
inovação
e educação

siano nas ciências humanas e so- terminismo


ciais. O especificamente humano biológico evo-
foi expulso da concepção científica lutivo e a onto-
reinante, e substituído por ratos e lógica vocação
cobaias nas famosas caixas de Skin- do ser, seja in-
ner, testando estímulos e respostas. dividual, grupal,
Levaram a tais extremos essa pro- social, nacional
posição que, entre outras consequ- ou internacional,
ências, provocou o aparecimento onde se manifeste o
do “Existencialismo” uma filosofia, humano em sua plenitu-
com grandes implicações para a de, como defende Milton Greco
educação e uma corrente de psico- Greco&Medina, 1998). porque incorporam as contribui-
logia denominada “Humanismo”, Como educadora atuante ções transdisciplinárias das ciên-
recolocando o “homem” no lugar e cocriadora da história, busquei cias até o momento.
diferenciado que lhe pertence. suporte teórico na proposta de Ci-
Revisitando as teorias que bernética Social e Proporcionali- Que educação pretende-
fundamentam o processo edu- mo (Gregori, 1984) a qual postula mos para o século XXI?
cacional, encontramos que tais um novo paradigma educacional, Conscientes de que a edu-
concepções oscilam desde pro- para um contexto pós-cartesiano cação é um conjunto de metas e
posições totalitárias, claramente y pós capitalista, que assim expli- de finalidades, por tanto política,
reducionistas e cientificistas, pas- cita sua noção de ser humano: um conceito reforçado por Castoriadis
sando por concepções mais de- sistema energético tri-cerebral do quando fala:
mocráticas, humanistas e outras qual resulta uma personalidade “O objetivo da verdadeira política é
com alguns indicativos de uma inserida na família, que circula mudar as instituições, mas mudá-
visão sistêmica, holística e inte- num meio social cada vez mais ca- -las de maneira que elas eduquem
grada. Neste contexto, o humano ótico, com esperanças de recons- indivíduos para a autonomia”
se perde. Melhor dizendo, falta trução ou cocriação de um novo (Castoriadis, in Barbosa, Pg.61).
aos científicos, uma visão mais ciclo para a história. Os pressu- Para cumprir nosso papel
integradora para entender o ser postos básicos deste novo para- de pensar para que educamos, po-
humano, visão esta que concilie digma apontam para a integração de-se desenhar um perfil apro-
o processo dialético entre o de- e a proporcionalidade sistêmica, ximado com o que se explicita no
6/Revista Digital
UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte Brasília
- DF.
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

parágrafo abaixo:
Em termos finais, creio que
se educa para que a pessoa adqui-
ra sua autonomia ou sua autocon-
dução, tendo desenvolvido grande
parte de suas potencialidades; que
se desenvolva como pessoa solidá-
ria, integrada em rede com sua co-
munidade e plenamente humano
porque planetarizado, transcen-
dente e proporcionalista. Para tanto,
há que se pensar, propor e condu-
zir uma estratégia de tri-educação
e tri-construção do sujeito, onde o
mesmo educando vá desenhando
sua trajetória, apoiado pelo educa-
dor, num processo da dependência
para a autocondução ‌•
dadbia. Produtora de material di-
dático presencial e virtual.

Pedagoga e psicóloga com


metrado em Ciências Sociais,
Especialização em Recursos
Humanos, Doutoranda em
Educação pela Universidad
de La Empresa, Montividéo.
Atuou no MEC, consultora da
UNB, professora universitária
por 30 anos na rede privada do
DF, atuou no SENAC, ESAF,
consultora da ASDI (cooperaçã
sueca) e da Universidade Coo-
perativa da Colômbia. Produ-
tora de material didático pre-
sencial e virtual.

7/Revista Digital
Tecnologia
na educação

Ensino e Aprendizagem de Língua


Materna – uma experiência de tutoria
Analva A. Andrade Lucas Passos

I
nspirada pelo resultado de proposto por Bakhtin (1995). As Pensando assim, podemos dizer que
uma prática pedagógica formulações de Vygotsky (1978), vivemos a era da informação, em
que venho desenvolvendo sobre o desenvolvimento do co- que a interlocução em sala de aula
na área do ensino presencial e do nhecimento que propõem o trajeto não pode mais se dar pelos mesmos
ensino à distância, no ensino e do social para o individual media- meios que no século passado.
aprendizagem da língua materna, do pelo signo e pelo outro, tam-
surgiu-me a questão de como a bém são importantes para com- Educação à Distância
Universidade percebe o processo preender o papel da interlocução e dialogia
de conhecer e quais as atividades na construção do conhecimento e
possibilitam ao aluno tornar-se no desenvolvimento de competên- No final da década de 90,
sujeito e não objeto no processo cias na sala de aula. deu-se a explosão da Internet no
de aprendizagem, assumindo o seu Este artigo nasce de uma país, o que impulsionou o atual
compromisso histórico, aprendendo reflexão sobre a sala de aula desenvolvimento da Educação à
a aprender. Além disso, qual o papel presencial e a experiência como Distância (EaD) no Brasil.
do texto neste assumir e construir- Tutora à Distância da Universidade
se, como sujeito do aprender e no Aberta do Brasil – UAB , em sala Licenciada em Letras – Por-
ensinar do professor, uma vez que de aula virtual. tuguês e Inglês e Respecti-
nas duas modalidades de ensino o A linguagem permite às vas Literaturas e Mestre em
aprender começa pelo texto. mentes estabelecerem uma inter- Linguística;
A linguagem vista como locução sobre determinado objeto, Professora nos cursos de Le-
produto social e como forma de in- observado pelo professor e pelo alu- tras e Pedagogia do UNIEU-
teração sóciohistórica realizada por no e sobre o qual se ‘enunciam’ de- RO – Centro Universitário
meio de enunciações nos permite terminadas qualidades de estrutura EuroAmericano – Brasília
chegar ao conhecimento pelo agir e/ou de significados a serem com- – DF e Tutora a Distância
comunicativo em que reside a in- partilhados pelo grupo social, reu- da UAB-UnB.
terlocução, o diálogo linguístico nido na sala de aula” (BOHN, 2000).
8/Revista Digital
Este fato serviu para o início sencial e do ensino à distância e I - a “distância” física professor-alu-
da democratização do ensino as dimensões do texto no ensino no: a presença física do professor ou
no país, bem como incentivou e aprendizagem da língua materna do autor, isto é do interlocutor, não
pesquisas e publicações na como parte do currículo de for- é necessária e indispensável para
área, com dois focos distintos: mação de professores em Letras e que se dê a aprendizagem. Ela se dá
um no desenvolvimento de Pedagogia. “virtualmente”;
tecnologias hipermidiáticas e Elementos constitutivos da II - o estudo individualizado e
outro centrado na reflexão do Educação a Distância segundo Preti: independente: a capacidade do
processo ensinoaprendizagem estudante de construir seu cami-
em Ambiente Virtual de nho, seu conhecimento por ele
Aprendizagem mesmo, de se tornar
(AVA). autodidata, ator e au-
Entretanto, cabe dis- tor de suas práticas e re-
tinguir a diferença entre o ensino flexões;
à distância e a educação à distân- III - o processo de ensino-
cia. Ensino representa instru- -aprendizagem mediatizado:
ção, socialização de informa- a EaD deve oferecer supor-
ção, aprendizagem, enquanto tes, e estruturar um siste-
Educação é “estratégia básica ma, que viabilizem e in-
de formação humana, apren- centivem a autonomia dos
der a aprender, saber pen- estudantes nos processos
sar, criar, inovar, construir de aprendizagem e isso
conhecimento, participar”, acontece “predominan-
segundo Maroto (1995). temente através do trata-
Entende-se aqui a Educação mento dado aos conteúdos
à Distância como o processo e formas de expressão me-
de ensino e aprendizagem me- diatizados pelos materiais
diado por tecnologia, estando didáticos, meios tecnológi-
tanto o professor quanto o aluno, cos, sistema de tutoria e de
parcial ou totalmente, presentes, avaliação” (MAROTO, 1995);
ou não, de forma física ou temporal. IV - o uso de tecnologias: os re-
Com base nesta acepção é que se pre- cursos técnicos de comunicação, que
tende discutir as práticas do ensino pre- têm alcançado um avanço espetacular
9/Revista Digital
para desenvolver conhecimento na
Universidade em duas modalidades
tão distintas? Parece-me impor-
tante também repensar o papel do
texto na construção do conheci-
mento, uma vez que da tradição
do reconto oral, depois pelo re-
gistro escrito perene, finalmente
temos o texto pela Internet, como
forma de comunicação revolucio-
nária dos sistemas de comunica-
(correio, rádio, TV, audiocassette, e mediata” (SEBASTIÁN RAMOS, ção e também de educação.
hipermídia interativa, Internet) per- 1990:22), pois se vale de meios di- As dificuldades em rela-
mitem romper as barreiras das dis- versos e diferentes da explicação e ção à compreensão e produção
tâncias, das dificuldades de aces- a relação cara a cara, que se realiza do texto parecem ultrapassar as
so à educação e dos problemas de em momentos e lugares diferentes fronteiras da educação básica e
aprendizagem por parte dos alunos da presencial, fazendo uso de uma permanecem na universidade
que estudam individualmente, mas organização de apoio. como um ‘tabu’. A produção e
não isolados e sozinhos. Oferecem- São características da EaD: compreensão do texto são tidas
-se possibilidades de estimular e abertura (ampla gama de cursos), pelos alunos como algo difícil de
motivar o estudante, de armaze- flexibilidade (de espaço, de assis- ser assimilado ou ainda traba-
nar e divulgar dados, de acesso às tência e tempo, de ritmos de apren- lhado individualmente. Posicio-
informações mais distantes e com dizagem, com distintos itinerários namentos assim são frequentes
uma rapidez incrível. formativos), adaptação (atendimen- tanto na modalidade presencial
V - a comunicação bidirecional: o to às características psicopedagógi- como na educação à distância.
estudante não é mero receptor de cas de adultos), eficácia (autonomia Por esta razão, a universi-
informações, de mensagens; apesar através da integração dos meios e dade deve ser um centro de desen-
da distância, busca-se estabelecer uma comunicação bidirecional), volvimento da autonomia, no qual
relações dialogais, criativas, críticas formação permanente (aprimora- o aluno deve buscar de maneira
e participativas. mento constante), economia (de sistemática, responder aos questio-
A essência da EaD é a relação tempo, de dinheiro, etc.). namentos estruturantes do conhe-
educativa entre o estudante e o pro- Como então é utilizado o cimento da área escolhida. Nessa
fessor indiretamente, mas “mediada processo ilocutório na sala de aula busca e na forma como organiza e
10/Revista Digital
estrutura seu pensamento, ao lon- do elo significativo estabelecido ou conhecimento (PASSOS, 2000).
go do estudo, é que reside a impor- não, entre a ação do sujeito e o ob- Neste ponto é que se inse-
tância do uso do texto pelo aluno. jeto que lhe é dado conhecer. Assim, re o texto e o torna um divisor de
(PASSOS, 2000). O texto como es- na universidade, pelo grau de de- águas entre a sala de aula presencial
truturante deve ser consequência senvolvimento do educando, uma e a sala virtual, pois nesta, também é
natural de quem busca respostas e aula expositiva dialogada pode possível o momento expositivo dia-
não uma dependência das ideias ou propiciar alto nível de elaboração logado, por exemplo, em uma web
soluções que um professor ou tutor do conhecimento, desde que haja conferência, recurso em que todos
possa apresentar. interação significativa entre a fala estão conectados e utilizando a we-
A interrelação entre a recep- do expositor – ouvinte e o sujeito bcam, interagem em tempo real. Em
ção e produção de textos tem sido – ouvinte e que o educador pro- outros momentos e utilizando-se de
alvo de estudos científicos brasilei- voque os sujeitos para o processo vários recursos disponíveis na plata-
ros com trabalhos de Kato (1990), de conhecer, coloque à disposição forma, o texto é trabalhado de for-
Bastos (1985) e outros, que conso- objetos (materiais, situações) ou ma assíncrona, cada aluno interage
lidam uma perspectiva cognitivista indicações que possam levar ao com o texto e com seus pares em
e textual, porém são os estudos de diferentes tempos,
Vygotsky (1978) e Bakhtin (1995) por meio de es-
que iluminam a participação do tratégias próprias
outro nos processos interacionais. com ferramentas
É nessa reflexão sociointeracionis- tecnológicas e téc-
ta e construtivista que se abrem as nicas de utilização
perspectivas não apenas para a lin- como: listas de
guagem, mas também para discus-
o ensinoaprendizagem em são, pes-
EaD. quisa na
O aluno virtual e o Internet,
aluno presencial constru- entre
ção do conhecimento per- outras.
passa a questão da técnica
utilizada porque envolve
o sujeito como um todo,
seu pensar, seu agir e sen-
tir e, portanto, depende
11/Revista Digital
Tecnologia
na educação

A sistematização, em EaD, zes-autores ao socializarem suas vivo. Esta dinâmica é que me pa-
concretiza-se por atividades que produções em ambiente rico de rece ser mais acentuada em EaD.
são propostas e acompanhadas tecnologia, como fóruns temáti- Os cursos à distância não
pelo formador, com orientações cos, chat, wiki, redes sociais e ou- foram feitos para todos, por exigir
pedagógicas necessárias em ações tros; são “corpos em aprendência”, do aluno uma lista de qualidades,
desafiadoras mediadas pelo com- definição de Assmann (1998) por assim, a automotivação e autodis-
putador, em que professor, tutor e estarem, os atores, “em processo ciplina serão pontos fundamen-
alunos são protagonistas e inter- de aprender” pois é indissociável tais para que ele obtenha sucesso
locutores, atuando como aprendi- o ato de aprender da dinâmica do nos estudos.

UAB-UNB - Encontro Presencial no Polo de Alexânia – Pedagogia -


12/Revista Digital
UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte
Brasília - DF.
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

sos de produção e recepção de tex- e o interesse estão ligados à emoção


tos, a partir da interlocução na sala e a afetividade, pois já sabe-se que
de aula presencial ou no ambiente a recusa ao aprender nasce de rela-
virtual de aprendizagem. ções inadequadas, estabelecidas na
O texto, como produto só- interlocução escolar. Focalizar no-
cio-histórico e como forma de in- vas estruturas de participação cria-
teração social, realizado por meio das na sala de aula, na interação
da interlocução tem-se desvirtua- verbal e não verbal, na individua-
O aluno no ensino presen- do na simples reprodução de ideias lidade e nas funções de quem fala e
cial, diferentemente, tem outros ob- ou como forma de avaliação e tal- de quem ouve tornaram-se funda-
jetivos, são outras as exigências que vez seja isto, dentre outras coisas, mentais hoje no enfrentamento de
lhes são feitas e nem sempre apre- que esteja promovendo o insucesso incertezas, principalmente na EaD
senta automotivação e autodiscipli- na aprendizagem de maneira geral. em que os alunos parecem precisar
na. Sendo assim, cabe ao professor O aluno quer aprender, de maior confiança nas tarefas que
ao planejar, levar em consideração mas não sabe realizar esta apren- realizam, promover a interação
a importância da interlocução, ou dizagem. Por sua vez, os profes- com o professor e com os colegas
seja, a troca de experiências, a re- sores querem ensinar, mas não possibilitará construir um saber
orientação do que não estiver de introduzem novos significados crítico e norteador de uma prática
acordo e o estímulo para prosseguir produzidos pela intertextualida- diferenciada que atenda a deman-
nessa busca. Aqui encontramos ou- de ou pelas novas tecnologias na da sociedade atual.
tro ponto distinto da EaD, pois o construção do saber. A língua é resultado da in-
que se percebe na modalidade de O papel do professortu- teração social e verbal, descritas
ensino presencial é uma carência de tor, que sendo também um lei- nos jogos de linguagem de Wit-
estímulos ao uso de outros meios tor/produtor crítico, encoraja, tgenstein; é no modo de vida ou
(tecnologia) de dialogia que não ‘a estimula, provoca, de forma in- no uso social da enunciação e das
voz do professor’. terativa e intencional, a reflexão condições discursivas que surge a
As Tecnologias da Informa- do aluno sobre seus próprios função da linguagem, seu signifi-
ção e Comunicação e as imagens, textos e os textos dos outros cado e interpretação. Isto é a dia-
aparentemente, elevam o texto a um ultrapassando as fronteiras da logia de Bakhtin e a ontogênese
segundo plano. Entretanto, o texto comunicação, tornando-se mo- de Vygotsky. Portanto, a prática
continua vivo. É pelo texto que os bilizador e impulsionador da dialógica do texto, em oposição à
‘internautas’ se comunicam e é pelo interlocução o que permitirá prática monológica é fundamental
texto que o poeta fala de amor. ao aluno analisar e reestruturar como capacidade de elaboração
Constitui-se então, um de- seus textos, apropriando-se do própria, tão necessária na constru-
safio para educadores e linguistas conhecimento. ção do conhecimento na Universi-
revelarem os processos de constru- O desenvolvimento da inte- dade, seja na sala de aula presen-
ção de conhecimento e os proces- ligência, a cognição, a curiosidade cial ou na Educação à Distância•
13/Revista Digital
Tecnologia
na educação

Wikiteca – Um Repositório
Virtual de Acesso Livre
Bruno X. de Sousa, Pedro A. M. C. Alcântara, Hugo G. Câmara, Luciana D. Cavalcante,
Isaac A. Guimarães, Paulo A. M. de Souza, Li E. E. López

Projeto Wikiteca
Departamento de Engenharia e Ciência da Computação
Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB)
wikiteca@iesb.br

W
ikiteca é um um material hipermídia ou mul- O Projeto Wikiteca foi
projeto de pes- timídia, um objeto de aprendi- idealizado em 2007 pelo profes-
quisa, que tem zagem interativo, ou ainda re- sor Oscar Akio Nawa, ex-coor-
como finalida- solver problemas e desafios com denador dos cursos de Engenha-
de despertar nos alunos de Ensino característica lúdicas, ligados ao ria, junto com Ricardo Fragelli e
Médio o interesse pelas Ciências quotidiano. O conteúdo do site Fábio Monteiro, professores do
Exatas e a Engenharia. Para tal ajudará também os professores departamento de Engenharia do
fim foi desenvolvido um repositó- de qualquer escola a desenvol- IESB. O projeto recebe o apoio da
rio virtual de acesso livre, um es- verem suas aulas e ajudar a que- FINEP (Financiadora de Estudos
paço virtual onde qualquer pessoa brar a barreira existente entre o e Projetos), empresa pública vin-
pode disponibilizar ou consultar ensino médio e a faculdade. culada ao Ministério da Ciência e
14/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61) 3340-3747

Tecnologia. O repositório vir- sem isso, permanecem exteriores à disponibilizados.


tual de acesso livre tem dois inteligência infantil (Piaget, 1976)]; A equipe é atualmente co-
anos de funcionamento. No 3. Projetos de Campus (vitrine de ordenada pelo professor Li E. E.
primeiro semestre do projeto, projetos desenvolvidos por alunos López dos cursos de Engenharia e
foram organizadas várias ati- dos cursos de Engenharia do IESB); Ciência da Computação do IESB,
vidades visando à capacitação 4. Faça Você Mesmo (área onde doutor em Física pela Universidade
da equipe de alunos engajados são inseridos experimentos que de Brasília. O grupo de estagiários
no projeto, na utilização das podem ser desenvolvidos pelos remunerados é formado por estu-
ferramentas necessárias. Fo- visitantes do site); dantes de Ciência da Computação,
ram feitos estudos do software 5. Revisando (amostra de objetos de Engenharia Elétrica, Engenharia da
Macromedia Flash MX, da lin- aprendizagem interativos) e; Computação, Cinema, Publicidade
guagem Actionscript e da lin- 6. Curiosidades (artigos sobre os e Ensino Médio.
guagem PHP. diferentes assuntos de interesse nas A estrutura básica do repo-
Como elemento princi- diferentes áreas do conhecimento e sitório está construída; os módulos
pal de trabalho, foi desenvol- do dia a dia). O design do site inclui de cadastro, login, bem como os de
vido o repositório virtual de fatores gráficos (imagens), fatores inserção, manipulação e exibição de
acesso livre: wikiteca.iesb.br. técnicos (navegação e usabilidade) textos e arquivos foram produzidas
Animações em flash e textos e fatores pedagógicos (elaboração e estão sendo testadas e aperfeiçoa-
sobre diversos assuntos estão de conteúdo e planejamento das in- das, visando melhorar a usabilidade
disponíveis. De forma criativa terações e interatividades). e segurança; novos materiais para as
e divertida o estudante apren- Normalmente um material diferentes áreas do repositório estão
de a lidar com os problemas educacional digital torna-se bem em fase de produção.
sugeridos. Wikiteca é uma fer- mais atraente quando possui ima- Alunos dos diferentes se-
ramenta que tem como obje- gens, ilustrações gráficas ou uma mestre dos cursos de Engenharia
tivo, tanto auxiliar os alunos metáfora de interface [Behar e cola- e Ciência da Computação do IESB
nas suas atividades acadêmi- boradores 2009]. participam do projeto na modali-
cas quanto ajudar no trabalho Um dos diferenciais do dade de atividades complementa-
em sala de aula de professores site está na possibilidade, prévio res. Durante a etapa de treinamento
do Ensino Médio. cadastro, que o internauta tem de dos novos participantes, os alunos
Para interagir com o que o enviar textos produzidos por ele estagiários mais experientes atu-
aluno está aprendendo na escola, próprio com artigos de caráter am como monitores no processo
o site tem seis grandes áreas, como científico e experimentos atrativos de transferência da metodologia e
mostrado na Figura 1: de serem realizados. Viabilizando a tecnologia empregada; o projeto
1. Desafios (desafios lúdicos de ma- assim, uma troca de informações nesse aspecto já produziu bons mul-
temática, física e lógica); entre os usuários. Além dos textos, tiplicadores do conhecimento. Este
2. Jogos [através dos jogos as crian- animações em flash permitem aos fato em si, já representa um gran-
ças e adolescentes chegam a assi- alunos do ensino médio interagirem de benefício no aspecto acadêmi-
milar as realidades intelectuais que, com objetos de aprendizagem co, pois permite que os alunos dos
15/Revista Digital
Tecnologia
na educação
cursos de Engenharia e Ciência da jeto, sendo as mais recentes: (I) Nos dias trás do repositório virtual de acesso livre;
Computação do IESB se envolvam 18, 21 e 22 de Junho de 2010 os alunos mostrando as diferentes áreas do site e a
mais com a faculdade e com os pró- do Ensino Médio do colégio Marista de importância do conteúdo para os discen-
prios cursos, já que são eles que de- Taguatinga visitaram os cursos de Enge- tes e docentes do Ensino Médio. (III) No
senvolvem o site. nharia do IESB para conhecerem os la- dia 13 de Setembro de 2010 aconteceu
Além do site, o Projeto Wi- boratórios e também o projeto Wikiteca. no IESB, o evento denominado “Mostra
kiteca organiza e participa também (II) No dia 24 de Agosto de 2010 foi rea- Campus” com a visita das Escolas: Corje-
de eventos no IESB e nas escolas de lizado o Evento “IESB Live” com a visita su, Sagrada Família, Rogacionista – Gua-
ensino médio. Em tais eventos são dos alunos do Colégio de Ensino Médio rá 2, Dom Bosco, Notre Dame, Marista,
mostrados projetos de física, eletrô- “Marista – João Paulo II” da Asa Norte. O JK Asa Norte e Dromus – Sudoeste.
nica, computação e outros assuntos coordenador do projeto, Prof. López, em Em todas essas atividades foram
que foram feitos pelos alunos dos uma palestra realizada, apresentou para realizadas divulgações do repositório
cursos de Engenharia e Ciência da alunos e professores desse centro de ensi- virtual e oficinas relacionadas ao conte-
Computação do IESB, e pela própria no, a proposta pedagógica que existe por údo das áreas do site “Faça Você Mes-
equipe do projeto; por exemplo, ani-
mações usando o método do scani-
mation, a bobina de tesla, máquina
de vácuo, parábolas acústicas, con-
trole à distância de dispositivos elé-
tricos, etc. Os integrantes do Projeto
promovem atividades interativas em
que os próprios alunos de ensino
médio têm a oportunidade de parti-
cipar na criação e construção de pro-
jetos simples, porém cativantes, que
explicam de forma prática alguns
fenômenos por eles estudados nas
disciplinas de exatas. Logo depois de
serem concluídos podem ser levados
para casa como uma lembrança da
participação deles no evento.
A equipe Wikiteca já parti-
cipou de inúmeras atividades com
alunos das diferentes escolas de Bra-
sília e entorno, procurando em to-
das elas incentivá-los pelo interesse
nas áreas de engenharia e ciências
exatas, objetivo principal do pro-
16/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61) 3340-3747

mo” e “Projetos de Campus”; os alunos após a visita ao projeto, com resultados (I) revisão completa dos materiais
das escolas visitantes, com a assessoria satisfatórios enquanto à mudança volta- já disponibilizados nas áreas do
da equipe, construíram alguns equi- da para a preferência pelas áreas de enge- site, (II) produção de novos conte-
pamentos mecânicos como o Canhão nharia e de exatas. údos para essas áreas;
Acústico, elétricos como o Three Way e Atualmente, o repositó- (III) divulgação do site em todas as
eletromagnéticos como a Cigarra Elétri- rio virtual de acesso livre possui escolas de ensino médio do DF;
ca; e receberam as explicações teóricas e 100 usuários cadastrados, cerca de (IV) tornar o site cada vez mais in-
demonstrativas de projetos que foram 2.000 visitas e aproximadamente 60 terdisciplinar e;
desenvolvidos por alunos dos primei- artigos sobre os mais diversos as- (V) converter o repositório virtual
ros semestres dos cursos de Engenharia. suntos postados por colaboradores em fonte de consulta imprescindível
Algumas vezes, após a realização das externos. Esses números deverão para os alunos do ensino médio e
atividades, os alunos responderam um aumentar de acordo com os novos também em um meio que permita
questionário sobre o interesse deles pelas objetivos traçados. Os objetivos do ajudar aos professores a desenvolver
áreas das exatas e da engenharia antes e projeto a curto e médio prazo são: suas aulas usando toda a riqueza do
conteúdo interativo que ele oferece•

Referências

Piaget, J. (1976). “Psicologia e


Pedagogia”, Trad. por Dirceu
Accioly Lindoso e Rosa Ma-
ria Ribeiro da Silva, Forense
Universitária, Rio de Janeiro,
Brasil, p. 160.
Behar, P. A. e colaboradores
(2009) “Modelos Pedagógicos
em Educação a Distância”, Ed.
Artmed, Porto Alegre, Brasil,
Capítulo 2.

17/Revista Digital
Educação,
Globalização
e Interatividade

PEDAGOGIA

INTERATIVA
Sonia Véras

O
s professores estão revo- gógicos, os sistemas de avaliação, as importante não é prender-se a um
lucionando a sua rela- didáticas, as relações interpessoais e só assunto, mas ser capaz de pen-
ção com os alunos. Es- o próprio processo ensino-aprendi- sar analiticamente sobre um tema e
tão saindo do primeiro plano para zagem. Os instrumentos mediado- utilizar a palavra como ponte. Além
um modelo comum onde mestre e res ganharam conversão e amplitu- disso, os alunos passam a focar a re-
discente se colocam em cena e em de, uma vez que, na reflexão sobre a alidade voltando-
interação. Trocam ideias, crescem prática pedagógica, o coletivo preva- -se para uma
em mutualidade. Trazem informa- leceu. As discussões abriram terreno análise do con-
ções que precisam ser digeridas no para a busca do consenso e para a texto, seus me-
palco. As dúvidas passam a ser ele- composição de uma prática eficaz. andros, navegando
mentos instigadores da curiosidade. Professor e aluno começa- na observação de van-
A academia está em mo- ram a caminhada para a aprendi- tagens e desvantagens sobre a
vimento. O elemento fundante do zagem interativa onde ambos su- adoção de determi-
processo pedagógico deixou de ser gerem, questionam, pesquisam e nadas alternativas.
a informação registrada, via livro, buscam alternativas de solução. Os Da análise, perpassam
para voltar-se para a informação crivos de respostas foram colocados a síntese onde estão possibi-
nova originada da revista, do filme, de lado. O definitivo cedeu espaço litados a interferir contribuindo
da notícia da mídia, da discussão na para o provisório. para o aperfeiçoamento de seus
rua e do problema da comunidade. Quebrar um paradigma sig- contextos, ousando.
Os conteúdos dos programas pre- nificou ser capaz de submeter-se aos A ação de Empreender pas-
cisaram ser revistos para atender a riscos, transgredir e ousar buscar sa a se constituir pela concretude
esta nova demanda epistemológica respostas novas, questionando as de uma iniciativa. É no exercício da
– o conhecimento humano atual. ortodoxas. O espírito empreende- prática que os alunos deixam de só
Flexibilizaram-se todos os dor chegou aos bancos escolares. teorizar para vivenciar o aprendiza-
elementos: os livros, os currículos, Os alunos já estão sendo capazes de do conceitual, tão bem explicitado
os cursos, os procedimentos peda- sugerir temas para redação, pois o pelas clássicas bibliografias de nos-
18/Revista Digital
UNIEURO
Av. das Nações, Trecho 0, Conj. 5
Asa Sul - (61) 3445-5888
SGAN 916, Conjunto D, Asa Norte
Brasília - DF.
(61) 3445-5700 / (61) 3445-5701

sos cursos de graduação. fronteiras da teoria. Os conteúdos do processo educativo - o profes-


No Brasil pudemos ob- versam sobre: sor e o aluno. E no atual momento
servar experiências em algumas •Trabalhar de forma cooperativa; de globalização, trocam de papel
das universidades que incluí- •Identificar necessidades do continuamente. Abandonam as po-
ram, em suas práticas curricula- mercado; sições tradicionais da sala de aula:
res, conteúdos e atividades que •Estruturar Planos de Negócios palco e plateia.
propiciassem o planejamento e atendendo às demandas das co- Uma vez em ação agem co-
implantação de pseudoempre- munidades; operativa e interativamente, pois
sas, como oficinas de aprendi- •Desenvolver a comunicação hu- reconhecem e validam o sentido da
zagem, para a compreensão do mana; construção do conhecimento coleti-
empreendedorismo. Os peque- •Intervir com responsabilidade vo. Sabedoria esta que seja capaz de
nos negócios foram sendo incu- social em uma comunidade; gerar solidariedade, para agregar e
bados, gerados e viabilizados em •Aprender a lidar com finanças; para iluminar formas de vida mais
sala de aula. •Liderar grupos e comunidades prazerosas e sustentáveis•so de .
Ao professor está cabendo locais; veras.sonia@gmail.com
a tarefa de propiciar um ambiente •Socializar noções sobre a legisla- 61-99813084
de apren- ção trabalhista e tributária;
dizagem •Analisar e avaliar o cumprimento
onde o alu- dos direitos humanos de crianças,
no seja jovens e adultos.
ense- Estão hoje em parceria e in-
jado a teração os principais personagens
criar e
a ultra- Sonia Véras
passar os
rigores e as Pedagoga com Mestrado
em Educação. Especialista
em EAD e Treinamento de
Recursos Humanos.

Psicopedagoga Clínica.
Coordenadora do curso de
Pedagogia da Unieuro.
veras.sonia@gmail.com
61-9981 3084

19/Revista Digital
Tecnologia
e Inovação
Guerra de Robôs do IESB
Ciência e Diversão
em um Único Evento
Patrícia Moscariello Rodrigues

A
Guerra de Robôs do sando em torno de 15 Kg, duelaram sidade de robôs, que encantaram o
IESB foi o mais recen- na arena montada no pátio do IESB, público ali presente, principalmente
te evento tecnológico exibindo o potencial de seus alunos aos pais dos alunos participantes.
da instituição. A equipe do Proje- para a construção dos robôs. Com Todas as equipes tiveram em
to Inovador moldou e organizou oito equipes participando do even- torno de dois meses para a cons-
as equipes, regras e premiações do to, cada uma com cerca de seis in- trução dos seus projetos, auxiliados
evento. Máquinas destrutivas, pe- tegrantes, houve uma grande diver- pelos Instrutores de Engenharia do
20/Revista Digital
IESB
SGAS Qd. 613/614 Lt. 97 e 98 - Av. L-2
Asa Sul - (61) 3340-3747
SGAN Qd. 609 Mód. D - Av. L-2 Norte
Asa Norte (61) 3340-3747

máquinas não chegaram


a R$ 500,00, tiveram gru-
pos que gastaram somen-
te o preço das baterias
Projeto Inovador. Cativados pelo delos dos alunos ficaram prontos (R$ 80,00)”.
interesse eletrônico e mecânico dos muito tarde. Devíamos ter previsto No dia do evento, mais de
robôs, alunos de diversos semes- isso antes, comentam os organi- 200 pessoas compareceram para
tres do IESB, inclusive dos primei- zadores. No entanto, alguns robôs deslumbrar-se com o feito dos alu-
ros semestres, uniram-se para esta funcionaram corretamente e deram nos do IESB. Um grupo surpresa,
primeira Guerra de Robôs. “Nunca um verdadeiro show no palco. previamente combinado com os
pensei que fosse mexer com esse Apesar do imprevisto com organizadores, apareceu com uma
tipo de coisa aqui na faculdade. An- os controles RF fabricados pelos espécie de carro de controle remo-
tes estava em dúvida sobre qual en- alunos, os instrutores contam que é to modificado e deu um baile nos
genharia fazer, mas estou mexendo inviável a utilização de controles de grande e pesados robôs. Mas a fes-
até com mecânica, acho que escolhi modelismo, “Ao invés de pedir para ta do pequenino não durou muito
o curso certo.”, disse um dos alunos os alunos comprarem controles de tempo, depois de algumas mano-
do primeiro semestre. aeromodelos que custam em torno bras evasivas o robô Tubarão (com
Entretanto nem tudo foi de R$1000,00, ultrapassando o valor uma terrível serra horizontal pro-
perfeito, os organizadores do evento do próprio robô, construí-los reforça eminente) destroçou o pequenino
encontraram alguns problemas, “A a aprendizagem e ao mesmo tempo (apelidado de “Demo”) e pedaços
maioria dos robôs ficaram prontos diminui em 12 vezes os custos! voaram para todos os lados da are-
aos 48 minutos do segundo tempo”, Queríamos mostrar que é possível na, levando o público ao delírio.
descreve um dos instrutores; mas construir esses equipamentos com Em agosto de 2011 aconte-
revela que ficou satisfeito com baixo custo para termos o maior cerá a segunda Guerra de Robôs
o resultado e envolvimento dos número de participantes possível”. do IESB, série super heróis. Onde
estudantes, além da repercussão Os organizadores também cada robô representará algum su-
positiva entre os alunos de ensino contam que o conjunto controle per herói. Cada equipe deverá vir
médio também presentes no evento. sem fio RF e placa receptora e atu- vestida a caráter e cada robô fará
Os controles RF (Rádio Fre- adora do robô não saíram por mais uma apresentação na arena antes
quência) foram o verdadeiro ponto de R$ 80,00. A construção final de da batalha. A guerra será aberta a
fraco, pois sofreram com diversas cada robô ficou mais barata do que competidores externos à faculda-
interferências durante a guerra. foi planejado pelos organizadores, de, desde que inscritos e dentro
“Não conseguimos realizar os devi- “Esperávamos gastar cerca de R$ das normas específicas de segu-
dos testes com os controles, os mo- 600,00 a R$ 700,00, mas muitas rança e construção dos robôs•
21/Revista Digital
Tecnologia
Investigativa
Na pista dos
hackers
Dois jovens empreendedores inovam no mercado local
com investigação de crimes digitais
Frederico Palladino

E
m 2009, foram identificados no
Brasil mais de 350 mil ações
de hackers na internet. De
janeiro a março desse ano, 28
mil casos já haviam sido constatados. Esse
alto número de ataques está diretamente
ligado ao crescimento do uso da internet
no país. A cada dia, mais pessoas usam a
rede para efetuar compras, concluir
negócios e partilhar documentos.

Pensando nisso, os irmãos


Salus e Anderson Resende
Moraes, 27 e 29 anos, de-
cidiram montar uma em-
presa que investigasse
esses casos e ajudas-
se seus clientes a
evitá-los. Assim
surgiu a TIF,
Tecnologia da
Informação e Fo-
rense, que desen-
volve um trabalho
22/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

de perícia em organizações edital da ITEC-UCB corremos análises que realizam nas redes
e instituições privadas para com o projeto e fomos selecio- e computadores dos clientes,
identificar a origem de ata- nados”, conta Anderson. eles elaboram um laudo que
ques cibernéticos, vazamento Os irmãos Moraes define a origem dos problemas
de dados, violação de sistema, têm graduações diferentes. e que pode ser usado, inclusive,
entre outros. Salus se formou em Relações como embasamento para um
A iniciativa dos jovens é Internacionais e agora cursa processo judicial em situações
pioneira em Brasília e sua rea- Administração. Anderson é mais graves.
lização foi possível graças à In- formado em Tecnologia da E a TIF está prestes a con-
cubadora Tecnológica de Em- Informação e está prestes quistar mais visibilidade. Dia 31
presas e Cooperativas (ITEC) a concluir a pós-graduação de agosto, Salus e Anderson via-
da Universidade Católica de em Perícia Digital pela UCB. jam para o Rio de Janeiro para
Brasília, que oferece apoio lo- Diante do que consideraram participar da VIII Rio Info, uma
gístico, estrutural e jurídico a uma abertura no mercado, feira internacional de negócios
empreendimentos inovadores. resolveram investir juntos na da informática, que reunirá
“Há cerca de um ano estávamos ideia. O objetivo é se estabelecer 1.500 congressistas entre empre-
planejando criar a TIF, e quan- no mercado brasiliense e sas portuguesas, francesas, es-
do tomamos conhecimento do incrementar cada vez mais sua panholas e de outros países. “A
ação investigativa. Depois das participação na Rio Info vai ser
muito importante para apresen-
tar o nome da TIF e conhecer
melhor o mercado carioca,
que na área forense está
muito mais madu-
ro que o do
Distrito
Federal”,
comenta
S a -
lus•
Tecnologia
e meio ambiente

Visão Sustentável

Tecnologia social e projetos de extensão


ecologicamente corretos fazem parte das preocupações
da Universidade Católica de Brasília

Thaisa Abreu

Estrutura do celogs construida com tijolos artesanais_ by_thaisa_abreu


Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

Água da chuva vai direto para o criatório de peixes_ by_thaisa_abreu Aquecimento solar da água a baixo custo_ by_thaisa_abreu

N
as últimas décadas coordenadores, “Esse é um projeto ram para a realização do trabalho.
muito tem se falado de de extensão que promove atividades Entre as atividades do CE-
sustentabilidade. Mas voltadas para a logística de subsis- LOGS estão o aproveitamento do
o que é ser sustentável? É causar o tência com aplicação de tecnologia solo para fabricação de tijolos,
menor impacto possível ao meio social, envolvendo o desenvolvi- da luz solar para aquecimento da
ambiente, conseguindo recons- mento sustentável e a justiça social”. água, da hidráulica para evitar o
truir o que foi degradado. Esse tem Em julho de 2008, represen- consumo de energia elétrica, equi-
sido o desafio de muitas empresas, tantes da Georgetown University, pamentos de baixo custo para de-
a nível mundial, que mostram ser em visita à UCB, mostraram inte- sidratação de frutas e desinfecção
possível aumentar a rentabilidade resse em firmar parceria em proje- de água e um modelo de captação
sendo sustentável. Pensando nisso, tos sobre aplicação de tecnologias de água da chuva que colabora no
a Universidade Católica de Brasília sociais. No mesmo ano, o Exército manejo da piscicultura familiar
(UCB) desenvolve projetos volta- Brasileiro multiplicou sua experi- (criação de peixes) com produção
dos para essa área. ência na área. Em março de 2009, de hortaliças, como proposta sus-
Aproveitar recursos naturais a Reitoria da Católica implantou tentável de alimento (aquaponia).
como solo, água da chuva, energia o CELOGS no Campus I da Uni- Difundir conhecimentos para que
solar, energia hidráulica e, no futu- versidade, convidando o professor as pessoas estendam essas ativida-
ro próximo, energia eólica. Esse é o Marcelo Felippes, que desde o início des em suas próprias casas também
trabalho do Campo-Escola de Lo- estava envolvido no processo, para faz parte do projeto, que se estende
gística de Subsistência (CELOGS) orientar sua execução. Desde as pri- a todo o Distrito Federal.
da UCB, que tem como essência a meiras fases de instalação física, os Os interessados podem co-
preocupação com a sustentabilida- estudantes e a comunidade ligada à nhecer as instalações. O projeto re-
de. Segundo Nilo Mendes, um dos Universidade motivaram e coopera- cebe diferentes tipos de visitantes,
25/Revista Digital
As algas alimentam os peixes e oxi-
genam a água dispensando o uso de
ração_ by_thaisa_abreu
como autoridades, comitivas, profes-
sores, grupos escolares, entre outros,
todos acompanhados por instrutor.
Outros projetos de extensão
No primeiro semestre de 2010, o de-
putado federal Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), que tem interesse em criar Gualeve, coordenador do curso de
emenda parlamentar para ampliar o A preocupação ambiental Gestão da Tecnologia da Informa-
projeto CELOGS, por meio da im- da Universidade Católica de Bra- ção, e Luiz Kitajima, coordenador
plantação de um Centro Vocacional sília não para por aí. Em meio aos do curso de Gestão Ambiental da
Tecnológico - CVT, com enfoque seus projetos de extensão estão o UCB. De acordo com Ciro Duarte,
principal na tecnologia social, co- “E-lixo Universitário”, também co- um dos alunos do projeto, “o tra-
nheceu o Campo-Escola. nhecido como “Reiniciar”, em que balho é realizado com os computa-
Crianças do 3º ano fun- 10 alunos da Instituição trabalham dores da Católica. Peças de outras
damental do Centro Educacional com a reciclagem de computado- máquinas são reutilizadas e um
Católica de Brasília também tive- res e criam uma solução susten- computador que antes era inuti-
ram a oportunidade de aprender tável para diminuir o impacto do lizado, se torna útil para alguém”.
um pouco sobre o aproveitamento lixo eletrônico na instituição, e o Além disso, as peças que antes
dos recursos naturais de uma for- “Projeto de Educação Ambiental não tinham valor nenhum e iriam
ma sustentável, com simplicidade, (PEA)” que difunde, na instituição, direto para as lixeiras se tornam
baixo custo e fácil aplicabilidade. práticas como coleta seletiva e con- chaveiros, colares, porta-caneta,
Segundo Mendes, "desenvol- servação de energia.
ver técnicas com o objetivo de edu- A ideia do “Reini-
car as pessoas para o uso de recursos ciar” foi desenvolvida pe-
naturais para a própria subsistência é los professores Sebastião
importante no momento em que se Eustáquio, coordenador
vive uma crise ambiental". do curso de Logística;

Dispositivo permite a extração de água do poço artesiano sem Professor Nilo Mendes mostra como construir os
bomba elétrica_ by_thaisa_abreu reservatórios de água_ by_thaisa_abreu
28/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

porta-jóias, porta-cartão e compu- dante, apoiando às múltiplas tare-


fas dos sub-projetos, como a coleta
tadores que são restaurados, bene- Serviço
seletiva, a compostagem, a central
ficiam as comunidades educativas CELOGS
que tem parceria com a UCB. de reuso, a conservação de energia
Já o PEA, que iniciou suas ativida- elétrica, a racionalização do uso da Responsável:
des em agosto de 1999, tem como água e outros. As inscrições estão Marcelo Augusto de Felippes
objetivo realizar, dentro da Univer- sempre abertas, pois novos grupos Contato:
sidade Católica de Brasília, o uso são constantemente organizados”. mfelippes@ucb.br
responsável dos recursos naturais, Dentre os materiais recolhi-
o desenvolvimento de atividades dos, que são reciclados ou reapro- E-lixo Universitário
de sensibilização e de mudanças veitados, estão papel, plástico, metal Responsáveis:
de hábitos, além de mudanças ins- e orgânico, além de campanhas para Ciro ou Lucas
trumentais nas diversas operações arrecadação de PETs, caixas Tetra- Contato:
diárias dos processos administrati- pak, latas, pilhas e baterias de celu- projeto.reiniciar@gmail.com
vos da UCB, todos esses trabalhos lar, sendo os responsáveis pela cole- 3356-9686
voltados para a qualidade de vida. ta os Catadores da Cooperativa de
Segundo Lyvia Giselle Bay- Materiais Recicláveis – RECICLO. PEA
ma Campos, gestora do PEA, “quem De acordo com Campos, Responsável:
quiser também pode ser voluntário Lyvia Giselle Bayma Campos.
“para o 2° semestre de 2010 há ex-
no projeto, mesmo não sendo estu- Contatos:
pectativa de aquisição de
lyviac@ucb.br
coletores adequados para
educacaoambiental@ucb.br
salas de aula, laboratórios e
(61) 3356 9094
escritórios, para otimizar a
coleta seletiva na UCB”.

Professor Nilo Mendes explica como as algas ajudam na criação


dos peixes_ by_thaisa_abreu
Tecnologia
e Integração

Mil policiais militares colam


grau no ensino superior
Curso de Tecnologia em Segurança e Ordem
Pública da UCB forma primeira turma
Frederico Palladino

C
erca de mil policiais dois anos, acontece em ambiente Participaram da mesa a pri-
militares do DF tro- virtual e busca atuar como gerador meira dama do DF Karina Rosso,
caram as fardas pelas e indutor de soluções em ativida- o Comandante Geral da PM Cel.
becas na solenidade de colação de des relacionadas à prevenção da Luis Rodrigues, o reitor da Univer-
grau da primeira turma do curso violência e da criminalidade. sidade Católica de Brasília Pe. José
superior de Tecnologia em Segu-
rança e Ordem Pública (TecSOP),
da Universidade Católica de Bra-
sília - UCB Virtual. A cerimônia
aconteceu no Centro de Conven-
ções Ulysses Guimarães nessa
quarta-feira, 18 de agosto.
O curso foi criado a par-
tir de uma demanda do Governo
do Distrito Federal com o projeto
Policial do Futuro, que tem o ob-
jetivo de oferecer capacitação su-
perior aos policiais militares da
cidade. O TecSOP tem duração de Formação dos policiais_by_alephe_moraes (4)
30/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

Romualdo Degasperi, o Diretor


da UCB Virtual Francisco Bote-
lho, o chefe do Departamento de
Educação e Cultura da PM Cel.
Suamis Santana da Silva, o patro-
no da turma Cel. Ricardo Mar-
tins, a paraninfo professora Mar-
celle Gomes e o Paraninfo Prof.
Nelson Gonçalves de Sousa.
Representando todos os
formandos, o policial Marcos An- Formação dos policiais_by_alephe_moraes (3)
tônio Serra falou sobre os obstácu- guiríamos chegar ao fim com tan- confiança de todos e sei que vo-
los superados. “Não acreditávamos tos fóruns, trabalhos e prazos. Hoje cês serão protagonistas de um novo
que ainda seria possível cursar o alcançamos nossos objetivos e nos tempo na segurança do DF e não é
ensino superior. Quando o curso tornamos melhores profissionais. menos que isso que espero de vo-
começou pensávamos se conse- Fazemos parte dessa mudança na cês”, disse aos formandos.
PMDF, que se “Se alguém tinha dúvida
diferencia por sobre a Educação a Distância, essa
antes e depois é a prova de que é possível”, disse o
do TecSOP”, reitor da UCB, Pe. José Romualdo,
declarou or- no início de seu discurso. Para ele,
gulhoso. o rigor da PM e a disciplina da Uni-
A rofes- versidade Católica somaram forças
sora Marcele e ensinaram valores. “Vocês apren-
Gomes discur- deram a ética, justiça, cidadania,
sou sobre o bom vida, respeito e como mediar confli-
relacionamento tos. Agora troquem o cassetete pelo
entre professo- respeito à pessoa e usem as armas da
O diretor da UCB virtual Francisco Botelho e o reitor da UCB padre
res e alunos. honestidade, pois se você quer paz
José Romualdo Degasperi_by_alephe_moraes “Agradeço a deve lutar pela justiça”, afirmou•
31/Revista Digital
Formação dos policiais_by_alephe_moraes (2)
Marketing
Fidelidade do aluno só
com bom relacionamento
Wilson Lopes

V
ários são os elemen- poimento de formadores de opi- cuja finalidade é identificar, cons-
tos de comunicação de nião por meio de textos em jornais truir e manter uma rede de relacio-
marketing. Todos de e revistas enoticiário de televisão. namentos com alunos, através de
vital importância para as institui- Transformar esses 88 % contatos interativos, com a finalida-
ções de ensino. Porém, um deles, em imagem favorável é uma tarefa de de agregar mais valor na relação
o marketing de relacionamento, que pode ser entregue a um bom entre ambos. Sua versatilidade não
possui papel relevante, dentro do planejador de marketing de rela- fica só aí. Suas operações podem ser
contexto atual de muita concorrên- cionamento. estendidas, também, para os deno-
cia e de pouca verba que as insti- minados “prospects”, ou seja, possí-
tuições possuem para investimento veis novoscliente, ou, alunos.
em marketing. Isso porque, têm O que é marketing de
a capacidade de agregar em seus relacionamento? O marketing de rela-
processos de desenvolvimento ou- cionamento é formado
tros elementos de marketing, uma que é Criado inicialmente para pela integração das
ação que engloba a efetividade de a manutenção dos clientes atuais, seguintes ferramentas
muitas outras. Dessa forma, pode portanto para manter a fidelização, de comunicação:
contribuir para o efetivo uso da co- o marketing de relacionamento
municação integrada de marketing, extrapolou esse primeiro conceito Telemarketing:
que por sua vez é a melhor forma e já é utilizado para captar novos • Ativo, quando a empresa depois
de relacionamento das instituições clientes. de produzir um “script” específico e
com seus diversos públicos. Portanto, temos aí uma de posse de uma listagem de nomes
Pesquisa realizada pela ferramenta de comunicação que de “prospects” faz contatos que po-
Hope Comunicação e Marketing permite não só à instituição man- dem ser por telefone ou por celular;
(data não divulgada), registra que ter os alunos atuais como também • Passivo, quando a empresa man-
a imagem de instituições de ensino ajudar a “prospectar” no mercado da mensagem para o “prospect”
é formada da seguinte forma: 12% novos alunos. provocando o retorno por telefo-
a partir da propaganda da institui- O marketing de relaciona- ne. A qualidade do “script” e de
ção, 88% a partir do depoimento de mento em instituições de ensino é quem usa o “script” – o atendente,
quem estudou na instituição e de- formado por um conjunto de ações, é que faz a diferença.
34/Revista Digital
E- mail marketing:
É a ferramenta de marketing digi-
tal que necessita de um trabalho de
muita sutileza e cuidado. Para o pú-
blico interno pode ser utilizado sem
Centro de atendimento: muita preocupação, mas, sem antes
Local específico para o atendimen- consultar se o futuro destinatário
to pessoal. O atendimento de qua- permite o envio de mensagens via
lidade nos centros de atendimento e-mail. Já para os “prospects” o cui-
se dá por meio da interação entre dado deve ser maior para não passar
três fatores organizacionais: a estru- de um mero “spam”.
tura preparada para o atendimento,
Marketing eletrônico: o desenho dos processos de aten-
É a utilização dos diversos recur- dimento e o preparo adequado das
sos que a internet propicia. A mais pessoas que fazem o atendimento.
nova ferramenta do marketing ele- Se qualquer um desses elementos
trônico é o “HOT SITE” que é um não estiver no mesmo nível dos de-
site de tamanho menor, preparado mais, o atendimento perde, e muito,
para apresentar uma ação pontual em qualidade.
de comunicação. Possuem tem-
po de vida útil determinado e são
ligados a uma ação de marketing
ou comunicação específica. Ge-
ralmente os hotsites possuem um
apelo visual maior e são mais foca-
dos em um público específico, tra-
duzindo a expectativa deste alvo.
A publicidade em sites – das mais
diversas formas possíveis é outra
forma de marketing eletrônico.
36/Revista Digital
Católica
QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras - Taguatinga/DF
Asa Norte - SGAN 916 Avenida W5 - Brasília/DF
Asa Sul - SHIGS 702 Conjunto 2 Bloco A - Brasília/DF

SMS:
Serviço de Mensagens Curtas ou
Short Message Service (SMS) é um
Seminários e Exposições: serviço disponível em telefones celu-
Típica atividade de relações públicas. lares digitais que permite o envio de
Trata-se em promover encontros pe- mensagens curtas (até 255 caracteres
Mala Direta: riódicos com os diversos públicos da em GSM e 160 em CDMA) entre es-
Recurso de marketing que vem sen- instituição, com temas de alta rele- tes equipamentos e entre outros dis-
do pouco utilizado devido ao custo vância apresentados por renomados positivos de mão (handhelds), e até
ser mais elevado do que as mídias profissionais que podem ser, ou não, entre telefones fixos (linha-fixa).
digitais. Porém, quando trabalhado da própria instituição. É uma rara
com qualidade possui uma boa efi- oportunidade de relacionamento
cácia, principalmente se associado com o público externo e interno.
a outras formas de comunicação.
De uma forma mais simples, trata-
se do envio dos materiais impres-
sos produzidos pela instituição. Sua
dificuldade está na necessidade de
possuir um apelo promocional for-
te, como, por exemplo, um descon-
to na mensalidade.

Doutorando em Educação
pela Universidade Católica de
Brasília;
Mestrado: Universidade Fede-
ral de Santa Catarina – Facul-
dade de Engenharia de Produ-
ção e Sistemas.
Área de pesquisa: Análise
organizacional.
Conclusão: 2004;
Graduação: Faculdade de
Economia e Finanças do Rio
de Janeiro.
Curso: Administração de Em-
presas

37/Revista Digital

You might also like