You are on page 1of 17

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS

Universidade Técnica de Lisboa

Heteródinagem

1
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Heteródinagem
• Do grego Heterodyne
• Deriva da propriedade da Transformada de Fourier
Translação na frequência

s (t ) S ( ω)
S(ω)=F [s(t)]

e jω0t s ( t ) S ( ω − ω0 )

• Ou seja, o espectro é deslocado


• O que estava em DC vai para ω0
• Tem muitas aplicações: PLL, lock-in amplifier (amplificador
sintonizado), analisador de espectros

2
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Heteródinagem
• Ao multiplicar um sinal com uma sinusóide, aparecem duas
réplicas do espectro do sinal
A [V]
F [s(t)]

df df
f [Hz]
A [V]
F [cos(ωt)]

-f0 0 f0 f [Hz]

A [V]
F [s(t)cos(π t)]

df df 0 df df
f [Hz]

3
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Heteródinagem
• Também se pode verificar por

1
cos ( a) cos
= ( b ) 2 cos ( a + b ) + cos ( a − b )

• Se considerarmos a parte cos(a) como sendo uma parte da


série de Fourier do sinal original, essa componente origina
componente em a+b e a-b
• Depois é só pensarmos na linearidade da série de Fourier (se o
sinal de entrada pode ser decomposto numa soma, então o
espectro total é a soma de cada componente do sinal de
entrada deslocada de –b e +b)

4
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Heteródinagem
• Ou seja, temos aqui um método que nos permite
movimentar/deslocar/transladar o espectro de um
sinal
• Mas como?
• Multiplicando o sinal cujo espectro queremos
transladar com uma sinusóide
• Para isso, recorremos ao multiplicador analógico

5
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico

6
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
• Circuito electrónico que implementa a função
algébrica multiplicação
• A saída é a multiplicação das entradas à parte de
uma constante de amplitude

X
u1(t) us(t)
u2(t)

us t   k u1 t  u2 t 

7
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico (cont.)


• O que acontece se nas entradas estiverem duas
sinusóides?

u1 ( t ) A1 cos (2πf1t + ϕ1 )
=
u2 ( t ) A2 cos (2πf2t + ϕ2 )
=
Têm de saber isto

1
cos ( a) cos
= ( b ) 2 cos ( a + b ) + cos ( a − b )

us ( t ) k× A1 cos (2πf1t + ϕ1 ) A2 cos (2πf2t + ϕ2 )


=
A1 A2

2
{
cos 2π ( f1 − f2 ) t + ϕ1 − ϕ2  + cos 2π ( f1 + f2 ) t + ϕ1 + ϕ2  }
8
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico (cont.)

f1 f1-f2 f1+f2
X
u1(t) us(t)

u2(t)

f2

• Se uma das entradas for uma componente contínua,


a saída terá a frequência da outra entrada

9
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
Aplicação 1 f1  3kHz f2  2kHz

A1 A2
=us ( t ) k× cos (2π 1000t + ϕ1 − ϕ2 )
2
A1 A2
+ k× cos (2π 5000t + ϕ1 + ϕ2 )
2
• Qual a frequência de us(t)?
• Todas as frequências da série de Fourier são múltiplas da
frequência do sinal, logo fs = 1 kHz
• O sinal tem a fundamental e a 5ª harmónica

10
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Frequência de um sinal
• Soma de diversas sinusóides de frequências
diferentes (fm)

=x (t ) ∑D m cos (2πfmt + θm )
m =0

• Todas as frequências são múltiplas da frequência de


x(t) – Série de Fourier
• Então: fx é o máximo divisor comum (MDC) das
frequências fm

11
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
Aplicação 2
 f1 = 5 kHz, f2 = 2 kHz
 f1-f2 = 3 kHz, f1+f2 = 7 kHz
 Todas as frequências da série de Fourier são múltiplas
de fs, logo fs = 1 kHz
 O sinal tem as 3ª e 7ª harmónicas e a amplitude da
fundamental é nula
 Porque é que fs ≠ 500 Hz ?

12
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
Aplicação 3

 f1 = 5 kHz, f2 = 5 kHz

 f1-f2 = 0 Hz, f1+f2 = 10 kHz

 À saída do multiplicador existe uma componente


contínua e uma sinusóide de frequência 10 kHz

A1 A2 AA
us ( t ) k× cos ( ϕ1 − ϕ2 ) + k× 1 2 cos (2π 10000t + ϕ1 + ϕ2 )
2 2

 Medir diferença de fase .... Como?

13
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
AD532

14
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
AD532

LB saída:
1 MHz

15
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
AD532 – Aplicações

16
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO INSTRUMENTAÇÃO E MEDIDAS
Universidade Técnica de Lisboa

Multiplicador analógico
AD532 – Aplicações

17

You might also like