Introdução: A Radioterapia (RT) caracteriza-se por ser condicionado pela natureza casuística da doença oncológica. Esta última, pode ser tratada com diversas modalidades terapêuticas, entre as quais se situa a RT, que é indicada para situações específicas, como o caso de tratamento de tumores de próstata. De acordo com o registo oncológico de 2007 do IPO do Porto, o tumor de próstata é o tumor mais frequente no sexo masculino (24%), sendo um dos tumores com maior taxa de mortalidade a nível mundial, à qual o distrito do Porto não é alheio. Neste sentido, a nossa Unidade de Radioterapia, possuindo a energia de fotões de 6MV, optimizou a técnica de tratamento, de modo assegurar o controlo tumoral, mantendo doses baixas nos órgão de risco recto , bexiga e cabeças do fémur. Objectivo: Demonstrar a técnica que esta a ser utilizada, na nossa Unidade de Radioterapia, no planeamento de tumores de próstata (E=6MV), comparando a mesma com uma técnica convencional (E=15MV), tendo esta comparação por base doses nos órgãos de risco (recto, bexiga, cabeças do fémur) e PTVred. Métodos: A amostra deste estudo representa todos os doentes com tumor de prostata tratados até ao momento nesta clinica, independentemente do Índice de Massa Corporal (IMC), sendo a dose total de prescrição de 70Gy, dos quais 54Gy são conformacionais ao PTV, e os restantes 16Gy conformacionais a um volume mais reduzido (PTVred). A técnicas do estudo para E=6MV têm as rotações da gantry de 45º, 90º, 135º, 225 , 270º, 315º e 0º. Para a E=15MV utilizou-se a técnica convencional que consiste nas mesmas rotações de gantry já referidas anteriormente com a excepção do campo anterior. A comparação entre as duas técnicas será efectuada com base nos histogramas dose volume (HDV), sendo avaliado para o recto a dose media, a 50% e 25% do volume, para a bexiga dose média e dose a 50% do volume, e para as cabeças do fémur serão avaliadas a dose média, e a dose a 100% e a 10% do volume. Relativamente ao PTVred, será avaliada a homogeneidade de dose, doses médias e pontos máximos de dose. Discussão e Conclusão: Podemos concluir que a técnica de 7 campos com E =6MV é uma boa alternativa à técnica convencional (6 campos) com E=15MV, pois não se verificam diferenças estatisticamente significativas ao nível de cobertura de dose no PTV Red e doses limites nos órgãos de risco (recto, bexiga). Em relação à dose recebida nas cabeças do fémur, esta diminui bastante com a técnica dos 7 campos E=6MV), sendo esta diferença estatisticamente significativa. Em suma, podemos concluir, que mesmo em técnicas convencionais, a existência de um acelerador com energias baixas (6MV), apresenta-se como uma mais valia no tratamento de tumores de próstata.
Resumo de (por favor assinale 1): Comunicação Livre Poster
(CAMPO OBRIGATÓRIO – assinale apenas uma categoria): Mama Cabeça e Pescoço Pulmão Cuidados Paliativos e Psicológicos Ginecologia SNC Digestivo Física Urologia Dermatologia Hematologia Outros Nome do Autor: Susana Oliveira Nome dos Co-Autores: Monica Sousa, Joana Silva, Rui Castro, Vânia Carvalho, Joana Fortes, Sónia Costa, Joana Aragão, Gisela Campos, Claudia Igreja, Miguel Ramalho, Tome Fernandes, Marisa Lobão, Joana Cardia Instituição: Unidade de Radioterapia do Porto – Telf.: 222 071 364 Quadrantes Porto