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Titulo: Braquiterapia Intersticial em Tumores de Pele e de Lábio - Resultados de Um Código:

Instituto
Introdução: A Braquiterapia Intersticial (BRT) é uma importante arma terapêutica na radioterapia (RT),
nomeadamente no tratamento de tumores de pele. Esta técnica permite tratar o tumor com doses elevadas,
poupando os tecidos saudáveis envolventes, permitindo um bom controlo local da doença com um resultado
cosmético bastante aceitável, maximizando a qualidade de vida e preservando a auto-imagem do doente.

Objectivos: Analisar os resultados após o tratamento de tumores de pele não-melanoma, da região de cabeça e
pescoço, e tumores de lábio, com Braquiterapia Intersticial.

Material e Métodos: Foi conduzido um estudo retrospectivo de 100 casos de tumores de pele não-melanomas da
cabeça e pescoço e tumores do lábio, tratados com Braquiterapia Intersticial entre 2003 e 2008. A recolha de dados
procedeu-se através da consulta de processos clínicos. Foram avaliadas as toxicidades agudas e tardias (segundo
tabelas da RTOG), os resultados cosméticos e funcionais (adaptação da escala Harvard/NSABP/RTOG), os
resultados de controlo local, sobrevida livre de doença e sobrevida global (Método de Kaplain Meier).

Resultados: A amostra (n=100) foi dividida em dois grupos: tumores de pele não melanoma da cabeça e pescoço
(76 doentes: 13 carcinomas pavimento-celulares e 63 carcinomas baso-celulares) e tumores de lábio (24 doentes).
O tratamento foi realizado com o equipamento de Braquiterapia PDR (pulse dose rate), com dose média de 60Gy
(55-65Gy) e tempo médio de tratamento de 6 dias (5,5 a 6 dias). 52 doentes realizaram tratamento exclusivo com
BRT e 48 com BRT adjuvante após a cirurgia. Observada toxicidade ≥ Grau III em 23% dos casos. A taxa de
recidiva verificada foi 6% para recidiva local e loco-regional (no grupo de tumores de pele a taxa de recidiva loco-
regional foi de 6,5% e no grupo de tumores do lábio foi de 29%) e 1% para recidiva à distância, apenas verificada
no grupo de tumores do lábio (corresponde a 4% no grupo de tumores do lábio). A mortalidade, por progressão da
doença, foi de cerca de 2%. A sobrevida livre de doença estimada foi de 89 meses e a sobrevida global cerca de 92
meses.

Conclusão: A Braquiterapia Intersticial, como terapêutica de primeira linha ou adjuvante, permite uma boa taxa de
controlo local da doença e bom resultado cosmético e funcional, à custa de toxicidades agudas e tardias aceitáveis,
quer em tumores de pele não melanoma, quer em tumores do lábio. É então lícito afirmar que esta técnica, em
casos seleccionados, deverá ser uma modalidade a considerar no tratamento deste tipo de tumor.
Resumo de (por favor assinale 1): Comunicação Livre X Poster
(CAMPO OBRIGATÓRIO – assinale apenas uma categoria):
Mama Cabeça e Pescoço Pulmão Cuidados Paliativos e Psicológicos
Ginecologia SNC Digestivo Física
Urologia Dermatologia Hematologia X Outros
Nome do Autor: Travancinha, Catarina
Nome dos Co-Autores: Antunes, Telma, Velho, Sónia; Trindade, Cândida, Roldão, Margarida
Instituição: Serviço de Radioterapia do Instituto Português de Telf.: 217200444
Oncologia, Francisco Gentil

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