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Conselho Económico e Social …

Regulamentação do trabalho 4
Propriedade
Organizações do trabalho 209 Ministério do Trabalho
Informação sobre trabalho e emprego … e da Solidariedade
Social

Edição
Gabinete de Estratégia
e Planeamento
N.o Vol. Pág. 2010
Centro de Informação
1 77 1-292 8 Jan e Documentação

ÍNDICE

Conselho Económico e Social:


Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:

Portarias de condições de trabalho:


Portarias de extensão:
— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a
FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros (administrativos e fogueiros) . . . . . . . . . . . . 4
— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Panificação,
Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo
de Portugal e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
— Portaria de extensão dos CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação
dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de em-
pregadores e a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química
(pessoal fabril, de apoio e manutenção) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
— Portaria de extensão das alterações dos CCT entre a APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e
Turismo e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação de emprega-
dores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal . . . . . 7
— Portaria de extensão das alterações do CCT entre a APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Profissionais de
Seguros e o SISEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
— Portaria de extensão das alterações dos CCT para o ensino particular e cooperativo não superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
— Portaria de extensão dos CCT entre a Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos
da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e a
FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
— Aviso de projecto de portaria de extensão das alterações do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a
FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
— Aviso de projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato
dos Quadros e Técnicos de Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
— Aviso de portaria de extensão do ACT entre a MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e
outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Convenções colectivas de trabalho:


— CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e a Federação dos Sindicatos do Sector da
Pesca (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
— CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas Industriais e o SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e
Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (pesca do arrasto costeiro) — Revisão global . . . . . . . . . . 25
— CCT entre a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada e o SEP — Sindicato dos Enfermeiros Portugueses — Revisão
global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

— CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços
de Portugal — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
— CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços
de Portugal (comércio de carnes) — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
— ACT entre a Charline Transportes — Sociedade Unipessoal, L.da, e outras e o SNM — Sindicato Nacional dos Motoris-
tas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
— ACT entre o Banco Comercial Português e outros e o Sindicato dos Bancários do Norte e outros — Alteração salarial e
outras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
— ACT entre as várias caixas de crédito agrícola mútuo e outros e o Sindicato dos Bancários do Norte e outros — Alteração
salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
— AE entre os CTT — Correios de Portugal, S. A., e o SNTCT — Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Te-
lecomunicações e outro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
— AE entre o Banco de Portugal e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários e outro — Revisão global . . . . . 117
— AE entre a União das Misericórdias Portuguesas e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Educação e outros — Al-
terações salariais e outras e texto consolidado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Decisões arbitrais:

Avisos de cessação da vigência de convenções colectivas de trabalho:


Acordos de revogação de convenções colectivas de trabalho:


Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I — Estatutos:
— Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e Ensino Básico — SIPPEB — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
— Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas — SETAA — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
— Sindicato dos Professores do Norte — Alteração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
— SINDEP — Sindicato Nacional e Democrático de Professores — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
— SQTD — Sindicato dos Quadros e Técnicos de Desenho — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254

II — Direcção:
— Sindicato dos Professores do Pré-Escolar e Ensino Básico — SIPPEB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256
— Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas — SETAA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256
— Sindicato dos Quadros e Técnicos do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
— SINDEP — Sindicato Nacional e Democrático dos Professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258

Associações de empregadores:

I — Estatutos:
— ACIRO — Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
— AIT — Associação dos Industriais de Tomate — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
— Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas — ANTP — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
— Confederação do Turismo Português — CTP — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
— AGEFE — Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico — Alteração. . . . 272
— ACSDS — Associação do Comércio e Serviços dos Distritos de Setúbal — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

II — Direcção:
— Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal — AGAP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
— GROQUIFAR — Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
— APAVT — Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

Comissões de trabalhadores:

I — Estatutos:
— Kromberg & Schubert Portugal, L.da — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

II — Eleições:

Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho:

I — Convocatórias:
— SIEMENS & IBERLIM, A. C. E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
— INE — Instituto Nacional de Estatística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290

II — Eleição de representantes:
— CORKSRIBAS — Indústria Granuladora de Cortiça, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290
da
— OPETREC — Operações e Serviços, L. ............................................................... 291
da
— EUGSTER & FRISMAG, Electrodomésticos, L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291

Nota. — A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com Sábados, Domingos e Feriados

SIGLAS
CCT — Contrato colectivo de trabalho.
ACT — Acordo colectivo de trabalho.
RCM — Regulamentos de condições mínimas.
RE — Regulamentos de extensão.
CT — Comissão técnica.
DA — Decisão arbitral.
AE — Acordo de empresa.

Execução gráfica: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. — Depósito legal n.º 8820/85.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL


REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO


PORTARIAS DE EXTENSÃO

Portaria de extensão das alterações do CCT entre abrangidos pela convenção, com exclusão dos praticantes e
a ANIA — Associação Nacional dos Industriais aprendizes e um grupo residual, são 425, dos quais 65 (15,3 %)
de Arroz e outras e a FETESE — Federação dos auferem retribuições inferiores às convencionais, sendo que
Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e 27 (6,4 %) auferem retribuições inferiores às da convenção
outros (administrativos e fogueiros). em mais de 6 %. São as empresas dos escalões de dimensão
entre 20 e 249 trabalhadores que empregam o maior número
As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a de trabalhadores com retribuições inferiores às convencionais.
ANIA — Associação Nacional dos Industriais de Arroz e outras As convenções anteriores e as respectivas extensões
e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de excluíram do seu âmbito as empresas de moagem sediadas
Serviços e outros (administrativos), publicadas no Boletim do nos distritos de Aveiro e Porto, em virtude de as mesmas
Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, abrangem estarem abrangidas por convenções próprias. Embora a
as relações de trabalho entre empregadores das indústrias de actual convenção, que é uma alteração salarial, não exclua
arroz, de alimentos compostos para animais e de moagem e aquelas empresas, as mesmas são excluídas da presente
trabalhadores administrativos e fogueiros ao seu serviço, uns extensão visto os instrumentos de regulamentação colectiva
e outros representados pelas associações que a outorgaram. anteriores não lhes serem aplicáveis.
As associações subscritoras requereram a extensão das al- Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de
terações a todas as empresas da mesma área e âmbito não re- convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete
presentadas pelas associações de empregadores outorgantes aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão
da convenção, bem como a todos os trabalhadores ao seu ser- apenas é aplicável no território do continente.
viço representados pelas associações sindicais outorgantes. Com vista a aproximar os estatutos laborais dos trabalha-
A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de ava- dores e as condições de concorrência entre as empresas dos
liação do impacto da extensão da tabela salarial teve por base sectores de actividade abrangidos, a extensão assegura para
as retribuições efectivas praticadas nos sectores abrangidos a tabela salarial retroactividade idêntica à da convenção.
pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007 A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito
e actualizadas com base no aumento percentual médio das de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos traba-
tabelas salariais das convenções publicadas nos anos inter- lhadores e, no plano económico, o de aproximar as condi-
médios. Os trabalhadores a tempo completo dos sectores ções de concorrência entre empresas dos mesmos sectores.

4
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Boletim telaria e Turismo de Portugal e outras (sectores de fabrico,
do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, expedição e vendas, apoio e manutenção — Centro), pu-
ao qual não foi deduzida oposição por parte dos interessados. blicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de
Assim: 8 de Agosto de 2009, abrangem as relações de trabalho
Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So- entre empregadores e trabalhadores representados pelas
lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do associações que as outorgaram.
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte: As associações subscritoras da convenção requereram a
sua extensão a todos os trabalhadores de todas as profissões
Artigo 1.º e categorias nela previstas e a todas as empresas que se
1 — As condições de trabalho constantes da alteração dediquem às actividades abrangidas pela convenção.
do contrato colectivo de trabalho entre a ANIA — Asso- A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de
ciação Nacional dos Industriais de Arroz e outras e a FE- avaliação do impacto da extensão teve por base as re-
TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de tribuições efectivas praticadas no sector abrangido pela
Serviços e outros (administrativos e fogueiros), publicada convenção, apuradas pelos quadros de pessoal de 2007
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto e actualizadas com base no aumento percentual médio
de 2009, são estendidas, no território do continente: das tabelas salariais das convenções publicadas no ano
de 2008. Os trabalhadores a tempo completo deste sector,
a) Às relações de trabalho entre empregadores não filia-
com exclusão dos aprendizes, praticantes e um grupo re-
dos nas associações de empregadores outorgantes que se
dediquem às indústrias de arroz, de alimentos compostos sidual, são cerca de 4387, dos quais 2543 (58 %) auferem
para animais e de moagem e trabalhadores ao seu serviço retribuições inferiores às da tabela salarial da convenção,
das profissões e categorias profissionais nela previstas; sendo que 635 (14,5 %) auferem retribuições inferiores
b) Às relações de trabalho entre empregadores que exer- às convencionais em mais de 6,7 %. São as empresas dos
çam as actividades económicas referidas na alínea anterior escalões de dimensão até 19 trabalhadores que empregam o
filiados nas associações de empregadores outorgantes e maior número de trabalhadores com retribuições inferiores
trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias às da convenção.
profissionais previstas na convenção não representados As retribuições do nível I da tabela de remunerações
pelas associações sindicais outorgantes. mínimas mensais do horário normal e do horário especial
(anexo IV) são inferiores à retribuição mínima mensal ga-
2 — O disposto no número anterior não é aplicável às re- rantida em vigor. No entanto, a retribuição mínima mensal
lações de trabalho entre empresas de moagem sediadas nos garantida pode ser objecto de reduções relacionadas com
distritos de Aveiro e Porto e trabalhadores ao seu serviço. o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código do
Trabalho. Deste modo, as referidas retribuições apenas
Artigo 2.º são objecto de extensão para abranger situações em que a
retribuição mínima mensal garantida resultante da redução
1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
a sua publicação no Diário da República. seja inferior àquelas.
2 — A tabela salarial produz efeitos a partir de 1 de A convenção actualiza, ainda, outras prestações de con-
Janeiro de 2009. teúdo pecuniário, nomeadamente o subsídio de refeição,
3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem com um acréscimo de 3,4 %. Não se dispõe de dados esta-
ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com tísticos que permitam avaliar o impacto destas prestações.
início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente Considerando a finalidade da extensão e que a mesma
portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica-se
retroactividade ou fracção e até ao limite de seis. incluí-la na extensão.
A convenção tem área nacional. No entanto, as extensões
Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do anteriores apenas abrangeram os distritos de Aveiro (ex-
Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos cepto os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e
Santos André. Feira), Viseu (excepto os concelhos de Armamar, Cinfães,
Lamego, Resende, São João da Pesqueira e Tabuaço),
Guarda (excepto o concelho de Vila Nova de Foz Côa) e
Leiria (excepto os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Cal-
das da Rainha, Nazaré, Óbidos, Peniche e Porto de Mós) e
Portaria de extensão das alterações do CCT en- o concelho de Ourém (distrito de Santarém), em virtude de
tre a ACIP — Associação do Comércio e da no restante território do continente serem aplicadas outras
Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares convenções colectivas com âmbitos parcialmente coinci-
e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da dentes, celebradas por diferentes associações de empre-
Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria gadores, nomeadamente, pela AIPAN — Associação dos
e Turismo de Portugal e outras (sectores de Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte
fabrico, expedição e vendas, apoio e manu- e pela Associação dos Industriais de Panificação de Lisboa,
tenção — Centro). quanto à indústria e comércio de panificação. A convenção
abrange, ainda, a indústria de pastelaria e confeitaria, ac-
As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a tividades também abrangidas pelos CCT celebrados pela
ACIP — Associação do Comércio e da Indústria de Pani- ANCIPA — Associação Nacional de Comerciantes e In-
ficação, Pastelaria e Similares e a FESAHT — Federação dustriais de Produtos Alimentares, ARNICA — Associação
dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Ho- Regional do Norte da Indústria e Comércio Alimentar,

5
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

HR Centro — Associação dos Industriais de Hotelaria e «boutique de pão quente», «confeitaria», «cafetaria» e «ge-
Restauração do Centro e APHORT — Associação Por- ladaria», com ou sem terminais de cozedura, não filiados
tuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e, também, na associação de empregadores outorgante e trabalhadores
pela AIPAN — Associação dos Industriais de Panificação, ao seu serviço das profissões e categorias profissionais
Pastelaria e Similares do Norte. Nestas circunstâncias, a nelas previstas;
presente extensão, a exemplo das anteriores, apenas se b) No território do continente, às relações de trabalho
aplica aos empregadores não filiados na ACIP — Associa- entre empregadores que prossigam a actividade referida
ção do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria na alínea anterior filiados na associação de empregadores
e Similares dos distritos e concelhos atrás indicados, com outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e
exclusão dos filiados nas associações de empregadores categorias profissionais previstas na convenção não repre-
referidas e, no território do continente, aos empregadores sentados pelas associações sindicais outorgantes.
nela filiados.
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba- 2 — A presente portaria não é aplicável às relações
lhadores e as condições de concorrência entre as empresas de trabalho estabelecidas entre empresas filiadas na AI-
do sector de actividade abrangido, a extensão assegura PAN — Associação dos Industriais de Panificação, Paste-
para a tabela salarial e para as cláusulas com conteúdo laria e Similares do Norte, na Associação dos Industriais de
pecuniário retroactividade idêntica à da convenção. Panificação de Lisboa, na ANCIPA — Associação Nacio-
Atendendo a que a convenção regula diversas condições nal de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares,
de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláusulas na ARNICA — Associação Regional do Norte da Indústria
contrárias a normas legais imperativas. e Comércio Alimentar, na HR Centro — Associação dos
A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito Industriais de Hotelaria e Restauração do Centro e na
de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra- APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restau-
balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con- ração e Turismo e trabalhadores ao seu serviço.
dições de concorrência entre empresas do mesmo sector. 3 — As retribuições do nível I da tabela de remunerações
Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de mínimas mensais do horário normal e do horário especial
convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete (anexo IV) apenas são objecto de extensão em situações em
aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão que sejam superiores à retribuição mínima mensal garan-
apenas será aplicável no território do continente. tida resultante de redução relacionada com o trabalhador,
Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no de acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho.
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro
de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos Artigo 2.º
interessados. 1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
Assim: a sua publicação no Diário da República.
Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So- 2 — A tabela de remunerações mínimas mensais e as
lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do cláusulas de conteúdo pecuniário produzem efeitos desde
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte: 1 de Janeiro de 2009.
3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem
Artigo 1.º ser satisfeitos em prestações mensais, com início no mês
1 — As condições de trabalho constantes das altera- seguinte ao da entrada em vigor da presente portaria, cor-
ções do CCT entre a ACIP — Associação do Comércio respondendo cada prestação a dois meses de retroactivi-
e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares e a dade ou fracção e até ao limite de seis.
FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
e outras (sectores de fabrico, expedição e vendas, apoio Santos André.
e manutenção — Centro), publicadas no Boletim do Tra-
balho e Emprego, n.º 29, de 8 de Agosto de 2009, são
estendidas:
a) Nos distritos de Coimbra, Aveiro (excepto os con-
celhos de Arouca, Castelo de Paiva, Espinho e Santa Ma- Portaria de extensão dos CCT entre a AIBA — As-
ria da Feira), Viseu (excepto os concelhos de Armamar, sociação dos Industriais de Bolachas e Afins e
Cinfães, Lamego, Resende, São João da Pesqueira e Ta- a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agri-
buaço), Guarda (excepto o concelho de Vila Nova de Foz cultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Tu-
Côa), Castelo Branco e Leiria (excepto os concelhos de rismo de Portugal e entre a mesma associação
Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos, de empregadores e a FETICEQ — Federação
Peniche e Porto de Mós) e o concelho de Ourém (distrito dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica,
de Santarém), às relações de trabalho entre empregadores Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal
que se dediquem à actividade industrial e ou comercial fabril, de apoio e manutenção).
em estabelecimentos simples ou polivalentes ou mistos no
âmbito da panificação e ou pastelaria e ou similares, em Os contratos colectivos de trabalho entre a AIBA —
estabelecimentos que usam as consagradas denominações Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a FE-
«padaria», «pastelaria», «padaria/pastelaria», «estabeleci- SAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura, Ali-
mento especializado de venda de pão e produtos afins», mentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e entre

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

a mesma associação de empregadores e a FETICEQ — Fe- de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos
deração dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vi- interessados.
dreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal fabril, de Assim:
apoio e manutenção), publicados no Boletim do Trabalho Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-
e Emprego, n.os 30 e 32, de 15 e de 29 de Agosto de 2009, lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do
abrangem as relações de trabalho entre empregadores que artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:
se dediquem ao fabrico industrial de bolachas e de outros
produtos alimentares a partir de farinhas e trabalhadores ao Artigo 1.º
seu serviço, uns e outros representados pelas associações 1 — As condições de trabalho constantes das alterações
que os outorgaram. dos CCT entre a AIBA — Associação dos Industriais de
As associações subscritoras das convenções requereram Bolachas e Afins e a FESAHT — Federação dos Sindicatos
a sua extensão às relações de trabalho entre empregado- da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo
res e trabalhadores não representados pelas associações de Portugal e entre a mesma associação de empregadores e
outorgantes e que, no território nacional, se dediquem à a FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
mesma actividade. Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química (pessoal
As convenções actualizam as tabelas salariais. O estudo fabril, de apoio e manutenção), publicadas no Boletim do
de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais Trabalho e Emprego, n.os 30 e 32, de 15 e de 29 de Agosto
teve por base as retribuições efectivas praticadas no sector de 2009, são estendidas, no território do continente:
abrangido pelas convenções, apuradas pelos quadros de a) Às relações de trabalho entre empregadores não fi-
pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento percen- liados na associação de empregadores outorgante que se
tual médio das tabelas salariais das convenções publicadas dediquem ao fabrico industrial de bolachas e trabalhadores
nos anos intermédios. Os trabalhadores a tempo completo ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
do sector abrangido pelas convenções, com exclusão dos nelas previstas;
praticantes, aprendizes e um grupo residual, são 303, dos b) Às relações de trabalho entre empregadores que exer-
quais 113 (37,3 %) auferem retribuições inferiores às con- çam a actividade económica referida na alínea anterior
vencionais. São as empresas do escalão de dimensão entre 50 filiados na associação de empregadores outorgante e tra-
e 249 trabalhadores que empregam o maior número de tra- balhadores ao seu serviço, das profissões e categorias pro-
balhadores com retribuições inferiores às das convenções. fissionais previstas nas convenções, não representados
As convenções actualizam, ainda, o subsídio de alimen- pelas associações sindicais signatárias.
tação com um acréscimo de 2,4 %. Não se dispõe de dados
estatísticos que permitam avaliar o impacto desta prestação. 2 — Não são objecto da extensão determinada no nú-
Considerando que a mesma prestação foi objecto de exten- mero anterior as cláusulas contrárias a normas legais im-
sões anteriores, justifica-se incluí-la na extensão. perativas.
Não obstante as convenções se aplicarem ao fabrico Artigo 2.º
industrial de bolachas e de outros produtos alimentares 1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
a partir de farinhas, a presente extensão abrange exclusi- a sua publicação no Diário da República.
vamente o fabrico industrial de bolachas, a exemplo das 2 — As tabelas salariais e as cláusulas de conteúdo
extensões anteriores, em virtude das restantes actividades pecuniário produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.
serem representadas por outras associações de empregado- 3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem
res e estarem abrangidas por convenções próprias. ser satisfeitos em prestações mensais, de igual valor, com
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba- início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente
lhadores e as condições de concorrência entre empresas do portaria correspondendo cada prestação a dois meses de
sector de actividade abrangido, a extensão assegura para as retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.
tabelas salariais e para as cláusulas de conteúdo pecuniário
retroactividade idêntica à das convenções. Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
Tendo em consideração que não é viável proceder à Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
verificação objectiva da representatividade das associa- Santos André.
ções outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas
convenções são substancialmente idênticos procede-se,
conjuntamente, à respectiva extensão.
Atendendo a que as convenções regulam diversas con-
dições de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláu-
sulas contrárias a normas legais imperativas. Portaria de extensão das alterações dos CCT
A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito entre a APHORT — Associação Portuguesa de
de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra- Hotelaria, Restauração e Turismo e a FETE-
balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con- SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalha-
dições de concorrência entre empresas do mesmo sector. dores de Serviços e entre a mesma associação
Embora as convenções tenham área nacional, a extensão de empregadores e a FESAHT — Federação
de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,
aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
apenas é aplicável no território do continente.
Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no As alterações dos contratos colectivos de trabalho entre a
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, Restau-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

ração e Turismo e a FETESE — Federação dos Sindicatos Foi publicado o aviso relativo ao projecto de extensão no
dos Trabalhadores de Serviços e entre a mesma associação Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 36, de 29 de Setembro
de empregadores e a FESAHT — Federação dos Sindicatos de 2009, ao qual deduziram oposição a FESAHT — Fede-
da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo ração dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas,
de Portugal, publicadas, respectivamente, no Boletim do Hotelaria e Turismo de Portugal e a MOVIJOVEM — Mo-
Trabalho e Emprego, n.os 18, de 15 de Maio de 2009, e 20, bilidade Juvenil, C. I. P. R. L. A federação sindical pretende
de 29 de Maio de 2009, abrangem as relações de trabalho que as condições de trabalho previstas na convenção sejam
entre empregadores e trabalhadores ao seu serviço repre- estendidas no respectivo âmbito geográfico; no entanto,
sentados pelas associações que os outorgaram. reconhece que «abrange maior número de trabalhadores e
As associações subscritoras requereram a extensão das empresas na região Norte/Centro». Embora a convenção
referidas convenções. tenha área nacional, as actividades abrangidas são também
A estrutura das tabelas salariais das convenções foi reguladas por outras convenções colectivas de trabalho,
alterada, impossibilitando a avaliação de impacto da ex- algumas outorgadas pela própria oponente. Por outro lado,
tensão. Contudo, sabe-se que existem no sector 39 169 tra- a extensão de convenções colectivas nas Regiões Autóno-
balhadores a tempo completo. As convenções actualizam, mas compete aos respectivos Governos Regionais. Nestes
ainda, outras prestações de conteúdo pecuniário como o termos não se acolhe a oposição deduzida pela referida
valor pecuniário da alimentação, entre 0,9 % e 4,4 %, as federação sindical.
diuturnidades, em 1,6 % e o prémio de conhecimento de A MOVIJOVEM pretende não ser abrangida pela ex-
línguas, em 1,5 %. Não se dispõe de dados estatísticos que tensão porque as pousadas de juventude, cuja gestão está
permitam avaliar o impacto destas prestações. Conside- a seu cargo, não são empreendimentos turísticos ou hote-
rando a finalidade da extensão e que as mesmas prestações leiros, de acordo com os artigos 2.º e 11.º do Decreto-Lei
foram objecto de extensões anteriores, justifica-se incluí- n.º 39/2008, de 7 de Março. Enquanto entidade gestora da
-las na extensão. rede nacional de pousadas de juventude são-lhe atribuídos
Na área das convenções, as actividades abrangidas são especiais fins de carácter social, competindo-lhe promo-
também reguladas por outras convenções colectivas de tra- ver, apoiar e fomentar acções de mobilidade juvenil, em
balho, nomeadamente as celebradas pela AHRESP — As- especial, para jovens mais desfavorecidos, a preços sociais,
sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu- sem comparticipações financeiras do Estado. Embora as
gal, pela HRCENTRO — Associação dos Industriais de pousadas de juventude se destinem a proporcionar aloja-
Hotelaria e Restauração do Centro, pela Associação de mento, são exploradas sem intuito lucrativo e com cariz
Hotelaria de Portugal, pela ACIP — Associação do Co- social, não estando a sua frequência aberta ao público em
mércio e Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, geral, antes sendo restrita a grupos limitados. Dado que
pela AIPAN — Associação dos Industrias de Panificação, não existe identidade ou semelhança entre esta actividade
Pastelaria e Similares do Norte, pela Associação dos In- e a abrangida pela convenção, procede-se à exclusão da
dustriais de Panificação de Lisboa, pela ANCIPA — Asso- entidade oponente.
ciação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produ- Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-
tos Alimentares e pela ARNICA — Associação Regional lhadores e as condições de concorrência entre empresas
do Norte da Indústria e Comércio Alimentar, pelo que é do sector de actividade abrangido, a extensão assegura
conveniente assegurar, na medida do possível, a unifor- uma retroactividade das tabelas salariais e das cláusulas
mização do estatuto laboral em cada empresa. Por outro de conteúdo pecuniário idêntica à das convenções.
lado, a associação de empregadores outorgante «assume Tendo em consideração que não é viável proceder à
a continuidade associativa da União das Associações de verificação objectiva da representatividade das associa-
Hotelaria e Restauração do Norte de Portugal, da Associa- ções outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas
ção dos Hotéis do Norte de Portugal, da Associação dos convenções são substancialmente idênticos, procede-se à
Restaurantes, Cafés e Similares do Norte de Portugal, da respectiva extensão conjunta.
Associação das Pastelarias, Casas de Chá e Similares do A extensão das convenções tem, no plano social, o
Norte de Portugal e da Associação das Pensões do Norte de efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho
Portugal», de acordo com o n.º 2 do artigo 1.º dos estatutos, dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar
publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 15, de as condições de concorrência entre empresas do mesmo
22 de Abril de 2008. Assim, e a exemplo das extensões sector.
anteriores das convenções colectivas de trabalho celebradas Assim:
pela UNIHSNOR — União das Associações da Hotelaria Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-
e Restauração do Norte de Portugal e das extensões dos lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do
CCT APHORT — Associação Portuguesa de Hotelaria, artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:
Restauração e Turismo, as alterações dos contratos colec-
tivos de trabalho em apreço são estendidas nos distritos Artigo 1.º
de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila
Real e Viseu, às relações de trabalho em que sejam parte As condições de trabalho constantes das alterações dos
empregadores não filiados nas referidas associações de contratos colectivos de trabalho entre a APHORT — As-
empregadores e, no território do continente, às relações sociação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e a FE-
de trabalho entre empregadores filiados na associação de TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de
empregadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço Serviços e entre a mesma associação de empregadores e
não filiados nos sindicatos inscritos nas federações sindi- a FESAHT — Federação dos Sindicatos da Agricultura,
cais outorgantes. Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal,

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

publicadas, respectivamente, no Boletim do Trabalho e dores que exerçam a actividade de mediação de seguros e
Emprego, n.os 18, de 15 de Maio de 2009, e 20, de 29 de ou resseguros e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros
Maio de 2009, são estendidas: representados pelas associações que as outorgaram.
a) Nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana A APROSE requereu a extensão das referidas alterações
do Castelo, Vila Real e Viseu às relações de trabalho entre do contrato colectivo.
empregadores não filiados na associação de empregadores A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de
outorgante que exerçam a actividade económica abrangida avaliação do impacto da extensão da tabela salarial teve por
pelas convenções e trabalhadores ao seu serviço, das pro- base as retribuições efectivas praticadas no sector abran-
fissões e categorias profissionais nelas previstas; gido pela convenção, apuradas pelos quadros de pessoal
b) No território do continente, às relações de trabalho de 2007 e actualizadas com base no aumento percentual
entre empregadores filiados na associação de emprega- médio das tabelas salariais das convenções publicadas no
dores outorgante que exerçam a actividade económica ano de 2008.
referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu serviço, Os trabalhadores a tempo completo do sector, com ex-
das profissões e categorias profissionais previstas nas con- clusão de aprendizes, praticantes e um grupo residual, são
venções, não representados pelas associações sindicais cerca de 1452, dos quais 849 (58,5 %) auferem retribuições
outorgantes. inferiores às da convenção, sendo que 575 (39,6 %) aufe-
rem retribuições inferiores às convencionais em mais de
2 — A extensão determinada na alínea a) do número an- 5,4 %. São as empresas do escalão de dimensão até nove
terior não se aplica a empresas filiadas na AHRESP — As- trabalhadores que empregam o maior número de trabalha-
sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu- dores com retribuições inferiores às da convenção.
gal, na AHP — Associação de Hotelaria de Portugal e na A convenção actualiza, ainda, o subsídio de alimentação
HRCENTRO — Associação dos Industriais de Hotelaria e com um acréscimo de 1,3 %. Não se dispõe de dados es-
Restauração do Centro, nem a empregadores que explorem tatísticos que permitam avaliar o impacto desta prestação.
em regime de concessão e com fim lucrativo cantinas e Considerando a finalidade da extensão e que a mesma
refeitórios, nem aos que se dediquem ao fabrico de refei- prestação foi objecto de extensões anteriores, justifica-se
ções a servir fora das respectivas instalações e ao fabrico incluí-la na extensão.
de pastelaria, padaria e geladaria e trabalhadores ao seu Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-
serviço. lhadores e as condições de concorrência entre as empresas
3 — A presente extensão não se aplica às pousadas do sector de actividade abrangido, a extensão assegura para
de juventude geridas pela MOVIJOVEM — Mobilidade a tabela salarial e para as cláusulas de conteúdo pecuniário
Juvenil, C. I. P. R. L. retroactividade idêntica à prevista na convenção.
Embora a convenção tenha área nacional, a extensão de
Artigo 2.º convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete
1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão
a sua publicação no Diário da República. apenas será aplicável no território do continente.
2 — As tabelas salariais e as cláusulas de conteúdo A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito
pecuniário produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009. de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-
3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-
ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com dições de concorrência entre empresas do mesmo sector.
início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no
portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro
retroactividade ou fracção até ao limite de seis. de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos
interessados.
Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do Assim:
Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-
Santos André. lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:

Artigo 1.º

Portaria de extensão das alterações do CCT en- 1 — As condições de trabalho constantes das alterações
tre a APROSE — Associação Portuguesa dos do contrato colectivo de trabalho entre a APROSE — Asso-
ciação Portuguesa dos Produtores Profissionais de Seguros
Produtores Profissionais de Seguros e o SI-
e o SISEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros de
SEP — Sindicato dos Profissionais de Seguros Portugal e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e Em-
de Portugal e outro. prego, n.º 35, de 22 de Setembro de 2009, são estendidas,
As alterações do contrato colectivo de trabalho entre a no território do continente:
APROSE — Associação Portuguesa dos Produtores Pro- a) Às relações de trabalho entre empregadores não filia-
fissionais de Seguros e o SISEP — Sindicato dos Pro- dos na associação de empregadores outorgante que exer-
fissionais de Seguros de Portugal e outro, publicadas no çam a actividade de mediação de seguros e ou resseguros
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 35, de 22 de Setembro e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias
de 2009, abrangem as relações de trabalho entre emprega- profissionais nelas previstas;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na AEEP com trabalhadores não representados por asso-
na associação de empregadores outorgante que exerçam a ciações sindicais outorgantes. Esta restrição acolheu as
actividade económica referida na alínea anterior e traba- oposições deduzidas pela ANEEP — Associação Nacional
lhadores ao seu serviço das profissões e categorias profis- de Estabelecimentos de Educação Privados e por 13 estabe-
sionais previstas na convenção não filiados nos sindicatos lecimentos de ensino que alegavam razões de desigualdade
outorgantes. concorrencial relativamente aos estabelecimentos de ensino
que não beneficiavam daquelas comparticipações através,
Artigo 2.º nomeadamente, de contratos de associação, contratos sim-
ples, contratos de patrocínio e contratos de cooperação.
1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
As convenções actualizam as tabelas salariais. O estudo
a sua publicação no Diário da República.
de avaliação do impacto da extensão das tabelas sala-
2 — A tabela salarial e as cláusulas de conteúdo pe-
riais teve por base as retribuições efectivas praticadas
cuniário produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de
2008. no sector abrangido pelas convenções, apuradas pelos
3 — Os encargos resultantes da retroactividade poderão quadros de pessoal de 2006 e actualizadas com base no
ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com aumento percentual médio das tabelas salariais das con-
início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente venções publicadas nos anos intermédios. Os trabalhadores
portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de a tempo completo do sector abrangido pelas convenções,
retroactividade ou fracção e até ao limite de seis. com exclusão dos praticantes, dos aprendizes e de um
grupo residual, são 28511, dos quais 9399 (33 %) auferem
Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do retribuições inferiores às convencionais, sendo que 3637
Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos (12,8 %) auferem retribuições inferiores às convencionais
Santos André. em mais de 7,1 %. São as empresas dos escalões até 10 tra-
balhadores e entre 51 a 200 trabalhadores que empregam o
maior número de trabalhadores com retribuições inferiores
às das tabelas salariais das convenções.
As convenções actualizam outras prestações de con-
Portaria de extensão das alterações dos CCT teúdo pecuniário, nomeadamente os subsídios devidos
para o ensino particular e cooperativo não su- em caso de deslocação, entre 3 % e 5,1 %, o subsídio de
perior. refeição, entre 3,1 % e 5,6 %, as prestações em regime de
pensionato, entre 3 % e 5,2 %, e as diuturnidades, entre
As alterações dos contratos colectivos de trabalho entre 3 % e 5,6 %, consoante o período de actualização. Não se
a AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o impacto
Particular e Cooperativo e a FNE — Federação Nacional destas prestações. Considerando a finalidade da extensão
dos Sindicatos da Educação e outros, publicadas no Boletim e que as mesmas prestações foram objecto de extensões
do Trabalho e Emprego, n.º 5, de 8 de Fevereiro de 2009, anteriores, justifica-se incluí-las na extensão.
com rectificação publicada no citado Boletim, n.º 14, de Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no Bole-
15 de Abril de 2009, e as alterações dos contratos colectivos tim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009,
de trabalho entre a mesma associação de empregadores ao qual foi deduzida oposição pela AEEP — Associação
e o SINAPE — Sindicato Nacional dos Profissionais da dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo,
Educação, entre a mesma associação de empregadores e o a qual pretende que a extensão seja emitida sem qualquer
SPLIU — Sindicato Nacional dos Professores Licenciados restrição de âmbito. Na verdade, a AEEP alega que, dos seus
pelos Politécnicos e Universidades e, ainda, entre a mesma 500 associados, apenas 74 são subscritores de contrato de
associação de empregadores e a FENPROF — Federação associação e que, em todo o território nacional, são cerca de
Nacional dos Professores e outros, publicadas no Boletim 90 os colégios que subscreveram aqueles contratos, pelo que
do Trabalho e Emprego, respectivamente, n.º 8, de 28 de os termos restritos do aviso em causa reduzem a aplicação da
Fevereiro, e n.º 13, de 8 de Abril, ambos de 2009, abrangem extensão, no que respeita aos estabelecimentos não filiados
as relações de trabalho entre estabelecimentos de ensino na AEEP, a um número muito reduzido, sendo certo que
particular e cooperativo não superior e trabalhadores ao seu os colégios com contrato de associação existem em todo o
serviço representados pelas associações que os outorgaram. País, em zonas carenciadas de escolas públicas e integrando
As associações subscritoras requereram a extensão das a rede pública de ensino, funcionando como escola pública,
convenções aos empregadores e trabalhadores não repre- pelo que não suscitam distorções no sector de actividade em
sentados pelas associações outorgantes e que, no território causa. Mais alega que os colégios não filiados não abrangi-
nacional, se dediquem à mesma actividade. dos pela extensão podem praticar mensalidades mais baixas
As convenções em causa alteram os contratos colectivos por não cumprirem as tabelas salariais convencionais, daí
de trabalho entre as referidas associação de empregadores resultando desvios concorrenciais, com a agravante de le-
e associações sindicais, publicadas no mesmo Boletim, varem à desfiliação da AEEP dos estabelecimentos que não
n.º 11, de 22 de Março de 2007, e que foram objecto de pretendam cumprir aquelas tabelas salariais. Finalmente,
extensão pela Portaria n.º 1483/2007, de 19 de Novembro, sublinha que a regulamentação convencional não é desa-
que circunscreveu a extensão aos estabelecimentos de en- dequada à política de gestão empresarial que os colégios
sino particular e cooperativo não superior, não filiados na não filiados praticam, porquanto ela respeita a legislação
associação de empregadores outorgante, que beneficiassem laboral e as regras de funcionamento do sistema nacional de
de comparticipação financeira do Estado para despesas de educação e, em especial, do ensino particular e cooperativo
pessoal e de funcionamento e aos empregadores filiados a que todos os estabelecimentos se encontram obrigados.

10
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Não obstante, considerando que as convenções de Nacional dos Professores e outros, publicadas no Boletim
2009 apenas procedem à actualização das tabelas sala- do Trabalho e Emprego, respectivamente, n.º 8, de 28 de
riais e dos valores de cláusulas de conteúdo pecuniário, a Fevereiro, e n.º 13, de 8 de Abril, ambos de 2009, são
presente extensão mantém o âmbito do respectivo aviso estendidas, no território do continente:
circunscrevendo-se aos empregadores filiados na AEEP a) Às relações de trabalho entre estabelecimentos de
com trabalhadores não representados por associações ensino particular e cooperativo não superior, não filiados
sindicais outorgantes, bem como a estabelecimentos de na associação de empregadores outorgante, que beneficiem
ensino particular e cooperativo não superior não filiados de apoio financeiro do Estado para despesas de pessoal e de
na associação de empregadores outorgante que tenham funcionamento, mediante a celebração de correspondentes
comparticipação financeira do Estado em despesas de contratos, e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e
pessoal e de funcionamento através, nomeadamente, de categorias profissionais neles previstas;
contratos de associação, contratos simples, contratos de pa- b) Às relações de trabalho entre estabelecimentos de
trocínio e contratos de cooperação. No entanto, atendendo ensino particular e cooperativo não superior filiados na
à relevância dos argumentos invocados pela associação de associação de empregadores outorgante e trabalhadores
empregadores oponente, proceder-se-á à publicação de ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
aviso de extensão das convenções publicadas no Boletim previstas nas convenções, não filiados ou representados
do Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de Março de 2007, pelas associações sindicais outorgantes.
nas matérias em vigor, e das respectivas alterações de 2009,
no âmbito não incluído na anterior extensão. Artigo 2.º
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-
lhadores e as condições de concorrência entre as empresas 1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
do sector abrangido pelas convenções, a extensão assegura a sua publicação no Diário da República.
para as tabelas salariais e para as cláusulas de conteúdo 2 — As tabelas salariais que as convenções determinam
pecuniário retroactividade idêntica à das convenções. No que produzem efeitos a partir de 1 de Setembro de 2008 e
entanto, as compensações das despesas de deslocações de 1 de Janeiro de 2009 retroagem, no âmbito da presente
previstas na alínea b) do n.º 3 e na alínea b) do n.º 4 da extensão, a partir das mesmas datas. As cláusulas de con-
cláusula 31.ª das convenções não são objecto de retroac- teúdo pecuniário, com excepção da alínea b) do n.º 3 e da
tividade uma vez que se destinam a compensar despesas alínea b) do n.º 4 da cláusula 31.ª, produzem efeitos desde
já feitas para assegurar a prestação do trabalho. 1 de Janeiro de 2009.
Tendo em consideração que não é viável proceder à 3 — Os encargos resultantes da retroactividade poderão
verificação objectiva da representatividade das associa- ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com
ções outorgantes e, ainda, que os regimes das convenções início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente
são substancialmente idênticos, procede-se à respectiva portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de
extensão conjunta. retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.
Embora as convenções tenham área nacional, a extensão Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão Santos André.
apenas é aplicável no território do continente.
A extensão das convenções tem, no plano social, o efeito
de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos tra-
balhadores e, no plano económico, o de aproximar as con-
dições de concorrência entre empresas do mesmo sector. Portaria de extensão dos CCT entre a Liga
Assim: Portuguesa de Futebol Profissional e a FE-
Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So- SAHT — Federação dos Sindicatos da Agricul-
lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do tura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte: de Portugal e entre a mesma associação de
empregadores e a FEPCES — Federação Portu-
Artigo 1.º guesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios
e Serviços e outros.
As condições de trabalho constantes das alterações dos
contratos colectivos de trabalho entre a AEEP — Associa- Os contratos colectivos de trabalho entre a Liga Portu-
ção dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Coope- guesa de Futebol Profissional e a FESAHT — Federação dos
rativo e a FNE — Federação Nacional dos Sindicatos da Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e
Educação e outros, publicadas no Boletim do Trabalho Turismo de Portugal e entre a mesma associação de emprega-
e Emprego, n.º 5, de 8 de Fevereiro de 2009, com rec- dores e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos
tificação publicada no citado Boletim, n.º 14, de 15 de do Comércio, Escritórios e Serviços e outros, publicados, res-
Abril de 2009, e das alterações dos contratos colectivos pectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 34, de
de trabalho entre a mesma associação de empregadores 15 de Setembro de 2009, e n.º 37, de 8 de Outubro de 2009,
e o SINAPE — Sindicato Nacional dos Profissionais da abrangem as relações de trabalho entre empregadores e traba-
Educação, entre a mesma associação de empregadores e o lhadores representados pelas associações que os outorgaram.
SPLIU — Sindicato Nacional dos Professores Licenciados As associações subscritoras requereram a extensão das con-
pelos Politécnicos e Universidades e, ainda, entre a mesma venções colectivas aos empregadores e trabalhadores do mesmo
associação de empregadores e a FENPROF — Federação sector de actividade não filiados nas associações outorgantes.

11
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Ambas as convenções são revisões globais dos contratos de 15 de Setembro de 2009, e n.º 37, de 8 de Outubro de
colectivos de trabalho anteriores. Não foi possível efectuar 2009, são estendidas no território do continente:
o estudo de avaliação do impacto da extensão das tabelas
a) Às relações de trabalho entre clubes e sociedades
salariais já que os contratos colectivos procederam à al-
desportivas que prossigam as actividades reguladas pelas
teração do número de níveis de retribuição. Contudo, foi convenções, não filiados na associação de empregadores
possível determinar, com base no apuramento dos quadros outorgante e trabalhadores ao seu serviço das profissões e
de pessoal de 2007, que os trabalhadores a tempo completo categorias profissionais neles previstas;
do sector abrangido pelas convenções, com exclusão de b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados
um grupo residual, são 2151. na associação de empregadores outorgante e trabalhadores
As convenções actualizam, ainda, o abono para falhas ao seu serviço das profissões e categorias profissionais pre-
e as diuturnidades, em 3 %, o subsídio de refeição em vistas nas convenções não representados pelas associações
1,5 %, as prestações devidas em caso de deslocação, em sindicais outorgantes.
percentagens que variam entre 1,9 % e 3,3 %, e o subsídio
de deslocação, em 3,4 % e 1,6 %. Não se dispõe de dados 2 — Não são objecto de extensão as disposições das
estatísticos que permitam avaliar o impacto destas pres- convenções contrárias a normas legais imperativas.
tações. Considerando a finalidade da extensão e que as
mesmas prestações foram objecto de extensões anteriores, Artigo 2.º
justifica-se incluí-las na extensão. Atendendo a que ambas
as convenções regulam diversas condições de trabalho, 1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
procede-se à ressalva genérica de cláusulas contrárias a a sua publicação no Diário da República.
normas legais imperativas. 2 — As tabelas salariais e os valores das cláusulas de
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos tra- conteúdo pecuniário, com excepção dos previstos na cláu-
balhadores e as condições de concorrência entre os em- sula 106.ª, produzem efeitos desde 1 de Janeiro de 2009.
pregadores do sector de actividade abrangido, a extensão 3 — Os encargos resultantes da retroactividade podem
assegura, para as tabelas salariais e cláusulas de conteúdo ser satisfeitos em prestações mensais de igual valor, com
pecuniário, retroactividade idêntica à das convenções. No início no mês seguinte ao da entrada em vigor da presente
entanto, as compensações das despesas de deslocações portaria, correspondendo cada prestação a dois meses de
previstas na cláusula 106.ª das convenções não são objecto retroactividade ou fracção e até ao limite de seis.
de retroactividade uma vez que se destinam a compensar Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
despesas já feitas para assegurar a prestação do trabalho. Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
Tendo em consideração que não é viável proceder à Santos André.
verificação objectiva da representatividade das associações
sindicais outorgantes e, ainda, que os regimes das referidas
convenções são substancialmente idênticos, procede-se à
respectiva extensão conjunta.
A extensão das convenções tem, no plano social, o
efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho Aviso de projecto de portaria de extensão das al-
dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproxi- terações do CCT entre a FENAME — Federação
mar as condições de concorrência entre empregadores do Nacional do Metal e a FETESE — Federação
mesmo sector. dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços
Embora as convenções tenham área nacional, a extensão e outros.
de convenções colectivas nas Regiões Autónomas compete
aos respectivos Governos Regionais, pelo que a extensão Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º
apenas é aplicável no território do continente. do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có-
Foi publicado o aviso relativo à presente extensão no digo do Procedimento Administrativo, torna-se público
Boletim do Trabalho e Emprego n.º 41, de 8 de Novembro ser intenção do Ministério do Trabalho e da Solidarie-
de 2009, ao qual não foi deduzida oposição por parte dos dade Social proceder à emissão de portaria de extensão
interessados. das alterações do contrato colectivo de trabalho entre a
Assim: FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETE-
Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So- SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de
lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do Serviços e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte: Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009, ao abrigo
do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do
Artigo 1.º Trabalho, cujo projecto e respectiva nota justificativa se
publicam em anexo.
1 — As condições de trabalho constantes dos contratos Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente
colectivos de trabalho entre a Liga Portuguesa de Futebol aviso, podem os interessados no procedimento de extensão
Profissional e a FESAHT — Federação dos Sindicatos da deduzir, por escrito, oposição fundamentada ao referido
Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo projecto.
de Portugal e entre a mesma associação de empregadores
e a FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
Comércio, Escritórios e Serviços e outros, publicados, res- Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
pectivamente, no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 34, Santos André.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Nota justificativa em cada empresa, à semelhança do que sucedeu nas an-


teriores extensões.
As alterações do contrato colectivo de trabalho entre
As anteriores extensões da convenção não se apli-
a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FETE-
caram aos trabalhadores representados pela FIEQUI-
SE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de
METAL — Federação Intersindical das Indústrias Me-
Serviços e outros, publicadas no Boletim do Trabalho e
talúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e
Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009, abrangem as
Minas em virtude da oposição por esta deduzida, pelo
relações de trabalho entre empregadores que prossigam
a actividade no sector metalúrgico e metalomecânico e que a presente extensão também não abrange os mesmos
trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados trabalhadores.
pelas associações outorgantes. A extensão das alterações tem, no plano social, o
As associações subscritoras requereram a extensão da efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho
convenção a todas as empresas não representadas pela dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproxi-
federação de empregadores outorgante que, na área da mar as condições de concorrência entre empresas do
sua aplicação, pertençam ao mesmo sector económico mesmo sector.
e aos respectivos trabalhadores não representados pelas Embora a convenção tenha área nacional, a exten-
associações sindicais outorgantes. são de convenções colectivas nas Regiões Autónomas
A convenção actualiza as tabelas salariais. O estudo compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que
de avaliação do impacto da extensão das tabelas salariais a extensão apenas é aplicável no território do conti-
teve por base as retribuições efectivas praticadas no sec- nente.
tor abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e económi-
de pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento cas justificativas da extensão, previstas n.º 2 do artigo 514.º
percentual médio das tabelas salariais das convenções do Código do Trabalho, é conveniente promover a extensão
publicadas em 2008. das alterações da convenção em causa.
Os trabalhadores a tempo completo do sector, com
exclusão de aprendizes, praticantes e um grupo residual, Projecto de portaria de extensão das alterações do CCT
entre a FENAME — Federação Nacional do Metal e a FE-
são cerca de 97 307, dos quais 20 979 (22 %), aufe- TESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de
rem retribuições inferiores às convencionais, sendo que Serviços e outros.
11 336 (11,6 %) auferem retribuições inferiores às da
convenção em mais de 5,8 %. São as empresas do esca- Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-
lão entre 50 a 249 trabalhadores que empregam o maior lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do
número de trabalhadores com retribuições inferiores às artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:
da convenção.
As retribuições previstas no anexo I, relativas aos Artigo 1.º
graus 14 a 20 das tabelas I e II são inferiores à retribuição 1 — As condições de trabalho constantes das altera-
mínima mensal garantida em vigor. No entanto, a retribui- ções do CCT entre a FENAME — Federação Nacional
ção mínima mensal garantida pode ser objecto de redução do Metal e a FETESE — Federação dos Sindicatos dos
relacionada com o trabalhador, ao abrigo do artigo 275.º do Trabalhadores de Serviços e outros, publicadas no Boletim
Código do Trabalho. Deste modo, as referidas retribuições do Trabalho e Emprego, n.º 33, de 8 de Setembro de 2009,
apenas são objecto de extensão para abranger situações em são estendidas no território do continente:
que a retribuição mínima mensal garantida resultante da
redução seja inferior àquelas. a) Às relações de trabalho entre empregadores não
A convenção actualiza, ainda, o subsídio de refeição, filiados nas associações de empregadores inscritas na
em 2,3 %. Não se dispõe de dados estatísticos que per- federação de empregadores outorgante, nem noutras
mitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando associações de empregadores representativas de outras
a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi empresas do sector, que prossigam a actividade no sector
objecto de extensões anteriores, justifica-se incluí-la metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu
na extensão. serviço das profissões e categorias profissionais nelas
Atendendo a que as alterações regulam diversas condi- previstas;
ções de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláu- b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados
sulas contrárias a normas legais imperativas. nas associações de empregadores inscritas na federação
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba- de empregadores outorgante, que exerçam a actividade
lhadores e as condições de concorrência entre as empre- económica referida na alínea anterior e trabalhadores
sas do sector de actividade abrangido pela convenção, a ao seu serviço das mesmas profissões e categorias pro-
extensão assegura para as tabelas salariais retroactividade fissionais não representados pelas associações sindicais
idêntica à da convenção e, para o subsídio de refeição, uma outorgantes.
produção de efeitos a partir do dia 1 do mês seguinte ao
da entrada em vigor da convenção. 2 — O disposto na alínea a) não é aplicável às rela-
Na área da convenção, a actividade do sector meta- ções de trabalho em empresas das indústrias de ferra-
lúrgico e metalomecânico é, também, regulada por outra gens, fabrico e montagem de bicicletas, ciclomotores,
convenção colectiva celebrada por diferentes associações motociclos e acessórios não filiadas nas associações de
de empregadores, pelo que é conveniente assegurar, na empregadores inscritas na federação de empregadores
medida do possível, a uniformização do estatuto laboral outorgante.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

3 — As retribuições previstas no anexo I, relativas aos metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores ao seu


graus 14 a 20 das tabelas I e II inferiores à retribuição mí- serviço, uns e outros, representados pelas associações
nima mensal garantida em vigor apenas são objecto de ex- que o outorgaram.
tensão nas situações em que sejam superiores à retribuição As associações subscritoras requereram a extensão da
mínima mensal garantida resultante de redução relacionada convenção a todas as empresas não filiadas nas associações
com o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código de empregadores representadas pela federação de emprega-
do Trabalho. dores outorgante, que na área da sua aplicação pertençam
4 — A presente extensão não se aplica aos trabalhadores ao mesmo sector económico e aos trabalhadores ao seu
filiados em sindicatos representados pela FIEQUIME- serviço, com categorias profissionais nela previstas, não
TAL — Federação Intersindical das Indústrias Metalúr- filiados no sindicato outorgante.
gica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas. A convenção actualiza as tabelas salariais. Não foi
5 — Não são objecto de extensão as disposições con- possível proceder ao estudo de avaliação do impacto da
trárias a normas legais imperativas. extensão das tabelas salariais em virtude do apuramento
dos quadros de pessoal de 2007 respeitar à totalidade
Artigo 2.º dos trabalhadores do sector e a presente convenção
só abranger algumas profissões e categorias profis-
1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após sionais.
a sua publicação no Diário da República. As retribuições do grau N do anexo I são inferiores
2 — As tabelas salariais produzem efeitos a partir de 1 à retribuição mínima mensal garantida em vigor. No
de Abril de 2009 e o subsídio de refeição produz efeitos a entanto, a retribuição mínima mensal garantida pode ser
partir de 1 de Outubro de 2009. objecto de reduções relacionadas com o trabalhador, de
3 — Os encargos resultantes da retroactividade po- acordo com o artigo 275.º do Código do Trabalho. Deste
dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual modo, as referidas retribuições apenas são objecto de
valor, com início no mês seguinte ao da entrada em extensão para abranger situações em que a retribuição
vigor da presente portaria, correspondendo cada pres- mínima mensal garantida resultante da redução seja in-
tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até ferior àquelas.
ao limite de seis. A convenção actualiza, ainda, o subsídio de refeição,
em 2,3 %. Não se dispõe de dados estatísticos que per-
mitam avaliar o impacto desta prestação. Considerando
a finalidade da extensão e que a mesma prestação foi
objecto de extensões anteriores, justifica-se incluí-la
Aviso de projecto de portaria de extensão do na extensão.
CCT entre a FENAME — Federação Nacional Atendendo a que a convenção regula diversas condições
do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláusulas
e Técnicos de Desenho. contrárias a normas legais imperativas.
Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º Com vista a aproximar os estatutos laborais dos traba-
do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có- lhadores e as condições de concorrência entre empresas do
digo do Procedimento Administrativo, torna-se público sector de actividade abrangido, a extensão assegura para
ser intenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade as tabelas salariais retroactividade idêntica à da convenção
Social proceder à emissão de portaria de extensão do con- e, para o subsídio de refeição, uma produção de efeitos a
partir do dia 1 do mês seguinte ao da entrada em vigor da
trato colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação
convenção.
Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Tendo em consideração a existência no sector de
Técnicos de Desenho, publicado no Boletim do Trabalho actividade da presente convenção de outras convenções
e Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, ao abrigo colectivas de trabalho outorgadas por diferentes asso-
do artigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do ciações de empregadores, assegura-se, na medida do
Trabalho, cujo projecto e respectiva nota justificativa se possível, a uniformização do estatuto laboral em cada
publicam em anexo. empresa, à semelhança do que sucedeu nas anteriores
Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente aviso, extensões.
podem os interessados no procedimento de extensão deduzir, A extensão da convenção tem, no plano social, o efeito
por escrito, oposição fundamentada ao referido projecto. de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos
Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar
Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos as condições de concorrência entre empresas do mesmo
Santos André. sector.
Embora a convenção tenha área nacional, a exten-
Nota justificativa são de convenções colectivas nas Regiões Autónomas
compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que
O contrato colectivo de trabalho entre a FENA- a extensão apenas é aplicável no território do conti-
ME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sin- nente.
dicato dos Quadros e Técnicos de Desenho, publicado Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e económi-
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 40, de 29 de cas justificativas da extensão, previstas n.º 2 do artigo 514.º
Outubro de 2009, abrange as relações de trabalho en- do Código do Trabalho, é conveniente promover a extensão
tre empregadores que prossigam a actividade no sector da convenção em causa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Projecto de portaria de extensão do CCT entre a FENA- Aviso de portaria de extensão do ACT entre a MEA-
ME — Federação Nacional do Metal e o SQTD — Sindicato GRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da
dos Quadros e Técnicos de Desenho.
Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sin-
Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So- dicato da Agricultura, Alimentação e Florestas
lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do e outro.
artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte: Nos termos e para os efeitos dos n.os 2 e 3 do artigo 516.º
do Código do Trabalho e dos artigos 114.º e 116.º do Có-
Artigo 1.º digo do Procedimento Administrativo, torna-se público ser
intenção do Ministério do Trabalho e da Solidariedade So-
1 — As condições de trabalho constantes do contrato
cial proceder à emissão de portaria de extensão do acordo
colectivo de trabalho entre a FENAME — Federação Na-
colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Cooperativa
cional do Metal e o SQTD — Sindicato dos Quadros e Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras
Técnicos de Desenho, publicadas no Boletim do Trabalho e e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e
Emprego, n.º 40, de 29 de Outubro de 2009, são estendidas, Florestas e outro, publicado no Boletim do Trabalho e
no território do continente: Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, ao abrigo do ar-
a) Às relações de trabalho entre empregadores não tigo 514.º e do n.º 1 do artigo 516.º do Código do Trabalho,
filiados nas associações de empregadores inscritas na cujo projecto e respectiva nota justificativa se publicam
federação de empregadores outorgante nem noutras em anexo.
associações de empregadores representativas de outras Nos 15 dias seguintes ao da publicação do presente
empresas do sector, que prossigam a actividade no aviso, podem os interessados no procedimento de extensão
sector metalúrgico e metalomecânico e trabalhadores deduzir, por escrito, oposição fundamentada ao referido
ao seu serviço das profissões e categorias profissionais projecto.
nelas previstas; Lisboa, 23 de Dezembro de 2009. — A Ministra do
b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena dos
nas associações de empregadores inscritas na federação Santos André.
de empregadores outorgante, que exerçam a actividade
económica referida na alínea anterior e trabalhadores Nota justificativa
ao seu serviço das mesmas profissões e categorias pro- O acordo colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Co-
fissionais não representados pela associação sindical operativa Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e
outorgante. outras e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimenta-
ção e Florestas e outro, publicado no Boletim do Traba-
2 — O disposto na alínea a) não é aplicável às rela- lho e Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, abrange
ções de trabalho em empresas das indústrias de ferra- as relações de trabalho entre as cooperativas agrícolas
gens, fabrico e montagem de bicicletas, ciclomotores, que, no território nacional, se dediquem às actividades
motociclos e acessórios não filiadas nas associações de de prestação de serviços e mistas e trabalhadores ao seu
empregadores inscritas na federação de empregadores serviço, uns e outros representados pelas entidades que
outorgante. os outorgaram.
3 — As retribuições previstas no anexo I, grau N das Os outorgantes da convenção requereram a sua extensão
tabelas I e II inferiores à retribuição mínima mensal ga- a todas as cooperativas agrícolas não outorgantes que, no
rantida em vigor apenas são objecto de extensão nas território do continente, se dediquem às actividades de
situações em que sejam superiores à retribuição mínima prestação de serviços e mistas que tenham por objecto
mensal garantida resultante de redução relacionada com principal as actividades previstas nas alíneas a) e c) do
o trabalhador, de acordo com o artigo 275.º do Código n.º 2 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 394/82, de 21 de
do Trabalho. Setembro, que correspondem ao âmbito sectorial da con-
venção, e aos trabalhadores ao seu serviço, representados
4 — Não são objecto de extensão as cláusulas contrárias
pelos sindicatos outorgantes.
a normas legais imperativas. De acordo com as disposições legais invocadas, são
cooperativas de serviços as que desenvolvem actividades,
Artigo 2.º de entre outras, nas áreas específicas de compra e venda,
máquinas, mútuas de seguros, rega e assistência técnica,
1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após e são mistas as cooperativas agrícolas que desenvolvem
a sua publicação no Diário da República. actividades polivalentes em quaisquer áreas específicas
2 — As tabelas salariais produzem efeitos desde 1 de do ramo.
Abril de 2009 e o subsídio de refeição produz efeitos desde A classificação das cooperativas agrícolas adoptada
1 de Dezembro de 2009. pela legislação de 1982 foi abandonada pelo Decreto-
3 — Os encargos resultantes da retroactividade po- -Lei n.º 335/99, de 20 de Agosto. De acordo com este
dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual diploma, as cooperativas agrícolas podem prestar ser-
valor, com início no mês seguinte ao da entrada em viços aos seus associados nos domínios da recolha,
vigor da presente portaria, correspondendo cada pres- concentração, transformação, conservação, armazena-
tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até gem e escoamento de bens e produtos provenientes das
ao limite de seis. explorações dos seus membros; aquisição, preparação

15
Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

e acondicionamento de factores de produção e de pro- dos trabalhadores ao serviço das cooperativas agrícolas
dutos e aquisição de animais destinados às explora- independentemente da filiação dos trabalhadores ao
ções dos seus membros ou à sua própria actividade; seu serviço.
instalação e prestação de serviços às explorações dos Assim, ponderadas as circunstâncias sociais e econó-
seus membros, nomeadamente de índole organizativa, micas justificativas da extensão, previstas no n.º 2 do ar-
técnica, tecnológica, económica, financeira, comercial, tigo 514.º do Código do Trabalho, é conveniente promover
administrativa e associativa; gestão e utilização da a extensão da convenção em causa.
água de rega, administração, exploração e conservação
das respectivas obras e equipamentos de rega, que a Projecto de portaria de extensão do ACT entre a
lei preveja poderem ser administradas ou geridas por MEAGRI — Cooperativa Agrícola do Concelho da
Mealhada, C. R. L., e outras e o SETAA — Sindicato da
cooperativas. Agricultura, Alimentação e Florestas e outro.
Desconhece-se se alguma cooperativa outorgante pros-
segue actividades de gestão de sistemas de rega. Não obs- Manda o Governo, pela Ministra do Trabalho e da So-
tante, dado a convenção não contemplar profissões ou lidariedade Social, ao abrigo do artigo 514.º e do n.º 1 do
categorias profissionais próprias desta actividade e existir artigo 516.º do Código do Trabalho, o seguinte:
um acordo colectivo de trabalho celebrado entre diversas
Artigo 1.º
associações de regantes e o SETAA, a mesma não é in-
cluída na extensão. 1 — As condições de trabalho constantes do acordo
Por outro lado, a convenção prevê profissões próprias colectivo de trabalho entre a MEAGRI — Cooperativa
da actividade de comércio retalhista, incluindo o comércio Agrícola do Concelho da Mealhada, C. R. L., e outras
de carnes (talhos). Uma vez que a actividade de comér- e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e
cio retalhista é abrangida por convenções colectivas de Florestas e outro, publicado no Boletim do Trabalho e
trabalho em todo o território do continente, a mesma é Emprego, n.º 23, de 22 de Junho de 2009, são estendidas,
excluída da extensão. no território do continente:
Assim, considerando que as actividades de prestação a) Às relações de trabalho entre cooperativas agrí-
de serviços aos seus associados prosseguidos por coo- colas não outorgantes da convenção que se dedicam à
perativas agrícolas não outorgantes não estão abrangidas prestação de serviços aos seus associados nos domí-
por instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, nios da recolha, concentração, transformação, conser-
considera-se conveniente promover a extensão da conven- vação, armazenagem e escoamento de bens e produtos
ção no território do continente. provenientes das explorações dos seus membros; da
A convenção actualiza a tabela salarial. O estudo de aquisição, preparação e acondicionamento de factores
avaliação do impacto da extensão da tabela salarial teve de produção e de produtos e da aquisição de animais
por base as retribuições efectivas praticadas no sector destinados às explorações dos seus membros ou à sua
abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros de própria actividade; da instalação e prestação de serviços
pessoal de 2007 e actualizadas com base no aumento às explorações dos seus membros, nomeadamente de
percentual médio das tabelas salariais das convenções índole organizativa, técnica, tecnológica, económica,
publicadas no ano de 2008. Os trabalhadores a tempo financeira, comercial, administrativa e associativa, e os
completo abrangidos pela convenção, com exclusão de trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias
aprendizes, praticantes e de um grupo residual, são cerca profissionais nelas previstas;
de 492, dos quais 152 (30,9 %) auferem retribuições b) Às relações de trabalho entre as cooperativas agrí-
inferiores às da convenção. São as empresas do esca- colas outorgantes e os trabalhadores ao seu serviço, das
lão de 21 a 49 trabalhadores que empregam o maior profissões e categorias profissionais previstas na conven-
número de trabalhadores com retribuições inferiores às ção, não filiados nos sindicatos outorgantes.
da convenção.
A convenção actualiza, ainda, outras prestações de 2 — A presente extensão não se aplica às actividades
conteúdo pecuniário como as diuturnidades, em 5,7 %, de comércio retalhista prosseguidas pelas cooperativas
o abono para falhas, em 5,3 %, o subsídio de alimenta- agrícolas.
ção em 2,9 % e as compensações nas deslocações, entre 3 — Não são objecto de extensão as cláusulas contrárias
2,2 % e 3,1 %. a normas legais imperativas.
Com vista a aproximar os estatutos laborais dos tra-
balhadores, a extensão assegura para a tabela salarial e Artigo 2.º
para as cláusulas de conteúdo pecuniário retroactividade 1 — A presente portaria entra em vigor no 5.º dia após
idêntica à da convenção. No entanto, as compensações a sua publicação no Diário da República.
das despesas de deslocação previstas nos n.os 1, 2 e 3 2 — A tabela salarial e os valores das cláusulas de con-
da cláusula 39.ª «Deslocações em serviço» não são teúdo pecuniário, com excepção dos previstos nos n.os 1, 2
objecto de retroactividade, uma vez que se destinam a e 3 da cláusula 39.ª, produzem efeitos desde 1 de Janeiro
compensar despesas já feitas para assegurar a prestação de 2009.
de trabalho. 3 — Os encargos resultantes da retroactividade po-
Atendendo a que a convenção regula diversas condições dem ser satisfeitos em prestações mensais de igual
de trabalho, procede-se à ressalva genérica de cláusulas valor, com início no mês seguinte ao da entrada em
contrárias a normas legais imperativas. vigor da presente portaria, correspondendo cada pres-
A extensão da convenção tem, no plano social, o tação a dois meses de retroactividade ou fracção e até
efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho ao limite de seis.

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CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores pedidos de prestar a sua actividade, designadamente em
das Pescas Industriais e a Federação dos Sin- consequência de acidente ou doença, licença, com ou sem
dicatos do Sector da Pesca (pesca do arrasto vencimento e outras situações equiparáveis.
costeiro) — Revisão global. 2 — A admissão efectuada nos termos do número ante-
rior é feita por contrato de trabalho a termo enquanto durar
o impedimento do trabalhador substituído.
CAPÍTULO I 3 — O contrato com o trabalhador substituto caducará na
Âmbito e vigência data em que se verifique o regresso do substituído, salvo se
aquele continuar ao serviço para além de 15 dias a contar da-
Cláusula 1.ª quela data, caso em que o contrato se considerará sem termo,
para todos os efeitos, a partir do início da prestação de trabalho.
Âmbito e área
1 — A presente convenção obriga, pela simples assinatura Cláusula 5.ª
dos representantes legais das partes outorgantes, por um lado, Promoção profissional
as empresas representadas pela ADAPI — Associação dos
Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), armadores de 1 — Os armadores apoiam a frequência de acções de
navios de pesca do arrasto costeiro e, por outro, os trabalha- formação, atempadamente programadas.
dores embarcados nos navios de pesca de arrasto costeiro re- 2 — Verificando-se a necessidade de preenchimento de vagas
presentados pela Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca. para as categorias de contramestre ou nas funções de mestre de
2 — Esta convenção aplica-se em Portugal continental, redes, os armadores deverão preencher estas vagas com profis-
na ZEE, em qualquer pesqueiro para onde o arrasto cos- sionais devidamente habilitados existentes nas suas embarcações.
teiro esteja licenciado no âmbito de acordos de pesca com 3 — Para efeitos da presente cláusula, os profissionais
países terceiros. poderão embarcar a bordo com as seguintes funções pelas
Cláusula 2.ª quais vencerão:
Vigência, denúncia e revisão a) Marinheiro pescador/pescador;
b) Marinheiro cozinheiro;
1 — O CCT entra em vigor cinco dias após a sua publi- c) Mestre de redes;
cação no Boletim do Trabalho e Emprego e tem a duração d) Contramestre;
de 24 meses.
e) Encarregado de pesca;
2 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressão
f) Mestre de navegação ou de leme;
pecuniárias vigoram pelo prazo de 12 meses.
g) Mestre costeiro pescador;
3 — Decorridos os prazos de vigência anteriores, o CCT
h) Ajudante de máquinas;
renova-se por iguais períodos se não for denunciado.
i) Segundo máquinas;
4 — A denúncia pode ser feita por qualquer das partes
com a antecedência mínima de três meses relativamente j) Chefe de máquinas.
aos prazos de vigência iniciais ou renovados.
4 — O chefe de máquinas é o directo responsável por
tudo quanto respeite à sua secção e respectivo pessoal,
CAPÍTULO II competindo-lhe:
Da admissão, carreira profissional e lotações a) Orientar e zelar pela condução de todas as máquinas
e demais instalações, directamente ligadas e dependentes
Cláusula 3.ª da sua secção;
b) Dirigir e supervisionar as reparações possíveis em
Recrutamento, carreira profissional e lotações viagem ou em terra (porto) quando seja o pessoal de secção
1 — O recrutamento dos trabalhadores para bordo dos de máquinas a realizá-las;
navios far-se-á nos termos da legislação em vigor. c) A efectivação dos respectivos quartos de serviço;
2 — Só podem ser admitidos indivíduos possuidores d) O controlo de execução dos quartos de serviço do
de cédula marítima ou mediante autorização de autoridade restante pessoal de máquinas;
competente. e) Decidir das medidas necessárias para manter a secção
Cláusula 4.ª em condições para as viagens seguintes.
Admissão por substituição
Cláusula 6.ª
1 — Sem prejuízo de outras situações em que seja le- Desempenho de funções superiores à categoria
galmente admissível a celebração de contrato de trabalho
a termo, a entidade patronal poderá admitir trabalhadores 1 — Sempre que um trabalhador substitua outro de
em substituição dos que estejam temporariamente im- categoria e retribuição superior tem direito a receber a

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

retribuição inerente à categoria do substituído enquanto e) Observar as prescrições de segurança, higiene e saúde
durar a substituição. no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-
2 — Sempre que o trabalhador desempenhar funções vencionais aplicáveis;
superiores às correspondentes à sua categoria profissional, f) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de
em comissão de serviço, aufere a retribuição correspon- instrumento de regulamentação colectiva de trabalho e do
dente, podendo voltar a exercer a sua função original com respectivo contrato de trabalho.
a retribuição a que esta função corresponde.
3 — O trabalhador que substitua outro de categoria mais 2 — São deveres específicos dos mestres:
elevada por períodos que ultrapassem 18 meses consecu-
tivos, ou 36 alternados, não poderá ver a sua retribuição a) Manter legalizada e presente a bordo toda a docu-
ser reduzida. mentação respectiva e ainda a relativa à identificação dos
tripulantes;
Cláusula 7.ª b) Apresentar, dentro dos prazos legais e contratuais, as
participações e protestos de mar respectivos a ocorrências
Acumulações que os justifiquem;
1 — Quando, por um período transitório, houver acu- c) Comparecer ao embarque à hora que tenha determi-
mulação de funções, o trabalhador receberá a remuneração nado para os restantes tripulantes.
correspondente à função mais elevada.
2 — Nos casos previstos no número anterior, a remune- Cláusula 10.ª
ração correspondente à função menos elevada será dividida Deveres dos armadores
pela tripulação segundo o seu critério desde que o navio
tenha ficado com tripulação inferior à habitual. São deveres dos armadores, nomeadamente:
a) Respeitar e tratar com lealdade o marítimo e pagar-lhe
Cláusula 8.ª pontualmente a retribuição que lhe é devida;
Lotações b) Proporcionar ao marítimo boas condições de trabalho
a bordo, designadamente de segurança, higiene, saúde e
1 — As lotações para todos os navios abrangidos por alojamento;
esta convenção serão determinadas pelo Decreto-Lei c) Permitir ao marítimo a frequência de cursos de for-
n.º 280/2001, de 23 de Outubro, e alterações legislativas mação profissional necessários à evolução na carreira da
subsequentes consideradas como necessárias para a faina pesca, sem prejuízo do prévio cumprimento dos períodos
e preparação do pescado. de embarque para que foi contratado;
2 — O previsto no número anterior não pode prejudicar d) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei,
as actuais lotações existentes nos navios. de regulamentação colectiva de trabalho, do respectivo
3 — Quando qualquer navio se deslocar de um porto contrato de trabalho e dos usos e costumes observados
para outro para efeitos que não sejam de pesca, o mesmo no porto.
só poderá sair para o mar com a lotação de segurança
mínima exigida por lei. Cláusula 11.ª
4 — Quando, por motivos justificados, seja impossível
dar cumprimento à lotação estabelecida nos termos do Garantias dos trabalhadores
n.º 1 desta cláusula, o navio poderá sair para a pesca com É vedado ao armador ou a quem o represente:
o parecer favorável da maioria da tripulação e desde que
devidamente autorizado pela autoridade marítima. a) Opor-se, por qualquer forma, a que o marítimo exerça
os seus direitos, bem como despedi-lo ou aplicar-lhe san-
ções por causa desse exercício;
CAPÍTULO III b) Diminuir a retribuição fixa do marítimo, caso a haja,
ou alterar, em prejuízo deste, o critério de cálculo das remu-
Dos direitos e deveres das partes nerações variáveis e das respectivas percentagens ou partes,
salvo no caso de transferência, por razões objectivas, para
Cláusula 9.ª tipo de embarcação que determine remuneração diferente,
Deveres dos trabalhadores ou no caso de existência de disposição em contrário cons-
tante de regulamentação colectiva;
1 — São deveres do marítimo, em especial:
c) Obrigar o marítimo a adquirir bens ou utilizar serviços
a) Respeitar e tratar com lealdade o armador, nomeada- fornecidos pelo armador ou por pessoa por ele indicada.
mente não divulgando informações referentes à organiza-
ção, aos métodos de trabalho e às operações de pesca; Cláusula 12.ª
b) Comparecer ao serviço com assiduidade e realizar o Pescado existente a bordo
trabalho com zelo e diligência;
c) Cumprir as determinações dos superiores hierárqui- Sem prejuízo do disposto na cláusula referente à caldei-
cos em tudo o que respeita à execução e à disciplina do rada, todo o pescado existente a bordo será considerado
trabalho, bem como a todas as tarefas ou procedimentos propriedade da empresa armadora e deverá ser vendido
relativos à segurança da navegação; nos termos legais.
d) Zelar pela conservação e boa utilização da embarca- A tripulação, sem prejuízo da sua actividade normal
ção e do seu equipamento; e através dos delegados sindicais ou de quaisquer outros

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

trabalhadores eleitos para o efeito, terá o direito de fisca- O trabalho suplementar prestado aos sábados, domingos
lizar, pelos meios necessários, a saída e comercialização e feriados será remunerado pela seguinte fórmula:
do pescado existente.

Cláusula 13.ª
(
Rh = VM
52 × 40 8 )
× 12 + SR × 2

Luvas de manobra sendo VM o vencimento base mensal fixo e SR o subsídio


O mestre, segundo as necessidades, pode requisitar de reparação.
luvas de manobra destinadas ao pessoal de convés, para
Cláusula 17.ª
manuseio da arte de pesca e das amarrações.
Horário de refeições

CAPÍTULO IV 1 — Nos locais de trabalho e repasto estarão afixados


mapas com escalas de serviço e as horas das principais
Prestação de trabalho refeições.
2 — O horário das refeições só poderá ser alterado em
Cláusula 14.ª casos especiais e sempre que haja o acordo da maioria da
Pessoal de máquinas tripulação.
3 — A duração das principais refeições não poderá ser
1 — O horário normal de trabalho será de oito horas inferior a uma hora.
diárias.
2 — O número de tripulantes será sempre o suficiente Cláusula 18.ª
para que o horário por quartos não exceda o horário de
Descanso mínimo entre viagens
trabalho normal.
3 — Quando, por motivo de força maior, os profissio- No dia em que o navio venha a terra para fazer descarga
nais de máquinas tenham de trabalhar em dia de descanso será concedido um mínimo de cinco horas de descanso,
obrigatório, os mesmos auferirão os vencimentos de repa- a partir da hora da chegada, com excepção dos portos
ração acrescidos de 100 %. sujeitos a marés.
4 — Nos navios em que, por motivos de modernização
tecnológica, existam menos de três tripulantes na secção Cláusula 19.ª
de máquinas, o serviço será efectuado sem observância do Reparação
determinado no n.º 1 desta cláusula.
1 — Considera-se, para os efeitos do disposto nesta cláu-
Cláusula 15.ª sula, que o navio entra em reparação um dia após a chegada.
2 — Ainda se considera reparação sempre que, para
Pessoal do convés
efeitos de beneficiação ou necessidades de reparações, o
1 — O horário de trabalho será, no máximo, de dezas- navio tenha de ficar retido no porto por período superior
seis horas diárias, salvo motivo de força maior. a 48 horas.
2 — O período de descanso não poderá ser inferior 3 — Sempre que o navio seja forçado a arribar por
a oito horas por dia, que serão gozadas alternadamente, avaria mecânica, durante a reparação desta, aplica-se igual-
devendo haver um período de descanso de seis horas con- mente o critério do navio em reparação.
secutivas. 4 — Quando o navio estiver em reparação, será pago aos
tripulantes da secção de máquinas e convés o vencimento
Cláusula 16.ª por reparação constante da tabela anexa.
5 — A situação de reparação não implica a suspensão
Serviço em terra ou cessação do contrato de trabalho, continuando o traba-
1 — O tripulante quando tiver de ficar em terra a prestar lhador à ordem do armador.
serviço ao armador observará um horário de oito horas 6 — O serviço prestado na construção ou transformação
diárias, praticado de segunda-feira a sexta-feira. do navio não é considerado como trabalho de reparação,
2 — O trabalho prestado pelo tripulante para além do sendo a sua remuneração acordada entre o armador e os
horário definido no número anterior será remunerado trabalhadores e nunca podendo a mesma ser inferior ao
como trabalho suplementar de acordo com as fórmulas vencimento da reparação.
seguintes:
Cláusula 20.ª
Para a primeira hora suplementar em dias úteis:
Serviço em porto

(
Rh = VM
52 × 40 8 )
× 12 + SR × 1,5
1 — Aquando da docagem, reparação ou reapetrecha-
mento do navio, qualquer que seja o local onde tenha lugar,
Para a segunda hora ou fracção subsequente em dias o armador providenciará, para além das remunerações
úteis: devidas, pela alimentação dos profissionais abrangidos
por esta convenção e envolvidos em tais tarefas ou por
(
Rh = VM )
× 12 + SR × 1,75
52 × 40 8
opção pelo pagamento do subsídio diário por tripulante
(sem distinção das funções a bordo) de € 12,47.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — Aos tripulantes que não possam ir dormir à sua 2 — A retribuição compreende, nomeadamente, a remu-
residência, o amador providenciará o seu alojamento. neração base, os subsídios de férias e de Natal, a compen-
3 — Aos tripulantes envolvidos nestas tarefas serão tam- sação por gases para o pessoal de máquinas, a percentagem
bém reembolsadas despesas de deslocação (desde que em de pesca e o prémio de regime intensivo e todas as outras
transporte público, à excepção de táxi), contra apresentação prestações regulares e periódicas previstas, ou não, por
do documento comprovativo, sendo, contudo, garantido o esta convenção.
pagamento de apenas uma viagem por semana aos tripu- 3 — Presume-se constituir retribuição toda e qualquer
lantes que se encontrem alojados por conta do armador. prestação da empresa ao trabalhador.
4 — O transporte em via férrea será em 2.ª classe ou
classe única, quando não houver outra. Cláusula 26.ª
5 — O tripulante que se desloque em transporte próprio
Remuneração base
receberá uma compensação a acordar com o armador, tendo
em conta a distância percorrida. 1 — As remunerações base para os trabalhadores abran-
gidos por esta convenção são as constantes do anexo I.
Cláusula 21.ª 2 — Quando for necessário calcular o vencimento di-
ário, ele deverá ser obtido pela fórmula:
Porto de armamento
VM × 12
Sempre que o armador decida mudar quaisquer dos seus 365
arrastões costeiros do porto de armamento, com carácter
definitivo, obriga-se ao pagamento das despesas de viagem sendo VM o vencimento mensal.
nos dias de descanso obrigatório e nos termos do n.º 2 da
cláusula anterior dos tripulantes que continuem a residir Cláusula 27.ª
na área do porto donde o navio foi deslocado.
O disposto no número anterior não se aplica às situações Subsídio de férias
existentes na utilização usual de dois portos para descarga Todo o tripulante tem direito a um subsídio de férias
desde que estes não ultrapassem a distância de 100 km. de € 450, sendo o vencimento mensal correspondente ao
mês de férias igual à retribuição mínima mensal garantida
Cláusula 22.ª para a indústria.
Exercícios obrigatórios Cláusula 28.ª
Para além do horário normal, todo o trabalhador é obri- Subsídio de Natal
gado a executar, sem direito a remuneração suplementar, 1 — O trabalhador inscrito marítimo que, com referên-
os exercícios de salva vidas, de extinção de incêndios e cia a 1 de Dezembro de cada ano, tenha um mínimo de um
outros similares, determinados pela Convenção para a ano ao serviço do mesmo armador terá direito a receber,
Salvaguarda de Vidas Humanas no Mar (SOLAS) ou pelas a título de subsídio de Natal, uma quantia de montante
autoridades competentes. igual a € 450.
2 — O subsídio de Natal será posto a pagamento até 15
Cláusula 23.ª de Dezembro de cada ano.
Transferência de navios 3 — Aos trabalhadores inscritos marítimos que, antes
da data de 1 de Dezembro, deixarem de estar ao serviço
1 — A actividade profissional dos trabalhadores abran- do armador ser-lhes-á atribuído um subsídio de Natal pro-
gidos por esta convenção será prestada a bordo de qualquer porcional ao tempo de serviço prestado.
navio do mesmo armador, salvo se as partes acordarem, 4 — Os tripulantes que não completem um ano ao ser-
por escrito, em sentido distinto. viço do mesmo armador em 1 de Dezembro receberão um
2 — Quando embarcado, só com acordo do tripulante, subsídio de Natal calculado proporcionalmente ao tempo
reduzido a escrito, poderá este ser transferido para outro de serviço, nos termos da presente cláusula.
navio do mesmo armador ou para outro local de trabalho.
Cláusula 29.ª
Cláusula 24.ª
Compensação de gases
Proibição da salga e da seca
O subsídio mensal de compensação por gases tóxicos
Não são permitidas a salga e a seca de pescado a bordo. para o pessoal de máquinas será de 10 % do vencimento
fixo mensal do primeiro-motorista, relativamente ao tempo
CAPÍTULO V de serviço de máquinas prestado.

Retribuição Cláusula 30.ª


Alimentação
Cláusula 25.ª
Retribuição
1 — Para a alimentação o armador contribuirá com
€ 3,84 por dia de mar e por tripulante.
1 — Considera-se retribuição aquilo que, nos termos 2 — Não é permitida a constituição de mais de um
desta convenção, das normas que a regem ou dos usos, o rancho a bordo, salvo quando se trate de alimentação des-
trabalhador tem direito como contrapartida do seu trabalho. tinada a doente.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 31.ª 10 de Junho;


Caldeirada
15 de Agosto;
5 de Outubro;
1 — Cada tripulante e o armador ou quem o represente 1 de Novembro;
tem direito a 2 kg de peixe para alimentação, de igual 1 de Dezembro;
qualidade, por dia de pesca. 8 de Dezembro;
2 — Por acordo entre o armador e a tripulação, poderá 25 de Dezembro.
esta renunciar ao levantamento de bordo da caldeirada em
peixe a que tiver direito, recebendo como contrapartida a 2 — Além destes feriados obrigatórios serão observados
importância em dinheiro de € 3,84 por dia de pesca. o feriado municipal ou da padroeira do porto de armamento
e a terça-feira de Carnaval.
Cláusula 32.ª
Descarga e escolha do pescado Cláusula 36.ª
Regimes de trabalho e descanso
A descarga e a escolha são asseguradas pela tripulação,
mediante o pagamento de 2 % do produto bruto da venda, 1 — Haverá dois regimes de trabalho e descanso.
repartida em partes iguais pelos membros da tripulação 2 — O primeiro regime assenta no esquema de descanso
que participaram nas mesmas. semanal que vem sendo praticado e o segundo regime
assenta no esquema de um dia de descanso por cada seis
Cláusula 33.ª dias de trabalho.
Reboques 3 — Cabe ao armador optar por um dos regimes, con-
forme os seus interesses, desde que tenha a aprovação de
1 — No caso de salvamento ou assistência prestada pelo maioria dos tripulantes do navio.
navio e sua tripulação a qualquer navio nacional ou estran- 4 — O segundo regime reger-se-á pelo determinado nas
geiro, a empresa considerará o preço total de salvamento e alíneas seguintes e terá como contrapartida mínima um
ou assistência como receita de pesca (receita bruta), pagando prémio mensal de € 219,50 a favor de cada tripulante:
aos tripulantes as percentagens que constam da tabela anexa
a esta convenção, além dos complementos de soldada que a) Por cada período de seis dias terá um dia de descanso
lhe couberam sobre a pesca efectuada até ao momento da a gozar conforme for acordado pelas partes;
prestação de assistência e ou salvamento, ou depois destes. b) Por conveniência de ambas as partes e mediante
2 — No caso de haver despesas com o recebimento do acordo poderá pontualmente o número de dias de descanso
preço de assistência e ou salvamento, serão as mesmas ser fraccionado ou acumulado mas sempre sem prejuízo da
deduzidas na percentagem correspondente ao armador, proporcionalidade estabelecida na alínea anterior;
salvo quando essas despesas decorrem de envolvimento c) No caso de inactividade do navio por motivo de força
em processo judicial, sendo então deduzidos ao preço da maior (arribada por mau tempo impraticabilidade de barras,
assistência e ou salvamento. avarias, etc.), cuja duração seja superior a vinte e quatro
horas, os dias excedentes serão considerados de descanso
Cláusula 34.ª mas sob o limite máximo de três dias;
d) Os navios que estejam licenciados para operar nas
Cessação do direito de reclamação costas de Espanha, de Marrocos ou de outros países po-
O direito de reclamação por parte do armador ou do derão ocupar os dias de descanso obrigatório e feriados
profissional por créditos resultantes do contrato de tra- na faina de pesca;
balho extingue-se por prescrição decorrido um ano após e) Quando ocorrem as situações previstas no número
a cessação do contrato, salvo nos casos que por lei seja anterior os dias de descanso e feriados passados no mar
aplicado outro prazo mais favorável aos trabalhadores ou darão direito a igual número de dias de folga a gozar em
que envolvam responsabilidade criminal. terra logo após a chegada do navio ao porto de descarga.
Em alternativa, por cada dia de folga não gozada, cada
tripulante tem direito a um subsídio diário de € 37,50.
CAPÍTULO VI
5 — Independentemente do regime de trabalho, os fe-
Suspensão da prestação de trabalho
riados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 25 de Abril, 1
de Maio e 25 de Dezembro terão de ser obrigatoriamente
Cláusula 35.ª passados em terra.
Feriados
Cláusula 37.ª
1 — São considerados feriados obrigatórios os seguintes
dias: Direito a férias
1 de Janeiro; 1 — O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a
Sexta-Feira Santa; um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de
Domingo de Páscoa; Janeiro.
25 de Abril; 2 — O direito a férias, em regra, reporta-se ao trabalho
1 de Maio; prestado no ano civil anterior, mas não está condicionado
Corpo de Deus (festa móvel); à assiduidade ou efectividade de serviço.

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Cláusula 38.ª h) A autorizada ou aprovada pelo empregador;


Período de férias
i) A que por lei seja como tal considerada.

1 — O período anual de férias tem a duração mínima 2 — É considerada injustificada qualquer falta não pre-
de 22 dias úteis. vista no número anterior.
2 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da se-
mana de segunda-feira a sexta-feira, com excepção de Cláusula 41.ª
feriados.
3 — A duração do período de férias é aumentada no Efeitos das faltas injustificadas
caso de o trabalhador não ter faltado ou ter apenas faltas A falta injustificada constitui violação do dever de assi-
justificadas no ano a que as férias se reportam, nos se- duidade e determina perda da retribuição correspondente
guintes termos: ao período de ausência, que não é contado na antiguidade
a) Três dias de férias, até uma falta ou dois meios dias; do trabalhador.
b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios
dias;
c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios dias. CAPÍTULO VII
Cessação do contrato de trabalho e sanções
Cláusula 39.ª
Marcação do período de férias Cláusula 42.ª
1 — O período de férias é estabelecido de comum Regulamentação
acordo entre o armador e o tripulante. Em tudo o que nesta matéria não estiver contemplado
2 — Não havendo acordo, compete ao armador fixar o na presente convenção serão aplicáveis as normas do
período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro, devendo regime que regula a cessação do contrato de trabalho
ser dado conhecimento ao tripulante com antecedência não a bordo.
inferior a 45 dias.
3 — As férias são gozadas seguidamente, salvo acordo
Cláusula 43.ª
entre as partes.
4 — Mantêm direito a férias os tripulantes que desem- Causas de extinção
barquem por doença ou por acidente de trabalho.
5 — Durante o período de férias qualquer profis- 1 — O contrato de trabalho cessa, designadamente:
sional não poderá trabalhar para outra entidade pa- a) Por mútuo acordo;
tronal. b) Por caducidade;
c) Por rescisão promovida pelo armador ocorrendo justa
Cláusula 40.ª causa;
Faltas justificadas d) Por rescisão unilateral do trabalhador;
e) Por despedimento colectivo;
1 — São consideradas faltas justificadas: f) Por transmissão ou venda e abate de navio, conforme
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do estabelecido nesta convenção;
casamento; g) Por perda, naufrágio ou inavegabilidade definitiva
b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou do navio e caso o armador não possa empregar os seus
afim, nos termos legais (até cinco dias consecutivos, após tripulantes noutro arrastão.
o desembarque, por falecimento de cônjuge não separado
de pessoas e bens ou de parentes ou afim no 1.º grau de 2 — No caso previsto na alínea g) do número anterior,
linha directa, e até dois dias consecutivos, por falecimento se o armador não puder transferir para qualquer dos seus
de outro parente ou afim na linha recta ou no 2.º grau da navios os tripulantes que ficaram desempregados, os mes-
linha colateral); mos terão preferência em futuras admissões para bordo dos
c) A motivada pela prestação de prova em estabeleci- navios do mesmo armador.
mento de ensino, nos termos legais; 3 — É proibido ao armador promover o despedimento
d) A motivada por impossibilidade de prestar tra- de qualquer trabalhador sem justa causa.
balho devido a facto não imputável ao trabalhador,
nomeadamente observância de prescrição médica no Cláusula 44.ª
seguimento de recurso a técnica de procriação medi-
camente assistida, doença, acidente ou cumprimento Motivos de justa causa para despedimento ou resolução
de obrigação legal; 1 — Constituem, designadamente, motivos de justa
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e causa para despedimento por facto imputável ao traba-
imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado lhador:
familiar de trabalhador, nos termos legais;
f) A de trabalhador eleito para estrutura de representação a) A ofensa à honra ou à dignidade do armador ou seus
colectiva dos trabalhadores, nos termos legais; representantes, por parte dos profissionais;
g) A de candidato a cargo público, nos termos da cor- b) O exercício de violências físicas, sequestro de pessoas
respondente lei eleitoral; ou retenção de bens;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

c) Os vícios ou mau procedimento do profissional, prin- Cláusula 47.ª


cipalmente a inobservância das regras da disciplina; Rescisão unilateral do armador
d) A recusa de prestar serviços indicados pelos supe-
riores hierárquicos compatíveis com as funções do pro- 1 — O profissional que seja despedido sem justa causa
fissional; tem o direito a receber além da remuneração por inteiro
e) Insubordinação; do mês em que se extingue o contrato uma compensação
f) Provocação repetida de conflitos com camaradas de correspondente a um mês de vencimento fixo mensal por
trabalho; cada ano de serviço na empresa.
g) Violação dos direitos e garantias dos trabalhadores 2 — Para efeitos do número anterior, o tempo de serviço
da empresa; será arredondado para número inteiro de anos de serviço
h) A lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa; imediatamente superior.
i) A falta reiterada e injustificada à prestação de trabalho; 3 — Para efeitos de cálculo a soldada do mês não poderá
j) A falta de observância das normas de higiene no trabalho; ser inferior ao ordenado mínimo nacional.
k) A prática de embriaguez ou de crime de furto;
l) O desvio ou furto de pescado devidamente compro- Cláusula 48.ª
vado. Rescisão por inadaptação

2 — Constituem, designadamente, motivos de justa 1 — O trabalhador que manifeste inadaptação super-


causa para resolução pelo trabalhador: veniente ao posto de trabalho poderá ser despedido, nos
termos legais.
a) A ofensa à honra e dignidade por parte dos armadores 2 — O despedimento promovido nos termos desta cláu-
ou seus representantes; sula confere ao trabalhador receber uma indemnização no
b) A falta de pagamento da retribuição na forma devida; montante igual ao previsto na cláusula anterior.
c) A necessidade de cumprir obrigações legais incom-
patíveis com a continuação do serviço;
Cláusula 49.ª
d) Violação das garantias legais e convencionais do
trabalhador; Transmissão e abate de navios
e) Aplicação de sanções abusivas; 1 — A transmissão e o abate de navios são reconhecidos
f) Falta de condições de higiene e segurança; pelas partes contratantes mas não poderão ser efectuados
g) Lesão de interesses patrimoniais do trabalhador; sem ser dado prévio conhecimento aos sindicatos repre-
h) A conduta intencional dos superiores hierárquicos, de sentativos dos trabalhadores ao seu serviço.
forma a levar os trabalhadores a porem termo ao contrato. 2 — A transmissão e abate de navios, o encerramento
definitivo da actividade do armador ou a reorganização ou
3 — Qualquer despedimento com justa causa será pre- fusão de empresas não constituem justa causa de rescisão
cedido de processo disciplinar, nos termos legais. dos contratos de trabalho.
3 — É aplicável aos trabalhadores que venham a per-
Cláusula 45.ª der os seus postos de trabalho em virtude de se verificar
Denúncia com aviso prévio alguns casos previstos no número anterior o regime de
«despedimento colectivo» previsto na Lei n.º 7/2009, de
1 — Qualquer trabalhador tem o direito de denunciar 12 de Fevereiro.
o contrato individual de trabalho, independentemente de 4 — Para efeitos do número anterior, qualquer fracção
justa causa, devendo comunicá-lo por escrito ao arma- do 1.º ano de serviço é considerada um ano completo.
dor, com aviso prévio de 30 ou 60 dias, conforme tenha, 5 — O total das indemnizações referidas nos números
respectivamente, até dois anos ou mais de dois anos de anteriores não excederá em caso algum 30 % do preço total
antiguidade. da venda do navio, distribuindo-se então nesse caso em
2 — Também é facultada ao profissional a possibili- partes iguais esta percentagem (30 %), tendo em atenção
dade de rescindir o contrato e com menor pré-aviso desde os anos de serviço na empresa.
que tal não acarrete paragem do navio e que indemnize o 6 — Se a transmissão ou abate do navio não implicar de-
armador na importância correspondente ao vencimento semprego para os tripulantes, não haverá lugar a qualquer
fixo que lhe seria devido pelo período de aviso prévio indemnização, tomando a entidade adquirente (no caso de
em falta. transmissão ou venda do navio) a posição do transmitente
quanto aos contratos de trabalho daqueles tripulantes.
Cláusula 46.ª
Despedimento colectivo Cláusula 50.ª
1 — Cada tripulante abrangido por despedimento co- Sanções abusivas
lectivo tem o direito de uma indemnização de acordo com
1 — Considera-se abusiva a sanção disciplinar motivada
a respectiva antiguidade, sendo a mesma correspondente
pelo facto de o trabalhador:
a um mês de soldada fixa de mar por cada ano de serviço.
O valor da soldada fixa para efeitos de compensação não a) Ter reclamado legitimamente contra as condições
poderá ser inferior ao ordenado mínimo nacional. de trabalho;
2 — É aplicável aos trabalhadores, no que respeita aos b) Se recusar a cumprir ordem a que não deva obediên-
despedimentos colectivos, a legislação em vigor. cia, nos termos legais;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

c) Exercer ou candidatar-se ao exercício de funções 2 — Falecendo algum tripulante durante a viagem,


em estrutura de representação colectiva dos trabalha- os seus sucessores têm direito à respectiva retribuição
dores; até ao último dia do mês em que tiver ocorrido o fale-
d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exercer ou cimento.
invocar os seus direitos ou garantias. 3 — No caso de o tripulante ter falecido durante a via-
gem, as despesas com o funeral serão da conta do armador,
2 — Presume-se abusivo o despedimento ou outra obrigando-se o mesmo à transladação do corpo para a
sanção aplicada alegadamente para punir uma infracção, localidade, dentro do território nacional, a designar pelo
quando tenha lugar: cônjuge sobrevivo ou, na falta deste, pelos parentes do
a) Até seis meses após qualquer dos factos mencionados tripulante ou de quem com ele vivia em comunhão de
no número anterior; mesa e habitação.
b) Até um ano após reclamação ou outra forma de exer-
cício de direitos relativos a igualdade e não discriminação. Cláusula 56.ª
Perda de haveres
Cláusula 51.ª
1 — Os armadores, directamente ou por intermédio
Consequência da aplicação da sanção abusiva
de entidade seguradora, indemnizarão o trabalhador pela
A aplicação de sanção abusiva terá as consequências perda, total ou parcial, dos seus haveres pessoais que se
legalmente previstas. encontrem a bordo e que resulte de naufrágio, encalhe,
abandono forçado, incêndio, alagamento, colisão ou outro
acidente no mar, na importância máxima de € 750.
CAPÍTULO VIII 2 — Da indemnização atribuída será deduzido o valor
Seguro e previdência dos bens salvos ou que os tripulantes venham a obter por
outra via como compensação de tais perdas.
Cláusula 52.ª
Declaração final dos outorgantes
Contribuições para a previdência
Nos termos e para os efeitos da alínea g) do artigo 492.º
O armador e os trabalhadores contribuirão para as res- do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de
pectivas caixas de previdência nos termos da legislação 12 de Fevereiro, a presente convenção abrange, por um
em vigor.
lado, 39 armadores filiados na ADAPI — Associação dos
Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), e, por outro,
Cláusula 53.ª
612 trabalhadores associados dos sindicatos que compõem
Seguro de acidentes de trabalho a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca.
Nos termos da lei, o armador compromete-se a transferir Tendo em conta o previsto no n.º 3 do artigo 496.º
para uma entidade seguradora a sua responsabilidade por do mesmo Código do Trabalho, a presente convenção
acidentes de trabalho. abrangerá também os empregadores que se inscrevam na
ADAPI e os trabalhadores que se filiem nos sindicatos que
Cláusula 54.ª compõem a Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca
durante a respectiva vigência.
Incapacidade temporária Nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 492.º do Có-
Qualquer trabalhador em caso de incapacidade temporá- digo do Trabalho, esta convenção revisa a publicada no
ria resultante de acidente de trabalho ou doença profissional Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 22, de 15 de Janeiro
comprovada pelos serviços médicos da entidade segura- de 1978, bem como as suas sucessivas alterações publi-
dora receberá pelo menos a remuneração mínima mensal cadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 30, de 15
garantida, devendo o armador complementá-la quando de Agosto de 1980, 10, de 15 de Março de 1987, e 2, de
aquela não for atingida pela indemnização a receber pela 15 de Janeiro de 2000.
seguradora.
Lisboa, 4 de Novembro de 2009.
Cláusula 55.ª Pela ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas
Falecimento e seguro por incapacidade ou morte Industriais:
1 — Além do disposto na cláusula anterior, o armador Armando Morgado Teles, director.
efectuará um seguro para os casos de morte, desapare- Pedro Jorge B. Silva, director.
cimento no mar ou incapacidade absoluta permanente, José Paulo D. M. Amador, director.
determinados por acidente de trabalho quando o traba- Luís Carlos Vaz Pais, director.
lhador profissional estiver ao seu serviço, no valor global Aníbal Machado Paião, director.
de € 60 000, valor que será pago ao cônjuge sobrevivo, A. Miguel Cunha, director.
e, na sua falta, sucessivamente aos descendentes e as- Pela Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca:
cendentes a cargo do falecido, salvo se o profissional
tiver indicado qualquer outro beneficiário em testamento António Macedo, mandatário.
e ou apólice. Frederico Fernandes Pereira, mandatário.

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ANEXO I CCT entre a ADAPI — Associação dos Armadores


das Pescas Industriais e o SITEMAQ — Sindi-
Tabela de vencimentos cato de Mestrança e Marinhagem da Marinha
Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (pesca
Vencimento
Cargo
mensal (euros)
Percentagem do arrasto costeiro) — Revisão global.

Mestre costeiro pescador . . . . . . . . . . . .


176,08 4,1 CAPÍTULO I
Encarregado de pesca. . . . . . . . . . . . . . .
Contramestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Âmbito e vigência
Mestre de navegação ou de leme . . . . . . 174,83 1,8

Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8


Cláusula 1.ª
Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3 Âmbito e área

Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . 176,08 1,3 1 — A presente convenção obriga, pela simples assina-
Chefe de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . 181,31 2,1
tura dos representantes legais das partes outorgantes, por
um lado, as empresas representadas pela ADAPI — As-
Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . 178,82 1,5 sociação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI),
Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3 armadores de navios de pesca do arrasto costeiro e, por
outro, os trabalhadores embarcados nos navios de pesca
Notas de arrasto costeiro representados pelo SITEMAQ.
1 — Nas tabelas salariais, aquando da imobilização ou reparação, será
2 — Esta convenção aplica-se em Portugal continen-
sempre garantida a retribuição mínima mensal garantida para a indústria tal, na ZEE, em qualquer pesqueiro para onde o arrasto
desde que os proveitos mensais não ultrapassem este valor. costeiro esteja licenciado no âmbito de acordos de pesca
2 — Nos navios onde se verifique a existência de apenas um mo- com países terceiros.
torista, este auferirá um prémio mensal de € 170; nos navios em que
se verifique a existência de dois motoristas, estes auferirão um prémio
mensal de € 85. Cláusula 2.ª
Vigência, denúncia e revisão
Subsídio de reparação
1 — O CCT entra em vigor cinco dias após a sua publi-
Aos tripulantes que sejam chamados a trabalhar na re- cação no Boletim do Trabalho e Emprego e tem a duração
paração dos navios são concedidos, além do vencimento, de 24 meses.
os subsídios abaixo indicados, por dia de trabalho, sendo 2 — A tabela salarial e demais cláusulas de expressão
considerados os dias de descanso semanal e feriados a pecuniárias vigoram pelo prazo de 12 meses.
partir de cinco dias de trabalho seguido: 3 — Decorridos os prazos de vigência anteriores, o CCT
renova-se por iguais períodos se não for denunciado.
Importância
Categoria
(euros) 4 — A denúncia pode ser feita por qualquer das partes
com a antecedência mínima de três meses relativamente
Mestre costeiro pescador/encarregado de pesca . . . . . . . 17,96 aos prazos de vigência iniciais ou renovados.
Contramestre/mestre de navegação ou de leme . . . . . . . . 17,96
Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96
Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96 CAPÍTULO II
Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96
Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,95 Da admissão, carreira profissional e lotações
Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,45
Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,46
Cláusula 3.ª
Declaração Recrutamento, carreira profissional e lotações

A Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca repre- 1 — O recrutamento dos trabalhadores para bordo dos
senta o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, navios far-se-á nos termos da legislação em vigor.
o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Distrito de 2 — Só podem ser admitidos indivíduos possuidores
Coimbra, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Cen- de cédula marítima ou mediante autorização de autoridade
tro, o Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins, o competente.
Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul e o Sindicato
dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Via- Cláusula 4.ª
gens, Transitários e Pesca — SIMAMEVIP no processo Admissão por substituição
negocial do presente CCT.
1 — Sem prejuízo de outras situações em que seja le-
Lisboa, 16 de Dezembro de 2009. — O Coordenador, galmente admissível a celebração de contrato de trabalho
Frederico Fernandes Pereira. a termo, a entidade patronal poderá admitir trabalhadores
Depositado em 18 de Dezembro de 2009, a fl. 63 do em substituição dos que estejam temporariamente im-
livro n.º 11, com o n.º 261/2009, nos termos do artigo 494.º pedidos de prestar a sua actividade, designadamente em
do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de consequência de acidente ou doença, licença, com ou sem
12 de Fevereiro. vencimento e outras situações equiparáveis.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — A admissão efectuada nos termos do número ante- 3 — O trabalhador que substitua outro de categoria mais
rior é feita por contrato de trabalho a termo enquanto durar elevada por períodos que ultrapassem 18 meses consecu-
o impedimento do trabalhador substituído. tivos, ou 36 alternados, não poderá ver a sua retribuição
3 — O contrato com o trabalhador substituto caducará ser reduzida.
na data em que se verifique o regresso do substituído,
salvo se aquele continuar ao serviço para além de 15 dias Cláusula 7.ª
a contar daquela data, caso em que o contrato se conside-
Acumulações
rará sem termo, para todos os efeitos, a partir do início da
prestação de trabalho. 1 — Quando, por um período transitório, houver acu-
mulação de funções, o trabalhador receberá a remuneração
Cláusula 5.ª correspondente à função mais elevada.
Promoção profissional
2 — Nos casos previstos no número anterior, a remune-
ração correspondente à função menos elevada será dividida
1 — Os armadores apoiam a frequência de acções de pela tripulação segundo o seu critério desde que o navio
formação, atempadamente programadas. tenha ficado com tripulação inferior à habitual.
2 — Verificando-se a necessidade de preenchimento de
vagas para as categorias de contramestre ou nas funções Cláusula 8.ª
de mestre de redes, os armadores deverão preencher estas
Lotações
vagas com profissionais devidamente habilitados existentes
nas suas embarcações. 1 — As lotações para todos os navios abrangidos por
3 — Para efeitos da presente cláusula, os profissionais esta convenção serão determinadas pelo Decreto-Lei
poderão embarcar a bordo com as seguintes funções pelas n.º 280/2001, de 23 de Outubro, e alterações legislativas
quais vencerão: subsequentes consideradas como necessárias para a faina
a) Marinheiro pescador/pescador; e preparação do pescado.
b) Marinheiro cozinheiro; 2 — O previsto no número anterior não pode prejudicar
c) Mestre de redes; as actuais lotações existentes nos navios.
d) Contramestre; 3 — Quando qualquer navio se deslocar de um porto
e) Encarregado de pesca; para outro para efeitos que não sejam de pesca, o mesmo
f) Mestre de navegação ou de leme; só poderá sair para o mar com a lotação de segurança
g) Mestre costeiro pescador; mínima exigida por lei.
h) Ajudante de máquinas; 4 — Quando, por motivos justificados, seja impossível
i) Segundo máquinas; dar cumprimento à lotação estabelecida nos termos do
j) Chefe de máquinas. n.º 1 desta cláusula, o navio poderá sair para a pesca com
o parecer favorável da maioria da tripulação e desde que
4 — O chefe de máquinas é o directo responsável por devidamente autorizado pela autoridade marítima.
tudo quanto respeite à sua secção e respectivo pessoal,
competindo-lhe: CAPÍTULO III
a) Orientar e zelar pela condução de todas as máquinas Dos direitos e deveres das partes
e demais instalações, directamente ligadas e dependentes
da sua secção; Cláusula 9.ª
b) Dirigir e supervisionar as reparações possíveis em
viagem ou em terra (porto) quando seja o pessoal de secção Deveres dos trabalhadores
de máquinas a realizá-las; 1 — São deveres do marítimo, em especial:
c) A efectivação dos respectivos quartos de serviço;
d) O controlo de execução dos quartos de serviço do a) Respeitar e tratar com lealdade o armador, nomeada-
restante pessoal de máquinas; mente não divulgando informações referentes à organiza-
e) Decidir das medidas necessárias para manter a secção ção, aos métodos de trabalho e às operações de pesca;
em condições para as viagens seguintes. b) Comparecer ao serviço com assiduidade e realizar o
trabalho com zelo e diligência;
Cláusula 6.ª c) Cumprir as determinações dos superiores hierárqui-
cos em tudo o que respeita à execução e à disciplina do
Desempenho de funções superiores à categoria
trabalho, bem como a todas as tarefas ou procedimentos
1 — Sempre que um trabalhador substitua outro de relativos à segurança da navegação;
categoria e retribuição superior tem direito a receber a d) Zelar pela conservação e boa utilização da embarca-
retribuição inerente à categoria do substituído enquanto ção e do seu equipamento;
durar a substituição. e) Observar as prescrições de segurança, higiene e saúde
2 — Sempre que o trabalhador desempenhar funções no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-
superiores às correspondentes à sua categoria profissional, vencionais aplicáveis;
em comissão de serviço, aufere a retribuição correspon- f) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, de
dente, podendo voltar a exercer a sua função original com instrumento de regulamentação colectiva de trabalho e do
a retribuição a que esta função corresponde. respectivo contrato de trabalho.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — São deveres específicos dos mestres: CAPÍTULO IV


a) Manter legalizada e presente a bordo toda a docu- Prestação de trabalho
mentação respectiva e ainda a relativa à identificação dos
tripulantes; Cláusula 14.ª
b) Apresentar, dentro dos prazos legais e contratuais, as
Pessoal de máquinas
participações e protestos de mar respectivos a ocorrências
que os justifiquem; 1 — O horário normal de trabalho será de oito horas
c) Comparecer ao embarque à hora que tenha determi- diárias.
nado para os restantes tripulantes. 2 — O número de tripulantes será sempre o suficiente
para que o horário por quartos não exceda o horário de
Cláusula 10.ª trabalho normal.
Deveres dos armadores
3 — Quando, por motivo de força maior, os profissio-
nais de máquinas tenham de trabalhar em dia de descanso
São deveres dos armadores, nomeadamente: obrigatório, os mesmos auferirão os vencimentos de repa-
ração acrescidos de 100 %.
a) Respeitar e tratar com lealdade o marítimo e pagar-lhe
4 — Nos navios em que, por motivos de modernização
pontualmente a retribuição que lhe é devida;
tecnológica, existam menos de três tripulantes na secção
b) Proporcionar ao marítimo boas condições de trabalho
de máquinas, o serviço será efectuado sem observância do
a bordo, designadamente de segurança, higiene, saúde e
determinado no n.º 1 desta cláusula.
alojamento;
c) Permitir ao marítimo a frequência de cursos de for-
Cláusula 15.ª
mação profissional necessários à evolução na carreira da
pesca, sem prejuízo do prévio cumprimento dos períodos Pessoal do convés
de embarque para que foi contratado; 1 — O horário de trabalho será, no máximo, de dezas-
d) Cumprir as demais obrigações decorrentes da lei, seis horas diárias, salvo motivo de força maior.
de regulamentação colectiva de trabalho, do respectivo 2 — O período de descanso não poderá ser inferior
contrato de trabalho e dos usos e costumes observados a oito horas por dia, que serão gozadas alternadamente,
no porto. devendo haver um período de descanso de seis horas con-
Cláusula 11.ª secutivas.
Garantias dos trabalhadores Cláusula 16.ª
É vedado ao armador ou a quem o represente: Serviço em terra

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o marítimo exerça 1 — O tripulante quando tiver de ficar em terra a prestar
os seus direitos, bem como despedi-lo ou aplicar-lhe san- serviço ao armador observará um horário de oito horas
ções por causa desse exercício; diárias, praticado de segunda-feira a sexta-feira.
b) Diminuir a retribuição fixa do marítimo, caso a haja, 2 — O trabalho prestado pelo tripulante para além do
ou alterar, em prejuízo deste, o critério de cálculo das remu- horário definido no número anterior será remunerado
nerações variáveis e das respectivas percentagens ou partes, como trabalho suplementar de acordo com as fórmulas
salvo no caso de transferência, por razões objectivas, para seguintes:
tipo de embarcação que determine remuneração diferente, Para a primeira hora suplementar em dias úteis:
ou no caso de existência de disposição em contrário cons-
tante de regulamentação colectiva;
c) Obrigar o marítimo a adquirir bens ou utilizar serviços (
Rh = VM )
× 12 + SR × 1,5
52 × 40 8
fornecidos pelo armador ou por pessoa por ele indicada.
Para a segunda hora ou fracção subsequente em dias úteis:
Cláusula 12.ª
Pescado existente a bordo (
Rh = VM
52 × 40 8 )
× 12 + SR × 1,75

Sem prejuízo do disposto na cláusula referente à caldeirada,


O trabalho suplementar prestado aos sábados, domingos
todo o pescado existente a bordo será considerado propriedade e feriados será remunerado pela seguinte fórmula:
da empresa armadora e deverá ser vendido nos termos legais.
A tripulação, sem prejuízo da sua actividade normal e atra-
vés dos delegados sindicais ou de quaisquer outros trabalhado-
Rh = VM (
× 12 + SR × 2
52 × 40 8 )
res eleitos para o efeito, terá o direito de fiscalizar, pelos meios
necessários, a saída e comercialização do pescado existente. sendo VM o vencimento base mensal fixo e SR o subsídio
de reparação.
Cláusula 13.ª
Luvas de manobra
Cláusula 17.ª
Horário de refeições
O mestre, segundo as necessidades, pode requisitar
luvas de manobra destinadas ao pessoal de convés, para 1 — Nos locais de trabalho e repasto estarão afixados mapas
manuseio da arte de pesca e das amarrações. com escalas de serviço e as horas das principais refeições.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — O horário das refeições só poderá ser alterado em Cláusula 21.ª


casos especiais e sempre que haja o acordo da maioria da Porto de armamento
tripulação.
3 — A duração das principais refeições não poderá ser Sempre que o armador decida mudar quaisquer dos seus
inferior a uma hora. arrastões costeiros do porto de armamento, com carácter
definitivo, obriga-se ao pagamento das despesas de viagem
Cláusula 18.ª nos dias de descanso obrigatório e nos termos do n.º 2 da
cláusula anterior dos tripulantes que continuem a residir
Descanso mínimo entre viagens na área do porto donde o navio foi deslocado.
No dia em que o navio venha a terra para fazer descarga O disposto no número anterior não se aplica às situações
será concedido um mínimo de cinco horas de descanso, existentes na utilização usual de dois portos para descarga
a partir da hora da chegada, com excepção dos portos desde que estes não ultrapassem a distância de 100 km.
sujeitos a marés.
Cláusula 22.ª
Cláusula 19.ª Exercícios obrigatórios
Reparação Para além do horário normal, todo o trabalhador é obri-
1 — Considera-se, para os efeitos do disposto nesta gado a executar, sem direito a remuneração suplementar,
cláusula, que o navio entra em reparação um dia após a os exercícios de salva vidas, de extinção de incêndios e
chegada. outros similares, determinados pela Convenção para a
2 — Ainda se considera reparação sempre que, para Salvaguarda de Vidas Humanas no Mar (SOLAS) ou pelas
efeitos de beneficiação ou necessidades de reparações, o autoridades competentes.
navio tenha de ficar retido no porto por período superior
a 48 horas. Cláusula 23.ª
3 — Sempre que o navio seja forçado a arribar por Transferência de navios
avaria mecânica, durante a reparação desta, aplica-se igual- 1 — A actividade profissional dos trabalhadores abran-
mente o critério do navio em reparação. gidos por esta convenção será prestada a bordo de qualquer
4 — Quando o navio estiver em reparação, será pago aos navio do mesmo armador, salvo se as partes acordarem,
tripulantes da secção de máquinas e convés o vencimento por escrito, em sentido distinto.
por reparação constante da tabela anexa. 2 — Quando embarcado, só com acordo do tripulante,
5 — A situação de reparação não implica a suspensão reduzido a escrito, poderá este ser transferido para outro
ou cessação do contrato de trabalho, continuando o traba- navio do mesmo armador ou para outro local de trabalho.
lhador à ordem do armador.
6 — O serviço prestado na construção ou transformação Cláusula 24.ª
do navio não é considerado como trabalho de reparação,
sendo a sua remuneração acordada entre o armador e os Proibição da salga e da seca
trabalhadores e nunca podendo a mesma ser inferior ao Não são permitidas a salga e a seca de pescado a bordo.
vencimento da reparação.

Cláusula 20.ª CAPÍTULO V


Serviço em porto Retribuição
1 — Aquando da docagem, reparação ou reapetrecha- Cláusula 25.ª
mento do navio, qualquer que seja o local onde tenha lugar,
o armador providenciará, para além das remunerações Retribuição
devidas, pela alimentação dos profissionais abrangidos 1 — Considera-se retribuição aquilo que, nos termos
por esta convenção e envolvidos em tais tarefas ou por desta convenção, das normas que a regem ou dos usos, o
opção pelo pagamento do subsídio diário por tripulante trabalhador tem direito como contrapartida do seu trabalho.
(sem distinção das funções a bordo) de € 12,47. 2 — A retribuição compreende, nomeadamente, a remu-
2 — Aos tripulantes que não possam ir dormir à sua neração base, os subsídios de férias e de Natal, a compen-
residência, o amador providenciará o seu alojamento. sação por gases para o pessoal de máquinas, a percentagem
3 — Aos tripulantes envolvidos nestas tarefas serão tam- de pesca e o prémio de regime intensivo e todas as outras
bém reembolsadas despesas de deslocação (desde que em prestações regulares e periódicas previstas, ou não, por
transporte público, à excepção de táxi), contra apresentação esta convenção.
do documento comprovativo, sendo, contudo, garantido o 3 — Presume-se constituir retribuição toda e qualquer
pagamento de apenas uma viagem por semana aos tripu- prestação da empresa ao trabalhador.
lantes que se encontrem alojados por conta do armador.
4 — O transporte em via férrea será em 2.ª classe ou Cláusula 26.ª
classe única, quando não houver outra.
Remuneração base
5 — O tripulante que se desloque em transporte próprio
receberá uma compensação a acordar com o armador, tendo 1 — As remunerações base para os trabalhadores abran-
em conta a distância percorrida. gidos por esta convenção são as constantes do anexo I.

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2 — Quando for necessário calcular o vencimento diá- Cláusula 32.ª


rio, ele deverá ser obtido pela fórmula: Descarga e escolha do pescado
VM × 12
365
A descarga e a escolha são asseguradas pela tripulação,
mediante o pagamento de 2 % do produto bruto da venda,
repartida em partes iguais pelos membros da tripulação
sendo VM o vencimento mensal.
que participaram nas mesmas.
Cláusula 27.ª Cláusula 33.ª
Subsídio de férias
Reboques
Todo o tripulante tem direito a um subsídio de férias 1 — No caso de salvamento ou assistência prestada pelo
de € 450, sendo o vencimento mensal correspondente ao navio e sua tripulação a qualquer navio nacional ou estran-
mês de férias igual à retribuição mínima mensal garantida geiro, a empresa considerará o preço total de salvamento e
para a indústria. ou assistência como receita de pesca (receita bruta), pagando
aos tripulantes as percentagens que constam da tabela anexa
Cláusula 28.ª a esta convenção, além dos complementos de soldada que
Subsídio de Natal lhe couberam sobre a pesca efectuada até ao momento da
prestação de assistência e ou salvamento, ou depois destes.
1 — O trabalhador inscrito marítimo que, com referên- 2 — No caso de haver despesas com o recebimento do
cia a 1 de Dezembro de cada ano, tenha um mínimo de um preço de assistência e ou salvamento, serão as mesmas
ano ao serviço do mesmo armador terá direito a receber, deduzidas na percentagem correspondente ao armador,
a título de subsídio de Natal, uma quantia de montante salvo quando essas despesas decorrem de envolvimento
igual a € 450. em processo judicial, sendo então deduzidos ao preço da
2 — O subsídio de Natal será posto a pagamento até 15 assistência e ou salvamento.
de Dezembro de cada ano.
3 — Aos trabalhadores inscritos marítimos que, antes Cláusula 34.ª
da data de 1 de Dezembro, deixarem de estar ao serviço
Cessação do direito de reclamação
do armador ser-lhes-á atribuído um subsídio de Natal pro-
porcional ao tempo de serviço prestado. O direito de reclamação por parte do armador ou do
4 — Os tripulantes que não completem um ano ao ser- profissional por créditos resultantes do contrato de tra-
viço do mesmo armador em 1 de Dezembro receberão um balho extingue-se por prescrição decorrido um ano após
subsídio de Natal calculado proporcionalmente ao tempo a cessação do contrato, salvo nos casos que por lei seja
de serviço, nos termos da presente cláusula. aplicado outro prazo mais favorável aos trabalhadores ou
que envolvam responsabilidade criminal.
Cláusula 29.ª
Compensação de gases CAPÍTULO VI
O subsídio mensal de compensação por gases tóxicos Suspensão da prestação de trabalho
para o pessoal de máquinas será de 10 % do vencimento
fixo mensal do primeiro-motorista, relativamente ao tempo Cláusula 35.ª
de serviço de máquinas prestado. Feriados

Cláusula 30.ª 1 — São considerados feriados obrigatórios os seguintes


dias:
Alimentação
1 de Janeiro;
1 — Para a alimentação o armador contribuirá com Sexta-Feira Santa;
€ 3,84 por dia de mar e por tripulante. Domingo de Páscoa;
2 — Não é permitida a constituição de mais de um 25 de Abril;
rancho a bordo, salvo quando se trate de alimentação des- 1 de Maio;
tinada a doente. Corpo de Deus (festa móvel);
10 de Junho;
Cláusula 31.ª 15 de Agosto;
Caldeirada 5 de Outubro;
1 de Novembro;
1 — Cada tripulante e o armador ou quem o represente 1 de Dezembro;
tem direito a 2 kg de peixe para alimentação, de igual 8 de Dezembro;
qualidade, por dia de pesca. 25 de Dezembro.
2 — Por acordo entre o armador e a tripulação, poderá
esta renunciar ao levantamento de bordo da caldeirada em 2 — Além destes feriados obrigatórios serão observados
peixe a que tiver direito, recebendo como contrapartida a o feriado municipal ou da padroeira do porto de armamento
importância em dinheiro de € 3,84 por dia de pesca. e a terça-feira de Carnaval.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 36.ª justificadas no ano a que as férias se reportam, nos se-


Regimes de trabalho e descanso
guintes termos:

1 — Haverá dois regimes de trabalho e descanso. a) Três dias de férias, até uma falta ou dois meios dias;
b) Dois dias de férias, até duas faltas ou quatro meios dias;
2 — O primeiro regime assenta no esquema de descanso
c) Um dia de férias, até três faltas ou seis meios dias.
semanal que vem sendo praticado e o segundo regime
assenta no esquema de um dia de descanso por cada seis
Cláusula 39.ª
dias de trabalho.
3 — Cabe ao armador optar por um dos regimes, con- Marcação do período de férias
forme os seus interesses, desde que tenha a aprovação de 1 — O período de férias é estabelecido de comum
maioria dos tripulantes do navio. acordo entre o armador e o tripulante.
4 — O segundo regime reger-se-á pelo determinado nas 2 — Não havendo acordo, compete ao armador fixar o
alíneas seguintes e terá como contrapartida mínima um período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro, devendo
prémio mensal de € 219,50 a favor de cada tripulante: ser dado conhecimento ao tripulante com antecedência não
a) Por cada período de seis dias terá um dia de descanso inferior a 45 dias.
a gozar conforme for acordado pelas partes; 3 — As férias são gozadas seguidamente, salvo acordo
b) Por conveniência de ambas as partes e mediante entre as partes.
acordo poderá pontualmente o número de dias de des- 4 — Mantêm direito a férias os tripulantes que desem-
canso ser fraccionado ou acumulado mas sempre sem barquem por doença ou por acidente de trabalho.
prejuízo da proporcionalidade estabelecida na alínea an- 5 — Durante o período de férias qualquer profissional
terior; não poderá trabalhar para outra entidade patronal.
c) No caso de inactividade do navio por motivo de força
maior (arribada por mau tempo impraticabilidade de barras, Cláusula 40.ª
avarias, etc.), cuja duração seja superior a vinte e quatro Faltas justificadas
horas, os dias excedentes serão considerados de descanso
mas sob o limite máximo de três dias; 1 — São consideradas faltas justificadas:
d) Os navios que estejam licenciados para operar nas a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do
costas de Espanha, de Marrocos ou de outros países po- casamento;
derão ocupar os dias de descanso obrigatório e feriados b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou
na faina de pesca; afim, nos termos legais (até cinco dias consecutivos, após
e) Quando ocorrem as situações previstas no número o desembarque, por falecimento de cônjuge não separado
anterior os dias de descanso e feriados passados no de pessoas e bens ou de parentes ou afim no 1.º grau de
mar darão direito a igual número de dias de folga a linha directa, e até dois dias consecutivos, por falecimento
gozar em terra logo após a chegada do navio ao porto de outro parente ou afim na linha recta ou no 2.º grau da
de descarga. Em alternativa, por cada dia de folga não linha colateral);
gozada, cada tripulante tem direito a um subsídio diário c) A motivada pela prestação de prova em estabeleci-
de € 37,50. mento de ensino, nos termos legais;
d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho
5 — Independentemente do regime de trabalho, os fe- devido a facto não imputável ao trabalhador, nomeada-
riados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 25 de Abril, 1 mente observância de prescrição médica no seguimento
de Maio e 25 de Dezembro terão de ser obrigatoriamente de recurso a técnica de procriação medicamente assistida,
passados em terra. doença, acidente ou cumprimento de obrigação legal;
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e
Cláusula 37.ª imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado
Direito a férias familiar de trabalhador, nos termos legais;
f) A de trabalhador eleito para estrutura de representação
1 — O trabalhador tem direito, em cada ano civil, a colectiva dos trabalhadores, nos termos legais;
um período de férias retribuídas, que se vence em 1 de g) A de candidato a cargo público, nos termos da cor-
Janeiro. respondente lei eleitoral;
2 — O direito a férias, em regra, reporta-se ao trabalho h) A autorizada ou aprovada pelo empregador;
prestado no ano civil anterior, mas não está condicionado i) A que por lei seja como tal considerada.
à assiduidade ou efectividade de serviço.
2 — É considerada injustificada qualquer falta não pre-
Cláusula 38.ª vista no número anterior.
Período de férias
Cláusula 41.ª
1 — O período anual de férias tem a duração mínima
Efeitos das faltas injustificadas
de 22 dias úteis.
2 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de A falta injustificada constitui violação do dever de assi-
segunda-feira a sexta-feira, com excepção de feriados. duidade e determina perda da retribuição correspondente
3 — A duração do período de férias é aumentada no ao período de ausência, que não é contado na antiguidade
caso de o trabalhador não ter faltado ou ter apenas faltas do trabalhador.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

CAPÍTULO VII 2 — Constituem, designadamente, motivos de justa


causa para resolução pelo trabalhador:
Cessação do contrato de trabalho e sanções
a) A ofensa à honra e dignidade por parte dos armadores
Cláusula 42.ª ou seus representantes;
b) A falta de pagamento da retribuição na forma de-
Regulamentação
vida;
Em tudo o que nesta matéria não estiver contemplado na c) A necessidade de cumprir obrigações legais incom-
presente convenção serão aplicáveis as normas do regime patíveis com a continuação do serviço;
que regula a cessação do contrato de trabalho a bordo. d) Violação das garantias legais e convencionais do
trabalhador;
Cláusula 43.ª e) Aplicação de sanções abusivas;
f) Falta de condições de higiene e segurança;
Causas de extinção
g) Lesão de interesses patrimoniais do trabalhador;
1 — O contrato de trabalho cessa, designadamente: h) A conduta intencional dos superiores hierárqui-
cos, de forma a levar os trabalhadores a porem termo
a) Por mútuo acordo; ao contrato.
b) Por caducidade;
c) Por rescisão promovida pelo armador ocorrendo justa 3 — Qualquer despedimento com justa causa será pre-
causa; cedido de processo disciplinar, nos termos legais.
d) Por rescisão unilateral do trabalhador;
e) Por despedimento colectivo;
Cláusula 45.ª
f) Por transmissão ou venda e abate de navio, conforme
estabelecido nesta convenção; Denúncia com aviso prévio
g) Por perda, naufrágio ou inavegabilidade definitiva 1 — Qualquer trabalhador tem o direito de denunciar
do navio e caso o armador não possa empregar os seus o contrato individual de trabalho, independentemente de
tripulantes noutro arrastão. justa causa, devendo comunicá-lo por escrito ao arma-
dor, com aviso prévio de 30 ou 60 dias, conforme tenha,
2 — No caso previsto na alínea g) do número anterior, respectivamente, até dois anos ou mais de dois anos de
se o armador não puder transferir para qualquer dos seus antiguidade.
navios os tripulantes que ficaram desempregados, os mes- 2 — Também é facultada ao profissional a possibili-
mos terão preferência em futuras admissões para bordo dos dade de rescindir o contrato e com menor pré-aviso desde
navios do mesmo armador. que tal não acarrete paragem do navio e que indemnize o
3 — É proibido ao armador promover o despedimento armador na importância correspondente ao vencimento
de qualquer trabalhador sem justa causa. fixo que lhe seria devido pelo período de aviso prévio
em falta.
Cláusula 44.ª
Motivos de justa causa para despedimento ou resolução Cláusula 46.ª
1 — Constituem, designadamente, motivos de justa Despedimento colectivo
causa para despedimento por facto imputável ao traba-
1 — Cada tripulante abrangido por despedimento
lhador:
colectivo tem o direito de uma indemnização de acordo
a) A ofensa à honra ou à dignidade do armador ou seus com a respectiva antiguidade, sendo a mesma corres-
representantes, por parte dos profissionais; pondente a um mês de soldada fixa de mar por cada
b) O exercício de violências físicas, sequestro de pessoas ano de serviço. O valor da soldada fixa para efeitos
ou retenção de bens; de compensação não poderá ser inferior ao ordenado
c) Os vícios ou mau procedimento do profissional, prin- mínimo nacional.
cipalmente a inobservância das regras da disciplina; 2 — É aplicável aos trabalhadores, no que respeita aos
d) A recusa de prestar serviços indicados pelos supe- despedimentos colectivos, a legislação em vigor.
riores hierárquicos compatíveis com as funções do pro-
fissional; Cláusula 47.ª
e) Insubordinação; Rescisão unilateral do armador
f) Provocação repetida de conflitos com camaradas de
trabalho; 1 — O profissional que seja despedido sem justa causa
g) Violação dos direitos e garantias dos trabalhadores tem o direito a receber além da remuneração por inteiro
da empresa; do mês em que se extingue o contrato uma compensação
h) A lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa; correspondente a um mês de vencimento fixo mensal por
i) A falta reiterada e injustificada à prestação de trabalho; cada ano de serviço na empresa.
j) A falta de observância das normas de higiene no tra- 2 — Para efeitos do número anterior, o tempo de serviço
balho; será arredondado para número inteiro de anos de serviço
k) A prática de embriaguez ou de crime de furto; imediatamente superior.
l) O desvio ou furto de pescado devidamente compro- 3 — Para efeitos de cálculo a soldada do mês não poderá
vado. ser inferior ao ordenado mínimo nacional.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 48.ª Cláusula 51.ª


Rescisão por inadaptação Consequência da aplicação da sanção abusiva

1 — O trabalhador que manifeste inadaptação super- A aplicação de sanção abusiva terá as consequências
veniente ao posto de trabalho poderá ser despedido, nos legalmente previstas.
termos legais.
2 — O despedimento promovido nos termos desta cláu-
sula confere ao trabalhador receber uma indemnização no CAPÍTULO VIII
montante igual ao previsto na cláusula anterior. Seguro e previdência
Cláusula 49.ª Cláusula 52.ª
Transmissão e abate de navios Contribuições para a previdência
1 — A transmissão e o abate de navios são reconhecidos O armador e os trabalhadores contribuirão para as res-
pelas partes contratantes mas não poderão ser efectuados pectivas caixas de previdência nos termos da legislação
sem ser dado prévio conhecimento aos sindicatos repre- em vigor.
sentativos dos trabalhadores ao seu serviço.
2 — A transmissão e abate de navios, o encerramento Cláusula 53.ª
definitivo da actividade do armador ou a reorganização ou Seguro de acidentes de trabalho
fusão de empresas não constituem justa causa de rescisão
dos contratos de trabalho. Nos termos da lei, o armador compromete-se a transferir
3 — É aplicável aos trabalhadores que venham a per- para uma entidade seguradora a sua responsabilidade por
der os seus postos de trabalho em virtude de se verificar acidentes de trabalho.
alguns casos previstos no número anterior o regime de
«despedimento colectivo» previsto na Lei n.º 7/2009, de Cláusula 54.ª
12 de Fevereiro. Incapacidade temporária
4 — Para efeitos do número anterior, qualquer fracção
do 1.º ano de serviço é considerada um ano completo. Qualquer trabalhador em caso de incapacidade temporá-
5 — O total das indemnizações referidas nos números ria resultante de acidente de trabalho ou doença profissional
anteriores não excederá em caso algum 30 % do preço total comprovada pelos serviços médicos da entidade segura-
da venda do navio, distribuindo-se então nesse caso em dora receberá pelo menos a remuneração mínima mensal
partes iguais esta percentagem (30 %), tendo em atenção garantida, devendo o armador complementá-la quando
os anos de serviço na empresa. aquela não for atingida pela indemnização a receber pela
6 — Se a transmissão ou abate do navio não impli- seguradora.
car desemprego para os tripulantes, não haverá lugar a
qualquer indemnização, tomando a entidade adquirente Cláusula 55.ª
(no caso de transmissão ou venda do navio) a posição do Falecimento e seguro por incapacidade ou morte
transmitente quanto aos contratos de trabalho daqueles
tripulantes. 1 — Além do disposto na cláusula anterior, o armador
efectuará um seguro para os casos de morte, desapare-
cimento no mar ou incapacidade absoluta permanente,
Cláusula 50.ª determinados por acidente de trabalho quando o trabalha-
Sanções abusivas dor profissional estiver ao seu serviço, no valor global de
€ 60 000, valor que será pago ao cônjuge sobrevivo, e, na
1 — Considera-se abusiva a sanção disciplinar motivada sua falta, sucessivamente aos descendentes e ascendentes
pelo facto de o trabalhador: a cargo do falecido, salvo se o profissional tiver indicado
a) Ter reclamado legitimamente contra as condições qualquer outro beneficiário em testamento e ou apólice.
de trabalho; 2 — Falecendo algum tripulante durante a viagem, os
b) Se recusar a cumprir ordem a que não deva obediên- seus sucessores têm direito à respectiva retribuição até ao
cia, nos termos legais; último dia do mês em que tiver ocorrido o falecimento.
c) Exercer ou candidatar-se ao exercício de funções em 3 — No caso de o tripulante ter falecido durante a via-
estrutura de representação colectiva dos trabalhadores; gem, as despesas com o funeral serão da conta do armador,
d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exercer ou obrigando-se o mesmo à transladação do corpo para a
invocar os seus direitos ou garantias. localidade, dentro do território nacional, a designar pelo
cônjuge sobrevivo ou, na falta deste, pelos parentes do
2 — Presume-se abusivo o despedimento ou outra tripulante ou de quem com ele vivia em comunhão de
sanção aplicada alegadamente para punir uma infracção, mesa e habitação.
quando tenha lugar:
Cláusula 56.ª
a) Até seis meses após qualquer dos factos mencionados
Perda de haveres
no número anterior;
b) Até um ano após reclamação ou outra forma de exer- 1 — Os armadores, directamente ou por intermédio
cício de direitos relativos a igualdade e não discriminação. de entidade seguradora, indemnizarão o trabalhador pela

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

perda, total ou parcial, dos seus haveres pessoais que se Notas


encontrem a bordo e que resulte de naufrágio, encalhe, 1 — Nas tabelas salariais, aquando da imobilização ou reparação, será
abandono forçado, incêndio, alagamento, colisão ou outro sempre garantida a retribuição mínima mensal garantida para a indústria
acidente no mar, na importância máxima de € 750. desde que os proveitos mensais não ultrapassem este valor.
2 — Nos navios onde se verifique a existência de apenas um mo-
2 — Da indemnização atribuída será deduzido o valor torista, este auferirá um prémio mensal de € 170; nos navios em que
dos bens salvos ou que os tripulantes venham a obter por se verifique a existência de dois motoristas, estes auferirão um prémio
outra via como compensação de tais perdas. mensal de € 85.

Declaração final dos outorgantes Subsídio de reparação


Nos termos e para os efeitos da alínea g) do artigo 492.º Aos tripulantes que sejam chamados a trabalhar na re-
do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de paração dos navios são concedidos, além do vencimento,
12 de Fevereiro, a presente convenção abrange, por um os subsídios abaixo indicados, por dia de trabalho, sendo
lado, 39 armadores filiados na ADAPI — Associação dos considerados os dias de descanso semanal e feriados a
Armadores das Pescas Industriais (ADAPI), e, por outro, partir de cinco dias de trabalho seguido:
103 trabalhadores associados no SITEMAQ — Sindicato
de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia Categoria
Importância
(euros)
e Fogueiros de Terra.
Tendo em conta o previsto no n.º 3 do artigo 496.º do
mesmo Código do Trabalho, a presente convenção abran- Mestre costeiro pescador/encarregado de pesca . . . . 17,96
Contramestre/mestre de navegação ou de leme . . . . . 17,96
gerá também os empregadores que se inscrevam na ADAPI Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96
e os trabalhadores que se filiem no SITEMAQ — Sindicato Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96
de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,96
e Fogueiros de Terra durante a respectiva vigência. Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,95
Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19,45
Nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 492.º do Có- Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,46
digo do Trabalho, esta convenção revisa a publicada no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de Março de Depositado em 22 de Dezembro de 2009, a fl. 64 do livro
1992, bem como as suas sucessivas alterações publicadas n.º 11, com o registo n.º 266/09, nos termos do artigo 474.º
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.os 22, de 15 de Junho do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de
de 1994, 1, de 8 de Janeiro de 1996, 14, de 15 de Março 12 de Fevereiro.
de 1997, e 15, de 22 de Abril de 2000.
Lisboa, 4 de Novembro de 2009.
Pela ADAPI — Associação dos Armadores das Pescas
Industriais: CCT entre a Associação Portuguesa de Hospitali-
Armando Morgado Teles, director. zação Privada e o SEP — Sindicato dos Enfer-
Pedro Jorge B. Silva, director. meiros Portugueses — Revisão global.
José Paulo D. M. Amador, director.
Luís Carlos Vaz Pais, director.
Aníbal Machado Paião, director. TÍTULO I
A. Miguel Cunha, director. Clausulado geral
Pelo SITEMAQ — Sindicato de Mestrança e Mari-
nhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Cláusula 1.ª
Terra: Revisão
Narciso André Serra Clemente, mandatário. O presente CCT revê globalmente e substitui na íntegra
o publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série,
ANEXO I
n.º 7, de 22 de Fevereiro de 1992, com as alterações in-
troduzidas no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série,
Tabela de vencimentos
n.º 48, de 29 de Dezembro de 2001.
Vencimento
Cargo mensal Percentagem
(euros) CAPÍTULO I
Mestre costeiro pescador/encarregado de Área, âmbito e vigência
pesca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176,08 4,1
Contramestre/mestre de navegação ou de Cláusula 2.ª
leme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8
Mestre de redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,83 1,8 Área e âmbito
Marinheiro — pescador . . . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3
Marinheiro — cozinheiro. . . . . . . . . . . . . . . 176,08 1,3 1 — O presente contrato colectivo de trabalho, adiante
Chefe de máquinas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181,31 2,1 abreviadamente designado por CCT, obriga, por um lado,
Segundo de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . 178,82 1,5 as empresas que exercem a sua actividade no sector da
Ajudante de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . 174,58 1,3
hospitalização privada, explorando unidades de saúde,

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

com ou sem internamento, com ou sem bloco operató- aferido no âmbito do sistema de avaliação de desempenho
rio, destinado à administração de terapêuticas médicas criado nos termos da cláusula seguinte.
representadas pela APHP — Associação Portuguesa de 2 — Sempre que a progressão na carreira tenha como
Hospitalização Privada e, por outro, os trabalhadores ao elemento o factor tempo, considera-se apenas aquele em
seu serviço representados pelo SEP — Sindicato dos En- que tenha havido efectivo exercício de funções, não se
fermeiros Portugueses. considerando como tal quaisquer ausências, ainda que
2 — O número de empresas abrangidas por este CCT é justificadas por qualquer título, exceptuando-se apenas os
de 45 e o número de trabalhadores é de 3500. períodos de descanso e férias, bem como todas as ausências
3 — A área de aplicação do CCT é definida pelo terri- que nos termos da lei sejam consideradas como tempo
tório nacional. efectivo de serviço.
3 — O exercício dos cargos de gestão é independente
Cláusula 3.ª do desenvolvimento das carreiras profissionais.
Vigência, renovação automática e sobrevigência
Cláusula 7.ª
1 — A presente CCT entra em vigor no dia 1 do mês Avaliação do desempenho profissional
seguinte ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e
Emprego, tem um período mínimo de vigência de três anos 1 — O mérito constitui o factor fundamental da pro-
e renova-se sucessivamente por períodos de um ano. gressão na carreira e deve ser avaliado por um sistema
2 — As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão institucionalizado do desempenho profissional.
pecuniária vigoram pelo período de 12 meses, são revistas 2 — As entidades empregadoras devem instituir siste-
anualmente e reportam os seus efeitos a 1 de Janeiro de mas de avaliação de desempenho organizados e estrutura-
cada ano. dos, cujas regras devem ser oportunamente divulgadas nos
3 — Qualquer das partes pode denunciar a presente termos adequados a garantir a sua justa aplicação.
convenção, mediante comunicação escrita dirigida à ou- 3 — Os sistemas referidos no número anterior devem
tra parte, acompanhada de proposta negocial global, não estar em pleno funcionamento no prazo de três anos, con-
se considerando denúncia a mera proposta de revisão da tado do início de vigência da presente convenção.
convenção. 4 — O resultado da avaliação de desempenho pode
4 — A parte que recebe a denúncia deve responder no conduzir a uma revalorização salarial de, no máximo, 50%.
prazo de 90 dias após a sua recepção, devendo a resposta 5 — Os enfermeiros ao serviço de entidades empregado-
ser fundamentada e exprimir uma posição relativa a todas ras que não instituam sistema de avaliação de desempenho
as cláusulas da proposta, aceitando, recusando ou contra- progridem na carreira por mero decurso do tempo, contado
propondo. nos termos do n.º 2 da cláusula anterior, considerando-se
5 — As negociações devem ter início nos 15 dias úteis a sua promoção quando se esgote o período máximo de
subsequentes à recepção da resposta prevista no número an- referência para o nível profissional em que se encontra
terior, devendo as partes fixar, por protocolo escrito, o ca- classificado em conformidade com as regras a fixar por
lendário e regras a que deve obedecer o processo negocial. cada unidade privada de saúde.
6 — Havendo denúncia, a presente convenção mantém-
-se em regime de sobrevigência durante 18 meses. Cláusula 8.ª
Efeitos da falta de título profissional

CAPÍTULO II 1 — Encontrando-se o exercício da actividade do enfer-


meiro legalmente condicionado à posse de título profissio-
Admissão, classificação e carreira profissional nal, a sua falta determina a nulidade do contrato.
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
Cláusula 4.ª quando o título profissional é retirado ao enfermeiro, por
Condições gerais de admissão decisão que já não admite recurso, o contrato caduca logo
que as partes sejam notificadas da decisão.
Só podem ser admitidos os enfermeiros possuidores 3 — Quando a decisão de retirar o título profissional ao
de título profissional actualizado emitido pela Ordem dos enfermeiro revestir natureza temporária este fica, durante
Enfermeiros. esse período, impossibilitado de prestar serviço, aplicando-
-se-lhe o regime de faltas injustificadas, salvo se for pe-
Cláusula 5.ª dida e concedida pela entidade empregadora licença sem
Classificação profissional
vencimento.

Os enfermeiros abrangidos pela presente CCT são clas- Cláusula 9.ª


sificados numa das categorias profissionais prevista no
Enquadramento em níveis de retribuição
anexo I, de acordo com as funções desempenhadas.
1 — As categorias profissionais previstas na presente
Cláusula 6.ª convenção são enquadradas nos níveis mínimos de remu-
Condições gerais de progressão
neração previstos no anexo II.
2 — As categorias profissionais que constituam car-
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a gos de gestão podem ser desempenhadas em regime de
progressão na carreira depende do mérito do enfermeiro acordo de comissão de serviço, no âmbito do qual será

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

convencionada a respectiva retribuição, a qual, contudo, Cláusula 12.ª


não pode ser inferior à retribuição de enfermeiro sénior, Deveres do enfermeiro
acrescida de 10%.
3 — Os cargos de gestão podem também ser instituídos 1 — Sem prejuízo de outras obrigações, o enfermeiro deve:
por disposição originária ou subsequente do contrato de a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade a en-
trabalho, a qual estipula as condições do seu exercício, bem tidade empregadora, os superiores hierárquicos, os com-
como a categoria profissional a que o enfermeiro será re- panheiros de trabalho e as demais pessoas que estejam ou
conduzido quando ocorrer a cessação das funções de gestão. entrem em relação com a empresa, nomeadamente clientes,
doentes e acompanhantes ou visitas;
CAPÍTULO III b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontua-
lidade;
Direitos e deveres c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
d) Cumprir as ordens e instruções da entidade empre-
Cláusula 10.ª gadora em tudo o que respeite à execução e disciplina do
Princípio geral
trabalho, salvo na medida em que se mostrem contrárias
aos seus direitos e garantias, à deontologia profissional e
1 — A entidade empregadora e o enfermeiro devem, no às boas práticas;
cumprimento das respectivas obrigações, assim como no e) Guardar lealdade à entidade empregadora, nome-
exercício dos correspondentes direitos, proceder de boa fé. adamente não negociando por conta própria ou alheia
2 — Na execução do contrato de trabalho devem as em concorrência com ele, nem divulgando informações
partes colaborar na obtenção da maior produtividade e referentes à sua organização, métodos de produção ou
qualidade, bem como na promoção humana, profissional negócios;
e social do enfermeiro. f) Velar pela conservação e boa utilização dos bens
relacionados com o seu trabalho que lhe forem confiados
Cláusula 11.ª pela entidade empregadora;
g) Promover ou executar todos os actos tendentes à
Deveres da entidade empregadora
melhoria da produtividade da empresa;
A entidade empregadora deve: h) Cooperar, na empresa, estabelecimento ou serviço,
para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde
a) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o no trabalho, nomeadamente por intermédio dos represen-
enfermeiro; tantes dos enfermeiros eleitos para esse fim;
b) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa i) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde
e adequada ao trabalho; no trabalho estabelecidas nas disposições legais ou con-
c) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do vencionais aplicáveis, bem como as ordens dadas pela
ponto de vista físico como moral; entidade empregadora.
d) Contribuir para a elevação do nível de produtividade j) Promover o bem-estar dos clientes;
do enfermeiro, nomeadamente proporcionando-lhe forma- k) Respeitar a intimidade do doente, mantendo sigilo
ção profissional; sobre as informações, elementos clínicos ou à sua vida
e) Respeitar a autonomia técnica do enfermeiro; privada de que tome conhecimento;
f) Possibilitar o exercício de cargos em organizações l) Manter confidencialidade sobre a identidade dos do-
representativas de enfermeiros; entes, em especial fora do local de trabalho;
g) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em m) Assegurar em qualquer circunstância a assistência
conta a protecção da segurança e saúde do enfermeiro, aos doentes, não se ausentando nem abandonando o seu
devendo indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de aci- posto trabalho sem que seja substituído.
dentes de trabalho;
h) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde 2 — O dever de obediência, a que se refere a alínea d)
no trabalho, as medidas que decorram, para a empresa, es- do número anterior, respeita tanto às ordens e instruções
tabelecimento ou actividade, da aplicação das prescrições dadas directamente pela entidade empregadora como às
legais e convencionais vigentes; emanadas dos superiores hierárquicos do enfermeiro, den-
i) Fornecer ao enfermeiro a informação e a formação tro dos poderes que por aquele lhes forem atribuídos.
adequadas à prevenção de riscos de acidente e doença;
j) Manter permanentemente actualizado o registo do pes-
soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação CAPÍTULO IV
dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades Prestação do trabalho
dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas
de início e termo das férias e faltas que impliquem perda Cláusula 13.ª
da retribuição ou diminuição dos dias de férias;
Poder de direcção
k) Passar ao enfermeiro, sempre que ele o requeira ou
aquando da cessação do contrato de trabalho, seja qual for o Compete ao empregador estabelecer os termos em que o
motivo, documento onde conste o tempo que aquele esteve trabalho deve ser prestado, dentro dos limites decorrentes
ao seu serviço, actividade, funções e cargos exercidos. do contrato e das normas que o regem.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

SECÇÃO A Cláusula 16.ª


Duração e organização do tempo de trabalho Organização do tempo de trabalho
1 — Dentro dos condicionalismos previstos na presente
Cláusula 14.ª convenção e na lei, é da competência das entidades empre-
Tempo de trabalho gadoras estabelecer os horários de trabalho dos enfermeiros
ao seu serviço.
Considera-se tempo de trabalho qualquer período du- 2 — Entre 2 períodos diários e consecutivos de trabalho
rante o qual o enfermeiro exerce a actividade ou permanece devem observar-se, no mínimo, oito horas de período de
adstrito à realização da prestação, bem como as interrup- descanso diário.
ções e os intervalos previstos na lei e na presente conven- 3 — Os horários de trabalho são organizados segundo
ção como compreendidos no tempo de trabalho. um dos seguintes tipos de horários:
Cláusula 15.ª a) Horário fixo;
b) Horário flexível;
Duração do tempo de trabalho c) Horário por turnos.
1 — O período normal de trabalho corresponde a oito
horas diárias e a 40 horas semanais, sem prejuízo de outros Cláusula 17.ª
horários já praticados nas empresas e de regimes específi- Horário fixo
cos previstos na lei e na presente convenção.
2 — O período normal de trabalho diário dos enfer- 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3 da presente cláu-
meiros que exercem funções consideradas de assistência sula, a jornada de trabalho diária será, em regra, interrom-
específica a doentes internados pode ultrapassar os limites pida por intervalo para refeição ou descanso de duração
previstos no número anterior, quando seja incomportável não inferior a uma hora nem superior a duas horas, não
podendo os enfermeiros prestar mais de seis horas conse-
a prática daqueles limites, devendo, contudo, o período
cutivas de trabalho.
normal de trabalho semanal médio, calculado em períodos
2 — Os horários fixos podem prever diferentes horas
de referência de 26 semanas, cumprir o seu limite geral. de início e de termo do trabalho.
3 — O período normal de trabalho diário, modelado 3 — Quando a organização do trabalho de serviços de
dentro de um período de referência de 26 semanas, pode prestação de cuidados permanentes de saúde e a espe-
ser aumentado até ao máximo de quatro horas, no respeito cificidade das funções aconselhe um horário fixo com
pelas seguintes regras: prestação contínua de trabalho pelo mesmo enfermeiro por
a) O período de trabalho diário não pode ultrapassar período superior a seis horas, o intervalo de descanso pode
as 12 horas; ser reduzido para trinta minutos, os quais se consideram
b) O período de trabalho semanal não pode ultrapassar incluídos no período de trabalho desde que o enfermeiro
as 60 horas. continue adstrito à actividade.

4 — O período normal de trabalho definido nos termos Cláusula 18.ª


do número anterior não pode, todavia, exceder 50 horas Horário flexível
em média num período de oito semanas.
5 — Nas semanas em que a duração do trabalho seja, 1 — Considera-se horário flexível aquele que com-
por determinação da entidade empregadora, inferior ao preende uma variação das horas de início e de termo do
previsto no n.º 1 da presente cláusula, a redução diária período de trabalho diário em cinco dias por semana e que
tem por base uma plataforma fixa diária de trabalho.
poderá ir até às quatro horas ou verificar-se a redução da
2 — O horário flexível pode também ser organizado
semana de trabalho em dias ou meios dias, sem prejuízo
em jornada contínua, reduzindo-se o intervalo de descanso
do direito ao subsídio de refeição. para trinta minutos, os quais se consideram incluídos no
6 — Há, com carácter excepcional, tolerância de um período de trabalho desde que o enfermeiro continue ads-
mínimo de 15 minutos e um máximo de 30 minutos para trito à actividade.
transmissão da informação clínica pertinente ao enfermeiro Cláusula 19.ª
que inicia a laboração no mesmo posto de trabalho na mu-
dança de turno e para as transacções, operações e serviços Horário por turnos
começados e não acabados na hora estabelecida para o 1 — Considera-se trabalho por turnos qualquer orga-
termo do período normal de trabalho diário, fazendo aquela nização do trabalho em equipa em que os enfermeiros
tolerância parte integrante do horário normal de trabalho, ocupam sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a
não sendo, por isso, considerado trabalho suplementar. um determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou
7 — Excepto para os enfermeiros que exerçam os ho- descontínuo, podendo executar o trabalho a horas diferen-
rários flexíveis ou por turnos, as alterações ao horário tes num dado período de dias ou semanas.
normal de trabalho fixo que comprovadamente impliquem 2 — A mudança do regime de turno só pode ocorrer
acréscimo de despesas para o enfermeiro, designadamente após o descanso semanal.
de alimentação, transportes, creches e ocupação de tempos 3 — O número de semanas necessárias para retomar a
livres, entre outras, conferem o direito a uma compensação sequência inicial do horário por turnos denomina-se por
económica. ciclo de horário.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

4 — A aferição da duração do período normal de tra- e podendo ausentar-se do local habitual de trabalho, se
balho semanal deve reportar-se a um período máximo de disponibilizam voluntariamente a comparecer ao trabalho,
quatro semanas, cujo início corresponde sempre a uma ficando obrigados a permanecer contactáveis e a compare-
segunda-feira. cer ao serviço, dentro do prazo que vier a ser definido pela
entidade empregadora em função do seu domicílio.
Cláusula 20.ª 2 — O regime de prevenção justifica-se na necessidade,
Trabalho a tempo parcial
da entidade empregadora, de ocorrer a situações de emer-
gência não previsíveis.
1 — As entidades empregadoras e os seus enfermeiros 3 — Nas situações de trabalho efectivamente prestado
podem acordar na prestação de trabalho a tempo parcial, na sequência do regime de prevenção a remuneração será
definido por qualquer valor percentual inferior a 100% do a devida por trabalho suplementar, com um acréscimo de
período normal de trabalho semanal. 10% ao valor atribuído ao trabalho suplementar.
2 — O período normal de trabalho semanal poderá ser
variável em cada semana, determinando-se o valor per- Cláusula 24.ª
centual referido no n.º 1 anterior em função da média de
Noção e natureza obrigatória do trabalho suplementar
horas de trabalho semanal, calculada para o período de
26 semanas, contado do início da prestação de trabalho. 1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
3 — Para efeitos de selecção do regime aplicável a de- cuja prestação ocorra fora do horário de trabalho, sem
terminado enfermeiro a tempo parcial, considera-se que a prejuízo de situações particulares previstas na lei ou na
sua prestação é equiparada à prestação típica prevista em presente convenção, nomeadamente os casos de isenção
termos gerais na presente convenção e nas normas legais, de horário de trabalho e de tolerância para conclusão de
para a categoria profissional atribuída, sendo-lhe conse- tarefas iniciadas e não concluídas.
quentemente aplicável o regime de prestações retributivas 2 — O enfermeiro é obrigado a realizar a prestação
e acessórias mínimas, previsto nestes instrumentos, redu- de trabalho suplementar, salvo quando, havendo motivos
zidas proporcionalmente ao período normal de trabalho atendíveis, expressamente solicite a sua dispensa.
respectivo.
Cláusula 25.ª
Cláusula 21.ª
Limites da duração do trabalho suplementar
Trabalho nocturno e enfermeiro nocturno
1 — O trabalho suplementar prestado para fazer face a
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, acréscimos eventuais e transitórios de trabalho fica sujeito,
considera-se nocturno o trabalho prestado no período com- por enfermeiro, ao limite de 200 horas por ano.
preendido entre as 23 horas e as 8 horas. 2 — O limite estabelecido no número anterior da pre-
2 — O trabalho prestado por enfermeiros nocturnos não sente cláusula é aplicável aos enfermeiros a tempo parcial,
está sujeito a especiais limites nos casos de vigência do com redução em função do seu valor percentual.
regime da adaptabilidade.
3 — Os enfermeiros nocturnos a exercer funções de Cláusula 26.ª
recepção, tratamentos e cuidados a doentes, assegurados
em regime de jornada contínua, não estão sujeitos a limites Funções compreendidas no objecto
do contrato de trabalho
na prestação de trabalho nocturno.
1 — O enfermeiro deve, em princípio, exercer funções
Cláusula 22.ª correspondentes à actividade para que se encontra con-
tratado, devendo o empregador atribuir-lhe, no âmbito da
Descanso semanal
referida actividade, as funções mais adequadas às suas
1 — Os enfermeiros têm um dia de descanso semanal aptidões e qualificação profissional.
obrigatório por semana que, nos estabelecimentos com la- 2 — A actividade contratada, ainda que descrita por
boração ao domingo, poderá não ocorrer nesse dia, embora remissão para uma das categorias profissionais constantes
nele deva recair preferencialmente, assegurando-se que o do anexo I a este contrato, compreende as funções que lhe
dia de descanso semanal obrigatório coincida com o do- sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o
mingo pelo menos uma vez de quatro em quatro semanas. enfermeiro detenha a qualificação profissional adequada
2 — Os enfermeiros, quando a distribuição diária do e que não impliquem desvalorização profissional.
período normal de trabalho o preveja, têm também direito 3 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
a um dia ou meio dia de descanso semanal complementar, afins ou funcionalmente ligadas, designadamente, as ac-
a gozar preferencialmente ao sábado, excepto para os en- tividades compreendidas no mesmo grupo ou carreira
fermeiros em regime de turnos ou que prestem serviço em profissional.
estabelecimentos autorizados a laborar aos fins de semana, Cláusula 27.ª
para os quais será o dia que por escala lhes couber. Mobilidade funcional

Cláusula 23.ª 1 — O empregador pode, quando o interesse da empresa


o exija, encarregar o enfermeiro de exercer temporaria-
Regime de prevenção
mente funções não compreendidas na actividade contra-
1 — Considera-se regime de prevenção aquele em que tada, desde que tal não implique modificação substancial
os enfermeiros, encontrando-se em período de descanso da posição do enfermeiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — O enfermeiro tem direito às condições de trabalho 5 — Entende-se ainda que não há prejuízo sério quando
mais favoráveis que sejam inerentes às funções tempora- a transferência temporária seja de período não superior a
riamente exercidas, não adquirindo, contudo, quando re- um mês e sejam postos à disposição do enfermeiro meios
tomar as funções compreendidas na actividade contratada, de transporte que não impliquem percurso superior a
a categoria nem qualquer outro direito inerente ao estatuto duas horas diárias ou seja assegurada a sua estadia e o
correspondente às funções que exerceu temporariamente. regresso semanal à residência.
6. — A não verificação dos limites citados nesta cláusula
Cláusula 28.ª não é susceptível de ser interpretada em sentido contrário,
nem a não verificação dos limites citados nesta cláusula
Local habitual de trabalho
pode ser entendida como um indício da verificação de
1 — Considera-se local habitual de trabalho o lugar prejuízo sério.
onde deve ser realizada a prestação, de acordo com o es-
tipulado no contrato individual de trabalho ou o lugar que Cláusula 31.ª
resultar da transferência do enfermeiro. Transferência definitiva
2 — Na falta da indicação expressa, considera-se lo-
cal habitual de trabalho o que resulte da necessidade da 1 — A entidade empregadora pode transferir definitiva-
entidade empregadora que determinou a respectiva con- mente o enfermeiro para outro local de trabalho.
tratação. 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
3 — A existência de local de trabalho fixo não é pre- quando a transferência cause prejuízo sério ao enfermeiro
judicada pela prestação de tarefas ocasionais fora dos este adquire o direito a resolver o contrato e a receber uma
estabelecimentos ou nas situações em que se estipule a compensação correspondente a um mês de retribuição base
situação de local de trabalho não fixo, reguladas nas cláu- por cada ano completo de antiguidade.
sulas seguintes. 3 — Quando a transferência referida nos números ante-
4 — O local de trabalho pode ser, de forma originária ou riores resulte de mudança, total ou parcial, do estabeleci-
superveniente, constituído por um ou mais estabelecimen- mento onde o enfermeiro presta serviço, a indemnização
tos da mesma entidade empregadora situados no mesmo prevista no número anterior da presente cláusula é reduzida
concelho ou em concelhos limítrofes, ou num raio não a metade.
superior a 40 km contados do local habitual de trabalho. 4 — Cabe ao enfermeiro a alegação e prova do prejuízo
sério referido nos números anteriores.
5 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
Cláusula 29.ª
entende-se que não há prejuízo sério sempre que por acesso
Local de trabalho não fixo rodoviário a distância entre o local habitual de trabalho e
o novo local de trabalho seja inferior a 40 km.
1 — Quando a prestação de trabalho seja predominan-
6 — Entende-se também que não há prejuízo sério
temente realizada numa pluralidade de locais de localiza-
sempre que o local habitual de trabalho e o novo local
ção previamente desconhecida, pode ser convencionado de trabalho se situem dentro do mesmo concelho ou em
local de trabalho não fixo, estando o enfermeiro obrigado concelho limítrofe, ou ainda que entre ambos não seja
a prestá-lo nos locais em que a actividade da entidade ultrapassada a distância de 40 km.
empregadora venha a determinar. 7 — A não verificação dos limites citados nesta cláusula
2 — Pode também ser convencionado local de trabalho não é susceptível de ser interpretada em sentido contrário,
não fixo quando a natureza das funções a desempenhar nem a não verificação dos limites citados nesta cláusula
faça prever a frequente deslocação do enfermeiro a locais pode ser entendida como um indício da verificação de
geograficamente diferenciados. prejuízo sério.
Cláusula 32.ª
Cláusula 30.ª
Comissão de serviço
Transferência temporária
Para além das situações previstas na lei, podem ser
1 — O empregador pode, quando o interesse da empresa exercidas em comissão de serviço as funções que pressu-
o exija, transferir temporariamente o enfermeiro para outro ponham especiais relações de confiança com titulares dos
local de trabalho, pressupondo o seu regresso ao local de órgãos de administração ou direcção deles directamente
origem, se essa transferência não implicar prejuízo sério dependente e as categorias indicadas no anexo I como
para o enfermeiro. exercendo cargos de gestão.
2 — Cabe ao enfermeiro a alegação e prova do prejuízo
sério referido no número anterior. Cláusula 33.ª
3 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
Cedência ocasional
entende-se que não há prejuízo sério sempre que, por
acesso rodoviário, a distância entre o local habitual de Sem prejuízo de outras situações previstas na lei, é ad-
trabalho e o novo local de trabalho seja inferior a 40 km. mitida a cedência ocasional de enfermeiros com contrato
4 — Entende-se também que não há prejuízo sério sem- por tempo indeterminado ou a termo certo, por qualquer
pre que o local habitual de trabalho e o local de trabalho período de tempo, entre empresas que celebrem protoco-
temporário se situem dentro do mesmo concelho ou em los duráveis de intercâmbio de enfermeiros, de âmbito
concelho limítrofe, ou ainda que entre ambos não seja nacional, europeu ou internacional, com acordo prévio e
ultrapassada a distância de 40 km. escrito do enfermeiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

Cláusula 34.ª aos trabalhadores em regime de turnos rotativos, optar pela


Noção de retribuição
atribuição da retribuição prevista na cláusula seguinte.
3 — Não confere direito a qualquer compensação o tra-
1 — Considera-se retribuição a prestação a que, nos balho nocturno prestado em postos de trabalho de laboração
termos do contrato, das normas que o regem ou dos usos, o com natureza exclusivamente nocturna, nem aquele que
enfermeiro tem direito como contrapartida do seu trabalho. resulte da celebração de contrato individual de trabalho que
2 — A retribuição compreende a retribuição de base e expressamente preveja a prestação de trabalho nocturno.
outras prestações regulares e periódicas feitas, directa ou
indirectamente, em dinheiro ou em espécie. Cláusula 39.ª
3 — O anexo II estabelece a remuneração de base a
Trabalho por turnos
atribuir no âmbito do período normal de trabalho.
1 — O trabalho em regime de turnos rotativos, em que
Cláusula 35.ª a rotação compreenda a prestação de trabalho em período
Retribuição mensal garantida nocturno, é retribuído com um acréscimo mensal sobre
a retribuição base de 12,5%, como previsto no n.º 2 da
Aos enfermeiros abrangidos pela presente convenção é cláusula anterior.
garantida a retribuição mensal de base constante do anexo II. 2 — O trabalho em regime de turnos rotativos, em que
a rotação não compreenda a prestação de trabalho em
Cláusula 36.ª período nocturno, é retribuído com um acréscimo mensal
Direito a refeições e subsídio de refeição sobre a retribuição base de 5%.
3 — Haverá lugar a subsídio de turno quando e na me-
1 — Têm direito ao fornecimento de uma refeição, de dida em que for devido o pagamento de retribuição, o qual
valor a definir em regulamento interno, quando compreen- deverá ser pago 14 vezes, isto é, deverá também integrar
dida dentro dos limites do respectivo horário de trabalho, os subsídios de férias e de Natal.
os trabalhadores que efectivamente prestem serviço em 4 — Quando o trabalhador deixar de estar integrado
regime de jornada contínua, com supressão do intervalo de em regime de trabalho por turnos, cessará o direito ao
descanso, ou a um local condigno para a toma da refeição, subsídio respectivo.
aplicando-se neste caso o direito ao subsídio de refeição
previsto no número seguinte. Cláusula 40.ª
2 — A prestação efectiva de trabalho, que não se en-
contre abrangida no número anterior, confere o direito Trabalho em feriados
a subsídio de refeição no valor mínimo de 3 (três) € por 1 — Em empresas legalmente dispensadas de suspender
cada jornada diária de trabalho, podendo a entidade em- o trabalho em dia feriado, o trabalho prestado pelos respec-
pregadora substitui-lo, em todos ou em alguns horários, tivos trabalhadores nesses dias, de acordo com a respectiva
pelo fornecimento de uma das refeições compreendidas escala e horário normal, confere a estes o direito a um
dentro dos limites do respectivo horário, de acordo com descanso compensatório de igual duração ou ao acréscimo
os usos. de 100% sobre a retribuição pelo trabalho prestado nesse
3 — Perdem direito ao fornecimento de refeição, ao dia, cabendo a opção ao empregador.
subsídio de refeição e ou à garantia de custo de refeições, 2 — O trabalho prestado em dia feriado para além do
os trabalhadores que faltem injustificadamente ao serviço horário normal considera-se como trabalho suplementar,
no dia em causa. aplicando-se-lhe o respectivo regime estabelecido no pre-
sente contrato.
Cláusula 37.ª
Isenção de horário de trabalho Cláusula 41.ª
1 — Os trabalhadores que acordem na isenção de horá- Retribuição do trabalho suplementar
rio de trabalho com as entidades empregadoras têm direito
O trabalho suplementar é pago pelo valor da retribuição
à retribuição legalmente estabelecida para o efeito.
2 — Pode renunciar à retribuição referida na presente horária com os seguintes acréscimos:
cláusula o trabalhador que exerça cargos de gestão ou a) 50% pela primeira hora ou fracção desta e 75% por
funções de direcção na entidade empregadora ou que, hora ou fracção subsequente, em dia útil;
desempenhando funções de outra índole, aufira conjunto b) 100% por cada hora ou fracção, em dia de descanso
retributivo equivalente ou preste funções em regime de semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado.
comissão de serviço.
Cláusula 42.ª
Cláusula 38.ª
Descanso compensatório pela prestação
Trabalho nocturno de trabalho suplementar

1 — O trabalho nocturno deve ser retribuído com um 1 — A prestação de trabalho suplementar em dia útil,
acréscimo 25% do valor da retribuição horária a que dá em dia de descanso semanal complementar ou em feriado
direito trabalho equivalente prestado durante o dia. confere ao trabalhador o direito a um descanso compen-
2 — As entidades empregadoras podem, em alternativa satório remunerado, correspondente a 25% das horas de
à compensação referida no número anterior e em relação trabalho suplementar realizado.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

2 — O descanso compensatório vence-se quando per- rante parte ou todo o período normal de trabalho, respec-
fizer um número de horas igual ao período normal de tivamente.
trabalho diário e deve ser gozado nos 90 dias seguintes. 4 — As faltas por falecimento de familiar, de afim ou de
3 — Nos casos de prestação de trabalho em dia de des- pessoa com que o enfermeiro viva em regime de coabitação
canso semanal obrigatório, o trabalhador tem direito a um são consideradas serviço efectivo, mas implicam a perda
dia de descanso compensatório remunerado, a gozar num do subsídio de refeição.
dos três dias úteis seguintes.
4 — Na falta de acordo, o dia do descanso compensa- Cláusula 47.ª
tório é fixado pela entidade empregadora.
Licenças sem retribuição
Cláusula 43.ª 1 — O empregador pode conceder ao trabalhador, a
Feriados
pedido deste, licença sem retribuição.
2 — O trabalhador tem direito a licença sem retribuição
1 — São observados os feriados que a lei considere de duração superior a 60 dias para frequência de curso de
obrigatórios. formação ministrado sob responsabilidade de instituição
2 — Os feriados considerados por lei como obrigatórios de ensino ou de formação profissional, ou no âmbito de
que recaiam em dia útil de folga do enfermeiro conferem- programa específico aprovado por autoridade competente
-lhe o direito a transferir a folga para um dos oito dias e executado sob o seu controlo pedagógico, ou para fre-
seguintes. quência de curso ministrado em estabelecimento de ensino,
3 — Nos feriados considerados pela lei como facultati- desde que se enquadre no plano de formação estabelecido
vos a entidade empregadora, tendo em conta as necessida- previamente com o acordo da entidade empregadora.
des do serviço, instituirá o regime de tolerância de ponto.
Cláusula 48.ª
Cláusula 44.ª
Indemnização por despedimento e por resolução
Marcação do período de férias pelo trabalhador, com justa causa

1 — A marcação do período de férias é preferencial- 1 — O trabalhador tem direito à indemnização corres-


mente feita por acordo entre a entidade empregadora e o pondente a pelo menos 1 mês ou 1,5 meses de retribuição
trabalhador. mensal de base por cada ano, ou fracção, de antiguidade,
2 — Na falta de acordo cabe à entidade empregadora não podendo ser inferior a 3 meses, nos seguintes casos:
marcar o período de férias do trabalhador. a) Caducidade do contrato por motivo de morte do
3 — Na marcação das férias os períodos mais pretendi- empregador, extinção ou encerramento da empresa;
dos devem ser sempre que possível, rateados, beneficiando b) Resolução com justa causa, por iniciativa do traba-
alternadamente os enfermeiros em função dos períodos lhador;
gozados nos dois anos anteriores. c) Despedimento por facto não imputável ao trabalhador,
4 — Quando a entidade empregadora exerça a faculdade designadamente despedimento colectivo, extinção de posto
prevista no n.º 2 deve prever 10 dias úteis consecutivos de de trabalho ou inadaptação.
férias no período entre 1 de Maio e 31 de Outubro, se o
trabalhador aceitar o gozo de férias interpoladas. 2 — Nos casos de despedimento promovido pela em-
presa em que o tribunal declare a sua ilicitude e o traba-
Cláusula 45.ª lhador queira optar pela indemnização em lugar da reinte-
Faltas gração, o valor daquela será o previsto no número anterior.
3 — Nas situações em que a lei permite a oposição à
1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. reintegração, a indemnização a estabelecer pelo tribunal não
2 — São consideradas faltas justificadas as que a lei pode ser inferior a 2 meses da retribuição mensal efectiva por
classifica como tal e injustificadas todas as outras. cada ano ou fracção de antiguidade, contada desde a admissão
do trabalhador até ao trânsito em julgado da decisão judicial.
Cláusula 46.ª 4 — A indemnização prevista no n.º 1 pode porém ser
Efeitos das faltas reduzida para os trabalhadores que se encontrem nas se-
guintes situações:
1 — As faltas injustificadas constituem violação do
dever de assiduidade e determinam perda da retribuição a) Quando o trabalhador tenha registo de pelo menos
correspondente ao período de ausência, o qual será des- três sanções disciplinares e, nos últimos cinco anos, mais
contado na antiguidade do trabalhador. de cinco faltas injustificadas, uma redução de 0,5 meses
2 — Tratando-se de faltas injustificadas de um ou meio por cada ano de antiguidade;
período normal de trabalho diário, imediatamente ante- b) Quando o trabalhador tenha registo de até duas san-
riores ou posteriores aos dias ou meios dias de descanso ções disciplinares e, nos últimos cinco anos, mais de três
ou feriados, considera-se que o trabalhador praticou uma faltas injustificadas, uma redução de 0,25 meses por cada
infracção grave. ano de antiguidade.
3 — No caso de a apresentação do trabalhador, para
início ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com 5 — A caducidade de contrato a termo por iniciativa da
atraso injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, empresa confere ao trabalhador o direito a uma compensa-
pode o empregador recusar a aceitação da prestação du- ção correspondente a três ou dois dias de retribuição mensal

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 1, 8/1/2010

por cada mês de duração do vínculo, consoante o contrato b) Os enfermeiros anteriormente classificados na ca-
tenha durado por um período que, respectivamente, não tegoria de enfermeiro especialista são enquadrados na
exceda ou seja superior a seis meses. categoria de enfermeiro perito;
c) Os enfermeiros anteriormente classificados na catego-
Cláusula 49.ª ria de enfermeiro graduado são enquadrados na categoria
Declaração de greve na vigência da presente convenção
de enfermeiro sénior;
d) Os enfermeiros anteriormente classificados na catego-
1 — Compete aos enfermeiros e designadamente ao ria de enfermeiro generalista são enquadrados na categoria
sindicato outorgante deste CCT definir o âmbito de inte- de enfermeiro.
resses a defender através da greve.
2 — Durante a vigência deste instrumento de regulamen-
tação colectiva de trabalho o sindicato outorgante e até à sua TÍTULO II
denúncia por qualquer das partes, compromete-se a não de-
clarar greve tendo como objectivo a sua modificação, excepto Carreira profissional e retribuições mínimas
quando se verifique incumprimento do presente contrato co-
lectivo, da tabela salarial a ele anexa ou das regras relativas ANEXO I
à sua revisão.
Descrição de funções e carreiras profissionais
Cláusula 50.ª
Serviços mínimos 1 — Estrutura de carreira:
A carreira do enfermeiro estrutura-se e desenvolve-se
1 — Durante a greve os enfermeiros que trabalhem em categorias e cargos e aplica-se a duas áreas de actuação,
em unidades privadas de saúde que funcionem 24 horas, correspondentes a:
todos os dias da semana, ou em unidades de hemodiálise
e unidades de tratamento oncológico com tratamentos em a) Prestação de cuidados;
curso asseguram cuidados mínimos de enfermagem. b) Gestão.
2 — São considerados cuidados mínimos de enferma-
gem os cuidados impreteríveis quando se encontrem em 2 — Categorias e cargos:
risco a vida e ou a integridade física do utente. a) À área da prestação de cuidados corresponde uma
3 — Os meios humanos necessários para assegurar os categoria com quatro níveis:
serviços mínimos definidos correspondem ao número de
enfermeiros igual ao que figurar para o turno da manhã de i) Enfermeiro interno;
sábado aprovado à data do anúncio da greve. ii) Enfermeiro;
iii) Enfermeiro sénior;
Cláusula 51.ª iv) Enfermeiro perito;
Cobrança de quotas
b) À área da gestão correspondem três cargos:
1 — As entidades empregadoras obrigam-se a enviar
aos sindicatos outorgantes, até ao 15 dia do mês seguinte i) Enfermeiro responsável;
a que respeitam, o produto das quotas dos trabalhadores, ii) Enfermeiro-coordenador;
desde que estes manifestem expressamente essa vontade iii) Enfermeiro-director.
mediante declaração escrita.
2 — O valor da quota sindical é o que a cada momento 3 — Categorias:
for estabelecido pelos estatutos dos sindicatos, cabendo 3.1 — Enfermeiro interno: exerce as mesmas compe-
a estes informar a empresa da percentagem estatuída e tências do enfermeiro, desenvolvendo as suas funções
respectiva base de incidência. com uma prática tutelada durante o primeiro ano de ac-
3 — O Sindicato suporta as despesas de transferência tividade.
bancária necessárias para entrega do valor da quotização 3.2 — Enfermeiro: o conteúdo funcional da categoria
sindical dos seus associados. de enfermeiro integra dois níveis, enfermeiro e enfermeiro
sénior e é inerente às respectivas qualificações e compe-
Cláusula 52.ª tências em enfermagem, compreendendo plena autonomia
técnico-científica, nomeadamente:
Reclassificação profissional
a) Identificar, planear e avaliar os cuidados de enferma-
Na falta de fixação, por parte da unidade privada de gem e efectuar os respectivos registos, bem como participar
saúde, de regras mais favoráveis aos enfermeiros, os en- nas actividades de planeamento e programação do trabalho
fermeiros que estavam classificados numa das categorias de equipa a executar na unidade ou serviço;
profissionais previstas nos instrumentos de regulamentação b) Realizar intervenções de enfermagem requeridas pelo
colectiva de trabalho agora revogados, serão enquadrados indivíduo, família e comunidade, no âmbito da promoção
nas categorias constantes do anexo I deste contrato, desde de saúde, da prevenção da doença, do tratamento, da rea-
que preencham todas as condições previstas na respectiva bilitação e da adaptação funcional;
descrição de funções, nos termos seguintes:
c) Prestar cuidados de enfermagem aos doentes, utentes
a) Os enfermeiros anteriormente classificados na cate- ou grupos populacionais sob a sua responsabilidade;
goria de enfermeiro-chefe são enquadrados na categoria d) Participar e promover acções que visem articular as
de enfermeiro perito; diferentes redes e níveis de cuidados de saúde;

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e) Assessorar as instituições, serviços e unidades, nos c) Gerir e supervisionar a prestação de cuidados de


termos da respectiva organização interna; enfermagem, identificando as necessidades de recursos
f) Desenvolver métodos de trabalho com vista à melhor humanos, articulando com a equipa a sua adequação às ne-
utilização dos meios, promovendo a circulação de infor- cessidades previstas, nomeadamente através da elaboração
mação, bem como a qualidade e a eficiência; de horários e de planos de trabalho e de férias;
g) Recolher, registar e efectuar tratamento e análise d) Participar na avaliação de desempenho dos enfer-
de informação relativa ao exercício das suas funções, meiros;
incluindo aquela que seja relevante para os sistemas de e) Assegurar a gestão dos recursos materiais, identi-
informação institucionais na área da saúde; ficando necessidades para responder aos objectivos do
h) Promover programas e projectos de investigação, serviço ou unidade de cuidados;
nacionais ou internacionais, bem como participar ou orien- f) Assegurar o cumprimento das orientações relativas
tar equipas; à higiene e segurança no trabalho, desenvolvendo acções
i) Colaborar no processo de desenvolvimento de com- para a prevenção de acidentes de trabalho em articulação
petências de estudantes de enfermagem, bem como de com a entidade empregadora;
enfermeiros em contexto académico ou profissional; g) Dinamizar a formação em serviço, promovendo a
j) Integrar júris de concursos ou outras actividades de investigação tendo em vista a alteração de procedimentos,
avaliação dentro da sua área de competência; circuitos ou métodos de trabalho para melhoria da efici-
k) Orientar e coordenar as equipas de enfermagem na ência dos cuidados prestados;
prestação de cuidados de saúde durante os turnos (chefe h) Promover a concretização dos compromissos assu-
de equipa, quando designado). midos pela entidade empregadora com outras instituições,
nomeadamente estabelecimentos de ensino relativamente
3.3 — Enfermeiro sénior: desenvolve as mesmas com- ao processo de desenvolvimento de competências de es-
petências do enfermeiro, assumindo de igual modo as mes- tudantes de enfermagem, bem como de enfermeiros em
mas responsabilidades, e no contexto de uma unidade ou contexto académico ou profissional;
serviço exerce a sua actividade como prestador de cuidados i) Prestar cuidados de enfermagem quando necessário
gerais e de cuidados diferenciados, adquiridos em contexto ou tendo em vista a orientação e formação dos colabora-
de trabalho, validados através de avaliação de desempenho. dores da unidade.
3.4 — Enfermeiro perito: os enfermeiros peritos, para
além dos conteúdos funcionais descritos para os enfermei- 4.2 — Enfermeiro-coordenador: (a existência deste
ros e enfermeiros seniores, desenvolvem competências pró- cargo depende da dimensão e complexidade da organi-
prias inerentes à sua área de especialização, nomeadamente: zação) ao enfermeiro-coordenador, pela sua competência
na área técnica/científica, ético-profissional, de gestão
a) Planear, coordenar e desenvolver intervenções no
de recursos humanos e materiais, perfil de liderança e de
seu domínio de especialização;
modelo dentro da organização, compete, nomeadamente,
b) Identificar necessidades logísticas e promover a me-
coordenar uma ou várias unidades de prestação de cuidados
lhor utilização dos recursos, adequando-os aos cuidados
de enfermagem e:
de enfermagem a prestar;
c) Desenvolver e colaborar na formação realizada nas a) Promover níveis elevados de desempenho na área do
unidades ou serviços; seu departamento de prestação de cuidados;
d) Orientar os enfermeiros, nomeadamente nas equipas b) Determinar as necessidades de recursos humanos,
multiprofissionais, no que concerne à definição e utilização com base nos níveis de dependência dos clientes da sua
de indicadores; área de prestação de cuidados, adequando a sua distribuição
e) Orientar as actividades de formação de estudantes e estabelecendo critérios referentes à mobilidade;
de enfermagem, bem como de enfermeiros em contexto c) Participar nos processos de contratualização inerentes
académico ou profissional; ao seu departamento;
f) Colaborar na proposta das necessidades em enfermei- d) Participar na avaliação do desempenho dos enfermeiros
ros e outro pessoal da unidade, tendo em vista os cuidados responsáveis e outros enfermeiros, tendo em conta a avalia-
de enfermagem a prestar, cabendo-lhe a responsabilidade ção da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados;
de os distribuir e adequar às necessidades existentes. e) Promover as relações institucionais com estabeleci-
mentos de ensino ou outras entidades no âmbito do seu
4 — Cargos: departamento;
4.1 — Enfermeiro responsável: para além das funções f) Colaborar na organização de acções de formação e
inerentes às diferentes categorias do enfermeiro, o con- investigação para promover a qualidade dos cuidados;
teúdo funcional do cargo de enfermeiro responsável é g) Prestar cuidados de enfermagem de maior comple-
sempre integrado e indissociável da gestão do processo de xidade, excepcionalmente, quando necessário e tendo em
prestação de cuidados de saúde, nomeadamente: vista a orientação e ou formação de enfermeiros ou em
situações de emergência.
a) Gerir o serviço ou unidade de cuidados, incluindo a
supervisão do planeamento, programação e avaliação do
4.3 — Enfermeiro-director: compete-lhe, nomeada-
trabalho da respectiva equipa;
mente:
b) Planear e incrementar acções e métodos de trabalho que
visem a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados, a) Elaborar o plano e o relatório anual de actividades
procedendo à definição ou utilização de indicadores e respec- de enfermagem, em articulação com o plano e relatório
tiva avaliação, atribuindo e decidindo afectação de meios; global da instituição;

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b) Participar na definição das metas organizacionais, ii) Competências especificas — próprias do exercício
compatibilizando os objectivos do estabelecimento com a profissional dos enfermeiros;
filosofia e objectivos da profissão de enfermagem; iii) Competências institucionais — as que concorrem
c) Definir padrões de cuidados de enfermagem e indicado- para atingir os objectivos da instituição ou serviço;
res de avaliação do serviço de enfermagem do estabelecimento
ou estabelecimentos de acordo com os valores da instituição; b) A avaliação do desempenho tem por objectivo a
d) Criar ou manter um efectivo sistema de classificação melhoria da qualidade dos serviços e da produtividade
de utentes/utentes que permita determinar as necessidades do trabalho, devendo ser tomada em linha de conta para
em cuidados de enfermagem; efeitos de desenvolvimento profissional e de progressão
e) Elaborar propostas referentes à admissão de enfer- na carreira;
meiros e proceder à sua distribuição; c) As instituições ficam obrigadas a dar adequada e
f) Participar na mobilidade de enfermeiros, mediante oportuna publicidade aos parâmetros a utilizar na avalia-
critérios previamente estabelecidos; ção de desempenho e à respectiva valorização, devendo
g) Coordenar estudos para determinação de custos/be- elaborar um plano que, equilibradamente, tenha em conta
nefícios no âmbito dos cuidados de enfermagem; os interesses e expectativas, quer das instituições quer dos
h) Definir metas no âmbito da formação e investigação; seus enfermeiros;
i) Avaliar o desempenho dos enfermeiros com cargos de d) O sistema de avaliação de desempenho deve assentar
gestão com base no controlo que vai realizando e colaborar nos seguintes pressupostos:
na avaliação dos outros enfermeiros;
j) Prestar cuidados de enfermagem de maior comple- i) Avaliação anual ou semestral;
xidade, excepcionalmente, quando necessário e tendo em ii) A avaliação classificada em cinco níveis de avalia-
vista a orientação e ou formação de enfermeiros ou em ção (dois negativos — fraco e insuficiente — e três posi-
situações de emergência. tivos — suficiente, bom e excelente);
iii) A existência de normas de actuação profissional e
5 — Ingresso: de critérios de avaliação;
A carreira de enfermeiro inicia-se na categoria e nível de en- iv) Realização de entrevista de avaliação de desempe-
fermeiro interno. Os enfermeiros com experiência profissional nho;
de pelo menos um ano, em estabelecimento idóneo, ingressam v) Registos periódicos do desempenho do enfermeiro
na carreira de enfermagem e são posicionados atendendo à avaliado;
experiência profissional e formação detida pelo enfermeiro. vi) Estabelecimento de consensos quanto aos procedi-
6 — Promoção: mentos a adoptar;
Os enfermeiros podem ser promovidos a sénior, através vii) Harmonização dos procedimentos a adoptar na
de avaliação de desempenho, ou, na falta desta, com 6 anos orientação dos avaliados;
de permanência como enfermeiro. viii) As competências específicas são avaliadas pelo
A promoção a enfermeiro perito só se fará para os en- enfermeiro responsável.
fermeiros habilitados com especialidade reconhecida pela
Ordem dos Enfermeiros se houver vagas e for de interesse ANEXO II
para a organização. Enquadramento das carreiras profissionais e categorias
7 — Progressão: profissionais em graus de retribuição
Haverá progressão salarial para os enfermeiros sénior
e perito. Categoria
Valor remuneratório
mensal (euros)
8 — Acesso aos cargos:
8.1 — O acesso aos cargos de gestão é feito por nome-
ação do conselho de administração, de entre enfermeiros Enfermeiro perito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1676
com, pelo menos, 10 anos de exercício profissional, sem- Enfermeiro sénior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1300
pre com avaliação de desempenho de Bom, e detentores Enfermeiro (**) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1075
Enfermeiro interno (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900
de competências comprovadas nos domínios da prática
profissional. (*) O enfermeiro interno transita para o nível de enfermeiro decorrido um ano de
exercício tutelado e tendo em vista a avaliação de desempenho.
8.2 — Os cargos de gestão são exercidos por um período (**) O enfermeiro transita para enfermeiro sénior decorridos seis anos de exercício,
no caso de não existir sistema de avaliação de desempenho.
temporalmente definido, em comissão de serviço.
8.3 — O tempo de serviço exercido em cargos de gestão
conta na categoria de origem, para todos os efeitos legais, Lisboa, 8 de Outubro 2009.
designadamente o de progressão. Em representação da Associação Portuguesa de Hospi-
8.4 — O exercício dos cargos de enfermeiro responsável talização Privada — APHP:
e coordenador confere direito a um acréscimo remunerató-
rio que releva como vencimento para todos os efeitos legais. Teófilo Ribeiro Leite, presidente da direcção.
9 — Avaliação de desempenho: Pedro Lucena e Valle, vogal da direcção.
a) As instituições devem construir um sistema de avalia- Em representação do Sindicato dos Enfermeiros Por-
ção do desempenho dos enfermeiros, subordinado aos prin- tugueses — SEP:
cípios de justiça, igualdade e imparcialidade e baseado em: José Carlos Martins, dirigente nacional e mandatário.
i) Competências genéricas — transversais e aplicáveis Margarida Jesus Costa, mandatária.
a todos os profissionais da instituição; Jorge Manuel da Silva Rebelo, mandatário.

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Depositado em 17 de Dezembro de 2009, a fl. 63 do ANEXO I


livro n.º 11, com o n.º 260/2009, nos termos do artigo 494.º
do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de Comércio retalhista do distrito de Aveiro
12 de Fevereiro.
Tabela salarial — 2010

Remunerações
Níveis Categorias profissionais
(euros)

CCT entre a Associação Comercial de Aveiro e o 1


Director de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
710
CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Co- Analista de sistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mércio, Escritórios e Serviços de Portugal — Al- Chefe de serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
teração salarial e outras e texto consolidado. Contabilista/TOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 Tesoureiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685
Texto integral publicado no Boletim do Trabalho e Em- Técnico de informática . . . . . . . . . . . . . . . . .
prego, 1.ª série, n.º 1, de 8 de Janeiro de 2007, e última Gerente comercial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
revisão publicada no Boletim do Trabalho e Emprego,
Chefe de vendas/compras . . . . . . . . . . . . . . .
n.º 48, de 29 de Dezembro de 2008. 3
Encarregado geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
637

Chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
CAPÍTULO I Inspector administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . .
Programador mecanográfico . . . . . . . . . . . . .
Área, âmbito e vigência 4 Técnico de contabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . 620
Caixeiro-encarregado. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cláusula 1.ª Inspector de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Encarregado de armazém. . . . . . . . . . . . . . . .
Área e âmbito Oficial-encarregado — ourivesaria/relojoaria

1 — A presente CCT obriga, por um lado, as empresas Correspondente em línguas estrangeiras/tradu-


tor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
que, no distrito de Aveiro, exerçam a actividade comercial Estenodactilógrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
representadas pelas associações empregadoras outorgantes 5 615
Caixa de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço representados Caixeiro chefe de secção . . . . . . . . . . . . . . . .
pelas organizações sindicais outorgantes. Secretariado de direcção . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — As partes outorgantes obrigam-se a requerer em con- Primeiro-assistente administrativo. . . . . . . . .
junto ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, Operador mecanográfico . . . . . . . . . . . . . . . .
aquando da entrega desta CCT para depósito e publicação Primeiro-assistente de contabilidade . . . . . . .
e das suas subsequentes alterações, a sua extensão a todas Primeiro-caixeiro/prospector de vendas . . . .
6 Técnico de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 587
as empresas que exerçam a mesma actividade e aos traba- Vendedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
lhadores ao seu serviço que, não sendo filiados nas associa- Fiel de armazém. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ções outorgantes, reúnam as condições para essa filiação. Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — Esta CCT abrange 823 empresas e 1864 traba- Oficial de 1.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .
lhadores. Segundo-assistente administrativo. . . . . . . . .
Cláusula 2.ª Segundo-assistente de contabilidade . . . . . . .
Perfurador-verificador . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Vigência Segundo-caixeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7 Caixeiro de praça/mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 564
1— ....................................... Conferente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecuniá- Promotor de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ria serão revistas anualmente e produzem efeitos a 1 de Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Oficial de 2.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .
Janeiro de cada ano.
........................................... Terceiro-assistente administrativo . . . . . . . . .
6 — Até à entrada em vigor de novo texto, continua Terceiro-caixeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a vigorar aquele cujo processo de revisão está em curso. Propagandista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8 Telefonista/recepcionista . . . . . . . . . . . . . . . . 510
Cobrador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cláusula 42.ª Ajudante de motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Oficial de 3.ª — ourivesaria/relojoaria . . . . .
Diuturnidades
Caixa de comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
1— ....................................... Distribuidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 — O valor de cada diuturnidade é de € 6,50. 9 Embalador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 488
3 — As diuturnidades já vencidas à data da produção Operador de máquinas de embalar. . . . . . . . .
de efeitos deste contrato por valores inferiores serão, para Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ajudante de caixeiro/estagiário . . . . . . . . . . .
todos os efeitos, de € 6,50 cada uma.
4 — Ficam ressalvadas as situações em que o somatório Dactilógrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
das diuturnidades e correspondente montante, à data do Contínuo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
10 480
Porteiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
seu vencimento, seja superior ao número de diuturnidades Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
multiplicadas por € 6,50.

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