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A Harmonia é a matéria da música, que trata da formação de acordes

e a combinação entre eles, bem como estabelecer uma conexão


adequada com a melodia. Uma Progressão Harmônica então, nada
mais é do que uma sequência de acordes construída sobre uma
determinada idéia harmônica ou para o acompanhamento de uma
melodia.

Para estudar Progressões Harmônicas ou qualquer matéria referente


a Análise Harmônica, faz-se o uso de Cifra Analítica; ou seja, os
acordes são identificados pelo Grau da escala a que pertencem. Ex.,
na tonalidade de C:

C        |        Dm7        |        G7        |        C7M        ||

I                  IIm7                 V7                   I7M

C   = 1º Grau
Dm7 = 2º Grau
G7  =  5º Grau

Essa forma de estudar Harmonia, dá ao músico a vantagem de


transpor a Progressão Harmônica para qualquer tonalidade, já que o
eixo de estudo está na função do acorde e não necessariamente na
tonalidade em que se encontra. Veja um exemplo da Progressão
Harmônica citada acima, transposta para a tonalidade de Fá Maior:

F        |        Gm7        |        C7        |        F7M        ||

I                  IIm7                 V7                 I7M

Note que os graus permaneceram os mesmos, e as funções dos


acordes também foram mantidas. Esse recurso é extremamente
importante para transposição de tonalidades de “emergência”. Duas
horas antes do culto ou da apresentação, o solista está com
problemas de garganta, e a música que foi ensaiada em uma
tonalidade terá que ser tocada um tom abaixo…!   Fazendo a Cifra
Analítica baseada na Cifra Original, você terá mapeado o caminho
para transpor a música para qualquer outro tom.

Como já abordamos sobre as funções dos acordes, vamos detalhar o


que determina a função de cada acorde. Numa tonalidade são
encontrados acordes das funções:

TÔNICA (resolução)
DOMINANTE (preparação)
SUBDOMINANTE (meia resolução)
O acorde principal da função TONICA é o I Grau, podendo ser
substituído pelo VI ou III Grau. O acorde principal da
funçãoDOMINANTE é o V Grau, podendo ser substituído pelo VII
Grau. O acorde principal da função SUBDOMINANTE é o IV
Grau podendo ser substituído pelo II Grau. Veja o gráfico:

Grau Principal da Função                         | Graus Substitutos

Tônica I |                III e  VI 

Dominante                 V                            |                    VII

Subdominante        IV                           |                     II

A função Tônica caracteriza-se pelo peso de resolução que é o maior


dentre todas as outras. A Dominante é identificada por ser de
preparação, ou ponte entre uma resolução e outra. ASubdominante é
também de resolução, porém com um peso de conclusividade menor
que a Tônica.

Veja o exemplo desta Progressão Harmônica em Cifra Analítica com


as respectivas funções indicadas:

I7M          |          IIIm7          |          VIm7          |           V7           |         


I7M          ||

Tônica                Tônica                   Tônica               Dominante     


Tônica

Note que essa Progressão Harmônica começa com três resoluções da


mesma função, variando somente os acordes: A primeira,
uma Tônica com o Acorde Principal, a segunda e a terceira porém,
variam com os acordes substitutos da mesma função; Logo após
abrindo uma preparação com umaDominante para finalizar a
Progressão em uma resolução deTônica.

Se fôssemos por exemplo, passar essa cifra analítica para a


tonalidade de Sol Maior, teríamos a seguinte Progressão:

G7M          |          Bm7          |          Em7          |          D7          |         


G7M          ||
Numa progressão harmônica, utiliza-se efeitos que são resultados
de combinações funcionais de acordes com sentido conclusivo ou
suspensivo. A esse resultado dá-se o nome deCadência.
Existem Cadências de menor e maior conclusividade, ou seja, de
efeitos de conclusão de força maior ou menor, sendo que essa força
depende da sua definição tonal. É necessário ter no mínimo uma
cadência de dois acordes para definir a tonalidade de uma progressão
harmônica.
Veja este exemplo:

Am     |    G7    |    C    |

Analisando a formação dos três acordes você encontrará nada mais,


nada menos que “todas” as notas da escala de Dó Maior. Os acordes
têm funções diferentes, mas ao passar por esta análise, a tonalidade
desta progressão harmônica será definida.

A seguir mostraremos 5 tipos diferentes de Cadência:

Cadência Perfeita é a de resolução mais forte estruturada pelas


funções Dominante seguida pela Tônica, ou seja, os graus V e I.
A Cadência Perfeita é essencialmente final. Geralmente, antes
dessas duas funções aparece um acorde de Subdominante (IV ou II
grau). Quando isso ocorre a Cadência Perfeita é chamada de
“autêntica” 
Ex.:                  V7       I                                  IV                  
V7                   I 

G7       C                                 F                     G7                   C

Cadência Imperfeita é quando um ou ambos os acordes daCadência


Perfeita (V e I) estão invertidos ou ainda no caso de VII  -  I ,  e o peso
de resolução desta, é bem menor e mais discreto que no caso
da Perfeita.
Ex.:      V7 I /1ª inv. V         V / 1ª inv.        I
G7         C/E                                       G           G/B                C

Cadência Plagal é também uma cadência conclusiva, porém de uma


forma menos acentuada. Têm como integrantes os graus IV e I
(Subdominante e Tônica) estando ou não, invertidos.
Ex.:      IV7M             I / 1ª inv.                     IIm      I                     
IVm                I 
F7M                C/E                             Dm      C                    
Fm                   C
Meia Cadência se caracteriza quando a resolução é na Dominante.
Ex.:      IIm      V VIm7 V7 VIm7 II7 V
Dm      G                     Am7                G7                   Am7               
D7                  G

Cadência Deceptiva é quando o V grau vem seguido por qualquer


grau que não seja o I. Esta cadência não é conclusiva e pode
ser Diatônica ou Modulante. Confira os exemplos:

– Cadência Deceptiva Diatônica


Ex.:      V7       IIIm                V         VIm7              V         IV7M
G7       Em                  G         Am7                G         F7M

– Cadência Deceptiva Modulante


Ex.:      IV        V7       bVI7         I (nova tonalidade)
F          G         Ab7         Db

Neste caso a Cadência Deceptiva Modulante foi seguida do quinto


grau de uma nova tonalidade que a música passou a ter (Db)
Ex.:      IIm      V         I (nova tonalidade)
Dm     G         E

Neste outro caso a Cadência Deceptiva Modulante foi seguida direto


do I grau da nova tonalidade.

Nomenclatura de cifras
 Davi Oliveira   6 de fevereiro de 2009   Comente

Atualmente o uso de Cifras têm-se espalhado em grande escala no meio musical e


devido às publicações de diversas fontes, a nomenclatura acaba também se confundindo
e os padrões perdidos.

Neste artigo, vamos esclarecer algumas nomenclaturas utilizadas em cifras que muitas
vezes por não serem compreendidas, tornam o uso da mesma confuso.

Vamos começar pelo exemplo dos acordes com sétima maior. Veja as várias
nomenclaturas utilizadas para este tipo de acorde:

C7M C7+ C7Maj
Todos esses exemplos se referem ao mesmo acorde, ou seja, a Dó com Sétima Maior. O
último exemplo refere-se às cifras que são originadas de países de língua inglesa ou de
forte influência deste idioma, pois a abreviação de Maj, significa Major = Maior,
referindo à sétima. No entanto, esse termo não é necessário ser utilizado em Cifras
nacionais, pois gera confusão e polui um pouco mais as suas cifras do que os outros
exemplos citados, para acordes com sétima maior.

Outra nomenclatura que é bastante usada, mas poucos sabem realmente seu real
significado é a que tem a alteração adicionada (add…).

Veja os dois exemplos:

C(add9) C 9
Este acorde significa que terá que constar na sua formação uma nona adicionada a uma
tríade padrão de Dó Maior. Se você conhece basicamente formação de acordes,
conseguirá identificar que esse acorde terá que ter as notas:

Dó, Mi e Sol = A tríade natural de Dó Maior

1ª 3ª 5ª

Ré = A nona de Dó

Caso a cifra apareça como o segundo exemplo citado acima, somente com a nona, uma
das notas da tríade natural pode ser suspensa. Veja os exemplos abaixo:

Dó, Ré e Sol = A 3ª foi suspensa com o aparecimento da nona.

Ré, Mi e Sol* = A 1ª foi suspensa com o aparecimento da nona.

* Vale ressaltar, que esta formação não suspendeu o baixo do acorde porque mesmo
suspendendo a 1ª na formação, necessita de um Dó mais grave (a mão esquerda no caso
do Teclado ou as cordas mais graves no caso do Violão). A suspensão do acorde que
estamos tratando não interfere na Fundamental do Acorde que continuará sendo a
mesma (C no caso). Qualquer mudança do baixo para outra nota, ou teríamos uma
inversão do acorde ou outro acorde.

Já que estamos falando em acordes suspensos, vamos falar dos acordes sus4. Veja os


exemplos:

C sus4 D sus4
O termo “sus” significa suspenso, e no caso da quarta ela suspendeu a terça do acorde, e
o resultado que temos é um acorde híbrido no sentido da definição de maior ou menor,
ou seja, o acorde fica sem a definição se é maior ou menor pois a terça é quem tem a
função de determinar essa distinção e foi suspensa pela quarta. Veja como ficaram as
formações dos acordes do exemplo:

C sus4 = Dó, Fá e Sol (a nota Mi – terça – foi suspensa e substituída por Fá – quarta)


D sus4 = Ré, Sol e Lá (a nota Fá # – terça – foi suspensa e substituída por Sol –
quarta)

Outros exemplos que confundem:

nº 1 nº 2

C 13 ou C 6
C 9 ou C 2
Cm 11 ou Cm 4
Todos esses exemplos se referem aos mesmos acordes, porém os que são mais
utilizados são os exemplos de nº 1.

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